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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ (UECE) FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA (FAVET) DISCIPLINA: Histologia e Embriologia Especial Veterinária DISCENTE: Maria de Fatima Morais da Silva SISTEMA CIRCULATÓRIO É um compartimento fechado, constituído de canais e bombeamento, que vai comportar a maioria dos fluídos em trânsito (sangue e linfa). Ele é composto por: • Sistema cardiovascular/vascular sanguíneo: Realiza todo o movimento do sangue de forma unidirecional circulante, vai a uma única direção, mas volta para o coração por um caminho diferente. • Sistema vascular linfático: Não circula e sim retira os excessos de líquidos teciduais e reconduz para a corrente sanguínea. ➔ Sistema cardiovascular é constituído por vasos sanguíneos e coração! a) Vasos sanguíneos: São estruturas tubulares pelas quais o sangue flui no organismo sendo bombeado pelo coração. Ele é subdividido em algumas classes que são as artérias, capilares e veias. b) Coração: É uma estrutura vascular modificada, sendo o órgão muscular responsável por bombear o sangue através dos vasos sanguíneos. Bombeia o sangue em dois circuitos o pulmonar e o sistêmico. Evolução do conceito de movimentação do sangue pelo corpo: Acreditava-se que o sangue era bombeado em forma de maré, ou seja, o sangue era bombeado ia aos órgãos e voltava pelo mesmo caminho. Posteriormente, ele foi considerado como uma bomba aspirante tremente, pois o sangue era bombeado por um lado e sugado por outro. VASOS SANGUÍNEOS Descrição dos vasos sanguíneos: Estrutura geral: Túnicas concêntricas e vasculares 1) Túnica íntima: Essa camada está em íntimo contato com o sangue, ou seja, é a camada mais interna. É constituído por epitélio pavimentoso simples, lâmina basal e tecido conjuntivo que geralmente é o frouxo. Está presente em todas as classes de vasos. Além disso, esse epitélio de revestimento interno recebe uma denominação especial de endotélio. E por fim, a quantidade de células varia de acordo com o calibre do vaso, vasos menores têm uma quantidade de células menor, mas o tamanho de cada uma continua o mesmo, chegando ao caso de uma célula única ficar enrolada sobre si mesmo, isso é possível pela presença de proteínas filamentosas. A importância dessa túnica é: a- Fluxo laminar do sangue: Garante que todos os volumes de sangue seja semelhante, ou seja, transite com a mesma intensidade evitando atritos e fluindo com a mesma velocidade. b- Efeitos sobre a coagulação: Se o vaso tiver íntegro, as células endoteliais produzem substâncias que inibem a coagulação para não surgir êmbulos, caso seja danificado ele promove a coagulação. c- Intercâmbios: Essa camada determina se o vaso permite maior ou menor troca com os tecidos vizinhos. d- Substâncias vasoativas: Regula o estado de contração da parede do vaso, ele pode estar com vasoconstricção ou vasodilatação. 2) Túnica média: Essa camada, como o próprio nome já diz, é localizada entre duas outras camadas. É constituída por tecido muscular liso, colágeno do tipo 3/ fibras reticulares, fibras elásticas e proteoglicanas. A importância dessa túnica é: a- Firmeza da parede do vaso: Quando mais espessa for essa túnica mais firme será o vaso, vasos com a TM fina colapsam mais facilmente. b- Resistência a pressão. c- Conservação da pressão: Quando o coração bombeia o vaso se expande fazendo com que o sangue circule, quando o coração relaxa o vaso volta ao estado normal. d- Destinação do sangue para locais onde há mais necessidade. Acontece sendo comandado pelo SNC. 3) Túnica adventícia: Essa é a camada mais externa. Ela é contínua ao tecido conjuntivo do estroma do órgão onde o vaso está passando, não tem uma delimitação muito específica. É constituída por tecido conjuntivo frouxo e denso ou fibro-elástico. A importância dessa túnica é: a- Conexão com as estruturas circundantes: Isso faz com que os movimentos do corpo ajudem a levar o sangue de volta para o coração sem que ele seja sugado. Obs: Parênquima: tipo de célula que desempenha função específica de um órgão. Estroma: Arcabouço de sustentação. A proporção relativa dos constituintes das túnicas íntima, média e adventícia irá determinar a função que o vaso vai desempenhar. Existem ainda as lâminas elásticas permeáveis que são fibras elásticas que evitam a perda do tônus, fornece proteção e mantém a estrutura do vaso contra expansões excessivas. Elas podem ser de dois tipos: Lamina elástica interna que fica interposta entre a íntima e a média e lâmina elástica externa que fica interposta entre a média e a adventícia. Alguns vasos têm apenas a lamina elástica interna, são visíveis apenas com um tipo específico de coloração. Vaso Vasorum: É um pequeno vaso que penetra na parede de um vaso mais calibroso emitindo pequenas ramificações que nutrem, oxigenam e fazem a remoção de metabólitos indesejáveis das células desse vaso, abastecem as túnicas adventícia e camadas mais externas da média, justamente por que o plasma que percorre pela luz não consegue chegar as camadas mais externas desse vaso. Inervação de vasos sanguíneos: • Sensorial: Capta a informação de determinado sítio e leva para o SNC. Barorreceptores (Identifica variações de pressão, comunicando alterações para o SNC que emite uma resposta) e quimiorreceptores (Avalia a composição química do sangue, verificando a concentração de O2, CO2, hidróxido de carbono). • Motora: Volta do SNC trazendo o comando que deve ser executado. Componentes vasoconstritores (São fibras amielínicas que tem suas funções associadas ao SN simpático) e vasodilatadores (suas funções associadas ao SN parassimpático. Classes e subclasses de vasos sanguíneos Obs: Aferente (afluente) – chega // Eferente (efluente) – sai _ Precisa de um referencial. 1) Artérias: Conduz o sangue a partir do coração para os demais tecidos, sangue esse rico em O2, exceto o pulmonar. Tem como destino se ramificar e ficar progressivamente menor dando origem a outros vasos individuais com calibre cada vez mais reduzido, geralmente se ramifica de forma bifurcada e cada ramo é menos calibroso que o ramo original, mas o somatório deles é maior. Ela é um vaso aferente tendo o coração como referencial. De forma geral as artérias não possuem hemácias na luz, a dimensão da túnica média é bastante superior em relação às outras, em cortes transversais essa TM é a mais desenvolvida e organizada e terão o formato circular. ➔ Subclasses das artérias a- Artérias elásticas ou de condução: Um exemplo é a artéria tronca pulmonar e aorta. Esse tipo de artéria não penetra em nenhum órgão e tem a função de conduzir o sangue para as regiões mais distantes do coração, quando esse bombeia estas se expandem, preservando a força da contração do músculo estriado cardíaco. Na composição histológica, possui ainda predominância de fibras elásticas na TM (70 camadas de fibras) e menor quantidade de músculo liso. b- Artérias musculares ou de distribuição: Um exemplo são as artérias que penetram no rim, no baço etc. Histologicamente possuem predominância de músculo liso em relação às fibras elásticas. São artérias que penetram nos órgãos. Elas que destinam preferencialmente o sangue para os locais/órgãos onde há maior demanda no momento, isso ocorre pelos comandos do SNC. c- Arteríolas: Histologicamente possuem predominância de músculo liso, com até 3 camadas na túnica média, sendo ramificação de uma artéria muscular. d- Metarteríolas ou arteríolas terminais: São ramificações finais das arteríolas, apresentam uma camada descontínua de músculo liso bem como a túnica média. Tem a função de suprirem os leitos capilares. 2) Capilares: São os menores elementos vasculares funcionais do sistema circulatório. Originam-se por ramificações de arteríolas e metarteríolas, se formam por ramificações excessivas e anastomoses, tendo como destino a formação dos leitos capilares/tufos, convergindo e formando veias de pequenocalibre. São responsáveis por realizarem o trânsito lento de nutrientes, fluídos, metabólitos etc possibilitando as relações de intercâmbio de gases, resíduos metabólitos e mensageiros químicos. De modo geral, tem comprimento inferior a 1mm e diâmetro entre 9 e 10 micrômetros em humanos, ou seja, tem quase a dimensão de uma hemácia por tanto a identificação histológica dessas estruturas pode ser realizada a partir da observação de várias hemácias enfileiradas, histologicamente possui apenas a túnica íntima com células endoteliais delgadas e lâmina basal. Características das células endoteliais Membrana: Grande variação da intensidade das junções intercelulares; Citoplasma: Número pequeno de organelas, sendo ocupado por filamentos intermediários, formando uma espécie de arame; Lâmina basal: Pode até ser ausente; As populações celulares circundantes podem ser encontradas envolvendo cada capilar, são originadas pelo tecido subendotelial, são principalmente os macrófagos que “policiam” os intercâmbios para que não haja invasão de agentes estranhos e pericitos são contráteis, ou seja, possuem filamentos de actina e miosina podendo contrair-se e regular o fluxo nos capilares, além disso, são células mesenquimais indiferenciadas sendo capazes de se diferenciar em células musculares lisas e endoteliais para fins de reposição. ➔ Tipos de capilares (classificados de acordo com a intensidade das junções intercelulares, isso repercute na facilidade de realizar intercâmbios) a- Capilares contínuos ou somáticos: Células endoteliais fortemente unidas por junções oclusivas possuem uma lâmina basal contínua e o trânsito de substâncias é controlado pelas próprias células endoteliais, acontecem em locais de acesso restrito como na formação da barreira hematoencefálica, hematotesticular, timo etc. b- Capilares fenestrados ou viscerais: Células com orifícios constantemente abertos (poros) eles permitem que o intercâmbio aconteça de forma mais livre incluindo a difusão. A lâmina basal é contínua atua como um filtro molecular. Acontecem em órgão que necessitam a ocorrência de trocas, por exemplo, no intestino, rins, glândulas endócrinas etc. c- Sinusóides: Nesse caso a lâmina basal é descontínua e pode até ser ausente, o sangue transita mais lentamente por conta do seu diâmetro que é bem maior, estruturalmente possui fendas intercelulares, pois as células endoteliais não estão aderidas, isso permite que o intercâmbio aconteça de forma mais livre, inclusive de grandes moléculas. Possui muito mais macrófagos já que o trânsito de moléculas é praticamente todo livre, inclusive de agentes estranhos. Acontecem por exemplo nos órgãos linfóides, órgãos hematopoiéticos, fígado etc. Regulação do fluxo sanguíneo em leitos capilares: (não necessariamente o fluxo sanguíneo tem que passar pelos leitos capilares para ir de uma artéria para uma veia, pois a demanda desse fluxo pode mudar instantaneamente, então o organismo precisa colocar o sangue mais os locais de maior necessidade no momento). - Anastomoses arteriovenosas: São comunicações diretas de artérias e veias sem passar pelo leito capilar, se o fluxo de sangue estiver normal a anastomose arteriovenosa fica fechada e ocorrem os intercâmbios pelos leitos capilares, caso ocorra essa mudança de situação ela abre e será por lá a passagem do sangue para que ele circule e volte ao coração. Ela é constituída inicialmente como artéria e posteriormente como veias e também, não ocorrem intercâmbios no local da anastomose arteriovenosa. - Canais centrais: É a continuação linear de uma metarteríola funcionando como uma anastomose arteriovenosa dentro do leito capilar, no caso esse canal é fechado pela ação de pericitos para que a circulação ocorra rapidamente de acordo com a demanda. 3) Veias: São vasos de retorno, seu destino é convergir e formar outras de calibre progressivamente maior até o coração. É responsável por conduzir sangue pobre em O2, exceto o pulmonar de volta para o coração. Histologicamente a túnica média é mais delgada e aparentemente desorganizada, o que se sobressai é a túnica adventícia que se encontra entremeada com o estroma do órgão circundante, em cortes transversais tem o formato irregular, além disso, elas tendem a colapsar após o óbito o que deixa freqüentemente a luz totalmente preenchida e achatada. Além disso, possui dobras da túnica íntima salientes para a luz sendo responsáveis por impedir o refluxo do sangue (o sangue não retrocede), cada membranas da válvula é chamada de cúspides. ➔ Subclasses das veias Sistema Porta: Situação em que dois leitos capilares em série estão interpostos entre uma veia e uma artéria. Exemplos: Sistema porta arterial: Sistema porta renal (aumentar a pressão de extravasamento) e Retículo admirável (bastante desenvolvido em animais quadrúpedes e rudimentar em humanos). Sistema porta venoso: Sistema porta hipotálamo- hipofisário e Sistema porta hepático. a- Vênulas ou veias de pequeno calibre: São vasos de intercâmbio, são semelhantes ao capilar sendo mais alongadas. b- Veias de médio calibre c- Veias de grande calibre Varises: Perda do tônus da veia por uma fragilidade na TM ocorre principalmente em membros e gônadas. CORAÇÃO: É um vaso modificado que vai se especializando pela organogênese originando o órgão propulsor. Não pode ter túnica adventícia por que precisa estar livre para se movimentar. Quando o coração está se formando, origina-se uma cavidade ao lado espaço que ele vai ocupar, revestida por tecido conjuntivo periférico e uma camada epitelial pavimentosa simples interna então a medida que ele vai desenvolvendo vai adentrado a essa cavidade chamada de saco pericárdico que é dividido em fibroso e seroso e este é divido em parietal e visceral. A camada intermediária se dilata e deixa de ser túnica média passando a ser o miocárdio, deixa de ser músculo liso e passa a ser músculo estriado cardíaco, também sofre um dobramento fazendo com que a estrutura em formado de X se transforme no coração com os vasos de entrada e saída na base e sem vasos no ápice e depois disso inicia-se a constrição (septação) que é a divisão do coração em compartimentos. Nos mamíferos em 2 átrios (salão de recepção) e 2 ventrículos. Desenvolvimento embrionário: O sistema circulatório é o primeiro que se formam no desenvolvimento embrionário, células mesenquimais se diferenciam em angioblastos que se agrupam como uvas em um cacho, de forma bem aderida formando as ilhotas sanguíneas e dentro de cada ilhota começam a surgir fendas sendo preenchidas por líquido, os angioblastos que ficam nas bordas dessas fendas começam a se achatar dando origem a túnica íntima, eles então vão se diferenciar em células endoteliais e elas originam a lâmina basal além de se multiplicarem intensamente por mitose e brotarem para dentro das cavidades, quando isso acontece elas passam a se chamar de emangioblasto e são os precursores dos elementos figurados do sangue. As ilhotas passam a fundir-se formando uma rede de canais, esse processo se chama de vasculogênese, esses canais então passam a se ramificar e ficarem complexas e essa é a angiogênese. CORAÇÃO Descrição das camadas de tecido que compõem o coração: Endocárdio: Homólogo a túnica íntima, logo é a camada mais interna. É constituída por epitélio pavimentoso simples, lâmina basal e tecido conjuntivo subendotelial mais volumoso que em vasos, sendo dividido em duas camadas, uma sendo denso (avascular) mais superficial, com muitas fibras colágenas e um frouxo, mais profundo (contendo vasos, nervos e um tipo especial de fibra muscular estriada cardíaca chamada fibras de Purkinje). Geralmente, contém vasos e não fazem mais intercâmbio Observações: Válvulas/valvas cardíacas: São dobras do endocárdio salientes para a luz nessa situação apenas a camada de tecido conjuntivo denso penetra na estrutura da valva tendo tambémum epitélio de tecido pavimentoso simples e sendo avascular, localizada entre os compartimentos do coração como: atrioventricular direita ou tricúspide e atrioventricular esquerda/bicúspide/ mitral. É responsável por evitar o refluxo do sangue. Quando o átrio direito contrai ele transfere o sangue pelo tronco pulmonar que não pode retornar para o átrio então essa valva se fecha, bem como quando o átrio esquerdo contrai ele transfere o sangue para o ventrículo esquerdo que deve sair somente para a aorta e acontece o mesmo. Nas saídas dessas artérias elásticas de enorme calibre se chamam valvas semilunares. Reforço estrutural: Músculos papilares-que são projeções em forma de cone do músculo cardíaco para o interior do coração, acontece somente nos ventrículos sendo revestidos por um epitélio. Cordas tendinosas- que são feixes de fibras colágenas responsáveis por conectar o ápice do músculo papilar a valva conferindo- lhe resistência para que a valva mantenha-se fechada quando o sangue é ejetado. Sensibilidade do endocárdio à disseminação de infecções localizadas: O fato de essas válvulas terem essa composição as deixa mais sensíveis a infecções, pois tem dificuldade de trânsito de células de defesa por ser avascularizado. Infecções localizadas não tratadas funcionam como foco de invasão dos microorganismos através da corrente sanguínea e se instalam, quando isso acontece na válvula ela pode ser lesioná-la caso o organismo não consiga regenerar esse tecido de maneira adequada se forma uma cicatriz fibrosa, impedindo o funcionamento perfeito das válvulas, pois se ela não abrir completamente não ocorrerá à passagem total de sangue do átrio para o ventrículo e se ela não fecha quando o ventrículo contrair vai ocorrer um refluxo desse sangue para o átrio, isso se chama estenose/incompetência valvular. Miocárdio: Homólogo a túnica média, é a camada mais espessa. Constituído por músculo estriado cardíaco com 1 ou 2 núcleos, possui os discos intercalares arranjados espiralizadamente em torno dos orifícios das válvulas. É muito vascularizado. Possui dois tipos de fibras musculares estriadas cardíacas (não tem a função contrátil), comum e especiais. As especiais são: - Células secretoras endócrinas: Produzem mensageiros químicos: Atriopeptina, cardionatrina, cardiodilatina e peptídeo natriurético atrial (PNA)- aumenta ou diminui a liberação de sódio para regular a pressão sanguínea. - Células especializadas na geração e condução de ondas de despolarização (não necessariamente envolve um nervo). Apresenta de maneira cíclica e espontânea uma contração. a) Nodo sinoatrial: Localizado próximo a junção da veia cava cranial e o átrio direito. Funciona como um marcapasso primário (marcapasso cardíaco). É um grupo de células que entram em contração e propagam para todo o miocárdio que internamente se comunica através de vias internodais com o segundo nodo. b) Nodo atrioventricular: Localizado no septo interatrial próximo a valva atrioventricular direita. Funciona como um segundo marcapasso, se propaga para todo o resto do miocárdio através dos feixes de His (que ficam dentro do miocárdio e se espalham por toda a extensão da musculatura cardíaca) e as fibras de Purkinje (que saem do miocárdio para o tecido conjuntivo do endocárdio, se espalha pelo coração e depois retorna para o miocárdio, o destino final dela é conectar outras fibras musculares isso garante que o coração se contraia de maneira espontânea e cíclica. Então o TNC não é necessário para causa a contração do músculo estriado cardíaco, o que ele faz é modular isso. Epicárdio/pericárdio visceral: Homólogo a túnica adventícia apenas na posição (mais externa). Constituído por túnica serosa externa com mesotélio (epitélio pavimentoso simples que reveste uma túnica serosa) e camada subepicárpica. - Pericárdio fibroso: Camada mais externa forma os ligamentos que mantém o coração na posição. Em bovinos e eqüinos forma o ligamento externopericárdico e em carnívoros e suínos o ligamento frênicopericárdico. Obs: Reticulopericardite traumática em ruminantes - Anatomicamente o que separa o retículo (compartimento anterior do estomago aglandular dos ruminantes) e coração é o diafragma, ocasionalmente desenvolvem um distúrbio alimentar chamado de halotriofagia/apetite depravado resultante de deficiência de vitaminas, minerais ou proteínas desenvolvendo a incapacidade de selecionar os alimentos. Sustentação estrutural do coração: Esqueleto fibroso cardíaco, difere dos vasos por que eles não possuem, componentes fibrosos que mantém a sua estrutura. Constituído por tecido conjuntivo denso, fibrocartilagem, cartilagem hialina e tecido ósseo. Os componentes são: Anéis fibrosos (Componentes circulares que garantem a abertura dos ósteos - orifício que estabelece a comunicação entre o átrio e ventrículo), trígonos fibrosos -Pericárdio seroso a) Folheto pariental do pericárdio seroso/Pericárdio pariental b) Folheto visceral do pericárdio seroso/Pericárdio visceral/Epicárdio - Cavidade pericárdica: Possui pequena quantidade de líquido. E fica e Entre os dois folhetos do pericárdio seroso. a) aa (tecido se encontram em ângulo reto) e septos membranáceos (Se estendem na parede do coração de forma linear). Tem função de sustentação estrutural, inserção das extremidades livres de fibras musculares cardíacas, descontinuidade da massa muscular para que o músculo não contraia todo de uma vez e resistência a dilatação evitando ruptura tecidual. ➔ Sistema Vascular Linfático: É o conjunto de estruturas responsáveis pela retirada de excessos de líquidos teciduais, ou seja, a linfa é produzida, drenada e reconduzida de volta para a corrente sanguínea no sentido unidirecional não circulante. *Formação do fluído intersticial: Do lado arterial do capilar existe a alta pressão hidrostática, que resulta da contração da musculatura cardíaca, e do lado venoso existe a pressão coloidosmótica. A alta pressão hidrostática força os líquidos a saírem dos leitos capilares para os tecidos, trazendo oxigênio, nutrientes etc. Quando ele começa a extravasar as proteínas de alto peso molecular continuam no vaso tornando-se muito concentradas e isso cria a pressão osmótica, começando a atrair água, a fim de se tornar menos concentrada e esse líquido carrega dióxido de carbono, resíduos metabólicos etc. Entretanto o equilíbrio não é perfeito, a quantidade de líquido que extravasa é sempre maior que a quantidade que retrocede. Então para evitar que haja um acúmulo de líquido existe os capilares linfáticos. Esse sistema é constituído por: A) Estruturas vasculares - Capilares linfáticos: Vasos de fundo cego, ou seja, não possuem abertura terminal (dedo de luva), eles convergem e formam os vasos linfáticos. - Vasos linfáticos: Não existem em: globo ocular, SNC, órbita ocular, cartilagem, matriz óssea, epitélios de revestimento. Convergem para formar 2 ductos linfáticos. - Ductos linfáticos: Direito Torácico *O ducto direito se conecta na junção da jugular interna com a subclávia direita, o ducto torácico desemboca na junção da jugular interna com a subclávia esquerda, apenas nesses locais a linfa retorna para a corrente sanguínea. B) Filtros de linfa: É mais fácil a entrada de microorganismos estranhos nos vasos linfáticos e acabarem caindo na corrente sanguínea, então nos pontos de convergência dos vasos linfáticos existem os linfonodos/gânglio linfático. Características morfológicas: Possuem a mesma estrutura geral dos vasos sanguíneos, mas possuem uma parede ainda mais delgada que da veia, então é mais fácil de identificar por comparação do que isoladamente. Distribuem-se no sentindo de trazer de volta para a corrente sanguínea toda a linfa que é produzida no organismo. O direito drena apenas o quadrante anterior direito do ducto e o torácico todo o resto da linfa do organismo. As túnicas médias e adventícias são bastanteescassas, a maioria nem tem, estão mais presentes nos ductos direito e torácico. Vasos linfáticos freqüentemente têm um grande número de válvulas, já que a linfa não é bombeada ela necessita dessas valvas para não ficar represada, além disso, é comum nos vasos linfáticos haverem os filamentos de ancoragem que são fibras colágenas que conectam a lamina basal aos tecidos vizinhos funcionando como uma túnica adventícia. Os ductos linfáticos possuem uma túnica média, componente muscular que ajuda a bombear que ajuda a linfa a retornar para a corrente sanguínea. E as contrações intrínsecas (Resposta a distensão) e extrínsecas. EDEMA: Não é uma doença e sim um sintoma. Excesso de líquido por conta que a quantidade de líquido que extravasou devido à pressão hidrostática foi muito maior que a quantidade absorvida pela pressão osmótica e pelos capilares linfáticos. Isso pode acontecer por processo inflamatório, pressão arterial elevada, obstrução dos vasos linfáticos, endoparasitose, sedentarismo, desnutrição protéica etc.
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