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Apostila Projeto de Interiores Institucional Unid 2

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Prévia do material em texto

Autora:
Ma. Larissa Ribeiro Cunha
Revisor:
Marcones Cleber
PROJETO DE INTERIORES 
INSTITUCIONAL
UNIDADE 2. ESTUDOS PRELIMINARES EM 
PROJETO DE INTERIORES INSTITUCIONAL
INTRODUÇÃO 01
2.1 PESQUISAS DE REFERÊNCIAS – LEVANTAMENTOS 02
2.2 ORGANIZAÇÃO DOS QUANTITATIVOS DE MATERIAIS E ORÇAMENTOS 13
2.3 ESTUDOS PRELIMINARES 18
SÍNTESE 26
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 27
UNIDADE 2. PROJETO DE INTERIORES INSTITUCIONAL 1
PROJETO DEPROJETO DE
INTERIORESINTERIORES
INSTITUCIONALINSTITUCIONAL
UNIDADE 2 - ESTUDOSUNIDADE 2 - ESTUDOS
PRELIMINARES EMPRELIMINARES EM
PROJETO DE INTERIORESPROJETO DE INTERIORES
INSTITUCIONALINSTITUCIONAL
Autora: Ma. Larissa Ribeiro CunhaAutora: Ma. Larissa Ribeiro Cunha
Revisor: Marcones CleberRevisor: Marcones Cleber
INICIAR
Introdução
Caro estudante,
Na unidade 1, aprendemos o que é um projeto de interiores institucional e a dinâmica de
seu público-alvo; a elaboração de um briefing e o programa de necessidades. Pudemos,
também, compreender o que é painel semântico, paleta de cores e a questão do
conceito/partido em design de interiores. Nesta unidade, dando seguimento aos
conteúdos, abordaremos os temas sobre referenciais e especificação de materiais
para pisos, paredes e tetos, como também o entendimento orçamentário e

2.1. Pesquisas de referências – Levantamentos
Neste subtópico, discutiremos a relação entre as etapas anteriores ao desenvolvimento
projetual que corroboram para o desenvolvimento das primeiras ideias sobre a
especificação de materiais de acabamento.
2.1.1. Especificações versus materiais de acabamento
Engana-se quem acredita que a especificação de materiais de interiores se inicia em
uma etapa “tardia” do projeto, ou seja, após serem definidos detalhes projetivos. As
especificações projetuais se iniciam na etapa dos primeiros contatos com a temática
do objeto a ser projetado, ou seja, na concepção das primeiras ideias. Nesse momento,
o profissional designer e/ou arquiteto começa a imaginar o ambiente construído,
baseando-se em sua bagagem adquirida, isso é, em seu repertório individual.
Como explorado na unidade 1, o repertório individual de cada pessoa é um banco de
informações que deve ser constantemente enriquecido, por meio de vivências dos
espaços, pesquisas, estudos etc. A exemplo do tema que contempla um ambiente
institucional, citamos as bibliotecas para exemplificar todos os conceitos abordados na
disciplina, desse modo, entende-se que algumas palavras-chave podem vir à mente do
profissional, ao se deparar com tal temática: conforto, aconchego, cores, sensações,
impressões visuais, disposição de mobiliários, fluxogramas, entre outras. Tais palavras se
transformam em imagens que agem sensorialmente, à medida em que esse vínculo entre
o que foi vivenciado e os conceitos adquiridos se fortalece por meio das experiências
cotidianas de trabalho.
A Figura 1 mostra diferentes materiais que podem ser utilizados e suas respectivas
texturas para uma composição. Quais seriam os materiais mais adequados para um
quantitativo dos materiais a serem aplicados e suas representações iniciais, por meio
de croquis, plantas e perspectivas, visando a elaboração de um estudo preliminar.
Seja bem-vindo e ótima aprendizagem!
UNIDADE 2. PROJETO DE INTERIORES INSTITUCIONAL 2
2.1. Pesquisas de referências – Levantamentos
Neste subtópico, discutiremos a relação entre as etapas anteriores ao desenvolvimento
projetual que corroboram para o desenvolvimento das primeiras ideias sobre a
especificação de materiais de acabamento.
2.1.1. Especificações versus materiais de acabamento
Engana-se quem acredita que a especificação de materiais de interiores se inicia em
uma etapa “tardia” do projeto, ou seja, após serem definidos detalhes projetivos. As
especificações projetuais se iniciam na etapa dos primeiros contatos com a temática
do objeto a ser projetado, ou seja, na concepção das primeiras ideias. Nesse momento,
o profissional designer e/ou arquiteto começa a imaginar o ambiente construído,
baseando-se em sua bagagem adquirida, isso é, em seu repertório individual.
Como explorado na unidade 1, o repertório individual de cada pessoa é um banco de
informações que deve ser constantemente enriquecido, por meio de vivências dos
espaços, pesquisas, estudos etc. A exemplo do tema que contempla um ambiente
institucional, citamos as bibliotecas para exemplificar todos os conceitos abordados na
disciplina, desse modo, entende-se que algumas palavras-chave podem vir à mente do
profissional, ao se deparar com tal temática: conforto, aconchego, cores, sensações,
impressões visuais, disposição de mobiliários, fluxogramas, entre outras. Tais palavras se
transformam em imagens que agem sensorialmente, à medida em que esse vínculo entre
o que foi vivenciado e os conceitos adquiridos se fortalece por meio das experiências
cotidianas de trabalho.
A Figura 1 mostra diferentes materiais que podem ser utilizados e suas respectivas
texturas para uma composição. Quais seriam os materiais mais adequados para um
quantitativo dos materiais a serem aplicados e suas representações iniciais, por meio
de croquis, plantas e perspectivas, visando a elaboração de um estudo preliminar.
Seja bem-vindo e ótima aprendizagem!
espaço de leitura? Ou ainda, para espaços onde há grande fluxo de pessoas? Para
espaços que pedem concentração e silêncio? Quais são os materiais ideais para a
aplicação em paredes, pisos ou tetos?
Figura 1 – Representação de diferentes tipos de materiais de acabamento.
Fonte: Shutterstock. Acesso em: 21/05/2020.
Opcionalmente, tem-se diversas texturas naturais, criadas pela natureza e disponíveis no
meio ambiente, como as pedras, e as artificiais, superfícies texturizadas que são
resultantes da intervenção humana, como o plástico.
Infográfico 1 – Materiais e texturas.
UNIDADE 2. PROJETO DE INTERIORES INSTITUCIONAL 3
espaço de leitura? Ou ainda, para espaços onde há grande fluxo de pessoas? Para
espaços que pedem concentração e silêncio? Quais são os materiais ideais para a
aplicação em paredes, pisos ou tetos?
Figura 1 – Representação de diferentes tipos de materiais de acabamento.
Fonte: Shutterstock. Acesso em: 21/05/2020.
Opcionalmente, tem-se diversas texturas naturais, criadas pela natureza e disponíveis no
meio ambiente, como as pedras, e as artificiais, superfícies texturizadas que são
resultantes da intervenção humana, como o plástico.
Infográfico 1 – Materiais e texturas.
Fonte: Elaborado pela autora, 2020.
O briefing é ponto de partida para a especificação dos materiais. Esse questionário
colabora na definição do projeto, pois traz informações relevantes quanto às
necessidades do cliente, suas possíveis inclinações a estilos e outros detalhes a serem
adotados na concepção do ambiente. Se o profissional se preocupou em incluir no
briefing imagens que reportem diferentes estilos para o ambiente a ser projetado,
automaticamente poderá fazer uma pesquisa na qual obterá uma gama de diferentes
cores, materiais, texturas, mobiliários etc.
Além disso, também é importante recordar sobre outro item que é de grande valia para a
especificação inicial de materiais: o painel semântico. Quando elaborado, desencadeia
UNIDADE 2. PROJETO DE INTERIORES INSTITUCIONAL 4
Fonte: Elaborado pela autora, 2020.
O briefing é ponto de partida para a especificação dos materiais. Esse questionário
colabora na definição do projeto, pois traz informações relevantes quanto às
necessidades do cliente, suas possíveis inclinações a estilos e outros detalhes a serem
adotados na concepção do ambiente. Se o profissional se preocupou em incluir no
briefing imagens que reportem diferentes estilos para o ambiente a ser projetado,
automaticamente poderá fazer uma pesquisa na qual obterá uma gama de diferentes
cores, materiais, texturas, mobiliários etc.
Além disso, também é importante recordar sobre outro item que é de grande valia para a
especificação inicial de materiais: o painel semântico. Quando elaborado, desencadeia
em um montante de ideias por meio de várias referências imagéticas,que podem ser
consideradas como uma pré-seleção inicial de referências projetuais.
É necessário entender que, a especificação de materiais está presente desde as
primeiras etapas de definição do projeto, bem como na idealização dos primeiros croquis,
no processo de criação, na concepção projetual até as fases finais, nas quais o
profissional também deve se encarregar da elaboração de um memorial descritivo de
design de interiores e/ou um caderno de especificações de conclusão do projeto.
Enfim, como compreender a especificação de materiais de acabamento em design de
interiores? Segundo Ching:
Desse modo, pode-se dizer que está compreendido nos elementos definidores da forma,
assim como em todos os planos que compõem um ambiente de interiores, como planos
de base, verticais e superiores: os pisos, as paredes e os tetos/forros dos ambientes.
Além dos planos, também são compreendidos os âmbitos de luminotécnica, na
composição de pontos/focos de iluminação e seus diferentes design de luminárias, nos
mobiliários e os diversos tipos e adornos que os acompanham, em modelos de
esquadrias, materiais, cores, louças sanitárias e acabamentos em metais, gradis, guarda-
O espaço engloba constantemente o nosso ser. Através do volume
do espaço nos movemos, percebemos formas, ouvimos sons,
sentimos brisas, cheiramos as fragrâncias de um jardim em flor. É
uma substância material como a madeira ou a pedra. Ainda assim,
constitui uma emanação inerentemente informe. Sua forma visual,
suas dimensões e escala, a qualidade de sua luz – todas essas
qualidades dependem de nossa percepção dos limites espaciais
definidos pelos elementos da forma. À medida que o espaço
começa a ser capturado, encerrado, moldado e organizado pelos
elementos da massa, a arquitetura começa a existir. (2002, p. 92).
UNIDADE 2. PROJETO DE INTERIORES INSTITUCIONAL 5
em um montante de ideias por meio de várias referências imagéticas, que podem ser
consideradas como uma pré-seleção inicial de referências projetuais.
É necessário entender que, a especificação de materiais está presente desde as
primeiras etapas de definição do projeto, bem como na idealização dos primeiros croquis,
no processo de criação, na concepção projetual até as fases finais, nas quais o
profissional também deve se encarregar da elaboração de um memorial descritivo de
design de interiores e/ou um caderno de especificações de conclusão do projeto.
Enfim, como compreender a especificação de materiais de acabamento em design de
interiores? Segundo Ching:
Desse modo, pode-se dizer que está compreendido nos elementos definidores da forma,
assim como em todos os planos que compõem um ambiente de interiores, como planos
de base, verticais e superiores: os pisos, as paredes e os tetos/forros dos ambientes.
Além dos planos, também são compreendidos os âmbitos de luminotécnica, na
composição de pontos/focos de iluminação e seus diferentes design de luminárias, nos
mobiliários e os diversos tipos e adornos que os acompanham, em modelos de
esquadrias, materiais, cores, louças sanitárias e acabamentos em metais, gradis, guarda-
O espaço engloba constantemente o nosso ser. Através do volume
do espaço nos movemos, percebemos formas, ouvimos sons,
sentimos brisas, cheiramos as fragrâncias de um jardim em flor. É
uma substância material como a madeira ou a pedra. Ainda assim,
constitui uma emanação inerentemente informe. Sua forma visual,
suas dimensões e escala, a qualidade de sua luz – todas essas
qualidades dependem de nossa percepção dos limites espaciais
definidos pelos elementos da forma. À medida que o espaço
começa a ser capturado, encerrado, moldado e organizado pelos
elementos da massa, a arquitetura começa a existir. (2002, p. 92).
corpos, corrimãos, dentre outros elementos que compõem quaisquer ambientes
interiores.
Infográfico 2 – Resumo planos em ambientes.
UNIDADE 2. PROJETO DE INTERIORES INSTITUCIONAL 6
corpos, corrimãos, dentre outros elementos que compõem quaisquer ambientes
interiores.
Infográfico 2 – Resumo planos em ambientes.
Fonte: Elaborado pela autora, 2020.
2.1.2. Pisos, paredes e tetos – Análise dos materiais
Conforme estudos de Lima (2006), citados por Rodrigues e Gregory (2017), que
dissertam sobre a especificação de materiais em projetos, pode-se elencar diversas
opções de matérias-primas disponíveis, com características variadas oferecidas por
diversas marcas e indústrias. A indústria e a tecnologia, amparadas pelas suas
evoluções, propiciam uma gama variada de materiais, cuja classificação ocorre de
acordo com propriedades físicas, físico-químicas, formas de processamento, entre
outras, sendo divididos em cinco grandes grupos:
» Clique nas abas para saber mais sobre o assunto
Considerando as diversas opções disponíveis, o projetista pode selecionar os materiais
de acordo com as necessidades do projeto e as expectativas de seu cliente.
Infográfico 3 – Classificação geral e subgrupos de materiais.
Metais Polímeros Naturais Cerâmicos
Compósitos
UNIDADE 2. PROJETO DE INTERIORES INSTITUCIONAL 7
Fonte: Elaborado pela autora, 2020.
2.1.2. Pisos, paredes e tetos – Análise dos materiais
Conforme estudos de Lima (2006), citados por Rodrigues e Gregory (2017), que
dissertam sobre a especificação de materiais em projetos, pode-se elencar diversas
opções de matérias-primas disponíveis, com características variadas oferecidas por
diversas marcas e indústrias. A indústria e a tecnologia, amparadas pelas suas
evoluções, propiciam uma gama variada de materiais, cuja classificação ocorre de
acordo com propriedades físicas, físico-químicas, formas de processamento, entre
outras, sendo divididos em cinco grandes grupos:
» Clique nas abas para saber mais sobre o assunto
Considerando as diversas opções disponíveis, o projetista pode selecionar os materiais
de acordo com as necessidades do projeto e as expectativas de seu cliente.
Infográfico 3 – Classificação geral e subgrupos de materiais.
Metais Polímeros Naturais Cerâmicos
Compósitos
Fonte: Elaborado pela autora, 2020.
2.1.2. Pisos, paredes e tetos – Análise dos materiais
Conforme estudos de Lima (2006), citados por Rodrigues e Gregory (2017), que
dissertam sobre a especificação de materiais em projetos, pode-se elencar diversas
opções de matérias-primas disponíveis, com características variadas oferecidas por
diversas marcas e indústrias. A indústria e a tecnologia, amparadas pelas suas
evoluções, propiciam uma gama variada de materiais, cuja classificação ocorre de
acordo com propriedades físicas, físico-químicas, formas de processamento, entre
outras, sendo divididos em cinco grandes grupos:
» Clique nas abas para saber mais sobre o assunto
Considerando as diversas opções disponíveis, o projetista pode selecionar os materiais
de acordo com as necessidades do projeto e as expectativas de seu cliente.
Infográfico 3 – Classificação geral e subgrupos de materiais.
Metais Polímeros Naturais Cerâmicos
Compósitos
Ferrosos e não ferrosos;Metais
Fibras, madeiras, minerais etc.;Naturais
Composições.Compósitos
Elastômeros, termoplásticos, termofixos;Polímeros
Vidros, cerâmicas comuns, cerâmicas avançadas;Cerâmicos
UNIDADE 2. PROJETO DE INTERIORES INSTITUCIONAL 8
Fonte: Rodrigues; Gregory, 2017. (Adaptado).
Ao se conhecer os diversos tipos de matérias-primas, grupos e subgrupos em relação à
classificação geral dos materiais, segundo Rodrigues e Gregory (2017) a etapa inicial do
projeto consiste em identificar todos os materiais que serão utilizados nos espaços
comuns do ambiente. Assim, faz-se necessário analisar ambiente por ambiente, planejar
o uso dos materiais e trabalhar com uma sistematização em formato de tabela que
inclua: o ambiente, os elementos (parede, teto, piso) e os materiais utilizados (Figura 2).
Fonte: Elaborado pela autora, 2020.
2.1.2. Pisos, paredes e tetos – Análise dos materiais
Conforme estudos de Lima (2006), citados por Rodrigues e Gregory (2017), que
dissertam sobre a especificação de materiais em projetos, pode-se elencar diversas
opçõesde matérias-primas disponíveis, com características variadas oferecidas por
diversas marcas e indústrias. A indústria e a tecnologia, amparadas pelas suas
evoluções, propiciam uma gama variada de materiais, cuja classificação ocorre de
acordo com propriedades físicas, físico-químicas, formas de processamento, entre
outras, sendo divididos em cinco grandes grupos:
» Clique nas abas para saber mais sobre o assunto
Considerando as diversas opções disponíveis, o projetista pode selecionar os materiais
de acordo com as necessidades do projeto e as expectativas de seu cliente.
Infográfico 3 – Classificação geral e subgrupos de materiais.
Metais Polímeros Naturais Cerâmicos
Compósitos
UNIDADE 2. PROJETO DE INTERIORES INSTITUCIONAL 9
Figura 2 – Representação de um ambiente com a aplicação diversos materiais.
Fonte: Shutterstock. Acesso em: 21/05/2020.
Com relação às paredes, há uma diversidade de revestimentos que dão acabamento às
alvenarias e estruturas. É necessário se atentar ao tipo de ambiente (externo/interno,
áreas secas/molhadas) para escolher o melhor material a ser empregado. Com
sabedoria sobre as aplicações eficientes, é possível deixar a criatividade fluir. Pode-se
citar:
Tintas: acrílica, esmalte, látex, epóxi, ecológica, acabamento fosco, acabamento
liso, textura;
Cerâmicas: azulejos, pastilhas, ladrilhos hidráulicos;
Porcelanatos;
Madeiras;
Pedra natural: mármores, granitos, ardósias, quartzitos, seixos rolados;
Papel de parede;
Adesivo de parede;
Massas texturizadas;
Tijolinhos aparentes;
Blocos cimentícios.
UNIDADE 2. PROJETO DE INTERIORES INSTITUCIONAL 10
Para os pisos, também é indispensável observar em que tipo de ambiente será
empregado (interno/externo), fluxos (maior/menor densidade), conforto (frio/quente),
praticidade (fácil limpeza e manutenção), dentre outros. Destacam-se:
Cerâmicos;
Porcelanatos;
Madeiras: tacos, laminados, tábuas corridas, madeira de demolição;
Vinílicos: material sintético;
Monolíticos: cimento queimado, granilite, resinas;
Pedra natural: mármores, granitos, ardósias, quartzitos, seixos rolados.
Para forros, os revestimentos são escolhidos e aplicados a fim de cobrir o teto dos
ambientes. Tanto para aspectos estéticos quanto funcionais, o forro pode ser trabalhado
em diferentes níveis, com aplicação de materiais diversos e iluminações que valorizem
os cômodos. Como materiais mais utilizados, pode-se citar:
Pintura aplicada diretamente no teto;
Madeira em lâminas;
VOCÊ QUER LER?
Leia a reportagem do site Decor Fácil, disponível em: <
https://www.decorfacil.com/revestimento-de-parede/>, e confira alguns exemplos
de imagens e aplicações dos diferentes tipos de materiais para acabamento em
paredes. Uma outra indicação para pesquisa e consulta é banco de imagens
disponível no aplicativo Pinterest, uma ótima ferramenta a ser explorada entre
arquitetos e designers. Baixe em seu celular e aumente o seu repertório
individual!
Para os pisos, também é indispensável observar em que tipo de ambiente será
empregado (interno/externo), fluxos (maior/menor densidade), conforto (frio/quente),
praticidade (fácil limpeza e manutenção), dentre outros. Destacam-se:
Cerâmicos;
Porcelanatos;
Madeiras: tacos, laminados, tábuas corridas, madeira de demolição;
Vinílicos: material sintético;
Monolíticos: cimento queimado, granilite, resinas;
Pedra natural: mármores, granitos, ardósias, quartzitos, seixos rolados.
Para forros, os revestimentos são escolhidos e aplicados a fim de cobrir o teto dos
ambientes. Tanto para aspectos estéticos quanto funcionais, o forro pode ser trabalhado
em diferentes níveis, com aplicação de materiais diversos e iluminações que valorizem
os cômodos. Como materiais mais utilizados, pode-se citar:
Pintura aplicada diretamente no teto;
Madeira em lâminas;
VOCÊ QUER LER?
Leia a reportagem do site Decor Fácil, disponível em: <
https://www.decorfacil.com/revestimento-de-parede/>, e confira alguns exemplos
de imagens e aplicações dos diferentes tipos de materiais para acabamento em
paredes. Uma outra indicação para pesquisa e consulta é banco de imagens
disponível no aplicativo Pinterest, uma ótima ferramenta a ser explorada entre
arquitetos e designers. Baixe em seu celular e aumente o seu repertório
individual!
PVC em placas;
Gesso (moldes/placas/molduras);
Metálicos;
Termoacústicos;
Minerais;
Incombustíveis.
Visto os principais materiais de acabamento que podem ser utilizados em pisos, paredes
e tetos, é evidente o quanto a diversidade desses materiais deve ser estudada e aplicada
ao se elaborar um projeto de interiores institucional, explorando possibilidades e
sensações.
Na Figura 3, observa-se os materiais empregados para a Biblioteca Central Oodi (2018),
em Helsinki, Finlândia, elaborada pelo escritório ALA Architects.
Figura 3 – Biblioteca Central Oodi, em Helsinki, Finlândia.
Fonte: Shutterstock. Acesso em: 21/05/2020.
Ao se observar a Figura 3, vê-se que possivelmente foi usado um piso laminado que
remete a ideia de madeira natural. A madeira é um material muito versátil, traz
<https://www.decorfacil.com/revestimento-de-parede/>
UNIDADE 2. PROJETO DE INTERIORES INSTITUCIONAL 11
PVC em placas;
Gesso (moldes/placas/molduras);
Metálicos;
Termoacústicos;
Minerais;
Incombustíveis.
Visto os principais materiais de acabamento que podem ser utilizados em pisos, paredes
e tetos, é evidente o quanto a diversidade desses materiais deve ser estudada e aplicada
ao se elaborar um projeto de interiores institucional, explorando possibilidades e
sensações.
Na Figura 3, observa-se os materiais empregados para a Biblioteca Central Oodi (2018),
em Helsinki, Finlândia, elaborada pelo escritório ALA Architects.
Figura 3 – Biblioteca Central Oodi, em Helsinki, Finlândia.
Fonte: Shutterstock. Acesso em: 21/05/2020.
Ao se observar a Figura 3, vê-se que possivelmente foi usado um piso laminado que
remete a ideia de madeira natural. A madeira é um material muito versátil, traz
aconchego ao olhar e ao sentir, diferente do porcelanato que, ao pisar, sente-se a
temperatura mais baixa, devido à composição do seu material. Assim, nota-se a
harmonia na aplicação de materiais que imitam a madeira nos corrimões, rampas e
escadas do ambiente. Com relação ao teto ondulante, observa-se a presença da cor
branca, que orna com a pintura das estruturas e alvenarias, também brancas, em
contraste com a transparência dos vidros que trazem amplitude e iluminação natural ao
local.
A Tabela 1 sugere a especificação dos materiais similares aos presentes no ambiente
apresentado na Figura 3.
Tabela 1 – Especificações de materiais de piso, parede e teto
Ambiente Elemento Material Especificação/Marca
Andar superior Piso Piso laminado
Piso laminado freijó
puro. Linha
Durafloor Nature.
Medidas: 7 x 187 x
1,340 mm
Parede
Tinta com
acabamento
fosco
Tinta Suvinil
clássica, fosco
aveludado
undefined
Teto Forro de gesso
Chapas de gesso
na cor branca,
parafusadas em
perfis de canaleta
“C”, em aço
galvanizado. Forro
Gypsum
estruturado de alto
desempenho
acústico. Modelo
FGE/ADA S4712,5
UNIDADE 2. PROJETO DE INTERIORES INSTITUCIONAL 12
aconchego ao olhar e ao sentir, diferente do porcelanato que, ao pisar, sente-se a
temperatura mais baixa, devido à composição do seu material. Assim, nota-se a
harmonia na aplicação de materiais que imitam a madeira nos corrimões, rampas e
escadas do ambiente. Com relação ao teto ondulante, observa-se a presença da cor
branca, que orna com a pintura das estruturas e alvenarias, também brancas, em
contraste com a transparência dos vidros que trazem amplitude e iluminação natural ao
local.
A Tabela 1 sugere a especificação dos materiais similares aos presentes no ambiente
apresentado na Figura 3.
Tabela 1 – Especificações de materiais de piso, parede e teto
Ambiente Elemento Material Especificação/Marca
Andar superior Piso Piso laminado
Piso laminado freijó
puro. Linha
Durafloor Nature.
Medidas: 7 x 187 x
1,340 mm
Parede
Tinta com
acabamento
fosco
Tinta Suvinil
clássica, fosco
aveludadoundefined
Teto Forro de gesso
Chapas de gesso
na cor branca,
parafusadas em
perfis de canaleta
“C”, em aço
galvanizado. Forro
Gypsum
estruturado de alto
desempenho
acústico. Modelo
FGE/ADA S4712,5
mm
Fonte: Elaborada pela autora, 2020.
Na Tabela 1, observa-se a disposição dos ambientes e suas peculiaridades. É importante
alinhar as escolhas de materiais ao estilo pretendido do projeto, valorizando os
ambientes com opções de melhor qualidade e o resultado será visível na obra para
sempre. Boa qualidade de produtos e boa mão de obra de assentamento devem ser
priorizadas juntamente. Vale considerar uma detalhada pesquisa nas referências e nos
sites de produtos, comparar preços e avaliar as combinações mais adequadas. Há sites
de lojas de departamento que, além de oferecerem os produtos online, auxiliam e enviam
orçamentos prévios e possuem, inclusive, calculadoras virtuais para facilitar no cálculo de
estimativa para a compra dos produtos.
VOCÊ SABIA?
A Portobello, uma das maiores empresas de cerâmica do Brasil, disponibiliza em seu site
catálogos, manuais, blocos de revestimentos, vídeos e outros, para consulta de
informações sobre seus produtos. Acesse o site: 
<https://www.portobello.com.br/?original=1> e conheça o Especificador Virtual, a primeira
ferramenta de escolha de revestimentos que contempla as normas da ABNT.
2.2. Organização dos quantitativos de materiais e
orçamentos
Parte importante do projeto é trabalhar com itens que se encaixem dentro das
possibilidades dos clientes. Em geral, no briefing, o cliente informa o valor máximo que
deseja investir na execução de seu projeto. Desse modo, é preciso entender um pouco
sobre quantitativos e orçamentos.
Ambiente
Andar superior
Elemento
Piso
Parede
Teto
Material
Piso laminado
Tinta com 
acabamento fosco
Forro de gesso
Especificação/
Marca
Piso laminado freijó 
puro. Linha Durafloor 
Nature. Medidas: 7 x 
187 x 1,340 mm
Tinta Suvinil clássica, 
fosco aveludado 
undefined
Chapas de gesso 
na cor branca, 
parafusadas em perfis 
de canaleta “C”, em 
aço galvanizado. Forro 
Gypsum estruturado 
de alto desempenho 
acústico. Modelo FGE/
ADA S4712,5 mm
UNIDADE 2. PROJETO DE INTERIORES INSTITUCIONAL 13
mm
Fonte: Elaborada pela autora, 2020.
Na Tabela 1, observa-se a disposição dos ambientes e suas peculiaridades. É importante
alinhar as escolhas de materiais ao estilo pretendido do projeto, valorizando os
ambientes com opções de melhor qualidade e o resultado será visível na obra para
sempre. Boa qualidade de produtos e boa mão de obra de assentamento devem ser
priorizadas juntamente. Vale considerar uma detalhada pesquisa nas referências e nos
sites de produtos, comparar preços e avaliar as combinações mais adequadas. Há sites
de lojas de departamento que, além de oferecerem os produtos online, auxiliam e enviam
orçamentos prévios e possuem, inclusive, calculadoras virtuais para facilitar no cálculo de
estimativa para a compra dos produtos.
VOCÊ SABIA?
A Portobello, uma das maiores empresas de cerâmica do Brasil, disponibiliza em seu site
catálogos, manuais, blocos de revestimentos, vídeos e outros, para consulta de
informações sobre seus produtos. Acesse o site: 
<https://www.portobello.com.br/?original=1> e conheça o Especificador Virtual, a primeira
ferramenta de escolha de revestimentos que contempla as normas da ABNT.
2.2. Organização dos quantitativos de materiais e
orçamentos
Parte importante do projeto é trabalhar com itens que se encaixem dentro das
possibilidades dos clientes. Em geral, no briefing, o cliente informa o valor máximo que
deseja investir na execução de seu projeto. Desse modo, é preciso entender um pouco
sobre quantitativos e orçamentos.
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UNIDADE 2. PROJETO DE INTERIORES INSTITUCIONAL 14
2.2.1. Quantitativo de materiais
Para traçar o quantitativo de materiais de acabamento que será preciso adquirir para a
execução do projeto, é necessário, em primeiro lugar, saber a metragem (m²) de cada
ambiente. Assim, realiza-se um cálculo baseado nas peculiaridades de cada tipo de
acabamento.
Essa etapa do projeto requer muita atenção, pois se houver erros na quantificação de
materiais, sérios problemas poderão aparecer no decorrer da obra. Alguns desses
problemas são: pisos e revestimentos em quantidades insuficientes ou em excesso;
materiais que saíram de linha no decorrer da obra, dentre outros.
No cálculo para pisos, exemplifica-se o seguinte passo a passo:
Fazer o cálculo da área total do ambiente. Exemplo: um quarto de 9 m², ou seja, 3 x
3 m (largura x comprimento);
Calcular a área total de uma peça do revestimento. Exemplo: um revestimento com
medidas de 60 x 60 cm, o cálculo se dá em metros, isso é, 0,6 x 0,6 = 0,36 m².
Desse modo, sabe-se que uma peça de revestimento equivale a 0,36 m²;
Deve-se dividir a área total do ambiente pela área total da peça de revestimento,
como por exemplo, 9 m²/0,36 m² = 25 peças. Com isso, serão necessárias 25 peças
de revestimento para serem assentadas no quarto;
Calcula-se, então, uma margem de erro, para que se tenha peças reservas caso
haja algum tipo de dano, como quebra ou desgaste com o tempo, tornando
necessário que se faça um reparo. Recomenda-se usar uma margem entre 10 e
15%. Para esse cálculo, tem-se: 25 peças x 15% = 3,75 peças. O resultado deve ser
considerado como número inteiro, ou seja, deve-se adquirir quatro peças extras;
Considera-se, então, um total de 29 peças, de 60 x 60 cm, para revestimento do
piso de um quarto de 9 m². Esse cálculo está exemplificado na Tabela 2.
Tabela 2 – Modelo de cálculo quantitativo para piso
Ambiente
Área (m²) Peça (m²)
Total peças
Margem
(15%) sobre Total
UNIDADE 2. PROJETO DE INTERIORES INSTITUCIONAL 15
b e te
(3 x 3) (60 x 60) cm
ota peças
peças totais
revestimento
Quarto 9 m² 0,36 m² 25 4 29
Fonte: Elaborada pela autora, 2020.
O mesmo cálculo é válido para revestimentos que possam ser assentados em paredes e
forros. No entanto, o projetista deve descontar a metragem quadrada das aberturas:
portas e janelas para paredes e lanternins, domos, chads e claraboias, para tetos.
Para cálculo de tintas, trabalha-se com a metragem quadrada (m²) relacionada à medida
em litros (L). Como modelo, pode-se seguir a orientação do site de tintas Coral,
adontando o seguinte passo a passo:
Primeiro, avalie o tamanho da área a ser pintada. Peça auxílio de outra pessoa para
medir a largura e a altura das paredes com uma fita métrica e multiplique-as para
calcular a medida do metro quadrado geral;
Subtraia o espaço ocupado por janelas e portas usando o mesmo método de cálculo
citado no item anterior e subtraia da medida de metro quadrado geral;
Multiplique a nova medida de metro quadrado total pelo número de demãos que
serão necessárias. Recomenda-se considerar pelo menos duas demãos. Vale a
pena incluir uma quantidade extra de tinta para eventuais retoques;
Finalmente, divide-se esse valor total somado pelo número de m²/L indicado na lata
de tinta (se a informação não estiver na lata, pode ser consultada nas informações
do produto no site do fabricante). Desse modo, obtém-se o total de litros de tinta que
serão necessários para o projeto;
Ressalta-se ainda que o tipo de tinta e o fabricante podem fazer diferença. Ao se
fazer uso de uma tinta de melhor qualidade, é possível notar que uma quantidade
menor de tinta será necessária para se obter um ótimo resultado. O uso reduzido da
quantidade tintas resulta em um belo acabamento, além de ser uma relevante ação
sustentável.
Para o cálculo da quantidade de tinta para uma obra, levaremos em conta as seguintes
variáveis: Q = quantidade de produto; A = área de pintura em m²; D = número de demãos
Ambiente Área (m²)(3 x 3)
Peça (m²)
(60 x 60) cm Total peças
Margem 
(15%) sobre 
peças totais
Total 
revestimento
Quarto 9 m² 0,36 m² 25 4 29
2.2.1. Quantitativo de materiais
Para traçar o quantitativo de materiais de acabamento que será preciso adquirir para a
execução do projeto, é necessário, em primeiro lugar,saber a metragem (m²) de cada
ambiente. Assim, realiza-se um cálculo baseado nas peculiaridades de cada tipo de
acabamento.
Essa etapa do projeto requer muita atenção, pois se houver erros na quantificação de
materiais, sérios problemas poderão aparecer no decorrer da obra. Alguns desses
problemas são: pisos e revestimentos em quantidades insuficientes ou em excesso;
materiais que saíram de linha no decorrer da obra, dentre outros.
No cálculo para pisos, exemplifica-se o seguinte passo a passo:
Fazer o cálculo da área total do ambiente. Exemplo: um quarto de 9 m², ou seja, 3 x
3 m (largura x comprimento);
Calcular a área total de uma peça do revestimento. Exemplo: um revestimento com
medidas de 60 x 60 cm, o cálculo se dá em metros, isso é, 0,6 x 0,6 = 0,36 m².
Desse modo, sabe-se que uma peça de revestimento equivale a 0,36 m²;
Deve-se dividir a área total do ambiente pela área total da peça de revestimento,
como por exemplo, 9 m²/0,36 m² = 25 peças. Com isso, serão necessárias 25 peças
de revestimento para serem assentadas no quarto;
Calcula-se, então, uma margem de erro, para que se tenha peças reservas caso
haja algum tipo de dano, como quebra ou desgaste com o tempo, tornando
necessário que se faça um reparo. Recomenda-se usar uma margem entre 10 e
15%. Para esse cálculo, tem-se: 25 peças x 15% = 3,75 peças. O resultado deve ser
considerado como número inteiro, ou seja, deve-se adquirir quatro peças extras;
Considera-se, então, um total de 29 peças, de 60 x 60 cm, para revestimento do
piso de um quarto de 9 m². Esse cálculo está exemplificado na Tabela 2.
Tabela 2 – Modelo de cálculo quantitativo para piso
Ambiente
Área (m²) Peça (m²)
Total peças
Margem
(15%) sobre Total
UNIDADE 2. PROJETO DE INTERIORES INSTITUCIONAL 16
recomendado pelo fabricante; RP = rendimento do produto (m²) para cada demão de tinta
(essa informação deve constar na embalagem).
Assim, como exemplo, para cobrir uma área de 750 m² com duas demãos de uma tinta
acrílica, cujo rendimento médio é de 250 m²/lata/demão, serão necessárias seis latas de
tinta. A Tabela 3 apresenta a definição desse cálculo.
Tabela 3 – Exemplo de quantitativo de tinta
Ambiente Área (m²)
Nova área pela
quantidade de
demãos
recomendada
pelo
fabricante(duas
demãos)
Rendimento 1
lata de tinta
(m²/lata/demão)
Total 
(Latas de tinta)
Sala 750 m² 1.500 m² 250 m² 6
Fonte: Elaborada pela autora, 2020.
Organização é um item importante em todas as etapas do projeto. Habitualmente, deve-
se organizar os dados pertinentes ao projeto em tabelas, para que se possa definir as
ações de cada etapa de modo eficaz.
Como visto, para quantificar revestimentos para pisos, tetos e paredes é necessário
recordar de outros elementos de acabamento que também estão previstos nas tabelas
de definição do projeto, quantificados por ambientes comuns ou não. Para
assentamentos de pisos e cerâmicas em paredes, por exemplo, ainda há de se pensar
nos rejuntes, massas. Para cada ambiente, será necessário listar as luminárias e
lâmpadas, os mobiliários, as esquadrias etc. Ao se definir todos os materiais necessários
e suas respectivas quantidades, é relevante que se tenha o cálculo total do valor da obra,
isso é, seu orçamento.
2.2.2. Orçamentos
recomendado pelo fabricante; RP = rendimento do produto (m²) para cada demão de tinta
(essa informação deve constar na embalagem).
Assim, como exemplo, para cobrir uma área de 750 m² com duas demãos de uma tinta
acrílica, cujo rendimento médio é de 250 m²/lata/demão, serão necessárias seis latas de
tinta. A Tabela 3 apresenta a definição desse cálculo.
Tabela 3 – Exemplo de quantitativo de tinta
Ambiente Área (m²)
Nova área pela
quantidade de
demãos
recomendada
pelo
fabricante(duas
demãos)
Rendimento 1
lata de tinta
(m²/lata/demão)
Total 
(Latas de tinta)
Sala 750 m² 1.500 m² 250 m² 6
Fonte: Elaborada pela autora, 2020.
Organização é um item importante em todas as etapas do projeto. Habitualmente, deve-
se organizar os dados pertinentes ao projeto em tabelas, para que se possa definir as
ações de cada etapa de modo eficaz.
Como visto, para quantificar revestimentos para pisos, tetos e paredes é necessário
recordar de outros elementos de acabamento que também estão previstos nas tabelas
de definição do projeto, quantificados por ambientes comuns ou não. Para
assentamentos de pisos e cerâmicas em paredes, por exemplo, ainda há de se pensar
nos rejuntes, massas. Para cada ambiente, será necessário listar as luminárias e
lâmpadas, os mobiliários, as esquadrias etc. Ao se definir todos os materiais necessários
e suas respectivas quantidades, é relevante que se tenha o cálculo total do valor da obra,
isso é, seu orçamento.
2.2.2. Orçamentos
b e te
(3 x 3) (60 x 60) cm
ota peças
peças totais
revestimento
Quarto 9 m² 0,36 m² 25 4 29
Fonte: Elaborada pela autora, 2020.
O mesmo cálculo é válido para revestimentos que possam ser assentados em paredes e
forros. No entanto, o projetista deve descontar a metragem quadrada das aberturas:
portas e janelas para paredes e lanternins, domos, chads e claraboias, para tetos.
Para cálculo de tintas, trabalha-se com a metragem quadrada (m²) relacionada à medida
em litros (L). Como modelo, pode-se seguir a orientação do site de tintas Coral,
adontando o seguinte passo a passo:
Primeiro, avalie o tamanho da área a ser pintada. Peça auxílio de outra pessoa para
medir a largura e a altura das paredes com uma fita métrica e multiplique-as para
calcular a medida do metro quadrado geral;
Subtraia o espaço ocupado por janelas e portas usando o mesmo método de cálculo
citado no item anterior e subtraia da medida de metro quadrado geral;
Multiplique a nova medida de metro quadrado total pelo número de demãos que
serão necessárias. Recomenda-se considerar pelo menos duas demãos. Vale a
pena incluir uma quantidade extra de tinta para eventuais retoques;
Finalmente, divide-se esse valor total somado pelo número de m²/L indicado na lata
de tinta (se a informação não estiver na lata, pode ser consultada nas informações
do produto no site do fabricante). Desse modo, obtém-se o total de litros de tinta que
serão necessários para o projeto;
Ressalta-se ainda que o tipo de tinta e o fabricante podem fazer diferença. Ao se
fazer uso de uma tinta de melhor qualidade, é possível notar que uma quantidade
menor de tinta será necessária para se obter um ótimo resultado. O uso reduzido da
quantidade tintas resulta em um belo acabamento, além de ser uma relevante ação
sustentável.
Para o cálculo da quantidade de tinta para uma obra, levaremos em conta as seguintes
variáveis: Q = quantidade de produto; A = área de pintura em m²; D = número de demãos
Ambiente Área (m²)
Nova área pela 
quantidade 
de demãos 
recomendada 
pelo 
fabricante(duas 
demãos)
Rendimento 1 
lata de tinta (m²/
lata/demão)
Total
(Latas de tinta)
Sala 750 m² 1.500 m² 250 m² 6
UNIDADE 2. PROJETO DE INTERIORES INSTITUCIONAL 17
2.3. Estudos preliminares
Após a escolha dos itens de acabamento que irão compor os ambientes projetados, com
suas respectivas especificações e quantidades, o orçamento deve ser elaborado. A
análise orçamentária pode ser realizada por meio de pesquisas em lojas físicas ou
virtuais especializadas. Muitos estabelecimentos que são requisitados na elaboração de
orçamentos de materiais podem incluir serviços correlatos, como por exemplo, lojas de
pisos que oferecem o serviço de instalação.
O orçamento, que discrimina o valor de cada item, é um documento que deve ser
somado às tabelas desenvolvidas ao longo do projeto (Tabela 4). É aconselhável que as
tabelas sejam elaboradas em grupos de materiais similares, para facilitar a organização
dessa fase do projeto. Sugere-se as seguintes tabelas: de esquadrias, de tintas, de
pisos, de revestimentos, de plantas e demais objetos de decoração, mobiliários, de
metais e louças, entre outras.
Tabela 4 – Exemplo de quantitativo de piso e orçamento
Área
(m²)
(3 x3)
Ambiente
Peça
de 
60 x
60 
cm
(m²)
Total
peças
Margem
(15%)
sobre
peças
totaisTotal de
peças para o
revestimento
Preço
unitário
(caixa
com
dez
peças)
Orçamento
final
Quarto
9
m²
0,36
m²
25 4 29
R$
200,00
R$
600,00
Fonte: Elaborada pela autora, 2020.
Ressalta-se a importância de o profissional conferir no briefing se o orçamento atende o
que foi estabelecido pelo cliente. É necessário que as especificações estejam adequadas
ao previsto e que se estabeleça uma comunicação eficiente com o cliente, de modo que
o orçamento possa ser ajustado, se necessário.
2.3. Estudos preliminares
Após a escolha dos itens de acabamento que irão compor os ambientes projetados, com
suas respectivas especificações e quantidades, o orçamento deve ser elaborado. A
análise orçamentária pode ser realizada por meio de pesquisas em lojas físicas ou
virtuais especializadas. Muitos estabelecimentos que são requisitados na elaboração de
orçamentos de materiais podem incluir serviços correlatos, como por exemplo, lojas de
pisos que oferecem o serviço de instalação.
O orçamento, que discrimina o valor de cada item, é um documento que deve ser
somado às tabelas desenvolvidas ao longo do projeto (Tabela 4). É aconselhável que as
tabelas sejam elaboradas em grupos de materiais similares, para facilitar a organização
dessa fase do projeto. Sugere-se as seguintes tabelas: de esquadrias, de tintas, de
pisos, de revestimentos, de plantas e demais objetos de decoração, mobiliários, de
metais e louças, entre outras.
Tabela 4 – Exemplo de quantitativo de piso e orçamento
Área
(m²)
(3 x3)
Ambiente
Peça
de 
60 x
60 
cm
(m²)
Total
peças
Margem
(15%)
sobre
peças
totais
Total de
peças para o
revestimento
Preço
unitário
(caixa
com
dez
peças)
Orçamento
final
Quarto
9
m²
0,36
m²
25 4 29
R$
200,00
R$
600,00
Fonte: Elaborada pela autora, 2020.
Ressalta-se a importância de o profissional conferir no briefing se o orçamento atende o
que foi estabelecido pelo cliente. É necessário que as especificações estejam adequadas
ao previsto e que se estabeleça uma comunicação eficiente com o cliente, de modo que
o orçamento possa ser ajustado, se necessário.
recomendado pelo fabricante; RP = rendimento do produto (m²) para cada demão de tinta
(essa informação deve constar na embalagem).
Assim, como exemplo, para cobrir uma área de 750 m² com duas demãos de uma tinta
acrílica, cujo rendimento médio é de 250 m²/lata/demão, serão necessárias seis latas de
tinta. A Tabela 3 apresenta a definição desse cálculo.
Tabela 3 – Exemplo de quantitativo de tinta
Ambiente Área (m²)
Nova área pela
quantidade de
demãos
recomendada
pelo
fabricante(duas
demãos)
Rendimento 1
lata de tinta
(m²/lata/demão)
Total 
(Latas de tinta)
Sala 750 m² 1.500 m² 250 m² 6
Fonte: Elaborada pela autora, 2020.
Organização é um item importante em todas as etapas do projeto. Habitualmente, deve-
se organizar os dados pertinentes ao projeto em tabelas, para que se possa definir as
ações de cada etapa de modo eficaz.
Como visto, para quantificar revestimentos para pisos, tetos e paredes é necessário
recordar de outros elementos de acabamento que também estão previstos nas tabelas
de definição do projeto, quantificados por ambientes comuns ou não. Para
assentamentos de pisos e cerâmicas em paredes, por exemplo, ainda há de se pensar
nos rejuntes, massas. Para cada ambiente, será necessário listar as luminárias e
lâmpadas, os mobiliários, as esquadrias etc. Ao se definir todos os materiais necessários
e suas respectivas quantidades, é relevante que se tenha o cálculo total do valor da obra,
isso é, seu orçamento.
2.2.2. Orçamentos
Ambiente Área (m²)(3 x3)
Peça de
60 x 60
cm (m²)
Total 
peças
Margem 
(15%) 
sobre 
peças 
totais
Total de 
peças 
para o 
revesti-
mento
Preço 
unitário
(caixa 
com dez 
peças)
Orçamento 
final
Quarto 9 m² 0,36 m² 25 4 29 R$ 200,00 R$ 600,00
UNIDADE 2. PROJETO DE INTERIORES INSTITUCIONAL 18
No decorrer desta disciplina, podemos compreender os conceitos relativos a um projeto
de interiores institucional e os primeiros passos para o levantamento de dados para o
desenvolvimento de um projeto de design de interiores. Aprendemos a importância de
uma comunicação eficaz com o cliente e a compreensão e instrução de etapas criativas e
da concepção projetual, além das questões técnicas voltadas à definição das
especificações, quantitativos de materiais e orçamentos para os acabamentos de
ambientes interiores. Entende-se que tais instruções são fundamentais para o início do
desenvolvimento projetual.
Compreendido isso, pode-se dar início à execução das primeiras ideias projetuais em
forma de desenhos, por meio das três fases de projeto: estudos preliminares, anteprojeto
e projeto executivo.
O estudo preliminar, ou pré-projeto, é a fase em que são estudadas as primeiras opções
de layout para o projeto de interiores, de acordo com as necessidades do cliente. Nessa
fase, são avaliadas todas as possibilidades para que se consiga atender a demanda do
cliente, suas necessidades e seu orçamento. É um momento de criação das primeiras
ideias transpostas para o papel, a fim de avaliar se tudo o que foi solicitado ao
profissional poderá ser realizado. Em geral, são apresentadas duas opções ao cliente,
para que possa definir qual opção atende às suas expectativas e, assim, o profissional
contratado pode dar seguimento às fases posteriores de projeto.
Nessa etapa, o projeto pode ser apresentado por meio de croquis, plantas e
perspectivas, incluindo imagens bi e tridimensionais. Com isso, o cliente pode analisar o
que foi apresentado e se todos os seus interesses foram alcançados e, também, pode
esclarecer dúvidas sobre a proposta. Após a confirmação do cliente, dá-se
prosseguimento ao desenvolvimento projetual.
Alguns exemplos sobre como apresentar as ideias iniciais ao cliente por meio do pré-
projeto serão apresentados a seguir.
2.3.1. Representação do estudo preliminar: croquis, plantas e perspectivas
Após o levantamento de toda especificação arquitetônica, como medidas, pontos
elétricos e hidráulicos, aberturas (portas e janelas) e demais dados do espaço, o
2.3. Estudos preliminares
Após a escolha dos itens de acabamento que irão compor os ambientes projetados, com
suas respectivas especificações e quantidades, o orçamento deve ser elaborado. A
análise orçamentária pode ser realizada por meio de pesquisas em lojas físicas ou
virtuais especializadas. Muitos estabelecimentos que são requisitados na elaboração de
orçamentos de materiais podem incluir serviços correlatos, como por exemplo, lojas de
pisos que oferecem o serviço de instalação.
O orçamento, que discrimina o valor de cada item, é um documento que deve ser
somado às tabelas desenvolvidas ao longo do projeto (Tabela 4). É aconselhável que as
tabelas sejam elaboradas em grupos de materiais similares, para facilitar a organização
dessa fase do projeto. Sugere-se as seguintes tabelas: de esquadrias, de tintas, de
pisos, de revestimentos, de plantas e demais objetos de decoração, mobiliários, de
metais e louças, entre outras.
Tabela 4 – Exemplo de quantitativo de piso e orçamento
Área
(m²)
(3 x3)
Ambiente
Peça
de 
60 x
60 
cm
(m²)
Total
peças
Margem
(15%)
sobre
peças
totais
Total de
peças para o
revestimento
Preço
unitário
(caixa
com
dez
peças)
Orçamento
final
Quarto
9
m²
0,36
m²
25 4 29
R$
200,00
R$
600,00
Fonte: Elaborada pela autora, 2020.
Ressalta-se a importância de o profissional conferir no briefing se o orçamento atende o
que foi estabelecido pelo cliente. É necessário que as especificações estejam adequadas
ao previsto e que se estabeleça uma comunicação eficiente com o cliente, de modo que
o orçamento possa ser ajustado, se necessário.
UNIDADE 2. PROJETO DE INTERIORES INSTITUCIONAL 19
designer e/ou arquiteto deve compilar esses dados em uma planta baixa (Figura 4), o
que comumente chamamos de levantamento cadastral inicial. Segundo Montenegro,
Figura 4 – Representação de uma planta baixa.
Fonte: Shutterstock. Acesso em: 27/05/2020.
Com a planta-baixa desenhada e em escala, o profissional dá início à representação das
primeirasideias, que transformam em esboços ou croquis, conforme demonstrado na
Figura 5.
No começo do projeto, as ideias são, em geral, difusas ou pouco
precisas e os esboços refletem isto: traços são superpostos uns
sobre os outros (Não se pagam. Lembre-se!), expressando
intenções que podem entrar em choque, uma vez que são ainda
pouco claras.Portanto, o esboço é um apoio ao processo de busca
e a sua ambiguidade, ou até confusão, dá margem a outras ideias.
Que se tornam ponto de partida para novas formas e disposições.
Estamos falando de esboços feitos a lápis sobre papel. (2017, p. 50-
51).
No decorrer desta disciplina, podemos compreender os conceitos relativos a um projeto
de interiores institucional e os primeiros passos para o levantamento de dados para o
desenvolvimento de um projeto de design de interiores. Aprendemos a importância de
uma comunicação eficaz com o cliente e a compreensão e instrução de etapas criativas e
da concepção projetual, além das questões técnicas voltadas à definição das
especificações, quantitativos de materiais e orçamentos para os acabamentos de
ambientes interiores. Entende-se que tais instruções são fundamentais para o início do
desenvolvimento projetual.
Compreendido isso, pode-se dar início à execução das primeiras ideias projetuais em
forma de desenhos, por meio das três fases de projeto: estudos preliminares, anteprojeto
e projeto executivo.
O estudo preliminar, ou pré-projeto, é a fase em que são estudadas as primeiras opções
de layout para o projeto de interiores, de acordo com as necessidades do cliente. Nessa
fase, são avaliadas todas as possibilidades para que se consiga atender a demanda do
cliente, suas necessidades e seu orçamento. É um momento de criação das primeiras
ideias transpostas para o papel, a fim de avaliar se tudo o que foi solicitado ao
profissional poderá ser realizado. Em geral, são apresentadas duas opções ao cliente,
para que possa definir qual opção atende às suas expectativas e, assim, o profissional
contratado pode dar seguimento às fases posteriores de projeto.
Nessa etapa, o projeto pode ser apresentado por meio de croquis, plantas e
perspectivas, incluindo imagens bi e tridimensionais. Com isso, o cliente pode analisar o
que foi apresentado e se todos os seus interesses foram alcançados e, também, pode
esclarecer dúvidas sobre a proposta. Após a confirmação do cliente, dá-se
prosseguimento ao desenvolvimento projetual.
Alguns exemplos sobre como apresentar as ideias iniciais ao cliente por meio do pré-
projeto serão apresentados a seguir.
2.3.1. Representação do estudo preliminar: croquis, plantas e perspectivas
Após o levantamento de toda especificação arquitetônica, como medidas, pontos
elétricos e hidráulicos, aberturas (portas e janelas) e demais dados do espaço, o
UNIDADE 2. PROJETO DE INTERIORES INSTITUCIONAL 20
Figura 5 – Representação de um croqui.
Fonte: Shutterstock. Acesso em: 27/05/2020.
O estudo preliminar pode ser apresentado também por meio de perspectivas, que
proporcionam ao cliente uma sensação de realidade, por ser uma metodologia de
desenho que desperta com facilidade seu entendimento.
A Figura 6 exemplifica um ambiente interior representado por meio de uma perspectiva
trabalhada à mão. Com a utilização das técnicas de ponto de fuga e proporção dos
elementos que fazem parte da cena, assim como a utilização de cores e texturas, o
projetista consegue passar de modo brilhante as suas primeiras ideias acerca do pré-
projeto. Mobiliários, adornos, disposição dos móveis, paleta de cores, perfeitamente
representados. Montenegro (2017) explana que aquilo que o profissional vende não é o
projeto, mas sua representação. Portanto, deve-se caprichar e organizar uma
apresentação de estudo preliminar que encante o cliente e o faça acreditar fielmente nas
ideias do projeto.
designer e/ou arquiteto deve compilar esses dados em uma planta baixa (Figura 4), o
que comumente chamamos de levantamento cadastral inicial. Segundo Montenegro,
Figura 4 – Representação de uma planta baixa.
Fonte: Shutterstock. Acesso em: 27/05/2020.
Com a planta-baixa desenhada e em escala, o profissional dá início à representação das
primeiras ideias, que transformam em esboços ou croquis, conforme demonstrado na
Figura 5.
No começo do projeto, as ideias são, em geral, difusas ou pouco
precisas e os esboços refletem isto: traços são superpostos uns
sobre os outros (Não se pagam. Lembre-se!), expressando
intenções que podem entrar em choque, uma vez que são ainda
pouco claras.Portanto, o esboço é um apoio ao processo de busca
e a sua ambiguidade, ou até confusão, dá margem a outras ideias.
Que se tornam ponto de partida para novas formas e disposições.
Estamos falando de esboços feitos a lápis sobre papel. (2017, p. 50-
51).
UNIDADE 2. PROJETO DE INTERIORES INSTITUCIONAL 21
Figura 6 – Representação de uma perspectiva com tratamento à mão.
Fonte: Shutterstock. Acesso em: 21/05/2020.
Breve história do desenho
Figura 6 – Representação de uma perspectiva com tratamento à mão.
Fonte: Shutterstock. Acesso em: 21/05/2020.
Breve história do desenho
Figura 6 – Representação de uma perspectiva com tratamento à mão.
Fonte: Shutterstock. Acesso em: 21/05/2020.
Breve história do desenho
1. Arte rupestre
As primeiras formas de expressão do homem
A história do desenho começa, provavelmente, ao mesmo tempo que a do ser 
humano. No Paleolítico, em ambientes de nomadismo, quando os grupos se 
encontravam para realizar caçadas conjuntas ou celebrar cerimônias religiosas, 
estabeleceram-se os primeiros acordos de acasalamento, trocas de ideias, de 
técnicas e de modas artísticas. O homem pré-histórico marcou em rochas figuras 
de seres humanos, animais, plantas, elementos de seu meio, expressando de 
modo intenso suas vivências.
UNIDADE 2. PROJETO DE INTERIORES INSTITUCIONAL 22
2. Egípcios e mesopotâmicos
A representação de deuses
Ambas as culturas se regeram por uma mesma concepção mágica da figura e do 
espaço, segundo a qual a imagem devia duplicar aquilo que representava. Para 
atingir a plenitude mágica da representação, os artistas da época convencionaram 
representar as figuras, não por meio de uma “visão real” do que observavam, 
mas pelo que conheciam delas – realismo conceitual – a finalidade era mostrar 
os elementos fundamentais de uma pessoa, assim, as figuras humanas eram 
desenhadas seguindo um determinado conjunto de convenções formais.
3. Gregos e romanos
A representação de deuses e homens
Nas pinturas de Pompeia, a representação é 
precisa com pormenores formais, revela, por 
vezes, uma observação realista e introduz 
as perspectivas arquitetônicas, desenvolve 
a ilusão do espaço real (trompe le oeil) 
construindo paisagens ilusionistas e espaços 
irreais, em que o pitoresco e a fantasia 
contribuem para a criação de ambientes 
de profunda exuberância. As técnicas mais 
utilizadas são o mosaico e a encáustica 
(técnica à base de diluição de pigmentos em 
cera derretida e a pintura a fresco (pintura 
sobre reboco de gesso fresco e úmido), 
encontrados na decoração de paredes do 
interior das habitações.
UNIDADE 2. PROJETO DE INTERIORES INSTITUCIONAL 23
4. Renascentistas
O nascimento da perspectiva
O artista renascentista submeteu, portanto, o sensorial ao racional, resultado 
uma necessidade de traduzir o mundo tal como era percebido pelos olhos do 
artista. Para tal, serviu-se de instrumentos que permitiam uma obra de verdade, 
de perfeição e de imitação da natureza – a pintura a óleo e a perspectiva linear. O 
atual conceito de perspectiva nasceu no Renascimento. Em sua etimologia latina, 
perspectiva deriva de perspicere, ou seja, ver claramente, o equivalente a optiké, 
do grego, ou ótica. Esse método possibilita a representação do espaço e das 
figuras nele inseridas de modo rigoroso e racional.
UNIDADE 2. PROJETO DE INTERIORES INSTITUCIONAL 24
Fonte: PERPSPECTIVA 600. História do desenho e da perspectiva. Disponível em:
<https://sites.google.com/site/perspetiva600/historia-do-desenho-e-da-perspetiva>.Acesso em: 29 mai. 2020.
Além de desenhos feitos à mão, alguns profissionais têm optado por desenvolver
maquetes virtuais, perspectivas 3D renderizadas, assistidas por computador, conforme
Arte rupestre
As primeiras formas de expressão do homem
A história do desenho começa, provavelmente, ao mesmo
tempo que a do ser humano. No Paleolítico, em ambientes de
nomadismo, quando os grupos se encontravam para realizar
caçadas conjuntas ou celebrar cerimônias religiosas,
estabeleceram-se os primeiros acordos de acasalamento, trocas
de ideias, de técnicas e de modas artísticas. O homem pré-
histórico marcou em rochas figuras de seres humanos, animais,
plantas, elementos de seu meio, expressando de modo intenso
suas vivências.
 
5. Contemporaneidade
O nascimento da fotografia
Após a descoberta da perspectiva, no Renascentismo, todos os movimentos 
artísticos mantiveram e continuaram a aplicar, em suas obras pictóricas, as 
regras fundamentais da representação do espaço, da profundidade e do volume, 
definidas pela perspectiva linear. Só a partir do século XIX, em uma época em 
que a fotografia começava a se assumir como técnica inovadora e revolucionária 
de representação da natureza é que alguns artistas começaram a estudar outras 
possibilidades para a representação do real, abrindo o caminho para a arte 
abstrata. A invenção da fotografia, por Louis Daguerre, anunciada em Paris, em 
1839, teve mais importância filosófica do que científica. Nasceu dentro do germe 
da sociedade industrial e a partir dessa data o mundo nunca mais foi o mesmo.
<https://sites.google.com/site/perspetiva600/historia-do-desenho-e-da-perspetiva>
modelo da Figura 7. Com o uso constante da tecnologia, cada vez mais projetistas
conseguem se aproximar da realidade por meio de vídeos e animações que representam
mobiliários, texturas, iluminação e até a movimentação desses elementos.
Figura 7 – Representação de uma perspectiva 3D renderizada por um computador.
Fonte: Shutterstock. Acesso em: 21/05/2020.
Visto os principais meios de representação de projeto para o estudo preliminar: esboços
ou croquis, plantas e perspectivas, é o momento de visualizar e conceber ideias acerca
da apresentação do projeto para o cliente. Instigue a criatividade, observe a paleta de
cores que deseja implementar e mescle na apresentação, ouse nas tipografias, delineie
bem o partido e o conceito e conquiste de vez o seu cliente com propostas criativas e
inovadoras.
VOCÊ QUER LER?
UNIDADE 2. PROJETO DE INTERIORES INSTITUCIONAL 25
modelo da Figura 7. Com o uso constante da tecnologia, cada vez mais projetistas
conseguem se aproximar da realidade por meio de vídeos e animações que representam
mobiliários, texturas, iluminação e até a movimentação desses elementos.
Figura 7 – Representação de uma perspectiva 3D renderizada por um computador.
Fonte: Shutterstock. Acesso em: 21/05/2020.
Visto os principais meios de representação de projeto para o estudo preliminar: esboços
ou croquis, plantas e perspectivas, é o momento de visualizar e conceber ideias acerca
da apresentação do projeto para o cliente. Instigue a criatividade, observe a paleta de
cores que deseja implementar e mescle na apresentação, ouse nas tipografias, delineie
bem o partido e o conceito e conquiste de vez o seu cliente com propostas criativas e
inovadoras.
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Para os pisos, também é indispensável observar em que tipo de ambiente será
empregado (interno/externo), fluxos (maior/menor densidade), conforto (frio/quente),
praticidade (fácil limpeza e manutenção), dentre outros. Destacam-se:
Cerâmicos;
Porcelanatos;
Madeiras: tacos, laminados, tábuas corridas, madeira de demolição;
Vinílicos: material sintético;
Monolíticos: cimento queimado, granilite, resinas;
Pedra natural: mármores, granitos, ardósias, quartzitos, seixos rolados.
Para forros, os revestimentos são escolhidos e aplicados a fim de cobrir o teto dos
ambientes. Tanto para aspectos estéticos quanto funcionais, o forro pode ser trabalhado
em diferentes níveis, com aplicação de materiais diversos e iluminações que valorizem
os cômodos. Como materiais mais utilizados, pode-se citar:
Pintura aplicada diretamente no teto;
Madeira em lâminas;
VOCÊ QUER LER?
Leia a reportagem do site Decor Fácil, disponível em: <
https://www.decorfacil.com/revestimento-de-parede/>, e confira alguns exemplos
de imagens e aplicações dos diferentes tipos de materiais para acabamento em
paredes. Uma outra indicação para pesquisa e consulta é banco de imagens
disponível no aplicativo Pinterest, uma ótima ferramenta a ser explorada entre
arquitetos e designers. Baixe em seu celular e aumente o seu repertório
individual!
O livro Desenho de projetos, do autor Gildo Montenegro, traz técnicas de apresentação
de projetos, esboços, desenhos de observação, croquis, entre outros, para a prática.
Esse livro está disponível na plataforma virtual Laureate International Universities.
Síntese
Nesta unidade, pudemos compreender mais uma etapa fundamental para a concepção
de um projeto de interiores institucional, que abarca o conhecimento em materiais de
acabamento: como especificá-los, quantificá-los e, por fim, como gerir um orçamento a
partir desses dados. Vimos também os diferentes revestimentos que compõem as
paredes, os pisos e os tetos, a fim de ampliar cada vez mais o repertório individual.
Falamos sobre a primeira etapa de projeto: o estudo preliminar. Complementarmente,
abordamos as formas de representação bi e tridimensional dessa etapa e a importância
de apresentar essas ideias ao cliente, para que suas necessidades, expectativas e
orçamentos, apontados desde o briefing, sejam alcançados.
No próximo capítulo, discutiremos a segunda fase projetual: o anteprojeto e suas
implicações. Até lá!
Referências bibliográficas
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O livro Desenho de projetos, do autor Gildo Montenegro, traz técnicas de apresentação
de projetos, esboços, desenhos de observação, croquis, entre outros, para a prática.
Esse livro está disponível na plataforma virtual Laureate International Universities.
Síntese
Nesta unidade, pudemos compreender mais uma etapa fundamental para a concepção
de um projeto de interiores institucional, que abarca o conhecimento em materiais de
acabamento: como especificá-los, quantificá-los e, por fim, como gerir um orçamento a
partir desses dados. Vimos também os diferentes revestimentos que compõem as
paredes, os pisos e os tetos, a fim de ampliar cada vez mais o repertório individual.
Falamos sobre a primeira etapa de projeto: o estudo preliminar. Complementarmente,
abordamos as formas de representação bi e tridimensional dessa etapa e a importância
de apresentar essas ideias ao cliente, para que suas necessidades, expectativas e
orçamentos, apontados desde o briefing, sejam alcançados.
No próximo capítulo, discutiremos a segunda fase projetual: o anteprojeto e suas
implicações. Até lá!
Referências bibliográficas
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CHING, Francis. Arquitetura: forma, espaço e ordem. São Paulo: Martins Fontes, 2008.
CORAL. Como calcular a quantidade certa de tinta. Disponível em:
<https://www.coral.com.br/pt/artigos/como-calcular-quantidade-certa-de-tinta>. Acesso
em: 25 mai. 2020.
DECORFÁCIL. Revestimento de parede: conheça os principais tipos de materiais.
2019. Disponível em: <https://www.decorfacil.com/revestimento-de-parede/>. Acesso em:
25 mai. 2020.
MOMBACH, A. P. A importância de especificações técnicas na execução dos projetos de
mobiliário. SEBRAE, São Paulo, 05 abr. 2018. Disponível em:
<https://sebraers.com.br/moveleiro/a-importancia-das-especificacoes-tecnicas-na-
execucao-dos-projetos-de-mobiliario/>. Acesso em: 25 mai. 2020.
MONTENEGRO, G. A. Desenho de projetos: em Arquitetura, Projeto de Produto,
Comunicação Visual e Design de Interior. São Paulo: Blucher, 2017.
PERPSPECTIVA 600. História do desenho e da perspectiva. Disponível em:
<https://sites.google.com/site/perspetiva600/historia-do-desenho-e-da-perspetiva>.Acesso em: 29 mai. 2020.
RODRIGUES, T. Z.; GREGORY, A. Análise de materiais em design de interiores. Mix
Sustentável, 5. ed., v. 3, n. 1, p. 26-35, 2017. Disponível em:
<http://www.nexos.ufsc.br/index.php/mixsustentavel/article/view/1688/1053>. Acesso em:
25 mai. 2020.
O livro Desenho de projetos, do autor Gildo Montenegro, traz técnicas de apresentação
de projetos, esboços, desenhos de observação, croquis, entre outros, para a prática.
Esse livro está disponível na plataforma virtual Laureate International Universities.
Síntese
Nesta unidade, pudemos compreender mais uma etapa fundamental para a concepção
de um projeto de interiores institucional, que abarca o conhecimento em materiais de
acabamento: como especificá-los, quantificá-los e, por fim, como gerir um orçamento a
partir desses dados. Vimos também os diferentes revestimentos que compõem as
paredes, os pisos e os tetos, a fim de ampliar cada vez mais o repertório individual.
Falamos sobre a primeira etapa de projeto: o estudo preliminar. Complementarmente,
abordamos as formas de representação bi e tridimensional dessa etapa e a importância
de apresentar essas ideias ao cliente, para que suas necessidades, expectativas e
orçamentos, apontados desde o briefing, sejam alcançados.
No próximo capítulo, discutiremos a segunda fase projetual: o anteprojeto e suas
implicações. Até lá!
Referências bibliográficas

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