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PODER EXECUTIVO

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Profª Cibele Fernandes Dias
SISTEMA PRESIDENCIALISTA DE GOVERNO
1. CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA PRESIDENCIALISTA
a) LEGITIMIDADE POPULAR DIRETA DO CHEFE DO PODER EXECUTIVO (artigos 77, 28, caput e 29, I e II, CF)
  O Chefe do Poder E é escolhido pelo povo por meio de ELEIÇÃO
 
b) UNIPESSOALIDADE DA CHEFIA DO EXECUTIVO (art. 84, CF) >> O PR é, ao mesmo tempo, Chefe de Estado e Chefe de Governo:
   CHEFE DE ESTADO: Como Chefe de Estado, REPRESENTA O BRASIL
   CHEFE DE GOVERNO: Como Chefe de Governo, REPRESENTA A UNIÃO
 
c) SEPARAÇÃO ENTRE PODER EXECUTIVO e LEGISLATIVO (art. 2º, CF) 
2. COMPARAÇÃO COM AS CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA PARLAMENTARISTA
a) Legitimidade popular indireta do Chefe de Estado e do Chefe de Governo: o povo não escolhe o Chefe de Estado e nem o Chefe de Governo (quem o faz é o Parlamento)
b) Dualidade da Chefia do Poder Executivo
- Uma pessoa é Chefe de Estado e outra é Chefe de Governo (não há concentração em uma só pessoa)
c) Relação de confiança entre Parlamento e Governo: O Parlamento depende da confiança do Governo para continuar a ser Parlamento e o Governo precisa da confiança do Parlamento para continuar a ser Governo
Moção de censura ( “cartão vermelho”): Quando o Governo vai contra a ideologia da maioria do Parlamento, que pede a demissão do Governo.
Voto de desconfiança: O Governo pediu ao Parlamento pediu um voto de confiança mas o Parlamento, além de negar, dá um voto de desconfiança
Dissolução do Parlamento 
O Governo pode não concordar com a moção de censura, não concordar com o voto de desconfiança, negar a demissão e, ainda, pode pedir a dissolução do Parlamento >> Quem resolve o impasse será o CHEFE DE ESTADO: ou ele aceita a moção de censura / voto de desconfiança e demite o Governo ou dissolve o Parlamento 
- O Parlamentarismo combina com a forma MONÁRQUICA e com a forma REPUBLICANA
- O povo escolhe os membros do Parlamento por eleição DIRETA mas é o Parlamento que vai escolher os componentes do Governo (= chamado de colégio de Ministros). O chefe dos Ministros é o 1º Ministro = Chefe de Governo
- Quem escolhe o Chefe de Estado tbm é o Parlamento, por meio de eleição INDIRETA
- Itália: O PR é escolhido pelo Parlamento e ele só exerce a Chefia de Estado
- Alemanha: Tbm tem uma república parlamentarista. O Chefe de Estado é chamado de Chanceler, escolhido pelo Parlamento
- Inglaterra, Espanha: Monarquia parlamentarista. O Chefe de Estado será o Rei ou Rainha. O Chefe de Governo é o 1º Ministro
3. PODER EXECUTIVO FEDERAL (76 a 91, CF)
3.1. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
- Requisitos constitucionais para o exercício do cargo de PR e Vice (artigos 12, §3º, I; 14, VI, a, CF):
1) Brasileiro nato
2) 35 anos (na idade da POSSE, e não das eleições)
3) Pleno exercício dos direitos políticos >> Não pode ter sofrido PERDA ou SUSPENSÃO dos direitos políticos
4) Filiação partidária
5) Alistamento eleitoral
6) Domicílio eleitoral na circunscrição
3.2. SISTEMA ELEITORAL PARA O PR e VICE
- Eleição por meio de Sistema majoritário em 2 turnos (art. 77, CF):
Tem que vencer as eleições com MAIORIA ABSOLUTA de votos, não computados os votos em branco e os nulos
Se, antes do 2º turno ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de um dos 2 candidatos que foram para o 2º turno, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação (3º)
Remanescendo, em 2º lugar, mais de um candidato com a mesma votação, qualificar-se-á o mais idoso. Ex: Se 2 estiverem empatados em 3º lugar, será chamado o + idoso 
3.3. O MANDATO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA (arts. 78 a 82, CF):
 Posse do Presidente e do Vice (art. 78, CF): Dia 1º/jan ao ano seguinte das eleições. Caso não tomem posse dentro de 10 dias, salvo motivo de força maior, o cargo será declarado VAGO (art. 78 § único)
SUBSTITUIÇÃO do PR (art. 79 e 80, CF): É TEMPORÁRIA (PR doente, viajando)
Vice Presidente CD Presidente do SF Ministro do STF 
SUCESSÃO do Presidente da República (art. 81, CF): É DEFINITIVA >> O PR SÓ PODE SER SUCEDIDO PELO VICE!!!
 E se ambos os cargos (de PR e Vice) ficarem vagos?
Nos 2 primeiros anos do mandato presidencial (art. 81, caput, CF): NOVAS ELEIÇÕES
Nos 2 últimos anos do mandato presidencial (art. 81, §1o, CF): O CN escolhe por meio de ELEIÇÃO INDIRETA 1 PR e 1 VICE no prazo de 30 dias
 Esta regra tem que ser copiada nas esferas E e M.
 Esse escolhido só vai completar o mandato do anterior
Mandato do sucessor (art. 81, §2º, CF): Esse escolhido só vai completar o mandato do anterior
3.4. COMPETÊNCIAS DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA (art. 84, CF):
Regra: PRINCÍPIO DA INDELEGALIBILIDADE DAS FUNÇÕES PRESIDENCIAIS 
Exceções (art. 84, §único, CF), nas quais o PR PODE DELEGAR. 
 Para quem o PR pode delegar? Pode delegar para:
1) Ministros de Estado
2) PGR
3) AGU
Art. 84, §único: O PR poderá delegar as atribuições mencionadas nos incisos VI, XII e XXV, 1ª parte, aos Ministros de Estado, ao PGR ou ao AGU, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações
VI - dispor, mediante DECRETO, sobre: 
a) ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DA ADMINISTRAÇÃO FEDERAL, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; 
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; 
XII - CONCEDER INDULTO E COMUTAR (substituir) PENAS, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei;
XXV - prover (= preencher) e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei >> FEITO POR MEIO DE DECRETO
 Como um cargo público é PROVIDO?
 Quando se NOMEIA alguém para esse cargo.
A Chefia de Estado
A Chefia de Governo: (1) função administrativa típica, (2) função legislativa atípica. 
 Os decretos executivos e os decretos autônomos (art. 84, VI, CF) 
	Uma importante competência do PR é a competência para expedir decretos.
	Os decretos podem ser REGULAMENTARES (EXECUTIVOS) ou AUTÔNOMOS:
a) Decreto REGULAMENTAR: É uma função administrativa típica do Executivo. Quando o PR exerce a COMPETÊNCIA REGULAMENTAR, ele, por meio de um DECRETO, completa o sentido da lei para possibilitar a sua fiel execução. O decreto regulamentar só pode inovar na ordem jurídica nos termos da lei (nos limites da lei) >> É um ato administrativo que inova de forma secundária a ordem jurídica >> Caso o decreto seja editado além dos limites da lei, ele será INVÁLIDO, ILEGAL (contra ou praeter legem)
b) Decreto AUTÔNOMO (ou INDEPENDENTE): Não completa nenhuma lei anterior. O PR não está regulamentando nenhuma lei, pelo contrário, ele está inovando originariamente a ordem jurídica 
 Via de regra: Esse decreto é INCONSTITUCIONAL (viola o princ. da separação de Poderes) pois o PR exercendo função legislativa, está usurpando função legislativa do L 
 Quando esse decreto será CONSTITUCIONAL? Quando versar sobre o tema constante no art. 84, VI, CF 
* Por isso, se cair na prova a afirmativa de que o decreto autônomo é inconstitucional, considerar errado, por haver essa hipótese de validade do decreto autônomo
3.5. A RESPONSABILIDADE DO PR (artigos 85 a 86, CF):
3.5.1. GARANTIAS INSTITUCIONAIS DO PR ENQUANTO CHEFE DE ESTADO (art. 86, CF)
- Também chamadas de “privilégios funcionais” ou “prerrogativas” do PR 
- O PR tem as mesmas responsabilidades civis do cidadão comum, o que mudam são as penais
a) IRRESPONSABILIDADE PENAL RELATIVA ou IMUNIDADE FORMAL RELATIVA EM RELAÇÃO AO PROCESSO PENAL (art. 86, §4º,CF)
- NÃO pode ser processado DURANTE A VIGÊNCIA DO MANDATO por CRIMES ESTRANHOS ao EXERCÍCIO DAS SUAS FUNÇÕES >> Significa que o PR não responde por atos estranhos ao exercícios das suas funções, RESPONDE APENAS PELOS CRIMES FUNCIONAIS (em razão do ofício) 
- Imunidade processual (“não pode ser processado”)
- “Crimes estranhos” = aqueles sem relação com o fato dele ser PR (praticado enquanto cidadão). É oposto de “crime funcional”. Nessa categoria, temos:
a.1) Crimes que o PR praticou ANTES ser PR
a.2) Crimes que o PR praticou ANTES DE TOMAR POSSE como PR
O juiz da ação penal porventura existente terá que SUSPENDER A AÇÃO PENAL porque enquanto durar o mandato ele não poderá ser processado por aquele crime(suspende tbm a prescrição). Terminado o mandato, a ação penal volta a correr.
a.3) Crimes que o PR praticou DURANTE O MANDATO mas SEM RELAÇÃO COM FATO DELE SER PR (crime praticado como cidadão comum): Essa ação penal poderá ser ajuizada no STF (já que o crime foi praticado quando ele já era PR) mas o STF terá que SUSPENDER O PROCESSO ATÉ QUE TERMINE O MANDATO DO PR.
b) IMUNIDADE FORMAL RELATIVA EM RELAÇÃO À PRISÃO (art. 86, §3º, CF)
- O PR não pode sofrer PRISÃO EM FLAGRANTE nem PRISÃO CAUTELAR, SÓ PODE SER PRESO POR UMA DECISÃO JUDICIAL TRANSITADA EM JULGADO 
* Vamos ver que os Governadores e Prefeitos também são CHEFES DE GOVERNO. Os privilégios que o PR enquanto Chefe de Estado só ele tem (Governadores e Prefeitos não têm). Já os privilégios que o PR tem enquanto Chefe de Governo, em algumas situações, são extensíveis aos Governadores e Prefeitos
3.5.2. GARANTIAS INSTITUCIONAIS DO PRESIDENTE ENQUANTO CHEFE DE GOVERNO
Prerrogativa de foro no STF (art. 102, I, b, e 86, caput, CF) sempre e exclusivamente pela prática de CRIME. Não existe foro privilegiado em razão de infração civil ou improbidade administrativa
Prerrogativa de foro no Senado Federal (art. 52, I e 86, caput, CF) por crime de responsabilidade
LICENÇA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS para (1) recebimento da denúncia pelo STF e (2) instauração do processo de impeachment pelo Senado (art. 51, I, CF) 
	Ambos são crimes funcionais que o PR praticou no cargo ou em razão dele (*)
	RESPONSABILIDADE DO PR NA PRÁTICA DE INFRAÇÃO PENAL COMUM (art. 102, I, b e 86, CF)
	RESPONSABILIDADE DO PR NA PRÁTICA DE CRIME DE RESPONSABILIDADE (art. 85, CF e Lei 1079/50)
* O processo é político, não existe
processo jurisdicional
	Conceito e abrangência
	Infrações penais comuns praticadas in officio ou propter officium : 
Crime comum
Crime eleitoral ou 
Contravenção penal
	- Crimes de responsabilidade (ou infrações político-administrativas)
- Previsão: art. 85, CF regulamentada pela Lei 1079/50. O Presidente do STF preside a sessão de julgamento no SF mas ele não vota
	Denúncia
	- Oferecida pelo PGR se ação penal pública
* Se for uma ação penal privada, o ofendido poderá ajuizar ação contra o PR
	- Oferecida por qualquer cidadão no exercício do direito de petição (5º, inc. XXXIV, a, CF) 
 Cidadão oferece denúncia
	Juízo de admissibilidade da acusação
	CD por maioria de 2/3 (art. 51, I, CF)
 513 no total (**)
	CD por maioria de 2/3 (art. 51, I, CF)
	Prerrogativa de foro (foro privilegiado)
	STF (art. 102, I, b, CF)
	Senado Federal (art. 52, I, CF)
	Efeitos da condenação
	- Legislação penal
- Art. 15, III, CF >> A CONDENAÇÃO CRIMINAL ACARRETA SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS >> Em razão dessa suspensão, não poderá mais ser PR (= perde o cargo)
	- Para condenação, a CF exige maioria de 2/3 no SF (art. 52, §único, CF):
1) Perda do cargo
2) Inabilitação para o exercício de qq função pública por 8 anos
	
	* São PROCESSOS INDEPENDENTES. O ex-PR Fernando Collor foi processado nas 2 instâncias (STF e SF) porque, muitas vezes, a mesma conduta é tipificada como crime comum e como crime de responsabilidade. Como são instâncias independentes, o ex-PR foi absolvido no STF por falta de provas e condenado no SF.
(*) porque se for um crime estranho, como já dito, o processo será suspenso até o término do mandato 
(**) A CD faz o JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE DA ACUSAÇÃO, que é um JUÍZO POLÍTICO. Se a CD entender que o PR é culpado mas que processá-lo causará grande prejuízo ao país, pode não dar a licença tanto para o STF como para o SF.
 Conseqüência do recebimento da denúncia pelo STF e instauração do processo pelo Senado: A partir do momento em que o STF recebe a denúncia ou o SF instaura o processo de impeachment, O PR É SUSPENSO DO EXERCÍCIO DE SUAS FUNÇÕES (art. 86, §1º, CF) >> Essa suspensão não é uma pena, é uma medida cautelar (evita que o PR atrapalhe o processo) >> Mas essa suspensão tem PRAZO: Se o processo instaurado no STF ou SF não for concluído dentro de 180 dias, o PR volta ao exercício de suas funções (art. 86, §2º, CF)
3.7. MINISTROS DE ESTADO
a) Requisitos constitucionais para o exercício do cargo (artigos 87, caput e 12, §3º, VII, CF): Brasileiro, maior de 21 anos e pleno exercício dos direitos políticos
 O ÚNICO MINISTRO QUE TEM QUE SER BRASILEIRO NATO É O MINISTRO DE ESTADO
 Livre nomeação e exoneração
b) Atribuições (art. 87, §único, CF): A principal competência dos Ministros é a competência para dar a chamada “REFERENDA MINISTERIAL” >> Significa que qq ato do PR (seja LD, MP, decreto) tem qeu ser referendado pelo Ministro da respectiva pasta. Com a referenda, o Ministro assina junto com o PR. Essa referenda tem a finalidade de estabelecer uma RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA entre o Ministro e o PR por aquele ato >> Se o Ministro se recusar a dar a referenda, ele pode ser exonerado. A ausência de referenda gera NULIDADE DO ATO PRESIDENCIAL? Não. A única finalidade é estabelecer a responsabilidade solidária.
c) A convocação de Ministros pelo Poder Legislativo (art. 50, CF): A ausência INJUSTIFICADA a essa audiência pode gerar CRIME DE RESPONSABILIDADE do Ministro de Estado
d) A responsabilidade dos Ministros de Estado: Os Ministros têm prerrogativa de foro no STF e no SF
STF: (1) infração penal comum e (2) crime de responsabilidade praticado SOZINHO >> responde em um processo penal no STF
Senado Federal: crime de responsabilidade conexo com o do Presidente ou Vice-Presidente >> Sofrerão processo (político) de impeachment = ao processo de impeachment do PR 
* Cuidado!
Quando o STF for processar o Ministro, NÃO É NECESSÁRIA A LICENÇA DA CÂMARA
Para o SF instaurar processo de impeachment depende de licença da CD
4. PODER EXECUTIVO ESTADUAL (art. 28, CF)
4.1. GOVERNADOR e VICE-GOVERNADOR
a) Requisitos constitucionais para o exercício do cargo (art. 14, §3º, CF): 
 Idade mínima de 30 anos e não precisa ser brasileiro nato
b) Sistema eleitoral majoritário em 2 turnos (art. 28, caput,CF)
c) O Governador pode assumir outro cargo ou função na administração pública direta ou indireta? (arts. 28, §1º + 38, I, IV e V, CF) 
Não.
Exceção: Pode assumir desde que seja um CARGO EFETIVO (aquele cargo cuja nomeação depende de aprovação em concurso). Ex: Se o Governador for aprovado em um concurso para AGU, ele pode tomar posse no cargo de AGU. Mas se ele quiser continuar a ser Governador, ele tem que se LICENCIAR do cargo público efetivo.
4.2. A RESPONSABILIDADE DO GOVERNADOR (aplicação do princípio da simetria)
 As garantias institucionais do Governador enquanto CHEFE DE GOVERNO:
a) Prerrogativa de foro (foro privilegiado) no STJ (art. 105, I, a, CF) e no Tribunal Misto composto por deputados e desembargadores (art. 78, da Lei 1079/50)
 Tribunal misto: julga o Governador pela prática de CRIME DE RESPONSABILIDADE
 STJ: julga o Governador pela prática de CRIME PENAL COMUM (qq infração penal comum: seja a estranha, seja a funcional >> Diferente do que ocorre com o PR). Ex: Crime comum, crime eleitoral, contravenção = responde no STJ
b) Licença da Assembléia Legislativa por maioria de 2/3 para recebimento da denúncia no STJ e instauração do processo de impeachment 
	
	RESPONSABILIDADE DO GOVERNADOR NA PRÁTICA DE INFRAÇÃO PENAL COMUM 
(art. 105, I, a, CF)
	RESPONSABILIDADE DO GOVERNADOR NA PRÁTICA DE CRIME DE RESPONSABILIDADE 
(Lei 1079/50, Súmula 722, STF, ADI 2220 e HC 80511/MG)
	Conceito e abrangência
	Infrações penais comuns (crime comum, crime eleitoral ou contravenção penal)
	Infrações político-administrativas tipificadas na Lei 1079/50
	Denúncia
	- Oferecida pelo PGR no STJ, se ação penal pública (art. 37, I, e 48, II, Lei Complementar 75, de 1993) 
	- Oferecida por qualquer cidadão no exercício do direito de petição (5º, inc. XXXIV, a, CF)
	Juízo de admissibilidade da acusação
	- Assembléia Legislativa por maioria de 2/3
	- Assembléia Legislativa por maioria de 2/3
	Prerrogativa de foro
	STJ
	Tribunal Misto composto por 5 deputados estaduais e 5 desembargadores sob a Presidência do Presidente do TJ (art. 78, §3º, Lei 1079/50)* DIFERENÇAS ENTRE A RESPONSABILIDADE NA PRÁTICA DE INFRAÇÃO PENAL: PR x Governador
a) Aqui não é o STF que julga, é o STJ
b) Não é a CD que dá a licença; é a Assembléia Legislativa
c) O PR só responde no STF pelos crimes funcionais; já o Governador, responde tanto pelos crimes estranhos como pelos crimes funcionais
5. PODER EXECUTIVO MUNICIPAL (art. 29, CF)
5.1. PREFEITO E VICE-PREFEITO:
a) Requisitos constitucionais para ser PREFEITO e VICE (art. 14, §3º, CF):
(1) Condições gerais de elegibilidade (art. 14 §3º, CF)
(2) Brasileiro (nato ou naturalizado)
(3) Idade mínima: 21 ano
b) Sistema eleitoral majoritário (art. 29, II,CF):
b.1) Em 2 turnos para Municípios com + de 200.000 eleitores 
 Mesmo sistema eleitoral do PR e Governadores
 
b.2) Simples em Municípios com - de 200.000 eleitores 
 No sistema majoritário simples vence as eleições o candidato + votado
* Cuidado porque não é o nº de habitantes mas, sim, ELEITORES
5.2. A RESPONSABILIDADE DO PREFEITO
5.2.1. AS GARANTIAS INSTITUCIONAIS DO PREFEITO enquanto CHEFE DE GOVERNO:
- “Garantias institucionais” = PRIVILÉGIOS FUNCIONAIS (= diferenciam a responsabilidade criminal do prefeito em relação aos d+ cidadãos)
a) PRERROGATIVA DE FORO NO TJ (art. 29, X, CF e Súmula 702 do STF: “A competência do TJ para julgar Prefeitos restringe-se aos crimes de competência da justiça comum estadual, nos demais casos, a competência originária caberá ao respectivo tribunal de 2º grau”) 
b) PRERROGATIVA DE FORO no TRF (Súmulas 208 e 209 do STJ: “Compete à JUSTIÇA FEDERAL processar e julgar prefeito municipal por DESVIO DE VERBA sujeita à PRESTAÇÃO DE CONTAS perante órgão federal” e “Compete à justiça estadual processar e julgar prefeito por DESVIO DE VERBA TRANSFERIDA E INCORPORADA AO PATRIMÔNIO MUNICIPAL”)
c) PRERROGATIVA DE FORO no TRE
* Portanto, o Prefeito tem um TRÍPLICE FORO PRIVILEGIADO (= aos deputados estaduais):
Respondem no TJ Estadual em relação aos CRIMES COMUNS da competência deste.
Respondem no TRF por CRIMES COMUNS da competência da JUSTIÇA FEDERAL 
Respondem no TRE por CRIMES ELEITORAIS da competência da JUSTIÇA ELEITORAL
 Se o Prefeito cometer um CRIME DOLOSO CONTRA A VIDA, ELE NÃO VAI RESPONDER NO TRIBUNAL DO JÚRI porque ele tem um foro privilegiado concedido pela CF. Todo foro privilegiado concedido pela CF afasta a competência do Tribunal do Júri.
5.2.2. CRIMES DE RESPONSABILIDADE DO PREFEITO
- Não é regulado pela Lei 1.079/50
- Há uma lei federal (DL 201/67) que trata do tema do crime de responsabilidade dos Prefeitos e Vereadores. 
d) PRERROGATIVA DE FORO no TJ por CRIMES DE RESPONSABILIDADE “IMPRÓPRIOS” 
- O DL 201/67 prevê que o Prefeito, pelos crimes de responsabilidade impróprios, responderá no TJ
 O termo “impróprio” não está no DL, foi um termo criado pela doutrina, para indicar que se trata de um crime comum cometido em prejuízo da ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, embora o DL chame de “crime de responsabilidade” >> São crimes de ação penal pública, pena de reclusão ou detenção (dependendo do caso) >> Em qq caso, a condenação acarreta PERDA DO CARGO e INABILITAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DE FUNÇÃO PÚBLICA por 5 ANOS
e) PRERROGATIVA DE FORO na CÂMARA DE VEREADORES por CRIMES DE RESPONSABILIDADE “PRÓPRIOS” 
- Crimes de responsabilidade “próprios”: tipificados no art. 4º, do Decreto-Lei 201/67 >> O Prefeito será julgado perante a Câmara de Vereadores >> Esse processo é o PROCESSO DE IMPEACHMENT >> A pena é a CASSAÇÃO DO MANDATO (só essa pena, é uma pena exclusiva)

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