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Ebook Crescimento e Desenvolvimento Craniofacial

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Crescimento 
e 
Desenvolvimento
Craniofacial
E-BOOK GRÁTIS
 O conhecimento do processo de
crescimento craniofacial é de extrema
importância para o ortodontista diagnosticar
potenciais deficiências craniofaciais.
 Além disso, proporcionar condutas
terapêuticas e controlar a evolução do caso
pós-tratamento.
 Quando se entende sobre o crescimento
craniofacial, padrões de crescimento
favoráveis serão aproveitados por planos de
tratamento corretos.
05
Introdução
05
Introdução
 Ao contrário, padrões de crescimento
desfavoráveis são identificados e futuras
dificuldades são previstas.
 Subentende-se um processo de maturação
envolvendo diferenciação progressiva em
níveis celulares e teciduais, enfocando-se
dessa forma, os verdadeiros mecanismos
biológicos envolvidos no crescimento.
 A morfogênese funciona constantemente
objetivando o equilíbrio arquitetônico entre
todas as partes separadas em crescimento.
 Isso significa que todas as diferentes partes
se reúnem em um todo funcional, em que
cada parte complementa as outras e todas
crescem e funcionam em conjunto.
05
Introdução 
 Durante o desenvolvimento, o equilíbrio é
constantemente transitório e nunca pode ser
atingido em sua totalidade, uma vez que o
próprio crescimento cria continuamente
desequilíbrios regionais normais. 
 Esse processo faz com que outras partes
sofram constante adaptação, uma vez que
funcionam em conjunto para um equilíbrio
composto.
05
 Ao compreender como esse processo de
diferenciação morfogênica e histogênica
progressiva acontece, o cirurgião dentista
pode seletivamente aumentar os sinais de
ativação intrínsecos do próprio organismo,
usando processos controlados para estimular 
o processo de remodelação no sentido de
atingir o resultado terapêutico desejado.
 Por exemplo, uma expansão rápida da
maxila separa as metades direita e esquerda
da maxila. Esse processo dá início a um
período de remodelação intensa na sutura
palatina.
Introdução
05
Introdução
 Em ortodontia, o foco principal de todos os
profissionais deve ser a busca de respostas
baseadas em evidências para questões
clínicas.
 Recomenda-se especial atenção para dois
assuntos: crescimento mandibular e erupção
dental, assuntos considerados os campos
mais férteis para mudanças terapêuticas. 
 Crescimento mandibular é a chave para se
conseguir harmonia facial e o osso dento-
alveolar é a região de todo o complexo
craniofacial que mais prontamente responde
às mudanças impostas por terapias
ortodônticas
 Sabe-se que, camuflagens dentais
interessantes podem esconder padrões de
crescimento desfavoráveis.
05
Introdução
 O desenvolvimento técnico de melhores
aparelhos e sua aplicação clínica é bem-vindo,
mas, secundário.
 Com o correto conhecimento do processo
de crescimento e desenvolvimento craniofacial
poderá ser diagnosticada a má oclusão e sua
origem e, quando necessário, promover o
redirecionamento dos vetores de crescimento
para a correta escolha do tratamento com
terapias ortodônticas e/ou ortopédicas.
 Portanto, o potencial para recidiva existe
quando os aspectos funcionais, biomecânicos
e de desenvolvimento do crescimento entre as
partes chave são clinicamente alterados,
levando a um estado de desequilíbrio
fisiológico.
 
05
Introdução
 
 A possibilidade de instabilidade existe porque
os clínicos procuram obter um equilíbrio 
 estético, que, às vezes, produz um desequilíbrio
fisiológico.
 O crescimento de um componente não é
um evento isolado e independe das demais
partes.
 Crescimento é a modificação composta
de todos os componentes.
 
 O alvo direto da intervenção deve ser o
processo de controle, que regula a biologia do
crescimento e do desenvolvimento. Porém,
tudo dependerá das habilidades do clínico ao
tratar as más oclusões. 
 Afinal, entender o processo de crescimento
facial é básico para a terapêutica ortopédica.
05
Osteogênese
 Os ossos são originados do tecido
conjuntivo, sendo compostos por células
ósseas e substâncias intercelulares (matriz
óssea).
 Os três tipos de células ósseas se
distinguem pelas suas funções.
 Os osteoblastos e os osteoclastos
formam e reabsorvem o osso,
respectivamente, enquanto os osteócitos 
 mantêm a matriz óssea.
 O tecido ósseo é formado ou por um
processo chamado ossificação 
 intramembranosa, que ocorre no seio de
uma membrana conjuntiva, ou por um
processo de ossificação endocondral.
05
Osteogênese
 A ossificação endocondral se inicia sobre 
 um modelo cartilagionoso, o qual é
destruído gradualmente e substituído por
tecido ósseo que se forma a partir de células
vindas do conjuntivo adjacente.
 Tais denominações intramembranosa e
endocondral se distinguem devido aos locais
e às formas diferentes de se manifestarem.
 A ossificação endocondral ocorre a partir
de um modelo cartilagionoso pré-existente,
como regra, as cartilagens concentram-se
nas áreas onde há pressão.
 Temos como exemplo a cartilagem das
cabeças da mandíbula, que são resistentes à
compressão e tolerante à pressões.
05
Osteogênese
 O periósteo, que é uma membrana do
tecido fibroso conjuntivo adaptado à tração,
recebe também tensões promovidas pelas
ações dos músculos, tendões e ligamentos,
desenvolvendo a fibrocartilagem.
 A exemplo dessa manifestação temos a
cápsula e o disco articular onde podemos
notar que nestes locais tanto ocorre pressão
como tensão, o que leva a admitir ser um 
 resultante decorrente de uma interação
funcional de ambos. 
05
Ossificação
intramembranosa
 Na ossificação intramembranosa o osso
surge no interior de membranas de
natureza conjuntiva. 
 O processo de ossificação tem início pela
diferenciação de células indiferenciadas
semelhantes a fibroblastos jovens que se
transformam em grupos de osteoblastos.
 Estes sintetizam a matriz osteóide, que
logo se calcifica, englobando alguns
osteoblastos que se transformam em
osteócitos.
 Na ossificação intramembranosa o tecido
ósseo se forma diretamente a partir do tecido
conjuntivo.
05
Ossificação
intramembranosa
 Os osteoblastos originam-se a partir da
concentração de células mesenquimais
indiferenciadas. Osteoblastos recém-
diferenciados sintetizam a substância
intercelular que vai mineralizando-se e
formando osso.
 O entrelaçamento dos osteoblastos na
formação da matriz osteóide origina os
osteócitos.
 O crescimento ósseo intramembranoso é
aposicional e gradativo , de forma que as
células do periósteo diferenciam-se em
osteoblastos. 
 O crescimento ósseo intramembranoso 
 pode ainda manifestar-se por uma
reorganização complexa, na qual a atividade
dos osteoblastos reabsorve tecidos
mineralizados e, subsequentemente, os
mesmos, substituem esse tecido.
 As aposições e reabsorções são constantes
durante o período de crescimento e
desenvolvimento craniofacial, com a
prevalência da atividade aposicional no adulto.
05
Ossificação
intramembranosa
05
Ossificação endocondral:
 A ossificação endocondral consiste 
 essencialmente em dois processos.
 Primeiro: a cartilagem hialina sofre
modificações, havendo hipertrofia dos
condrócitos, que acabam morrendo e
deixando cavidades separadas por finos
tabiques de matriz cartilagionosa, que se
calcifica ao morrerem os condrócitos.
 Segundo: as cavidades das cartilagens são
invadidas por capilares sanguíneos e células
mesenquimatosas indiferenciadas vindas do
conjuntivo adjacente.
 Desse modo aparece tecido ósseo onde
antes havia tecido cartilaginoso sem que
ocorra a transformação deste tecido naquele.
05
 O osso intramembranoso não é formado
diretamente da cartilagem, ele a invade
substituindo-a. 
 A formação óssea endocondral é uma
adaptação morfogenética que proporciona
uma produção contínua de osso nas regiões
especiais que envolvem níveis de compressão
relativamente altos.
 Assim sendo, é encontrada nos ossos
associados com articulações móveis e em
algumas partes da base craniana.Ossificação endocondral:
05Ossificação endocondral:
 Em resumo, a maior parte da base do
crânio sofre condrificação, formando o
condrocrânio já no ínicio do segundo mês de
vida pré-natal e, subsequentemente, sofre
ossificação endocondral.
 Na cartilagem epifisária, começando do
lado da epífise, distinguem-se as seguintes
partes:
1 - Zona de repouso: onde existe cartilagem
hialina sem qualquer alteração morfológica.
2- Zona de cartilagem seriada ou de
multiplicação: aqui os condrócitos dividem-se
rapidamente e formam fileiras ou colunas
paralelas de células achatadas e empilhadas
do sentido longitudinal do osso.
05Ossificação endocondral:
3- Zona de cartilagem hipertrófica: apresenta
condrócitos muito volumosos, pelo acúmulo
de glicogênio no citoplasma. A matriz fica
reduzida a tabiques delgados, entre as células
hipertróficas.
4- Zona de cartilagem calcificada:
simultaneamente à morte dos condrócitos
que ocorre nesta zona, os delgados tabiques
da matriz, que ficam entre as lacunas
aumentadas calcificam-se por deposição de
hidroxiapatita. 
5- Zona de ossificação: é a zona em que
aparece o tecido ósseo. Capilares sanguíneos 
 e células indiferenciadas originadas por
divisões mitóticas de células vindas do
periósteo invadem as cavidades deixadas
pelos condrócitos mortos.
05Ossificação endocondral:
 As células indiferenciadas dão origem a
osteoblastos, que vão formar uma camada
contínua sobre os restos de matriz
cartilaginosa calcificada.
 Como os ossos do complexo craniofacial
apresentam origens histológicas distintas, a
articulação dos mesmos pode ser fibrosa ou
cartilaginosa, dependendo do tecido
interposto que se fixa em ambos os ossos. 
 Nas articulações fibrosas, o tecido interposto
é o conjuntivo e representa as "suturas" _
maioria das articulações imóveis dos ossos do
crânio e da face, onde há pequeno
afastamento interposto, geralmente
denominado ligamento sutural, que
permanece antes de ossificar-se
(anastomose).
05Mecanismos de 
Crescimento Ósseo:
 O crescimento ósseo envolve um processo
de aposição na superfície, acompanhado por
um processo adicional de remoção por
reabsorção.
 A combinação de adições ósseas, em um
lado da lâmina cortical, e reabsorção no outro
lado, produz um movimento de crescimento
(deslizamento), que proporciona as dimensões
progressivas incrementadas de todo o osso.
05Mecanismos de 
Crescimento Ósseo:
Aposição + Reabsorção = movimento de
crescimento real 
 
 O crescimento, no entanto, não envolve
apenas aposição externa juntamente com
reabsorção interna, como comumente tem
sido apresentadas na literatura mas requer
também um extenso e fundamental processo
de crescimento por remodelação, que ocorre
virtualmente em todas as partes dos ossos
craniofaciais responsáveis pela configuração
de todo osso, enquanto simultaneamente
aumenta em tamanho.
 Em associação com este crescimento por
aposição e reabsorção, existe uma 
 remodelação complexa para manter a
configuração de todo o osso.
 Define-se a remodelação como um processo
seletivo de aposição e reabsorção que permite
alteração na forma e nas dimensões e
proporções de cada região do osso.
05
Mecanismos de 
Crescimento Ósseo:
05
Mecanismos de 
Crescimento Ósseo:
 A aposição e reabsorção seletivas 
 (remodelação) de todo osso servem para:
1) Alterar a forma regional, a fim de se
adaptar às novas posições progressivas.
2) Mudar as dimensões e proporções de
cada parte regional. 
 Como algumas regiões sofrem
caracteristicamente um crescimento mais
extenso que outras, o osso se tornaria
progressivamente desproporcional sem as
correspondentes mudanças de
remodelação. 
05
Mecanismos de 
Crescimento Ósseo:
 Por exemplo, à medida que se depositam 
 grandes quantidades de osso na borda
posterior do ramo mandibular, as aposições
de todas as outras partes da mandíbula
tornam-se necessariamente alteradas em 
 relação às novas dimensões do osso
aumentado. 
 Além disso, as inúmeras áreas localizadas 
 na mandíbula sofrem uma recolocação
progressiva à medida que todo o osso
continua aumentando. 
 Assim sendo, a porção posterior do corpo 
 se recoloca no espaço previamente ocupado
pelo ramo.
05
Mecanismos de 
Crescimento Ósseo:
Aposição + reabsorção = Crescimento real 
Remodelação = Recolocação
 
 O processo de recolocação fundamenta a
maioria das mudanças de remodelação que
ocorrem durante o crescimento ósseo da
mandíbula.
 Nestes estágios de crescimento superpostos,
são observadas mudanças locais, em tamanho
e forma, que ocorrem à medida que o osso
aumenta.
05
Crescimento e
Desenvolvimento
Craniofacial Pós-natal:
São três as diferentes maneiras de 
 manifestação do crescimento craniofacial
pós-natal:
 
a) crescimento por ossificação endocondral;
b) crescimento sutural;
c) crescimento periosteal, endosteal e
membrana periodontal.
 
 
 Embora didaticamente haja três tipos de
crescimento, estes estão interrelacionados ao
processo de crescimento e desenvolvimento,
permitindo equilíbrio entre as distintas regiões
craniofaciais. 
05
Crescimento e
Desenvolvimento
Craniofacial Pós-natal:
a) crescimento por ossificação endocondral: 
 Manifesta-se através de uma proliferação
celular inicial oriunda das cartilagens para
subsequente ossificação.
 São encontradas em quatro regiões: nas
cartilagens da base do crânio, nas cabeças da
mandíbula, no septo nasal e na cartilagem
mentoniana. 
 Na base do crânio, o crescimento está
presente nas regiões de sincondroses, sendo
que três dessas são consideradas centros de
crescimento: a interesfenoidal,
esfenoetmoidal e esfenocciptal.
05
Crescimento e
Desenvolvimento
Craniofacial Pós-natal:
 A atividade condroblástica interesfenoidal 
cessa logo após o nascimento. 
 Na esfenoetmoidal, a atividade se faz
presente até aproximadamente 7 a 10 anos
de idade. Já na esfenocciptal encontra-se
dinâmica até a idade de 18 a 25 anos.
 
 Ocorrendo crescimento por ossificação
endocondral na sincondrose esfenocciptal da
base do crânio, esta desloca física e
secundariamente a maxila e a mandíbula
como um todo para baixo e para frente,
embora o deslocamento da mandíbula seja
menor, pois a maxila promove uma rotação
no sentido horário na mandíbula, ao
deslocar-se para baixo. 
05
Crescimento e
Desenvolvimento
Craniofacial Pós-natal:
 Neste momento, há uma ligeira desarmonia
entre a mandíbula e a maxila. Porém, esta
desarmonia discreta será recompensada
quando a mandíbula buscar sua compensação
com a maxila através do crescimento para cima
e para trás na cabeça da mandíbula,
deslocando-se para baixo e à frente de forma
primária.
05
Crescimento e
Desenvolvimento
Craniofacial Pós-natal:
b) Crescimento sutural:
 É de origem embrionária intramembranosa,
manifestando-se através de células
mesenquimais indiferenciadas do tecido
conjuntivo.
 Estes se transformam em osteoblastos que
elaboram a matriz osteóide, promovendo
crescimento por aposição óssea nas suturas.
 No crânio, à medida que se desenvolve o
cérebro (encéfalo), as sincrondoses crescem
(deslizamento) gradativa e simultaneamente,
permitindo o deslocamento dos ossos tanto de
forma primária como secundária, e na face, o
crescimento sutural promove um
deslocamento transversal para frente e para
baixo do complexo nasomaxilar.
05
Crescimento e
Desenvolvimento
Craniofacial Pós-natal:
 Do mesmo modo que no crânio, estes
deslocamentos poderão ser tanto primários
quanto secundários.
 Entretanto, afirmar que o complexo
nasomaxilar posiciona-se para baixo e para
frente em decorrência do crescimento das
suturas não é de todo verdadeiro, pois, é
necessário compreender que este recebe a
contribuição do crescimento endocondral da
cartilagem nasal somado aos seus
componentes funcionais.
 Ao vetorizar-se para frente e para baixo, o
complexo nasomaxilar promove uma rotação 
no sentido horário da mandíbula.
c) Crescimento periosteal, endosteale
membrana periodontal:
 Os crescimentos periosteal e endosteal são
de origem intramembranosa. Esses tipos de
crescimento são encontrados praticamente
em todos os ossos.
 Dentre as inúmeras regiões onde se
manifesta estes tipos de crescimento,
destaca-se a tuberosidade da maxila que
cresce (desliza) posteriormente deslocando-
se primariamente para frente. 
05
Crescimento e
Desenvolvimento
Craniofacial Pós-natal:
05
Crescimento e
Desenvolvimento
Craniofacial Pós-natal:
 No momento em que busca o equilíbrio
entre as bases ósseas, a mandíbula remodela-se
com reabsorção na parte anterior do ramo e
aposição na região posterior, deslocando-se
primariamente para frente e buscando uma
relação harmônica com a maxila.
 Uma das últimas manifestações de
crescimento periosteal e endosteal ocorre na
região anterior da mandíbula, com reabsorção
óssea na superfície vestibular do processo
alveolar (anterior dos incisivos inferiores) e
aposição óssea na região alveolar (lingual dos
incisivos inferiores), bem como no mento e ao
redor das superfícies externas do corpo da
mandíbula.
05
Crescimento e
Desenvolvimento
Craniofacial Pós-natal:
 A membrana periodontal não se move
simplesmente na direção do movimento
dentário realizado, ela cresce nessa direção.
 A medida que regiões das fibras
periodontais são envolvidas por osso, na face
de deposição do alvéolo em movimento, as
fibras no interior do periodonto são estiradas
pelos fibroblastos da membrana, sendo
também produzidas novas fibras.
 Isso envolve um remodelamento fibroso
constante para proporcionar uma direta
continuidade entre as fibras da membrana e
as fibras de fixação incluídas no osso.
05
Crescimento e
Desenvolvimento
Craniofacial Pós-natal:
 Assim, a membrana fibrosa cresce em novos
locais, junto com a flutuação de dentes e ossos.
 O processo de remodelamento da membrana
periodontal, em qualquer caso, continua a
ocorrer enquanto os dentes se movem
ativamente. 
 Quando o crescimento ósseo e o movimento
cessam, essa ativa e dinâmica membrana
funciona como ligamento.
 Durante o crescimento pode ocorrer dois
modos básicos de movimento:
a) deslizamento;
b) deslocamento (primário e secundário).
Deslizamento (crescimento real):
 
 A aposição e a reabsorção diretas do tecido
ósseo e as combinações características de
ambas, que ocorrem nos diferentes ossos do
crânio produzem um movimento de
crescimento na superfície de aposição,
denominado deslizamento. 
05
Movimentos de
Crescimento:
05
Movimentos de
Crescimento:
 Estudos com implantes metálicos tem
demonstrado que a neoformação óssea na
superfície da lâmina cortical por aposição e a
reabsorção do lado oposto proporciona uma
remodelação por aumento, devido a aposição
ser quantitativamente maior que a
reabsorção.
 O deslizamento (crescimento real)
proporciona um aumento progressivo de
todo o osso, envolvendo a aposição (+) e
reabsorção óssea (-).
 Este processo seletivo de aposição e
reabsorção resulta em alterações na forma,
nas dimensões e na proporção de cada região 
do osso em crescimento.
05
Movimentos de
Crescimento:
 Com estes adventos, ocorre progressiva
adaptação às novas posições, exigidas pelas
estruturas adjacentes, que se encontram
simultaneamente em processo de
deslizamento.
 O remodelamento mantém as caracterísitcas
morfológicas gerais de um osso durante o
crescimento. 
 Qualquer osso cresce de maneira
diferenciada, ou seja, aumenta mais em certas
direções do que em outras, em proporções
regionais variadas. 
05
Movimentos de
Crescimento:
Deslocamento:
 É o movimento de todo o osso como uma
unidade. Resulta da tração ou pressão pelos
diferentes ossos ou tecidos moles, separando-
os à medida que continuam aumentando.
Deslocamento Primário:
 
 Quando o osso é deslocado à custa de seu
crescimento (deslizamento).
 Ocorrendo deslizamento, o osso, por estar
em contato com estruturas ósseas adjacentes,
não as invade fisicamente.
 No momento em que encontra anteparo
na área física maior, desloca-se com vetor
oposto quantitativamente à região onde
houve o deslizamento.
05
Movimentos de
Crescimento:
 Tal movimento depende de seu próprio 
 deslizamento, ou seja, o crescimento
mandibular nas regiões da cabeça da
mandíbula e colo, para cima e para trás, em
direção às cavidades da fossa articular, não as
invade.
 Portanto, ao se anteparar fisicamente com
estas, deverá se deslocar como um todo em
direção oposta, ou seja, para baixo e para
frente quantitativamente, na mesma
proporção que ocorreu o seu deslizamento
para cima e para trás. 
05
Movimentos de
Crescimento:
Deslocamento Secundário:
 
 Quando é provocado pelo crescimento de
outros ossos ou estruturas adjacentes e, não
pelo crescimento do próprio osso, ou seja, o
deslizamento de uma estrutura óssea de área
física maior, que se desloca em direção a
outra estrutura adjacente de área física
menor, promove o seu deslocamento.
 
 Na maxila pode-se observar tanto o
deslocamento primário como o secundário
em um mesmo momento. 
 Ela pode deslocar-se para baixo e para
frente, por deslocamento primário, quando
houver deslizamento de suas estruturas
póstero-superiores.
05
Movimentos de
Crescimento:
 Também poderá ter seu deslocamento de
forma secundária promovido pelo
deslizamento da base craniana que desloca a
maxila para baixo e para frente.
 O deslizamento, ou seja, o movimento
causado pelo crescimento real de um osso,
envolve aposição (+) e reabsorção óssea (-).
 O processo global do aumento craniofacial
é um conjunto de deslizamentos e
deslocamentos. As complexas combinações
de ambos os processos ocorrem na maioria
dos diferentes ossos do crânio.
05
Movimentos de
Crescimento:
 O deslizamento e o deslocamento podem
ocorrer na mesma direção ou em direções
opostas.
 Como exemplo dos movimentos de
deslizamento e deslocamento no mesmo
sentido temos o palato, o qual desliza e desloca-
se ao mesmo tempo e no mesmo sentido.
 Como exemplo de deslizamento e
deslocamento em sentidos opostos temos a
maxila e a mandíbula.
05
 Crescimento das estruturas
craniofaciais:
 
Abóbada Craniana:
 Durante o crescimento, o homem sofre 
 mudanças nas suas proporções corporais, tais
como a proporção do complexo craniofacial
em relação ao corpo como um todo.
 O crânio, também denominado mais
especificamente neurocrânio, delimita a
cavidade craniana, envolvendo e protegendo
o encéfalo.
05
 Crescimento das estruturas
craniofaciais:
 
 Está constituída de oito ossos: sendo dois
pares (parietal e temporal) e quatro ossos
ímpares (frontal, occipital, esfenóide e
etmóide).
05
 Crescimento das estruturas
craniofaciais:
 
 Na verdade, o osso frontal é formado de
duas metades que permanecem separadas
até a idade de 6 anos pela sutura frontal.
 Ao nascimento, o crânio está mais
desenvolvido que a face, aproximadamente 7
vezes, devido ao volume cerebral avançado e
a falta de desenvolvimento do aparelho
mastigador. 
 Posteriormente, a face sofrerá um
desenvolvimento maior, projetando-se para
frente e para baixo em relação ao crânio,
adquirindo paulatinamente um volume
maior até chegar a proporção igual no
indivíduo adulto.
05
 Crescimento das estruturas
craniofaciais:
 
 A caixa craniana, acompanhando o
crescimento do cérebro, triplica de volume
nos dois primeiros anos de vida, o esqueleto
facial cresce mais rapidamente que o cranial, 
 como também conserva um ritmo
considerável de crescimento terminal da face,
principalmente o mandibular, quando possui
conotação genética de prognatismo, este
pode se estender até os 20-22 anos de idade.
 Os ossos que compõem o crânio se
desenvolvem tanto por ossificação
endocondral, como por ossificação
intramembranosa.
 À medida que o cérebro expande, os ossos
separados da abóbada craniana ou calvária
são correspondentemente separados, sendo
deslocados para fora.
05
 Crescimento das estruturas
craniofaciais:Acredita-se que seja um movimento
passivo dos ossos, consequentemente
resultante do crescimento cerebral.
 Esse deslocamento das lâminas ósseas
induz tensão nas membranas suturais, as
quais respondem imediatamente com a
deposição óssea nas margens suturais dos
ossos.
05Base do Crânio:
 A base do crânio cresce essencialmente
pelo crescimento cartilaginoso (endocondral).
Centros de crescimento da base do crânio:
1- Sincondrose esfeno-occipital;
2-Sincondrose inter-esfenoidal;
3-Sincondrose esfeno-etmoidal.
 A atividade na sincondrose inter-esfenoidal
desaparece logo após o nascimento.
 A sincondrose intra-occipital se fecha entre 
o terceiro e o quinto ano de vida. A esfeno-
etmoidal permanece ativa até os 7-10 anos de
vida.
05
Base do Crânio:
 E a sincondrose esfeno-occipital é um
dos principais centros de crescimento da
base do crânio, pois a atividade
condroblástica persiste (permanece ativa)
até aproximadamente os 18 a 25 anos de
idade.
 Enlow declara que uma das mais
significantes alterações do crescimento 
 que a base do crânio se submete, consiste
em um processo de remodelação que se
processa na fossa craniana média.
 Esta remodelação provoca um
deslocamento para frente da base craniana
anterior e das estruturas superiores da face
localizadas na maxila, e um deslocamento
da mandíbula para baixo e para frente.
05
 Outra expressiva alteração de crescimento 
 que se sucede na base craniana é a
remodelação que ocorre na fossa craniana
anterior. Isto ocasiona um deslocamento
anterior do osso frontal e da área nasal.
Base craniana:
1- Anterior: deslocamento anterior do osso
frontal e da área nasal;
2- Média: deslocamento anterior e inferior do
complexo nasomaxilar;
3- Posterior: deslocamento para frente e para
baixo da mandíbula.
Base do Crânio:
05
Base do Crânio:
 Com relação ao ângulo da base do crânio,
embora ocorram pequenos movimentos de
abertura e fechamento, na maioria das vezes
este ângulo é estável.
 O valor médio do ângulo da base do crânio
gira em torno de 130º.
 Um ângulo da base do crânio aberto ou
obtuso normalmente pode estar associado
com a localização mais posterior da
mandíbula e, consequentemente, com um
padrão facial classe II.
 Um ângulo da base do crânio mais fechado
ou agudo via de regra pode estar associado
com uma localização mais anterior da
mandíbula e, portanto, com um padrão facial
classe III.
05
Base do Crânio:
 Ortodonticamente, temos pouca ou
nenhuma influência sobre as alterações de
crescimento que se manifestam na base
craniana.
 Entretanto, utilizamos áreas da base
craniana como planos de referência no intuito
de determinar mais precisamente as alterações
que ocorrem nas estruturas faciais. 
 
05
Maxila 
(complexo nasomaxilar):
 Os mecanismos para o crescimento da
maxila são de reabsorção e aposição óssea a
partir do tecido conjuntivo.
 A maxila cresce em todas as direções do
espaço, porém seu trajeto predominante de
crescimento real (deslizamento) se dá para
cima e para trás.
 Como o complexo nasomaxilar se depara
posteriormente com a base do crânio, esse
crescimento superior e posterior provoca
um deslocamento primário contrário para
baixo e para frente.
 A maxila recebe aposição óssea perióstica
em todas as suas superfícies. A soma mais
significativa de deposição óssea surge na
porção posterior da maxila. 
05
Maxila 
(complexo nasomaxilar):
 
 Estas deposições, assim como as laterais,
proporcionam o aumento do comprimento do
arco dentário e possibilitam a erupção dos
dentes posteriores. 
 O palato recebe depósitos periósticos na
superfície bucal e é reabsorvido em sua
superfície nasal.
 Sicher considerou como os locais mais
importantes para o crescimento da maxila
quatro pares de suturas:
a) sutura frontomaxilar;
b) sutura zigomaticomaxilar;
c) sutura zigomaticotemporal;
d) sutura pterigopalatina.
05
Maxila 
(complexo nasomaxilar):
 
 Essas suturas se dispõem paralelamente no
espaço, orientando-se de cima para baixo e de
trás para frente, de tal maneira que o
crescimento dessas suturas deslocaria a 
 maxila obliquamente para baixo e para frente.
 Arne Bjork, em seus estudos com implantes,
constatou que a maxila se desloca em direção
inferior e anterior durante o seu crescimento. 
05
Maxila 
(complexo nasomaxilar):
 Isso implica que em alguns indivíduos a
maxila mantém um vetor de crescimento
predominantemente horizontal, enquanto em
outros o crescimento se processa em direção
vertical. 
 No entanto, a disposição dessas suturas
não é evidenciada quando se olha o crânio 
 de frente.
 Dizer que a "maxila é posicionada para
baixo e para frente por crescimento nas
suturas e na cartilagem nasal não é
inteiramente verdade".
 Necessitamos recorrer à análise funcional
do crânio. Para Moss a cabeça é uma
estrutura com grande número de funções
relativamente independentes: olfato,
respiração, visão, digestão, fala, audição,
equilíbrio e interação neural.
05
Maxila 
(complexo nasomaxilar):
 
 Cada função se realiza por um grupo de
tecidos moles e os elementos esqueléticos
ligados a uma só função é chamado de
"componente funcional cranial".
 A totalidade dos elementos esqueléticos
associados com uma só função se denomina
"unidade esquelética".
 A totalidade dos tecidos moles associados
com uma só função é denominada de "matriz
funcional".
 A origem, o crescimento, o desenvolvimento 
e a manutenção da unidade esquelética
dependem quase que exclusivamente da sua
matriz funcional relacionada.
05
Maxila 
(complexo nasomaxilar):
 
 Além disso, existe o crescimento essencial
dos seios maxilares. 
 As alterações maxilares resultantes dos
componentes esqueléticos seriam, portanto,
secundários, compensatórios e
mecanicamente obrigatórios.
 A grandeza empregada que pode ser
utilizada para avaliar o deslocamento vertical
da maxila é o comprimento da distância N-A;
ângulo formado pelos planos palatino e
mandibular (estima a relação vertical entre a
mandíbula e a maxila).
 
 Também torna-se importante avaliar a
relação que a maxila guarda com a mandíbula,
e está é aferida pelo ângulo ANB.
05
Mandíbula:
 A mandíbula, único osso móvel do complexo
craniofacial, é um osso misto ou composto, ou
seja, de origem "endocondral" e
"intramembranoso".
 No recém nascido o corpo da mandíbula
não está bem definido, o processo alveolar
começa a delinear-se concomitantemente
com o desenvolvimento e irrupção dos dentes
decíduos, os ramos são proporcionalmente
curtos, e as cabeças da mandíbula ainda não se
aproximaram de sua forma definitiva.
05
Mandíbula:
 O crescimento endocondral das cabeças
da mandíbula exerce um importante papel
no desenvolvimento mandibular.
 Contudo, por volta do final do primeiro ano,
a sínfise se fechou, transformando a
mandíbula em um osso ímpar.
 Além do crescimento da cabeça da
mandíbula ser endocondral, temos também
uma ossificação intramembranosa em toda a
superfície da mandíbula _ reabsorção e
neoformação óssea concomitante.
 Assim, o crescimento real da mandíbula
ocorre em uma enormidade de direções
regionais.
05
Mandíbula:
 Geralmente há uma tendência
predominante de crescimento para cima e
para trás, ocasionando um deslocamento
simultâneo de toda a mandíbula em uma
direção oposta, isto é, para frente e para baixo.
 Quando vista em traçados cefalométricos
seriados superpostos pela base craniana, a
mandíbula "cresce para frente e para baixo".
05
Mandíbula:
 Em alguns casos o crescimento da cabeça
da mandíbula se processa em direção vertical,
provocando uma rotação mandibular no
sentido anti-horário e uma redução no ângulo
goníaco (tendência a padrão I ou II).
 Em outros casos o crescimento da cabeça
da mandíbula se manifesta em direção sagital
ou distal, onde a mandíbula gira no sentido
horário, aumentando o ângulo goníaca
(tendência a padrão III).
 Felizmente o grupo de crescimentocondilar
vertical constitui-se de um maior número de
indivíduos e geralmente a mandíbula como
um todo experimenta um bom padrão de
crescimento horizontal.
05
Mandíbula:
 Existe uma diferença nítida entre a
quantidade média de crescimento para os
surtos juvenil e adolescente (ou pubescente).
 Uma característica do período juvenil foi
um crescimento regular de aproximadamente
3mm por ano, sem nenhum pico pronunciado
e com uma suave diminuição por volta dos 11
anos e 9 meses _ mínimo pré-pubescente de
1.5mm.
 Na idade de aproximadamente 14 anos e 6
meses, ocorre um surto pubescente máximo_
crescimento terminal mandibular (estirão da
adolescência), com um crescimento médio de 
5.5 mm (medindo da cabeça da mandíbula ao
pogônio).
05
Mandíbula:
 Existem várias medidas cefalométricas que
podem ser consideradas para avaliar o tamanho
e a posição relativa da mandíbula.
 Os mais utilizados são o ângulo SNB e o eixo
"y" de crescimento.
05Predição de crescimento:
 A idade cronológica frequentemente não é
suficiente para a avaliação do estágio do
desenvolvimento do paciente, por isso, a idade
biológica deve ser determinada. 
 A idade biológica é determinada pela idade
esqueletal, dental e morfológica e o começo
da puberdade.
 É possível com o uso da radiografia (análise
carpar e vertebral) estipular o estágio da
formação e desenvolvimento ósseo e
epifisário, e determinar a idade esquelética.
 A tendência atual é determinar a idadade
óssea através da radiografia do carpo da mão
esquerda.
05Predição de crescimento:
 Pois, no carpo e ossos da mão temos uma
grande quantidade de ossos e epífises
localizadas em uma área não muito extensa,
facilmente radiografável, através de uma só
exposição, permitindo ainda a adequada
proteção do indivíduo.
05
Predição de crescimento:
 Estudos têm mostrado que dois terços dos
casos tratados ortodonticamente incluem
tipos de maloclusões onde o crescimento e
desenvolvimento craniofacial desempenha
papel preponderante no êxito ou no fracasso
da mecanoterapia. 
 Algumas crianças têm uma maturação
lenta e atingem o pico de crescimento
puberal em idades mais avançadas, enquanto
outras, com maturação mais rápida, atingem
em idades menores.
 O surto de crescimento puberal acontece
na adolescência, de um modo geral entre 10
anos e 6 meses a 15 anos, com uma relativa
precocidade para os indivíduos do gênero
feminino, que pode ocorrer 2 anos mais cedo
que o masculino.
05
Predição de crescimento:
 O surto de crescimento puberal (SCP)
compreende o período do inicio ao final do
surto de crescimento puberal que dura
aproximadamente 2 anos e, traduz a época
em que a criança atinge o seu maior
desenvolvimento e maturação das dimensões
craniofaciais.
 O tratamento ortodôntico deve aproveitar
a curva de crescimento puberal em toda a
sua extensão.
 O pico de velocidade do crescimento
puberal (PVCP = momento de maior
velocidade) ocorre por volta de 1 ano após o
início do surto de crescimento puberal.
 Momento da menarca, para o gênero
feminino, a primeira menstruação é um
excelente indicativo de que o surto de
crescimento puberal já está próximo ao seu
final (faltam aproximadamente 6 meses).
05
Predição de crescimento:
 A menarca, considerada acontecimento
tardio na puberdade, ocorre após o "pico" de
crescimento em altura.
 Esse dano é de extrema importância, pois
sabe-se que as alterações estaturais que se
processam subsequentemente até a
adultidade são de magnitude irrisória.
 Depois da menarca as meninas crescem em
média de 6 a 8 centímetros.
 Diversos autores constatam que a idade da
menarca está altamente correlacionada com o
desenvolvimento esquelético, ou seja, idade
óssea.
Predição de crescimento:
Em que época iniciar a correção de uma
maloclusão de classe II com o uso de forças
extra-bucais ou aparelhos ortopédicos
funcionais?
 Recentes estudos concluíram que 
 melhores resultados são obtidos durante o
surto de crescimento puberal,
principalmente quando se tem que corrigir
discrepâncias esqueléticas.
 Os aparelhos funcionais surtem maior
efeito durante o surto de crescimento
puberal, visto que o crescimento mandibular
em pacientes tratados durante este período
é aproximadamente 30% maior que em
pacientes tratados fora do surto.
05
Predição de crescimento:
 O surto de crescimento puberal, porém, não
ocorre na mesma época em todos os
indivíduos, pois não está relacionada à idade
cronológica.
 
Estes aspectos podem ser modificados por:
 
a) Fatores ambientais;
 
b) Distúrbios emocionais;
 
c) Diferenças de origens étnicas.
05
Crescimento Facial em
Adultos:
 Embora muitos ortodontistas não
considerassem o crescimento do complexo
craniofacial após a segunda década de vida,
estudos longitudinais confirmam que este
crescimento continua durante a idade adulta,
podendo alterar o planejamento, execução e
principalmente a estabilização do tratamento
deste tipo de paciente.
 Considerações sobre o crescimento
craniofacial em adultos:
1- Dismorfismo sexual;
2- Padrão de crescimento;
3-Desaceleração e variação da taxa de
crescimento com o aumento da idade.
4- Crescimento diferenciado das estruturas.
05
Crescimento Facial em
Adultos:
 Alguns estudos sugerem que as suturas do
crânio fecham-se no final da adolescência
seguidas pelas da face. Mas não há um
consenso neste sentido, onde outros
pesquisadores sugerem que estas suturas
podem permanecer patentes até durante a
terceira década de vida.
 Os resultados obtidos por Behrents foram
resumidos por Moyers da seguinte forma:
a) As alterações de forma e tamanho
craniofaciais continuam após a fase adulta
jovem até as idades mais velhas estudadas.
b) Dimorfismo sexual em relação à quantidade
e direção de crescimento.
05
Crescimento Facial em
Adultos:
c) A quantidade de crescimento não é suficiente
para a utilização de aparelhos ortopédicos ou
funcionais.
d) Essas alterações são suficientes para causar
alterações significativas nas relações oclusais e
orientação mandibular.
 Trabalhos publicados pelos autores Israel,
Bolton e Behrents confirmam a falta de
estabilidade ortodôntica até a idade senil em
alguns pacientes, e chegaram a seguinte
conclusão:
a) Ocorre crescimento ativo na idade adulta;
b) Essas mudanças podem variar de 2 a 10%;
c) Ocorre um aumento vertical facial;
05
Crescimento Facial em
Adultos:
d) Estão envolvidos nas mudanças
mecanismos biológicos;
e) O processo é promovido por um
remodelamento dos ossos da face;
f) Deve o profissional ter o máximo de cuidado
com o diagnóstico e o planejamento a ser
executado para diminuir o máximo de
recidiva no período de proservação,
alcançando as chaves de oclusão, estabilidade
oclusal, oclusão mutuamente protegida,
desoclusão em lateralidade e protrusiva,
máxima intercuspidação habitual mais
próxima da relação cêntrica, saúde
periodontal, proteção da ATM, etc.
 Em 1933, Helman, afirmou: "o crescimento
da face, evidentemente, não depende da
influência do tratamento ortodôntico, mas o
bom êxito do tratamento ortodôntico pode
estar subordinado à influência do
crescimento".
 O conhecimento relativamente recente de
que o crescimento facial é um dos fatores 
 importantes para o êxito de um tratamento
ortodôntico, tem tornado o ortodontista mais
receptivo ao tratamento precoce no período
da dentição mista.
 
05
O efeito do tratamento
ortodôntico sobre o crescimento
simultâneo do complexo
craniofacial:
05
O efeito do tratamento
ortodôntico sobre o crescimento
simultâneo do complexo
craniofacial:
 No tratamento em pacientes em
crescimento, a abordagem esquelética é
fundamental porque a proposta do tratamento
não é apenas corrigir o defeito presente, mas
também observar e tentar prever o potencial
de crescimento futuro, minimizando e/ou
controlando distorções secundárias das
estruturas adjacentes que possam ocorrer.
 Serve para decisão em relação à melhor
época de tratamento e ao usode:
1) Forças extra-orais;
2) Aparelhos funcionais;
3) Tratamento com ou sem extrações;
4) Necessidade ou época de cirurgia
ortognática.
05
O efeito do tratamento
ortodôntico sobre o crescimento
simultâneo do complexo
craniofacial:
AEB cervical na dentição mista:
1) Alteração na posição da fissura
pterigomaxilar;
2) Espinha nasal anterior (ENA) revelou uma
menor quantidade de movimento em direção
anterior;
3) Inclinação da parte anterior do plano palatal
para baixo;
4) Suave rotação no sentido horário do osso
esfenóide;
5) Suave aumento na inclinação do plano
mandibular;
05
O efeito do tratamento
ortodôntico sobre o crescimento
simultâneo do complexo
craniofacial:
6) Menor deslocamento para anterior do
mento;
7) Discreto aumento da altura da face inferior;
8) Inibição do movimento para frente dos
dentes anteriores;
9) Inibição do movimento da maxila para
frente e para baixo;
10) Movimento distal da dentadura superior;
11) Alteração na inclinação do plano oclusal;
12) Mudanças na direção de crescimento de
todo o complexo.
05
O efeito do tratamento
ortodôntico sobre o crescimento
simultâneo do complexo
craniofacial:
Efeitos ortopédicos da expansão rápida da
maxila (E.R.M):
1) Abertura gradual da sutura palatina
mediana;
2) Lopes et al. (2003): ERM também produz
alterações na cavidade nasal, seios maxilares,
órbitas, superfícies laterais do processo
alveolar externo da maxila e regiões
circunvizinhas, remodelação óssea para alívio
da pressão, movimento translatório dos
segmentos ósseos e deflexão óssea das
estruturas delgadas;
3)Movimento da maxila para frente e para
baixo;
05
O efeito do tratamento
ortodôntico sobre o
crescimento simultâneo do
complexo craniofacial:
4) Mandíbula sofre rotação no sentido horário;
5) Altera plano oclusal - mordida abre;
6) O perfil sofre alteração a nível de lábio
superior e pogônio mole;
7) Plano palatino baixa;
Tração reversa:
1) Deslocamento ântero-inferior da maxila e
dentes superiores;
2) Rotação horária mandibular;
05
O efeito do tratamento
ortodôntico sobre o
crescimento simultâneo do
complexo craniofacial:
3) Inclinação lingual dos incisivos inferiores;
4) Terço inferior da face aumentado;
5) Deslocamento do nariz para frente;
6) Aumento da convexidade de perfil;
7) Inibição do crescimento mandibular.
05
O efeito do tratamento
ortodôntico sobre o
crescimento simultâneo do
complexo craniofacial:
Uso de BTP no controle da rotação da
mandíbula:
 A BTP (barra transpalatina) pode provocar
bloqueio do crescimento vertical do processo
dentoalveolar ou até mesmo intruir molares
superiores com consequente rotação espacial
da mandíbula no sentido anti-horário,
melhorando assim o relacionamento anterior
tanto no sentido vertical como horizontal.
 Com o uso da BTP pode-se notar alterações
na análise do tecido mole (Barbosa et al.
2005).
1) Alteração no vetor e velocidade de crescimento
maxilar e mandibular;
2) Remodelações ósseas a nível de: cabeça da
mandíbula, tuberosidade articular e processo
alveolar.
05
O efeito do tratamento
ortodôntico sobre o
crescimento simultâneo do
complexo craniofacial:
Aparelhos ortopédicos funcionais:
 Atribuíram os resultados encontrados em
uma possível ação do Bionator de atuar contra 
os fatores inibitórios de crescimento
mandibular, liberando o potencial de
crescimento que se encontraria mais
restringido nos pacientes com maior
retrognatismo.
05
O efeito do tratamento
ortodôntico sobre o
crescimento simultâneo do
complexo craniofacial:
Bionator de Balters:
05
O efeito do tratamento
ortodôntico sobre o
crescimento simultâneo do
complexo craniofacial:
Aparelho de rotação mandibular (APM):
Póstero-superior: distalização e intrusão dos
molares superiores;
Ântero-inferior: protrusão e intrusão dos
incisivos inferiores;
Observação: não se sabe exatamente se o
efeito deste aparelho é ortodôntico ou
ortopédico, usa-se mais como ortodôntico.
 Correção de Classe II:
05
Conceitos importantes:
Crescimento:
Aumento progressivo de tamanho.
Desenvolvimento:
 Resultado do crescimento natural,
diferenciação ou evolução mediante
mudanças sucessivas.
Maturação:
 Surgimento de características pessoais e
de fenômenos comportamentais como
consequência do processo de crescimento.
05
Conceitos importantes:
 Observação: 
 
 Crescimento cessa, mas desenvolvimento
não. O crescimento é um fenômeno 
 anatômico, já o desenvolvimento é um
desenvolvimento fisiológico.
Processos de crescimento
tecidual:
Intersticial:
 Anexação de novos elementos celulares nos
interstícios pré-existentes. Exemplo: tecido
epitelial;
05
Processos de crescimento
tecidual:
Aposicional:
 Anexação de novas células em camadas
superpostas aos pré-existentes. Ex.: tecido
ósseo;
Interstício aposicional:
 Mecanismos associados com crescimento
aposicional na superfície, e proliferação celular
da matriz intersticial. Ex.: cartilagens.
Tipos de ossificação:
 O tecido ósseo pode se formar através de
dois processos: o processo intramembranoso e o
proccesso endocondral.
05
Tipos de ossificação:
 Ossificação intramembranosa:1.
 O processo tem início pela diferenciação de
células mesenquimatosa que se transformam
em osteoblastos. Estes sintetizam o osteóide
(matriz ainda não mineralizada), que logo se
mineraliza, englobando alguns osteoblastos
que se transforam em osteócitos. 
 Ocorre no esqueleto cefálico, na maxila, no
corpo e no ramo mandibular.
 Ossificação endocondral::1.
 Tem início sobre uma peça de cartilagem
hialina, que gradualmente é destruída e
substituida por tecido ósseo formado a partir
de células do tecido adjacente. 
 Ocorre na base craniana e côndilo
mandibular.
05
Crescimento dos processos
alveolares: 
 No que diz respeito ao crescimento do
processo alveolar, ele adapta-se e remodela-se
de acordo com as necessidades dentárias e sofre
reabsorção quando os dentes são perdidos.
 A deposição óssea do processo alveolar
contribui primordialmente para o aumento da
altura maxilar, mas também auxilia no aumento
do comprimento, pois acompanha o
crescimento da tuberosidade.
 O crescimento em altura da maxila deve-se
também ao desenvolvimento da cavidade nasal
e dos seios maxilares, que se adequam às
necessidades respiratórias.
 Durante o crescimento da maxila e da
mandíbula, os dentes sofrem um processo
denominado flutuação vertical,, o qual permite
que os dentes mantenham suas posições
anatômicas enquanto os maxilares crescem.
05
Crescimento dos processos
alveolares:
 O processo de flutuação vertical move todo
o dente e seu alvéolo, isto é, o dente não flutua
verticalmente para fora do seu alojamento
alveolar, como ocorre na irrupção.
 Ao contrário, na flutuação vertical, o alvéolo
e seu dente flutuam juntos, como uma
unidade.
Crescimento dos arcos
dentários:
Arco dentário: mesial do primeiro molar
permanente do lado direito até a mesial do
primeiro molar permanente do lado
esquerdo.
Perímetro do arco dentário: circunferência
do arco, mesial do primeiro molar
permanente de um lado ao primeiro molar
permanente do outro.
05
Crescimento dos arcos
dentários:
Largura dos arcos: medidas transversais
que se estendem de um dente até o seu
contralateral;
Comprimento do arco: dimensão
anteroposterior do arco dentário,
estendendo-se da face palatina do incisivo
central, passando pela rafe palatina até
chegar a linha imaginária que passa pela
face mesial dos primeiros molares
permanentes.
Largura do arco dentário: a largura dos
arcos dentários traduz as medidas
transversais que se estendem de um dente
até o seu contralateral. 
 
 A largura do arco dentário pode ligar as
pontas de cúspide, o sulco oclusal ou a
margem gengival lingual de dentes
homólogos.
05
Largura do arco dentário:
 Ao nascimento, os dentes decíduos
anteriores, tanto superiores como inferiores,
mostram-se apinhados no interior dos
maxilares.Do nascimento até aproximadamente os
6 anos, a maxila e a mandíbula apresentam
um significativo alargamento, pelo
crescimento da sutura palatina e na
sincondrose mandibular. Esse crescimento
exuberante fornece espaço suficiente para a
irrupção da dentição decídua.
 As dimensões transversais dos arcos
dentários voltam a crescer durante a fase de
troca dos dentes decíduos pelos dentes
permanentes.
 Um estudo clássico de Moorrees, 1950, 
 obserevou que, no arco superior, a largura
inter-caninos aumenta em média 5mm até os
13 anos. No arco inferior, aumenta em média
3mm.
05
Crescimento dos arcos
dentários:
 A maior parte do aumento da distância
intercaninos ocorre na fase de irrupção dos
incisivos permanentes, que servem de matriz
funcional para estimular o aumento
transversal do arco dentário. A distância
intermolares aumenta 4 a 2mm nos arcos
superior e inferior, respectivamente, até os 18
anos.
 Após os 13 anos, quando a dentadura
permanente está completa, a largura do arco
mostra uma estabilidade dimensional.
 Em geral, o arco dentário não cresce
transversalmente na dentadura permanente.
05
Referências:
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p. 29-46.
2. Enlow DH. Crescimento facial. 3a ed. São Paulo. Artes médicas. 1996
3. Enlow, DH. Interviews: Dr. Donald H. Enlow. J Clin Orthod, Boulder, p. 669-
679, Oct. 1982.
4. Graber, TM.; Vanarsdall, Jr., R. L. Orthodontics: current principles and
techniques. 2nd ed. St. Louis: C. V. Mosby, 1994. p. 965.
5. Hermann, NV.; Jensen, BL.; Dahl, E.; Bolund, S.; Kreiborg, S. Craniofacial
comparsions in 22-month old lip operated children with unilateral complete
cleft lip and palate and unilateral incomplete cleft lip. Cleft Palate Craniofac J,
Lewiston, v. 37, no. 3, p. 303-317, 2000.
6. Moorees, CFA.; Gron, A.; Lebret, LML.; Yen, PKJ.; Frohlich, FJ. Growth studies
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7. Moorrees CFA. Twenty centuries of orthodontics. In: Jacobson A, Jacobson
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basics to 3-D imaging. 2nd ed.Chicago: Quintessence; 2006. p. 13-32
8. Moss ML. The primary role of functional matrices in facial growth. Am J
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55(6): 566-77.
9. Moyers, R.; Linden, F. van der; Riolo, M. Standards of human occlusal
development. In: CARLSON, D. S. Craniofacial biology. Ann Arbor: [s.n.], 1976. p.
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10. Moyers RE. Ortodontia. 4a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; p.175-6.
11. Thompson, MW.; Mcinnes, RR.; Willard, H. F. Genética médica 5. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan. 1993.
05
Sobre a autora:
 Olá, me chamo Daniela, tenho 27 anos e sou
cirurgiã dentista, especialista em Ortodontia.
 Este e-book foi montado através de um
compilado de conteúdos a cerca do
crescimento e desenvolvimento craniofacial,
com muito carinho e dedicação para auxiliar
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dentista na busca por mais conhecimento.
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