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Estilos de Liderança

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Estilos de liderança
O líder tem papel fundamental no desenvolvimento e manutenção de um ambiente de motivação. O poder pessoal da liderança é fundamentado na identificação, admiração e respeito do que lidera, além de domínio de um conhecimento ou habilidade, o que desperta nos colaboradores o desejo de segui-lo. Outro ponto importante que devemos destacar é que nem sempre o que motiva uma pessoa, motiva também outra, ou seja, os fatores motivadores das pessoas podem ser diferentes. Sendo assim, o líder deve conhecer seus colaboradores e buscar entender o que é motivador para cada membro de sua equipe e saber quais são suas necessidades e objetivos pessoais para que possa incentivá-los a atingir estes objetivos. No entanto, nem sempre os objetivos organizacionais são compatíveis com os objetivos pessoais. 
Para Novo et al., (2008, p. 111-112):
A busca da motivação depende da capacidade do gestor de construir uma ponte de identificação entre os objetivos individuais e os objetivos organizacionais, tornando-se um importante agente na criação de climas mais favoráveis de trabalho, investindo nas pessoas, tornando-as capazes de criatividade, facilitando sua chegada à autorrealização e possibilitando-lhes visualizar um futuro melhor para si próprias e para a organização em que trabalham.
O líder deve analisar as necessidades e objetivos pessoais e encontrar fatores motivadores comuns, que fazem parte das necessidades das pessoas, tais como reconhecimento pessoal e profissional, valorização do trabalho, ambiente limpo e aconchegante, entre outros. 
A liderança passa a fazer parte do cenário organizacional somente a partir de 1970. Antes disso, eram seguidos os pressupostos do taylorismo, que eram voltados para seleção e treinamento de pessoal, salários altos e custos baixos de produção, identificação da melhor maneira de executar tarefas, padronização de ferramentas e equipamentos, sequenciamento e programação de operações, estudo de movimentos e cooperação entre administração e trabalhadores. 
Foi somente a partir de 1990 que as lideranças começaram a observar a importância de fatores motivacionais, como qualidade de vida no trabalho, trabalho em equipe, estresse ocupacional (neste caso, fator desmotivador), entre outros. Ainda hoje podemos notar resquícios de estilos ineficazes de liderança que estão voltados somente para o trabalho, sem atentar para as pessoas que os executam. Notamos, também, que alguns líderes preferem reter as informações para si, com medo de perder o poder que está vinculado à informação. Vemos, ainda, pessoas que acreditam que já fizeram sua parte do trabalho e atribuem aos outros colegas de trabalho as demais responsabilidades da equipe. Estes são fatores que podem fazer com que a equipe não alcance os objetivos organizacionais propostos, tornando-se uma equipe ineficaz.
Atualmente, para se alcançar uma liderança eficaz,
· É necessário incentivar a troca de conhecimento, a aprendizagem individual e coletiva e a participação de todos da equipe. 
· É preciso fomentar a formação de uma rede de relacionamento, afetiva e intelectual, formando, assim, uma equipe unida e coesa, que tenha prazer no trabalho que desenvolve e se sinta realizada pessoal e profissionalmente, sempre com base em preceitos éticos. 
Para o líder, fazer a gestão da mudança nada mais é do que efetuar a gestão das pessoas durante o processo de mudança, afinal, toda mudança gera resistência. O papel do líder deve ser 
· O de convidar sua equipe a entender a necessidade da mudança, bem como fazer com que ela se comprometa e se engaje no processo.
· Ele deve mostrar o caminho a ser percorrido e incentivar a criação e o aperfeiçoamento de novos processos de trabalho em equipe que contemplem a mudança, fomentando a participação de todos. 
· Deve ser aquele que conduz sua equipe a buscar o crescimento, individual e coletivo, pois isso agregará valor à mesma, que estará mais preparada para enfrentar processos de mudança
Dentre as novas abordagens acerca da liderança estão 
· a liderança carismática, 
· a liderança transacional e 
· a liderança transformacional. 
Pode-se dizer que a liderança carismática é natural. 
· O líder carismático é aquele a quem os seguidores atribuem capacidades extraordinárias de liderança, pois, segundo Robbins e Judge (2014, p. 258), “eles têm uma visão, eles estão dispostos a assumir riscos pessoais para alcançar essa visão, eles são sensíveis às necessidades de seus seguidores e eles apresentam comportamentos extraordinários”. 
· Este é o tipo de líder que inspira e motiva os colaboradores naturalmente, pois cria uma atmosfera de mudança, uma atmosfera visionária, estimulando e impulsionando a equipe a trabalhar arduamente. 
· Os colaboradores se identificam e confiam neste líder e, em troca, possuem a confiança dele. 
· Alguns estudos apontam que a liderança carismática pode estar relacionada com traços de personalidade, como a extroversão, a autoconfiança e a orientação para a realização de tarefas.
De acordo com Robbins e Judge (2014), a maioria dos especialistas concorda que comportamentos carismáticos podem ser desenvolvidos por meio de treinamentos para formar líderes carismáticos. 
Este treinamento é fundamentado em três etapas: primeiro desenvolvendo uma aura carismática, a fim de manter uma visão otimista, utilizando a paixão para gerar entusiasmo e comunicando-se, também, com o corpo e não somente com palavras. A segunda etapa fundamenta-se em atrair as pessoas, criando um vínculo que as inspire a segui-lo. E, por último, na terceira etapa, utilizar a emoção para trazer à tona o potencial dos seus seguidores.
Características-chave dos Líderes Carismáticos
1. Visão e articulação: ter uma visão – expressa como uma meta idealizada – que propõe um futuro melhor que o status quo e ser capaz de esclarecer a importância da visão em termos que sejam compreensíveis aos outros.
2. Risco pessoal: disposto a correr um alto risco pessoal, pagar alto preço e fazer autossacrifício para alcançar a visão. 
3. Sensibilidade às necessidades dos seguidores: perceptivo às habilidades dos outros e responsivo às suas habilidades e sentimentos. 
4. Comportamento não convencional: assume comportamentos que são percebidos como inovadores e contrários às normas.
Estas características influenciam sua equipe e seus seguidores. Quando o líder compartilha com a equipe a visão de forma articulada e clara, está propondo aos seus seguidores os objetivos a serem alcançados, demonstrando que todos têm capacidade e competência para atingir estes objetivos. Quando mostra que está disposto a assumir riscos pessoais para alcançar os objetivos, inspira confiança nos seguidores, que se comprometem ainda mais com as metas e com a organização. Por ter a capacidade de perceber as habilidades e sentimentos de cada membro da sua equipe, o líder carismático conquista o envolvimento de toda a equipe, que trabalha em clima de cooperação e apoio mútuo. Este tipo de líder expressa emoção, muitas vezes de forma não convencional, e estes comportamentos emotivos acabam envolvendo ainda mais seus seguidores. Exemplos de líderes carismáticos que se destacaram na história são: Jack Welch, da GE, Steve Jobs, da Apple, Michael Eisner, da Disney, Barack Obama, Ronald Regan, David Beckham, Madonna, entre outros.
Assimile A liderança carismática está diretamente relacionada ao alto desempenho e à satisfação dos seguidores. As pessoas que trabalham com estes líderes se sentem motivadas a desempenharem esforços além do necessário, pois gostam de seus líderes e os respeitam e consideram profundamente.
A liderança transacional 
· Caracteriza por oferecer recompensas em troca do esforço empreendido pelo colaborador, como por exemplo, aumentos salariais, promoções e maior liberdade no uso do tempo. 
· Este tipo de líder utiliza o poder de recompensa, manipulando os colaboradores para que se comportem da maneira esperada pela organização e atinjam os objetivos propostos. O colaborador acaba calculando exatamente como deve se comportar para receberas recompensas propostas, o que caracteriza uma troca de interesses. 
A liderança transformacional 
· Está mais voltada para o crescimento e o desenvolvimento dos colaboradores, com base em valores, como justiça, dignidade, moral e liberdade. 
· O líder transformacional espera que seus colaboradores promovam uma mudança de comportamento de acordo com a mudança do seu nível de consciência a respeito da organização. 
· Segundo Cavalcanti et al. (2006, p. 121), este tipo de líder: Está focado no processo de desenvolvimento das pessoas, levando-as a pensar por si mesmas, a trabalhar de forma independente, a dedicar-se a alguma coisa, quer seja uma causa, um produto ou uma ideia, a tornarem-se corajosas, honestas e confiáveis e a buscarem padrões de desempenho que vão além do seu próprio cargo.
Robbins e Judge (2014) afirmam que a liderança transacional e a liderança transformacional são complementares. A liderança transformacional se fundamenta na liderança transacional, no entanto, consegue produzir níveis de esforço e desempenho dos colaboradores além do que a liderança transacional poderia produzir sozinha. Vale lembrar que a liderança transacional, sozinha, é considerada pobre se não estiver aliada à liderança transformacional.
Características dos líderes transacionais e transformacionais
Líder Transacional
· Recompensa contingente: sugere trocas de recompensas por esforços, promete recompensas por bom desempenho; reconhece as realizações. 
· Gestão por exceção (ativa): observa e pesquisa os desvios nas regras e padrões; realiza ações corretivas. 
· Gestão por exceção (passiva): intervém somente se os padrões não foram alcançados.
· Laissez-faire: Abdica de responsabilidades; evita tomar decisões.
Líder Transformacional 
· Influencia idealizada: promove uma visão e um sentido de missão; insinua o orgulho; ganha respeito e confiança. 
· Motivação inspiracional: comunica altas expectativas; usa símbolos para enfocar os esforços; expressa objetivos importantes de maneira simples. 
· Estimulação intelectual: promove a inteligência, a racionalidade e a resolução cuidadosa dos problemas. 
· Consideração individualizada: dá atenção pessoal; trata cada empregado individualmente; orienta e aconselha.
As características do líder transacional, notamos que o laissez-faire é aquele que não se compromete, cujo comportamento extremamente passivo torna a liderança ineficaz. Na gestão por exceção, tanto ativa quanto passiva, o líder somente está presente quando algum problema acontece e precisa de intervenção, que já deveria ter sido realizada muito antes, o que também torna a liderança ineficaz. Apenas a liderança por recompensa pode ser eficaz, no entanto, não conquista o comprometimento dos colaboradores para que eles produzam em níveis de esforço e desempenho além do esperado. 
Quando analisamos as características dos líderes transformacionais, observamos que eles são muito mais capazes de motivar seus colaboradores a contribuírem além das expectativas, se comprometendo com a equipe e com a organização. Além dos esforços extras, as características deste tipo de líder também promovem maior moral e satisfação com o trabalho, além de maior produtividade e eficácia organizacional e, consequentemente, menor absenteísmo e turnover.
Referência: Comportamento organizacional - Josiane Cintra e Eloísa Dalbem

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