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AAS- Problemas 1-5 Tudo sobre o sus PROCESSO HISTÓRICO DA SAÚDE: LEI ELÓI CHAVES LEI 3821 DITADURA MILITAR, O GOVERNO PASSOU A CONTROLAR A ''PREVIDÊNCIA''. COM O DECORRER DO TEMPO AS DESPESAS MÉDICAS AUMENTARAM-INPS FOI BIFURCADO EM INSS 1990 - INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL ( GERAVA BENEFÍCIOS APENAS PARA CONTRIBUINTES DA PREVIDÊNCIA SOCIAL) E EM INAMPS 1977 - INSTITUTO NACIONAL DE ASSISTÊNCIA -Na década de 90 ainda foram promulgadas as NOB'S que posteriormente foram absolvidas ou substituídas pelo Pacto pela Saúde em 2006. -Com a aprovação da Emenda Constitucional nº 29, de 13 de setembro de 2000, houve uma representação da conquista da sociedade para a construção do SUS, pois ela estabeleceu a vinculação de recursos nas três esferas de governo para um financiamento mais estável. -Além disso, regulamentou a progressividade do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), e reforçou o papel do controle e fiscalização dos Conselhos de Saúde, prevendo sanções para o caso de descumprimento dos limites mínimos de aplicação em saúde. DIFERENÇA ENTRE CONSELHO E CONFERÊNCIA: -As Conferências de Saúde acontecem a cada quatro anos e conta com a atuação de vários segmentos sociais, propõem diretrizes e avalia a situação da saúde, discutindo, debatendo e propondo medidas. -O Conselho de Saúde é regulamentado pela portaria 453 de 2012 da qual substituiu o decreto 333/2003 , permanente e deliberativo, é constituído por usuários, membros do governo, prestadores de serviço e profissionais da área da saúde, a eleição de seus membros acontece a cada 2 anos e com reuniões mensais. Além disso a distribuição representativa de seus membros expressa-se 50% de usuários, 25% de trabalhadores da saúde e 25% de representantes governamentais/prestadores de serviços. Ainda têm o papel de fiscalizar o fluxo financeiro, atua na elaboração de estratégias e nos aspectos econômicos. PACTO PELA SAÚDE:DISTRIBUIÇÃO TRIPARTITE: -Pacto pela saúde são reformas institucionais do SUS que são pactuadas nas três esferas de gestão (União, Estados e Municípios) e estabelece metas para cada uma delas. -Essas três esferas junto com o Conselho Nacional de Saúde têm por objetivo reorganizar o funcionamento do SUS, substituindo o NOAS e as NOB'S. -O principal objetivo é implantar princípios constitucionais referentes a saúde e também definir as responsabilidades de cada esfera de governo. -O pacto foi aprovado pelo Congresso Nacional de Saúde em 2006, após diversos debates em relação as mudanças que deveriam ser feitas para melhorar a qualidade do SUS. -Ele busca preservar os princípios do SUS que estão relatados na Constituição Federal e nas Leis Orgânicas da Saúde (Lei 8.080 e 8.142) e tem por objetivo pactuar três dimensões, são elas: Pacto pela Vida, Pacto em Defesa do SUS, Pacto de Gestão do SUS. -Pacto pela Vida: estabelecer prioridades que devem ser executadas por gestores de cada uma das esferas de governo. Até 2006 esse pacto era constituído por indicadores do pacto da atenção básica, da programação pactuada e integrada da vigilância e pelo pacto pela saúde. Em 2007 teve a unificação destes pactos onde foi incluído novos objetivos a serem cumpridos. -As três esferas de gestão buscam enfrentar problemas de saúde que estão por todo o país por isso o pacto tem por finalidade definir as prioridades e incentivar que os Estados e Municípios elejam seus próprios objetivos de acordo com a realidade de cada local. -É importante também que os objetivos sejam diferentes daqueles que já estão dentro do sistema e que mesmo que eles sejam próprios de cada Estado e Município estes precisam estar em harmonia. Pacto em Defesa do SUS: discutir o sistema a partir de seus princípios. As diretrizes operacionais do pacto recomendam expressar os compromissos dos gestores do SUS com a consolidação da Reforma Sanitária que está explicitada na defesa do SUS, inserida na Constituição Federal. -Para garantir os princípios do SUS foi estabelecido três frentes de ação, são elas: implementar o processo de mobilização social para que se possa divulgar a saúde como um direito de todos os cidadãos, mobilizar a sociedade para que se tenha mais recursos para a saúde, ampliação da comunicação com a sociedade. Pacto de Gestão do SUS: dizem respeito a regionalização, o financiamento, o planejamento, a regulação da atenção à saúde e assistência. -O principal objetivo é radicalizar os princípios da regionalização, que é um dos maiores desafios do SUS. -Este pacto definiu melhor as responsabilidades de cada esfera de governo e informa que é importante a participação da comunidade nas gestões do sistema único de saúde. FINANCIAMENTO EM AMPLO ASPECTO: -Definido pela Lei complementar 141/2012, que define os percentuais de financiamento em cada esfera no SUS: BLOCOS DE FINANCIAMENTO: -O financiamento do Sistema Único de Saúde foi inicialmente dividido em 5 blocos, pela portaria 204/2007, são eles: Assistência Farmacêutica, Atenção Básica, Atenção de Média e Alta Complexidade, Vigilância em Saúde e Gestão do Sistema Único em Saúde. -Posteriormente pela portaria 836/2009 foi instituído um novo segmento, o de Investimento, totalizando num total de 6 blocos. •ASSITÊNCIA FARMACÊUTICA: O financiamento será realizado através dos três gestores (Federal, Estadual e Municipal), agregando a aquisição de medicamento e insumos. Este pode organizar-se em três componentes: Básico, Estratégico e Medicamentos de Dispensação Excepcional. -O Componente Básico da Assistência Farmacêutica: consiste em financiamento para ações de assistência farmacêutica na atenção básica em saúde e para agravos e programas de saúde específicos. Este é composto de uma parte fixa (PAB FIXO) e o (PAB VARIÁVEL). PAB FIXO= referente a população, com base per capita para ações na atenção básica, já o PAB VARIÁVEL= Valor com base per capita referente aos programas de hipertensão e diabetes. -O financiamento e o fornecimento de medicamentos, produtos e insumos para os Programas Estratégicos são de responsabilidade do Ministério da Saúde. •GESTÃO DO SUS: O financiamento tem como base ações específicas relacionadas com a organização dos serviços de saúde, acesso da população e aplicação dos recursos financeiros do SUS, pautados em alguns pontos. •VIGILÂNCIA EM SAÚDE: O limite financeiro da vigilância em saúde é composto de dois componentes básicos; A Vigilância Municípios e Distrito Federal: 15% (IPTU, ISS) Estado: 12% (ICMS, IPVA) Federal: Valor comprometido no exercício financeiro anterior, adicionado do percentual relativo à variação do PIB do ano anterior. Epidemiológica e Ambiental, e da Vigilância Sanitária em Saúde. -Tal pretexto visa acabar com o modelo de pagamento por procedimento , a transferência é realizada mensalmente para os municípios. -As ações da Vigilância em Saúde têm por premissa as diretrizes definidas no Pacto pela Saúde de 2006. -Possui como objetivo vigiar a situação de saúde da população de umdeterminado território através de ações de vigilância, promoção, prevenção e controle de agravos. -A mesma pode ser compreendida como: vigilância epidemiológica, vigilância em saúde ambiental, vigilância em saúde do trabalhador e vigilância sanitária. •ATENÇÃO BÁSICA: O primeiro bloco de financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS) é a Atenção Básica, na qual recebe recursos na modalidades PAB fixo e PAB variável. -O PAB fixo é um valor que se mantém praticamente fixo, oscilando de acordo com a população do seu município e o PAB variável varia de acordo com o desempenho do gestor e da equipe. -De acordo com o Ministério da Saúde (2003), o Piso da Atenção Básica (PAB) consiste em um montante de recursos financeiros federais destinados à viabilização de ações de Atenção Básica à saúde, compondo o Teto Financeiro do Bloco Atenção Básica, sendo composta de uma parte fixa (PAB fixo) e de uma parte variável (PAB variável). -O PAB fixo é destinado a todos os municípios. -Refere-se ao financiamento cujos recursos serão transferidos mensalmente, de forma automática e regular, do Fundo Nacional de Saúde aos Fundos de Saúde do Distrito Federal e dos Municípios. -Além disso, os recursos do incentivo à descentralização de unidades de saúde da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) incorporados ao Componente PAB Fixo podem ser aplicados no financiamento dessas unidades. -Já o PAB variável consiste em montante de recursos financeiros destinados a estimular a implantação das seguintes estratégias nacionais de reorganização do modelo de atenção à saúde: Saúde da Família (SF); Núcleos de Atenção à Saúde da Família (NASF), Saúde Indígena (SI); ACS; Saúde Bucal (SB); Compensação de Especificidades Regionais; e Saúde no Sistema Penitenciário. -Esse financiamento deve ser tripartite, na qual, a nível federal, o montante de recursos financeiros destinados à viabilização de ações de atenção básica à saúde compõe o Bloco de Financiamento da Atenção Básica (Bloco AB) e parte do Bloco de Financiamento de Investimento. Os recursos devem ser usados para o financiamento de ações da atenção básica descritas na Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde (RENASES) e nos planos de saúde do Distrito Federal e do município. •ATENÇÃO DE ALTA E MÉDIA COMPLEXIDADE: Compõe o limite financeiro da média e alta complexidade ambulatorial e hospitalar dos municípios, Distrito Federal e Estados da União. Tais recursos são pagos pela FAEC (Fundo de Ações Estratégicas e Compensação). •BLOCO DE INVESTIMENTO: Visa a integralidade, readequação, recuperação e expansão do SUS. Atua de forma integrada com envolvimento ativo dos órgãos, entidades e sociedades visando superar as desigualdades. Suas prioridades são a regionalização e atenção básica. PRINCíPIOS DO SUS: PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS (conjunto de princípios que servem de BASE para o sistema) UNIVERSALIDADE: Garantia de acesso a saúde a qualquer cidadão. Saúde é um direito da cidadania e dever do Governo: Federal, Estadual e Municipal EQUIDADE: Todo cidadão é igual perante o SUS e será atendido conforme sua necessidade, sem privilégios e nem barreiras. INTEGRALIDADE: O homem é um ser indivisível e integrante de uma comunidade (bio-psico-social), e deve ser atendido sob essa visão, por um sistema capaz de prestar assistência integral, voltando-se para ações de PROMOÇÃO, PREVENÇÃO e RECUPERAÇÃO da saúde. PRINCÍPIOS ORGANIZATIVOS: -REGIONALIZAÇÃO E HIERARQUIZAÇÃO: Capacidade em oferecer a uma determinada população acesso a tecnologia disponível, possibilitando um ótimo grau de resolubilidade. O acesso a rede se da através de serviços primários de atenção a saúde que devem ser qualificados para atender e resolver os principais problemas. -RESOLUBILIDADE: Quando determinado indivíduo busca o atendimento o serviço correspondente esteja capacitado para enfrentá-lo e resolve-lo até o nível de sua competência. -DESCENTRALIZAÇÃO: Redistribuição das responsabilidades quanto às ações e serviços de saúde entre os vários níveis de governo. (Aos municípios cabe a maior responsabilidade na promoção das ações de saúde diretamente voltadas aos seus cidadãos) -PARTICIPAÇÃO DOS CIDADÃOS: Garantia da participação da população através de suas entidades representativas no planejamento, fiscalização e controle das políticas de saúde. -COMPLEMENTARIEDADE DO SETOR PRIVADO: Quando por insuficiência do setor publico, for necessária a contratação de serviços privados, isso deve ser feito sob três condições: 1- Interesse público prevalecendo sobre o particular 2- A instituição privada devera estar de acordo com os princípios básicos e normas técnicas do SUS (Universalidade, Equidade e Integralidade) 3- A integração dos serviços privados devera ser dada na mesma lógica organizativa do SUS e devem ter preferência os serviços não lucrativos, conforme determina a Constituição. 7 PILARES DA QUALIADE: Eficácia: refere-se à possibilidade da ação desenvolvida resultar na solução do problema para o qual a ação está dirigida. Eficiência: este atributo refere-se à relação custo-benefício, da nossa capacidade de utilizarmos bem os recursos disponíveis e produzirmos a maior quantidade possível de ações. Efetividade: este atributo está ligado à combinação dos dois atributos anteriores, ou seja a eficiência e a eficácia. O que nos interessa aqui é resolver os problemas do maior número de pessoas utilizando eficientemente os recursos disponíveis. Às vezes, na busca da eficácia nos esquecemos da eficiência, e vice-versa. Equidade: este atributo é relativo à forma como distribuímos as ações que oferecemos. Aqui devemos considerar que os problemas e necessidades de saúde têm distribuição desigual na sociedade, fruto da distribuição e da ação também desigual dos seus determinantes e condicionantes. Oportunidade: este atributo relaciona-se ao momento em que oferecemos o cuidado, ou seja, se ele acontece no momento em que é necessário. Continuidade: este atributo refere-se à forma como o cuidado iniciado em um nível assistencial se articula e continua em outros níveis assistenciais em função das necessidades do usuário. Acessibilidade: este atributo diz respeito à dificuldade ou facilidade de se ter acesso a uma ação de saúde. Muitas vezes, barreiras de naturezas diversas (administrativas, geográficas, entre outras) dificultam ou mesmo impedem o acesso das pessoas a uma ação de saúde. Aceitabilidade: este atributo está relacionado com a aceitação de uma determinada ação pela população. Informa sobre a adaptação da ação às expectativas e valores individuais e coletivos. Otimidade: este atributo está ligado ao custo/benefício de uma ação. Devemos sempre estar refletindo se é correto e desejável continuarmos investindo esforços e recursos em uma atividade se o seu retorno já não é tão significativo. Legitimidade: este atributo é relativo à representação social de uma ação. Hoje as ações de vacinação estão legitimadas porque se entende que trazem um benefício para toda a comunidade e por isso são bem aceitas pela população. REDES DE ATENÇÃO A SAÚDE (RAS): -Arranjos organizativos de ações e serviços de saúde de diferentes densidades tecnológicas integradas por meio de um sistema de apoio técnico, logística e de gestão, buscam garantir a integralidade. -Foi estabelecida por meio da portaria 4279/2010, com o intuito de implementar até o ano de 2014. -Apresenta algumas características como : Horizontalização, Atenção primaria á saúde (Centro), Planejamento e Organização, Atenção Continuo e integrada, Cuidado multiprofissional, Compartilhamento de objetivos e compromissos para haver transparência e fiscalização. Fundamentos e atributos: Economia de escala, Suficiência e Qualidade, Integração Vertical e Horizontal, Área de Abrangência, Acessose Elementos Constitutivos. REDE CEGONHA: -Instituído pela portaria 4459/2011, têm como características principais a promoção da saúde da mulher, dando direito ao planejamento reprodutivo e ao crescimento e desenvolvimento saudável das crianças de até 24 meses, Equidade, Respeito a diversidade, busca da participação e mobilização social. -A rede cegonha objetiva redução da mortalidade materna, assegurando também as crianças. IMPLEMENTAÇÃO -A Rede Cegonha deve ser implementada, gradativamente, em todo território nacional respeitando-se critérios epidemiológicos, tais como taxa de mortalidade infantil, razão de mortalidade materna e densidade populacional. A Rede Cegonha obedecerá à seguinte gradação de cobertura da Implementação: 1. PRÉ-NATAL: 30% em 2011 – 50% em 2012 – 70% em 2013 – 100% em 2014 2. PARTO E NASCIMENTO: CPN e CGB gradação de implantação: 40% – 60% – 80% – 100%; LEITOS: com gradação de implantação: 10% – 30% – 50% – 70% (2014) – 90% (2015) e 100% (2016). 3. PUERPÉRIO E ATENÇÃO À CRIANÇA: 30% em 2011 – 50% em 2012 – 70% em 2013 – 100% em 2014 COMPONENTES -A Rede Cegonha organiza-se a partir de quatro componentes, quais sejam: (1) Pré-Natal (2) Parto e Nascimento (3) Puerpério e Atenção Integral à Saúde da Criança (4) Sistema Logístico - Transporte Sanitário e Regulação. FINANCIAMENTO • PRÉ-NATAL: 100% de custeio dos exames; fornecimento de kits para as UBS e para as gestantes. • TRANSPORTE: 100% de custeio do transporte (vale transporte e vale táxi). • CENTRO DE PARTO NORMAL (CPN) E CASA DA GESTANTE, BEBÊ E PUÉRPERA (CGB): 100% de custeio/ano, com investimento para construção nos dois primeiros anos. • LEITOS: 80% de custeio para ampliação e qualificação dos leitos (UTI, UCI, Canguru). Financiamento da ambiência para os locais de parto. Investimento nos dois primeiros anos. PLANEJAMENTO EM SAÚDE: -O planejamento em saúde é um cálculo que precede e preside a Ação. É um cálculo sistemático que articula a situação imediata e futura, apoiado por teorias e métodos. Este é dividido em PES (planejamento estratégico situacional) e Planejamento Normativo. A falta dele pode acarretar no aumento das doenças, incapacidades e mortes. OS 10 PASSOS DO PLANO DE AÇÃO FLUXOGRAMA DO TRABALHO EM SAÚDE SAÚDE INDÍGENA: -DISTRITOS SANITÁRIOS ESPECIAIS INDÍGENAS -Organização Para a definição e organização dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas deverão ser realizadas discussões e debates com a participação de lideranças e organizações indígenas, do órgão indigenista oficial, de antropólogos, universidades e instituições governamentais e não-governamentais que prestam serviços às comunidades indígenas, além de secretarias municipais e estaduais de Saúde. -Cada distrito organizará uma rede de serviços de atenção básica de saúde dentro das áreas indígenas, integrada e hierarquizada com complexidade crescente e articulada com a rede do Sistema Único de Saúde. -As Comissões Intergestores Bipartites são importantes espaços de articulação para o eficaz funcionamento dos distritos. -As equipes de saúde dos distritos deverão ser compostas por médicos, enfermeiros, odontólogos, auxiliares de enfermagem e agentes indígenas de saúde, contando com a participação sistemática de antropólogos, educadores, engenheiros sanitaristas e outros especialistas e técnicos considerados necessários. -O número, qualificação e perfil dos profissionais das equipes serão estabelecidos de acordo com o planejamento detalhado de atividades, considerando: o número de habitantes, a dispersão populacional, as condições de acesso, o perfil epidemiológico, as necessidades específicas para o controle das principais endemias e o Programa de Formação de Agentes Indígenas de Saúde a ser definido conforme a diretriz específica desta política. -Nas aldeias, a atenção básica será realizada por intermédio dos Agentes Indígenas de Saúde, nos postos de saúde, e pelas equipes multidisciplinares periodicamente, conforme planejamento das suas ações. -Na organização dos serviços de saúde, as comunidades terão uma outra instância de atendimento, que serão os Pólos-Base. -Os pólos base -Primeira referência para os agentes indígenas de saúde que atuam nas aldeias. -Podem estar localizados numa comunidade indígena ou num município de referência. -Neste último caso, correspondem a uma unidade básica de saúde, já existente na rede de serviços daquele município. -A maioria dos agravos à saúde deverão ser resolvidas nesse nível. -As demandas que não forem atendidas no grau de resolutividade dos Pólos-Base deverão ser referenciadas para a rede de serviços do SUS, de acordo com a realidade de cada Distrito Sanitário Especial Indígena. -Essa rede já tem sua localização geográfica definida e será articulada e incentivada a atender os índios, levando em consideração a realidade sócio-econômica e a cultura de cada povo indígena, por intermédio de diferenciação de financiamento. -Com o objetivo de garantir o acesso à atenção de média e alta complexidades, deverão ser definidos procedimentos de referência, contra-referência e incentivo a unidades de saúde pela oferta de serviços diferenciados com influência sobre o processo de recuperação e cura dos pacientes indígenas (como os relativos a restrições/prescrições alimentares, acompanhamento por parentes e/ou intérprete, visita de terapeutas tradicionais, instalação de redes, entre outros) quando considerados necessários pelos próprios usuários e negociados com o prestador de serviço. -Deverão ser oferecidos, ainda, serviços de apoio aos pacientes encaminhados à rede do Sistema Único de Saúde. -Tais serviços serão prestados pelas Casas de Saúde Indígena, localizadas em municípios de referência dos distrito a partir da readequação das Casas do Índio. -Essas Casas de Saúde deverão estar em condições de receber, alojar e alimentar pacientes encaminhados e acompanhantes, prestar assistência de enfermagem 24 horas por dia, marcar consultas, exames complementares ou internação hospitalar, providenciar o acompanhamento dos pacientes nessas ocasiões e o seu retorno às comunidades de origem, acompanhados das informações sobre o caso. -Além disso, as Casas deverão ser adequadas para promover atividades de educação em saúde, produção artesanal, lazer e demais atividades para os acompanhantes e mesmo para os pacientes em condições para o exercício dessas atividades. -Financiamento -As ações a serem desenvolvidas pelos Distritos Sanitários Especiais Indígenas serão financiadas pelo orçamento da FUNASA e do Ministério da Saúde, podendo ser complementada por organismos de cooperação internacional e da iniciativa privada. -Os estados e municípios também deverão atuar complementarmente, considerando que a população indígena está contemplada nos mecanismos de financiamento do SUS. -O financiamento dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas deverá ser de acordo com o montante de população, situação epidemiológica e características de localização geográfica.
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