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Processo Histórico e Pacto pela Saúde no SUS

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AAS- Problemas 1-5 
 Tudo sobre o sus 
PROCESSO HISTÓRICO DA SAÚDE: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LEI ELÓI 
CHAVES 
LEI 
3821 
DITADURA MILITAR, 
O GOVERNO 
PASSOU A 
CONTROLAR A 
''PREVIDÊNCIA''. 
 
 
COM O DECORRER 
DO TEMPO AS 
DESPESAS MÉDICAS 
AUMENTARAM-INPS 
FOI BIFURCADO EM 
INSS 1990 - 
INSTITUTO NACIONAL 
DE SEGURO SOCIAL ( 
GERAVA BENEFÍCIOS 
APENAS PARA 
CONTRIBUINTES DA 
PREVIDÊNCIA 
SOCIAL) E EM 
INAMPS 1977 - 
INSTITUTO NACIONAL 
DE ASSISTÊNCIA 
 
-Na década de 90 ainda foram promulgadas as 
NOB'S que posteriormente foram absolvidas 
ou substituídas pelo Pacto pela Saúde em 
2006. 
-Com a aprovação da Emenda Constitucional 
nº 29, de 13 de setembro de 2000, houve 
uma representação da conquista da sociedade 
para a construção do SUS, pois ela 
estabeleceu a vinculação de recursos nas três 
esferas de governo para um financiamento 
mais estável. 
-Além disso, regulamentou a progressividade 
do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), 
e reforçou o papel do controle e fiscalização 
dos Conselhos de Saúde, prevendo sanções 
para o caso de descumprimento dos limites 
mínimos de aplicação em saúde. 
 
DIFERENÇA ENTRE CONSELHO E CONFERÊNCIA: 
-As Conferências de Saúde acontecem a cada 
quatro anos e conta com a atuação de vários 
segmentos sociais, propõem diretrizes e avalia 
a situação da saúde, discutindo, debatendo e 
propondo medidas. 
-O Conselho de Saúde é regulamentado pela 
portaria 453 de 2012 da qual substituiu o 
decreto 333/2003 , permanente e 
deliberativo, é constituído por usuários, 
membros do governo, prestadores de serviço 
e profissionais da área da saúde, a eleição de 
seus membros acontece a cada 2 anos e 
com reuniões mensais. Além disso a 
distribuição representativa de seus membros 
expressa-se 50% de usuários, 25% de 
trabalhadores da saúde e 25% de 
representantes governamentais/prestadores 
de serviços. Ainda têm o papel de fiscalizar o 
fluxo financeiro, atua na elaboração de 
estratégias e nos aspectos econômicos. 
 
 
PACTO PELA SAÚDE:DISTRIBUIÇÃO TRIPARTITE: 
-Pacto pela saúde são reformas institucionais 
do SUS que são pactuadas nas três esferas de 
gestão (União, Estados e Municípios) e 
estabelece metas para cada uma delas. 
-Essas três esferas junto com o Conselho 
Nacional de Saúde têm por objetivo 
reorganizar o funcionamento do SUS, 
substituindo o NOAS e as NOB'S. 
-O principal objetivo é implantar princípios 
constitucionais referentes a saúde e também 
definir as responsabilidades de cada esfera de 
governo. 
-O pacto foi aprovado pelo Congresso 
Nacional de Saúde em 2006, após diversos 
debates em relação as mudanças que 
deveriam ser feitas para melhorar a qualidade 
do SUS. 
-Ele busca preservar os princípios do SUS que 
estão relatados na Constituição Federal e nas 
Leis Orgânicas da Saúde (Lei 8.080 e 8.142) e 
tem por objetivo pactuar três dimensões, são 
elas: Pacto pela Vida, Pacto em Defesa do 
SUS, Pacto de Gestão do SUS. 
-Pacto pela Vida: estabelecer prioridades que 
devem ser executadas por gestores de cada 
uma das esferas de governo. Até 2006 esse 
pacto era constituído por indicadores do pacto 
da atenção básica, da programação pactuada 
e integrada da vigilância e pelo pacto pela 
saúde. Em 2007 teve a unificação destes 
pactos onde foi incluído novos objetivos a 
serem cumpridos. 
-As três esferas de gestão buscam enfrentar 
problemas de saúde que estão por todo o 
país por isso o pacto tem por finalidade definir 
as prioridades e incentivar que os Estados e 
Municípios elejam seus próprios objetivos de 
acordo com a realidade de cada local. 
-É importante também que os objetivos 
sejam diferentes daqueles que já estão dentro 
do sistema e que mesmo que eles sejam 
próprios de cada Estado e Município estes 
precisam estar em harmonia. 
Pacto em Defesa do SUS: discutir o sistema a 
partir de seus princípios. As diretrizes 
operacionais do pacto recomendam expressar 
os compromissos dos gestores do SUS com a 
consolidação da Reforma Sanitária que está 
explicitada na defesa do SUS, inserida na 
Constituição Federal. 
-Para garantir os princípios do SUS foi 
estabelecido três frentes de ação, são elas: 
implementar o processo de mobilização social 
para que se possa divulgar a saúde como um 
direito de todos os cidadãos, mobilizar a 
sociedade para que se tenha mais recursos 
para a saúde, ampliação da comunicação com 
a sociedade. 
Pacto de Gestão do SUS: dizem respeito a 
regionalização, o financiamento, o 
planejamento, a regulação da atenção à saúde 
e assistência. 
-O principal objetivo é radicalizar os princípios 
da regionalização, que é um dos maiores 
desafios do SUS. 
-Este pacto definiu melhor as responsabilidades 
de cada esfera de governo e informa que é 
importante a participação da comunidade nas 
gestões do sistema único de saúde. 
 
FINANCIAMENTO EM AMPLO ASPECTO: 
-Definido pela Lei complementar 141/2012, que 
define os percentuais de financiamento em 
cada esfera no SUS: 
BLOCOS DE FINANCIAMENTO: 
-O financiamento do Sistema Único de Saúde 
foi inicialmente dividido em 5 blocos, pela 
portaria 204/2007, são eles: Assistência 
Farmacêutica, Atenção Básica, Atenção de 
Média e Alta Complexidade, Vigilância em 
Saúde e Gestão do Sistema Único em Saúde. 
-Posteriormente pela portaria 836/2009 foi 
instituído um novo segmento, o de 
Investimento, totalizando num total de 6 
blocos. 
 
•ASSITÊNCIA FARMACÊUTICA: O 
financiamento será realizado através dos três 
gestores (Federal, Estadual e Municipal), 
agregando a aquisição de medicamento e 
insumos. Este pode organizar-se em três 
componentes: Básico, Estratégico e 
Medicamentos de Dispensação Excepcional. 
-O Componente Básico da Assistência 
Farmacêutica: consiste em financiamento para 
ações de assistência farmacêutica na atenção 
básica em saúde e para agravos e programas 
de saúde específicos. Este é composto de 
uma parte fixa (PAB FIXO) e o (PAB 
VARIÁVEL). PAB FIXO= referente a 
população, com base per capita para ações na 
atenção básica, já o PAB VARIÁVEL= Valor 
com base per capita referente aos programas 
de hipertensão e diabetes. 
-O financiamento e o fornecimento de 
medicamentos, produtos e insumos para os 
Programas Estratégicos são de 
responsabilidade do Ministério da Saúde. 
•GESTÃO DO SUS: O financiamento tem 
como base ações específicas relacionadas 
com a organização dos serviços de saúde, 
acesso da população e aplicação dos recursos 
financeiros do SUS, pautados em alguns 
pontos. 
 •VIGILÂNCIA EM SAÚDE: O limite financeiro 
da vigilância em saúde é composto de dois 
componentes básicos; A Vigilância 
Municípios e Distrito Federal: 15% (IPTU, 
ISS) 
 
Estado: 12% (ICMS, IPVA) 
 
Federal: Valor comprometido no exercício 
financeiro anterior, adicionado do percentual 
relativo à variação do PIB do ano anterior. 
Epidemiológica e Ambiental, e da Vigilância 
Sanitária em Saúde. 
-Tal pretexto visa acabar com o modelo de 
pagamento por procedimento , a transferência 
é realizada mensalmente para os municípios. 
-As ações da Vigilância em Saúde têm por 
premissa as diretrizes definidas no Pacto pela 
Saúde de 2006. 
-Possui como objetivo vigiar a situação de 
saúde da população de umdeterminado 
território através de ações de vigilância, 
promoção, prevenção e controle de agravos. 
-A mesma pode ser compreendida como: 
vigilância epidemiológica, vigilância em saúde 
ambiental, vigilância em saúde do trabalhador e 
vigilância sanitária. 
•ATENÇÃO BÁSICA: O primeiro bloco 
de financiamento do Sistema Único de Saúde 
(SUS) é a Atenção Básica, na qual recebe 
recursos na modalidades PAB fixo e PAB 
variável. 
-O PAB fixo é um valor que se mantém 
praticamente fixo, oscilando de acordo com a 
população do seu município e o PAB variável 
varia de acordo com o desempenho do 
gestor e da equipe. 
-De acordo com o Ministério da Saúde (2003), 
o Piso da Atenção Básica (PAB) consiste em 
um montante de recursos financeiros federais 
destinados à viabilização de ações de Atenção 
Básica à saúde, compondo o Teto Financeiro 
do Bloco Atenção Básica, sendo composta de 
uma parte fixa (PAB fixo) e de uma parte 
variável (PAB variável). 
-O PAB fixo é destinado a todos os municípios. 
-Refere-se ao financiamento cujos recursos 
serão transferidos mensalmente, de forma 
automática e regular, do Fundo Nacional de 
Saúde aos Fundos de Saúde do Distrito 
Federal e dos Municípios. 
-Além disso, os recursos do incentivo à 
descentralização de unidades de saúde da 
Fundação Nacional de Saúde (Funasa) 
incorporados ao Componente PAB Fixo 
podem ser aplicados no financiamento dessas 
unidades. 
-Já o PAB variável consiste em montante de 
recursos financeiros destinados a estimular a 
implantação das seguintes estratégias nacionais 
de reorganização do modelo de atenção à 
saúde: Saúde da Família (SF); Núcleos de 
Atenção à Saúde da Família (NASF), Saúde 
Indígena (SI); ACS; Saúde Bucal (SB); 
Compensação de Especificidades Regionais; e 
Saúde no Sistema Penitenciário. 
-Esse financiamento deve ser tripartite, na 
qual, a nível federal, o montante de recursos 
financeiros destinados à viabilização de ações 
de atenção básica à saúde compõe o Bloco 
de Financiamento da Atenção Básica (Bloco 
AB) e parte do Bloco de Financiamento de 
Investimento. Os recursos devem ser usados 
para o financiamento de ações da atenção 
básica descritas na Relação Nacional de Ações 
e Serviços de Saúde (RENASES) e nos planos 
de saúde do Distrito Federal e do município. 
 
•ATENÇÃO DE ALTA E MÉDIA 
COMPLEXIDADE: Compõe o limite financeiro 
da média e alta complexidade ambulatorial e 
hospitalar dos municípios, Distrito Federal e 
Estados da União. Tais recursos são pagos 
pela FAEC (Fundo de Ações Estratégicas e 
Compensação). 
 
•BLOCO DE INVESTIMENTO: Visa a 
integralidade, readequação, recuperação e 
expansão do SUS. Atua de forma integrada 
com envolvimento ativo dos órgãos, entidades 
e sociedades visando superar as desigualdades. 
Suas prioridades são a regionalização e 
atenção básica. 
 
 
PRINCíPIOS DO SUS: 
PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS (conjunto de 
princípios que servem de BASE para o 
sistema) 
UNIVERSALIDADE: Garantia de acesso a saúde 
a qualquer cidadão. Saúde é um direito da 
cidadania e dever do Governo: Federal, 
Estadual e Municipal 
 
EQUIDADE: Todo cidadão é igual perante o 
SUS e será atendido conforme sua 
necessidade, sem privilégios e nem barreiras. 
 
INTEGRALIDADE: O homem é um ser 
indivisível e integrante de uma comunidade 
(bio-psico-social), e deve ser atendido sob essa 
visão, por um sistema capaz de prestar 
assistência integral, voltando-se para ações de 
PROMOÇÃO, PREVENÇÃO e RECUPERAÇÃO 
da saúde. 
 
PRINCÍPIOS ORGANIZATIVOS: 
 
-REGIONALIZAÇÃO E HIERARQUIZAÇÃO: 
Capacidade em oferecer a uma determinada 
população acesso a tecnologia disponível, 
possibilitando um ótimo grau de resolubilidade. 
O acesso a rede se da através de serviços 
primários de atenção a saúde que devem ser 
qualificados para atender e resolver os 
principais problemas. 
 
-RESOLUBILIDADE: Quando determinado 
indivíduo busca o atendimento o serviço 
correspondente esteja capacitado para 
enfrentá-lo e resolve-lo até o nível de sua 
competência. 
 
-DESCENTRALIZAÇÃO: Redistribuição das 
responsabilidades quanto às ações e serviços 
de saúde entre os vários níveis de governo. 
(Aos municípios cabe a maior responsabilidade 
na promoção das ações de saúde diretamente 
voltadas aos seus cidadãos) 
 
-PARTICIPAÇÃO DOS CIDADÃOS: Garantia da 
participação da população através de suas 
entidades representativas no planejamento, 
fiscalização e controle das políticas de saúde. 
 
-COMPLEMENTARIEDADE DO SETOR 
PRIVADO: Quando por insuficiência do setor 
publico, for necessária a contratação de 
serviços privados, isso deve ser feito sob três 
condições: 
1- Interesse público prevalecendo sobre o 
particular 
2- A instituição privada devera estar de 
acordo com os princípios básicos e normas 
técnicas do SUS (Universalidade, Equidade e 
Integralidade) 
3- A integração dos serviços privados devera 
ser dada na mesma lógica organizativa do SUS 
e devem ter preferência os serviços não 
lucrativos, conforme determina a Constituição. 
 
7 PILARES DA QUALIADE: 
Eficácia: refere-se à possibilidade da ação 
desenvolvida resultar na solução do problema 
para o qual a ação está dirigida. 
Eficiência: este atributo refere-se à relação 
custo-benefício, da nossa capacidade de 
utilizarmos bem os recursos disponíveis e 
produzirmos a maior quantidade possível de 
ações. 
Efetividade: este atributo está ligado à 
combinação dos dois atributos anteriores, ou 
seja a eficiência e a eficácia. O que nos 
interessa aqui é resolver os problemas do 
maior número de pessoas utilizando 
eficientemente os recursos disponíveis. Às 
vezes, na busca da eficácia nos esquecemos 
da eficiência, e vice-versa. 
Equidade: este atributo é relativo à forma 
como distribuímos as ações que oferecemos. 
Aqui devemos considerar que os problemas e 
necessidades de saúde têm distribuição 
desigual na sociedade, fruto da distribuição e 
da ação também desigual dos seus 
determinantes e condicionantes. 
Oportunidade: este atributo relaciona-se ao 
momento em que oferecemos o cuidado, ou 
seja, se ele acontece no momento em que é 
necessário. 
Continuidade: este atributo refere-se à forma 
como o cuidado iniciado em um nível 
assistencial se articula e continua em outros 
níveis assistenciais em função das 
necessidades do usuário. 
Acessibilidade: este atributo diz respeito à 
dificuldade ou facilidade de se ter acesso a 
uma ação de saúde. Muitas vezes, barreiras de 
naturezas diversas (administrativas, geográficas, 
entre outras) dificultam ou mesmo impedem o 
acesso das pessoas a uma ação de saúde. 
Aceitabilidade: este atributo está relacionado 
com a aceitação de uma determinada ação 
pela população. Informa sobre a adaptação da 
ação às expectativas e valores individuais e 
coletivos. 
Otimidade: este atributo está ligado ao 
custo/benefício de uma ação. Devemos 
sempre estar refletindo se é correto e 
desejável continuarmos investindo esforços e 
recursos em uma atividade se o seu retorno 
já não é tão significativo. 
Legitimidade: este atributo é relativo à 
representação social de uma ação. Hoje as 
ações de vacinação estão legitimadas porque 
se entende que trazem um benefício para 
toda a comunidade e por isso são bem aceitas 
pela população. 
 
 
REDES DE ATENÇÃO A SAÚDE (RAS): 
-Arranjos organizativos de ações e serviços de 
saúde de diferentes densidades tecnológicas 
integradas por meio de um sistema de apoio 
técnico, logística e de gestão, buscam garantir 
a integralidade. 
 
-Foi estabelecida por meio da portaria 
4279/2010, com o intuito de implementar até 
o ano de 2014. 
-Apresenta algumas características como : 
Horizontalização, Atenção primaria á saúde 
(Centro), Planejamento e Organização, 
Atenção Continuo e integrada, Cuidado 
multiprofissional, Compartilhamento de 
objetivos e compromissos para haver 
transparência e fiscalização. 
Fundamentos e atributos: Economia de escala, 
Suficiência e Qualidade, Integração Vertical e 
Horizontal, Área de Abrangência, Acessose 
Elementos Constitutivos. 
REDE CEGONHA: 
-Instituído pela portaria 4459/2011, têm como 
características principais a promoção da saúde 
da mulher, dando direito ao planejamento 
reprodutivo e ao crescimento e 
desenvolvimento saudável das crianças de até 
24 meses, Equidade, Respeito a diversidade, 
busca da participação e mobilização social. 
-A rede cegonha objetiva redução da 
mortalidade materna, assegurando também as 
crianças. 
IMPLEMENTAÇÃO 
-A Rede Cegonha deve ser implementada, 
gradativamente, em todo território nacional 
respeitando-se critérios epidemiológicos, tais 
como taxa de mortalidade infantil, razão de 
mortalidade materna e densidade populacional. 
A Rede Cegonha obedecerá à seguinte 
gradação de cobertura da Implementação: 
1. PRÉ-NATAL: 30% em 2011 – 50% em 
2012 – 70% em 2013 – 100% em 2014 
 
2. PARTO E NASCIMENTO: CPN e CGB 
gradação de implantação: 40% – 60% – 80% 
– 100%; LEITOS: com gradação de 
implantação: 10% – 30% – 50% – 70% (2014) 
– 90% (2015) e 100% (2016). 
 
3. PUERPÉRIO E ATENÇÃO À CRIANÇA: 
30% em 2011 – 50% em 2012 – 70% em 2013 
– 100% em 2014 
 
COMPONENTES 
-A Rede Cegonha organiza-se a partir de 
quatro componentes, quais sejam: (1) Pré-Natal 
(2) Parto e Nascimento (3) Puerpério e 
Atenção Integral à Saúde da Criança (4) 
Sistema Logístico - Transporte Sanitário e 
Regulação. 
 
FINANCIAMENTO 
• PRÉ-NATAL: 100% de custeio dos 
exames; fornecimento de kits para as UBS e 
para as gestantes. 
 
• TRANSPORTE: 100% de custeio do 
transporte (vale transporte e vale táxi). 
 
• CENTRO DE PARTO NORMAL (CPN) E 
CASA DA GESTANTE, BEBÊ E PUÉRPERA 
(CGB): 100% de custeio/ano, com investimento 
para construção nos dois primeiros anos. 
 
• LEITOS: 80% de custeio para 
ampliação e qualificação dos leitos (UTI, UCI, 
Canguru). Financiamento da ambiência para os 
locais de parto. Investimento nos dois primeiros 
anos. 
 
PLANEJAMENTO EM SAÚDE: 
-O planejamento em saúde é um cálculo que 
precede e preside a Ação. É um cálculo 
sistemático que articula a situação imediata e 
futura, apoiado por teorias e métodos. Este é 
dividido em PES (planejamento estratégico 
situacional) e Planejamento Normativo. A falta 
dele pode acarretar no aumento das doenças, 
incapacidades e mortes. 
 
 
OS 10 PASSOS DO PLANO DE AÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FLUXOGRAMA DO TRABALHO EM SAÚDE 
 
 
 
 
 
 
 
SAÚDE INDÍGENA: 
-DISTRITOS SANITÁRIOS ESPECIAIS 
INDÍGENAS 
-Organização 
Para a definição e organização dos Distritos 
Sanitários Especiais Indígenas deverão ser 
realizadas discussões e debates com a 
participação de lideranças e organizações 
indígenas, do órgão indigenista oficial, de 
antropólogos, universidades e instituições 
governamentais e não-governamentais que 
prestam serviços às comunidades indígenas, 
além de secretarias municipais e estaduais de 
Saúde. 
-Cada distrito organizará uma rede de serviços 
de atenção básica de saúde dentro das áreas 
indígenas, integrada e hierarquizada com 
complexidade crescente e articulada com a 
rede do Sistema Único de Saúde. 
-As Comissões Intergestores Bipartites são 
importantes espaços de articulação para o 
eficaz funcionamento dos distritos. 
-As equipes de saúde dos distritos deverão 
ser compostas por médicos, enfermeiros, 
odontólogos, auxiliares de enfermagem e 
agentes indígenas de saúde, contando com a 
participação sistemática de antropólogos, 
educadores, engenheiros sanitaristas e outros 
especialistas e técnicos considerados 
necessários. 
-O número, qualificação e perfil dos 
profissionais das equipes serão estabelecidos 
de acordo com o planejamento detalhado de 
atividades, considerando: o número de 
habitantes, a dispersão populacional, as 
condições de acesso, o perfil epidemiológico, 
as necessidades específicas para o controle 
das principais endemias e o Programa de 
Formação de Agentes Indígenas de Saúde a 
ser definido 
 
conforme a diretriz específica desta 
política. 
-Nas aldeias, a atenção básica será realizada 
por intermédio dos Agentes Indígenas de 
Saúde, nos postos de saúde, e pelas 
equipes multidisciplinares periodicamente, 
conforme planejamento das suas ações. 
-Na organização dos serviços de saúde, as 
comunidades terão uma outra instância de 
atendimento, que serão os Pólos-Base. 
-Os pólos base 
 -Primeira referência para os agentes 
indígenas de saúde que atuam nas aldeias. 
-Podem estar localizados numa comunidade 
indígena ou num município de referência. 
-Neste último caso, correspondem a uma 
unidade básica de saúde, já existente na rede 
de serviços daquele município. 
-A maioria dos agravos à saúde deverão ser 
resolvidas nesse nível. 
-As demandas que não forem atendidas no 
grau de resolutividade dos Pólos-Base deverão 
ser referenciadas para a rede de serviços do 
SUS, de acordo com a realidade de cada 
Distrito Sanitário Especial Indígena. 
-Essa rede já tem sua localização geográfica 
definida e será articulada e incentivada a 
atender os índios, levando em consideração a 
realidade sócio-econômica e a cultura de cada 
povo indígena, por intermédio de 
diferenciação de financiamento. 
-Com o objetivo de garantir o acesso à 
atenção de média e alta complexidades, 
deverão ser definidos procedimentos de 
referência, contra-referência e incentivo a 
unidades de saúde pela oferta de serviços 
diferenciados com influência sobre o processo 
de recuperação e cura dos pacientes 
indígenas (como os relativos a 
restrições/prescrições alimentares, 
acompanhamento por parentes e/ou 
intérprete, visita de terapeutas tradicionais, 
instalação de redes, entre outros) quando 
considerados necessários pelos próprios 
usuários e negociados com o prestador de 
serviço. 
-Deverão ser oferecidos, ainda, serviços de 
apoio aos pacientes encaminhados à rede do 
Sistema Único de Saúde. 
-Tais serviços serão prestados pelas Casas de 
Saúde Indígena, localizadas em municípios de 
referência dos distrito a partir da readequação 
das Casas do Índio. 
 -Essas Casas de Saúde deverão estar em 
condições de receber, alojar e alimentar 
pacientes encaminhados e acompanhantes, 
prestar assistência de enfermagem 24 horas 
por dia, marcar consultas, exames 
complementares ou internação hospitalar, 
providenciar o acompanhamento dos 
pacientes nessas ocasiões e o seu retorno às 
comunidades de origem, acompanhados das 
informações sobre o caso. 
-Além disso, as Casas deverão ser adequadas 
para promover atividades de educação em 
saúde, produção artesanal, lazer e demais 
atividades para os acompanhantes e mesmo 
para os pacientes em condições para o 
exercício dessas atividades. 
-Financiamento 
-As ações a serem desenvolvidas pelos 
Distritos Sanitários Especiais Indígenas serão 
financiadas pelo orçamento da FUNASA e do 
Ministério da Saúde, podendo ser 
complementada por organismos de 
cooperação internacional e da iniciativa privada. 
-Os estados e municípios também deverão 
atuar complementarmente, considerando que 
a população indígena está contemplada nos 
mecanismos de financiamento do SUS. 
-O financiamento dos Distritos Sanitários 
Especiais Indígenas deverá ser de acordo com 
o montante de população, situação 
epidemiológica e características de localização 
geográfica.

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