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Tutorial UC1 - SP 2 3 fase

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UC1 | SP 2
Thaís Martini
A Preocupação
1 - Compreender a importância do aleitamento materno e suas características (do que é
constituído o leite materno, colostro, apojadura, etc.)
Constituição do leite materno
Colostro
- E o primeiro fluido produzido pelas mães em pequena quantidade após os primeiros dias
do parto;
- E rico em componentes imunológicos, como imunoglobulina (Ig) A secretora, lactoferrina,
leucócitos e fatores de desenvolvimento, como o fator de crescimento epidérmico (EGF),
contém relativamente baixas concentrações de lactose, potássio e cálcio, e níveis mais
altos de sódio, cloreto e magnésio, indicando que suas funções primárias são mais
imunológicas e tróficas do que nutricionais.
O leite de transição
- Possui algumas das características do colostro, mas representa um período de maior
produção de leite para suprir as necessidades nutricionais e de desenvolvimento e
crescimento rápido do bebê.
- Sua secreção ocorre entre 5 dias a 2 semanas após o parto, quando a partir de então é
considerado leite maduro.
O leite totalmente maduro
- Entre 4 e 6 semanas após o parto e, a partir daí, permanece relativamente similar em
composição, embora mudanças sutis na composição do leite ocorram ao longo da
lactação.
Os nutrientes no leite humano derivam dos lactócitos, alimentação materna ou estoques
de nutrientes maternos e, embora a sua composição possa ser preservada em várias situações,
grande atenção deve ser dada à qualidade da alimentação materna.
A composição de macronutrientes difere entre o leite de bebês pré-termo e a termo,
sendo que o leite de pré-termos possui maiores quantidades de proteínas e gorduras.
A quantidade de micronutrientes é variável e depende da dieta materna ou de seus
estoques corporais. Entre estes, destacam-se as vitaminas:
- A : melhora na visão, auxílio no crescimento, contribuição na formação dos dentes, na
formação de colágeno, além de ser necessária para a renovação celular.
Deficiência: O crescimento e o desenvolvimento das crianças podem ser mais lentos;
problemas hepáticos e defeitos no sistema imunológico.
- B1 : Fonte energética.
Deficiência: Pode ser ocasionada por uma alimentação inadequada e rica em carboidratos
simples. Causando ainda irritabilidade, perda de apetite e fraqueza.
- B6 : produção de energia por atuar no metabolismo dos aminoácidos, gorduras e
proteínas. Além disso, também participa da produção de neurotransmissores, substâncias
que são importantes para o bom funcionamento do sistema nervoso.
Deficiência: irritabilidade, problemas de audição e convulsões.
- B12� Necessária à eritropoiese (produção e maturação de hemácias), faz parte do
metabolismo dos aminoácidos e manutenção do sistema nervoso.
Deficiência: Irritabilidade, atraso ou regressão do desenvolvimento neuropsicomotor, além de
déficit de crescimento, anorexia, apatia, que podem preceder as manifestações hematológicas.
- D: Saúde do sistema imunológico, cérebro e sistema nervoso.
Deficiência: Retardo do crescimento e raquitismo (atinge os ossos, deixando-os fracos)
- Iodo: Contra infecções e saúde da tireoide;
Deficiência: retardo mental grave e irreversível, surdo-mudez, bócio (crescimento da glândula
tireóide).
Além disso, o leite humano contém fatores bioativos capazes de inibir a inflamação, além
de aumentar a produção de anticorpos específicos, incluindo antioxidantes, interleucinas 1, 6
(antiinflamatórios), 8 (resposta imune) e 10 (antiinflamatório), fator transformador de
crescimento (TGF) (proliferação, diferenciação celular), inibidores de protease leucocitária
secretora (SLPI) (anti inflamatória, cicatrização) e defensina 1 (defesa contra bactérias, vírus e
fungos).
O leite materno é um alimento completo para o lactente, oferece uma fonte completa de
nutrientes por atender todas as condições metabólicas e digestivas do recém-nascido, sendo
rico em proteínas, minerais (sódio, potássio, cloro e zinco), além de atuar como vacina por
possuir anticorpos, proteger e estimular o desenvolvimento do intestino do lactente
(MINISTÉRIO DA SAÚDE., 2018).
Para um crescimento saudável é necessário uma alimentação adequada. Durante a fase
inicial da vida o leite materno é indiscutivelmente um alimento que reúne diversas
características nutricionais, importantes na diminuição da morbidade e mortalidade infantil
(MARQUES et al., 2006).
Recomenda-se o aleitamento materno exclusivo até os seis primeiros meses de vida,
não havendo necessidades de alimentos complementares (chás, sucos, água ou outro leite).
Após esse período inicia-se a alimentação complementar gradativamente mantendo o
leite materno até os dois anos ou mais.
A amamentação também traz benefícios para mãe, estimula o vínculo afetivo com o
filho, protege contra o câncer de mama, reduz o risco de diabetes, recupera o útero pós-parto,
volta ao peso normal com maior facilidade, e é um método natural para evitar uma nova
gravidez nos seis primeiros meses de vida do lactente. (MINISTÉRIO DA SAÚDE., 2018).
Uma das principais causas da interrupção da amamentação é a insuficiência do leite
materno, má interpretação do choro relacionado à fome, necessidade das mães trabalharem
fora do domicílio, doenças relacionadas às mamas, o lactente recusar o seio, dentre outros
(MONTESCHIO et al., 2015).
A partir do sexto mês inicia-se a introdução de novos alimentos mantendo o leite
materno até os dois anos ou mais em livre demanda, permitindo assim um desenvolvimento e
crescimento adequado e saudável para o lactente. Ao iniciar alimentação complementar devem
ser oferecidos alimentos saudáveis, semelhantes aos alimentos consumidos pela família, evitar
sempre os produtos industrializados como biscoitos, salgados, achocolatados.
A introdução dos produtos industrializados precocemente prejudica no crescimento e
desenvolvimento da criança e oferece riscos para o surgimento de doenças infecções, alergias,
e distúrbios nutricionais. As substâncias presentes nos alimentos ultraprocessados irritam a
mucosa intestinal da criança não deixando que tenha uma absorção de nutrientes satisfatória
(DALLAZEN et al., 2018).
O leite materno é um alimento completo, de fácil digestão e protege o lactente de
desenvolver doenças respiratórias, infecções, diarreias, reduz o risco de doenças crônicas
como diabete de mellitus, celíaca, auto imune, alergia alimentar, entre outras (MARQUES et al.,
2011).
O aleitamento materno e subdividido nas seguintes categorias: aleitamento materno
exclusivo (AME), aleitamento materno predominante, aleitamento materno e aleitamento materno
parcial, sendo:
- AME quando o lactente recebe apenas leite materno de sua mãe, sem receber outro
líquido ou sólido exceto vitaminas, minerais ou medicamentos;
- Aleitamento materno predominante quando o lactente receber leite materno água, chás
ou suco;
- Aleitamento materno quando o lactente receber leite materno independente de receber
outros alimentos;
- Aleitamento materno parcial quando o lactente recebe leite materno ou outro tipo de
leite
É comum que o lactente tenha dificuldade em pegar os seios e sugar, as mães podem
interpretar esta situação de outra forma, desistindo de amamentar. Outra questão comum entre
as mães é acreditarem que o seu leite está fraco pela característica do colostro que tem
consistência espessa, cor amarelada ou até mesmo transparente interpretando que seu leite
não atende as demandas do recém- nascido e acaba oferecendo fórmulas infantis para seu
bebê, outra queixa bastante comum entre as mães é a hipogalactia (pouca produção de leite) não
conseguindo suprir as necessidades do seu filho (MARQUES et al., 2011).
Em diversos estudos é possível verificar que as nutrizes produzem leite de forma
adequada para o seu bebê, não havendo necessidade de uma alimentação complementar antes
dos seis meses de vida.
A amamentação permite o contato físico entre a nutriz e o lactente, quando feita com
amor, carinho e sem pressa o lactente se sente mais confortável e seguro em satisfazer suas
necessidades, neste período o vínculomãe e filho é aumentado havendo então a compensação
da separação repentina e bruta que ocorre durante o pós-parto.
O aleitamento materno está completamente relacionado ao desenvolvimento da
personalidade do indivíduo, quando a amamentação ocorre pela mama tendem a ser mais
tranquilos (ZAVASCHI, 1991).
Quando amamentados estimula o desenvolvimento da musculatura e ossatura bucal,
que proporciona o desenvolvimento facial harmônico direciona crescimento de estruturas
importantes como seio maxilar para respiração e fonação, desenvolvimento do tônus muscular,
crescimento ântero-posterior dos ramos mandibulares, anulando o retrognatismo mandibular
(MEDRETOS et al., 2001).
Os benefícios da amamentação não atingem somente a fase da infância, mas também a
fase adulta, estando relacionada à diminuição do desenvolvimento de doenças cardiovasculares,
surgimento de diabetes, risco de desenvolver câncer e risco de disfunção neurológica (BRAVO
et al., 1996).
No contexto da fisiologia e imunologia as propriedades benéficas do leite materno em
especial o colostro possui grandes concentrações de anticorpos (IgA, IgM, IgE e IgD) em maior
predominância o IgA.
Essas células no processo do aleitamento começam a colonizar a isenta e vulnerável
mucosa gastrointestinal do neonato, impedindo continuamente, a aderência e colonização da
mucosa do trato digestivo infantil por patógenos entéricos. Outra característica imunizante do
leite materno e a presença de células polimorfonucleares (macrófago, neutrófilos e eosinófilos)
que fagocitam os microrganismos patógenos. (MAKINEN; PALOSUO, 1992).
Outro fator importante que também pode prejudicar na saúde do lactente é a obesidade,
causada por introdução inadequada de alimentos após o desmame precoce comprometendo
tanto o crescimento quanto a qualidade de vida da criança (BUSSATO et al., 2006).
A introdução precoce de água, sucos e chá são desnecessários para a hidratação do
lactente e podem elevar o risco de morbimortalidade por infecções, além de não promover o
ganho de peso e reduzir a absorção de ferro e zinco. A introdução precoce de alimentos
complementares pode aumentar o risco de alergia alimentar e a ocorrência de doenças na fase
adulta (XIMENES et al., 2010).
A importância da atuação de equipe multidisciplinar na prevenção do desmame precoce
É de extrema importância uma equipe multidisciplinar no período da gestação para
orientar as nutrizes e informar as vantagens do aleitamento materno exclusivo (AME) e as
desvantagens do desmame precoce, uma vez que a falta de conhecimento das nutrizes sobre o
aleitamento materno (AM) pode levar a redução da prática de amamentar.
Tem como objetivo garantir qualidade de vida através da promoção, manutenção e
recuperação da saúde prevenindo o lactente de doenças através do aleitamento materno e
reduzindo a taxa de mortalidade infantil (BRASIL, 2018).
2 - Compreender e caracterizar a introdução alimentar, e suas orientações.
Os hábitos alimentares são formados por meio de complexa rede de influências
genéticas e ambientais.
Parece que os sabores e aromas de alimentos consumidos pelas nutrizes têm uma via
pelo leite materno e acabam sendo transmitidos para o lactente.
O olfato deve ser estimulado no reconhecimento dos alimentos. Assim como o cheiro da
mãe e do leite materno durante o período de amamentação ajudam a criança a identificar a
mãe, a criança aos poucos vai aprendendo a reconhecer suas preferências alimentares e a
estimular seu apetite também de acordo com o aroma dos alimentos.
Existem predisposições genéticas para gostar ou não gostar de determinados gostos e
diferenças na sensibilidade para alguns gostos e sabores herdados dos pais, que vai sendo
moldada por experiências adquiridas ao longo da vida. (BARTOSHUK, 2000; DREWNOWSKI;
HENDERSON; HANN, 2000).
As crianças tendem a não gostar de alimentos quando, para ingeri-los, são submetidos
à chantagem ou coação ou premiação (BIRCH; MARLIN; ROTTER, 1984).
Outro dado importante é que a restrição dos alimentos preferidos das crianças vai fazer
com que elas os consumam exageradamente em situações de “liberdade”. (TAVERAS et al., 2004;
FISCHER; BIRCH, 1999a, 1999b).
Os pais podem ainda contribuir positivamente para a aceitação alimentar por meio da
estimulação dos sentidos. Isso pode ser feito por meio de palavras elogiosas e incentivadoras,
com o toque carinhoso e permitindo ambiente acolhedor, com pouco ruído, boa luminosidade e
conforto à criança.
Em geral, as crianças tendem a rejeitar alimentos que não lhe são familiares e esse tipo
de comportamento manifesta-se precocemente. Porém, com exposições frequentes, os
alimentos novos passam a ser aceitos, podendo ser incorporados à dieta da criança.
Muitos pais, talvez por falta de informação, não entendem esse comportamento como
sendo normal e interpretam a rejeição inicial pelo alimento como uma aversão permanente,
desistindo de oferecê-lo à criança.
Idade de introdução e frequência
A definição do período adequado para iniciar a introdução dos alimentos deve levar em
consideração a maturidade fisiológica e neuromuscular da criança e as necessidades
nutricionais.
Até os quatro meses de idade, a criança ainda não atingiu o desenvolvimento fisiológico
necessário para que possa receber alimentos sólidos. A criança ainda não senta sem apoio e não
obtém o controle neuromuscular da cabeça e do pescoço para mostrar desinteresse ou
saciedade, afastando a cabeça ou jogando-a para trás.
Portanto, em função dessas limitações funcionais, nessa fase ela está preparada para
receber basicamente refeição líquida, preferencialmente o leite materno.
Por volta dos seis meses de vida, o grau de tolerância gastrointestinal e a capacidade de
absorção de nutrientes atingem um nível satisfatório e, por sua vez, a criança vai se adaptando
física e fisiologicamente para uma alimentação mais variada quanto a consistência e textura.
As crianças menores de seis meses que recebem com exclusividade o leite materno
começam a desenvolver a capacidade de autocontrole da ingestão muito cedo, aprendendo a
distinguir as sensações de fome, durante o jejum e de saciedade, após a alimentação.
Alimentação complementar saudável
Na idade de 6 a 12 meses o leite materno pode contribuir com aproximadamente
metade da energia requerida nessa faixa etária e 1/3 da energia necessária no período de 12 a
24 meses.
Assim, o leite materno continua sendo uma importante fonte de nutrientes após os 6
meses de idade, além dos fatores de proteção que fazem parte da sua composição.(WORLD
HEALTH ORGANIZATION, 2009).
Após os seis meses, a criança amamentada deve receber três refeições ao dia
Após completar sete meses de vida, respeitando-se a evolução da criança, a segunda
papa salgada/comida de panela pode ser introduzida (arroz, feijão, carne, legumes e verduras).
Entre os seis aos 12 meses de vida, a criança necessita se adaptar aos novos alimentos,
cujos sabores, texturas e consistências são muito diferentes do leite materno.
Com 12 meses a criança já deve receber, no mínimo, cinco refeições ao dia.
O mais importante é proporcionar introdução lenta e gradual dos novos alimentos para
que a criança se acostume aos poucos.
É comum querer colocar as mãos na comida. É importante que se dê liberdade para que
ela explore o ambiente e tudo que a cerca, inclusive os alimentos, permitindo que tome
iniciativas. Isso aumenta o interesse da criança pela comida.
No início os alimentos devem ser amassados com o garfo, nunca liquidificados ou
peneirados. Os alimentos devem apresentar consistência de papas ou purês, pois apresentam
maior densidade energética.
A consistência dos alimentos deve respeitar o desenvolvimento das crianças.
Aos 6 meses de vida as crianças precisam receber alimentos bem amassados. Assim que
possível, os alimentos não precisam ser muito amassados, evitando-se, dessa forma, a
administração de alimentos muito diluídos, propiciando oferta calórica adequada.
Aos 8 meses as crianças aceitam alimentos picados ou em pedaços pequenos.
Aos 12 mesesa maioria das crianças já está apta a comer alimentos na consistência de
adultos, desde que saudável.
É necessário reforçar que algumas crianças aceitarão volumes maiores ou menores por
refeição, sendo importante observar e respeitar os sinais de fome e saciedade da criança.
As refeições devem conter alimentos de todos os grupos: cereais ou tubérculos,
leguminosas, carnes e hortaliças (verduras e legumes). Carnes e ovos cozidos devem fazer
parte das refeições desde os seis meses de idade.
O óleo vegetal deve ser usado em pequena quantidade.
As frutas devem ser oferecidas após os seis meses de idade, amassadas ou raspadas,
sempre às colheradas. E após o aparecimento da dentição, em pedaços pequenos ou inteira,
conforme a idade e o desenvolvimento da criança.
Nenhuma fruta é contra-indicada. Os sucos naturais podem ser usados e não em
substituição após as refeições principais. Nos intervalos é preciso oferecer água tratada, filtrada
ou fervida para a criança.
Ao orientar o planejamento da alimentação da criança, deve-se procurar respeitar os
hábitos alimentares e as características socioeconômicas e culturais da família, bem como
priorizar a oferta de alimentos regionais, levando em consideração a disponibilidade local de
alimentos.
Crianças a partir do 6o mês de vida precisam ser suplementadas com ferro para a
prevenção da anemia. Programa Nacional de Suplementação de Ferro e da Estratégia de
Fortificação da alimentação infantil com micronutrientes em pó - NutriSUS.
Cuidados de higiene
O período de introdução da alimentação complementar é de elevado risco para a criança,
tanto pela oferta de alimentos inadequados, quanto pelo risco de sua contaminação devido à
manipulação ou preparo inadequados, favorecendo a ocorrência de doença diarreica e
desnutrição.
É necessária a higienização das frutas, legumes, verduras e dos utensílios, como tábuas
de cortar, talheres, etc.
A água a ser oferecida à criança para o consumo e a água a ser utilizada para preparar os
alimentos deve ser o mais limpa possível (tratada, fervida e filtrada).
Alimentos não recomendados
A criança aprende a gostar de alimentos que lhe são oferecidos com frequência e
passam a gostar da maneira com que eles foram introduzidos inicialmente.
É desejável que ela ingira alimentos com baixos teores de açúcar, gorduras e sal, de
modo que esse hábito se mantenha na sua fase adulta.
É comum mães e cuidadores oferecerem a elas alimentos de sua preferência e que são
desaconselhados para crianças menores de dois anos. Foi constatado que o estabelecimento dos
hábitos alimentares acontece durante os primeiros anos de vida, por volta de dois a três anos
(SKINNER et al., 2002).
Açúcar, enlatados, refrigerantes, balas, salgadinhos, biscoitos recheados e outros
alimentos com grandes quantidades de açúcar, gordura e corantes devem ser evitados
especialmente nos primeiros anos de vida (BRASIL, 2010a)
Já foi demonstrado que o consumo desses tipos de alimentos está associado ao excesso
de peso e à obesidade ainda na infância, condições que podem perdurar até a idade adulta, além
de provocarem dislipidemias e alteração da pressão arterial. São também causa de anemia e
alergias. (OVERBY et al., 2003; KRANZ et al., 2005; DUBOIS et al., 2007).
Os sucos artificiais não devem ser oferecidos pelo fato de não oferecerem nada além de
açúcar, essências e corantes artificiais, que são extremamente prejudiciais à saúde e podem
causar alergias. A oferta de bebidas e líquidos açucarados deve ser desencorajada, já que foi
demonstrada também a associação entre o consumo dessas bebidas e o excesso de peso e com o
surgimento precoce de cáries.
O consumo de mel deve ser evitado no primeiro ano de vida. Apesar de suas excelentes
propriedades medicinais e de seu valor calórico, tem sido implicado em fonte alimentar que pode
conter esporos de Clostridium botulinum. O consumo do mel contaminado pode levar ao
botulismo, devido às condições apropriadas no intestino da criança para germinação e produção
da toxina.
Os alimentos em conserva, tais como palmito e picles, e os alimentos embutidos, tais
como salsichas, salames, presuntos e patês, também constituem fontes potenciais de
contaminação por esporos de C. botulinum e devem ser evitados, já que oferecem maior risco de
transmissão de botulismo de origem alimentar.
O sal é tradicionalmente o tempero mais lembrado e utilizado no preparo das refeições
para crianças e adultos. A partir do quarto mês, começa a desenvolver interesse por alimentos
salgados, em virtude da modificação da composição do leite humano, gradativamente mais
salgado em função de quantidades maiores de cloretos.
É recomendável sugerir a quem os prepara que administre quantidade mínima de sal,
observando a aceitação da criança. O consumo precoce de sal está associado ao aparecimento
de hipertensão arterial, inclusive na infância, e consequente aumento no risco cardiovascular,
quando adulta.
Opções de ervas e temperos naturais que podem ser utilizados para temperar as
refeições, o que estimula a redução do uso do sal e evita a adição de condimentos prontos e
industrializados, e que apresentam em suas composições elevado teor salino e de gorduras,
conservantes, corantes, adoçantes e outros aditivos que deveriam ser evitados.
Alguns exemplos de temperos naturais que podem ser utilizados: alho, cebola, tomate,
pimentão, limão, laranja, salsa, cebolinha, hortelã, alecrim, orégano, manjericão, coentro,
noz-moscada, canela, cominho, manjerona, gergelim, páprica, endro, louro, tomilho, entre
outros.
Observações:
O leite humano processado e distribuído pelos Bancos de Leite Humanos apesar de ser a
melhor opção de alimentação para crianças menores de 6 meses é, prioritariamente, destinado a
crianças de risco internadas em Unidades de Terapia Intensiva. Mães HIV positivas podem
receber fórmulas infantis para a alimentação de seus filhos.
Leite de vaca
O leite de vaca é muito diferente do leite humano em quantidade e qualidade de
nutrientes. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, o leite de vaca não é um alimento
recomendado para crianças menores de um ano (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2012).
O leite de vaca apresenta elevada quantidade de proteínas, inadequada relação entre a
caseína e as proteínas do soro, elevados teores de sódio, de cloretos, de potássio e de fósforo
em quantidades insuficientes de carboidratos, de ácidos graxos essenciais, de vitaminas e de
minerais para essa faixa etária (CASTILHO, 2010).
Além de não ser nutricionalmente adequado, o leite de vaca é um alimento muito
alergênico (GREER et al., 2008).
Na impossibilidade do aleitamento materno, o leite de vaca não é recomendado para
crianças pequenas e a fórmula infantil está economicamente distante da realidade econômica
da maioria das famílias brasileiras. Assim, é de suma importância o fomento às políticas
públicas de promoção, proteção e apoio ao Aleitamento Materno em todas as regiões
brasileiras para reversão do cenário observado (BORTOLINI et al., 2013).
Fórmulas infantis
As fórmulas infantis para lactentes correspondem a leites industrializados indicados para
lactentes que não estão em aleitamento materno.
Apesar de sua adaptação com relação aos carboidratos, proteínas e vitaminas, os fatores
anti-infecciosos encontrados no leite materno não são encontrados nas fórmulas infantis.
Diante da impossibilidade do aleitamento materno, é recomendado que crianças menores
de seis meses de vida sejam alimentadas com fórmulas infantis para lactentes e as de seis a
doze meses com fórmulas de seguimento para lactentes (SOCIEDADE BRASILEIRA DE
PEDIATRIA, 2008).
Apesar de proporcionar o conteúdo nutricional necessário, as fórmulas não são estéreis
e estão sujeitas às mesmas preocupações de segurança, como cuidados com a higiene na
preparação e abastecimento de água potável. Esses cuidados devem ser ainda maiores nos
primeiros seis meses de vida (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2010).
3 - Caracterizar as consequências de uma má alimentação (desnutrição,obesidade, anemias,
etc.)
A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou a estratégia global para alimentação de
lactentes e crianças pequenas, que visa a revitalizar os esforços no sentido de promover,
proteger e apoiar adequadamente a alimentação das crianças. Em todo o mundo cerca de 30%
das crianças menores de cinco anos apresentam baixo peso, como consequência da má
alimentação e repetidas infecções.
A partir dos seis meses de idade, a alimentação tem a função de complementar a
energia e outros nutrientes necessários para o crescimento saudável e pleno desenvolvimento
das crianças.
As situações mais comuns relacionadas à alimentação complementar oferecida de forma
inadequada são: anemia, deficiência de vitamina A, outras deficiências de micronutrientes,
excesso de peso e desnutrição.
As práticas alimentares das crianças brasileiras estão muito aquém das recomendações
de uma alimentação adequada e saudável. Apenas 12,7% das crianças brasileiras de 06 a 59
meses consumiram verduras de folhas, 21,8% consumiram legumes e 44,6% consumiram frutas
diariamente. Também observou-se elevado consumo de refrigerantes (40,5%), alimentos fritos
(39,4%), salgadinhos (39,4%), doces (37,8%), na frequência de uma a três vezes na semana
(BORTOLINI, 2012).
Problemas nutricionais mais prevalentes na infância
A desnutrição pode ocorrer precocemente na vida intra-uterina (baixo peso ao nascer) e
frequentemente cedo na infância, em decorrência da interrupção precoce do aleitamento
materno exclusivo e alimentação complementar inadequada nos primeiros dois anos de vida,
associada, muitas vezes, à privação alimentar ao longo da vida e à ocorrência de repetidos
episódios de doenças infecciosas diarreicas e respiratórias (BRASIL, 2005).
A desnutrição possui múltiplos determinantes e as condições sociais da família são
determinantes importantes dessa condição.
O desenvolvimento precoce da obesidade vem apresentando cifras alarmantes entre
crianças e adolescentes em todo o mundo, sendo um problema de saúde pública que tende a se
manter em todas as fases da vida.
A obesidade infantil pode gerar consequências no curto e longo prazo e é importante
preditivo da obesidade na vida adulta.
A ingestão de alimentos com alta densidade energética, ou seja, ricos em açúcar,
gordura e sal pode prejudicar a qualidade da dieta e diminuir o interesse dessas crianças por
alimentos saudáveis. O consumo desses alimentos é facilitado na população de baixa renda em
função do baixo custo desses alimentos (DREWNOWSKI; SPECTER, 2004; DREWNOWSKI, 2007).
A anemia por deficiência de ferro, em termos de magnitude, é na atualidade um dos
principais problemas de saúde pública do mundo. Essas crianças possuem maior probabilidade
de baixo rendimento escolar, o que provavelmente contribuirá para a transmissão
intergeracional da pobreza com implicações para o desenvolvimento de um país
(GRANTHAN-MCGREGOR et al., 2007; WALKER et al., 2011; ENGLE et al.,2007, 2011).
4 - Identificar a importância da puericultura (como é feita, como ela é divida, o que precisa ser
avaliado).
Puericultura é a ciência médica que trata dos cuidados com o indivíduo em
desenvolvimento, mais especificamente com o acompanhamento do desenvolvimento infantil.
Na atenção básica essa atividade é realizada por uma equipe multiprofissional que
assiste a criança e sua família por meio da consulta de enfermagem, consulta médica, consulta
odontológica, grupos educativos e visitas domiciliares.
Esse acompanhamento visa a avaliação periódica e sistemática das crianças no tocante
ao seu crescimento e desenvolvimento; vacinação; orientações aos pais e/ou cuidadores sobre
a prevenção de acidentes; aleitamento materno e orientações no período do desmame; higiene
individual e ambiental; assim como identificação precoce dos agravos, visando a intervenção
efetiva e apropriada (BRASIL, 2004; CAMPOS et al., 2011).
O Ministério da Saúde (MS) recomenda um calendário mínimo de consultas para
assistência à criança de sete consultas no primeiro ano de vida. A primeira deve ser realizada na
primeira semana de vida, a segunda com um mês, a terceira aos dois meses, a quarta aos quatro
meses de vida, a quinta com seis meses, a sexta aos nove meses a sétima com um ano de vida
(BRASIL, 2012).
A primeira consulta deverá acontecer na primeira semana de vida e nesse momento a
família deve ser incentivada e orientada quanto às dificuldades no aleitamento materno
exclusivo. Nesta ocasião, deve-se realizar também o teste do pezinho e a imunização da
criança, além de orientações sobre cuidados com o recém-nascido. Na anamnese devem ser
avaliadas as condições de nascimento da criança, intercorrências clínicas na gestação, parto e
pós-parto, antecedentes familiares e tratamentos realizados (BRASIL, 2004).
Importante lembrar que em todas as consultas em puericultura, o profissional da saúde
deve preencher de maneira adequada a caderneta de saúde da criança para o registro das
principais informações sobre a saúde da mesma. Nas consultas seguintes, além do seguimento às
* A partir dos 6 mesa uhe já começa a desencravar o reflexo p/engoliu .
• fumar os Scout . → penrntit
orientações aos pais e familiares, a criança continuará sendo imunizada quando necessário e
será dada continuidade à avaliação do seu crescimento e desenvolvimento.
O crescimento, de maneira geral, é conceituado como o aumento do tamanho corporal
do indivíduo. A avaliação do crescimento permite saber se os fatores anteriormente citados
estão ocorrendo de maneira adequada, auxiliando o diagnóstico precoce de doenças e da
desnutrição. É possível analisar também a eficácia da conduta terapêutica através da mudança de
direção da curva de crescimento (CEARÁ, 2002).
A avaliação é feita através da aferição do peso e da altura da criança e o de cálculo de
Índice de Massa Corporal (IMC).
Na consulta em puericultura, também é realizada a avaliação da saúde bucal das crianças
e são feitas orientações a respeito de prevenção de acidentes, prevenção da obesidade e
suplementação nutricional (BRASIL, 2012).
Nas consultas de pré-natal: A partir da consulta do sétimo mês de gestação,
considerando a proximidade do parto, orientar as gestantes de maneira individual sobre o
calendário de puericultura, mostrando a importância desse atendimento e incentivando-as a
aderir a essa prática.
Na consulta puerperal: Entregar à puérpera um panfleto contendo o cronograma de
consultas em puericultura preconizado pelo MS, orientar a mesma sobre a importância dessa
prática e incentivá-la a levar o seu filho nessas consultas, independente do estado de saúde do
mesmo. Aprazar no cartão de vacina da criança a data da consulta em puericultura.
Na consulta em puericultura: Após o atendimento, elogiar a mãe por ter levado a criança,
novamente incentivá-la a essa prática e agendar no cartão da criança a próxima consulta.
5 - Diferenciar desenvolvimento e crescimento (neuropsicomotor e físico, quais as etapas e
curvas).
Crescimento físico é aumento no tamanho.
Desenvolvimento é crescimento da capacidade funcional. Os dois processos são
altamente dependentes de fatores genéticos, nutricionais e ambientais.
À medida que as crianças desenvolvem-se física e emocionalmente, é útil definir certos
grupos baseados na idade. A terminologia a seguir é utilizada:
● Neonatal (recém-nascido): do nascimento ao 1 mês
● Bebê: 1 mês a 1 ano
● Criança jovem: 1 ano a 4 anos
● Criança mais velha: 5 a 10 anos
● Adolescente: 11 anos até 17 e 19 anos
O desenvolvimento é frequentemente dividido em domínios específicos, como motor
grosseiro, motor fino, linguagem, cognitivo e crescimento social/emocional.
Os estudos estabeleceram as médias de idades alcançadas por marcos específicos, bem
como as faixas de normalidade.
Em uma criança normal, os progressos são variáveis dentro de diferentes domínios, como
no caso da criança que começa a andar tarde, mas fala sentenças cedo ( Marcos do
desenvolvimento*).
EI,
µ
Reflexos primitivos
Resolver os problemas
A análise do desenvolvimentoocorre constantemente quando pais, profissionais da
escola e médicos avaliam as crianças.
Desenvolvimento motor
O desenvolvimento motor se divide em motor fino (p. ex., pegar pequenos objetos,
desenhar) e capacidades motoras amplas (p. ex., andar, subir escadas).
Normalmente, as crianças começam a andar aos 12 meses, podem subir escadas
mantendo-se firme aos 18 meses e correm bem aos 2 anos, mas a idade em que essas habilidades
são adquiridas pelas crianças normais variam amplamente. O desenvolvimento motor não deve
ser acelerado de modo significativo pela aplicação de estímulos aumentados.
Desenvolvimento da linguagem
A habilidade de compreensão da linguagem precede a habilidade da fala; crianças com
poucas palavras geralmente podem compreender bastante.
Embora atrasos de linguagem não sejam tipicamente acompanhados de outros de
desenvolvimento, todas as crianças com excessivo atraso de linguagem deveriam ser avaliadas
quanto à existência de outros atrasos de desenvolvimento.
A avaliação de qualquer retardo deve ser iniciada com testes auditivos. A maioria das
crianças que apresentam atraso de linguagem tem inteligência normal. Por outro lado,
crianças com desenvolvimento acelerado da linguagem estão frequentemente acima da média
de inteligência.
A maioria das crianças pode dizer “Papa” e “Mama” aos 12 meses, usa várias palavras aos
18 meses e forma frases de 2 ou 3 palavras aos 2 anos.
Aos 3 anos, em média, uma criança pode manter uma conversação.
Aos 4 anos, ela pode contar histórias simples e envolver-se em uma conversa com
adultos ou outras crianças.
Aos 5 anos, a criança pode ter um vocabulário de várias milhares de palavras.
Todas essas habilidades são fundamentais para aprender a ler palavras, frases e sentenças
simples. Dependendo da exposição a livros e habilidades naturais, a maioria das crianças
começa a ler aos 6 ou 7 anos de idade. Esses limites são muito variáveis.
Desenvolvimento cognitivo
Desenvolvimento cognitivo refere-se ao amadurecimento intelectual das crianças.
Afeto e educação apropriados ao lactente e no início da infância são reconhecidos como
fatores críticos para o crescimento cognitivo e a saúde emocional.
Por exemplo, a leitura para a criança, desde cedo, contribui com experiências
intelectualmente estimulantes e propicia um relacionamento educativo caloroso, o que trará
importante impacto sobre o crescimento nesses domínios.
O intelecto das crianças pequenas é avaliado pela observação das aptidões de linguagem,
curiosidade e habilidades de resolver problemas. Assim que a criança começa a verbalizar,
torna-se mais fácil avaliar a função intelectual utilizando ferramentas clínicas especializadas.
* desenvolvimento físico w psíquico → estágio nove
Aos 2 anos, a maioria das crianças entende o conceito de tempo em termos amplos.
Muitas crianças com 2 e 3 anos de idade acreditam que tudo o que aconteceu no passado
aconteceu "ontem", e tudo o que acontecerá no futuro, acontecerá "amanhã". Uma criança nessa
idade tem imaginação fértil, mas tem dificuldade de distinguir fantasia da realidade.
Aos 4 anos, a maioria das crianças tem uma compreensão mais complicada do tempo.
Elas percebem que o dia é dividido em manhã, tarde e noite. Elas podem até mesmo apreciar a
mudança das estações.
Aos 7 anos, as capacidades intelectuais das crianças se tornam mais complexas. Nesse
momento, as crianças são cada vez mais capazes de focalizar mais de um aspecto de um evento
ou situação ao mesmo tempo.
Elas podem reconhecer que remédios podem ter um gosto ruim, mas podem fazê-las se
sentir melhor, ou que a mãe pode estar nervosa com elas, mas mesmo assim pode amá-las.
As crianças nessa idade também são cada vez mais capazes de raciocinar usando os
poderes da observação e múltiplos pontos de vista.
Desenvolvimento emocional e comportamental
Emoção e comportamento baseiam-se no temperamento e na fase de desenvolvimento
da criança. Cada criança tem um temperamento ou humor individual.
Algumas crianças podem ser alegres e adaptáveis e desenvolver facilmente rotinas
regulares de dormir, acordar, comer e outras atividades diárias. Essas crianças tendem a
responder positivamente a novas situações.
Outras crianças não são muito adaptáveis e podem ter grandes irregularidades em suas
rotinas. Essas crianças tendem a reagir negativamente a novas situações. Contudo, outras
crianças estão em algum ponto intermediário.
O crescimento emocional e a aquisição de aptidões sociais são avaliados pela observação
da interação da criança com outras, em situações diárias. Quando a criança começa a falar, a
compreensão do seu estado emocional torna-se muito mais acurada.
Assim como acontece com o intelecto, a função emocional pode ser delineada mais
precisamente com ferramentas especializadas.
Chorar é principal meio de comunicação dos recém-nascidos.
Recém-nascidos choram porque estão com fome, incomodados, aflitos e por muitas
outras razões que podem não ser óbvias.
Os pais normalmente dão às crianças que choram comida, trocam a fralda e procuram
uma fonte de dor ou desconforto. Às vezes, nada funciona.
Por volta dos 8 meses de idade, os recém-nascidos normalmente se tornam mais
ansiosos em relação a separar-se dos pais. Separações na hora de dormir e em creches podem
ser difíceis e marcadas por acessos de raiva.
Aos 2 a 3 anos, as crianças começam a testar seus limites e fazer o que elas foram
proibidas de fazer, simplesmente para ver o que vai acontecer.
Os "nãos" frequentes que as crianças ouvem dos pais refletem a luta pela independência
nessa idade. Embora angustiantes para os pais e filhos, os ataques de raiva são normais porque
ajudam as crianças a expressar sua frustração durante um momento em que não conseguem
verbalizar seus sentimentos.
Dos 18 meses a 2 anos de idade, as crianças normalmente começam a estabelecer
a identidade de gênero. Durante os anos pré-escolares, as crianças também adquirem uma
noção do papel de gênero, do que meninos e meninas costumam fazer. Espera-se que elas
explorem os órgãos genitais nessa idade e os sinais de que as crianças estão começando a
estabelecer uma conexão entre a imagem corporal e o gênero.
Entre os 2 e 3 anos de idade, as crianças começam a brincar de maneira mais interativa
com outras crianças. Embora ainda possam ser possessivas em relação aos brinquedos, elas
podem começar a compartilhar e até mesmo se revezar nas brincadeiras.
Afirmar a posse dos brinquedos dizendo: "isso é meu!" ajuda a estabelecer o sentido do
eu.
Dos 3 aos 5 anos, muitas crianças se interessam por brincadeiras envolvendo fantasia e
amigos imaginários. As brincadeiras envolvendo fantasia permitem às crianças exprimir com
segurança diferentes papéis e sentimentos intensos de maneiras aceitáveis.
As brincadeiras envolvendo fantasia também ajudam as crianças a crescer socialmente.
Elas aprendem a resolver conflitos com os pais ou outras crianças de maneiras que as ajudam a
desabafar frustrações e manter a autoestima.
Também nesse momento, aparecem medos típicos da infância como "o monstro no
armário". Esses medos são normais.
Dos 7 aos 12 anos, as crianças superam inúmeros desafios: autoconceito, a base para o
que é estabelecido pela competência em sala de aula; relacionamentos com colegas, que são
determinados pela capacidade de socialização e adaptação; e relacionamentos familiares, que
são determinados em parte pela aprovação que as crianças obtêm dos pais e irmãos.
Embora muitas crianças parecem dar muita importância a grupos de colegas, elas
continuam buscando principalmente nos pais o suporte e orientação de que necessitam.
Nesse momento na vida, as crianças são muito ativa e se envolvem em muitas atividades
e estão ansiosas para explorar novas atividades. Nessa idade, as crianças são aprendizes
ansiosos e muitas vezes respondem bem a conselhos sobre segurança, estilos de vida saudáveis
e prevenção de comportamentos de alto risco.
6 - Conhecer os programas de vigilância nutricional da criança no Ministério da Saúde (ex.:
SISVAN).
VigilânciaAlimentar e Nutricional nos Serviços de Saúde e SISVAN 
A Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN) nos serviços de saúde inclui a avaliação
antropométrica (medição de peso e estatura) e do consumo alimentar cujos dados são
consolidados no Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN), apoiando gestores e
profissionais de saúde no processo de organização e avaliação da atenção nutricional,
permitindo que sejam observadas prioridades a partir do levantamento de indicadores de
alimentação e nutrição da população assistida.
  Para realizar as ações de VAN é necessário ter equipamentos antropométricos
adequados, como balanças, antropômetros e fita métrica; formulários do SISVAN Web
impressos; acesso à internet para a digitação dos dados coletados no SISVAN e profissionais
capacitados para realizar as avaliações antropométricas e do consumo alimentar.
→ Rebelar Honrar
o Aleitamento materno → estímulo cerebral
× a artificial → " n apenas um lado ,
*
 
Para colocar em prática as ações, e necessário estabelecer com a equipe o fluxo de
atividades que serão incorporadas como rotina, contemplando o acolhimento dos indivíduos,
o encaminhamento para a realização da antropometria, a realização da avaliação do estado
nutricional e dos marcadores de consumo alimentar e seu registro em formulários
adequados.
No caso da atenção individual, este fluxo contribuirá para que os profissionais tomem a
melhor decisão quanto ao cuidado a ser ofertado. E, a partir da inserção destas informações
individuais no SISVAN (o que requer armazenamento adequado dos formulários preenchidos
para posterior digitação no sistema informatizado), é possível gerar relatórios consolidados
que permitirão interpretar a situação alimentar e nutricional da coletividade. 
Fortificação da alimentação infantil com micronutrientes em pó - NutriSUS 
Lançada oficialmente em março de 2015, pelo Ministério da Saúde, a Estratégia de
fortificação da alimentação infantil com micronutrientes em pó – NutriSUS consiste na
adição direta de nutrientes à alimentação oferecida às crianças de 6 meses a 3 anos e 11
meses em creches.  
Implantada inicialmente nas creches participantes do Programa Saúde na Escola, a
iniciativa tem o objetivo de potencializar o pleno desenvolvimento infantil, a prevenção e o
controle da anemia e outras carências nutricionais específicas na infância.
 Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil 
A "Estratégia Nacional para Promoção do Aleitamento Materno e Alimentação tem como objetivo
qualificar o processo de trabalho dos profissionais da atenção básica com o intuito de reforçar
e incentivar a promoção do aleitamento materno e da alimentação saudável para crianças
menores de dois anos no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
Essa iniciativa é o resultado da integração de duas ações importantes do Ministério da Saúde: a
Rede Amamenta Brasil e a Estratégia Nacional para a Alimentação Complementar Saudável
→ PruwcultuarEstado nutricional do
coletivo
(ENPACS), que se uniram para formar essa nova estratégia, que tem como compromisso a
formação de recursos humanos na atenção básica. 
Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A 
No Brasil, a deficiência de vitamina A é um problema de saúde pública moderado,
sobretudo, na Região Nordeste e em alguns locais da Região Sudeste e Norte.
A OMS recomenda a administração de suplementos de vitamina A para prevenir a
carência, a xeroftalmia e a cegueira de origem nutricional em crianças de 6 a 59 meses (5a).
Ressalta ainda que a suplementação profilática de vitamina A deve fazer parte de um
conjunto de estratégias para melhoria da ingestão desse nutriente, portanto associado à
diversificação da dieta (OMS, 2011).  
Esse programa faz parte da Ação Brasil Carinhoso constante no Programa Brasil sem
Miséria, que objetiva o combate à pobreza absoluta na primeira infância e reforça a assistência a
criança menor de 5 anos para prevenção da deficiência de vitamina A, garantindo o acesso e
disponibilidade do insumo a todas as crianças nessa faixa etária nas Regiões Norte e Nordeste e
os municípios das Regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste contemplados no Programa Brasil sem
Miséria. 
7 - Caracterizar os métodos de avaliação da idade gestacional (Capurro, New Ballard).
MÉTODO DE CAPURRO PARA DETERMINAR A IDADE GESTACIONAL
 
No método de Capurro, estima-se a idade gestacional do recém nascido por meio
da investigação de parâmetros somáticos e neurológicos. 
Esse método é utilizado para recém-nascidos de 29 semanas ou mais e utiliza 5
características físicas e 2 neurológicas.
Cada uma das características tem várias opções, e cada opção uma pontuação
que foi determinada através de diferentes estudos, será ao final a soma desses pontos
o que vai determinar a idade gestacional. 
* Saíram com vcaãuirirha mas ula não Tem instrução pi adesão .
- Utilizar linguagem médica .
& Aderência de falar de forma adequada
* Yama
- limpo de cada coisa → canções
-
ir Anohai nos possíveis donos u Acatamento
↳ Criança precisa desenvolver seu vitvmatde alimentação, brincadeira . . . )
Foto: http://apuntesmedicos.net/2008/07/01/metodo-de-capurro/ 
Forma da Orelha - devemos observar a encurvação do pavilhão da orelha.
Devemos nos posicionar em frente à criança e observar em particular se o bordo
superior do pavilhão auricular forma uma cobertura pelos lados. Em seguida devemos
avaliar o grau de encurvamento observado em cada pavilhão virando a face da criança de
um lado para o outro. Caso o recém-nascido, devido à posição, ao nascimento,
permaneça com uma orelha achatada, não devemos avaliar está. Caso as duas estejam
achatadas, devemos avaliar as duas. Assinale a pontuação de 0, 8, 16 ou 24 dependendo
da encurvação. 
Tamanho da glândula mamária - antes de palpar a zona correspondente ao
nódulo mamário, belisque suavemente o tecido celular subcutâneo adjacente para que
seja possível avaliar se o que mede é ou não tecido mamário. Utilize uma fita métrica e
com a outra mão palpe o tecido que se encontra debaixo e em volta do mamilo.
Especifique se é possível palpar tecido mamário ou não, e se seu diâmetro é < 5, de 5 a 10
ou > que 10mm. 
Formação do mamilo - devemos observar ambos os mamilos e com uma fita
métrica meça se o diâmetro é apenas visível, < que 7,5mm, > 7,5 com aréola pontiaguda e
sem elevação de bordo, > 7,5 com aréola pontiaguda e bordas elevados. 
Textura da pele - palpe e examine a pele e os antebraços, mãos, pernas e pés e
veja se no dorso das mãos e pés existem zonas de descamação ou rachaduras.
Dependendo da profundidade das rachaduras ou da presença de descamação, pontue
em 0,5, 10 ou 20. 
Pregas plantares - observe a planta de ambos os pés e logo hiperextenda ambas
de maneira que se mantenha tensa a pele da planta. Diferença entre pregas e sulcos
plantares, é que os primeiros tendem a desaparecer quando se extende a pele, os sulcos
continuam marcados claramente. Dependendo da quantidade de sulcos e pregas;
pontua-se 0, 5 10, 15 ou 20. 
NÃO ENTRA SINAL DE XALE E POSIÇÃO DA CABEÇA AO LEVANTAR O RN
NÃO ENTRA A FORMAÇÃO DO MAMILO
 
MÉTODO NOVO DE BALLARD NEW BALLARD SCORE (NBS) 
 
 
Referências
MARGOTTO, Paulo R. Avaliação da idade gestacional pelo método novo de Ballard New Ballard
Score (NBS). 2009.
MARGOTTO, Paulo R.; MOREIRA, Alessandra de Cássia Gonçalves. Avaliação da idade
gestacional. ________. Assistência ao recém nascido de risco, v. 2, p. 68-111, 2004.
8 - Entender as influências socioeconômicas e culturais no desenvolvimento da criança.

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