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Padrões Respiratórios Prof.(a) Isabel C. S. Sousa A análise do padrão respiratório normal inclui: Variáveis Originais Localização predominante dos mov. respiratórios. Presença ou ausência da atividade dos músculos acessórios. Volume corrente (VC). Frequência respiratória (FR). Volume minuto (VE). Duração da insp. e da exp. Variáveis Derivadas Tempo total do ciclo respiratório (TTOT). Relação TI e TTOT (TI/TTOT): duração da contração dos mm insp. Perfil do fluxo (VC/TI) Assim existe um número infinito de combinação das variáveis ventilatórias. A postura do indivíduo tem um significante efeito sobre o padrão respiratório Sentado ou em Ortostatismo Deitado Padrões Respiratórios Patológicos Cargas respiratórias internas impostas por doenças do sistema respiratório alteram o padrão respiratório, gerando os padrões patológicos: Movimento paradoxal do tórax superior Movimento paradoxal do tórax inferior Movimento paradoxal do abdome (respiração paradoxal) Respiração assincrônica Respiração alternada Expiração forçada Respiração de Cheyne-Stockes EX: Respiração Paradoxal Exemplo utilizado em Neonatologia 0= não há DR. 1-5=DR moderado. >5= DR grave. Outros sinais de desconforto respiratório Dispneia Relaciona-se com os mm inspiratórios. Surge quando há: redução da PI max, sobrecarga dos mm insp, > duração do TI em relação TTOT, aumento da FR, < atividade diafragmática e > recrutamento dos mm da parede torácica. Ortopneia: ICE, paralisia diafragmática, DPOC grave, abdome globoso. Dispneia paroxística noturna Platipneia Trepopneia Padrões Respiratórios Terapeuticos É um nome genérico, usado comumente para descrever os vários tipos de respiração controlada e voluntárias. São utilizados com objetivos terapêuticos. Visam minimizar alterações no PR. Melhora a mecânica respiratória e a ventilação pulmonar: melhora a troca gasosa e reduz a dispneia. Padrão Respiratório Com Freno Labial ou Dental Consiste em realizar exp suave contra a resistência imposta pelos lábios ou dentes semi-fechados, podendo o tempo exp ser curto ou longo. Padrão Diafragmático Melhora função pulmonar. Melhora a ventilação. Melhora a FR. Melhora os gases arteriais. Piora na coordenação da mobilidade torácica. Aumento do esforço dos mm inspiratórios. Sensação de dispneia. Não melhora a ventilação. Elevada FR, baixo VC e gases sg alterados Seleção errada do paciente. Padrão Diafragmático Inspiração nasal, lenta, profunda, poupando mm acessórios e potencializando ação do diafragma, com exp oral. Posição de semi-Fowler, DD ou sentado com inclinação anterior do tronco. Estimulação tátil. Estimulação auditiva. Estimulação visual. Padrão Diafragmático Exercício Respiratório desde o VR Exercício Respiratório de Expansão Torácica Objetiva segmentar/localizar a respiração em uma região pulmonar: Expansão torácica inferior unilateral Expansão torácica inferior bilateral Expansão apical Expansão torácica inferior posterior Exercício Respiratório de Expansão Torácica As mãos do fisioterapeuta são posicionadas na região alvo da expansão. As mãos deverão exercer compressão suava, enquanto o paciente faz uma insp nasal profunda até a CPT, objetivando expandir maximamente aquela região do tórax. Em seguida a exp é feita por freno labial enquanto o fisio exerce uma compressão sobre o tórax no sentido da desinsuflação. Padrão de Soluço ou Suspiro Consiste em inspirações nasais breves, sucessivas e rápidas até atingir a CI, podendo ser associada a colocação das mãos na região abdominal ou torácica. Inspiração fracionada em 2 ou 3 tempos com exp oral até CRF, associada a freno labial. VC baixo: fluxo laminar, distribuição homogênea do ar. Doença Obstrutiva. VC alto: aumenta CPT. Doença Restritiva. Padrão de Soluços ou Suspiro Padrão de Intercostais Enfatiza a atividade dos mm da caixa torácica, promovendo maior deslocamento do compartimento torácico e então aumenta a nessa região. Insp e exp nasal, com as maiores FR e amplitude possíveis, com relação I:E de 1:1. O aumento da FR Diminui o TTOT, aumentando a CRF. Enfatiza a atividade dos mm da caixa torácica, promovendo > deslocamento do compartimento torácico, com aumento da ventilação nessa região. CUIDADO: hiperventilação, alc. resp. vasoespasmo: coronariopatas e neuropatas. Padrão de Expiração Forçada Exp prolongada até VR, enquanto o terapeuta oferece estimulo manual, comprimindo a região torácica superior. Em seguida faz se uma insp nasal profunda expandindo a região torácica superior, enquanto o terapeuta mantém o estímulo manual. Objetiva aumentar a ventilação nos ápices. Padrão para Broncoespasmo Insp nasal com VC baixo, mas suficiente e FR alta. Exp com freno labial. Objetiva diminuir o broncoespasmo, aumentar a ventilação pulmonar e reduzir o trabalho excessivo dos mm respiratórios. LEMBRAR: VM = VC x FR Exercício Respiratório com Manobra de Compressão e Descompressão Exercício Respiratório com Expiração Abreviada Exercício Respiratório com Inspiração Fracionada Exercício Respiratório com Inspiração Máxima Sustentada Referências Bibliográficas BRITTO,R.R; BRANT,T.C.S; PARREIRA, V.F. Recursos manuais e instrumentais em fisioterapia respiratória.2ª ed. Manole. 2014 MACHADO, M.G.R. Bases da fisioterapia respiratória: terapia intensiva e reabilitação. 2ªed. Guanbara Koogan. 2018. Cap. 07.