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PEDIATRIA Aleitamento . ASPECTOS GERAIS . ● Amamentar é muito mais que alimentar a criança. ● Envolve uma interação complexa, multifatorial, entre duas pessoas, que interfere no estado nutricional da criança, em sua habilidade de se defender de infecções, em sua fisiologia, no seu desenvolvimento cognitivo e emocional e em sua saúde no longo prazo. ● Envolve também aspectos relacionados à saúde física e psíquica da mãe. . ATRIBUTOS DO PROFISSIONAL . POSTURA DO PROFISSIONAL ● Acolhimento ● Ser empático ● Aceitar os sentimentos do outro ● Não julgar ● Elogiar ● Ouvir ● Não exagerar no volume de informações ● Aconselhar – não dizer o que a mãe deve fazer, mas sim ajudá-la a tomar boas decisões. CONHECIMENTOS IMPORTANTES ● Diversos conhecimentos são essenciais para se guardar, servindo de argumento e conselho para a mãe. ● Importância da amamentação ● Recomendações atuais ● Anatomia e fisiologia da lactação ● Características do leite materno ● Técnicas da amamentação ● Desmame . FATORES LIMITANTES . . DA AMAMENTAÇÃO . ● Primigesta⇒mães de primeira viagem têm menos experiências e mais dificuldades. ● Uso de Chupeta ● Prematuridade e/ou baixo peso ao nascimento ⇒ recém nascidos que possuem um reflexo de sucção menos efetivo. ● Gemelaridade ● Experiência prévia desfavorável com amamentação ⇒ sempre perguntar sobre a relação da mãe/sogra com a amamentação. ● Menor escolaridade materna ● Trabalho materno fora de casa ⇒ limitação de tempo dedicado à amamentação da criança. ● Falta de informação adequada ● Mães adolescentes ⇒ gravidez indesejada, pouca experiência, receios, relação complicada entre a mãe e o bebê. . BENEFÍCIOS DA AMAMENTAÇÃO . PARA O RECÉM NASCIDO: ● Reduz a mortalidade em crianças menores de 5 anos. ● Reduz a incidência e a gravidade de infecções como diarreia e infecções respiratórias. ● Reduz a morbidade por otite média aguda, rinite alérgica, asma e sibilância. ● Reduz a probabilidade de sobrepeso/obesidade, diabetes tipo 1 e 2 e leucemia. ● Promove o desenvolvimento orofacial adequado, reduzindo a probabilidade de maloclusão dental, problemas na mastigação e deglutição, e respiração oral. ● Promove o desenvolvimento cognitivo. ● Promove uma microbiota intestinal saudável, com reflexos positivos em diversos órgãos, inclusive o cérebro. PARA A MULHER: ● Aumenta o período de amenorreia lactacional ⇒ diminui o número de gestações. ● Reduz a probabilidade de câncer de mama, ovário e endométrio, diabetes tipo 2 e depressão pós-parto. PARA A FAMÍLIA: ● Reduz gastos da família com a compra dos “substitutos” do leite materno, doenças da criança e falta dos pais ao trabalho. ● Promove o vínculo afetivo mãe-filho, com reflexos positivos para toda a família. PARA O ESTADO: ● Reduz os gastos com fórmulas infantis nas maternidades. ● Reduz os gastos associados a doenças da criança: consultas, medicamentos, internações, absenteísmo dos pais no trabalho. PARA O MEIO AMBIENTE: ● O leite materno é um alimento natural, sustentável, produzido e levado ao consumidor sem desperdício, desmatamento, efeito estufa, poluição do ar e das águas e produção de lixo. . TERMINOLOGIA . ● AME: aleitamento materno exclusivo ● AMP: aleitamento materno predominante: leite + água, chá, fórmula. ● AMC: aleitamento materno complementar: leite + água, frutas, papinha salgada. ● AMM: aleitamento materno misto ou parcial: leite + fórmula ou outros leites. . 10 PASSOS PARA O INCENTIVO . . AO ALEITAMENTO . PASSO 1: ● Reconhecer que o aleitamento materno é a melhor forma de alimentação da criança pequena, sendo inigualável. ● Todas as evidências científicas apontam para a superioridade do leite materno sobre qualquer outro leite. ● Reforçar que o leite humano é uma substância viva, “personalizada”, que nutre e protege a criança contra doenças; ● Entender que o ato de amamentar promove o vínculo afetivo entre mãe e filho. PASSO 2: ● Ter uma visão ampliada do aleitamento materno, acreditando que amamentar é muito mais que apenas alimentar a criança. ● A amamentação deve ser vista como um processo inserido em um contexto, em que atuam diferentes fatores, exercendo diferentes níveis de influência: ○ ESTRUTURAIS: socioculturais e mercadológicos ○ AMBIENTAIS: sistema e serviços de saúde, família e comunidade, e trabalho materno ○ INDIVIDUAIS: atributos da mãe e da criança e a relação entre elas. PASSO 3: ● Praticar o aconselhamento em todas as consultas envolvendo o aleitamento materno, auxiliando mulheres e famílias a tomarem decisões informadas. ● Entre as técnicas utilizadas, alguns comportamentos fazem a diferença, como: ouvir muito, mostrar empatia, não julgar, aceitar e respeitar os sentimentos e opiniões de outros, dar sugestões em vez de ordens e elogiar. PASSO 4: ● Respeitar e apoiar as opções das mulheres. ● Cabe à mulher tomar as suas decisões e cabe ao profissional empoderá-la, fornecendo elementos para que ela adote as melhores opções. ● As decisões devem ser respeitadas e apoiadas, inclusive às relacionadas ao desmame. PASSO 5: ● Acolher e confortar as mulheres que, por alguma razão, não amamentam ou amamentam menos do que o recomendado. ● Em vez de serem julgadas, essas mulheres merecem ser compreendidas e confortadas, para que continuem exercendo a maternidade da melhor forma possível. PASSO 6: ● Manter-se atualizado, adotando práticas baseadas nas melhores evidências científicas disponíveis. ● O avanço científico sobre vários aspectos do aleitamento materno fez com que muitas práticas adotadas por muito tempo se tornassem obsoletas. PASSO 7: ● É preciso ter habilidades específicas para poder apoiar uma mulher com dificuldades na amamentação. ● Por exemplo: saber observar uma mamada para verificar se a técnica está adequada, saber avaliar o frênulo lingual de um recém-nascido e saber extrair manualmente o leite da mama. PASSO 8: ● Adotar as boas práticas hospitalares em amamentação, compatíveis com os “Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno” da Iniciativa Hospital Amigo da Criança. PASSO 9: ● Conhecer e cumprir a Lei No 11.265 / NBCAL, que protege a amamentação contra o marketing abusivo dos “substitutos” (leites, papinhas, bicos, chupetas e mamadeiras) do leite materno. ● Outras leis que protegem (direta e indiretamente) a amamentação: ○ Estabilidade de emprego, desde a concepção até a criança completar 5 meses de idade. ○ Licença-maternidade de 120 dias para todas as trabalhadoras, expandida para 6 meses em certas circunstâncias. ○ Licença-paternidade de 5 dias para todos os pais, expandida para 20 dias em certas circunstâncias. ○ Garantia de local/creche para deixar seu filho para trabalhadoras de empresas com mais de 30 mulheres com mais de 16 anos. ○ Dois intervalos de 30 minutos no seu horário de trabalho até 6 meses após o parto. Esse período poderá ser dilatado mediante justificativa médica relacionada à saúde da criança. PASSO 10: ● Acreditar que a amamentação é um processo que precisa ser compartilhado, valorizando a rede de apoio da mulher. ● Fazem parte da rede de apoio: ○ A família ou pessoas que convivem com a família, compartilhando as tarefas domésticas e cuidando da saúde física e mental da mulher; ○ Os profissionais de saúde; ○ O chefe e os colegas de trabalho ou escola; ○ Os profissionais das creches; ○ O Estado, propondo e implementando leis que protegem a amamentação. . FISIOPATOLOGIA DA LACTAÇÃO . ● A produção de leite materno decorre de uma complexa interação neuro-psico-endócrina ● O que promove produção láctea é a sucção ● Terminações nervosas alveolares levam estímulos para a adeno-hipófise que secreta prolactina, que atuará nas células alveolares mamárias estimulando a produção do leite ● A ocitocina, liberada na neuro-hipófise em vigência do estímulo de sucção, é responsável pelo reflexo de descidado leite. PROLACTINA: ● Os níveis sobem cerca de 20 minutos após o início da sucção do bebê, levando à produção de leite para a próxima mamada. ● Os níveis devem ser mantidos altos para que os alvéolos produzam leite. ● A prolactina inibe a ovulação: colabora com a contracepção. ● A prolactina geralmente é mais secretada à noite. OCITOCINA: ● Ela atua antes ou durante a mamada, para colaborar com a saída do leite. ● Além de colaborar com a descida do leite, a ocitocina causa contração uterina, colaborando para o seu retorno ao tamanho normal pós parto e evitando hemorragias. ● Fatores que podem inibir a liberação de ocitocina: dor, estresse, dúvida, vergonha ou ansiedade, nicotina, álcool e alguns medicamentos. ● Fatores que podem estimular a liberação de ocitocina: relaxar e acomodar-se confortavelmente para amamentar, evitar situações embaraçosas ou estressantes durante a mamada, estimular suavemente o mamilo, massagear a parte superior das costas. . A LACTOGÊNESE . LACTOGÊNESE 1: ● Início da síntese do leite ● Acontece entre a metade da gravidez e até 2 dias após o parto. ● É caracterizada pela diferenciação das células alveolares em células secretoras. ● A prolactina estimula a produção de leite. LACTOGÊNESE 2: ● Do 3° ao 8° dia após o parto. ● Início da produção abundante de leite ● Mudança do controle endócrino para autócrino GALACTOPOESE: ● Do 9° dia até o final da lactação ● Manutenção da secreção do leite ● Controle por sistema autócrino (produção segundo a demanda). . COMPOSIÇÃO DO LEITE MATERNO . ● O leite materno é um fluido biológico complexo, dinâmico, espécie-específico, adaptado para satisfazer às necessidades nutricionais, garantir o crescimento e desenvolvimento adequado de seres humanos em curto e longo prazo. ● O leite materno não é uniforme em sua constituição. ● Cada mãe produz um leite especial para seu filho. ● O conteúdo de gordura é maior no final da mamada, sendo fundamental para o ganho calórico do lactente. ● O leite posterior é 2-3x mais rico em lipídeos que o leite anterior (que se acumulou de uma mamada para outra), permitindo que o lactente fique mais saciado, aumente o intervalo entre as mamadas e chore menos. ● Isto também acontece no decorrer do dia: à tarde e à noite o teor de gordura é maior do que pela manhã. ● Depende da fase de lactação , da dieta materna, idade do bebê, idade gestacional ,idade materna e estado nutricional materno. ● A proteína do soro com maior concentração no LM é a alfa-lactoalbumina humana, com potencial alergênico praticamente nulo. ● Contém ácidos graxos de cadeia longa que têm ação primordial no desenvolvimento neuropsicomotor e na formação da retina. OS MACRO E MICRONUTRIENTES: ● Proteínas ● Carboidratos ● Lactose ● Oligossacarídeos ● Galactose ● LF Pufas ● Minerais e Vitaminas ● Cálcio e Fósforo ● Vitamina D ● Micronutriente- Ferro, Zinco , Taurina . FASES DA LACTAÇÃO . COLOSTRO: ● Secretado nos 1° ao 5° dias após o parto ● Composição: em relação ao leite maduro ele apresenta maior conteúdo de eletrólitos, proteínas, vitaminas lipossolúveis (a vit A dá coloração amarelada ao leite), minerais e imunoglobulinas (IgA, lactoferrina). ● Por outro lado, possui menos gordura, lactose e vitaminas hidrossolúveis que o leite maduro. ● Basicamente é um exsudato plasmático. ● Facilita a eliminação do mecônio nos primeiros dias de vida e facilita a proliferação de lactobacillus bifidus intestinais. ● Rico em fatores de crescimento que estimulam o amadurecimento do sistema digestivo do lactente. LEITE DE TRANSIÇÃO: ● Produzido aproximadamente do 6° dia a 2° semana após o parto. LEITE MADURO: ● Produzido a partir da segunda quinzena pós-parto, ● Maior quantidade de lipídios e lactose e menor de proteínas. ● O leite anterior é ralo e doce (solução), ocorrendo predomínio de proteínas do soro e lactose. ● No meio da mamada é maior a quantidade de caseína (suspensão). ● O leite posterior tem grande quantidade de gordura (emulsão). . FATORES PROTETORES DO . . LEITE MATERNO . OLIGOSSACARÍDEOS: ● São encontrados mais de 200 oligossacarídeos. ● Esses oligossacarídeos alimentam a microbiota (bifidobactérias). ● Estimulam as células intestinais a produzir proteínas que “selam” o intestino e anti-inflamatórios que calibram o sistema imunológico. ● Protegem contra bactérias patológicas. ● Liberam metabólitos que nutrem a célula intestinal. ● B. infantis faz parte do leite humano, embora não seja fabricado pela mama (David Mills). ● Está implicado no desenvolvimento cerebral. IGA SECRETÓRIA: ● Não é digerida pelas secreções gástricas e intestinais , portanto não é absorvida. ● Atua contra patógenos aos quais a mãe é exposta. ● Reveste a mucosa intestinal impedindo a agressão por bactérias, toxinas e antígenos estranhos. ● É uma imunidade natural passiva que passa da mãe para o filho. LISOZIMA: ● É produzida por macrófagos e neutrófilos e age através da lise da parede celular de bactérias Gram – e +. LACTOFERRINA: ● É uma proteína carreadora de ferro que, por quelação, diminui a biodisponibilidade de ferro para os patógenos e aumenta para o RN. FATOR BÍFIDO ● É um carboidrato nitrogenado, substrato para o crescimento do lactobacillus bifidus, bacilos anaeróbios que compõem a microbiota intestinal, presente em crianças em AME. ● São floras saprófitas que impedem a proliferação de microrganismos patogênicos. . PREPARO DA MAMA . . PARA AMAMENTAÇÃO . ● Evitar sabonetes nos mamilos para evitar rachaduras e retirada da oleosidade natural da pele ainda no pré natal. ● Expor a mama ao sol pode diminuir a sensibilidade do mamilo. ● Para mamilos planos ou invertidos, um orifício no sutiã, durante o terceiro trimestre, facilita a protrusão. . TIPOS DE MAMILO . ● MAMILO PROTUSO: saliente, apresenta delimitação marcante entre mamilo e mama. ● MAMILO INVERTIDO OU UMBILICADO MALFORMADO: após o estímulo, não se exterioriza. ● MAMILO PSEUDO INVERTIDO: quando estimulado é exteriorizado possibilitando a amamentação ● MAMILO PLANO (semi-protuso): pouco saliente e não há delimitação precisa entre mamilo e aréola. . PONTOS CHAVES . . DA AMAMENTAÇÃO . ● Grande parte da aréola fica encaixada na boca do bebê, e não apenas o mamilo. ● A boca aberta do bebê, como uma “boquinha peixe”. ● O nariz não encosta no seio e, portanto, o bebê respira livremente. ● A bochecha enche quando o bebê suga o leite. ● Os lábios ficam virados para fora. ● O queixo do bebê deve estar encostado no seio da mãe. ● A barriga e o tronco do bebê devem estar voltados para a mãe. SINAIS INDICATIVOS DE TÉCNICA INADEQUADA: ● Bochechas encovadas em cada sucção; ● Ruídos da língua; ● Mamas aparentando estar esticadas ou deformadas durante a mamada; ● Mamilos com estrias vermelhas ou áreas esbranquiçadas ou achatadas quando o bebê solta a mama; ● Dor na amamentação; ● Fissura mamária; ● Mastite; ● Baixo ganho ponderal; ● Diminuição da produção de leite; ● Desmame precoce. . DOR NA AMAMENTAÇÃO . ● Muito frequente na 1° semana ( 79% das mães) ● Persistente/aumentada após a 1° semana é considerada anormal ● Importante causa de desmame precoce ● Frequente razão de busca de ajuda no AM ● Experiência sensorial e emocional desagradável ● Efeitos para além do AM: mudança de humor, alteração do sono, interferência com atividades diárias e depressão. ● Deve-se identificar a causa , gerenciar a dor e acelerar a cura. . INGURGITAMENTO MAMÁRIO . ● Popularmente conhecido como “peito empedrado” ● É o intumescimento das mamas na fase da lactogênese II (ativação secretória). ● Causada por uma congestão vascular associada a uma quantidade de leite retido na mama. ● Clínica: mamas quentes, dolorosas, brilhantes e pode ocorrer febre. ● Orientações: massagem eordenha, compressas frias. ● Fatores causais: má posição; higiene desnecessária e principalmente da técnica incorreta de sucção. FATORES DE RISCO: ● Início tardio do AM; ● Pega incorreta; ● Mamadas pouco frequentes; ● Ausência de mamadas noturnas; ● Curta duração das mamadas; ● Excesso de fluidos EV; . FISSURA MAMÁRIA . ● É a lesão do tecido do mamilo pela pressão realizada pelo bebê quando a pega ao mamar é inadequada. PREVENÇÃO: ● Boa pega e posicionamento ao seio adequado ● Exposição dos mamilos ao sol ● Aumentar frequência das mamadas . MASTITE . ● Processo inflamatório de um ou mais segmentos da mama. ● Mastite infecciosa geralmente causada pelo Staphylococcus aureus. . PATOLOGIAS MATERNAS . ● HANSENÍASE: Aleitamento adiado no caso de hanseníase virchowiana (em que há transmissão do bacilo pelo leite materno) quando a mãe não foi tratada ou foi tratada com sulfona por menos de 3 meses. ● HERPES SIMPLES: Aleitamento adiado no caso em que há vesículas na mama. Caso esteja apenas nos lábios, é indicado a amamentação, porém com o uso de máscara. ● VARICELA: se teve início 5 dias antes do parto ou até 2 dias depois, a mãe deve ser isolada do RN durante a fase contagiante, pois o bebê pode desenvolver a forma grave da varicela. ● O leite deve ser ordenhado e oferecido ao bebê ● O contato mãe/filho deve ocorrer apenas na fase de crostas. ● Deve-se administrar imunoglobulina específica. ● TUBERCULOSE: o aleitamento é liberado, pois o BK não é excretado no leite. ● No caso de TB pulmonar em atividade, a mãe bacilífera deve amamentar com máscara em ambiente arejado. ● Deve ser administrada quimioprofilaxia primária no RN (isoniazida 10 mg/kg/dia) e não realizar a vacinação com BCG. ● Aos 3 meses realiza-se o teste tuberculínico (PPD) para avaliar a possibilidade de infecção. ● Se o PPD for não-reagente, o lactente não foi infectado, logo se interrompe o uso de isoniazida e se vacina a criança com BCG. ● Se o PPD for reator (> 5 mm), deve-se procurar por sinais de adoecimento, pois a criança, muito provavelmente, foi infectada. ● Se assintomática, o uso de isoniazida deve continuar até os 6 meses. ● DOENÇA DE CHAGAS: o aleitamento é suspenso apenas na fase aguda da doença (alta parasitemia) ou se houver lesões sangrantes na pele do mamilo. ● VÍRUS (LEPTOSPIROSE, BRUCELOSE, LISTERIOSE): lactantes na fase aguda da doença poderão transmitir estes agentes bacterianos à criança, e, portanto, recomenda-se que neste período o leite seja ordenhado e pasteurizado. . CONTRAINDICAÇÕES . . PARA ALEITAMENTO . ● GALACTOSEMIA: doença autossômica recessiva ● 1/40 .000 – 1/85 000: Alteração no metabolismo da galactose 1 fosfato ● SÍNDROME DO XAROPE DE BORDO OU LEUCINOSE: Não degrada leucina, valina e isoleucina. ● Deficiência da enzima hepática alfa-cetoácido desidrogenase ● FENILCETONÚRIA: Deficiência da fenilalanina-hidroxilase que converte a fenilalanina em tirosina. ● Se a dosagem da fenilalanina for > 17 mg/dl, o leite materno deve ser substituído por fórmulas isentas de fenilalanina por 5 dias. ● Se10 – 17 mg/dl: leite materno à livre demanda e 30 ml de fórmula 5x ao dia. ● Se 6-10 mg/dl: leite materno livre demanda + 30 ml de fórmula isenta de fenilalanina 3x ao dia. . POSSÍVEIS DEFICIÊNCIAS . ● Vitamina K: baixa concentração no LM, porém vit K injetável ao nascer ● Vitamina D: baixa concentração no LM, SBP orienta reposição do nascimento ao 2° ano de vida 400 ui/dia. ● Ferro: (maior biodisponibilidade no LM porém ainda em baixa concentração), SBP recomenda reposição após 3 meses de vida até 2 anos de 1mg/kg/dia).
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