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ABDOME AGUDO - RESUMO ABD AG Inflamatório: - Pancreatite - Apendicite - Colecistite - Colangite ABD AG Obstrutivo ABD AG Perfurativo ABD AG Hemorrágico ABD AG Vascular ABD AG – Pancreatite - Fisiopatologia: - inflamação do pâncreas previamente normal. - complicações regionais: pseudocistos, abcesso, necrose da gordura peripancreática. - inflamação do pâncreas Liberação + ativação das enzimas autodigestão Pancreática + tec peripancreáticos. - Etiologia: - 40-70% Litíase Biliar. - 25-35% Alcoólica. - Hipertrigliceridemia > 1000mg/Dl. - Neoplasias. - Outras: medicamentosa; doenças metabólicas – hipercalcemia, hiperparatireoidismo; Idiopática. Conceitos: Fisiopatológico: - Pancreatite Intersticial Edematosa: - edema do pâncreas. - liq peripancreático. - inf do tec peripancreático. - Pancreatite Necrotizante - Necrose: - Tec Pancreático. - Tec Extrapancreático, OU ambos. -Estéril, OU - Infectada. - 5-10% - Evolução: estéril ou infectada, reabsorção ou coleção. Pancreatite Necrotizante - FASES: - aguda: < 1 semana: Insuficiência Orgânica/ Falência de múltiplos órgãos. - tardia: > 1 semana: complicações locais – necrose, abscessos pancreáticos e pseudopancreáticos, pseudocistos. Classificação Clínica: - Leve: SEM insuf Orgânica e SEM complicações Locais. - Grave Moderada: Insuf Orgânica OU complicações Locais, voltando ao normal após 48hrs de TTO. - Grave: Insuf Orgânica, > 48hrs. OBS: Tc contraste ABD – p/ identificar necrose, após 2 semanas. - Quadro Clínico: - Dor abdominal: - dor epigástrica/ abd superior/ em faixa. - Irradiação dorsal, tórax ou flancos. - Náuseas e vômitos. - Forma Grave: SIRS/Sepse – hipotensão, taquicardia, febre, taquipnéia. - Instabilidade hemodinâmica, IRA, insuficiência respiratória, etc. - Diagnóstico: PARA DIAG NÃO PRECISA DE EXAME DE IMAGEM!! SÓ PEDE SE NÃO FECHAR C/ OS CRITÉRIOS ANTERIORES (TC ABD C/ CONTRASTE) E/OU P/ PROGNÓSTICO, SE PA GRAVE (5-7 DIAS DEPOIS)!! P/ DIAG ETIOLÓGICO – USG ABD, TODOS!! o 2 ou + CRITÉRIOS: - Dor abdominal consistente (epigastralgia + náuseas + vômitos ou dor abd + irradiação p/ as costas). - Amilase e/ou Lipase > ou = 3x o limite máx normal. - Achados característicos de imagem – TC ABD Exame LAB: - Amilase ou Lipase Isoladas NÃO fazem diag de pancreatite Aguda. - 1/5 pctes c/ amilase NORMAL. - Amilase: aumenta em algumas hrs e ↓ 3-5 dias. - normal em Pancreatite Alcoólica e Hipertrigliceridemia. - Lipase: + específica, ↑ por + tempo. - Exames Complementares: - Provas inflamatórias: Hemograma; PCR. - Dist Hidroeletrolíticos: Na+; K+; U; Cr; Gasometria. - Enzimas Hepáticas (TGO; TGP) e Pancreáticas (Amilases; lipases). - Enzimas Cardíacas. - Enzimas de Urina. Exames de Imagem: - USG ABD – cálculo biliar? – TODOS os pctes. - TC ABD com CONTRASTE EV: - melhor exame. - Pacientes sem sinais de PA grave – NÃO INDICADO!! - indicação: APÓS 48HRS SEM MELHORA. - P/ classificação adequada, 5-7 dias; P/ prognóstico: edema, necrose, abscesso, complicações. - RX ABD simples: - alça sentinela. - dilatação cólon D. - derrame pleural à E. - aumento do arco duodenal. - RNM: - fase aguda p/ coleções heterogêneas. - Pctes c/ alergia ao iodo. - identificação de coledocolitíase – exame de escolha Colangiorressonância!! - Ecoendoscopia: - Fase aguda – etiologia. - coleções heterogêneas, microlitíase e lesões periampulares. - CPRE: - colelitíase. - pesquisar alt nos ductos. CLASSIFICAÇÃO DE GRAVIDADE: 1 ou 2 =Leve!! 3 ou + = grave!! OBS: Necrose tecidual: ↑ DHL E TGO (enzimas intracelulares). - BUN = uréia. - ↓ HT, se mto vol (diluiu) OU hemorragia. - sequestro líq = aumentou + 6kg. CLASSIFICAÇÃO DE BALTHAZAR: - baseada no exame de imagem. - Balthazar A: pâncreas normal. - Balthazar B: pâncreas edemaciado/ aumento vol do pâncreas. - Balthazar C: edema peripancreático. - Balthazar D: 1 coleção peripancreático. - Balthazar E: 2 ou + coleções peripancreáticas OU presença de bolhas de gás (infecção da necrose). CLASSIFICAÇÃO ATUAL: OBS: - Má prognóstico/Gravidade = marcadores de reação inflamatória/ marcadores de Insuf Orgânica / Complicação Local – necrose Ou Infecção. - AMILASE E LIPASE, ENZIMAS PANCREÁTICAS, NÃO TÊM VALOR PROGNÓSTICO/GRAVIDADE!!!! APENAS DIAG. - Tratamento: 1. CLÍNICO: o Pancreatite Aguda Leve: - Jejum. - Hidratação – soro de manutenção c/ glicose + eletrólitos parenteral; soro glicosado / soro KCl / soro NaCl - Inibidores Bomba de Prótons – Omeprazol; Pantoprazol => p/ impedir a secreção de enzimas pancreáticas por inibir a chegada da secreção ácida no duodeno. - Antiemético. - Analgesia = Novalgina, Buscopan. - Colecistectomia – Pancreatite Aguda Biliar Leve – prevenção de recorrência o Pancreatite Moderadamente Grave Ou Grave: UTI - jejum – sonda nasogástrica. - Reposição Volêmica. - Controle Hidroeletrolítico. - Analgesia. - Suporte Nutricional – via enteral, Sonda Nasoentérica em posição jejunal (vilosidades intestinais íntegras, diminuição da translocação bacteriana, diminuição infecção tec pancreático). - Bloq bomba H+. - ATB: se Pancreatite Necrótica > 50% ou Pancreatite aguda severa com instalação precoce e/ou infecção. OBS: Sinal de Cullen (hematoma periumbilical) / Sinal de Grey Turner (Hematoma dos Flancos) / Sinal de Fox (Hematoma ligamentos inguinais) => sinais de hemorragia retroperitoneais. 2. CIRÚRGICO: - P/ diagnóstico, se quadros abdominais graves e TC inconclusiva. - P/ Etiologia: - cálculos biliares = colecistectomia após resolução da pancreatite. =descompressão biliar, se coledocolitíase em colangite ou obstrução biliar, por CPRE, se obstrução biliar. - PANCREATITE AGUDA NECROTIZANTE: - Indicação tardia: + 14dias. - Infecção da necrose pancreática (por punção ou bolhas à TC). - hemorragia digestiva maciça, erosão de artéria. - hemorragia digestiva sem causa aparente. Objetivos - desbridamento: - redução área de necrose. - prevenção + TTO da infecção. - controle insuf orgânica e resp inflamatória sistêmica. ABD AG – Apendicite Epidemiologia: - operação de urgência mais comum – 7%. - qlqr faixa etária. - se < 4 anos e > 80 anos – diagnóstico tardio, 80% risco de perfuração. FISIOPATOLOGIA: - Obstrução da luz do apêndice – CAUSAS: 1. Fecálito 2. Aderência 3. aumento do tecido linfático 4. corpo estranho 5. parasita 6. Tumor. - Acúmulo de secreção, infecção aumento da pressão intraluminal – distensão na parede do órgão, dor visceral/ estímulo visceral. - Inervação da região do Apêndice - nervos aferentes T8 e T10, causando dor epigástrica, entre o apêndice xifoide e a cicatriz umbilical, ou periumbilical. - Pressão intraluminal impede drenagem linfática e posteriormente venosa/translocação bacteriana. - Acometimento inflamatório da serosa dor parietal/ dor localizada = Fossa Ilíaca Direita. - Progressão necrose e perfuração, abcesso, peritonite. **Apêndice: alça intestinal muito fino. FASES EVOLUTIVAS: - Hiperêmica: intraluminal, mucosa. - Edematosa: edema da parede. - Fibrinosa: extensão até a serosa. - Flegmonosa: secreção purulenta no lúmen. - Gangrenosa: isquemia. - Perfurativa. ANAMNESE: História Típica: Dor em mesogástrio, em cólica, acompanhada de náuseas ou vômitos e anorexia (90% dos casos), que posteriormente migra para FID, passando a caráter contínuo, acompanhada de sinais inflamatórios. **Piora da dor a mobilização, tosse, palpação abdominal. **Sinais inflamatórios sistêmicos: Taquicardia, febre, alt dos marcados inflamatórios. Sintomas atípicos/inespecíficos: - Dispepsia. - Alt do hábito intestinal – parte do apêndice encostada no reto ou sigmoide, irritação do ceco. - Diarreia – aumento das evacuações. - Mal-estar generalizado – astenia. - Alt urinárias – devido a alt infl em cima do ureter e bexiga. QuadroClínico: - acurácia de 95% no diagnóstico. - 2/3 dos casos. - 10-15% das indicações de apendictomia não terapêutica, não têm apendicite. Exame Físico: - Temperatura normal ou febre baixa (* alta, se abscesso e proc inflamatório). - Febre isolada – não indica apendicite. - > especificidade -> migração da dor para FID. - Dor e/ou plastrão palpável no ponto de McBurney com DB+ = Sinal de Blumberg preditivo de apendicite. ** Sinal de Blumberg – apenas se dor na descompressão brusca no quadrante inferior Direita, e restantes sem dor. SINAIS DE APENDICITE AGUDA: **Sinais: Obturador e Psoas – apêndice está dorsal, infl posterior no abdome. Sinais Clínicos específicos para Diagnóstico Diferencial: - Sinal de Murphy. - Sinal de Giordano. ** Auscultar bases pulmonares, apalpar fígado. Variação do Quadro Clínico: - Posição do apêndice: - dor flanco/dorsal, irradiação para pélvis ou testículo. - disúria, urgência urinária, evacuação diarreica. Posição da extremidade Livre: - Retrocecal. - Subcecal. - Pré ou pós-ileal. - Pélvica. ANATOMIA: - Próx à válvula ileocecal. - convergência das tenias colônicas no ceco. - 5-12cm de comprimento com 0,5-1,0cm de espessura. - Vascularização terminal pela aa apendicular – ramo da aa ileocólica. **USG: a partir de 6mm – apêndice inflamado. Perfuração: - média de 48h necrose; 70h p/ perfuração. - < 36hrs: < 2% perfurações. - > 36hrs: aumento de 5% a cada 12hrs. **Não esperar + de 24h p/ indicar apendictomia!! História Natural: - Regressão espontânea possível, 9% episódio anterior idêntico; e 4% + de 1 crise prévia. -Peritonite. -Fístula. -Óbito. APENDICITE PSEUDOTUMORAL: - massa palpável no QID. - + de 1 semana de evolução. - TTO: inicial clínico, com drenagem eventual. - Apendicectomia eletiva – 6 a 8 semanas. APENDICITE CRÔNICA: - quadros recorrentes de apendicite aguda. - comum em pacientes, com endometriose e intestino irritável. EXAMES COMPLEMENTARES: I. Exames Laboratoriais: - B-hCG – mulheres na idade fértil. - Urinálise: - hematúria ou piúria, pois apêndice próx à bexiga ou ureter. - Hemograma completo: - leucocitose > 10.000: se isolado - baixo valor preditivo, 76% sensibilidade e 52% especificidade. - Ptn C reativa: sensibilidade e especificidade baixas. ** Leucocitose + desvio à esquerda e ↑ PCR. EXAMES DE IMAGEM: a. Radiografia Simples - raramente faz o diagnóstico/ pc específico, pc sensível. - exame rápido e disponível. - diag diferenciais: volvo, intussuscepção, nefrolitíase. - Sinais radiográficos: - íleo paralítico no FID. - fecálito no apêndice. - borramento na região do psoas. - pneumoperitônio. - 3 incidências: - abd AP ortostático. - abd AP deitado => distribuição das alças intestinais e parede intestinal. - Tórax ortostático OU cúpulas em Pé => Pneumoperitônio/ Pneumonia. **Fecáito, sem borramento do Psoas. b. Ultrassonografia do ABD: - exame inicial em crianças. - sem exposição à radiação ionizante: gestante e crianças. - operador- dependente. - 25-35% apêndice não visualizado. - compressão gradativa do transdutor. - Apêndice normal – estrutura tubular compressível com diâmetro máx de 5mm. - Apendicite – estrutura em fundo cego, imóvel, não compressível, com lúmen anecoico- preto, mucosa ecogênica-branca e parede muscular espessada e hipoecoica com diâmetro > 6mm. - Coleções líquidas, fleimão e apendicólito. - Doppler colorido – aumento do fluxo sanguíneo no apêndice inflamado – “anel de fogo”. - Critérios Diagnósticos: - diâmetro > 6mm. - dor à compressão. - fecálito na luz. - líquido peritoneal ao redor. * sensibilidade – 75-90%. * especificidade – 86-100%. USG COM DOPPLER – “anel de fogo” Dificuldades: - Apêndice não visualizado (25 a 35% dos exames). - Visualização parcial. c. Tomografia Computadorizada - melhor exame p/ diagnóstico – sensibilidade: 87-100% + especificidade: 95-100%. - sensibilidade > q USG/ especificidade = USG. - auxilia outros diagnóstico, ex: Nefrolitíase. - critério de Alvarado 4 a 6 – critério de restrição ao uso de TC. ** Apêndice visível, fecálito no interior, distensão do lúmen-liq no interior, borramento da gordura ao redor. - Desvantagens: - radiação. - demora, se usar contraste oral. - Efeitos contralaterais do contraste intravenoso utilizado: nefropatia ou reação alérgica. -alto custo? - diminui internações e apendicectomias desnecessárias, diag precoce em pop específica (idosos). #IMPORTANTE: ESCORES DE DIAGNÓSTICO: o Escore de Alvarado (1986) – TRIAGEM: TC? CIRURGIA? OBSERVAÇÃO? MANTRELS: Migração da dor, anorexia, náusea ou vômitos, defesa+sensibilidade na fossa ilíaca direita, dor a descompressão brusca, elevação da temperatura, leucocitose, desvio à esquerda. Pontuação < 3: risco mt baixo de apendicite. Pontuação > ou = 7: apendicite em 93% dos homens e 78% das mulheres. **4,5,6 – USG ABD. ** > 7 pontos = apendictomia. d. Ressonância Magnética - sem radiação. - exame demorado. - pc disponível e de alto custo. - Indicado - Gravidez: seguro, porém o contraste com gadolínio ultrapassa a membrana placentária e deve ser evitado no 1º trimestre. Após USG equívoco ou inconclusivo. ** apêndice inflamado. e. Laparoscopia - Diagnóstica e terapêutica. - Invasivo como diagnóstico. - Realizado principalmente em mulheres – idade fértil; pctes obesos. DIAGNÓSTICO: - considerar como diag diferencial em todo pcte com dor epigástrica, umbilical ou localizada em FID/flanco D. - Exames complementares: Laboratoriais; de imagem. CONDUTA – TTO: 1. Cirúrgico (Padrão-ouro/ DEFINITIVO): Apendicectomia Laparoscópica OU Laparotomia. - Cirurgia Convencional: + barato. - Laparoscopia: recuperação precoce; menos dor e infecção de ferida operatória; maior abcesso intra- abdominal; melhor av da cavidade ABD; - Indicação: mulheres, diag indeterminado, peritonite difusa/perfurado, obesidade. 2. Clínico (ATB exclusiva): Conduta NÃO consensual!! Em fase inicial + pcte hígido?? - RISCO DE INSUCESSO E CIRURGIA POSTERIOR. ABORDAGEM NO PRONTO-SOCORRO: - Hidratação. - ATB: - Não-complicada: Cefoxitina. - outras: Ceftriaxona, Ciprofloxacino, associação com Metronidazol, ampicilina. - Analgesia, antiemético. ABD AG – Colecistite - Bile = h20, sais e pigmentos biliares, colesterol, fosfolípideos => precipitação => cálculos biliares. - cálculos + comuns: colesterol (85-90%, radiotransparentes - USG) ou mistos. - secreção = Fígado. - reabsorção = íleo terminal, 90%. - Fatores de Risco: mulheres (hormonal, progesterona fz a vesícula funcionar menos na 2º fase menstrual e gestação), 40-70 anos, obesidade/sobrepeso, multiparidade. - Origem: vesícula biliar (estase –dça de chagas) ou na via biliar principal (infecção crônica, parasitose, estenose cicatricial, má drenagem da via biliar, dilatação). OBS: Colecistolitíase = cálculo na vesícula biliar. Colelitíase = cálculo biliar, pressupõe q está na vesícula biliar. Colecistopatia = doença da vesícula biliar. Colecistopatia calculosa = dça da vesícula biliar causada por cálculos. Colecistite = inflamação da vesícula biliar. Coledocolitíase ou Litíase da via biliar principal = cálculos na via biliar principal (cálculos do coledoco). COLECISTOLITÍASE: - assintomática. - USG ABD superior ou de fígado e vias biliares. - TTO: - expectante, OU - Cirúrgico: Indicação: - imunossuprimidos; DM; transplantado; jovens; microlitíase - < 0,5cm (risco de pancreatite aguda, icterícia obstrutiva, colangite aguda); cálculos + pólipos – CA vesícula biliar;cálculos > 2cm; exame de imagem – indicando inflamação. - Colecistectomia Videolaparoscópica. - Colangiografia intraoperatória = radiografia contrastada das vias biliares. - Avaliar: anatomia, forma, calibre, falhas de enchimento – cálculos, esvaziamento adequado do contraste p/ o duodeno. - Indicações: geralmente qd há risco de coledocolitíase; dúvidas anatomicas. COLECISTOLITÍASE C/ CÓLICA BILIAR - Fisiopatologia: - obstrução da saída da vesícula – contração s/ esvaziamento da vesícula. - Dor: aperto constante do epigástrio ou hipocôndrio D, irradiação região dorsal D. + vômitos biliosos. - Diagnóstico: USG – Cálculo impactado sem mexer c/ mudanças de decúbito; sem inflamação -> saindo do lugar, melhora da dor, - TTO: analgésico e Anti-espasmóticos. COLECISTITE AGUDA - Fisiopatologia: - Cálculo biliar impactado, Não sai do Lugar, obstrução distensão/aumento do diâmetro da vesícula biliar isquemia + delaminação + edema + inflamação da parede biliar infecção bacteriana tardia, 2ª (devido estase + cálculos biliares) coleções perivesiculares. - Dor: cólica biliar + dor a palpação + dor a descompressão brusca + dor a percussão. - Sinal de Murphy = alt + imp no Exame Físico. - ponto cístico (linha hemiclavicular -> abaixo do rebordo costal D) -> palpação profunda -> paciente deve inspirar profundamente -> cessa a inspiração devido a dor pq a mão do examinador encosta na vesícula biliar. Diagnóstico: - USG Abd Superior ou vias biliares – aumento diâmetro da vesícula biliar; espessamento da parede; delaminação; coleção perivesicular; cálculo impactado imóvel no infundíbulo. CRITÉRIOS – DIRETRIZES TÓQUIO 2018: TTO: - ATB: sem mta indicação. - Cirúrgico: preferencial, indicação precoce. - Colecistectomia Laparoscópica. -Colangiografia intraoperatória – rotina. - Colecistostomia (choque séptico, idoso, insuf cardíaca, instável clinicamente) = Punção + esvaziamento da vesícula biliar + dreno + ATB. ABD AG – Colangite - inflamação da via biliar principal. - Fisiopatologia: - Obstrução por cálculos biliares estase proliferação bacteriana colangite. OBS: translocação bacteriana do intestino. - Formas Clínicas: 1. Colangite Aguda = Tríade de Charcot: Icterícia + dor abdominal + febre. 2. Colangite Supurativa Aguda/ Tóxica = Pêntade de Reynolds: Tríade de Charcot + Hipotensão (choque séptico) + Alt de consciência. - Tratamento - Colangite Aguda: - Antibioticoterapia – Gram (-) entéricos + anaeróbios. - TTO causa. - Colangite Tóxica: - ATB - Expansão volêmica + drogas vasoativas. - Drenagem da via biliar – imediata!!: - endoscópica (CPRE) - Punção transparieto-hepática. - cirurgia (laparoscópica ou aberta). - TTO causa ABD AG – Obstrução Intestinal - interrupção do trânsito intestinal – impossibilidade de defecar + eliminação da flatos. - causa + comum: aderências (bridas). - principal causa de obstrução: intestino delgado, sendo > cólon. EPIDEMIOLOGIA: - + comum em adultos/idosos. - 2º abd agudo + frequente, 1º abd agudo inflamatório. CAUSAS MECÂNICAS: Sínd. A.M.S: Sínd. Artéria mesentérica Superior. - Obstrução do lúmen, intrínseca ou extrínseca. - Inicialmente ocorre estagnação do bolo fecal – liq entérico ou material cólico -> acumulação – dilatação/distensão de alças -> edema da parede devido à constrição de algumas veias, mas ainda vascularizada pelas aa. -> causando perda da barreira mucosa, tornando-se permeável -> pode evoluir p/ isquemia intestinal – cessa o suprimento pelas aa. -> perfuração intestinal CAUSAS FUNCIONAIS – diminuição de motilidade.: - Duodeno: distúrbio de motilidade. - Carcinomatose abdominal: alt de motilidade/barriga congelada, alças intestinais acometidos. - Doença de Hirschsprung: + comum em criança. CAUSAS: - Aderências (bridas) – principal causa, + comum intestino delgado, mas pd acometer o intestino grosso. - Cólon: - Neoplasia Intestinal – maligno. - Volvo – benigno. - Hérnia – alça intestinal encarcerada, + freq intestino delgado. Cólon sigmoide. - Intussuscepção: – entrada / invaginação do intestino dentro da luz intestinal dele mesmo, associado a pólipo, neoplasia, gânglio aumentado. - Pode ocorrer o sofrimento da alça q se inseriu dentro da outra – ingurgitamento, perda do suprimento venoso, nutrição. - Comum na valva ileocecal, pd acometer o intestino delgado e grosso. Geralmente associado a anomalias ou pólipos ou placas de tecido linfóide ou neoplasias, - mais freq.. em crianças - Estenose de anastomose – pós-operatório intestinal. - Bolo de áscaris. - Compressão extrínseca (neoplasia). - Corpo Estranho, bezoar. - Doença Inflamatória Intestinal (DII). OBS: - Causa mais comum – intestino delgado e intestino grosso (cólon): Obstrução por bridas. - Cólons: + comuns - Neoplasia e Volvo de Sigmóide. QUADRO CLÍNICO: Proximal (Obstrução alta) – no intestino Delgado, antes da valva ileocecal: - dor abdominal – cólica difusa, com períodos de melhora e de piora, oscila. - náuseas e vômitos mais intensos e precoces. - parada de eliminação de gases. - distensão abdominal. - tempo curto de história. - Causas: hérnias, aderências/bridas, tumores primários, tumores vizinhos, intussuscepção (pediátrico), corpo estranho/bezoar, íleo biliar, parasita, Dça de Crohn estenosante, volvo. Distal (obstrução baixa) – intestino grosso – cólons, abaixo da valva ileocecal: - dor abd – cólica difusa. - vômitos tardios. - parada de eliminação de gases. - distensão abd pronunciada. - maior tempo de história. - causas: tumores colorretais, volvo de sigmoide, diverticulite prévio – estenose inflamatória cicatricial do intestino grosso, volvo de ceco, Dça de Crohn estenosante, fecaloma –bolo fecal endurecido + desidratado + impactado, q não sai por peristalse; Aderências - + comum no intestino grosso/cólon transverso. Sinais sistêmicos: - taquicardia. - desidratação – perda de liq para o 3º espaço, edema de alças. - dist metabólicos (Na+, K+, Cl-) – alcalose metabólica, perde H+ pelo vômito. - Leucocitose. Sinais de Complicação: - dor continua, deixou de ser uma dor em cólica q oscilava. - peritonite difusa – DB +, sugere isquemia de alças ou perfuração. - febre – translocação bacteriana devido a falha de barreira mucosa pelas alças intestinais edemaciadas, ou perfuração associado c/ quadro infecioso. - sepse. - sinal de jobert. Antecedentes/ fatores de risco: - cirurgia prévia - + comum. - processo inflamatório abd prévio - diverticulite, dça inflamatória pélvica aguda. - obstrução intestinal prévia – - hérnias. - ingestão de corpo estranho. - radioterapia. - risco aumentado p/ neoplasia, histórico familiar ou pessoal – neoplasia intestinal primária (obstruindo o lumen do intestino), carcinomatose, disseminação intestinal invadindo alças intestinais. EXAME FÍSICO: - desidratação. - distensão abdominal – difusa ou localizada (alta). - Ruídos hidroaéreos - aumentados – no inicio do quadro, aumento do motilidade/ som metálico. - diminuídos/ausentes – com o avanço do quadro. - Timpanismo à percussão. - Dor abdominal: - desconforto - + comum. - irritação peritoneal – complicação: isquemia ou perfuração. - Toque retal: ampola vazia. - Hérnia. - Sinal de Jobert – Pneumoperitôneio - percussão do hipocôndrio direito, escuta-se som timpânico ao invés de som maciço (fígado), peritonite difusa. - Sinal de Chilaidit – interposição de alças intestinais entre o fígado e o diafragma - Percussão: Som Timpânico. Rx de abdome ou TC abdome: alças do intestino delgado subfrênicas. CLASSIFICAÇÃO OBSTRUÇÃO INTESTINAL: Obstrução Total Obstrução Parcial (suboclusão) Sem complicações Com complicações: - Isquemia. - Perfuração. - repercussões sistêmicas. EXAMES COMPLEMENTARES: OBS: solicitar inicialmente Rx de Tórax PA, Rx abdome AP ortostático,Rx abdome AP decúbito dorsal. Laboratoriais: - hemograma completo. - função renal – creatinina e uréia. - eletrólitos – Na+, K+, Mg, Ca2+ - PCR - Coagulograma. - lactato – indica grau de inflamação, isquemia e má oxigenação de algum tecido (alça encarcerada). Imagem: - Radiografia de abdome (3 posições – decúbito dorsal, ortostática - visualizar os níveis hidroaéreos – entre liq e ar, cúpula diafragmática). - TC de abdome. Rx abdome – ortostática: 1—níveis hidroaéreos – nível do acima é ar e abaixo é liq dentro da alça intestinal distendida. 2- distensão difusa, edema das alças, alças em luta – haustrações em empilhamento de moedas. Geralmente intestino delgado. **dilatação de alças de delgado – localização abd mais central. **dilatação do cólon -> mais visível na periferia. TC de abdome: - visualiza sinais de sofrimento das alças intestinais, com maior sensibilidade perfuração, ponto de obstrução/causa. 1— Posição decúbito dorsal - agrupamento de alças com obstrução + distensão, níveis hidroaéreos na região superior. 2—corte coronal, distensão das alças presentes no hipocôndrio e flanco E. OBSTRUÇÃO EM ALÇA FECHADA: Líq do trânsito intestinal -> intestino delgado -> intestino grosso. A—neoplasia do cólon sigmoide, causando obstrução da luz -> distensão do segmento anterior/cólon D, se a valva ileocecal for continente ocorre -> grande distensão do cólon D. + ceco mais distendido ainda, mas o íleo não está distendido -> aumento da pressão luminal -> aumento do diâmetro do Ceco -> circulação comprometida, por ter a parede fina -> isquemia => perfuração do Ceco => Peritonite. Lei de Laplace. - Ceco – primeiro segmento a sofrer com isquemia devido ao aumento da luz do intestino. - cólon D -> tem uma complacência maior. B—valva ileocecal NÃO continente/incompetente – obstrução -> não passa nada -> represa do conteúdo no cólon + distensão - > refluxo da valva ileocecal aliviando a distensão no ceco, menor risco de perfuração. SUBOCLUSÃO: - prejuízo parcial do trânsito/oclusão parcial. - clínica semelhante, mais branda. - + comum no intestino delgado. - pd ocorrer evacuação/flatos. PSEUDO-OBSTRUÇÃO: - transtorno funcional. - Aperistalse secundária: sepse, pós-operatório - REMIT, IRA (Sd urêmico), Transtorno eletrolítico. - Sd de Ogilvie – obstrução dos cólons. - Íleo adinâmico/íleo metabólico/íleo paralítico – Obst. intestino delgado. TRATAMENTO: o Clínico: - Conduta Inicial - Jejum. - Hidratação – Ringer Lactato ou soro fisiológico/soro de manutenção – fornecer caloria. - Analgesia. - Anti-heméticos. - Sonda Nasogástrica Aberta (em sifonagem)– efeito descompressivo, esvazia o estômago. Paciente com distensão distal/cólon com valva ileocecal competente => não ocorre desobstrução efetiva com a sonda nasogástrica. Paciente com distensão intensa do intestino delgado/obstrução alta com refluxo + represamento no estômago – efetivo, com alivio do quadro + desobstrução da alça intestinal. - Casos graves: sondagem vesical de demora – monitorizar o débito urinario, acesso central + noradrenalina (droga vasoativa, se hipotensão ou refratariedade) + intubação orotraqueal. - Av do cirurgião: - Conduta não operatória: - inicial para compensação – preparação para cirurgia. - suboclusão reversível. - Cirurgia: - complicações. - obstrução de alça fechada. - refratária ás medidas clinicas, - obstrução mecânica – alça encarcerada dentro de uma hérnia, neoplasia com obstrução total da luz intestinal. Recorrência: - 53% dos pacientes não operados – por obstrução por bridas. - até 29% dos operados por aderências – surgem novas aderenças. Bridas: o Cirúrgico: - Laparoscopia. Volvo de Cólon: - Torção de segmento do cólon sobre o eixo mesentérico causando obstrução intestinal. Pode evoluir com sofrimento (distensão + diminuição do retorno venoso). - Locais: - Sigmóide – mais comum. - Ceco. - Sinal de Frimann-Dahl/ Grão de café – 3 linhas confluentes p/ a fossa ilíaca E/pelve – cólon sigmoide: Tratamento: Clínico: - manobra de Bruusgaard: redução com Retossigmoidoscopia rígida ou flexível – realizado qd NÃO há sinais de sofrimento da alça e mucosa intestinal, introdução + insuflação do ar lentamente -> desfazendo a torção. - evita cirurgia de emergência. - avalia isquemia da mucosa – risco de perfuração. - colocar sonda retal ultrapassando nível de torção, por 48 – 72 hrs – risco da torção refazer. - 70 a 90% de sucesso. - 40 a 80% recidiva. Cirurgico: - eletivo após redução – laparoscopia. - urgente, se sinais de isquemia. Íleo Biliar: - Obstrução por cálculo biliar. - Tríade de Rigler: - obstrução do intestino delgado. - cálculos biliares ectópicos. - pneumobilia – ar na via biliar. - fistula biliar -> passagem do cálculo do duodeno p/ trato digestivo/trânsito -> luz intestinal -> obstrução intestinal. Rx abdominal: Tc de abdome: 2—presença de cálculo na luz do intestino/alça espessada. ABD AG – Diverticulite Diverticulum: pequeno desvio do trajeto normal. - principal complicação da Doença Diverticular. Classificação: Divertículo verdadeiro: compreende nele todas as camadas – tubo digestivo e alça intestinal: camada mucosa, submucosa, muscular em 2 planos, serosa. Divertículo falso: não tem todas as camadas. São sempre adquiridos. Ex: Diverticulite de Cólon. Divertículo Congênito: presentes desde o nascimento, sintomático ou assintomático. Divertículo Adquirido: surgem ao longo da vida, com o envelhecimento, adoecimento, mudanças citológicas. Ex: diverticulite de cólon. Fisiopatologia Divertículos: 1. Estrutural o Parede cólica/Cólon: mucosa – camada mais interna absortiva; submucosa – pouco + profunda; muscular, com 2 planos: circular - + interna, longitudinal – caminha ao longo de toda a alça intestinal, formando no cólon/ intestino grosso as Tênias cólicas/Teniae Coli; serosa – + externa. - falsos divertículos – protrusões que surgem entre as falhas musculares das paredes. Não tem a camada muscular, apenas: camada mucosa, submucosa e serosa. - Ocorre a hipertrofia da camada mucosa, com o tempo ocorre o aumenta da elastina (elasticidade), aumento da espessidade, gerando câmaras de contração/pressão -> divertículos. Alça de intestino grosso secionada: - Mesocólon – local onde entra os vasos/nutrientes -> os vasos se dividem, contornam as alças intestinais e entram de forma reta em alguns pontos, nutrindo camada mucosa e submucosa – nesse ponto chamam-se Vasos Retos. Entre as Tênias cólicas (são 3, camadas longitudinais) há áreas de fraqueza ao redor, se tiver câmaras de pressão ocorre nas áreas de fraqueza a protrusão de tecidos – mucosa, submucosa e serosa, formando divertículos (bolsas/ saculações). Divertículos – possuem colo “pescoço”, onde pode entrar fecalito, restos orgânicos, restos digeridos, grãos -> causando inflamação. Penetração dos vasos retos - com a entrada dos vasos retos -> falha muscular -> protrusão -> divertículos. 2. Funcional - Pressão intracólica aumentada, ao longo do tempo, com a degeneração. - Motilidade basal e propulsiva aumentada. - Lúmen estreito e contrações segmentares. OBS: No cólon possui movimentos peristálticos – impulsiona o bolo fecal e movimentos de massa/contração – intensa contração em segmento extenso, q empurram o bolo fecal para evacuação. A parede cólica precisa ser forte. Se a parede cólica for fraca, com a contração e pressão aumentada, em áreas de fraqueza -> ocorre a protrusão dos tecidos -> divertículos. Parede Hipertônica -> camada muscular + forte (cilindro com parede mais espesso)-> Volume menor -> calibre menor -> aumento mais intenso da pressão intracólica => divertículos. Lei dos volumes. Fatores para surgimento dos divertículos: - Fraqueza muscular, entre as tênias cólicas, local de entrada dos vasos retos.- Hipertonia + movimentos de massa + pressão intracólica aumentada. - Fator de degeneração – degeneração do tec conjuntivo. Ex: idosos. Colonoscopia: NÃO SOLICITAR, SE DIVERTICULIE AGUDA. PEDIR POSTERIORMENTE. Observam-se janelas, protrusão nas áreas de fraqueza. Localização: - colonoscopia. - + comum no cólon esquerdo. - Enema opaco: injeta-se contraste baritado, sulfato de Bário -> ocupa toda as alças intestinais, mostrando as saculações/divertículos. Conceitos: - Diverticulose: presença de divertículos, assintomático. - Doença diverticular: divertículos com sintomas associados. - Diverticulite: processo inflamatório relacionado aos divertículos. Epidemiologia: Idade: - prevalência < 2% em menores de 30 anos. - > 75% em pacientes com mais de 80 anos. Prevalência aumenta com a idade. Dieta: - pobre em fibras, frutas e vegetais. - rica em carne vermelha, gordura e açúcar. OBS: constipação -> > hipertonia -> divertículos. Obesidade. Localização: 60% cólon sigmoide. 40% envolvimento de outros segmentos: - cólon descendente. - cólon transverso. - cólon ascendente. Ásia (Japão) – cólon direito. PATOLOGIA: Forma hipotônica: - camada muscular delgada, hipotrófica. - maioria dos casos - + em idosos, degeneração, mudança da inervação -> cólon + relaxado, musculatura mais fina -> divertículos hipotânicos. - complicação sangramento -> devido ao óstio/colo do divertículo largo. - mais presentes em cólon Direito. Forma Hipertônica: - camada muscular espessa, hipertrófica. - mais jovens, constipados (> pressão intracólica). - Complicação: Diverticulite (óstio/colo do divertículo estreito -> infecção devido a estase de conteúdos). - + presentes em Cólon Esq. - Na maioria das vezes, são assintomáticos. - 10-20% apresentarão sintomas em algum momento da vida. Fisiopatologia – Diverticulite: Obstrução do Divertículo por fecalito -> abrasão da mucosa do saco diverticular onde o fecalito fica empactado -> inflamação e proliferação bacteriana, devido abrasão + estase -> parede + delgada, diminuição do fluxo venoso – aumento da permeabilidade do divertículo => translocação bacteriana – quadro de infecção + inflamação, e isquemia -> perfuração -> Peritonite purulenta (pus) ou de conteúdo fecal. DIVERTICULITE AGUDA: Fisiopatologia: - microperfuração => extravasamento fecal => reação inflamatória localizada. - contaminação vs resposta do hospedeiro, pd ocorrer: - inflamação mínima. - abcesso. - perfuração. - fístulas – comunicação entre 2 tecidos q não deveria existir. Ex: fístula cólon-vesical - obstrução – devido a inflamações excessivas -> estenoses da alça intestinal. OBS: Não há divertículos no reto. QUADRO CLÍNICO: - dor abdominal, localizado em fossa ilíaca esquerda -> pq é onde localiza maior parte dos divertículos, lado E. Colon Sigmóide. - defesa local. - dor à descompressão, DB +. - irradiação – lombar, reflexo do retroperitônio. - inflamação de outros órgãos. - perfuração localizada -> formação de massa abdominal. - peritonite generalizada. DIAGNÓSTICO: Clínico. Laboratorial (leucocitose). TC abdome – exame + recomendado. Raio X em complicações. Raio X abdome com elevação das cúpulas diafragmáticas – Pneumoperitônio: - 3 posições – decúbito dorsal horizontal, ortostático – em pé, cúpulas diafragmáticas. - sinais de obstrução- neoplasias. TC abdome: - + recomendado. Padrão-ouro. - presença e local do abscesso. - comprimento de outros órgãos. - guia para drenagem de coleções. - sensibilidade – 93 a 98%. - especificidade – 75-100%. - espessamento da parede do cólon. - borramento regional da alça intestinal e da gordura pericólica. - presença de líquido ou ar fora da alça intestinal -> abscessos. OBS: A colonoscopia NÃO deve ser realizada em Diverticulite Aguda -> precisa insuflar ar, risco de desbloquear uma infecção, piorar o quadro clínico, perfuração, piora da evolução. Colonoscopia: - qd pedido erroneamente, dá pra ver processo inflamatório na região peridiverticular, ou pus. - NÃO pedir em diverticulite aguda, mas assim posteriormente no estudo do cólon. CLASSIFICAÇÃO DE HINCHEY (GRAVIDADE) – 4 níveis – classificação da diverticulite aguda complicada #PROVA: I. Abscesso pericólico (microabscesso) – com abscesso localizado ou coleções pericólicas – próx da parede da alça do cólon, pd ser puncionado. II. Abscesso à distância localizado (retroperitoneal e pélvico) – com abscesso à distância localizada, mas afastada da parede da alça, no retroperitônio ou pelve, sendo bloqueado por outros órgãos. III. Peritonite difusa purulenta – pus em toda a cavidade IV. Peritonite difusa fecal – fezes espalhadas em toda a cavidade. OBS: HINCHEY 3 e HINCHEY 4 – abdome agudo. TRATAMENTO – baseado no HINCHEY: - HINCHEY I ATB oral ou EV. - HINCHEY II Drenagem do abscesso - punção + ATB EV. - HINCHEY III Cirurgia – lavagem + limpeza da cavidade. - HINCHEY IV Cirurgia. Crise aguda: o Clínico – Não invasivo: - Ambulatorial: Quadros Leves – bem clinicamente, sem imunossupressão, sem sinais de choques: - dieta líquida; - ATB (mínimo 7-10 ds). Amplo espectro- gram (+), gram (-). - Analgésicos. - Anti-inflamatórios – mesalazina, sulfassalazina - hospitalar. - HINCHEY I e II - Invasivo Não- cirúrgico: - Punção ou drenagem de abscesso. - ATB parenteral/EV inicialmente, dps VO. - Observação da evolução. - tratamento cirúrgico eletivo – fora da fase inflamatória. Drenagem Percutânea o Cirúrgico – Invasivo: - HINCHEY III e IV, ou falha do tto conservador. - Limpeza/Lavagem da cavidade por videolaparoscopia e drenagem. - Ressecção do segmento intestinal perfurado – Sigmoidectomia / Hemicolectomia Esquerda e anastomose – PADRÃO-OURO, + segura, tradicional!! - Operação de Hartmann. OBS: TTO cirúrgico – URGÊNCIA: Hinchey III e Hinchey IV. Ressecção do sigmoide Operação de Hartmann: - evita anastomose primária em paciente com peritonite, sepse. - colostomia terminal provisório – mas se for impossível à reconstituição – torna-se permanente. Anastomose Primária - cólon remanescente + reto. Quando fazer? Depende: - estado geral do paciente. - experiência do cirurgião. - condições cirúrgicas locais. RECIDIVA: - nova crise -> 30%. - 90% das recidivas até 5 anos. - risco mt pequeno de perfurações nas crises subsequentes. ELETIVO: Indicações: - após uma crise complicada (abscesso, obstrução ou fístula). - Após 2 crises necessitando de hospitalização. - Incapacidade de excluir doença neoplásica, se no exame de imagem verifica-se a presença de massa não identificada. - Realizada de 6-8 semanas após a crise. OBS: atualmente, não é consenso realizar cirurgia eletiva obrigatória em imunossupremidos e jovens. OUTRAS COMPLICAÇÕES #PROVA: - Fístulas (12% dos casos) – comunicação entre 2 superfícies que não deveria existir. - Externas: - Colocutâneas. - Internas: - colovesicais - + comum. - colovaginais. - coloentéricas – cólon- intestino delgado. - Estenoses – reação fibrótica, por recidivas de diverticulite. Fístula colovesical: - + comum. - Pneumatúria – gases na urina: - fecalúria, fibras na urina, com odor característico. - infecção urinária de repetição. - TTO cirúrgico – ressecção do segmento acometido. TC: - presença de ar na vesícula. Tendências atuais: - maior tto conservador. - maiores abordagens menos invasivas, + seguras. - incidência crescente pela longevidade da população. - cirurgia em casos graves e pacientes persistentemente sintomáticos. ABD AG PERFURATIVO (úlcera Gastroduodenal) Retroperitoneal (duodeno). - Causas: - úlcera péptica - corpo estranho - neoplasia -obstruções intestinais - complicação em intervenção médica – EDA, colonoscopia, colecistectomia. - ABD AG inflamatório - Dça Infl Intestinal -Fatores derisco: - corpo estranho - procedimentos invasivos. - Dças (HIV, DM) - diverticulite - Apendicite - Hérnia - Dça péptica – AINES. - Dças infecciosas (TB, CMV) - Neoplasias - Quadro Clínico: - Perfuração em Peritônio Livre: - dor súbita e intensa difusa. - náuseas e vômitos reflexos Exame físico: - posição antálgica: imóvel, defesa. - palpação: peritonite difusa, abd em tábua. - Percussão: irritação peritoneal; perda da macicez hepática (sinal de jobert, timpanismo); - Ausculta (RHA diminuídos ou ausentes). - Perfuração Bloqueada: - dor intensa, + branda. - Peritonite localizada. Causas: ABD AG INF; Bloq de Alças; Retroperitônio (duodeno- papilotomia). - Diagnóstico - Exames Complementares: - Leucocitose. - Eletrólitos. - Creat e Ureia. - Amilase. - PCR. Exame de Imagem: RX SIMPLES: - Sinais de PNEUMOPERITÔNIO. - SINAL DE RIGLER – ar dentro e fora da alça intestinal (realça a parede da alça intestinal). - DECÚBITO LATERAL COM RAIOS HORIZONTAIS – PNEUMOPERITÔNEO. TC ABD – Pneumoperitônio. - Tratamento - CIRURGIA: - Laparotomia Exploradora. - Laparoscopia – úlcera perfurada. - NÃO OPERATÓRIO: - Diverticulite com perfuração bloqueada. - Perfuração retroperitênio. - corpos estranhos – endoscopia? ÚLCERA PÉPTICA PERFURADA - Sutura primária e ‘Patch’ de omento (Graham) OU - Gastrectomia (indicação: perfuração estável) ABD AG VASCULAR - comprometimento da perfusão de órgãos intra-abd: - Trombose Mesentérica. - Embolia mesentérica. - Colite Isquêmica. - Tromboangeíte obliterante (Buerger) - Torção de Ovário - Infarto Esplênico - Hérnia Estrangulada o ISQUEMIA MESENTÉRICA – INSUF VASCULAR INTESTINAL Mortalidade – 24-94%. - Acomete + intestino DELGADO. Circulação mesentérica: - Irrigação do Trato Gastrointestinal = Tronco celíaco + Aa mesentérica Superior + Aa mesentérica Inferior. - Fisiopatologia: - Obstrução do fluxo sanguíneo isquemia Necrose Perfuração (Pneumoperitônio). #Isquemia Mesentérica AGUDA: Etiologias: - Embolia Arterial – Embolia Arterial mesentérica (50%). - Trombose Arterial – Trombose aa mesentérica (15-20%). - DOR aumenta rapidamente de intensidade. - Trombose Venosa – Trombose Vv mesentérica (5%) - Dor progressiva, + branda - Isquemia não oclusiva – Insuf vascular não oclusiva (20-30%) Quadro Clínico: - náuseas e vômitos. - parada de eliminação de gases e fezes. - RHA diminuídos ou ausentes. - Distensão abd progressiva. - Fezes sanguinolentas. - Desidratação. - Hipotensão e choque. - Dor súbita e intensa, mal localizada (cólica) ou Dor persistente e progressiva => desproporção exame físico e Hist clínica. #Isquemia Mesentérica CRÔNICA: Etiologias: - Aterosclerose - Dissecção - Vasculite - Radiação - Neoplasia Quadro Clínico: - Dor pós-prandial – angina/ claudicação mesentérica - Náusea - Emagrecimento. Condições associadas: - Arritmias (FA). - Aterosclerose. - Insuf cardíaca - Arterites Exames Complementares: - Laboratoriais: Leucocitose; Ac metabólica; Lactato. - Exame de Imagem: Tomografia Computadorizada – 1º; Angiografia; Rx; USG. - Angiotomografia Computadorizada do ABD - Pneumatose intestinal e perfuração. - Arteriografia - padrão-ouro, não é 1º exame a fzr – demora. Tratamento: o ISQ Mesentérica Aguda – Embolia: - segmento da artéria mesentérica superior distal ao nível da cólica média. - Laparotomia Exploradora: - Tratamento da Obstrução – Embolectomia. - Av comprometimento intestinal + tto. o ISQ M A – Trombose: - Obs aa crônica com descompensação. - segmentos + proximais – origem da aa mesentérica sup. - Laparotomia Exploradora: - Derivação do fluxo em enxerto. - Tratar Estenose. - Av comprometimento intestinal + tto. o ISQ M A- NÃO oclusiva: - redução do fluxo sang = ICC grave, choque, uso de vasopressores. - DIAG: angiografia. - TTO: - Suporte hemodinâmico. - Drogas vasodilatadoras Locais/ espasmolítica (papaverina). - Laparotomia Exploradora – av comprometimento intestinal + ressecção dos segmentos inviáveis. o ISQ M A – Trombose Venosa - congestão venosa por trombose. - Trombofilia e causas não hematológicas (hipertensão portal – cirrose hepatica). - TTO: anticoagulantes. o COLITE ISQUÊMICA (Cólon) - Hipoperfusão do cólon – região + acometido = cólon Esq e sigmoide. - Reversível ou Irreversível // Aguda ou Crônica. - Fatores de risco: idosos; Mulheres – 57 – 76%. - Causas: - Embolia / Trombose arterial. - Trombose venosa. - Isquemias não oclusivas – 95%. - Quadro Clínico: - Dor abd: cólica leve / podendo ser intensa. - Fezes diarreicas com sangue. Laboratorial: Leucocitose, Ac metabólica, Lactado. - Diagnóstico: - Ac metabólica + Toque retal sanguinolento (geleia de framboesa). - Exames complementares: - TC ABD c/ contraste – 1º - Colonoscopia. - Rx simples = Thumb Printing – edema de alça OU Pneumatose Intestinal ABD AG HEMORRÁGICO - Sangue livre na cavidade abdominal, o que difere da hemorragia digestiva, na qual há sangue livre dentro do TGI, caracterizada por hematêmese e melena ou outra forma de exteriorização . - A principal causa é a gravidez ectópica rota: mulher jovem, idade fértil, atraso menstrual e chocada. Outras causas: Cisto de ovário roto, aneurismas rotos (esplênica) e rotura de adenoma hepático (arterial). # Paciente grave e com sinais de choque Quadro clínico O sangramento causará uma dor súbita no paciente, intensa que irá motivar a procura de atendimento rapidamente. Associado a essa dor, haverá sinais de choque hemorrágico: taquicardia, sudorese fria, palidez cutânea, TEC > 2s, alteração do nível de consciência e hipotensão. Sinal de Laffon (dor em ombro direito) e sinal de Kehr (dor infraescapular direta), peritonite tardia, o sangue não é tão irritativo como o ácido. Classificação + reposição: LAB: HMG, coagulograma, função renal e eletrólitos, teste de gravidez USG tipo FAST, paciente tá chocado, consegue visualizar os anexos Tratamento é cirúrgico na emergência # Se tumor hepático roto, evitar hepatectomia na emergência, alternativa é a embolização.
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