Buscar

DEGRADAÇÃO E REGULAÇÃO DOS TRIGLICERÍDEOS E ÁCIDOS GRAXOS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Nicole Silva Malheiros – Medicina Funorte – XXXI 
 
DEGRADAÇÃO E REGULAÇÃO DOS TRIGLICERÍDEOS E ÁCIDOS GRAXOS 
 
Ácidos graxos armazenados no tecido adiposo, na forma de TAG são a principal reserva de energia 
do organismo, já que, os TAGs oferecem estoques concentrados de energia metabólica, pois são 
altamente reduzidos e muito anidros. 
Ácidos graxos são oxidados  CO2 e H2O + 9kcal/g de gordura 
 
A) LIBERAÇÃO DOS ÁCIDOS GRAXOS DOS TAG: 
liberação hidrolítica, iniciado por uma lipase sensível a 
hormônio, que remove o AG do Carbono 1 ou 2 do TAG, 
depois lipases adicionais (específicas para diacil-glicerol 
e monoacilglicerol) removem os ácidos graxos 
remanescentes 
 
 Ativação da lipase sensível a hormônio (LSH): 
é ativada por uma proteína cinase dependente de 
AMPc (é produzido no adipócito, quando os 
hormônios – glucagon ou adrenalina - se ligam ao 
seu receptor na membrana celular, ativando a 
adenilato-ciclase). A síntese de ácidos graxos é 
suspensa quando a degradação de TAG é 
acionada. Na presença de insulina e glicose a LSH 
é desativada. 
 
 Destino do Glicerol: não pode ser metabolizado 
nos adipócitos (ausência da gliceol-cinase), por 
isso é transportado para o fígado onde pode ser 
fosforilado. O glicerol-fosfato é utilizado para 
sintetizar TAG no fígado ou será convertido em 
DHAP (participa da glicólise e gliconeogênese). 
 
 Destino dos ácidos graxos: saem da membrana celular e ligam-se à albumina no 
plasma. Nos tecidos, formam derivados da CoA e são oxidados para produzir energia. 
Não podem ser utilizados pelos eritrócitos (ausência de mitocôndrias) nem pelo SNC. 
Mais de 50% dos ácidos graxos liberados são reesterificados ao glicerol-3-fosfato. 
 
B) B-oxidação de ácidos graxos: principal via de oxidação dos AG, ocorre na matriz 
mitocondrial. Dois carbonos são removidos pela acil-CoA, produzindo acetil-CoA, NADH e 
FADH2. 
 
 Transporte de Ácidos Graxos de Cadeia Longa (AGCL) para dentro da 
mitocôndria: dentro da célula é convertido no citosol em um derivado da CoA pela 
Nicole Silva Malheiros – Medicina Funorte – XXXI 
 
acil-CoA-sintetase dos AGCL. A carnitina carrega o grupo acila para dentro da 
mitocôndria, já que a mesma é impermeável pela CoA. 
 
 
 
 Inibidores da lançadeira da carnitina: Malonil-CoA 
inibe a CTP-l, impedindo a entrada do AGCL na 
matriz mitocondrial. 
- Quando a síntese de AG ocorre no citosol, onde tem 
o manolil – coa, o palmitato (produto final da síntese 
de AG) não pode ser transferido nem degradado. 
- A oxidação é regulada pela razão acetil-CoA/CoA: 
razão aumenta, a velocidade da reação tiolase, que 
requer CoA, diminui. 
 
 Fontes de Carnitina: dietas (carnes), sintetizada à 
partir de aminoácidos (nos rins e fígado- lisina e 
metionina). É transportada até o músculo pelo 
sangue, já que não sintetizam (contem 97% de toda 
a carnitina) 
 
 Deficiência de Carnitina: resulta na diminuição da 
capacidade do tecido de utilizar o AGCL como 
combustível. Pode decorrer de: doenças hepáticas, 
subnutrição/vegetarianos, indivíduos com uma 
demanda maior de creatina (grávidas, infecções, 
traumas, queimaduras), pacientes em hemodiálise, 
deficiências congênitas. 
- A deficiência congênita de CPT afeta o fígado, pois 
prejudica a capacidade desse órgão de sintetizar a 
glicose durante o jejum, levando à hipoglicemia 
grave, coma ou morte. 
- A deficiência de CPT ocorre principalmente nos 
músculos, causando cardiomiopatia e fraqueza 
muscular após exercícios prolongados. 
Nicole Silva Malheiros – Medicina Funorte – XXXI 
 
- O tratamento inclui: evitar jejuns prolongados, ter uma dieta rica em carboidratos 
e baixa em AGCL, suplementada com AG de cadeia média e longa. 
 
 Entrada de AG de cadeia média e curta na mitocôndria (com até 12 carbonos): 
atravessam a membrana da mitocôndria sem a ajuda da cartinina ou do sistema CPT, 
lá eles são ativados pela CoA e enzimas da matriz, sendo oxidados. Também não 
são sujeitos à inibição por Manolil-CoA). 
 
 Energia produzida pela oxidação de AG: 
 
Palmitato (B-oxidação)  CO2 + H2O, produz 8 acetil-CoA + 7 NADH + 7 FADH = 
1311 ATP – 2 ATP = 129 ATP (saldo final) 
 
 Deficiência de acil-CoA-desidrogenase de AG de cadeia média: é uma doença 
autossômica recessiva, que resulta na diminuição da capacidade de oxidar AGs de 6 
a 10 Carbonos causando hipoglicemia grave (pois os tecidos aumentam a 
necessidade de consumir glicose). Tratamento: evitar jejum. 
 
 
 Oxidação de AGs com número ímpar de C: ocorre da mesma maneira dos pares, 
só que com uma via de três reações, formando uma molécula de 3C. 
 
 Oxidação de AGs insaturados: produz menos energia que os saturados, por 
estarem menos reduzidos. Precisam de enzimas que convertam moléculas para 
realizar esse processo. 
 
Nicole Silva Malheiros – Medicina Funorte – XXXI 
 
 B-oxidação dos peroxissomos: ocorre com AGCML (22C ou +) que precisam se 
catalisados antes de passarem pelo processo comum. Não há geração de ATP nessa 
fase. 
 
 
C) Alfa-oxidação de ácidos graxos: Ácido fitânico, ramificado com 20C. É hidroxilado no 
carbono alfa pela fitanoil-CoA-alfa-hidroxilase; o carbono 1 é liberado como CO2 e o produto 
é o ácido pristânico (19C), que depois é ativado ao seu derivado de CoA e sofre B-oxidação. 
A deficiência dessa enzima (fitanoil-CoA-alfa-hidroxilase) causa problemas neurológicos e é 
tratado com restrição dietética.