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INTRODUÇÃO À PATOLOGIA

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INTRODUÇÃO À 
PATOLOGIA 
 
- Patologia moderna: compreensão 
das anormalidades moleculares e 
celulares que geram as doenças. 
 
- Quando as células encontram um 
estresse fisiológicos (como 
sobrecarga no débito cardíaco) ou 
condições potencialmente 
prejudiciais (como privação de 
nutrientes), elas podem sofrer uma 
adaptação, alcançando um novo 
estado estacionário e preservando a 
viabilidade e a função. 
à Causas da lesão celular: 
- Hipóxia: deficiência de oxigênio. 
- Isquemia: redução do suprimento 
sanguíneo. Além de privar os tecidos 
de oxigênio, resulta em deficiência 
de nutrientes essenciais e acúmulo 
de metabólitos tóxicos. 
Obs.: A causa mais comum de 
hipóxia é a isquemia resultante de 
uma obstrução arterial. 
- Toxinas. 
- Agentes infecciosos. 
- Reações imunes: reações 
autoimunes contra os próprios 
tecidos, reações alérgicas contra 
substâncias ambientais e respostas 
imunes excessivas ou crônicas aos 
agentes, provocando reações 
inflamatórias. 
- Anormalidades genéticas: defeitos 
genéticos podem causar lesão 
celular como consequência da 
deficiência de proteína, ou acúmulo 
de DNA danificado ou proteínas mal 
dobradas. 
- Desequilíbrios nutricionais. 
- Agentes físicos. 
- Envelhecimento. 
à Lesão celular reversível: 
- A função prejudicada e a morfologia 
das células lesionadas podem 
retornar ao normal se o estímulo 
prejudicial for removido. 
- As células e organelas 
intracelulares normalmente ficam 
tumefeitas, porque absorvem água 
como resultado da falha das bombas 
iônicas dependentes de energia na 
MP (maior permeabilidade). 
Obs.: Quando a tumefação celular 
afeta muitas células em um órgão, 
causa palidez, como resultado da 
compressão dos capilares. 
- Em algumas formas de lesão, 
organelas degeneradas e lipídios 
podem se acumular dentro das 
células lesionadas. 
- As duas principais correlações 
morfológicas da lesão celular 
reversível são a tumerfação celular e 
a alteração gordurosa. 
à Ponto de não-retorno: 
- Dificuldade em estabelecê-lo com 
precisão. Número de células 
atingidas? Intensidade? 
- Incapacidade de restaurar a função 
mitocondrial. 
- Perda da estrutura e funções da 
membrana. 
- Perda de DNA (integridade 
estrutural da cromatina). 
Obs.: Não necessariamente é 
necessário haver os 3 casos para ser 
um ponto de não-retorno. Apenas 
um desses citados é suficiente para 
caracterizá-lo. 
à Morte celular: 
- A manifestação morfológica da 
morte celular acidental é a necrose, 
a qual ocorre, pois a lesão é muito 
grave para ser reparada e muitos 
dos constituintes celulares 
simplesmente falham ou “deixam de 
ser bem-sucedidos”. 
- O aspecto morfológico da maioria 
dos tipos de morte celular regulada é 
a apoptose. 
Obs.: A necrose provoca o colapso 
da MP, liberando os componentes 
intracelulares, causando inflamação. 
Obs.: A apoptose é um processo 
ativo (dependente de ATP), 
envolvendo a ativação sequencial de 
enzimas (proteases) 
citoplasmáticas. 
- Ao contrário da necrose, que 
sempre é indicação de um processo 
patológico, a apoptose também 
ocorre nos tecidos saudáveis. 
- É importante ressaltar que a função 
celular pode ser perdida muito antes 
da instalação da morte celular, e que 
as alterações morfológicas das 
células lesionadas (ou mortas) 
instalam-se posteriormente à perda 
de função e viabilidade celular. Por 
exemplo, as células miocárdicas 
tornam-se não contráteis após 1 a 2 
minutos de isquemia, mas morrem 
após até 20 a 30 minutos de a 
isquemia ter ocorrido. 
 
à Necrose: 
- Processo passivo caracterizado por 
uma destruição massiva da célula. 
- As membranas celulares se 
desintegram e as enzimas celulares 
extravasam e, por fim, digerem a 
célula. 
- A necrose frequentemente é o 
ponto culminante da lesão celular 
reversível que não pode ser 
corrigida. 
- Necrose de coagulação: a 
arquitetura básica dos tecidos 
permanece preservada por, pelo 
menos, alguns dias após a morte 
celular. Bloqueio da proteólise das 
células mortas devido à 
desnaturação das enzimas. 
- Necrose liquefativa: rápido 
acúmulo de células inflamatórias e 
as enzimas dos leucócitos digerem o 
tecido. Observados em infecções 
bacterianas focais e pode apresentar 
pus se o processo for iniciado por 
inflamação aguda. 
- Necrose gangrenosa: em geral, 
aplica-se a um membro, 
normalmente a perna, que perdeu o 
seu suprimento sanguíneo e sofreu 
necrose de coagulação, envolvendo 
várias camadas de tecido. Seca, 
perde água para o ambiente, ficando 
seca, retraída e com aspecto 
mumificado. Gasosa, causada por 
bactérias anaeróbicas. 
- Necrose caseosa: é encontrada 
mais frequentemente em focos de 
infecção tuberculosa. 
- Necrose gordurosa: áreas focais de 
destruição gordurosa, em geral 
resultante da liberação de lipases 
pancreáticas ativadas na substância 
do pâncreas e na cavidade 
peritoneal. Pancreatite aguda. 
- Necrose fibrinoide: geralmente 
ocorre em reações imunes em que 
complexos de antígenos e 
anticorpos são depositados nas 
paredes dos vasos sanguíneos 
(vasculite), mas também pode 
ocorrer hipertensão grave. 
Obs.: Imunocomplexos são o 
acoplamento de antígenos com 
anticorpos. 
- O extravasamento de proteínas 
intracelulares através da membrana 
celular e, por fim, para a circulação, 
proporciona meios de detectar a 
necrose tecido-específica utilizando 
amostras de sangue ou soro. 
à Apoptose: 
- É uma via de morte celular na qual 
as células ativam enzimas que 
degradam o DNA nuclear das 
células, bem como as proteínas 
nucleares e citoplasmáticas. 
- Não há autólise, nem reação 
inflamatória. 
- É regulada por vias bioquímicas 
que controlam o equilíbrio entre os 
sinais indutores de morte e 
sobrevivência, em última instância, a 
ativação das caspases. 
Obs.: p53 é o gene supressor 
tumoral que codifica uma 
fosfoproteína nuclear que 
desempenha um papel importante 
no controle do ciclo celular, no 
reparo celular e na apoptose. Em 
condições de stress, particularmente 
por indução de dano no DNA, a 
proteína p53 bloqueia o ciclo celular, 
permitindo o reparo do DNA ou 
promovendo a apoptose. 
- Duas vias distintas convergem para 
a ativação das caspases: a via 
mitocondrial (intrínseca) e a via do 
receptor de morte (extrínseca). A via 
mitocondrial parece ser responsável 
pela apoptose na maioria das 
situações fisiológicas e patológicas. 
- Via membranas ou extrínseca: FAS 
(receptor de morte). A caspase-8 
realiza clivagem. Liga-se ao FAS e 
só será ativada quando realizar uma 
autoclivagem. Ativa caspases 
executoras, que ativam 
endonucleases, as quais irão 
fragmentar o DNA. A ativação se dá 
por indução externa, onde uma 
célula atua induzindo a morte de 
outra célula. 
- Via mitocondrial ou intrínseca: há 
lesão celular, por lesão do DNA ou 
por uma proteína mal dobrada, ou 
ainda por redução dos fatores de 
crescimento. No citosol, o citocromo 
C ligar-se-á com caspase 9 e APAF-
1, formando o apoptossomo, o qual 
estimula a atividade de caspases 
efetoras (3), as quais ativam a 
endonuclease, que é uma enzima 
promovedora da ragmentação do 
DNA. 
- Quando o DNA da célula é 
danificado, ela vai detectar o dano e 
tentará repará-lo. Se não puder ser 
consertado, a célula entra em 
processo de apoptose, garantindo 
que não transmitirá seu DNA 
danificado. Quando as células têm 
seu DNA danificado, mas falham em 
sofrer apoptose, elas podem acabar 
resultando em um câncer. 
- Baixa apoptose: câncer e doenças 
autoimunes. 
- Alta apoptose: doenças 
neurodegenerativas. 
à Adaptações celulares ao 
estresse: 
- As adaptações fisiológicas 
geralmente representam respostas 
celulares ao estímulo normal de 
hormônios ou mediadores químicos 
endógenos ou as exigências de 
estresse mecânico. 
- As adaptações patológicas são 
respostas ao estresse que permitem 
às células modularem sua estrutura 
e função e, assim, escapar da lesão, 
mas à custa da função normal. 
- Hipertrofia: aumento no tamanho 
das células que resulta em aumento 
do órgão. Pode ser fisiológica ou 
patológicae é causada pelo 
aumento da demanda funcional ou 
por fatores de crescimento ou 
estimulação hormonal. 
Obs.: Uma adaptação ao estresse, 
tal como a hipertrofia, pode progredir 
para uma lesão celular 
funcionalmente significativa se o 
estresse não for aliviado. 
Obs.: A hipertrofia pode ser 
concêntrica (ganha volume, fica 
mais largo e os sarcômeros ficarão 
dispostos em paralelo) ou excêntrica 
(ganha volume, porém os 
cardiomiócitos ficarão finos e o 
coração perderá função de 
contração). 
- Hiperplasia: aumento no número de 
células em um órgão que resulta da 
proliferação aumentada de células 
diferenciadas ou, em alguns casos, 
de células progenitoras menos 
diferenciadas. Ocorre se o tecido 
contiver populações de células 
capazes de divisão. Pode ocorrer 
simultaneamente à hipertrofia e 
muitas vezes em resposta aos 
mesmos estímulos. Irreversível. 
Obs.: O processo hiperplásico 
permanece controlado. Se os sinais 
que o iniciam são diminuídos ou 
interrompidos, a hiperplasia 
desaparece. 
- Atrofia: diminuição no tamanho das 
células por perda de substância 
celular. Embora as células atróficas 
possam apresentar função 
diminuída, elas não estão mortas. 
Resulta da combinação da 
diminuição da síntese proteica e a 
maior degradação de proteínas. 
Obs.: As causas da atrofia incluem 
diminuição da carga de trabalho, 
perda de inervação, redução do 
fornecimento sanguíneo, nutrição 
inadequada, perda de estimulação 
endócrina e envelhecimento. 
Obs.: A autofagia é um tipo de 
atrofia. 
Obs.: A atrofia cerebelar alcóolica 
consiste na perda de neurônios 
corticais cerebelares, principalmente 
células de Purkinje, com predileção 
especial para o vérmis cerebelar 
anterior e superior, causada por 
deficiência nutricional, 
especialmente de tiamina, e efeito 
tóxico direto do álcool no cerebelo. 
Ocorre após 10 anos ou mais de 
consumo de álcool. A forma de início 
mais frequente é o desenvolvimento 
de ataxia da marcha. 
- Metaplasia: alteração na qual um 
tipo de célula adulta (epitelial ou 
mesenquimal) é substituído por 
outro tipo de célula adulta. As 
influências que induzem alterações 
metaplásicas epiteliais, se 
persistentes, podem predispor à 
transformação para uma doença 
maligna.

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