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Vias Glicolíticas

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MEDICINA IX DE JULHO - SÃO BERNARDO DO CAMPO
MALU DROSGHIC
MARIADROSGHIC@UNI9.EDU.BR
Glicólise e metabolismo anaeróbio
08.09.2021 - Quarta-feira
A via glicolítica é uma via catabólica muito importante para todos os seres vivos;
Ela é a principal via do metabolismo da glicolise;
A partir dessa via, uma molécula de glicose é convertida em 2 moléculas de piruvato, em conjunto
com 2 moléculas de ATP;
Ela ocorre no citosol de todas as células e é a etapa inicial para outros mecanismos de geração de
ATP (ciclo de Krebs, fermentação lática);
GLICÓLISE
ETAPAS DA VIA
GLICOLITICA
A quebra da glicolise, formada por seis átimos de carbono, em duas moléculas de piruvato, cada
uma com três carbonos, ocorre em 10 etapas;
As primeiras 5 constituem a fase preparatória, onde 2 moléculas de glicose são convertidas em
2 moléculas de gliceraldeído-3-fosfato à custo de 2 ATP;
As 5 últimas etapas formam a fase de pagamento,
onde há transformação do gliceraldeído-3-fosfato
em piruvato, o qual poderá ser utilizado para suprir
as demais vias energéticas do organismo. Fora isso,
ocorre uma geração de 4 moléculas de ATP, que
paga as 2 moléculas gastadas durante a fase de
preparação e ainda recebe um troco (saldo positivo)
de 2 ATP. As reações da fase de pagamento
ocorrem em dobro.
Portanto, a via pode ser escrita em forma de equação química da seguinte forma:
Preparatória Glicose + 2ATP → 2Gliceraldeído-3-P + 2 ADP
Pagamento 2Gliceraldeído-3-P + 4ADP + 2NAD+ + 2Pi → 2Piruvato + 4ATP + 2NADH
 ----------------------------------------------------------------------------------------------------
Saldo Glicose + 2ADP + NAD+ + 2Pi → 2Piruvato + 2ATP + 2NADH
 Saldo energético da glicólise = 2ATP
IMPORTÂNCIA DO 2,3-
BPG
O 2,3-BPG é produzido a partir do 1,3-BPG, intermediário da via glicolítica;
Essa molécula se liga à molécula de Hb estabilizando-a em seu estado T, reduzindo a afinidade da
hemoglobina pelo oxigênio e permitindo a oxigenação dos tecidos;
Essa molécula também é essencial para que a Hb desempenhe bem o seu papel tamponante,
pois para que ela faça, ela precisa estar no seu estado T;
Se esse intermediário não for produzido corretamente, o tamponamento de Hb não ocorrerá de
maneira eficiente e o eritrócito irá sofrer de estresse oxidativo, o que acarreta hemólise.
NADH
É uma coenzima originária da vitamina B3 (niacina);
Nas reações com participação de NAD+, há transferência de dois elétrons e um próton do substrato
para o NAD+, que se reduz a NADH;
ENZIMAS DA VIA
GLICOLÍTICA
Em anaerobiose, o piruvato serve como aceptor dos elétrons do NADH, assegurando o provimento
de NAD+ para a continuidade da via glicolítica;
A glicolise anaeróbia é chamada fermentação;
No corpo humano, a maioria das células obtêm energia por meio da respiração aeróbica (ciclo de
Krebs), porém algumas células podem recorrer à fermentação láctica quando sua demanda
energética não é suprida somente pela cadeia respiratória;
A exceção são os eritrócitos, que por não possuírem mitocôndrias não são capazes de realizar
respiração aeróbica, tendo suas demandas energéticas EXCLUSIVAMENTE supridas pela
fermentação láctica.
FERMENTAÇÃO LÁCTICA
Durante a via glicolítica, se consome 2
moléculas da coenzima NAD+. Se a
NAD+ não fosse renovada, não seria
possível continuar a fazer a via
glicolítica. 
Na fermentação láctica, a lactato-
desidrogenase tira o hidrogênio do
NADH, convertendo-o novamente em
NAD+, e gerando ácido lático (lactato)
como subproduto da reação.
VIA GLICOLÍTICA: CONTROLE
EXTRA-HEPÁTICO
A Hexoquinase sofre controle alostérico negativo da Glicose-6-fosfato;
Ou seja, quando a concentração de glicose-6-fosfato está alta, a eficiência da hexoquinase
diminui;
A PFK-I (enzima marca-passo da via glicolítica) sofre controle alostéirco positivo do AMP e ADP, e
sofre controle alostérico negativo do ATP e do citrato;
Portanto, quando a célula não estão necessitando de energia, a eficiência dessa enzima diminui.
A piruvato quinase sofre controle alostérico positivo da frutose-6-fosfato, do AMP, e do ADP e sofre
controle alostérico negativo do ATP, Acetil-CoA e ácidos graxos;
Ou seja, quanto mais Frutose-1,6-PP houver para ser convertida em piruvato, mas
eficientemente esse enzima vai trabalhar. E se o organismo buscar outras formas de obtenção
de energia (ciclo de Krebs, beta-oxidação), a eficiência dela diminui. 
VIA GLICOLÍTICA: CONTROLE
HEPÁTICO
A glicoquinase sofre sequestro nuclear quando a glicemia está baixa e a concentração de frutose-6-
fosfato intracelular está elevada;
A PFK-I sofre efeito alostérico não só do AMP e ADP, mas também da frutose-2,6-bifosfato. Esta
última ao se ligar à PFK-I impede o efeito alostérico negativo do ATP e do citrato, fazendo com que
ela se mantenha eficiente mesmo em altas quantidades destes. 
No fígado, a piruvato quinase sofre os mesmos controles alostéricos que sofre nos tecidos extra-
hepáticos:
Frutose-1,6,PP, AMP e ADP promovem um controle alostérico positivo para a enzima; 
ATP, acetil-CoA e ácidos graxos promovem um controle alostérico negativo.
EFEITO DA INSULINA
NA VIA GLICLÍTICA
EFEITO DA INSULINA
NA VIA GLICOLÍTICA
SECREÇÃO DE INSULINA
PELAS CÉLULAS BETA-
PANCREÁTICAS
Quando o nível sanguíneo de glicose é alto, o metabolismo ativo de glicose nas células beta-
pancreáticas aumenta a [ATP] intracelular, fechando os canais de K+ na membrana plasmática e,
assim, despolarizando-a;
Em resposta a esta despolarização da membrana desencadeada pela alta [ATP], os canais de Ca2+
controlados por voltagem se abrem, permitindo o fluxo de íon para dentro da célula;
A concentração citosólica do íon é agora suficiente alta para provocar a liberação da insulina por
exocitose.

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