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PROJETO DEPROJETO DE INTERIORESINTERIORES INSTITUCIONALINSTITUCIONAL UNIDADE 4 – PROJETOUNIDADE 4 – PROJETO EXECUTIVO EM PROJETOEXECUTIVO EM PROJETO DE INTERIORESDE INTERIORES INSTITUCIONALINSTITUCIONAL Autora: Larissa Ribeiro CunhaAutora: Larissa Ribeiro Cunha Revisor: Marcondes CleberRevisor: Marcondes Cleber INICIAR Introdução Caro estudante, Iniciaremos a unidade 4 da disciplina de Projeto de Interiores Institucional, nossa última unidade. Iremos estudar a última fase projetual: o projeto executivo. Entenderemos a sua importância de maneira geral, pois os resultados desta fase precisam estar em consonância com as normas de representação dos ambientes com seus respectivos detalhamentos. Aprofundaremos o que concerne ao detalhamento de áreas molhadas, como também o detalhamento de marcenarias. Dessa maneira, ao final Autora: Larissa Ribeiro Cunha Revisor: Marcondes Cleber PROJETO DE INTERIORES INSTITUCIONAL UNIDADE 4 – PROJETO EXECUTIVO EM PROJETO DE INTERIORES INSTITUCIONAL INTRODUÇÃO 01 4.1 PROJETO EXECUTIVO 02 SÍNTESE 24 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 24 UNIDADE 4 – PROJETO EXECUTIVO EM PROJETO DE INTERIORES INSTITUCIONAL 1 4.1 Projeto executivo Nas unidades anteriores, foram vistos conteúdos que abarcam o primeiro contato com o cliente, a fim de recolher todos os dados iniciais pertinentes ao desenvolvimento do futuro projeto. Como visto, para isso é importante a elaboração de um briefing, por meio do entendimento de um público-alvo específico e o desenvolvimento de um programa de necessidades. Assim, logo depois, o profissional projetista pode adentrar na fase seguinte – estudos preliminares, de modo que possa compreender todas as referências e levantamentos que são necessários para especificar e quantificar materiais e acabamentos. Em seguida, imergirá nos conceitos que compreendem um anteprojeto – no empenho em já definir estudos e elevações dos ambientes projetados com seus materiais de revestimento e acabamento já definidos, como também o projeto cromático e o memorial descritivo. Enfim, o profissional projetista adentrará na fase final de projeto: o projeto executivo. O que é um projeto executivo? O projeto executivo é a terceira e última etapa que compreende as três importantes fases de elaboração, criação e desenvolvimento de um projeto, que são: 1. Estudo preliminar; 2. Anteprojeto e 3. Projeto executivo. Esta fase assinala a versão final do projeto, cuja aprovação do cliente já foi efetuada nas fases anteriores e agora requererá a elaboração de desenhos/representações que sejam passíveis de execução e leitura universal. Os desenhos que serão elaborados necessitam estar dentro das regras de desenho técnico, com todas as informações legíveis e pertinentes, já que deverão ser compreendidos por uma gama de profissionais diferentes, que, no entanto, possuem a similaridade de trabalhar com criação arquitetônica e de interiores e execução de obras. Podemos citar como alguns desses profissionais: pedreiros, mestres de obra, designers, arquitetos, engenheiros, pintores, dentre outros. Assim, a representação do desenho desta unidade, você estará apto para desenvolver projetos de interiores institucionais, perpassando por todas as fases: desde o contato com o cliente até a execução final da obra. Bons estudos! UNIDADE 4 – PROJETO EXECUTIVO EM PROJETO DE INTERIORES INSTITUCIONAL 2 Os desenhos que serão elaborados necessitam estar dentro das regras de desenho técnico, com todas as informações legíveis e pertinentes, já que deverão ser compreendidos por uma gama de profissionais diferentes, que, no entanto, possuem a similaridade de trabalhar com criação arquitetônica e de interiores e execução de obras. Podemos citar como alguns desses profissionais: pedreiros, mestres de obra, designers, arquitetos, engenheiros, pintores, dentre outros. Assim, a representação do desenho técnico deve ser universal. Igualmente, os desenhos elaborados – desenhos técnicos – necessitam de informações definitivas para a perfeita execução do projeto na obra, contendo todas as medidas, especificações e detalhamentos de materiais de revestimento e acabamento: mármores, pedras naturais, papéis de parede, tintas, madeiras, vidros etc. Cada projeto será dotado de certa complexidade, a depender da sua tipologia. Tais projetos serão destinados aos fornecedores/executores responsáveis pelos detalhes: o projeto de mobiliário para a loja de móveis planejados ou para o marceneiro, o projeto de pinturas para a loja de tintas e para o pintor, o projeto de mármores e bancadas para a marmoraria e assentadores, o projeto de gesso para o gesseiro, o projeto de pontos elétricos para o engenheiro eletricista e o eletricista, o projeto de iluminação para o light designer e eletricista e assim por diante. Pode-se pontuar dessa maneira o que deverá ser apresentado em relação a um projeto executivo, a depender de quão complexo é o projeto a ser desenvolvido: 1. Planta de layout geral com implantação total da obra com todas as medidas (cotas, níveis, metragem do ambiente etc.); 2. Planta de layout por ambientes com especificações da seleção de materiais, revestimentos, acabamentos, representadas em todas as suas vistas internas com todos os detalhes e medidas necessárias; 3. Elaboração de cortes e elevações, a fim de mostrar detalhes específicos, com todos os detalhes e medidas necessárias; 4. Planta de gesso e detalhamentos, também a fim de mostrar todos os detalhes específicos em plantas, cortes e detalhes; 5. Planta de iluminação, com detalhamento e especificação de todas as luminárias e efeitos luminotécnicos; 6. Paginação de piso, contendo todas as medidas e representação pertinente; 7. Paginação de paredes, contendo todas as medidas e representação pertinente; UNIDADE 4 – PROJETO EXECUTIVO EM PROJETO DE INTERIORES INSTITUCIONAL 3 8. Planta de pontos elétricos (em caso de mudanças e/ou sugestão de novos), contendo todas as medidas e representação pertinente; 9. Planta de pontos hidráulicos (em caso de mudanças e/ou sugestão de novos), contendo todas as medidas e representação pertinente; 10. Planta de ar-condicionado (em caso de mudanças e/ou sugestão de novos), contendo todas as medidas e representação pertinente; 11. Planta de lógica – telefonia/automação, (em caso de mudanças e/ou sugestão de novos), contendo todas as medidas e representação pertinente; 12. Planta de tonalidades, paleta de cores e revestimentos, com especificações e quantificação de materiais; 13. Planta de mobiliário, com todos os detalhamentos e medidas pertinentes; 14. Planta de paisagismo interno/externo, com todos os detalhamentos e medidas pertinentes; 15. Planta de marmoraria e vidraçaria, com todos os detalhamentos e medidas pertinentes. É importante salientar que para cada tipo de projeto deverá ser elaborado um arquivo separadamente. Dessa maneira, facilita a compreensão tanto do fornecedor quanto do profissional que irá executar o projeto na obra. Assim, para cada um dos 15 possíveis itens projetuais pontuados acima, uma ou mais pranchas de projeto serão geradas, a depender da complexidade do projeto. Outro dado não menos importante é relembrar que nesta fase tudo já foi definido e aprovado pelo cliente na etapa anterior de anteprojeto. Dessa maneira, não há alteração de projeto, e tudo o que for elaborado nesta fase final será definitivo para a execução. O Infográfico 1 apresenta as cinco palavras-chave que se referem a um projeto executivo. Observe as palavras e suas contextualizações. É imprescindível que todos os projetos complementares estejam compatibilizados, a fim de que não haja nenhuma surpresa desagradável nos momentos de execução dos projetos, primando pela otimização e bom planejamento projetual. Infográfico 1 – Projeto executivo UNIDADE 4 – PROJETO EXECUTIVO EM PROJETO DE INTERIORES INSTITUCIONAL 4 Fonte: Elaborado pela autora, 2020. Junto às pranchas de projeto, o profissional projetista também deverá entregar ao cliente um memorial descritivo de tudo. A próxima faseserá o acompanhamento da execução do projeto na obra, outro item que deverá ser contratado à parte pelo cliente, a fim de garantir a exímia execução do que foi projetado pelo profissional projetista. VOCÊ QUER LER? A partir da leitura do artigo intitulado “A Etapa de Execução da Obra: Um Momento de Decisões”, saiba mais acerca desta importante fase, com base no UNIDADE 4 – PROJETO EXECUTIVO EM PROJETO DE INTERIORES INSTITUCIONAL 5 8. Planta de pontos elétricos (em caso de mudanças e/ou sugestão de novos), contendo todas as medidas e representação pertinente; 9. Planta de pontos hidráulicos (em caso de mudanças e/ou sugestão de novos), contendo todas as medidas e representação pertinente; 10. Planta de ar-condicionado (em caso de mudanças e/ou sugestão de novos), contendo todas as medidas e representação pertinente; 11. Planta de lógica – telefonia/automação, (em caso de mudanças e/ou sugestão de novos), contendo todas as medidas e representação pertinente; 12. Planta de tonalidades, paleta de cores e revestimentos, com especificações e quantificação de materiais; 13. Planta de mobiliário, com todos os detalhamentos e medidas pertinentes; 14. Planta de paisagismo interno/externo, com todos os detalhamentos e medidas pertinentes; 15. Planta de marmoraria e vidraçaria, com todos os detalhamentos e medidas pertinentes. É importante salientar que para cada tipo de projeto deverá ser elaborado um arquivo separadamente. Dessa maneira, facilita a compreensão tanto do fornecedor quanto do profissional que irá executar o projeto na obra. Assim, para cada um dos 15 possíveis itens projetuais pontuados acima, uma ou mais pranchas de projeto serão geradas, a depender da complexidade do projeto. Outro dado não menos importante é relembrar que nesta fase tudo já foi definido e aprovado pelo cliente na etapa anterior de anteprojeto. Dessa maneira, não há alteração de projeto, e tudo o que for elaborado nesta fase final será definitivo para a execução. O Infográfico 1 apresenta as cinco palavras-chave que se referem a um projeto executivo. Observe as palavras e suas contextualizações. É imprescindível que todos os projetos complementares estejam compatibilizados, a fim de que não haja nenhuma surpresa desagradável nos momentos de execução dos projetos, primando pela otimização e bom planejamento projetual. Infográfico 1 – Projeto executivo Já aprovado pelo cliente Já aprovado pelo cliente5 pontos do projeto executivo Projeto final para execução na obra Projeto final para compatibilização e fornecedores Detalhamentos são essenciais Desenho técnico é fundamental estudo de caso apresentado por Duarte e Cordeiro. Acesse o link: <https://www.scielo.br/pdf/prod/v9nspe/v9nspea01.pdf>. A partir de agora, serão vistos três tipos de detalhamentos que integram os projetos executivos: detalhamento de áreas molhadas, detalhamento de marcenarias e detalhamento de forros. Iniciaremos com o detalhamento de áreas molhadas. 4.1.1 Detalhamento de áreas molhadas O que são, especificamente, áreas molhadas? Compreendem as áreas molhadas ambientes que possuem pontos d’água (torneiras, monocomandos, jatos d’água etc.) e, assim, estão propícios à formação de lâminas d’água em suas superfícies. Como exemplo, pode-se citar: saunas, lavabos, banheiros, áreas de serviço, cozinhas, lavanderias, áreas descobertas, dentre outros. Portanto, cabe ao profissional projetista se preocupar em especificar materiais de revestimento e acabamento que sejam adequados a estas áreas, a fim de resguardar sua durabilidade e manutenção. Os materiais que serão aplicados em pisos, paredes e tetos devem ser estanques, para que impeçam a passagem da água e evitem a degradação da obra. Outro ponto importante é a impermeabilização destes espaços antes de receberem o assentamento dos revestimentos, pois a utilização de produtos específicos para este fim corrobora com a eliminação ou redução da porosidade do material, prevenindo infiltrações e isolando a umidade na superfície na qual foram aplicados. A função do projeto de detalhamento de áreas molhadas é garantir a exata execução na obra, a partir de desenhos e representações que especifiquem com clareza qual é a posição correta dos elementos pertencentes ao projeto: onde colocar a cerâmica na parede, a partir de que ponto; quanto rebaixar de um nível para o outro, qual o ponto certo de locação das louças, interruptores etc. Para exemplificar, vamos pensar no projeto de um banheiro e compreender a aplicação dos materiais, níveis, representação e detalhamento. O Infográfico 2 representa uma maquete eletrônica de um banheiro, numa visão de cima para baixo, em perspectiva. UNIDADE 4 – PROJETO EXECUTIVO EM PROJETO DE INTERIORES INSTITUCIONAL 6 Fonte: Elaborado pela autora, 2020. Junto às pranchas de projeto, o profissional projetista também deverá entregar ao cliente um memorial descritivo de tudo. A próxima fase será o acompanhamento da execução do projeto na obra, outro item que deverá ser contratado à parte pelo cliente, a fim de garantir a exímia execução do que foi projetado pelo profissional projetista. VOCÊ QUER LER? A partir da leitura do artigo intitulado “A Etapa de Execução da Obra: Um Momento de Decisões”, saiba mais acerca desta importante fase, com base no estudo de caso apresentado por Duarte e Cordeiro. Acesse o link: <https://www.scielo.br/pdf/prod/v9nspe/v9nspea01.pdf>. A partir de agora, serão vistos três tipos de detalhamentos que integram os projetos executivos: detalhamento de áreas molhadas, detalhamento de marcenarias e detalhamento de forros. Iniciaremos com o detalhamento de áreas molhadas. 4.1.1 Detalhamento de áreas molhadas O que são, especificamente, áreas molhadas? Compreendem as áreas molhadas ambientes que possuem pontos d’água (torneiras, monocomandos, jatos d’água etc.) e, assim, estão propícios à formação de lâminas d’água em suas superfícies. Como exemplo, pode-se citar: saunas, lavabos, banheiros, áreas de serviço, cozinhas, lavanderias, áreas descobertas, dentre outros. Portanto, cabe ao profissional projetista se preocupar em especificar materiais de revestimento e acabamento que sejam adequados a estas áreas, a fim de resguardar sua durabilidade e manutenção. Os materiais que serão aplicados em pisos, paredes e tetos devem ser estanques, para que impeçam a passagem da água e evitem a degradação da obra. Outro ponto importante é a impermeabilização destes espaços antes de receberem o assentamento dos revestimentos, pois a utilização de produtos específicos para este fim corrobora com a eliminação ou redução da porosidade do material, prevenindo infiltrações e isolando a umidade na superfície na qual foram aplicados. A função do projeto de detalhamento de áreas molhadas é garantir a exata execução na obra, a partir de desenhos e representações que especifiquem com clareza qual é a posição correta dos elementos pertencentes ao projeto: onde colocar a cerâmica na parede, a partir de que ponto; quanto rebaixar de um nível para o outro, qual o ponto certo de locação das louças, interruptores etc. Para exemplificar, vamos pensar no projeto de um banheiro e compreender a aplicação dos materiais, níveis, representação e detalhamento. O Infográfico 2 representa uma maquete eletrônica de um banheiro, numa visão de cima para baixo, em perspectiva. O realismo de seus movimentos dinâmicos, no entanto, gerava certas consequências orçamentárias: os dynamations eram caros, aparecendo em apenas algumas cenas, sempre combinados com filmagens reais, uma vez que seu processo de produção era extremamente lento. Para remediar essa lacuna, foram criadas sucessivas gerações de bonecos cada vez mais automatizados, passando pela supermarionation, na qual já se viam os primeiros recursos eletrônicos como expressões faciais articuladas e manipuladas por comandos de joystick, até o Go motion, na qual a automação é total e o joystick e os circuitos elétricos são substituídos por softwares, códigos de programação e sistemas mecatrônicos. Podemos citar ainda outravariante das animações por bonecos articulados, a claymation ou clay animation, ou seja, animação baseada em figuras de plasticina, modeladas no formato desejado e dispostas sobre um esqueleto de arame capaz de sustentá-lo e dotá-lo de movimento. A plasticina foi criada por William Harbutt, que a concebeu como ferramenta educativa, em 1897, tornando-se imediatamente um popular brinquedo infantil. Por sua natureza de baixo custo e fácil acesso, tornou-se ferramenta utilizada em muitas áreas, tendo encontrado aplicação em cinema não apenas para animação, mas sendo também empregada em maquiagens que simulavam ferimentos ou deformações anatômicas. Já durante os cinemas dos primeiros tempos, muitos filmes se utilizaram da plasticina para efeitos visuais ou pequenas animações, como se vê nas criações de Helena Smith-Dayton, a primeira mulher a dirigir filmes de animação, principalmente VOCÊ QUER LER? O fantástico universo de Ray Harryhausen foi explorado em um artigo publicado em 2016 na revista de comunicação e cultura da UFBA, em um excelente texto redigido pelo Professor Jorge Manuel Carrega. Em seu artigo, ele percorre uma análise histórica e formal, propondo uma leitura maneirista da obra de Harryhausen. Um aspecto importante sublinhado por Carrega se encontra na profunda reverência, percebida por ele em sua pesquisa, de Harryhausen em relação a seu mentor Willis O’brien. Disponível em: <https://portalseer.ufba.br/index.php/contemporaneaposcom/article/view/14341/11080>. <https://www.scielo.br/pdf/prod/v9nspe/v9nspea01.pdf>. Observe os planos de parede e piso, revestimentos, louças etc. Nele, estão representados os elementos que se seguem pontuados. Infográfico 2 – Maquete eletrônica de banheiro não renderizada Fonte: Elaborado pela autora, 2020. Sendo assim, as plantas e desenhos necessários em relação a esse banheiro, são: Layout banho casal – cotado, com símbolos de níveis, metragem quadrada total, nome do ambiente e demais especificações necessárias (tipos de louças e metais, nichos etc.); em escalas 1/25; Paginação de piso – cotado, com símbolos de níveis, símbolo de início da paginação do piso e especificações do revestimento; em escalas 1/25; Vistas 1, 2, 3 e 4 – cotadas, com símbolos de níveis, indicação de cortes, especificações necessárias (tipos de louças e metais, nichos, revestimentos etc.); em escalas 1/25; UNIDADE 4 – PROJETO EXECUTIVO EM PROJETO DE INTERIORES INSTITUCIONAL 7 estudo de caso apresentado por Duarte e Cordeiro. Acesse o link: <https://www.scielo.br/pdf/prod/v9nspe/v9nspea01.pdf>. A partir de agora, serão vistos três tipos de detalhamentos que integram os projetos executivos: detalhamento de áreas molhadas, detalhamento de marcenarias e detalhamento de forros. Iniciaremos com o detalhamento de áreas molhadas. 4.1.1 Detalhamento de áreas molhadas O que são, especificamente, áreas molhadas? Compreendem as áreas molhadas ambientes que possuem pontos d’água (torneiras, monocomandos, jatos d’água etc.) e, assim, estão propícios à formação de lâminas d’água em suas superfícies. Como exemplo, pode-se citar: saunas, lavabos, banheiros, áreas de serviço, cozinhas, lavanderias, áreas descobertas, dentre outros. Portanto, cabe ao profissional projetista se preocupar em especificar materiais de revestimento e acabamento que sejam adequados a estas áreas, a fim de resguardar sua durabilidade e manutenção. Os materiais que serão aplicados em pisos, paredes e tetos devem ser estanques, para que impeçam a passagem da água e evitem a degradação da obra. Outro ponto importante é a impermeabilização destes espaços antes de receberem o assentamento dos revestimentos, pois a utilização de produtos específicos para este fim corrobora com a eliminação ou redução da porosidade do material, prevenindo infiltrações e isolando a umidade na superfície na qual foram aplicados. A função do projeto de detalhamento de áreas molhadas é garantir a exata execução na obra, a partir de desenhos e representações que especifiquem com clareza qual é a posição correta dos elementos pertencentes ao projeto: onde colocar a cerâmica na parede, a partir de que ponto; quanto rebaixar de um nível para o outro, qual o ponto certo de locação das louças, interruptores etc. Para exemplificar, vamos pensar no projeto de um banheiro e compreender a aplicação dos materiais, níveis, representação e detalhamento. O Infográfico 2 representa uma maquete eletrônica de um banheiro, numa visão de cima para baixo, em perspectiva. Cortes de elementos-chave (cubas esculpidas, bancadas, marcenarias etc.) – detalhados, indicados nas vistas e ampliados em escalas 1/10, 1/5; Detalhes pertinentes ao projeto que necessitam ser ampliados - escalas 1/10, 1/5/ e 1/1. Os desenhos/plantas que foram pontuados anteriormente compreendem um detalhamento profundo deste ambiente, e serão lidos pelos profissionais correlatos a fim de obter especificações e executá-las. No Infográfico 3 é representada a paginação de piso deste banheiro. Observe os itens especificados que necessitam estar presentes para a correta interpretação. » Níveis Para começar, deve-se entender que banheiros necessitam de, no mínimo, duas diferenças de níveis. A primeira será em relação ao piso do cômodo que vem anteriormente ao banheiro, que pode ser um corredor, um quarto ou uma sala, a depender do projeto. Esse cômodo deverá ser separado do banheiro por uma soleira; que é um revestimento que se localiza no piso, acompanhando, na maioria das vezes, a largura do alisar (de uma porta), e serve para arrematar a mudança de pisos em níveis diferentes ou em um mesmo nível. Quando está relacionada a uma mudança em mesmo nível, podemos exemplificar um trajeto de um corredor com um piso Y e um quarto com um piso Z: temos dois pisos diferentes, uma mudança de ambiente que não são considerados áreas molhadas, e assim, podem continuar com um mesmo nível. Já a segunda mudança de nível está relacionada à área do box – geralmente dotada de chuveiros, banheiras, duchas e onde normalmente é localizado um ralo, aparente ou embutido (linear) – que será, portanto, a área com contato constante com água, ocasionando os fenômenos de lâminas d’água. O box geralmente é o elemento separador destes dois níveis. Infográfico 3 – Paginação de piso de um banheiro UNIDADE 4 – PROJETO EXECUTIVO EM PROJETO DE INTERIORES INSTITUCIONAL 8 Observe os planos de parede e piso, revestimentos, louças etc. Nele, estão representados os elementos que se seguem pontuados. Infográfico 2 – Maquete eletrônica de banheiro não renderizada Fonte: Elaborado pela autora, 2020. Sendo assim, as plantas e desenhos necessários em relação a esse banheiro, são: Layout banho casal – cotado, com símbolos de níveis, metragem quadrada total, nome do ambiente e demais especificações necessárias (tipos de louças e metais, nichos etc.); em escalas 1/25; Paginação de piso – cotado, com símbolos de níveis, símbolo de início da paginação do piso e especificações do revestimento; em escalas 1/25; Vistas 1, 2, 3 e 4 – cotadas, com símbolos de níveis, indicação de cortes, especificações necessárias (tipos de louças e metais, nichos, revestimentos etc.); em escalas 1/25; Fonte: Elaborado pela autora, 2020. » Início/sentido da paginação de piso Tanto aplicado no desenho quanto numa legenda ao lado dele, este item é primordial para que o profissional assentador de pisos e revestimentos saiba exatamente em qual local deverá assentar a primeira peça (pisos ou paredes) e dar sequência ao restante dos materiais. É simbolizado por duas setas perpendiculares, indicadas nos eixos x e y. » Cotas indicativas Cotas parciais e gerais que indicam a largura e o comprimento dos revestimentos do piso e do ambiente. » Indicação de materiais de revestimentos Indicações de materiais que compõem o piso e seus detalhes, com o nome e medidas básicas. UNIDADE 4 – PROJETO EXECUTIVO EM PROJETO DE INTERIORES INSTITUCIONAL 9 As bancadas nos banheiros assumem posicionamentos funcionais, na medida em que servem para comportaruma cuba (seja esta de encaixe, de apoio, sobreposta ou até esculpida na própria bancada), para apoio de objetos diversos, sobreposição de armários, apoio para metais (quando, por exemplo, um apoio de toalha de rosto ou de papel higiênico é anexado a ela), mas também assumem função decorativa. Com criatividade, o profissional projetista é capaz de criar bancadas com diferentes materiais, cores e ângulos. As bancadas também podem assumir espaços em cozinhas, lavanderias, áreas de VOCÊ QUER VER? Para entender um pouco mais sobre os estilos de ralos de escoamento de água que podem ser usados nos ambientes de áreas molhadas, assista ao vídeo Aprenda a instalar um RALO LINEAR... Pedreiro mostra como é feito! disponível em: "Aprenda a instalar um RALO LINEAR ... Pedreiro mostra como é feito!""Aprenda a instalar um RALO LINEAR ... Pedreiro mostra como é feito!" UNIDADE 4 – PROJETO EXECUTIVO EM PROJETO DE INTERIORES INSTITUCIONAL 10 em: <https://youtu.be/MbfIUtuStlQ>. As bancadas nos banheiros assumem posicionamentos funcionais, na medida em que servem para comportar uma cuba (seja esta de encaixe, de apoio, sobreposta ou até esculpida na própria bancada), para apoio de objetos diversos, sobreposição de armários, apoio para metais (quando, por exemplo, um apoio de toalha de rosto ou de papel higiênico é anexado a ela), mas também assumem função decorativa. Com criatividade, o profissional projetista é capaz de criar bancadas com diferentes materiais, cores e ângulos. As bancadas também podem assumir espaços em cozinhas, lavanderias, áreas de VOCÊ QUER VER? Para entender um pouco mais sobre os estilos de ralos de escoamento de água que podem ser usados nos ambientes de áreas molhadas, assista ao vídeo Aprenda a instalar um RALO LINEAR... Pedreiro mostra como é feito! disponível em: "Aprenda a instalar um RALO LINEAR ... Pedreiro mostra como é feito!""Aprenda a instalar um RALO LINEAR ... Pedreiro mostra como é feito!" serviço e possuem, em sua maioria, quando são projetadas, dois espaços diferentes: a parte denominada área seca e a denominada área molhada. Para cada um destes espaços, é necessário especificar detalhamentos diferenciados, a fim de conter as lâminas d’água que possam vir a existir. A Figura 1 mostra uma imagem de uma maquete eletrônica de uma cozinha, como exemplo para demostrar as duas áreas em âmbitos projetuais de maquete, plantas e detalhes. A área molhada é a porção onde se encontra a cuba de inox, e o restante são consideradas áreas secas. Figura 1 – Maquete eletrônica de uma cozinha não renderizada. Fonte: Elaborada pela autora, 2017. Os materiais mais utilizados na formação das bancadas costumam ser os que possuem resistência, estabilidade, versatilidade, praticidade e estanqueidade. São classificados entre materiais naturais (pedras) e combinações com materiais sintéticos. Alguns exemplos mais comuns são: Granitos; Mármores; Ardósia; Silestone; Nanoglass; Marmoglass; Porcelanatos; As bancadas nos banheiros assumem posicionamentos funcionais, na medida em que servem para comportar uma cuba (seja esta de encaixe, de apoio, sobreposta ou até esculpida na própria bancada), para apoio de objetos diversos, sobreposição de armários, apoio para metais (quando, por exemplo, um apoio de toalha de rosto ou de papel higiênico é anexado a ela), mas também assumem função decorativa. Com criatividade, o profissional projetista é capaz de criar bancadas com diferentes materiais, cores e ângulos. As bancadas também podem assumir espaços em cozinhas, lavanderias, áreas de VOCÊ QUER VER? Para entender um pouco mais sobre os estilos de ralos de escoamento de água que podem ser usados nos ambientes de áreas molhadas, assista ao vídeo Aprenda a instalar um RALO LINEAR... Pedreiro mostra como é feito! disponível em: "Aprenda a instalar um RALO LINEAR ... Pedreiro mostra como é feito!""Aprenda a instalar um RALO LINEAR ... Pedreiro mostra como é feito!" serviço e possuem, em sua maioria, quando são projetadas, dois espaços diferentes: a parte denominada área seca e a denominada área molhada. Para cada um destes espaços, é necessário especificar detalhamentos diferenciados, a fim de conter as lâminas d’água que possam vir a existir. A Figura 1 mostra uma imagem de uma maquete eletrônica de uma cozinha, como exemplo para demostrar as duas áreas em âmbitos projetuais de maquete, plantas e detalhes. A área molhada é a porção onde se encontra a cuba de inox, e o restante são consideradas áreas secas. Figura 1 – Maquete eletrônica de uma cozinha não renderizada. Fonte: Elaborada pela autora, 2017. Os materiais mais utilizados na formação das bancadas costumam ser os que possuem resistência, estabilidade, versatilidade, praticidade e estanqueidade. São classificados entre materiais naturais (pedras) e combinações com materiais sintéticos. Alguns exemplos mais comuns são: Granitos; Mármores; Ardósia; Silestone; Nanoglass; Marmoglass; Porcelanatos; UNIDADE 4 – PROJETO EXECUTIVO EM PROJETO DE INTERIORES INSTITUCIONAL 11 Inox; Madeiras. E como são representados os detalhes das áreas molhadas e secas em projeto? É importante que o profissional projetista tenha conhecimento sobre o material escolhido. Suas medidas básicas, modulações, tipos de recortes, dentre outros. Assim, conseguirá representar com assertividade as especificações e dados necessários. O infográfico 4 representa dois desenhos de um detalhamento de bancadas trabalhadas com o material granito branco itaunas, um relacionado à área seca e outro à molhada, em relação à planta de layout da Figura 1. Infográfico 4 – Cozinha com detalhes e planta layout Fonte: Elaborado pela autora, 2020. Para trabalhar os detalhes expostos no Infográfico 4, é primordial que o profissional projetista entenda a respeito das espessuras possibilitadas pelo granito indicado. Ao observar os detalhes de corte de áreas molhadas, pode-se perceber que há uma altura de 1 cm entre a placa linear e a borda da bancada. Isso se dá para que a água que porventura venha a espirrar ou se concentrar nesta bancada não escorra para o chão ou para a área de bancada seca. Já no corte relativo à bancada seca, pode-se notar o que UNIDADE 4 – PROJETO EXECUTIVO EM PROJETO DE INTERIORES INSTITUCIONAL 12 se chama de junção em “meia esquadria”, que consiste em cortar as duas peças em um ângulo de 45 graus a fim de emendá-las. Esse corte deixa tal emenda em uma linha diagonal entre as peças, de modo que escondam os materiais que as ligam e as possíveis emendas. O acabamento também proporciona a continuidade dos veios ou linhas naturais presentes no revestimento. A Figura 2 representa mais uma vista desta cozinha, revelando mais um dos itens relativos ao detalhamento de um projeto executivo. Observe os detalhes, as especificações e a maneira como foram dispostas. Todo este detalhamento é primordial para a representação do projeto executivo e de suas áreas molhadas. Figura 2 – Vista 1, cozinha. Fonte: Elaborada pela autora, 2017. 4.1.2 Detalhamento de marcenaria A marcenaria constitui outro importante item a ser inserido dentro de um projeto executivo. Essa etapa se pauta no detalhamento de todo o mobiliário proposto no projeto, em todos os ambientes. Por exemplo: armários de cozinha, de banheiro, nichos, guarda- roupas, estantes, painéis de TV, mesas, camas, dentre outros; fixos ou sob medida. Entende-se que este tipo de projeto deve ser pensado para uma longa duração nos cômodos, visto que não é algo que se troque com facilidade, considerando seus custos. UNIDADE 4 – PROJETO EXECUTIVO EM PROJETO DE INTERIORES INSTITUCIONAL 13 se chama de junção em “meia esquadria”, que consiste em cortar as duas peças em um ângulo de 45 graus a fim de emendá-las. Esse corte deixa tal emenda em uma linha diagonal entre as peças, de modo que escondam os materiais que as ligam e as possíveis emendas. O acabamento também proporciona a continuidade dos veios ou linhas naturais presentes no revestimento. A Figura 2 representa mais uma vista desta cozinha, revelandomais um dos itens relativos ao detalhamento de um projeto executivo. Observe os detalhes, as especificações e a maneira como foram dispostas. Todo este detalhamento é primordial para a representação do projeto executivo e de suas áreas molhadas. Figura 2 – Vista 1, cozinha. Fonte: Elaborada pela autora, 2017. 4.1.2 Detalhamento de marcenaria A marcenaria constitui outro importante item a ser inserido dentro de um projeto executivo. Essa etapa se pauta no detalhamento de todo o mobiliário proposto no projeto, em todos os ambientes. Por exemplo: armários de cozinha, de banheiro, nichos, guarda- roupas, estantes, painéis de TV, mesas, camas, dentre outros; fixos ou sob medida. Entende-se que este tipo de projeto deve ser pensado para uma longa duração nos cômodos, visto que não é algo que se troque com facilidade, considerando seus custos. É necessário que o profissional projetista construa ambiente por ambiente junto ao cliente, a fim de estabelecer as reais necessidades para que todos os seus pertences sejam acomodados de maneira prática e facilmente detectáveis. Essa fase compreende o briefing, conforme já foi visto nas unidades anteriores. Compreender sobre ergonomia e layouts funcionais otimizará a criação desses mobiliários, assim como a compreensão de quais ambientes são mais propícios à permanência ou não; o contexto dos fluxos, passagens e conflitos; a combinação de materiais e suas composições; os revestimentos e acabamentos, dentre outros. Os mais recorrentes para a confecção dos mobiliários diversos são: Madeiras; MDF; MDP; Vidro; Acrílico; Laca; Fórmicas. O Quadro 1 demonstra o que são as siglas MDP e MDF, materiais usados constantemente na confecção de mobiliários. Entende-se que: A principal diferença está na sua estrutura interna. Por conta da sua composição, o MDF é um material mais maleável, que permite a manipulação sem o estrago do material. Por esse motivo ele costuma ser utilizado em artesanato e na fabricação de móveis com acabamentos mais elaborados, como curvas e contornos. Já o MDP, devido às 3 camadas internas, tem uma maior resistência estrutural, ou seja, ele não oferece tanta maleabilidade e funciona melhor em superfícies planas, como portas, prateleiras, painéis, fundos de gaveta, entre outras (VIVADECORA, 2018). UNIDADE 4 – PROJETO EXECUTIVO EM PROJETO DE INTERIORES INSTITUCIONAL 14 Quadro 1 – MDF e MDP Figura 2 – Vista 1, cozinha. Fonte: Elaborada pela autora, 2017. Sobre a representação dos detalhamentos de marcenarias, deve-se ter em mente que para cada cômodo será necessário especificar desenhos que abarcam: Layout por ambiente, com indicação do nome do ambiente, metragem quadrada, nível, indicação de vistas/elevações e indicação de todos os mobiliários com suas respectivas medidas, cotas gerais e parciais, em escalas 1/25; Vistas 1, 2, 3 e 4 – cotadas, com símbolos de níveis, indicação de cortes, especificações necessárias (painéis, nichos, estantes, revestimentos etc.); em escalas 1/25; MDF (Medium density fiberboard) Placa de fibra de média densidade Fibra da madeira + resinas sintéticas Fabricação de móveis (Medium density particleboard) Painel de partículas de baixa densidade Três camadas de partículas de madeira: uma grossa no miolo e duas finas na superfície Fabricação de móveis MDP Fonte: Shutterstock. Acesso em: 15/07/2020.Fonte: Shutterstock. Acesso em: 15/07/2020. UNIDADE 4 – PROJETO EXECUTIVO EM PROJETO DE INTERIORES INSTITUCIONAL 15 Quadro 1 – MDF e MDP Figura 2 – Vista 1, cozinha. Fonte: Elaborada pela autora, 2017. Sobre a representação dos detalhamentos de marcenarias, deve-se ter em mente que para cada cômodo será necessário especificar desenhos que abarcam: Layout por ambiente, com indicação do nome do ambiente, metragem quadrada, nível, indicação de vistas/elevações e indicação de todos os mobiliários com suas respectivas medidas, cotas gerais e parciais, em escalas 1/25; Vistas 1, 2, 3 e 4 – cotadas, com símbolos de níveis, indicação de cortes, especificações necessárias (painéis, nichos, estantes, revestimentos etc.); em escalas 1/25; MDF (Medium density fiberboard) Placa de fibra de média densidade Fibra da madeira + resinas sintéticas Fabricação de móveis (Medium density particleboard) Painel de partículas de baixa densidade Três camadas de partículas de madeira: uma grossa no miolo e duas finas na superfície Fabricação de móveis MDP Fonte: Shutterstock. Acesso em: 15/07/2020.Fonte: Shutterstock. Acesso em: 15/07/2020. Cortes de cada mobiliário (mesas, nichos, painéis, estantes, gaveteiros etc. – detalhados, indicados nas vistas e ampliados em escalas 1/10 e 1/5; Detalhes pertinentes ao projeto que necessitam sem ampliados – escalas 1/10, 1/5/, 1/1. Do mesmo modo que o detalhamento de áreas molhadas, esses desenhos/plantas devem compreender um detalhamento profundo dos ambientes de projeto, pois serão lidos pelos profissionais correlatos para compreender as especificações e executá-las. A Figura 3 representa uma vista de uma sala de estar, com destaque para as marcenarias representadas pelo painel de TV, estante, nichos e rack. Figura 3 – Vista 1, sala de estar. Fonte: Elaborada pela autora, 2017. Podemos observar na Figura 3 a presença de dois materiais diferentes que compõem o conjunto de estante, rack, painel de TV e nichos: MDF brilhante na cor branco e MDF brilhante na cor fendi (destacado em cor marrom, nessa figura). As hachuras aplicadas representam as duas opções de materiais e proporcionam uma visualização de planos distintos, nos quais o observador conseguirá distinguir com maior facilidade. Numa vista frontal, podemos elencar elementos importantes de informações: cotas parciais e gerais, linhas de corte, indicação de materiais e medidas de altura x largura x profundidade. Um corte AA foi especificado na vista 1, a fim de que todas as informações em relação à altura e à profundidade sejam demonstradas, além da especificação dos materiais de Cortes de cada mobiliário (mesas, nichos, painéis, estantes, gaveteiros etc. – detalhados, indicados nas vistas e ampliados em escalas 1/10 e 1/5; Detalhes pertinentes ao projeto que necessitam sem ampliados – escalas 1/10, 1/5/, 1/1. Do mesmo modo que o detalhamento de áreas molhadas, esses desenhos/plantas devem compreender um detalhamento profundo dos ambientes de projeto, pois serão lidos pelos profissionais correlatos para compreender as especificações e executá-las. A Figura 3 representa uma vista de uma sala de estar, com destaque para as marcenarias representadas pelo painel de TV, estante, nichos e rack. Figura 3 – Vista 1, sala de estar. Fonte: Elaborada pela autora, 2017. Podemos observar na Figura 3 a presença de dois materiais diferentes que compõem o conjunto de estante, rack, painel de TV e nichos: MDF brilhante na cor branco e MDF brilhante na cor fendi (destacado em cor marrom, nessa figura). As hachuras aplicadas representam as duas opções de materiais e proporcionam uma visualização de planos distintos, nos quais o observador conseguirá distinguir com maior facilidade. Numa vista frontal, podemos elencar elementos importantes de informações: cotas parciais e gerais, linhas de corte, indicação de materiais e medidas de altura x largura x profundidade. Um corte AA foi especificado na vista 1, a fim de que todas as informações em relação à altura e à profundidade sejam demonstradas, além da especificação dos materiais de UNIDADE 4 – PROJETO EXECUTIVO EM PROJETO DE INTERIORES INSTITUCIONAL 16 Cortes de cada mobiliário (mesas, nichos, painéis, estantes, gaveteiros etc. – detalhados, indicados nas vistas e ampliados em escalas 1/10 e 1/5; Detalhes pertinentes ao projeto que necessitam sem ampliados – escalas 1/10, 1/5/, 1/1. Do mesmo modo que o detalhamento de áreas molhadas, esses desenhos/plantas devem compreender um detalhamento profundo dos ambientes de projeto, pois serão lidos pelos profissionais correlatos para compreender as especificações e executá-las. A Figura 3 representa uma vista de umasala de estar, com destaque para as marcenarias representadas pelo painel de TV, estante, nichos e rack. Figura 3 – Vista 1, sala de estar. Fonte: Elaborada pela autora, 2017. Podemos observar na Figura 3 a presença de dois materiais diferentes que compõem o conjunto de estante, rack, painel de TV e nichos: MDF brilhante na cor branco e MDF brilhante na cor fendi (destacado em cor marrom, nessa figura). As hachuras aplicadas representam as duas opções de materiais e proporcionam uma visualização de planos distintos, nos quais o observador conseguirá distinguir com maior facilidade. Numa vista frontal, podemos elencar elementos importantes de informações: cotas parciais e gerais, linhas de corte, indicação de materiais e medidas de altura x largura x profundidade. Um corte AA foi especificado na vista 1, a fim de que todas as informações em relação à altura e à profundidade sejam demonstradas, além da especificação dos materiais de Forro de gesso Estande – Módulo 1 MDF brilhante branco e nichos MDF brilhante fendi 360 x 120 cm Porta de vidro de correr com trilho em alumínio e roldanas Correr por trás do painel Sugestão TV 42” Rack TV – Módulo 4 Estante – Módulo 3 Painel TV – Módulo 2 Nicho Nicho Nicho Nicho MDF brilhante fendi 270 x 40 cm MDF brilhante branco 40 x 330 cm MDF brilhante branco 360 x 135 cm Rodapé embutido Rodapé embutido Rodapé embutido Espelho cristal Pintura branca revestimento e acabamento que constituirão cada uma das peças. Observe a Figura 4 desse corte AA: Figura 4 – Corte AA, sala de estar. Fonte: Elaborada pela autora, 2017. Na vista 1 da Figura 4, há quatro elementos em marcenaria que necessitam ser detalhados com todas as suas plantas, vistas, cortes e detalhes minuciosos, para que um UNIDADE 4 – PROJETO EXECUTIVO EM PROJETO DE INTERIORES INSTITUCIONAL 17 marceneiro ou uma loja de móveis planejados possa executá-los com maestria. Um desenho que represente o quanto as estruturas internas terão de profundidade; qual é altura e qual é a divisão dos módulos, caso possuam; qual é a cor do MDF pretendido; qual é o tipo de puxador para as gavetas, caso possuam, qual é a espessura que será representada dos arremates em meia esquadria, dentre outros. Quanto mais detalhes, melhor. A Figura 5 representa o detalhamento de um rack, elemento especificado na vista 1. Figura 5 – Detalhamento rack, sala de estar. Fonte: Elaborada pela autora, 2017. Na imagem acima é possível observar alguns itens de um detalhamento mais minucioso do rack: uma vista frontal, com todas as medidas em cotas parciais e gerais, a designação dos espaços de gavetões com sua forma de puxar e o material a ser confeccionado; um corte longitudinal, com a especificação de todas as medidas, profundidades e modulações; um detalhe que demonstra o tipo de puxador pretendido e um corte transversal. Vê-se, então, que para elaborar um projeto de detalhamento de UNIDADE 4 – PROJETO EXECUTIVO EM PROJETO DE INTERIORES INSTITUCIONAL 18 marcenarias o profissional projetista precisa especificar de maneira meticulosa todos os detalhes dos mobiliários envolvidos, que a utilização de um desenho técnico e universal garantirá a legibilidade e compreensão de todos os profissionais envolvidos na execução deste projeto e, ainda, que é necessário o conhecimento dos diversos tipos de materiais de revestimento e acabamento para se criar elementos inovadores, criativos, versáteis, funcionais e esteticamente agradáveis. De acordo com o Sebrae (2018), 4.1.3 Detalhamento de forros Um bom detalhamento de forro está interligado a um bom projeto de iluminação, pois assim o resultado será nada menos que esteticamente agradável e aconchegante. Os forros, assim como as paredes e pisos, podem ser trabalhados com diversos materiais, como já visto na unidade anterior. Entre eles: Gesso convencional aplicado no forro em placas; Drywall; O detalhamento do mobiliário é uma importante ponte entre quem o desenha e aquele que executa o projeto, além de ser essencial para que seja corretamente fabricado. O desenho técnico nada mais é do que uma linguagem universal compreendida por arquitetos, designers de interiores, fornecedores, marceneiros e outros profissionais da área, fator que torna possível a materialização de ideias. O conhecimento dos materiais e técnicas construtivas é premissa básica para a concepção de um bom projeto de mobiliário. De nada serve um detalhamento desenhado à perfeição se a mão- de-obra que o executa não possui formação técnica para compreendê-lo corretamente. Sem isso podem ocorrer grandes erros na execução. UNIDADE 4 – PROJETO EXECUTIVO EM PROJETO DE INTERIORES INSTITUCIONAL 19 Sancas; Molduras. O gesso convencional aplicado no forro em placas é a tipologia mais comum, mais barata e mais trabalhosa. Esse tipo de forro é formado por placas de gesso que são encaixadas uma na outra e necessitam de um alinhamento perfeito. Dessa maneira, é necessário contratar uma mão de obra especializada. O forro em drywall é composto por grandes placas de gesso revestidas por um papel acartonado, fixados em uma estrutura metálica, de mais limpa e rápida instalação, contudo com maior preço. Já as sancas e molduras são detalhes que podem ser trabalhados em conjunto ao forro de gesso. As sancas podem ser fechadas, abertas ou invertidas, elaboradas pela diferença de níveis feitos no forro e podem se localizar nas extremidades e centros dos ambientes, iluminadas também através de fitas de LED. Já as molduras são bordas localizadas em torno das paredes e próximas ao forro, para dar acabamento na pintura ou figurar como item decorativo. Figura 6 – Diferentes utilizações de gesso em forros. A) Molduras; B) Gesso convencional; C) Drywall; D) Drywall com sanca rebaixada. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 15/072020. Para a representação de um detalhamento de forro de gesso, deve-se considerar especificar desenhos que abarquem: UNIDADE 4 – PROJETO EXECUTIVO EM PROJETO DE INTERIORES INSTITUCIONAL 20 Planta de gesso com os ambientes contendo nome, pé-direito existente e pé-direito final; escala 1/25; Juntas de dilatação; Cotas gerais e parciais; Hachura de representação de forros, sancas, aberturas; Cortes e detalhes ampliados, escalas 1/25,1/10, 1/5 e 1/1. A Figura 7 exemplifica um projeto com detalhamento de gesso de alguns ambientes, contendo os itens acima especificados, e em seguida um detalhe ampliado de uma sanca (Figura 8). Figura 7 – Detalhamento de forro de gesso em ambientes. Fonte: Elaborado pela autora, 2017. A Figura 8 mostra o detalhamento de uma sanca de gesso liso. Observe que há um distanciamento de 20 centímetros em relação à parede e uma fita de led inserida no rebaixo do gesso. Essa iluminação em fita será lançada para o teto e pela parede e, ao ser refletida, dará a impressão de um “rasgo” iluminado de uma ponta a outra do UNIDADE 4 – PROJETO EXECUTIVO EM PROJETO DE INTERIORES INSTITUCIONAL 21 cômodo. Indica-se a utilização de uma iluminação mais amarelada, ou “quente”, para trazer uma sensação mais acolhedora e intimista para os espaços. Figura 8 – Detalhe da sanca. Fonte: Elaborada pela autora, 2017. O Infográfico 5 remete os passos importantes que o profissional projetista irá desempenhar junto ao seu cliente, como foi visto nesta unidade: o primeiro contato, no qual o cliente irá conversar acerca da tipologia de projeto que necessita. Logo após, o profissional irá elaborar o briefing, um guia que auxiliará no desempenho das primeiras ideias e informações, desdobradas num programa de necessidades e levantamento de dados a respeito das personas que frequentarão o local, com atenção ao orçamento do cliente. Por fim, esse amadurecimento de ideias se tornará concreto e representado nas três fases de projeto: estudo preliminar, anteprojeto e projeto executivo, sendo que as duas primeiras fases necessitam da aprovação do cliente. UNIDADE 4 – PROJETO EXECUTIVO EM PROJETO DE INTERIORES INSTITUCIONAL 22 Infográfico 5 Fonte: Elaboradopela autora, 2020. Aprovado o projeto e detalhado a nível executivo, agora é o momento da sua execução na obra. Síntese UNIDADE 4 – PROJETO EXECUTIVO EM PROJETO DE INTERIORES INSTITUCIONAL 23 Infográfico 5 Fonte: Elaborado pela autora, 2020. Aprovado o projeto e detalhado a nível executivo, agora é o momento da sua execução na obra. Síntese Contato com o cliente Levantamento de dados Anteprojeto Briefing Programa de necessidades Estudo preliminar Projeto executivo Checklist - projeto de interiores institucional Chegamos ao fim da unidade 4 e, com ela, ao fim de nossa disciplina de Projeto de Interiores Institucional. Foi compreendido o que é um projeto de interiores institucional e sua importância perante a sociedade, visto que objetiva criar e projetar ambientes institucionais – públicos ou privados – que atendam uma demanda de público expressiva em prol de um interesse específico: conhecimento, saber, cultura, saúde etc. Foram estudadas, ainda, as três principais fases de estudos e concepção projetual: estudo preliminar, anteprojeto e projeto executivo, abarcando todas as premissas pertinentes para que cada uma dessas fases possa ser desenvolvida com primor. Parabéns por ter chegado até aqui e utilize de todos os conhecimentos adquiridos para elaborar projetos eficientes, inclusivos, harmônicos e surpreendentes! Referências bibliográficas Aprenda a instalar um RALO LINEAR ... Pedreiro mostra como é feito! Postado por Roberto Araújo Construção Civil. (6min.35s.). son. color. port. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=MbfIUtuStlQ>. Acesso em: 16 jun. 2020. DUARTE, F. J. C. M.; CORDEIRO, C. V. C. A etapa de execução da obra: um momento de decisões. Produção, v. 9, número especial, p. 5-27, 1999. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/prod/v9nspe/v9nspea01.pdf>. Acesso em: 15 jul. 2020. FINGER. Bancada para cozinha: qual o melhor material e o que considerar? Disponível em: < https://finger.ind.br/blog/bancada-para-cozinha/>. Acesso em: 16 jun. 2020. SEBRAE. A importância das especificações técnicas na execução dos projetos de mobiliário. Disponível em: <https://sebraers.com.br/moveleiro/a-importancia-das- especificacoes-tecnicas-na-execucao-dos-projetos-de-mobiliario/>. Acesso em: 16 jun. 2020. VIVA DECORA PRO. MDP ou MDF? Veja qual tipo de madeira não estraga os móveis. Disponível em: <https://www.vivadecora.com.br/pro/curiosidades/mdp-ou-mdf/> Acesso em: 16 jun. 2020. UNIDADE 4 – PROJETO EXECUTIVO EM PROJETO DE INTERIORES INSTITUCIONAL 24 Chegamos ao fim da unidade 4 e, com ela, ao fim de nossa disciplina de Projeto de Interiores Institucional. Foi compreendido o que é um projeto de interiores institucional e sua importância perante a sociedade, visto que objetiva criar e projetar ambientes institucionais – públicos ou privados – que atendam uma demanda de público expressiva em prol de um interesse específico: conhecimento, saber, cultura, saúde etc. Foram estudadas, ainda, as três principais fases de estudos e concepção projetual: estudo preliminar, anteprojeto e projeto executivo, abarcando todas as premissas pertinentes para que cada uma dessas fases possa ser desenvolvida com primor. Parabéns por ter chegado até aqui e utilize de todos os conhecimentos adquiridos para elaborar projetos eficientes, inclusivos, harmônicos e surpreendentes! Referências bibliográficas Aprenda a instalar um RALO LINEAR ... Pedreiro mostra como é feito! Postado por Roberto Araújo Construção Civil. (6min.35s.). son. color. port. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=MbfIUtuStlQ>. Acesso em: 16 jun. 2020. DUARTE, F. J. C. M.; CORDEIRO, C. V. C. A etapa de execução da obra: um momento de decisões. Produção, v. 9, número especial, p. 5-27, 1999. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/prod/v9nspe/v9nspea01.pdf>. Acesso em: 15 jul. 2020. FINGER. Bancada para cozinha: qual o melhor material e o que considerar? Disponível em: < https://finger.ind.br/blog/bancada-para-cozinha/>. Acesso em: 16 jun. 2020. SEBRAE. A importância das especificações técnicas na execução dos projetos de mobiliário. Disponível em: <https://sebraers.com.br/moveleiro/a-importancia-das- especificacoes-tecnicas-na-execucao-dos-projetos-de-mobiliario/>. Acesso em: 16 jun. 2020. VIVA DECORA PRO. MDP ou MDF? Veja qual tipo de madeira não estraga os móveis. Disponível em: <https://www.vivadecora.com.br/pro/curiosidades/mdp-ou-mdf/> Acesso em: 16 jun. 2020. Infográfico 5 Fonte: Elaborado pela autora, 2020. Aprovado o projeto e detalhado a nível executivo, agora é o momento da sua execução na obra. Síntese
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