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INSTITUTO EDUCACIONAL PAULO FREIRE – IEPF BRUNO LEITE DAMASCENO AMBIENTE DE TRABALHO: A IMPORTANCIA DA MOTIVAÇÃO E SUA INFLUÊNCIA Santa Luzia – MA 2015 BRUNO LEITE DAMASCENO AMBIENTE DE TRABALHO: A IMPORTANCIA DA MOTIVAÇÃO E SUA INFLUÊNCIA Monografia apresentada ao Instituto Educacional Paulo Freire (IEPF), como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Administração de empresas. Orientador: Professor Isaías Lima Pinto. Santa Luzia – MA 2015 BRUNO LEITE DAMASCENO Dados internacionais de catalogação na publicação Instituto Educacional Paulo Freire – IEPF. Pesquisa realizada por meio de comunicação mais atualizada – Internet. Damasceno, Bruno Leite. Ambiente de trabalho: A importância da motivação e sua influência / Bruno Leite Damasceno. – 2015. 39 p. Monografia (graduação) – Instituto Educacional Paulo Freire, curso de Administração de empresas, Santa Luzia – MA, 2015. Orientador: Prof. Esp. Isaías Lima Pinto. 1. Motivação. 2. Ambiente de trabalho. 3 Influência. AMBIENTE DE TRABALHO: A IMPORTANCIA DA MOTIVAÇÃO E SUA INFLUÊNCIA Monografia apresentada ao curso de graduação em Administração de Empresas do Instituto Educacional Paulo Freire - IEPF, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Administração de empresas. Orientadora: Isaías Lima Pinto. Santa Luzia, ______ de_______________,de __________. Conceito:_________________________________ Observações_____________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ ________ _________________________________ Assinatura do orientador Á uma das pessoas mais importantes da minha vida, que por motivo de força maior não pode estar aqui para presenciar este marco em minha vida, meu pai Pedro Rocha Damasceno. AGRADECIMENTOS Agradeço em primeiro lugar a Deus por ter iluminado meus passos e toda a caminhada até aqui. A minha madrinha Neuza Chagas que me incentivou sempre nos estudos juntamente com minha patroa Neyla Lima que me deu força para não desistir deste curso. A minha mãe que está sempre ao meu lado. “Só pode saborear bem a vitória aquele que já sentiu o amargo da derrota. O avesso é repleto de ensinamentos, a vida também”. (Pe. Fabio de Melo). RESUMO A motivação está envolvida no sentimento de realização e de reconhecimento profissional que a pessoa manifesta ao realizar tarefas que tenha um significado importante para sua carreira. No decorrer desta pesquisa, são apresentadas algumas teorias motivacionais e seus comportamentos mais evidentes assim como o conceito e os tipos de motivação a sua importância e sua influência. A análise foi feita através de pesquisas bibliográficas na qual foram levantados os principais fatores que contribuem para a motivação no ambiente de trabalho e no que isso interfere na realidade do dia a dia. Espera- se que este trabalho possa apontar aos líderes e também aos futuros profissionais, os alunos, quais os tipos de motivação que influenciam no dia-dia. No ambiente de trabalho, as pessoas são motivadas quando sentem que são reconhecidas pela valorização do que fazem. O estudo evidenciou que a motivação é uma filosofia que deve ser emanada de cima e espalhada em todo ambiente de trabalho. Essa filosofia é a descoberta sobre as necessidades e desejos de cada colaborador. A organização será melhor quando o homem que nela atua for cada vez mais valorizado e motivado Palavras-Chave: Ambiente de trabalho, Motivação, Influência. ABSTRACT The motivation is involved in the sense of accomplishment and professional recognition that the person indicates to perform tasks that have a significant meaning for your career. During this research, they present some motivational theories and their most obvious behaviors as well as the concept and the types of motivation to their importance and influence. The analysis was done through literature searches in which they were raised the key factors that contribute to motivation in the workplace and that it interferes with the reality of everyday life. It is hoped that this work can point to the leaders and also to future professionals, students, what types of motivation that influence the day to day. On the desktop, people are motivated when they feel they are recognized by the appreciation of what they do. The study showed that motivation is a philosophy that should be emanating from above and spread throughout the workplace. This philosophy is the discovery of the needs and desires of each employee. The organization will be better when the man who operates it is increasingly valued and motivated Keywords: Desktop Motivation Influence. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO...............................................................................................10 2 UM BREVE HISTÓRICO SOBRE MOTIVAÇÃO...........................................11 2.1 CONCEITO DE MOTIVAÇÃO.....................................................................15 2.2 O SIGNIFICADO DA PALAVRA MOTIVAÇÃO...........................................16 3 A MOTIVAÇÃO NO AMBIENTE DE TRABALHO.........................................18 3.1 MOTIVOS INTERNOS E EXTERNOS.........................................................20 3.2 CONSEQUÊNCIAS DA MOTIVAÇÃO.........................................................21 3.3 NECESSIDADES HUMANAS......................................................................23 4. AS PRINCIPAIS TEORIAS DA MOTIVAÇÃO............... ..............................25 4.1 TEORIA DA EQUIDADE – STACY A. ADAMS............................................31 4.2 TEORIA DA HIERARQUIA DAS NECESSIDADES – WASLOW................29 4.3 TEORIA DE DOIS FATORES - FREDERICK HERZBERG.........................32 4.4 TEORIA DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA – FREDERICK W. TAYLOR.............................................................................................................33 5 FATORES MOTIVACIONAIS QUE CONTRIBUEM PARA O ALCANCE DE RESULTADOS..................................................................................................35 6 CONCLUSÃO.................................................................................................37 REFERENCIAS.................................................................................................38 11 INTRODUÇÃO Ao abordar a respeito do tema motivação é compreende-se o motivo no qual as pessoas procedem de uma maneira estabelecida. É um estímulo de pensamento que os acionam para a realização do que elas consideram um objetivo positivo. Esse direcionamento ativa o comportamento e abrange desejo, vontade, sonho, esperança entre outros. No mundo em que vivemos a motivação está diretamente relacionada com as atividades que os indivíduos desenvolvem no trabalho. A motivação pode influenciar na qualidade de produtos e serviços das empresas. Estetrabalho monográfico foi desenvolvido através de pesquisa bibliográfica. A pesquisa justifica-se porque as teorias motivacionais trazem grande contribuição para incentivar o comportamento humano, além de enriquecer o conhecimento, pode mudar a realidade das empresas através dos vários conceitos e tem como objetivo mostra a importância das empresas utilizarem a motivação no ambiente de trabalho e sua influência nesse ambiente. Explanará de forma clara o que é motivação, quando surgiu a ideia de motivação dentro das organizações e o que agregou de benefícios aos colaboradores e as empresas, os impactos da motivação no ambiente de trabalho. Explicará os principais tipos de motivações existentes no ambiente de trabalho e como é capaz de alcançá-las, abordará a motivação de um ponto de vista geral para podermos entender melhor o seu significado e sua grande importância. Este estudo apresenta também as Várias teorias que mostram a importância de se valorizar a importância dos colaboradores dentro das organizações, identificamos que pouco se dá atenção a isso e o que se vê, é que na prática, os trabalhadores atualmente vivem grande desânimo e desmotivação dentro das empresas, os fatores motivacionais assim como as habilidades necessárias para o desenvolvimento dentro da organização. 12 2 HISTÓRICO SOBRE A MOTIVAÇÃO As primeiras teorias motivacionais foram lançadas na década de 50 e de acordo com Robbins (1999, p.109) ainda são “as melhores explicações para a motivação dos empregados”. “Destacam-se dentre elas a Teoria da Hierarquia das Necessidades, de Maslow (1943), a “Teoria de Motivação-higiene” de Herzberg e a Teoria X e Y de McGregor”. Elas são os alicerces para o surgimento das demais teorias, chamadas de Contemporâneas. A Teoria da Hierarquia das Necessidades proposta por Maslow (1943) é uma das mais importantes teorias motivacionais, distribuída em forma de uma pirâmide, ela demonstra que a motivação está constantemente ligada ao indivíduo. A essência desta teoria se fundamenta na realização de necessidades pessoais, após o indivíduo alcançar a realização de uma necessidade ele começa uma busca por outra e assim, constantemente o indivíduo está numa busca infinita por necessidades. Os aspectos principais da teoria são: Necessidades Fisiológicas: Estão representadas na base da pirâmide e referem-se às questões relacionadas necessidades primárias dos indivíduos, como: alimentação, repouso e produção. Necessidades de Segurança: no segundo nível, a partir da base da pirâmide, estão descritas as caracterizações relacionadas aos aspectos de segurança do indivíduo, como evitar o perigo físico, evitar a privação das necessidades fisiológicas, buscarem estabilidade. Algumas empresas dão o respaldo para diminuir a insegurança do indivíduo com relação à mesma. Necessidades Sociais: Neste nível se destaca as necessidades individuais de ser aceito por um determinado grupo de pessoas mantendo uma relação de amizade e amor. Necessidade de Auto Realização: esta é a penúltima das cinco fases destacadas pelo autor e relata sobre a necessidade de estima, da auto estima do indivíduo, reconhecimento por parte dos outros, elas precisam de status prestigio, a empresa realiza esta necessidade através de elogio, premiações e promoções. Necessidade de Auto Realização: no topo da pirâmide está a necessidade que leva o indivíduo a realizar aquilo que gosta, a empresa pode participar desta 13 realização quando atribui liberdade ao indivíduo para trabalhar e exercer todas as suas habilidades. Segundo a teoria proposta por Maslow (1943), todo indivíduo traz sua própria motivação de acordo com sua percepção de necessidades. Conseguindo identificar esse ponto em comum entre os indivíduos, a organização poderá realizar trabalhos ligados à motivação e despertar, o que cada um traz dentro de si para se motivar. O modelo de administração que a foi introduzido é de um sistema fechado, em que o indivíduo é preparado como máquina bastante criteriosa e calculista. Nesse ambiente, procurando reduzir a produção, Taylor, criou uma opção onde separava os indivíduos por especialização e marcava o que fosse adequado exclusivamente para uma determinada incumbência. Segundo essa teoria, o trabalhador não poderia supor ou propor qualquer modificação, apenas executá-la. Aquele que se dedicasse mais tempo em trabalhar, consequentemente ganhava mais. Ao contrário a esse pensamento Elton Mayo e seus seguidores apresentaram outra teoria fundamentada nas Relações Humanas, que acabou se transformando na escola chamada de Relações Humanas. O objetivo principal desta teoria era mostrar a influência da motivação humana nos resultados das organizações. Herzberg (1959) “lançou a teoria da Motivação-higiene”. Por meio de entrevistas com indivíduos de várias organizações, constatou que as pessoas quando não estão de acordo com algo em seus trabalhos, necessariamente estão insatisfeitas. Propôs em sua teoria que o oposto de “satisfação” é “não satisfação”, e o oposto de “insatisfação” é “não insatisfação”. De acordo com o resultado da tabulação de sua pesquisa, ele observou que “quando os respondentes se sentiam bem quanto a seus trabalhos, eles tendiam a atribuir essa característica a si mesma. Por outro lado, quando estavam insatisfeitos, tendiam a mencionar fatores extrínsecos, como a política e a administração”. Robins, (1998, p.11). A complexidade da motivação humana começa a aparecer com Elton Mayo. Por meio de seus estudos conseguiu mostrar que os empregados tinham como objetivo, além de recompensas financeiras, a necessidade de outros estímulos. Para Teles, (1981), com a experiência de Elton Mayo, chegou-se a seguinte conclusão sobre o comportamento do homem: 14 [“...] é uma resposta àquilo que percebe e vê na empresa, à imagem que tem de sua organização.” Verificou-se que os empregados desejavam pertencer a um grupo e serem considerados como membros significativos do mesmo. Quando os trabalhadores conseguem um sentimento maior do valor pessoal, participam da decisão que afetam seu trabalho. O “homo economicus” foi substituído pelo “homem social”. Cabe a cada indivíduo criar, um ambiente onde possa usar o melhor de si e desenvolver o bem estar consigo e com as outras pessoas. O bom profissional é aquele que tem a capacidade de se auto motivar, conforme relata Bergamini (1997 p. 26): A motivação cobre grande variedade de características comportamentais. A diversidade de interesses percebidos entre os indivíduos permite acertar, de forma razoavelmente clara, que as pessoas não fazem as mesmas coisas pelas mesmas razões. É dentro dessa diversidade que se encontra a principal fonte de informações a respeito do comportamento motivacional, por paradoxal que possa parecer. Esclarecer a motivação pela satisfação dos trabalhadores consiste em erro ou, pelo menos, uma regateira proximidade de estimular múltiplos fenômenos que são, ao mesmo tempo, causa e efeito que acontece com intervalos irregulares de tempo e são beneficiados por condições externas específicas. Aperfeiçoar a habilidade infinda do homem, adaptar as suas necessidades pessoais e as necessidades organizacionais é o caminho que, cada vez mais, as empresas estão percorrendo para a conquista da perfeição. A realização podemos dizer que está relacionada com a auto estima. Os indivíduos buscam obedecer a essas necessidades, pois dão mais atenção ao sucesso do que o que irão ganhar no final. As pessoas impelidas pela necessidade de realização podem representar a espinha dorsal da maioria das empresas, Mas que dizer do seu potencial como Administrador? Como sabemos indivíduos com elevada necessidade de realização progridem porque são pessoas produtivas, que fazem as coisas. Mas quando promovidas, quando seu sucesso depende não só do seu próprio trabalho, mas também da atividadede outras, poderão ser menos eficazes. Como são altamente orientadas para tarefas e trabalham até o limite de suas capacidades, tendem a esperar que os outros façam o mesmo As pessoas impelidas pelo motivo de realização são necessárias nas empresas, mas nem sempre são os melhores gerentes, se não desenvolvem suas habilidades humanas. Hersey (1986, p.50). A preocupação em motivar os indivíduos para que os mesmo atinjam os objetivos almejados pelas organizações devem sempre levar em consideração, a igualdade entre estes e suas realizações pessoais. Os processos motivacionais nos 15 lançam a ideia de que a motivação não é considerada um produto final, é apenas um produto que se modifica a cada momento. Maslow (1962) em seus estudos tratou da psicologia humana e descobriu que: “uma relação entre os fatores de motivação dos homens e dos primatas, com isso pode notar que tanto os primatas quantos os homens estabelecem prioridades nas necessidades não satisfeitas”. No decorrer da História com o surgimento de várias teorias surgiram outras mais. Baseado na teoria de Maslow surgiu à teoria ERC de Clayton Alderfer, nos seus estudos ele reduziu os cincos níveis da pirâmide de Maslow para um grupo de três necessidades centrais, existência, relacionamento e crescimento, de onde vem à sigla ERC. McClelland surgiu na História da motivação, com sua teoria baseada no que as pessoas adquirem e aprendem muitas desses aprendizados é através de livros, filmes ou programa de televisão, pode ser também por meio da influência da família, grupos de colegas. Se vir a teoria colocada por McClelland pode constatar as três necessidades ultimas de Maslow que são: social, estima e auto realização. Podemos constatar o foco de cada teoria diferente onde uma (McClelland) é focada mais no ambiente de trabalho e a outra (Maslow) focada em todos os aspectos da vida do indivíduo. A principal diferença entre essa teoria de McClelland comparada com a de Maslow é que a necessidade não está colocada em hierarquia, o que determina é o comportamento, é aquela que está mais presente no indivíduo, e está depende das características e cultura de cada um. Com isso podemos ver que cada necessidade pode ser diferente em cada indivíduo, podendo essa hierarquia mudar a ordem. 16 2.1 CONCEITO DE MOTIVAÇÃO Devido às grandes mudanças que o mundo vem sofrendo nos últimos tempos, podemos dizer que gerir eficazmente as organizações usando a motivação se torna parte importante dentro do processo de gestão. O conceito do termo motivação se altera de acordo com a linha teórica dos diversos autores. Encontra-se, entre estes, uma discursão, de tal modo que o significado de motivação paira desde a resposta dos indivíduos a estímulos externos até atitudes e comportamentos desencadeados por estímulos originados no nível mental inconsciente. Outro ponto de vista é de que a motivação pode ser empregada e ampliada por compensação salariais até mesmo a afirmação de que nenhuma pessoa pode motivar outra. A importância de se motivar os funcionários para se obter produtos com mais qualidade e uma maior eficiência, vem de vários estudiosos que com o passar dos anos, ressaltam a importância de se motivar os colaboradores, tendo um maior destaque para o novo desenvolvimento em administração e planejamento das empresas na questão da motivação. De uma maneira mais ampla, é costumeiro usar o termo motivação para relatar as forças externas ou internas que atuam sobre as pessoas e que desencadeiam e dirigem a sua conduta. Ao se fazer um esclarecimento da motivação a partir dessa tese tais forças, pode-se incidir num entendimento que vai desde o conceito de motivação como mero condicionamento – utilizando-se como foco as forças externas – até o conceito oposto que – centrado exclusivamente nos fatores internos – considera a motivação como semelhante de sentimento. Motivação vem de motivos que estão ligados simplesmente ao que você quer da vida, e seus motivos são pessoais, intransferíveis e estão dentro da sua cabeça (e do coração também), logo seus motivos são abstratos e só têm significado pra você, por isso motivação é algo tão pessoal, porque vêm de dentro (RECINELLA, 2005, p 01). Dessa forma pode-se perceber que a motivação é algo subjetivo, é um instinto que surge a partir de nossos mais íntimos desejos, e esses desejos é que são o impulso que nos motivam. 17 2.2 O SIGNIFICADO DA PALAVRA MOTIVAÇAO Segundo Maximiano (2007) “a palavra motivação vem do latim motivos, movere, que significa mover”. Em seu sentido original, a palavra indica o processo pelo qual o comportamento humano é incentivado, estimulado ou energizado por algum tipo de motivo ou razão. O autor afirma que motivação para o trabalho é um estado de espirito de benefício ou vontade de alcançar ou realizar uma incumbência ou propósito, dizer que uma pessoa está motivada para o trabalho indica dizer que essa pessoa apresenta condição favorável ou positiva para realizar o trabalho. O estudo da motivação busca fazer uma compreensão de quais são as forças que mexem as pessoas nas diferentes perspectivas do comportamento, pensamento, ação e palavras. No âmbito da administração, o estudo da motivação tenta elucidar as causas ou motivos que exercem influência na prática das pessoas em situações de trabalho. Uma vez que a performance das pessoas depende de sua motivação e a execução da organização depende do desempenho das pessoas, o entendimento desse processo é de suma importância na administração das organizações. A motivação tem três propriedades: Direção: o objetivo do comportamento motivado; Intensidade: a magnitude ou força dos motivos; Permanência: o tempo durante o qual a motivação se manifesta. A motivação é específica. A pessoas pode estar muito motivada para cantar e não ter nenhuma motivação para ir a um determinado lugar – ou o contrário. Não há um estado geral de motivação, que leve uma pessoa a entusiasmar-se por tudo. Para conseguir realmente motivar as pessoas é preciso que elas conheçam as metas, os objetivos, que saibam aonde devem chegar e o porquê de quererem chegar lá. A motivação é fundamental para qualquer coisa que se faça na vida. Sobre tudo para aquelas coisas que exigem um esforço maior, como é o caso do trabalho. As organizações gostariam de ter em seu quadro de colaboradores pessoas que enxergam o trabalho também como realização pessoal e não apenas 18 profissional. Os líderes precisam buscar saber quais são seus objetivos pessoais, suas metas, saber aonde querem chegar na carreira, independentemente da organização em que estão trabalhando. Primeiramente precisam estar motivados para só então pensarem em incentivar os outros. 19 3 MOTIVAÇÃO NO AMBIENTE DE TRABALHO Desempenho no trabalho é o resultado que uma pessoa consegue com a aplicação de algum esforço. O desempenho é positivo quando o resultado beneficia a própria pessoa, o grupo do qual ela participa, um cliente ou a organização na qual trabalha. Bergamini (2008), Caracteriza o comportamento motivacional dentro do contexto organizacional sendo a motivação para o trabalho aparece como um fenômeno complexo, que não se pode analisar sem levar em consideração o conjunto da situação, quer dizer, o indivíduo (suas características e experiências), o trabalho (sua natureza e restrições) e a organização com suas regras, seus objetivos, bem como o clima que lhe é próprio. A importância de se motivar os funcionários para se obter produtos com mais qualidade e uma maior eficiência, vem de vários estudiosos que com o passar dos anos, ressaltam a importância de se motivar os colaboradores, tendo um maior destaque para o novo desenvolvimento em administração e planejamento das empresas na questãoda motivação. No método de motivação no ambiente de trabalho, é fundamental que o administrador saiba, sempre, quais são os grupos e funcionários com melhor desempenho em suas tarefas, podendo, desta forma, identificar por onde começar incentivos por meio do reconhecimento. A interação com os gerentes ou líderes de cada grupo individual de uma empresa é uma boa tática para impedir que os profissionais que merecem motivação deixem de ser percebidos. O comportamento humano é motivado, onde a motivação é a tensão persistente que leva o indivíduo a alguma forma de comportamento visando à satisfação de uma ou mais necessidades. É necessário que haja um ciclo motivacional, onde o organismo humano permanece em estado de equilíbrio psicológico, até que um estímulo o rompa e crie uma necessidade. Essa necessidade cria um estado de tensão que conduz a um comportamento ou ação para alcançar a satisfação da necessidade, quando há a satisfação, o organismo retorna a seu estado de equilíbrio inicial até que outro estímulo sobrevenha. Para Maciel e Sá, apud. Lawler (1993) afirmam que: Considera a motivação como um fator crítico em qualquer planejamento organizacional; por isso deve-se observar quais arranjos organizacionais e práticas gerenciais fazem sentido a fim de evitar o impacto que terão 20 sobre os comportamentos individual e organizacional. Para ele, é preciso compreender a teoria motivacional para se pensar analiticamente sobre todos os comportamentos nas organizações. O que pode se verificar na citação acima é que uma empresa para planejar e aplicar um estilo de motivação necessita antes analisar o comportamento dos seus funcionários dentro das mesmas, para que ao introduzir o programa de motivação, esse não venha de encontro com os objetivos dos indivíduos causando um descontentamento neles. No entanto há uma dificuldade de se conquistar a lealdade dos indivíduos em uma empresa, pois a empresa estipula metas a serem cumpridas a longo prazo, mas os funcionários normalmente se concentram em horizontes de curto prazo, a fim de atender suas necessidades em termos de remuneração, salários, condições de trabalho, etc. Os relacionamentos eficazes entre indivíduos e empresas baseiam-se na confiança dos funcionários de que existe uma ligação entre essas metas. Portanto o desenvolvimento da confiança exige que sejam superados anos de más experiências e a crença de que muitos funcionários de que as empresa exploram as pessoas. A alta gerência responsável, generosa e esclarecida desenvolverá um grupo de funcionários eficazes, pois suas práticas atenciosas e humanas inevitavelmente se disseminarão e permearão a organização (VROOM, 1997, p.11). O ser humano não se submete passivamente ao desempenho de atividades que lhe sejam impostas e que, por conseguinte, não tenham para ele nenhum significado, com isso vê-se que o fracasso da maioria das empresas não está na falta de conhecimento técnico e sim, na maneira de lidar com as pessoas. O que se pode fazer para motivar as pessoas é conhecer os seus objetivos pessoais, a partir desse levantamento feito pela organização, pode-se aplicar estratégias que motivem as pessoas, só que o mais importante é oferecer um ambiente de trabalho que mantenha o bom clima motivacional. As organizações que de certa maneira conseguiram identificar a fonte da motivação dos seus funcionários devem explorar e trabalhar no sentido de manter. Vale ressaltar que trabalhadores motivados e com seu trabalho reconhecido, aumentam o nível de qualidade de desempenho, e consequentemente um aumento na produção. 21 3.1 MOTIVOS INTERNOS E EXTERNOS A motivação para o trabalho é resultante de uma interação complexa entre os motivos internos das pessoas e os estímulos da situação ou ambiente. A motivação para o trabalho é resultante de uma interação complexa entre os motivos internos das pessoas e os estímulos externos da situação ou ambiente. Os motivos internos seriam as necessidades, aptidões, interesses, valores e habilidades das pessoas, são impulsos interiores, de natureza fisiológica e psicológica. Estes fazem cada pessoa ser capaz de realizar certas tarefas e não outras; sentir-se atraída por certas coisas e evitar pulsos interiores, de natureza fisiológica e psicológica, afetados por fatores sociológicos, como os grupos ou a comunidade de que a pessoa faz parte. A motivação interna está relacionada a estímulos oriundos do indivíduo, como as do organismo, enquanto a motivação à base de incentivos vem do desejo ao objeto externo. Os motivos internos e externos combinam-se de forma complexa para influenciar o desempenho. Os motivos externos são estímulos ou incentivos que o ambiente oferece ou objetivos que a pessoa persegue. Os motivos externos satisfazem necessidades, despertam sentimentos de interesse ou representam recompensas desejadas. São motivos externos todas as recompensas e punições oferecidas pelo ambiente, os padrões estabelecidos pelo grupo de colegas, os valores do meio social, as oportunidades de carreira e muitos outros componentes da situação de trabalho. De acordo com Chiavenato (1998), Os fatores externos são decorrentes do ambiente, que envolve as características organizacionais, como: sistemas de recompensas e punições, os fatores sociais, as políticas organizacionais e etc. O equilíbrio entre motivação interna e externa deve ser base na educação e na reeducação do adulto. Deve-se, ainda, lembrar o fato de a motivação estar associada a fatores orgânicos, em cuja fisiologia, a função química determina os resultados. 22 3.2 CONSEQUÊNCIAS DA MOTIVAÇÃO O assunto motivação causa muita polêmica devido a maioria dos empresários ainda não entenderem seu verdadeiro significado. Muitas empresas (vou usar o terma empresa para ficar generalizado), entendem como motivação do funcionário aumento de salário e/ou melhores condições de trabalho. Para entender, precisamos saber o que significa motivo e motivação. O mundo dos negócios sempre competitivo exige elevado nível de motivação das pessoas. Funcionários motivados para realizar seu trabalho tendem a proporcionar melhores resultados, e a qualidade dos produtos vendidos ou serviços prestados garante o sucesso das empresas. A motivação das pessoas influencia no desenvolvimento dos produtos e serviços. Cada pessoa necessita de uma atenção diferenciada, pois cada uma está em estágio diferente de motivação, tornando-se complicado para as organizações atender aos desejos e necessidades de todos os colaboradores, pois neste caso a motivação se torna um tema subjetivo. Para Brizolla (2006, p.10), “O funcionário é o elo entre a empresa e seus clientes, assim como executor direto da atividade fim da empresa.” Ele ainda acrescenta que “A motivação influencia na qualidade dos serviços prestados pelas empresas.”. Percebe-se que o fracasso da maioria das empresas não está na falta de conhecimento técnico e sim na forma de lidar com as pessoas, e que as vezes não é por falta de conhecimentos técnicos que não se produz produtos ou serviços com qualidade, e sim pela maneira como os colaboradores estão sendo tratados pela direção das empresas. Por isso a importância de manter os funcionários motivados. Quando uma pessoa está motivada, ela muitas das vezes consegue contagiar o grupo ao seu redor e na empresa é assim também. Quando existe um funcionário motivado, ele pode passar essa energia para os companheiros e até melhorar o clima organizacional. Mas para isso precisamos entender que a motivação é algo interno, nós produzimos e sabemos o que nos motiva, por isso as empresas tem a dificuldade de motivar seus funcionários. Quando o homem pensa 23 e escolhe, avalia e percebe, isso significa que ele observa os fatos ao seu redor para melhor desenvolver seu comportamento naquele momento ou até mesmo comações futuras e por fim, quando ele descreve que o homem tem uma limitada capacidade de resposta, ele quer dizer que nem sempre somos capazes de atingir os objetivos da maneira que desejamos. 24 3.3 NECESSIDADES HUMANAS A compreensão da motivação do comportamento exige o conhecimento das necessidades humanas, por se tratar de um dos motivos internos mais importantes que orientam o comportamento e o desempenho do indivíduo. O teórico de maior destaque, em se tratando da motivação ligada à satisfação das necessidades humanas, é Abraham Harold Maslow, que, no dizer de Bergamini (1982, p. 116) propôs “uma orientação teórica que enriqueceu sobremaneira todos os trabalhos posteriores que visaram detectar objetivos motivacionais em situação de trabalho”. Ao longo de sua vida, o homem evolui por três níveis ou estágios de motivação à medida que vai crescendo e amadurecendo, vai ultrapassando os estágios mais baixos e desenvolvendo necessidades de níveis gradativamente mais elevados. As diferenças individuais influem quanto à duração, intensidade e fixação em cada um desses estágios; assim como na predominância de uma necessidade sobre as demais. Apesar dessas variâncias entre indivíduos ou grupos, temos uma forma de generalização das necessidades humanas, estabelecidas através de categorias ou hierarquia e propostas por estudiosos do assunto, como Maslow, por exemplo. “Os três níveis ou estágios de motivação correspondem às necessidades fisiológicas, psicológicas e de auto realização” (CHIAVENATO, 1999, p.157-158). As teorias a respeito das necessidades humanas fornecem a primeira explicação importante sobre o papel dos motivos internos na motivação. Segundo essa ideia, o comportamento humano é motivado por estímulos interiores chamados necessidades, que são estados de carência. As pessoas agem, nas mais diferentes situações para satisfazer a esses estados de carência. Por exemplo, a fome é uma necessidade que motiva o organismo a procurar alimento (direção da motivação). Quanto mais forte essa necessidade, maior é o empenho de realizar o objetivo de conseguir o alimento (intensidade de motivação). Uma vez satisfeita a necessidade, o organismo passa para um estado de saciedade ou satisfação, e o alimento deixa de representar um estímulo, porque 25 se extinguiu o impulso interno para persegui-lo. A motivação para aquele determinado comportamento deixou de existir (duração da motivação). Outras necessidades podem ter um ciclo de satisfação mais longo, não sendo atendidas pontualmente, de momento a momento. É o caso da motivação para o poder, que não provoca a saciedade, mas pode ficar mais intensa a cada momento. Certas necessidade são instrumentais para a satisfação de outras. Há necessidade que são terminais, satisfazendo-se em si mesmas. Para algumas pessoas, a necessidade de ganhar dinheiro é instrumental (ou, é um instrumento) para o atendimento das necessidades de sobrevivência. Para outra pessoas, a necessidade de ganhar dinheiro é terminal – é uma finalidade em si mesma. Segundo as teorias sobre as necessidades humanas, a realização de objetivos e o desempenho estão ligados á busca de satisfação de carências. Sabendo que, se o objetivo for alcançado, uma carência será satisfeita, a pessoa empenha-se em perseguição, tanto mais intensamente quanto mais forte seja a carência. 26 4 BREVES CONSIDERAÇÕES ACERCA DAS PRINCIPAIS TEORIAS MOTIVACIONAIS O cientista britânico do comportamento William Mc Dougall Bergamini (2008) fez com que os incentivos se tornassem um fator importante na Psicologia. Ele chamava os incentivos de “instintos” e os definia como forças irracionais, compulsórias, herdadas, que dão forma a tudo que os indivíduos fazem, sentem, percebem e pensam. Sua lista publicada em 1908, sobre os tipos de instintos, incluía: curiosidade, repulsa, agressão, auto afirmação, fuga, criação de filho, reprodução, fome, sociabilidade, aquisição e construtivismo. No entanto com a chegada de novos estudos, a teoria dos instintos deixou de ser usada para explicar o comportamento. Essa linha começou na década de XX por três razões: as condutas humanas mais importantes são aprendidas; raramente o comportamento humano é insociável sem flexibilidade, e invariável; atribuir todo comportamento humano a um instinto não explica nada. Assim, por volta de 1900, os psicólogos buscaram explicações mais aceitáveis para o comportamento humano e utilizaram as palavras “motivo”, “necessidade”, “impulso” e “instinto” de formas concretas, pois estes termos tem suas bases em métodos íntimos teórico, que parecem explicar o comportamento, mas não podem ser diretamente observados e medidos. Estas teses compreende o homem como um ser racional, no sentido de possuir desejos conscientes, e que se serve das suas próprias capacidades para satisfazê-los. Para isso, a noção de vontade torna-se básica, adotando importante posicionamento ente outras capacidades mentais até então intituladas pensamento e sentimento, Pelo fato de poder controlar sua vontade o homem é considerado responsável por suas ações. Examinando as teorias dos grandes filósofos da Antiguidade, Sócrates, Platão e Aristóteles, revendo os postulados da filosofia escolástica de Santo Tomás, bem como analisando as posições mais atuais, como a de Descartes, por exemplo, algo sempre aparecerá de comum entre eles, apesar da distância que os separa do tempo. O aspecto que os une é não há dúvida, a valorização da vontade, livre ou não, consciente ou não. Portanto, os motivos humanos são distintos 27 daqueles conteúdos de pensamento e de outros processos cognitivos. Os motivos levam o homem a agir e o pensamento orienta que direção tomar para se chegar ao ponto almejado. 28 4.1 TEORIA DA EQUIDADE - STACY A. ADAMS Pesquisas realizadas por J. Stacy Adams firmam-se na circunstância de que os trabalhadores buscam justiça quanto às recompensas recebidas, as comparando com as dos seus colegas de trabalho. Equidade, neste caso, é a relação entre a contribuição que o indivíduo dá em seu trabalho e as recompensas que recebe, comparada com as recompensas que os outros recebem em troca dos esforços empregados. É uma relação de comparação social. Os princípios da teoria da equidade focalizam os conceitos que o indivíduo tem sobre o seu trabalho. Esses conceitos repartem-se e dois amplos grupos: o do conhecimento sobre o inputs da pessoa – o que ela traz ou com que contribui para o trabalho – e sobre o que ela recebe como resultado. Como inputs podem-se concluir habilidades, características pessoais, conhecimentos, produtividade e qualidade do trabalho executado; e como resultado do trabalho, o pagamento, o reconhecimento, o prestígio e outros benefícios oriundos do trabalho. Essa teoria proporciona uma visão motivacional e seus problemas. Em uma situação em que as pessoas se sentem mal remuneradas por seus esforços, a motivação para trabalhar e aumentar os resultados é minimizada. Os indivíduos podem sentir-se mal remunerados, se investem todas as energias em um trabalho rotineiro e tedioso. Em contrapartida, um trabalho que enfatize a criatividade e o raciocínio independente só produziria um comportamento desmotivador se fosse incapaz de combinar os inputs com os resultados deles advindos. A teoria a de equidade, então, proporciona a evidência da afirmação de McGregor, que diz que a falta de ambição e anulação da responsabilidade são resultados de experiências organizacionais e não qualidades inerentes ao homem de experiências organizacionais e não qualidades inerentes ao homem. Fatores ambientais apropriados podem produzir indivíduos criativos e responsáveis. A equidadeé subjetiva: o que pode parecer justo para o superior, pode não parecer justo para o subordinado, por isso, a maior importância recai sobre o que o ambiente percebe com justo e não sobre o que o gerente acredita ser justo. 29 A maioria dos sociólogos concorda que um grupo não existe necessariamente até que seus membros estejam envolvidos em alguma coisa juntos. Unidade de proposito faz com que o grupo exista. Há muitas definições daquilo que se constitui um grupo, e todos os autores expressam a necessidade de seus membros estarem psicologicamente atentos para a existência de outros indivíduos e funções. Os administradores, atentos para a alta significância das características desses grupos, concordaram finalmente que eles são alguma coisa mais do que um amontoado de indivíduos. Eles demonstram reações de sinergia em quase todas as atividades. Contrariando as múltiplas críticas desses grupos, os esforços combinados de um grupo podem exceder os esforços de um ou de todos os indivíduos que trabalham isoladamente. Sinergia é a palavra popular para o conceito de criatividade ou solução de problemas em grupo. A sinergia entre os indivíduos gera melhores ideias para os problemas a serem solucionados. 30 4.2 A TEORIA DA HIERARQUIA DAS NECESSIDADE – MASLOW Dentro das explicações modernas sobre o conteúdo da motivação, as pessoas são motivadas essencialmente pelas necessidades humanas, quanto mais forte a necessidade, mais intensa é a motivação. (CHIAVENATO, 2002) “considerava o homem complexo como um indivíduo que tem suas necessidades para satisfazer seus desejos mais pessoais, bem como sua aprendizagem e realização”. Em teoria, ao buscar ativamente sua auto realização no trabalho, os indivíduos se envolvem mais com a organização e canalizam sua energia vital produtiva para a consecução dos objetivos organizacionais (MOTTA, 2009, p.64). O assunto em questão estuda a motivação através das necessidades dos seres humanos. Maslow, o autor dessa teoria, considera “necessidade”, a indicação pura de sensibilidade interna, que estimula uma tendência a realizar um ato ou a procurar uma determinada categoria de objetos. Maslow classificou as necessidades humanas em cinco categorias hierárquicas, conforme sua predominância e probabilidade: - Necessidades Fisiológicas: necessidades de sobrevivência - alimento, água, oxigênio, sono, sexo – e também são instintivas, uma vez que nascem com o homem; - Necessidades de Segurança: busca de proteção contra ameaças e privações. Mantém as pessoas em estado de dependência seja com a empresa, seja com outras pessoas; - Necessidades Sociais: relacionadas ao convívio social – amizade, afeto, amor; - Necessidade de Estima: desenvolvimento de sentimentos de autoconfiança e de ser útil e necessário para os outros. Sua frustração produz sentimentos de inferioridade e impotência; - Necessidade de Auto Realização: tendência de explorar suas potencialidades. 31 Figura 1 - Hierarquia das necessidades humanas, segundo Maslow. Fonte: Chiavenato, 2002, p.115 Após organizar conceitualmente o estudo da motivação humana, o autor determina um discernimento claro entre motivação de deficiência e motivação de crescimento, no caso, as vontades básicas correspondem a motivos de deficiências, que cria déficits no organismo, onde o preenchimento se dá através de objetos ou seres humanos de fora. Sendo assim, logo quando o indivíduo satisfaz uma necessidade, surge outra, e assim sucessivamente. O crescimento da motivação ocorre quando o passo seguinte é emocionalmente mais prazeroso, isto é, quando já correspondida satisfatoriamente as nossas necessidades básicas, assim seremos motivados pelas tendências para individualização. A diferença entre as necessidades básicas e as necessidades de crescimento são de regra qualitativa, uma vez que as pessoas se diferenciam na proporção de suas necessidades. Essa teoria, nos remete a dificuldade de se atingir o topo da pirâmide, pois sempre haverá novos propósitos e desejos. Há um exagero nas críticas feitas a esta teoria que fazem condicionantes a respeito dos problemas de se avaliar a teoria, a metodologia utilizada no processo de pesquisa, a complexibilidade de se tornar evidente que o contentamento de uma necessidade ative a necessidade seguinte. No entanto a crítica fundamental relaciona-se com parcialidade da pessoa, sendo muito difícil padronizar seus agentes motivadores. Maslow fez um grande trabalho, considerado um marco para a passagem da fase mecanicista para a fase humanista nas concepções acerca do trabalho humano, o que abriu caminho para a psicologia aplicada à administração e outros 32 estudos e teorias, e que foi fundamental para entender o fator motivação. Seus estudos levavam mais em conta o fator de satisfação dos indivíduos, sua personalidade e seu desenvolvimento humano, deixando em segundo plano a organização. 33 4.3 TEORIA DOS DOIS FATORES - FREDERICK HERZBERG Frederick Herzberg (1959, apud MAXIMIANO, 2010) elaborou a teoria dos dois fatores, que esclarece como o ambiente de trabalho e o próprio trabalho agem mutuamente para conseguir a motivação. “Para ele existem dois fatores que orientam o comportamento das pessoas: os fatores higiênicos e os fatores motivacionais”. - Fatores higiênicos: são os fatores extrínsecos, estão localizados no ambiente que norteia as pessoas, criam o clima psicológico e material benéfico e influenciam a satisfação com as condições dentro das quais o trabalho é realizado. Segundo Maximiano (2007), A teoria dos dois fatores, em situações de trabalho, somente os fatores motivacionais produzem a satisfação com o trabalho, os fatores higiênicos não fazem a pessoa sentir-se satisfeita com o trabalho, eles apenas influenciam o estado de satisfação com as condições dentro das quais o trabalho é realizado. No passado somente os fatores higiênicos eram empregados na motivação: o trabalho era visto como uma atividade desagradável e, para fazer com que as pessoas trabalhassem mais, tornava-se necessário o apelo para incentivos situados externamente ao indivíduo em troca do seu trabalho (CHIAVENATO, 2002, p.118) - O próprio trabalho (Fatores motivacionais): a natureza da tarefa realizada, as oportunidades de aprendizagem que a tarefa oferece, as oportunidades de crescimento profissional, como a promoção para cargos mais complexos, etc. São os fatores intrínsecos e estão sob o controle do indivíduo, pois se relaciona com aquilo que ele faz e desempenha. O efeito dos fatores motivacionais nas pessoas é profundo e estável. Se os fatores motivacionais forem ótimos, o indivíduo sente-se realizado e satisfeito, mas se forem duvidosos, eles evitam a satisfação É importante lembrar que os fatores motivacionais e higiênicos são independentes e não se conectam um com o outro. A teoria dos dois fatores estabeleceu que a motivação vem do trabalho e não do ambiente de trabalho, as pessoas em geral gostam mais de seu trabalho do que do ambiente, especialmente quando desempenham tarefas que correspondem a suas capacidades ou objetivos. 34 4.4 A TEORIA DA ADMINISTRAÇÃO CIÊNTIFICA – FREDERICK W. TAYLOR A teoria chamada da administração científica, em termos de motivação dos trabalhadores, deu ênfase ao ambiente de trabalho e, especialmente, ao dinheiro como fonte principal de incentivo. O taylorismo trouxe, assim para a gestão das organizações, o entendimento de que não mais a punição, mas sim fatores tais como a adequada arrumação e entendimento de que não mais a punição, mas sim fatores tais como a adequada arrumação e organização do local de trabalho e, sobretudo, o incentivo financeiro resultariam em comportamentos positivos por parte dosempregados. (Bergamini, 1982 p. 19). Dentro do conceito da motivação baseada em incentivo financeiro, considera-se o dinheiro como o principal e maior motivador do comportamento humano no ambiente organizacional. Para McGregor (1999, p. 101), Contrato de trabalho, em consonância com esse conceito motivacional, é visto como um acordo em que o empregado aceita ser mandado em troca de recompensas financeiras; e, como o “dinheiro é um meio de satisfazer muitas necessidades”, a gerência o utiliza como um instrumento para obter aceitação de direção e controle. O interesse das pessoas em geral não é pelo dinheiro em si, mas sim pelo que ele representa em termos de possibilidade de satisfação das necessidades, e isto não apenas das fisiológicas, mas das necessidades de todos os níveis. Por meio do dinheiro, um indivíduo pode obter determinados bens que lhe possibilitem, por exemplo, participar de um clube (satisfazendo, assim, a necessidades sociais), alcançar determinado status social (que atenda a necessidades de estima), ou, até mesmo, realizar determinados objetivos pessoais que satisfaçam à necessidade de auto realização. O incentivo financeiro, entre as recompensas utilizadas como fatores de motivação extrínseca, parece ser, efetivamente, o fator mais relevante, uma vez a importância relativa da remuneração, esta “aparece consistentemente entre as cinco principais recompensas”. Entretanto, há importância de outros fatores além do dinheiro, tais como o reconhecimento e as promoções, que, na medida em que são desejadas pelo empregado, motivam-no para esforçar-se e manter bom desempenho. 35 A satisfação ou insatisfação que um indivíduo possa ter com as recompensas está, em parte, relacionada à sua expectativa e à quantia recebida, ou seja, dependendo da comparação que o indivíduo faz entre o seu “input – habilidades profissionais, educação, esforço e desempenho” e o “output – o conjunto de recompensas intrínsecas e extrínsecas recebido”, surgem sentimentos ou de satisfação ou de insatisfação. Além disso, estes sentimentos são, ainda, afetados pela comparação que o indivíduo faz com outras pessoas que se encontrem em situação de trabalho similar à sua, na mesma organização ou em organizações semelhantes. 36 5 FATORES MOTIVACIONAIS QUE COMTRIBUEM PARA ALCANCE DOS RESULTADOS Só as necessidades motivam o comportamento humano, são essencial a pessoa. Não se pode botar as necessidades nas pessoas, portanto o que se pode fazer é facilitar ou dificultar a satisfação das necessidades. O homem sadio é motivado essencialmente pela sua necessidade de progredir e de se realizar como pessoa. Diversos autores concordam em dizer que as pessoas que têm autonomia e controlam a sua própria carreira além disso motivadas. No entanto, para que isso aconteça, é preciso entender os principais fatores que vão ajudá-lo a criar consciência para fazer as coisas que realmente devem ser feitas para impulsionar sua carreira. Os fatores que motivam são estímulos internos que definem o grau de importância em relação ao que você quer e precisa para a sua vida pessoal e profissional. A maioria dos indivíduos apresentam dois ou três fatores básicos de motivação. Usualmente, um deles é decisivo, e pode se revezar em diferentes estágios da vida. Trata-se do motivo fundamental que conduz o desenvolvimento da carreira e fornece coerência nas escolhas e decisões ao longo do caminho. Os fatores de motivação estão diretamente relacionados com os seus valores, afinal, o ser humano é movido por forças interiores para satisfazer suas necessidades. Identificar a natureza dos seus próprios fatores motivadores e compreender até que ponto as circunstâncias ao seu redor estão em harmonia com eles é o que vai fazer a sua vida profissional ganhar sentido. Além dos diversos fatores, os profissionais com autoestima elevada tomam iniciativas para aumentar as possibilidades de conquistar o que precisam e o que querem. Os principais causadores de motivação são: a) Responsabilidade; b) Possibilidade de autodeterminação; c) Possibilidade de realização; d) Oportunidade para criar; 37 e) Liberdade para errar; f) Possibilidade de crescimento pessoal; g) Estar "por dentro das coisas"; h) Estar sendo aceito. 38 6 CONCLUSÃO Este trabalho apresenta um estudo bibliográfico sobre a importância da motivação no ambiente de trabalho e sua influência com o objetivo identificar e fazer uma análise dos principais dos aspectos motivacionais que impulsionam os colaboradores de uma empresa nas suas atividades diárias e sua importância, de forma que pudesse orientar futuras ações no sentido de suprir as necessidades ou carências encontradas. A partir dos resultados, verificou-se que as empresas, precisam dar mais atenção aos fatores internos e externos como habilidades, interesses, aptidões prêmios, bonificações e o ambiente que a empresa oferece. Pois esse tipo de motivação gera satisfação e contribui para os demais fatores. Pois um funcionário motivado se torna mais produtivo, ajudando e incentivando os outros a se motivarem também. Pôde se concluir que a motivação é variável dependendo da linha teórica de cada autor, que há controvérsia que o conceito flutua desde a resposta das pessoas e a estímulos externos. Por isso tem sido um desafio para muitos administradores e psicólogos. Neste trabalho foi feito considerações entre as principais teorias de grandes pesquisadores: Adams, Taylor, Herzberg e Maslow. O primeiro sustenta que o que motiva as pessoas é a equidade, ou seja a relação entre a contribuição que o indivíduo dá em seu trabalho e as recompensas que recebe. O segundo sustenta que são as necessidades, desde as mais básicas até as de auto realização. Herzberg sustenta a teoria dos dois fatores, higiênicos e motivacionais, que são determinantes para avaliar o grau de satisfação e motivação de funcionários afirma que nem toda ação é motivadora, e que o atendimento de determinadas necessidades apenas evita a insatisfação do funcionário. Já Maslow sustenta que o incentivo financeiro é o principal e maior motivador do comportamento humano. 39 REFERÊNCIAS A importância da motivação no ambiente de trabalho. Disponível em: http://www.empregoerenda.com.br/editorias/entrevistas/2218-a-importancia-da- motivacao-no-ambiente-de-trabalho. Acessado em: 17/09/2015. BERGAMINI, C. W. Motivação nas Organizações. 4° Ed. São Paulo: Atlas, 1997, p. 26. __________BERGAMINI, Cecília Whitaker: Psicologia aplicada à administração de empresas, psicologia do comportamento organizacional. São Paulo: Atlas, 2008. __________BERGAMINI, Cecília Whitaker. Psicologia aplicada à administração de empresas: psicologia do comportamento organizacional. 3. ed. 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