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Estudo Dirigido - Renascimento

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Instituto de Ciências Humanas
Departamento de História
História Moderna 1
Professora: Marina Thome Bezzi
Evelyn Gonçalves da Silva Lopes – 190086904
Estudo Dirigido – Unidade 2
Alguns estudiosos acreditam que durante o século XV ocorreu uma “explosão de conhecimento”. O texto de Elizabeth Eisenstein “Algumas Características da Cultura Impressa” do livro ‘A Revolução da Cultura Impressa’ trata-se sobre as revoluções que ocorreram das comunicações no final do século XV, como a substituição do manuscrito pelo texto impresso. A grande questão do capítulo é como essa revolução afetou outros desenvolvimentos históricos da época e como a imprensa lidou com todas essas mudanças na forma de produção. 
Com a nova substituição, houve uma ampla disseminação de textos, o que facilitou a vida dos estudantes e da população de maneira geral ao acesso a um maior número de livros. Essa nova ponte de comunicação, segundo Eisenstein, ampliou os horizontes mentais pelas descobertas geográficas, e isto torna mais visível as contradições de pensamentos e se torna difícil a harmonização (1990, p. 59-60). O lado bom dessa propagação seria a da combinação de velhas ideias, o que criou sistemas de pensamentos totalmente novos e diferentes. 
Com o acesso fácil a um maior número de livros, a imprensa passou a incentivar estas novas formas de atividade combinatória, o que alterou as relações entre os homens e os sistemas de ideias. O primeiro século da imprensa foi majoritariamente marcado por esse “intercâmbio transcultural”, como nomeia a autora e pela tecnologia. Ele disseminou as ideias de pensamento ocidental, como da religião Católica. Porém, os escritos herméticos, hieróglifos e de outras escritas foram espalhados de maneira errônea a curto prazo. 
Outro argumento da autora é de que é necessário mostrar como a imprensa foi necessária na modificação de padrões culturais (1990, p. 66). A padronização é vista como um grande problema durante o texto, ela afeta a tipografia e também os manuscritos. Quando vemos uma impressão acreditamos ser mais nova do que um manuscrito, e isto é um feito da padronização. Em contraposição a padronização, está um reconhecimento da diversidade que também ocorria durante a época.
As utilidades da impressão eram várias. A dinastia reinante da época, por exemplo, fez uso da imprensa buscando a divulgação de retratos para marcar uma presença pessoal na mente dos súditos, o que se tornou um dos mais celebres episódios da Revolução Francesa (1990, p. 74). As edições editorias tomadas foram bastante importantes, foram uma porta de entrada ao mundo da imprensa para várias pessoas e para a melhora dos produtos com o passar dos anos. Ela usufruiu de certos dispositivos para sua melhoria, e com a acumulação de mais dados ao longo do tempo, era necessária uma classificação mais apurada. 
A característica mais importante da imprensa, segundo Eisenstein, é a de preservação. Na medida que os registros eram usados, eles se desgastavam. E até mesmo os documentos quando guardados, sofriam com o tempo. Resumidamente, um manuscrito não tinha como durar por muito tempo. O processo de recuperação, que surgiu depois da imprensa, foi criado justamente para a descoberta e restauração de registros antigos. Mas a imprensa foi fundamental para essa preservação. A permanência dos textos impressos permitiu também o reconhecimento da inovação individual.
Com o uso de suas fontes, Elizabeth Eisenstein busca reforçar seus argumentos. Algumas de suas fontes primárias são texto da Primitiva Ur, Corpus Hermético, Hieroglifos, Bíblia Iniqua, Essais do autor Montaigne que desenvolveu um novo gênero literário, Ulm, Abraham Ortelius, Magna Carta, São Boaventura e Respublica Litterarum. Algumas das fontes secundárias usadas são obras dos autores Marlowe, Rabelais, Arthur Koestler, “Principia” de Newton, Sarton, McLuham, Petter Schoeffer, Robert Estienne, C. S. Lewis, Cristopher Plantin, Neal Gilbert, John Rastell, David Hume, George Wythe e a obra “Crônica de Nuremberg”. A autora durante o texto transita por campos acadêmicos como a história da comunicação, história da imprensa, história da religião, história do cristianismo, história francesa, história medieval, história da linguística, história intelectual, ciência moderna e ciências sociais. 
O texto “Razão de Estado” de João Adolfo Hansen publicado por ‘Artepensamento’ trata sobre a ascensão da monarquia e os conflitos de poder que ocorreram durante o século XVI e como elas levam a discutir a razão de Estado. Ele contrapõe durante o texto figuras públicas para mostrar diferentes formas de pensamento. Umas acreditando na razão de Estado estar nas virtudes cristãs, outras acreditando na natureza corrupta do homem. Durante a época, as monarquias coexistiam e disputavam com a soberania cristã em ser uma potência absoluta. Com as novas tecnologias criadas, o encontro de diferentes povos transformou o que se conhecia como “natureza humana”. A questão da moral, foi muito debatida na época tendo isto em vigor.
A razão de Estado por muitos estudiosos é tratada como o poder absoluta que transgride o direito, visando a manutenção do reino, garantindo a soberania contra possíveis inimigos, sendo então, superior ao próprio poder. Alguns desses estudiosos veem a razão de uma maneira cristã, acreditando que um bom governante atravessa os momentos de crises visando uma finalidade superior do governo e que governar é conduzir como convém (HANSEN, 1996).
Durante seu texto, o autor opõe majoritariamente dois autores: Maquiavel e Giovanni Botero. Para ele, não se pode confundir o maquiavelismo com Maquiavel, o Maquiavel pressupõe que o homem é mal por natureza, descarta Deus quando se trata de política, acredita que a conduta do príncipe deve ser de acordo com a situação e que a suprema obrigação do governante é manter o poder e a segurança do país que governa. Já Botero acredita que a sumissão de um povo ao seu monarca define a soberania, que a primeira virtude de todas é a soberania e que a desigualdade é natural. 
Estas discussões sobre a “razão de Estado” também influenciaram nas invasões da América e no massacre de povos originários. Acreditavam que por não conhecerem a religião Católica, os indígenas não podiam viver uma vida de liberdade política e dignidade humana (HANSEN, 1996). Para o autor, é um equívoco supor que a política católica seja democrática. Sendo assim, a noção de razão de Estado se trata de aspectos institucionais e valores políticos diversos.
Hansen busca trazer como fontes primárias autores e o que significa pra eles a razão de Estado que ele busca tratar em seu texto. Algum desses autores e obras são “Summa Política” de Sebastião César de Meneses, “O Príncipe” de Maquiavel, “Da razão de Estado” de Giovanni Botero, “A sombra de Maquiavel e a ética tradicional portuguesa“ de Martim de Albuquerque, “República” de Platão, obras de Tomás de Aquino, “Política” de Aristóteles, “Cidade de Deus” de santo Agostinho, “Annales” de Tácito e “Policraticus” John de Salisbury. Assim como o tratado “Demócrates”, de Juan Ginés de Sepúlveda. O autor durante sua obra transita por campos acadêmicos como história política, história do catolicismo e filosofia.
Número de palavras: 1102
Referências Bibliográficas
EISENSTEIN, E.L. Algumas características da cultura impressa. In: A Revolução da Cultura Impressa. Os Primórdios da Europa Moderna. São Paulo: Ática, 1990, p. 57–107.
HANSEN, J.A. Razão de Estado. ArtePensamento, 1996.