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Módulo Exigibilidade do Crédito Tributário
SEMINÁRIO V – IPI E IOF
Aluna: Bárbara Messias C Branco
Questões
1.	Construir a(s) regra(s)-matriz(es) de incidência tributária do IPI.
O imposto sobre produtos industrializados encontra sua base legal no art. 153, IV da CF/88 e art. 46 e seguintes do CTN. O sujeito ativo caracteriza-se pelo União, que fará o recolhimento do tributo, enquanto o sujeito passivo encontra-se elencado no rol do art. 51 do CTN, sendo o importador ou a quem a lei equiparar, o industrial, o comerciante de produtos sujeitos ao imposto que os forneça aos contribuintes, o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados, levados a leilão.
Quanto ao fato gerador, este encontra fulcro no art. 46, I a III do CTN “- O imposto, de competência da União, sobre produtos industrializados tem como fato gerador: I - o seu desembaraço aduaneiro, quando de procedência estrangeira; II - a sua saída dos estabelecimentos a que se refere o parágrafo único do CTN, art. 51; III - a sua arrematação, quando apreendido ou abandonado e levado a leilão.” 
A base de cálculo do IPI será estabelecida a depender do procedimento operacional realizado pelo contribuinte podendo se distinguir pelo valor da operação de saída do produto do estabelecimento do contribuinte. Caracteriza-se o custo da operação, o valor do produto, acrescido do frete, bem como, toda e qualquer despesa cobrada ou debitada pelo contribuinte ao consumidor final, o destinatário do produto. Ainda, poderá ser calculado conforme o preço de arrematação, abandonado ou levado a leilão.
Ademais, a base de cálculo poderá ser estabelecida mediante o preço normal do produto, acrescido do próprio imposto sobre a importação, taxas aduaneiras e eventuais encargos cambiais. Serão adicionados ao custo as taxas de entrada no país.
Por fim, a alíquota do IPI varia em constância, razão dada a grandeza econômica em questão. Assim, o IPI será calculado mediante a aplicação da alíquota do produto sobre o respectivo valor tributável. 
2.	Sobre o direito ao crédito do IPI, pergunta-se:
	a) É possível o aproveitamento de créditos de IPI decorrentes da aquisição de insumos com alíquota zero ou imunes? E de operações decorrentes da Zona Franca de Manaus adquiridos sobre o regime de isenção? Se possíveis estes créditos, como quantificá-los? (Vide anexos I, II e III). 
Conforme os ditames da Lei 9.779/99, tornou-se possível o creditamento de IPI advindo da aquisição de insumos com alíquota zero ou imunes, com fulcro no princípio da não cumulatividade. O STF entendeu que há o direito a creditamento de IPI na entrada de insumos provenientes da ZFM, o ministro Edson Fachin abriu a divergência, negando provimento ao RE 596.614 por entender que é devido o creditamento. Fachin entendeu que há arcabouço jurídico que permite essa exceção de aproveitamento de créditos pela Zona Franca. Para ele, esse benefício é bom para soberania nacional, integração econômica e redução das desigualdades nacionais em âmbito federativo. 
Seguindo a divergência levantada, o ministro Luís Roberto Barroso reconheceu que, de fato, não há esculpro constitucional para tal, contudo, a Constituição Federal estabelece tratamento diferenciado para ZFM, suavizando as diferenças regionais.
	b) Os materiais consumidos no processo de produção, mas que não são agregados diretamente ao produto final, geram créditos do IPI? E os bens adquiridos para ativo permanente? E os materiais de teste ou protótipos? (Vide anexo IV) 
Mesmo não agregados diretamente ao produto final, os materiais consumidos no processo de produção geram créditos de IPI, conforme o disposto no art. 226, I do Decreto 7.212/2010, o qual regulamenta os ditames de cobrança, fiscalização, arrecadação e administração do IPI. Ressalta-se ainda, que o benefício de creditamento não se estende a bens de ativo permante, uma vez vedado pelo referido artigo. 
3.	Qual a relevância das classificações fiscais para a determinação da incidência do IPI? Discorrer sobre os seus critérios de solução para efeitos de problemas de classificação fiscal. Com base nessa resposta, comente: 
	a) qual a classificação correta para Tablets (se 8471.30.12 ou 8471.3019), justificando com base nos critérios de solução identificados. (Vide anexo VI).
	b) Contribuinte sediado no Estado de São Paulo, realiza importação de sabonetes “antiacne”. Sucedendo empasse segundo o qual a ANVISA define a mercadoria como cosmético, e a legislação tributária, à classe dos medicamentos e tratando-se de termo não definido pela Constituição Federal, qual definição deve prevalecer: a fixada pela agência reguladora ou aquela prescrita pela legislação tributária? (Vide Anexo XIV)
A classificação fiscal de incidência do IPI é de suma importância, uma vez que, através de tal classificação será apurada a quantificação do tributo. Ressalta-se a numerosa variedade de objetos, sejam eles distintos entre si, por subprodutos.É necessário que haja uma criteriosa classificação fiscal, distinguindo-se aspectos específicados perando os mais gerais. De acordo com a solução de consulta DIAN A/SRRF05, a classificação se encontra no código 847 1.30.19, se entende, portanto, tablet como “máquina automática para processamento de dados portátil, com peso de 380 gramas, tela de visualização de 7 polegadas sensível ao toque, área de tela de 137,91 cm², provida de bateria interna, capaz de funcionar sem fonte externa de energia”. 
4.	Que é produto industrializado? O processo de salga do bacalhau constitui aperfeiçoamento do produto para consumo ou é mero modo de conservação para fins de transporte? Em outros termos, o bacalhau (seco e salgado) é tido produto industrializado para fins de incidência do IPI? Caso o bacalhau seja de espécie não contemplada na tabela do IPI (TIPI), mesmo que seja seco, salgado ou em salmoura ou, ainda, defumado, pode-se falar em incidência do IPI? (Vide anexo VII) 
Produto industrializado caracteriza-se como o resultado de qualquer processo ou operação definida no RIPI como industrialização, mesmo que incompleta, pacial ou intermediária. Para tanto, o RIPI estabelece modalidades de industrailização, tais sejam a transformação, beneficiamento, montagem, acondicionamento e redicionamento, renovação ou recondicionamento.
O bacalhau seco e eviscerado, sem cabeça e salgado é considerado produto industrializado, uma vez que, sua condição e aparência foram modificadas e já não mais estaria como foi pescado, ou seja, não se apresenta da mesma maneira daquela retirado da natureza. Tais operações alteraram permanentemente sua apresentação, considerando que foi submetido à industrialização, assim, será válida a sua tributação e o recolhimento do IPI quando do desembraraço aduaneiro de procedência estrangeira. 
5.	Qual a base de cálculo do IPI? Você entende que os seguintes valores podem ser incluídos em sua BC: (i) valores relativos juros das vendas financiadas? (ii) os descontos incondicionais ou de produtos bonificados? (iii) o valor do frete? (iii. a) O frete integra o ciclo de produção? (iii. b) Há diferença se houver sido estipulada cláusula FOB (free on board) ou CIF (cost, insurance and freight)? Fundamente suas respostas.
Temos como a base de cálculo do IPI o valor total ou equiparado a saída da referida mercadoria do estabelecimento industrial. Quanto aos juros de vendas financiadas, o STJ entende que o valor devido de IPI teria sua base estabelecida conforme o valor total da transação de mercado. 
Os descontos incondicionais poderão ser excluídos do cálculo base, mesmo com entendimento contrário de quem defenda que uma vez que o valor do frete seja repassado ao consumidor final, este deverá ser incluído na base de cálculo. Contudo, conforme jurisprudência e entendimento consolidado da Suprema Corte, o frete não poderá integrar o ciclo de produção, não compondo a base de cálculo do referido tributo. 
Neste ensejo, ainda quantos as cláusulas FOB, os riscos e custos do transporte são considerados como presumidos, ou seja, o comprador assume sua eventual ocorrência. Já o CIF éum termo comercial em que o vendedor está vinculado a arcar com os custos necessários ao transporte das mercadorias.
6.	A empresa Tudex Ltda é uma indústria que produz máquinas e equipamentos. No meio de seu processo de produção, envia seus produtos a outra empresa, Galvanomix Ltda, para que esta efetue a galvanização desses produtos. Feita a galvanização, os produtos voltam à linha de produção da Tudex, onde esta concluirá seu processo de produção e, posteriormente os venderá aos consumidores finais. Pergunta-se: a atividade realizada pela Galvanomix é uma industrialização por encomenda ou prestação de serviço? Incidirá ISS, IPI ou ISS e IPI? Justifique (vide anexos VIII, IX e X).
A operação proposta se qualifica como industrialização por encomenda, vez que não se configura numa circulação de mercadoria pós industrialização, mas sim, uma operação de industrialização processada por terceiros, incidindo IPI, conforme o disposto no art. 4°, II do RIPI/2010 – Decreto 7.212/2010, tratando-se de galvanização de beneficiamento.
7.	Construir a regras matriz de incidência tributária do IOF. Por que a utilização da nomenclatura “IOF’” pode ser considerada como equivocada? De forma ampla, qual a previsão constitucional para a incidência dessa exação?
A regra matriz de incidência tributária do IOF encontra embasamento legal nos dispositivos 153, V da CRFB/88, 63 e seguintes do CTN e Decretos 6.306/2007 e 6.339/2008. O sujeito ativo caracteriza-se pela União, quanto o passivo seja qualquer das partes que integrem a operação tributária, conforme disposto no art. 66 do CTN, restando ao legislador ordinário estabelecer critério. Assim, temos no Decreto 6.306/2007 que o sujeito passivo será o contribuinte. 
Para o fato gerador do tributo, entende-se que serão, conforme art. 63 do CTN e o referido Decreto em seus artigos:
Art. 3° O fato gerador do IOF é a entrega do montante ou do valor que constitua o objeto da obrigação, ou sua colocação à disposição do interessado
“Art. 11. O fato gerador do IOF é a entrega de moeda nacional ou estrangeira, ou de documento que a represente, ou sua colocação à disposição do interessado, em montante equivalente à moeda estrangeira ou nacional entregue ou posta à disposição por este.
Art. 18. O fato gerador do IOF é o recebimento do prêmio
Art. 25. O fato gerador do IOF é a aquisição, cessão, resgate, repactuação ou pagamento para liquidação de títulos e valores mobiliários”
A base de cálculo do IOF está prevista no art, 64 do CTN e encontra-se elencado no Decreto 6.306/2007 em seus atigos 7°, 14, 21 e 28 sendo estes, o montante da operação quanto às operações de crédito; o respectivo montante da operação em moeda nacional, recebido, entregue ou posto a disposição, quanto das operações de câmbio; o montante do prêmio, quanto das operações de seguro; o valor nominal mais o ágio, se houver, o preço, o valor nominal ou valor da cotação em bolsa, e o respectivo pagamento, quanto das operações realtivas a títulos e valores mobiliários. 
As alíquotas serão diferenciadas e determinadas mediante o tipo de operação como quando de operações de crédito, a alíquota máxima é de 1,5% ao dia e incide sobre o valor das operações de crédito. Quando das operações de câmbio, a alíquota máxima será de 25% e incidirá sobre o montante em moeda nacional, recebido, entregue ou posto à disposição. Quando das operações de seguro, a alíquota máxima é de 25% e incidirá sobre o valor dos prêmios de seguro pagos. Por fim, quando das operações relativas a títulos ou valores mobiliários alíquota máxima será de 1,5% ao dia.
O imposto sobre operações financeiras não se restringe apenas a operações bancárias ou financeiras, estende-se também as diversas operações como crédito, câmbio, seguro, títulos e sobre a venda de ouro, encontrando fulcro jurídico nos artigos. 153, V da CF/88 e 63 a 67 do CTN.
8.	A alteração de alíquotas do “IOF” prescinde de motivação do Governo Federal? A justificativa para aumento do tributo pode se dar sem relação comprovada com a necessidade de manipulação na política regulatória do mercado de crédito, cambial, securitário ou de títulos e valores mobiliários? Há algum tipo de inconstitucionalidade no caso de alteração imotivada?
O objetivo da possibilidade de alteração da tabela do IOF sem a vinculação de votação no Congresso seria a de tentar incentivas ou desestimular as operações financeiras referentes a aplicação do IOF. Contudo, a majoração do tributo não poderá ser estabelecida sem comprovada relação de manipulação de política de mercado de crédito, cambial, securitário ou de títulos e valores mobiliários. 
Desta feita, não há como sustentar a constitucionalidade de majorações sem qualquer motivação do IOF, ressaltando-se que às operações de seguro nem definição de limites e condições presente na Lei 8.894/94, em absoluto.
9.	Determinada pessoa jurídica “X”, pertencente a um grupo de empresas “Y”, celebra contrato de mútuo com outras empresas desse mesmo grupo, com a finalidade de obter dinheiro sem recorrer ao mercado financeiro. Pergunta-se: o empréstimo decorrente desse contrato de mútuo configura fato jurídico tributário que enseja a exigência do IOF? É legítima a cobrança de IOF sobre a venda de direitos creditórios realizada por empresas de factoring? E sobre o direito de crédito entre empresa controlada e sua controladora? Se sim, em que momento haverá a incidência? (Vide anexos XI, XII, XIII e XIV). 
O IOF incidirá perante operações de crédito realizadas por instituições financeiras, empresas de factoring ou entre pessoas jurídicas ou pessoas jurídicas e pessoas físicas.

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