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Corporeidade e Motricidade Humana - Slides de Aula

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Prévia do material em texto

Profa. Tatyane Perna
UNIDADE I
Corporeidade e 
Motricidade Humana
 O corpo como objeto de estudo em diversas áreas do movimento.
 Aspectos biológicos, psicológicos e sociais.
 O corpo deve ser estudado e entendido em sua totalidade de aspectos.
 O corpo reflete uma cultura!
 A interação com essa cultura se dá pelo movimento.
Como se deu a transformação do corpo durante os anos?
Como é o entendimento do corpo atualmente?
Introdução
 O corpo durante a história era utilizado de diversas formas, dentro de determinado 
contexto social.
 Movimentos de atividades diárias como correr, saltar, pular...
 Movimentos corporais expressivos, que são formas não verbais de comunicação –
exemplo: gestos, posturas e expressões faciais.
 A ética corporal sobre a aparência do próprio corpo – exemplo: pudor e ideal de beleza.
 O controle de estrutura dos impulsos e das necessidades.
 Em cada sociedade, o corpo é visto, concebido e tratado de diversas formas, dependendo 
de diversos fatores.
A corporeidade na história da humanidade
 Na Grécia Antiga – primeiros filósofos.
 Os primeiros filósofos tinham uma visão integral do corpo – um ser único, indivisível e visível.
 O corpo para o povo grego era formado pela soma (corpo) que era a matéria, pela psique
(alma/mente) e pneuma (sopro) que daria vida à matéria, e elas se completavam.
 Corpo e mente são concebidos de modo harmônico.
A corporeidade na história da humanidade
Platão desenvolveu uma visão fundamentada em uma divisão do mundo: real e ideal.
A corporeidade na história da humanidade
Fonte: Livro-texto (adaptado).
RealIdeal
O mundo das ideias
Para Platão, o conhecimento
verdadeiro é dividido
O mundo inteligível
 Eterno e imutável
 Onde reside a verdade
 Perfeito
Mundo da razão = causa de
tudo o que existe
Verdade absoluta
O mundo sensível
 Percebido pelos sentidos
 Universo material
 Cópias físicas do inteligível
Prevalecem as aparências =
enganosas
Reflete a opinião
Platão separa o ser humano em duas partes – corpo e alma. Sendo que a alma comanda 
o corpo. A partir desse pensamento, é construída a ideia de que o homem é constituído 
de três tipos de almas:
 Alma superior: ligada à racionalidade, localizada na cabeça → leva a um caráter racional.
 Alma inferior: ligada aos bens materiais e à luxúria, localizada na região abaixo do abdome 
→ leva a um caráter concupiscível.
 Alma irascível: ligada às emoções e às paixões, localizada no peito do ser humano → leva a 
um caráter irascível.
A corporeidade na história da humanidade
O corpo, para o filósofo Aristóteles:
 Não considera corpo e alma como dois seres distintos – helimorfismo
(não separação do corpo/alma).
 Considera que a alma é a vida do corpo – o corpo era a extensão da alma – extensão física.
 A alma era responsável pelas faculdades de nutrição, reprodução e anímica.
 Sendo que tanto a alma como o corpo se completavam.
É inconcebível a separação de corpo e alma – como se pode ter o pensamento sem o corpo?
 Importante um corpo ativo.
A corporeidade na história da humanidade
 Na Idade Média (séculos V ao XV) – o corpo sofre um processo de descorporalização → 
crescente importância da racionalização.
 Corpo como instrumento de trabalho, sustento e comunicação da sociedade – sistemas de 
castas (feudal).
 Descorporalização → questões religiosas – a Igreja tinha forte influência nos sistemas social, 
comercial e político.
 Santo Agostinho: definiu o corpo como cárcere da alma, e que o corpo físico é uma punição
para a alma.
 Pessimismo com relação às sensações que o corpo provoca.
 A alma deve manter a vigilância sobre o corpo e os sentidos 
para que eles não impeçam de conhecer a verdade divina, 
colocando o corpo no caminho divino.
A corporeidade na história da humanidade
 Já no Renascimento, após a Idade Média – diversos avanços tecnológicos, como 
a valorização do trabalho e, principalmente, do intelecto, capacidade de criação e 
transformação do mundo!
 Esquema mecanicista – o homem como um animal racional.
A corporeidade na história da humanidade
Fonte: 
http://cache1.asset-
cache.net/gc/519190164
-man-followed-by-ideas-
gettyimages.jpg?v=1&c=
IWSAsset&k=2&d=OAp0
Tb4KR597iKW9NN%2fu
nF5E36jvoAieZlD564Byv
HQ%3d&b=MA==
 Descartes estabelece a divisão entre o sujeito objeto (corpo) e espírito da 
matéria (mente). 
 Tendo uma visão separatista e redutora – pensamento semelhante ao de Platão, porém 
com uma concepção cartesiana.
 O corpo é a extensão da alma e a alma não depende dele!
 A mente controla o corpo.
 Descartes não considerava as sensações obtidas pelo corpo, em que o corpo somente 
obedecia a comandos e vontades da mente.
 Mente = pensamento → única forma de adquirir conhecimento.
 Nessa época, o corpo passa a ser objeto de estudo → perde-
se a proibição da Igreja → avanço nos estudos.
A corporeidade na história da humanidade
Na Grécia Antiga não existia a dicotomia entre corpo e alma, o ser humano era considerado
único e indivisível. Platão dá início à oposição entre corpo e alma (mente) e para isso
fundamenta-se em uma divisão de mundo. Sobre este assunto, é incorreto afirmar que:
a) A alma comandava todas as ações do corpo, ela era o princípio do movimento.
b) A inteligência (alma) é a única esfera onde se deve investir para ter conhecimento total 
do mundo em que se vive.
c) Esse dualismo tem a concepção de que corpo e alma possuem realidades diferentes e não 
estão relacionados, são independentes um do outro.
d) Esse dualismo foi desenvolvido tendo a concepção de 
que corpo e alma possuem realidades diferentes, porém 
estão relacionados.
e) O corpo, considerado uma porção de matéria, habitava o 
Mundo Sensível; a alma, que possuía a capacidade de 
pensar, habitava o Mundo Inteligível. 
Interatividade
Na Grécia Antiga não existia a dicotomia entre corpo e alma, o ser humano era considerado
único e indivisível. Platão dá início à oposição entre corpo e alma (mente) e para isso
fundamenta-se em uma divisão de mundo. Sobre este assunto, é incorreto afirmar que:
a) A alma comandava todas as ações do corpo, ela era o princípio do movimento.
b) A inteligência (alma) é a única esfera onde se deve investir para ter conhecimento total 
do mundo em que se vive.
c) Esse dualismo tem a concepção de que corpo e alma possuem realidades diferentes e não 
estão relacionados, são independentes um do outro.
d) Esse dualismo foi desenvolvido tendo a concepção de 
que corpo e alma possuem realidades diferentes, porém 
estão relacionados.
e) O corpo, considerado uma porção de matéria, habitava o 
Mundo Sensível; a alma, que possuía a capacidade de 
pensar, habitava o Mundo Inteligível. 
Resposta
 O corpo passa a ser encarado como um objeto científico.
 Porém, surge Friedrich Nietzsche, contrapondo as concepções de 
dicotomia de Descartes.
 Início da concepção de corpo vivo – o corpo dentro de um contexto social.
 Experiências de um homem vivo, e não um mero objeto.
 A mente não sobrepõe mais o corpo, interage com ele por meio dos sentidos 
e das emoções.
 Necessidade de conhecer a linguagem que o corpo transmite.
“Pelo corpo que se conhece a alma e não o inverso!”
A corporeidade na história da humanidade
 Karl Marx também tinha o mesmo pensamento de Nietzsche – que o corpo faz parte do meio 
e interage com ele.
 Essa relação é desenvolvida pelos movimentos, os quais geram o trabalho → trabalho com 
objetivo de alteração do meio.
 Porém, como os ideais capitalistas eram muito fortes em relação à produção em massa e 
linhas de montagens, Marx faz a crítica de que o ser humano perde a relação da matéria 
produzida com o corpo que a produz.
 Em que o corpo que era responsável pela criação e pela construção, passa a ser somente 
uma mercadoria de mão de obra, principalmente após a Revolução Industrial.
A corporeidade na história da humanidade
 A visão dualista proposta por Platãoe Descartes permanece até hoje → valorização 
do pensar em detrimento do corpo/movimento.
 Porém, Nietzsche e Marx são precursores dos pensadores contemporâneos, com a visão 
de um corpo único e representativo.
 Porém, o pensamento contemporâneo apresenta uma visão mais complexa, tendo como 
base o ser humano e a sua relação com o mundo.
Os principais pensadores sobre o corpo são:
 Maurice Merleau-Ponty,
 Michel Foucault.
A corporeidade contemporânea
 O corpo é a ligação entre o indivíduo e a história, e esse corpo sofrerá as decisões teóricas 
e práticas do conhecimento.
 Exclusão da ideia de separação de Descartes.
A corporeidade contemporânea – Merleau Ponty
Fonte: http://www.estudopratico.com.br/filosofia-de-merleau-ponty/
 Ele trata as sensações do corpo como algo fundamental para a percepção do mundo e essa 
sensação se dá pelo movimento, o qual gera interação com o mundo.
 Tem como objetivo compreender o homem de uma forma integral → o homem 
é o ser-no-mundo.
 A experiência que o corpo gera a respeito da interação com o mundo e com 
outros corpos.
 O movimento irá gerar a intencionalidade. 
 Permite o corpo sentir e perceber o mundo, os objetos 
e outros corpos.
 Essa interação irá gerar sonhos, imaginação e desejos.
A corporeidade contemporânea – Merleau Ponty
 Essa ideia é chamada de subjetividade, de Merleau Ponty.
 A subjetividade irá gerar a noção de liberdade.
 O mundo existe independentemente do homem, porém, aquele não está totalmente 
constituído e construído, dependendo das ações individuais e coletivas.
 A liberdade é resultante da interação entre o interior e o exterior do ser humano (estruturas 
psicológicas e históricas).
 Também são considerados o contexto histórico, as relações sociais e a afetividade, 
sendo isso uma experiência corporal e não intelectual → conquistado pelo movimento 
e pela percepção.
A corporeidade contemporânea – Merleau Ponty
 Para Ponty, o ser humano desaprendeu a viver com seu corpo.
 O corpo do ser humano deve olhar, observar e sentir.
 Isso irá gerar uma experiência, em que o corpo reconhece o espaço como expressivo 
e simbólico.
 Desenvolvendo, assim, o potencial criativo do ser humano.
 O corpo se torna sensível ao mundo, manifestando, assim, a sua corporeidade.
 Motricidade = intencionalidade do corpo pelo movimento.
 Superação da separação sujeito-objeto.
A corporeidade contemporânea – Merleau Ponty
 Estudos das relações entre o poder, o saber e o corpo.
Para Foucault, o corpo irá refletir uma cultura em que ele está inserido, tendo 
três conceitos:
 O sujeito produtivo.
 O modo como o sujeito se constitui ao longo da vida, por questões 
internas e externas.
 A forma na qual o ser humano se torna sujeito.
A corporeidade contemporânea – Michel Foucault
Fonte: 
http://www.universoracionali
sta.org/michel-foucault-2/
 O corpo sofre efeitos do poder → a forma como o poder se manifesta sobre esse corpo.
 O poder interfere na corporeidade do sujeito → refletindo-se em seus hábitos, sentimentos, 
emoções e ações.
 Refletindo também na realidade concreta do indivíduo → o seu corpo, o corpo social, 
e adentrando a sua vida cotidiana.
 O poder não está relacionado ao poder governamental, mas 
sim a todas as esferas do indivíduo.
A corporeidade contemporânea – Michel Foucault
 Estabelecendo, assim, diversas esferas de poder.
 A forma desse poder ser utilizado é por meio da disciplina.
 A disciplina é instaurada por uma série de intervenções e controles regulatórios → Sendo 
isso uma biopolítica. 
 Biopolítica: controle da massa e não individual.
A corporeidade contemporânea – Michel Foucault
Fonte: http://cache3.asset-
cache.net/gc/182929067-yellow-card-
gettyimages.jpg?v=1&c=IWSAsset&k=2&
d=KwzJ8MD4r6kAKp52YSYNW32x3nYO
gw%2fqeT07uSzoUaI%3d&b=MjU=
Práticas disciplinadoras atuais:
 Imposições de gestos, atividades, uso, repartição espacial.
 Cálculo de tempo.
 Prisões, hospitais e escolas.
A corporeidade contemporânea – Michel Foucault
Fonte: 
cdn.morguefile.com/image
Data/public/files/h/HB28/0
5/l/1431023733ug0e2.jpg
 Um corpo disciplinado o mantém introjetado → sem consciência de questionamento pelo 
indivíduo.
 Levando para um autocontrole, não necessitando de controle externo, produzindo um corpo 
dócil.
Desenvolvendo um controle da energia de trabalho, que se baseia em quatro elementos:
1. A distribuição de corpos em funções determinadas.
2. Controle da atividade individual.
3. Organização da formação pela internalização e pela aprendizagem de funções.
4. Composição das forças pela articulação funcional das forças 
corporais em aparelhos eficientes.
A corporeidade contemporânea – Michel Foucault
Sendo assim, a disciplina é observada no nosso corpo de três formas:
 Vigilância hierárquica – hierarquia – observação e fiscalização da produção.
 Sanções normalizadoras – sistema de recompensas e punição com objetivo de corrigir 
e minimizar desvios.
 Exames – relacionados às duas anteriores – para a construção do saber 
e constituição do sujeito.
 O corpo se tornando um objeto de submissão.
 Formando corpos para o exercício de tarefas específicas 
e, assim, aumentando a força dos corpos, em questões 
econômicas de utilidade.
 O corpo é um confronto bélico! Sem liberdade!
A corporeidade contemporânea – Michel Foucault
“O corpo era o cárcere ou a prisão da alma, o qual levava a alma, que era pura e perfeita, ao 
pecado e, consequentemente, à morte, sendo um dos preceitos da Igreja, como forma de 
controle e doutrinamento na Idade Média.”
O trecho acima nos remete à concepção de corpo de qual filósofo?
a) Santo Agostinho. 
b) Karl Marx.
c) Platão.
d) Foucault.
e) Merleau-Ponty.
Interatividade
“O corpo era o cárcere ou a prisão da alma, o qual levava a alma, que era pura e perfeita, ao 
pecado e, consequentemente, à morte, sendo um dos preceitos da Igreja, como forma de 
controle e doutrinamento na Idade Média.”
O trecho acima nos remete à concepção de corpo de qual filósofo?
a) Santo Agostinho. 
b) Karl Marx.
c) Platão.
d) Foucault.
e) Merleau-Ponty.
Resposta
 A motricidade surge como sinal da corporeidade, que está no mundo 
para algum objetivo.
 O movimento está relacionado a um entendimento e interação com o mundo e o sujeito.
 Respeitando a complexidade do ser humano.
“A motricidade representa a vocação da abertura do homem aos outros e ao mundo, 
funcionando, em certo sentido, como provocação que liberta da solidão, para inseri-lo 
no plano da convivência” (TOJAL, 2011).
A motricidade humana
 Com isso, existe uma linha complexa entre os componentes internos – exemplo: sistema 
nervoso – e componentes externos – exemplo: cultura.
 Os componentes externos são captados a partir das experiências de interação 
com o meio externo, representando uma intencionalidade.
 Com isso, a motricidade revela a intencionalidade operante do homem em se movimentar 
com sentido e conteúdo.
 Com objetivo de sempre se superar, e não ser apenas uma máquina reprodutora de 
movimentos preestabelecidos.
A motricidade humana
 Motricidade → busca pela superação de algo que seja interessante para o sujeito, 
que é particular de cada indivíduo, tendo como foco o seu máximo.
 A área que estuda o movimento deve se preocupar com o sujeito que produz o movimento 
e não somente com as estruturas que o produzem – músculos, articulações e ossos.
 A partir do corpo → a motricidade representa um significado para o corpo, pois esse 
significado representa uma intencionalidade.
A motricidade humana
 A motricidade representa um significado para o próprio corpo, pois apresenta um sentido, 
refletindo e manifestando a intenção do próprio corpo, aumentando o entendimento da 
percepção, que é a ligação entre o corpo e o mundo.
 Motricidade é muito mais do que somente o organismo.
 O homem é integral em movimento; sendo, assim, a expressão da corporeidade embelos 
movimentos corporais, com intencionalidade, em consonância com mundo, se relacionando
com as coisas e inserindo o homem em processo construtivo.
A motricidade humana
 Pela motricidade, o homem tem suas primeiras experiências de exploração do mundo pelo 
movimento.
 Constituindo, assim, um processo de humanização, pois a aprendizagem de cada 
indivíduo ocorre em sua relação com o meio social.
A motricidade humana
Fonte: 
https://cdn.morguefile.c
om/imageData/public/fil
es/j/Jogonesoft/01/l/145
3969233bx5mq.jpg
 A motricidade humana é um fenômeno complexo.
 A motricidade não nasce pronta, não apresenta uma ordem cronológica nem 
acontece em estágio.
 A motricidade é um constructo social, dependendo de uma interação.
 Com isso, são apresentadas infinitas possibilidades de construção de uma motricidade 
do indivíduo.
A motricidade humana
 O corpo em movimento sempre foi um dos encantos das áreas que estudam o movimento 
humano, seja em um ambiente escolar, em um jogo recreativo ou em um contexto de 
alto rendimento.
 Será que esse encanto se dá pela compreensão completa do movimento?
 Se a compreensão for realizada de uma maneira segregada...
 Em muitos casos, as áreas do movimento acabam tendo uma visão reducionista 
do movimento, excluindo a complexidade das interações entre as diversas esferas 
do ser humano.
A motricidade humana
A motricidade humana
Fonte: 
https://www.adventureclu
b.com.br/blog/dicas-de-
viagem/gestos-com-as-
maos-e-seus-
significados-em-
diferentes-culturas/
Fonte: 
https://m.megacurioso.com.br/papo-
de-bar/75400-conheca-a-origem-
de-5-gestos-populares.htm
Fonte: 
https://canaltech.com.br/redes-
sociais/instagram-vai-banir-fotos-
com-o-gesto-de-ok-entenda-
152163/
Fonte: 
https://br.depositphotos.com/1
21203312/stock-illustration-
hand-in-rock-n-roll.html
Tratando-se da corporeidade e sua relação com as áreas que estudam o movimento humano,
assinale a alternativa incorreta.
a) A corporeidade se apresenta como uma proposta de superar a visão mecanicista 
ou a dicotomia fragmentadora de uma unidade do ser humano.
b) Na visão da corporeidade como superação da visão mecanicista, o movimento passa 
a ser a intencionalidade de um corpo.
c) A Educação Física está relacionada à corporeidade e ao movimento do ser humano, ou 
seja, à intencionalidade do homem, tendo como abrangências as diversas formas de 
atividades físicas.
d) A fim de trabalhar a corporeidade, é fundamental 
que os especialistas não percam de vista a 
totalidade do ser humano.
e) A ideia de corpo-máquina, ou corpo-objeto, foi desenvolvida 
por Descartes, dando origem e base teórica aos estudos de 
corporeidade, que estudam as questões motoras do corpo. 
Interatividade
Tratando-se da corporeidade e sua relação com as áreas que estudam o movimento humano,
assinale a alternativa incorreta.
a) A corporeidade se apresenta como uma proposta de superar a visão mecanicista 
ou a dicotomia fragmentadora de uma unidade do ser humano.
b) Na visão da corporeidade como superação da visão mecanicista, o movimento passa 
a ser a intencionalidade de um corpo.
c) A Educação Física está relacionada à corporeidade e ao movimento do ser humano, ou 
seja, à intencionalidade do homem, tendo como abrangências as diversas formas de 
atividades físicas.
d) A fim de trabalhar a corporeidade, é fundamental 
que os especialistas não percam de vista a 
totalidade do ser humano.
e) A ideia de corpo-máquina, ou corpo-objeto, foi desenvolvida 
por Descartes, dando origem e base teórica aos estudos de 
corporeidade, que estudam as questões motoras do corpo. 
Resposta
 Qual o objetivo ou alvo de estudos das áreas que estudam o movimento?
 Um corpo dividido e segregado – Anatomia, Fisiologia, Psicologia – uma 
visão dualista.
 Essa separação é ruim para a compreensão do ser humano?
 Depende...
“[...] É fundamental que os especialistas não percam de vista a 
totalidade do ser humano [...], as diferentes áreas do saber são 
apenas perspectivas, parcialização do homem, embora 
cooperem para o conhecimento, não desvelem seu ser total, 
mascarando sua essência” (GONÇALVES, 2012).
A corporeidade e o movimento humano
 É necessário que o corpo seja tratado como sujeito e não objeto → INTENCIONALIDADE.
 Corporeidade – uma proposta de superar a visão mecanicista ou a dicotomia fragmentadora 
do ser humano.
 Acabamos trazendo para a nossa atuação a ideia de um corpo que desenvolve um trabalho 
por meio de movimento, de uma forma mecanizada → corpo-máquina e corpo-objeto.
A corporeidade e o movimento humano
 A ideia de corpo-máquina/objeto foi trazida por Descartes – mente controla o corpo, sem 
qualquer reflexão ou intenção.
 Na sociedade moderna são observados conceitos estéticos empregados, em que são 
colocados padrões e referenciais corporais para serem seguidos.
 A manipulação em busca de uma beleza padronizada.
 O corpo-objeto participa de um mundo de trocas, em que seus 
interesses são determinados por um sistema social, 
transformando o corpo em uma mercadoria.
A corporeidade e o movimento humano
 Com isso, práticas que são realizadas em qualquer tipo de aula que envolva o movimento 
acabam por utilizar o conceito de corpo-máquina e corpo-objeto:
 Correr em volta da quadra.
 Fazer alongamento sem saber o motivo.
 Realização de movimentos repetitivos até a exaustão.
 Quando se chega ao limite, faz-se a utilização de anabolizantes para chegar ao padrão 
“desejado” ou imposto.
A corporeidade e o movimento humano
 Corpo-máquina = corpo dócil, passivo perante o mundo real, conformista, que acaba 
adotando tudo o que a sociedade lhe impõe.
 Assim, traz-se a ideia de um corpo que consome, um corpo-mercadoria.
 Corpo que pode ser trocado, modificado de acordo com os modismos culturais vigentes.
 Consumo exagerado e desenfreado > capitalismo.
 Isso afeta a corporeidade dos indivíduos.
A corporeidade e o movimento humano
Isso afeta a corporeidade dos indivíduos, mas como?
 As questões sociais determinam as normas de relacionamento com o corpo, práticas de 
beleza, manipulação e mutilação, apresentando um significado superficial e simbólico.
 Diversas alterações nos padrões de beleza durante o século XX, principalmente na busca 
por um corpo magro e com formas definidas.
 Somente esse padrão é bem aceito pela sociedade.
 Acarretando problemas no conceito da autoimagem.
A corporeidade e o movimento humano
 A autoimagem é construída a partir de três componentes:
 Perceptivo – aparência física.
 Subjetivo – satisfação da aparência.
 Comportamental – situação de fuga, desconforto.
 A autoimagem é reforçada pela sociedade mediante aprovação e modelação, tentando 
reproduzir ou imitar um padrão determinado.
A corporeidade e o movimento humano
 A busca incessante pelo padrão aceito pode levar a uma visão deturpada da autoimagem, 
levando a transtornos alimentares:
 Bulimia,
 Anorexia nervosa.
 Esses tipos de transtornos têm as mulheres como principais vítimas.
A corporeidade e o movimento humano
Fonte: 
http://cache1.asset-
cache.net/gc/47110
5594-anorexia-
gettyimages.jpg?v=1
&c=IWSAsset&k=2&
d=%2bi0TKuZOViIY
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2fEpX4Sw7Ajj55glts
%3d&b=NTI
Fonte: 
http://cache4.asset-
cache.net/gc/5126235
23-male-anorexia-
gettyimages.jpg?v=1&
c=IWSAsset&k=2&d=1
gc6FjpkWorOFC421%
2bOJZPqcMm9duoTb
kED0sggMa%2fM%3d
&b=QjRF
 Outros transtornos de autoimagem:
 Disformia muscular.
 Transtorno que pode levar ao desenvolvimento da vigorexia.
 Atingindo, principalmente, jovens homens.
 O que leva a desenvolver os transtornos de imagem?
 Imposição da mídia, da sociedade e do meio esportivo.
 Considerar um padrão ideal e que sem ele não obterá a felicidade.
 O corpo como prisioneiro de um sistema de poder.
A corporeidade e o movimento humano
 A corporeidade considera um ser biológico e também um ser social → relação como contexto social.
 O profissional deve ser capaz de compreender o homem em sua totalidade e, assim, 
produzir uma intervenção condizente com a realidade desse homem.
 Para conseguir aplicar essa concepção:
 O profissional deve buscar um corpo possível em uma prática sistematizada.
 Deixar de lado o corpo idealizado – abandonando os 
modismos sazonais da área fitness.
A corporeidade e o movimento humano
 O profissional não pode desprezar as experiências do sujeito, o sistema social e a cultura em 
que ele está inserido.
 Procurar contribuir para o desenvolvimento desse corpo real e existente, que irá se 
movimentar em busca de uma superação.
 Saber trabalhar o sujeito racional, criativo, dependente do conhecimento de si, 
dos outros e do mundo.
 Se o profissional entender isso, ele agregará diversos valores que darão 
suporte à sua atuação.
A corporeidade e o movimento humano
 A corporeidade exigirá um trabalho amplo do profissional.
 Atuará com uma grande variedade de sujeitos.
 Ir contra as mensagens vinculadas por diversos meios de comunicação.
 A compreensão de uma corporeidade integral faz com que o profissional tenha consciência 
dos rumos que a área apresenta.
 Valorizar o sentido de humanidade e o sujeito-autor de uma história e de uma cultura.
A corporeidade e o movimento humano
O conceito de autoimagem ou imagem corporal envolve três componentes. São eles: 
a) Perceptivo, satisfação e comportamental. 
b) Comportamental, psicológico e biológico.
c) Subjetivo, comportamental e biológico.
d) Perceptivo, comportamental e subjetivo.
e) Social, subjetivo e objetivo.
Interatividade
O conceito de autoimagem ou imagem corporal envolve três componentes. São eles: 
a) Perceptivo, satisfação e comportamental. 
b) Comportamental, psicológico e biológico.
c) Subjetivo, comportamental e biológico.
d) Perceptivo, comportamental e subjetivo.
e) Social, subjetivo e objetivo.
Resposta
ATÉ A PRÓXIMA!
Profa. Tatyane Perna 
UNIDADE II
Corporeidade e
Motricidade Humana
 Já parou para pensar nas perguntas:
 “O que você considera ter qualidade de vida?”
 “Você está em busca de qualidade de vida?”
 Porém, quais são os aspectos envolvidos na expressão “qualidade de vida”?
 Diversos significados e conceitos.
 Conhecimentos, experiências e valores individuais e coletivos.
 Como isso afeta a corporeidade e a motricidade humana?
Introdução
 Qualidade de vida = abordagem multidisciplinar.
O termo foi usado pela primeira vez nos anos 1960, pelo presidente dos EUA, Lyndon Johnson:
“Os objetivos não podem ser medidos através de balanços de bancos. Eles só podem ser 
medidos através da qualidade de vida que proporcionam às pessoas.”
 Apropriação popular da expressão.
 Forma de simplificar a melhora para um padrão elevado de 
bem-estar na vida, principalmente econômico.
Qualidade de vida e saúde
 Qualidade de vida é um pressuposto totalmente humano e se relaciona ao grau de satisfação 
nos contextos familiares, sociais, amorosos, estéticos e nos diversos ambientes em que se 
está inserido.
 Refere-se à capacidade dos indivíduos de refletirem uma síntese da cultura de todos os 
diversos elementos que a sociedade determina como padrão de um conforto e bem-estar.
Qualidade de vida e saúde
A OMS (WHOQOL group, 1995) definiu que:
“Qualidade de vida é a percepção do indivíduo de sua posição na vida, no contexto da cultura e 
sistemas de valores e em relação aos seus objetivos, padrões e preocupações.”
Inclui 6 domínios:
1. Saúde física.
2. Estado psicológico.
3. Níveis de dependência.
4. Relacionamentos sociais.
5. Características ambientais.
6. Padrões espirituais.
Qualidade de vida e saúde
 A qualidade de vida pode ser medida também pela distância entre as expectativas individuais 
e a realidade vivida.
 Quanto menor essa distância, melhor será a qualidade de vida.
Essa distância é determinada por 3 referenciais:
1. Histórico: ligado ao tempo econômico, social e tecnológico.
2. Cultural: valores e necessidades dos povos, revelando seus costumes e tradições.
3. Classes sociais: apresenta grande desigualdades entre as 
classes. Os padrões de referência são das classes superiores e 
da ascensão para elas.
Qualidade de vida e saúde
 Muitos fatores interferem na qualidade 
de um indivíduo, sendo que 
esses fatores se relacionam.
Qualidade de vida e saúde
Qualidade 
de
vida
Relações 
sociais
Saúde
Trabalho
Satisfação 
pessoal
Estabilidade 
financeira
Ambiente de 
qualidade
Envolvimento 
emocional
 Não existe uma concordância por um conceito único, devido à diversidade de domínios que 
compõe a qualidade de vida.
 Apesar de não ter um conceito único, a qualidade de vida se relaciona à percepção de como 
as pessoas vivem, sentem e compreendem seu cotidiano, envolvendo questões como:
 Educação, saúde, transporte, moradia e participações em decisões que lhe dizem respeito.
 Capacidade para alcançar as funcionalidades:
 Alimentar-se adequadamente e ter saúde, autorrespeito e integração social.
Qualidade de vida e saúde
OMS (1995):
“Qualidade de vida é a percepção do indivíduo de sua posição na vida, no contexto da cultura e 
sistemas de valores e em relação aos seus objetivos, padrões e preocupações.”
Qualidade de vida e saúde
Percepção 
objetiva
Percepção 
subjetiva
Qualidade 
de vida
 Esfera de percepção objetiva:
 Elementos passíveis de serem quantificados e são concretos.
 Podem sofrer alterações rápidas pelo ser humano. 
 Necessidades que garantem a sobrevivência do indivíduo ou da sociedade.
 Alimentação, moradia, acesso à saúde, emprego.
 A partir dessa esfera são traçados índices de referência sobre as características sociais e 
econômicas da população.
 Criação de políticas e ações para a melhoria da qualidade de vida da população.
Qualidade de vida e saúde – percepção objetiva
 Bens de consumo essenciais à sobrevivência do ser humano.
Três características:
1. Aquisição de bens materiais.
2. Avanços educacionais.
3. Condições de saúde.
 Esses indicadores levam em consideração as características gerais da população, porém 
desconsideram os aspectos culturais.
 Exemplo: Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
Qualidade de vida e saúde – percepção objetiva
Esfera de percepção subjetiva:
 Elementos subjetivos, de difícil medição ou mensuração.
 Compreende variáveis históricas, sociais e culturais.
 Interpretação individual sobre as condições de bens materiais e de serviços do indivíduo.
 Fatores emocionais.
 Expectativas e possibilidades de um grupo social ou indivíduo quanto a realizações e 
percepção da vida.
 Inclusive prazer, felicidade e tristeza.
 É necessário uma caracterização sociocultural prévia do 
ambiente em que o grupo ou o sujeito vive.
Qualidade de vida e saúde – percepção subjetiva
 Trabalha com ações individuais diante da vida do próprio sujeito.
Ligada a três questões fundamentais:
1. O bem-estar dentro das experiências individuais.
2. A presença de aspectos positivos na vida do indivíduo, de uma forma geral.
3. Percepção positiva se sobrepondo à negativa.
 Cada sociedade, por meio de sua cultura, irá determinar 
quais são os padrões de vida, direcionando expectativas e 
níveis de satisfação.
 Medição complexa.
Qualidade de vida e saúde – percepção subjetiva
 As esferas de percepções não podem ser mensuradas de forma separadas, pois se 
complementam.
 Pelo fato de ocorrer essa complementação, é difícil designar “determinado fator para cada 
esfera”.
 O ambiente irá influenciar a qualidade de vida → contexto social.
 A posição que o sujeito ocupa na sociedade irá determinar seus hábitos e comportamentos.
 Condições socioeconômicas.
 Percepções têm a influência da sociedade como um todo.
 Ter uma boa qualidade de vida irá depender das oportunidades do sujeito.
Qualidade de vida e saúde – relação entre as esferas
A expressão “qualidade de vida” passou a serusada cotidianamente e se apresenta, de uma 
maneira global, como uma satisfação geral com a vida. Essa qualidade abrange muitos fatores 
– de percepção objetiva e subjetiva. São fatores de percepção subjetiva:
a) Renda, transporte, satisfação pessoal, alimentação. 
b) Acesso à água potável, satisfação pessoal, felicidade.
c) Experiências, expectativas, satisfação pessoal. 
d) Experiências, educação, renda. 
e) Saúde, renda, educação. 
Interatividade
A expressão “qualidade de vida” passou a ser usada cotidianamente e se apresenta, de uma 
maneira global, como uma satisfação geral com a vida. Essa qualidade abrange muitos fatores 
– de percepção objetiva e subjetiva. São fatores de percepção subjetiva:
a) Renda, transporte, satisfação pessoal, alimentação. 
b) Acesso à água potável, satisfação pessoal, felicidade.
c) Experiências, expectativas, satisfação pessoal. 
d) Experiências, educação, renda. 
e) Saúde, renda, educação. 
Resposta
 A qualidade de vida vem recebendo uma crescente atenção, principalmente das áreas de 
Ciências Biológicas e Humanas.
 Porém, como dito anteriormente, a sua mensuração é complexa, pois abrange muito fatores 
(objetivos e subjetivos).
Os estudos em qualidade de vida podem ser abordados com as seguintes temáticas:
1. Econômica – indicadores sociais (renda, transportes etc.).
2. Biomédica – oferecer melhoria na vida dos enfermos.
3. Psicológica – reações subjetivas do indivíduo (felicidade etc.).
4. Geral – abordagem multidisciplinar (mais complexa).
Instrumentos para a medição da qualidade de vida
 A qualidade de vida é retratada a partir das necessidades básicas e criadas pelo 
desenvolvimento econômico e social de determinada cultura.
 Sendo assim, os parâmetros estão relacionados às ideias de SER, PERTENCER e 
TRANSFORMAR.
Instrumentos para a medição da qualidade de vida
Qualidade de vida
Transformar
Pertencer
Ser
Fonte: Livro texto da disciplina. Página 64
A relação entre o sujeito e a sociedade se dá a partir de 3 parâmetros:
1. Desenvolvimento econômico, social e tecnológico da sociedade.
2. Valores, necessidades e tradições.
3. Separações sociais – ideias de qualidade de vida se relacionam às camadas 
superiores ou à passagem para elas.
Principais instrumentos para a medição da qualidade de vida:
 Índice de Desenvolvimento Humano – IDH.
 Questionário WHOQOL-100/bref.
Instrumentos para a medição da qualidade de vida
IDH
 Um dos instrumentos mais tradicionais e usados para a avaliação em grandes populações 
(países).
 Visão global de um país, utilizando parâmetros como saúde, distribuição de renda e 
educação.
 Não consegue captar as questões subjetivas do indivíduo ou população (felicidade, tristeza, 
participação na sociedade etc.).
“O conceito de desenvolvimento humano também faz 
parte do pressuposto de que para aferir o avanço na qualidade 
de vida de uma população é preciso ir além do viés puramente 
econômico e considerar outras características [...]” 
(PNUD, 2016).
Instrumentos para a medição da qualidade de vida
IDH
 Como dito anteriormente, ele é formado por três pilares:
1. Saúde – uma vida longa e saudável > medida pela expectativa de vida.
2. Educação – acesso ao conhecimento.
 Média de educação dos adultos que é avaliada pela média de anos estudados durante a 
vida, após os 25 anos.
 Expectativa de anos de escolaridade para crianças na idade de iniciar a vida escolar.
3. Renda – padrão de vida > avaliada pela renda nacional bruta 
per capita, que é expressa em poder de paridade de compra.
Instrumentos para a medição da qualidade de vida
IDH
 A classificação para se determinar se um local apresenta um alto ou baixo desenvolvimento 
humano varia de 0 a 1. Quanto mais próximo do 1, maior o desenvolvimento humano.
 0 a 0,550: desenvolvimento humano baixo.
 0,550 a 0,699: desenvolvimento humano médio.
 0,700 a 0,799: desenvolvimento humano alto.
 0,800 a 1: desenvolvimento humano elevado.
Instrumentos para a medição da qualidade de vida
 WHOQOL – 100
 Década de 1990 – criação de muitos instrumentos para mensurar a qualidade de vida, 
porém replicá-los em diferentes culturas era complexo.
 O grupo de estudos em qualidade de vida (WHOQOL), da OMS, desenvolveu 
o WHOQOL – 100.
 Contendo 100 itens, divididos em 6 domínios e 24 facetas.
 O instrumento utiliza uma escala de respostas do tipo Likert.
Três aspectos fundamentais:
1. Subjetividade.
2. Multidimensionalidade.
3. Presença de dimensões positivas e negativas.
Instrumentos para a medição da qualidade de vida
 Domínio I – físico
1. Dor e desconforto.
2. Energia e fadiga.
3. Sono e repouso.
 Domínio II – psicológico
4. Sentimento positivo.
5. Pensar, aprender, memória e concentração.
6. Autoestima.
7. Imagem e aparência corporal.
8. Sentimentos negativos.
Instrumentos para a medição da qualidade de vida
 Domínio III – nível de dependência
9. Mobilidade.
10. Atividade da vida cotidiana.
11. Dependência de medicamentos ou tratamento.
12. Capacidade.
 Domínio IV – relações sociais
13. Relações pessoais.
14. Apoio social.
15. Atividade sexual.
Instrumentos para a medição da qualidade de vida
 Domínio V – ambiental
16. Segurança física e proteção.
17. Ambiente no lar.
18. Recursos financeiros.
19. Cuidados de saúde e sociais: disponibilidade e qualidade.
20. Oportunidade de adquirir novas informações e habilidades.
21. Participação e oportunidades de recreação e lazer.
22. Ambiente físico.
23. Transportes.
 Domínio VI – aspectos espirituais/religião/crenças pessoais
24. Espiritualidade/religião/crenças pessoais.
Instrumentos para a medição da qualidade de vida
Para a construção e a testagem desses instrumentos foram utilizados 15 diferentes centros 
urbanos, em 5 continentes distintos.
 Tentativa de amenizar ou diminuir as diferenças criadas pelos aspectos culturais.
 Tentando traduzir uma realidade única.
 Escala de intensidade (nada -1 a exatamente -5).
 Escala de frequência (nada -1 a sempre -5).
 Escala de avaliação (muito satisfeito/ruim -1 a muito 
satisfeito/boa -5).
Instrumentos para a medição da qualidade de vida
 Devido ao fato de ser longo, apresentando 100 questões, foi criada uma versão reduzida, o 
WHOQOL-bref.
 Composto por 26 questões, sendo 2 aspectos gerais e 24 específicos das facetas do 
instrumento original.
 Composto por 4 domínios: físico, psicológico, relações sociais e meio ambiente.
 Esse instrumento preserva a abrangência da qualidade de vida e é uma alternativa para a 
aplicação quando se tem restrições de tempo.
Instrumentos para a medição da qualidade de vida
 Domínio I – físico
1. Dor e desconforto.
2. Energia e fadiga.
3. Sono e repouso.
9. Mobilidade.
10. Atividade da vida cotidiana.
11. Dependência de medicamentos e/ou de tratamentos.
12. Capacidade de trabalho.
Instrumentos para a medição da qualidade de vida
 Domínio II – psicológico
4. Sentimento positivo.
5. Pensar, aprender, memória e concentração.
6. Autoestima.
7. Imagem e aparência corporal.
8. Sentimentos negativos.
24. Espiritualidade/religião/crenças pessoais.
 Domínio III – relações sociais
13. Relações pessoais.
14. Apoio social.
15. Atividade sexual.
Instrumentos para a medição da qualidade de vida
 Domínio IV – meio ambiente
16. Segurança física e proteção.
17. Ambiente no lar.
18. Recursos financeiros.
19. Cuidados de saúde e sociais: disponibilidade e qualidade.
20. Oportunidade de adquirir novas informações e habilidade.
Instrumentos para a medição da qualidade de vida
Durante os anos 1990, ocorreu um crescimento de instrumentos, objetivando mensurar a 
qualidade de vida e seus componentes. O WHOQOL group, um grupo de estudos e pesquisa 
em qualidade de vida da Organização Mundial da Saúde, em um trabalho colaborativo 
multicêntrico, desenvolveu o WHOQOL-100, um instrumento de qualidade de vida composto 
por 100 itens. Posteriormente, foi criado o WHOQOL-bref, compostopor 26 questões. Sobre 
estes instrumentos, assinale a alternativa incorreta: 
a) Com a versão abreviada, é preservada a abrangência da qualidade de vida, além de ser 
uma alternativa de grande utilidade para as situações em que a aplicação da versão 
original se torna difícil em virtude da restrição de tempo.
b) O instrumento utiliza uma escala de respostas do tipo Likert.
Interatividade
c) A construção desse instrumento ocorreu em quatro estágios, que vão desde a tentativa da 
construção de um conceito ou um consenso para a qualidade de vida por experts da área, 
passando pela confecção de um instrumento piloto, até a testagem em campo.
d) O WHOQOL-100 é um instrumento de qualidade de vida composto por 100 itens, divididos 
em 4 domínios e 24 facetas.
e) A ideia de utilizar uma diversidade cultural na construção desse instrumento mundial é, a 
partir dessas realidades diferentes, tentar, ao máximo, reduzir as interferências culturais.
Interatividade
Durante os anos 1990, ocorreu um crescimento de instrumentos, objetivando mensurar a 
qualidade de vida e seus componentes. O WHOQOL group, um grupo de estudos e pesquisa 
em qualidade de vida da Organização Mundial da Saúde, em um trabalho colaborativo 
multicêntrico, desenvolveu o WHOQOL-100, um instrumento de qualidade de vida composto 
por 100 itens. Posteriormente, foi criado o WHOQOL-bref, composto por 26 questões. Sobre 
estes instrumentos, assinale a alternativa incorreta:
d) O WHOQOL-100 é um instrumento de qualidade de vida composto por 100 itens, 
divididos em 4 domínios e 24 facetas.
Resposta
 Qual é a relação existente entre a qualidade de vida e a corporeidade?
 Corporeidade na sociedade ocidental:
 Dicotomia entre corpo e mente – cartesianismo de Descartes.
 Dinâmica entre o sujeito e o mundo – Foucault e Merleau-Ponty.
 Qualidade de vida apresenta um caráter abrangente, multidisciplinar, não podendo ser 
refletido com somente dados estatísticos.
Qualidade de vida e corporeidade
 Tanto a qualidade de vida como a corporeidade têm como objetivo a transformação do 
sujeito, por meio do corpo que está inserido em uma cultura.
 Corporeidade e qualidade de vida não são concepções abstratas.
 Cada indivíduo constrói essas concepções em todos os momentos de sua existência.
 Trazendo o conceito de corpo ativo – um corpo que percebe e concebe o mundo e outros 
corpos na tentativa de reaprender a viver em sociedade.
Qualidade de vida e corporeidade
 A esfera de percepção subjetiva está estreitamente ligada às experiências do corpo no 
mundo em que ele vive.
 Para que essas experiências sejam transformadoras, é necessária uma educação, não 
somente a intelectual, mas também de sua sensibilidade e imaginação.
 A qualidade de vida é um processo que deve ser incorporado pelo sujeito, por meio de sua 
corporeidade que tenta entender o homem em seu sentido mais amplo, relacionando-o com 
a história e a cultura.
Qualidade de vida e corporeidade
 Na sociedade atual, a noção de qualidade de vida está atrelada a:
 Bens e sonhos de consumo:
 Estéticos.
 Materiais.
 Isso acaba por afastar o sentido de ligação entre a qualidade de vida e a corporeidade.
 A incorporação da qualidade de vida requer uma mudança no estilo de vida, tendo uma vida 
sem sofrimento, com felicidade e sem dor, convívio social harmônico, sem conflitos e com 
igualdade de oportunidades.
Qualidade de vida e corporeidade
 Essa qualidade incorporada traz o conceito de corpo ativo.
 Corporeidade vivida – um entendimento do sujeito a respeito do mundo, dos 
outros e de si mesmo.
 Pretensão de ver o que os seres que integram o mundo tentam lhe mostrar.
 Busca uma qualidade de vida e tenta compreender a realidade.
 Necessita de uma reflexão para incorporar suas características, aprender sobre diversas 
perspectivas e, assim, promover um desenvolvimento de suas habilidades.
Qualidade de vida e corporeidade
 Para que aconteça esse desenvolvimento, é necessário construir uma educação.
 O ambiente e o estilo de vida influenciam a vida.
 A vida deve estar centrada em uma seguridade para a manutenção da saúde.
 Trazendo protagonismo social.
 Processo de aprendizagem pelo corpo.
Qualidade de vida e corporeidade
Corporeidade Qualidade de 
vida
Transcendência
 Não existe um caminho ou uma receita.
 Desafio de reflexão – conhecimento multidimensional.
 Trabalho de maneira ativa.
 O conhecimento adquirido deve apresentar um contexto global, multidimensional e 
complexo.
 Formas verdadeiras de desenvolvimento humano.
 Compreender o ser humano.
Qualidade de vida e corporeidade
 Uma corporeidade plena irá refletir na qualidade de vida e vice-versa.
 Transformar a intencionalidade em ações de cidadania com o intuito de transformar uma 
sociedade democrática.
 Necessário viver e conviver com a diversidade de espécies dentro do próprio mundo.
 Proteção ambiental.
 Prática de atividades físicas – prevenção e tratamento 
de doenças, melhorias nos estados físicos e 
emocionais do indivíduo.
Qualidade de vida e corporeidade
A corporeidade e as áreas do movimento se relacionam à medida que:
a) Haja intencionalidade do movimento humano. 
b) Viram produtos da sociedade capitalista.
c) São relacionadas com a educação física escolar.
d) Fazem parte da formação profissional.
e) Se referem ao indivíduo como reprodutor da cultura vigente.
Interatividade
A corporeidade e as áreas do movimento se relacionam à medida que:
a) Haja intencionalidade do movimento humano. 
b) Viram produtos da sociedade capitalista.
c) São relacionadas com a educação física escolar.
d) Fazem parte da formação profissional.
e) Se referem ao indivíduo como reprodutor da cultura vigente.
Resposta
 A Educação Física/Fisioterapia e a qualidade de vida sempre tiveram e sempre terão 
uma relação bem estreita.
 Nos últimos anos, aumentou o interesse pela adesão ou aderência pela prática de 
atividades físicas regulares.
 A cultura que o sujeito está inserido irá determinar como será a relação entre a atividade 
física e a qualidade de vida.
 Atividade física = saúde.
 Saúde – resultante social da construção coletiva dos 
padrões de confortos e tolerância que determinada 
sociedade estabelece.
Qualidade de vida
 Saúde e doença não estão relacionadas somente a um único aspecto.
 Acesso a bens relacionados aos serviços de saúde pode ser dividido em duas abordagens:
 Prevenção em saúde: encorajamento da associação direta e predominante da relação 
entre os hábitos do sujeito e a sua condição de saúde.
 Promoção da saúde: união de interesses em promover a saúde em diversas esferas 
da sociedade.
 Saúde apresenta um sentido amplo e não somente o estado de não estar doente.
Qualidade de vida
 Na sociedade atual, para a atividade física, é atribuída uma colocação privilegiada, com o 
objetivo de conquistar uma situação de melhor saúde.
 Atividade física está relacionada ao movimento humano, realizado pelo próprio corpo e seus 
componentes, gerando um gasto energético.
 É colocado que a atividade física está conectada à saúde, gerando, assim, um modelo de 
saúde e boa forma.
 Porém, não é bem assim...
Qualidade de vida
 A atividade física apresenta um composto de variáveis e opções existentes.
 Influencia o bem-estar do indivíduo.
 Continuidade ou manutenção da saúde.
 É necessário ter algumas premissas de que a prática dessa atividade está de acordo com as 
características e as expectativas do indivíduo.
 Estilos de atividade física com objetivos diferentes com o passar dos anos.
Qualidade de vida
 A adesão à atividade física sistematizada não pode ser por modismo ou por imposição de 
algum sistema.
 O uso da tecnologia como aliada.
 Como fazer isso?
 Necessária uma reflexão de como isso interfere na qualidade de vida e na saúde.
 A aptidão física é uma variável à prática da atividade física:
 Pode ser melhorada, aperfeiçoandoa performance.
 Auxiliar na prevenção de doenças e na maior disposição.
Qualidade de vida
Na atividade física, com objetivos de saúde, deve-se considerar as seguintes características:
 Do sujeito.
 Aptidão física.
 Sentido da prática.
 Objetivo da prática.
Papel importante do profissional:
 Desenvolvimento da autonomia do sujeito.
 Tem que ser crítico aos modismos.
 Moral e ético.
Qualidade de vida
 O esporte é uma das atividades dentre as muitas disponíveis.
 O esporte tem função para a vida do homem em sociedade.
 O esporte é uma manifestação cultural, que passou por diversas épocas, refletindo as 
características da sociedade.
 Influências mercadológicas e da mídia.
 O esporte apresenta diversas facetas.
Qualidade de vida
 A prática de esporte propõe um relacionamento interpessoal que transfere significado 
importante para a sociedade contemporânea.
O esporte possui as seguintes dimensões:
I. Papel histórico, sua racionalização e a ligação com os capitais simbólicos, artísticos e de 
poder.
II. Dimensões científicas.
III. Ligação com a industrialização e a profissionalização.
IV. Mídias, políticas públicas, preconceitos e violência.
V. Transmissão de valores integrados às ações culturais de um grupo social.
Qualidade de vida
 Manifestações do esporte no Brasil (1998):
 Esporte-educacional.
 Esporte-participação.
 Esporte-rendimento.
 Esporte-formação.
 O esporte e a saúde ainda têm um longo caminho para ser percorrido, para se conseguir 
estabelecer uma relação entre ambos.
 Doping, lesões, segregação política (valores).
 Fair play, esporte paralímpico, valores positivos.
Qualidade de vida
Sobre o termo “qualidade de vida”, é incorreto afirmar:
a) O termo qualidade de vida tem sido utilizado desde os anos 60, principalmente 
como força política.
b) O universo relacionado à qualidade de vida se manifesta em diferentes áreas, ou seja, 
apresenta uma abordagem multidisciplinar.
c) Qualidade de vida é um pressuposto totalmente humano e está relacionado ao grau de 
satisfação que é encontrado nos contextos da vida familiar, social, amorosa, a própria 
estética e o ambiente em que se está inserido.
d) Qualidade de vida deve ser mensurada a partir de dados 
estatísticos, pois são esses dados, somente, que nos dão 
com toda certeza os resultados da qualidade de vida de 
um determinado grupo.
e) A compreensão sobre a qualidade de vida remete a inúmeras 
variáveis do conhecimento humano, biológico, médico, 
social, econômico, político, entre outros, e assim uma 
inter-relação deles.
Interatividade
Sobre o termo “qualidade de vida”, é incorreto afirmar:
a) O termo qualidade de vida tem sido utilizado desde os anos 60, principalmente 
como força política.
b) O universo relacionado à qualidade de vida se manifesta em diferentes áreas, ou seja, 
apresenta uma abordagem multidisciplinar.
c) Qualidade de vida é um pressuposto totalmente humano e está relacionado ao grau de 
satisfação que é encontrado nos contextos da vida familiar, social, amorosa, a própria 
estética e o ambiente em que se está inserido.
d) Qualidade de vida deve ser mensurada a partir de dados 
estatísticos, pois são esses dados, somente, que nos dão 
com toda certeza os resultados da qualidade de vida de 
um determinado grupo.
e) A compreensão sobre a qualidade de vida remete a inúmeras 
variáveis do conhecimento humano, biológico, médico, 
social, econômico, político, entre outros, e assim uma 
inter-relação deles.
Resposta
 PNUD. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Relatório anual, 2016.
 WHOQOL group, The. The World Health Organization quality of life assessment (WHOQOL): 
position paper from the World Health Organization. Soc. Sci. Med. 1995; 41: p. 1403-1410.
Referências bibliográficas
ATÉ A PRÓXIMA!
	Slides de Aula – Unidade I
	Slides de Aula – Unidade II

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