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Prevenção de Lesão por Pressão

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Prevenção de Lesão por Pressão - 
Enfermeiros 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
Índice 
Índice .............................................................................................. 1 
Introdução....................................................................................................... 3 
Lesão por Pressão: Definição ........................................................................... 3 
Epidemiologia ................................................................................................. 4 
Politicas de Saúde e Normas Brasileiras Relacionadas às Lesões por Pressão .... 6 
Lesão por Pressão: Mudança de Nomenclatura ................................................ 7 
Fatores Causais da Lesão por Pressão .............................................................. 9 
Fatores Extrínsecos ......................................................................... 9 
Concluindo ................................................................................. 11 
Avaliação do Risco para Lesão por Pressão .................................................... 12 
Escala de Braden .......................................................................... 13 
Escala de Braden-Q ....................................................................... 15 
Avaliação Global da Pele ................................................................. 17 
Frequência de Avaliação da Pele ....................................................... 19 
Cuidados Especiais em Áreas Específicas ....................................................... 20 
NSRAS – Neonatal Skin Risk Assessment Scale ..................................... 23 
NSCS – Neonatal Skin Condition ....................................................... 24 
Registro e Notificação .................................................................... 24 
Classificação da Lesão por Pressão1 ............................................................... 24 
Estágio 1: Pele Íntegra com Eritema que não Embranquece .................... 24 
Estágio 2: Perda da pele em sua espessura parcial com exposição da derme
 ................................................................................................ 25 
Estágio 3 .................................................................................... 26 
Estágio 4 .................................................................................... 26 
Não Classificável .......................................................................... 27 
Lesão por Pressão Relacionada a Dispositivo Médico ............................ 28 
Lesão por Pressão em Membranas Mucosas ........................................ 30 
 
 
2 
Concluindo ................................................................................. 30 
Medidas Preventivas ...................................................................................... 31 
Medidas Preventivas – Dispositivos Médicos ....................................... 31 
Posicionamento do Paciente ............................................................ 33 
Medidas Preventivas e Tratamento por Fator de Risco Alterado ............... 34 
Manejo da Umidade ...................................................................... 35 
Manejo da Fricção e Cisalhamento .................................................... 36 
Seleção do Curativo ...................................................................... 37 
Manejo da Nutrição ....................................................................... 37 
Manejo da Dor ............................................................................. 38 
Educação do Paciente/Acompanhante ............................................... 38 
Diagnóstico Diferencial: Dermatite associada à incontinência (DAI) X LP X Lesão 
por Fricção (Skin Tear) ................................................................................... 38 
Lesão por Fricção ......................................................................... 38 
DAI ............................................................................................ 39 
Diagnóstico Diferencial DAI x LP ...................................................... 42 
Tratamento DAI ............................................................................................. 44 
Eritema (DAI Leve) ........................................................................ 44 
Brilhante, Úmida, Sangramento, Bolhas (DAI Moderada) ........................ 44 
Exsudação, Erosões, Sangramento, Perda Parcial da Pele (DAI Severa) ....... 45 
Dermatite Associada a Lesões Fúngicas: ............................................ 46 
Concluindo ................................................................................. 46 
Considerações Finais ..................................................................................... 48 
Referências ................................................................................................... 48 
 
 
 
 
 
3 
Introdução 
Nesta seção será abordada a definição de Lesão por Pressão, também 
conhecida por leigos como escaras, feridas de pressão e/ou úlceras de 
decúbito. 
Sabe-se que as lesões por pressão têm despertado maior interesse e 
preocupação de enfermeiros, serviços de saúde e população em geral. Isto 
ocorre devido ao aumento da sua incidência e prevalência, apesar dos 
esforços preventivos e avanços tecnológicos para o seu tratamento. 
 
A verdadeira dimensão do problema, ou seja, o real número de pacientes 
com lesão por pressão no Brasil ainda é desconhecida, visto que o registro 
deste evento bem como a obtenção da sua taxa de ocorrência ainda são 
pouco frequentes. 
Lesão por Pressão: Definição 
Lesão por pressão é um dano localizado na pele e/ou em tecidos moles 
subjacentes, geralmente sobre uma proeminência óssea ou relacionada ao 
uso de dispositivo médico ou a outro artefato. A lesão pode se apresentar 
em pele íntegra ou como úlcera aberta, pode ser dolorosa e ocorre como 
resultado da pressão intensa e/ou prolongada em combinação com 
o cisalhamento1. 
 
A tolerância do tecido mole à pressão e ao cisalhamento pode também ser 
afetada por outros fatores como nutrição, perfusão, comorbidades e 
mobilidade reduzida. 
 
 
4 
Epidemiologia 
Agora vamos apresentar os dados epidemiológicos referentes a lesões por 
pressão. Os indicadores mais utilizados para se mensurar a ocorrência de 
lesão por pressão são: incidência e prevalência. Confira a seguir a definição 
desses indicadores: 
 
 
Trazemos por ora alguns dados da literatura internacional que apresentam 
tais indicadores, segundo dados da NPUAP, em hospitais norte-americanos 
tem-se: 
• Prevalência de lesão por pressão em 15%; 
• Incidência de lesão por pressão em 7%. 
Em estudo realizado pelo EPUAP, que incluiu 5.497 pacientes residentes na 
Bélgica, Itália, Portugal, Suécia e Reino Unido foi encontrada uma prevalência 
global de 18,1%. No Reino Unido sabe-se que os novos casos de lesão por 
pressão acometem de 4% a 10% dos pacientes admitidos, conforme indica a 
imagem abaixo. 
 
Existem poucos estudos sobre incidência e prevalência de lesão por pressão 
no Brasil. Veja a seguir alguns estudos realizados em hospitais brasileiros: 
 
 
5 
Estudo transversal observacional realizado em um hospital geral, com o 
objetivo de determinar a prevalência das lesões por pressão e perfil dos 
pacientes acometidos. Foram avaliados 690 pacientes. A prevalência geral 
foi de 5.9%. A prevalência em UTI foi de 41,5%. O perfil de pacientes era 
predominantemente idoso (63,9%) e 73,1% das lesões por pressão eram 
localizadas em região sacral. O estagio/categoria mais evidenciada foi o II e 
segundo escala de avaliação de risco, 80,4% dos pacientes apresentavam 
alto risco de lesão por pressão. 
Moro A, Maurici A, Valle JB, Zaclikevis VR, Kanubing Junior H. Avaliação dos pacientes portadores de úlcera por 
pressão internados em um hospital geral. Ver Assoc Med Bras.2007; 53(4):300-4. 
As taxas de incidência e prevalência na literatura apresentam variações 
quanto às características dos pacientes e ao nível de cuidado, diferenciando-
se em cuidados de longa permanência, cuidados agudos e atenção 
domiciliar. 
• Cuidados de longa permanência: as taxas de prevalência variam entre 
2,3% a 28% e as taxas de incidência entre 2,2 % a 23,9%; 
• Cuidados agudos: as taxas de a prevalência estão em torno de 10 a 18% e 
de incidência variam entre 0,4% a 38%; 
• Atenção domiciliar: as taxas de prevalência variam entre 0% e 29% e as de 
incidência variam entre 0% e 17%. 
As lesões por pressão causam dano considerável aos pacientes, dificultando 
o processo de recuperação funcional, frequentemente causando dor e 
levando ao desenvolvimento de infecções graves, sabe-se que também estão 
associadas a internações prolongadas, sepse e mortalidade. 
 
 
 
 
6 
Apesar da maioria das lesões por pressão ser evitável, estima-se que 
aproximadamente 600 mil pacientes em hospitais dos EUA evoluam a óbito 
a cada ano em decorrência de complicações secundárias à lesão por pressão. 
O custo total estimado do tratamento de lesão por pressão nos EUA é de 11 
bilhões de dólares por ano. 
 
A necessidade de monitorar através de indicadores epidemiológicos as 
lesões por pressão contribui para que as organizações de saúde possam 
avaliar seu desempenho no processo de prevenção do evento. Outro aspecto 
importante, seria também quantificar em cada instituição o impacto 
econômico dos problemas relacionados as lesões por pressão, para desta 
forma, oferecer elementos que justifiquem estratégias ativas de prevenção e 
tratamento com os melhores recursos possíveis. 
Ao constatarmos as lesões por pressão como um problema muito 
importante de saúde cujos custos ainda são desconhecidos, devemos 
compreender que tais lesões têm repercussões diretas nos serviços de 
saúde. Abaixo listamos os principais efeitos encontrados neste cenário. 
Confira: 
• Aumento dos custos diretos (coberturas e medicamentos para 
tratamento) e indiretos (tratamento de complicações); 
• Aumento do tempo gasto para tratamento; 
• Aumento da permanência hospitalar. 
Politicas de Saúde e Normas Brasileiras Relacionadas às 
Lesões por Pressão 
A Anvisa (Agencia Nacional de Vigilância Sanitária) do Ministério da Saúde 
instituiu em 01/04/2013 o Programa Nacional de Segurança do Paciente, 
pela Portaria de número 529. O objetivo geral é contribuir para a 
qualificação do cuidado em saúde em todos os estabelecimentos de saúde 
do território nacional. Ficou estabelecido também um Comitê de 
Implementação deste Programa, que deve propor e validar protocolos, guias 
e manuais voltados à segurança do paciente em diferentes áreas, entre elas 
as lesões por pressão. 
 
 
7 
 
A notificação é muito importante para se investigar o que levou ao evento e 
para que se tome uma ação pontual de prevenção. É o que permite também 
uma ação local das vigilâncias sanitárias. 
Lesão por Pressão: Mudança de Nomenclatura 
Em abril de 2016 houve uma mudança da nomenclatura de “úlcera por 
pressão” para “lesão por pressão”. A abreviatura para lesão por pressão é LP. 
 
 
 
Na imagem esquemática abaixo você encontra as demais atualizações 
ocorridas em 2016 relacionadas à LP. Leia-a com atenção: 
 
 
 
8 
 
Imagem esquemática das principais alterações relacionadas à LP. 
FIGURA 1 
Lesão por pressão 
 
 
Figura 1. Fonte: Acervo de imagens do autor. 
Confira algumas particularidades que contribuem para identificar uma lesão 
por pressão: 
 
 
Imagem esquemática dos principais fatores de ocorrência da lesão por pressão. 
Fonte: Acervo de imagens do autor. 
 
 
9 
A lesão por pressão pode aparecer em qualquer parte do corpo, no entanto, 
há uma prevalência maior na região sacral e calcânea, como mostra a Figura 
2: 
 
FIGURA 2 
Locais de incidência da lesão por pressão 
 
 
Figura 2. Região sacral (36% a 49%) e calcâneos (19% a 36%) representam cerca de metade de todas as LP. 
Fatores Causais da Lesão por Pressão 
O desenvolvimento da LP pode ser complexo e multifatorial e está associado 
a fatores de risco intrínsecos e extrínsecos. 
Fatores Extrínsecos 
Os fatores extrínsecos são detalhados a seguir. Confira-os atentamente. 
Cisalhamento 
É causado pela interação da gravidade com a fricção, exercendo forças 
paralelas na pele conforme indica o infográfico abaixo. 
 
 
10 
 
Imagem esquemática sobre o cisalhamento. 
A pressão pode produzir cisalhamento profundo nos tecidos moles sobre 
uma proeminência óssea. A pressão aplicada à pele sobre uma proeminência 
óssea provoca compressão, deformação e distorção dos tecidos moles 
subjacentes e produz cisalhamento dentro e entre camadas de tecido. 
 
Imagem esquemática da fricção. 
Fricção 
O atrito é um fator importante no desenvolvimento de lesões por pressão, 
pois atua em conjunto com a gravidade para causar cisalhamento. 
 
Não existe cisalhamento sem que haja fricção, mas, há fricção sem 
cisalhamento, por exemplo: calcâneos em atrito com o lençol repetidamente. 
Umidade 
É provocada por incontinência urinária e fecal, exsudação das feridas, 
sudorese, entre outros. A umidade macera e enfraquece as camadas 
externas da pele, tornando-a vulnerável a lesões, principalmente as que 
estão associadas a fricção e cisalhamento. A umidade também aumenta os 
 
 
11 
efeitos da pressão sobre a pele, propiciando a necrose e a maceração. 
 
FIGURA 3 
A umidade reduz a tolerância do tecido à pressão 
 
 
Figura 3. Fonte: Acervo do autor. 
A presença da umidade altera a resistência da epiderme enfraquecendo a 
camada lipídica do estrato córneo. 
Concluindo 
Nesta seção foi apresentado o conceito de lesão por pressão e a 
epidemiologia no Brasil, embora com poucos estudos percebemos que estas 
lesões são comuns, dispendiosas e têm impacto negativo na qualidade de 
vida dos pacientes. Por fim, há esforços no âmbito das políticas públicas 
através de programas que visem à segurança do paciente, com 
implementação de ações para a prevenção de eventos adversos, incluindo 
por pressão. 
Reconhecer os fatores extrínsecos que podem ocasionar a lesão por pressão 
é fundamental para que as medidas preventivas sejam corretamente 
prescritas. O esquema abaixo ilustra um resumo dos fatores de risco para 
desenvolvimento da lesão por pressão. 
 
 
12 
 
Imagem esquemática dos fatores de risco extrínsecos e intrínsecos da lesão por pressão. 
Avaliação do Risco para Lesão por Pressão 
A avaliação de risco para lesão por pressão deve ser realizada para todos os 
pacientes, utilizando a escala de Braden (a partir de 5 anos) ou Braden-Q (de 
1 a 5 anos). 
 
A avaliação de risco para lesão por pressão deve ser realizada em 
até 8 horas da admissão do paciente. 
Além disso, é necessário reavaliar o risco de LP em todos os pacientes no 
máximo a cada 48h, ou mediante alteração das condições clínicas do 
paciente. 
 
 
13 
 
Escala de Braden 
A pontuação varia de 6 a 23 pontos, sendo: 
• Sem risco: 19 a 23 
• Baixo risco: 15 a 18 
• Moderado risco: 13 a 14 
• Alto risco: 10 a 12 
• Muito alto risco: ≤ 9 
Confira a seguir os detalhes da Escala de Braden. 
 
 
14 
TABELA 1 
Escala de Braden 
 
 
 
 
15 
Escala de Braden-Q 
A pontuação varia de 7 a 28 pontos, sendo: 
• Risco leve: 26 a 28 
• Moderado risco: 21 a 25 
• Alto risco: ≤ 20 
Confira a seguir os detalhes da Escala de Braden-Q. 
 
TABELA 2 
Escala de Braden-Q para avaliação do risco de lesão por pressão em crianças 
 
 
 
 
 
16 
 
Tabela 2. Variação ⎼ 7,28 pontos. Escore 28: sem risco de úlcera de pressão; Escore 7: risco máximo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
Todo paciente admitido na UTIN/UC I N ou UTIP, deve ser avaliado pelo 
enfermeiro, que irá classifica-lo através da Escala de Avaliação de Risco de 
Pele Neonatal (NSRAS - Neonatal Skin Risk Assessment Scale). 
 
 
Avaliação Global da Pele 
• Registrar no prontuário a avaliação da pelede todo paciente admitido 
(exemplo: “pele íntegra”), em uso de dispositivos médicos e com risco de 
desenvolver LP, além de qualquer alteração cutânea; 
• Realizar avaliação de toda a pele, com atenção às áreas conhecidas por 
serem mais vulneráveis para LP (proeminências ósseas e áreas sob 
dispositivos médicos). 
 
 
18 
FIGURA 4 
Áreas mais vulneráveis para LP 
 
• Remover os dispositivos médicos como cinta, meia antiembólica, etc, 
antes da inspeção; 
• Realizar a avaliação global da pele para as áreas de eritema não reacional 
(antigamente denominada hiperemia não reativa). 
FIGURA 5 
Eritema não reacional 
 
 
Figura 5. Fonte: Acervo de imagens do autor. 
Exige uma inspeção visual e tátil, sendo que as primeiras indicações de uma 
lesão por pressão em desenvolvimento incluem os seguintes itens: 
 
 
19 
 
Imagem esquemática de mudança de coloração. 
Fonte: Acervo de imagens do autor. 
 
Imagem esquemática de alteração da textura da pele. 
Fonte: Adaptado de PUCLAS 2. 
 
Imagem esquemática de alteração da sensibilidade da superfície da pele. 
Frequência de Avaliação da Pele 
A inspeção da pele deve ocorrer de acordo com risco identificado: 
• Baixo risco: uma vez ao dia; 
• Moderado risco: duas vezes ao dia; 
• Alto risco e Risco muito alto: três vezes ao dia. 
 
 
 
20 
Cuidados Especiais em Áreas Específicas 
Utilize a interação abaixo para conhecer os cuidados especiais do seu setor: 
 
Centro Cirúrgico 
 
 
Registrar a avaliação da pele e comunicar na passagem de plantão o 
posicionamento cirúrgico. 
 
 
 
 
 
21 
RIAE 
Todos os pacientes admitidos deverão ser avaliados para o risco de LP nas 
primeiras 24h com intervalo de reavaliação semanal nas primeiras quatro 
semanas, seguido de reavaliações de acordo com a classificação do grau de 
dependência do idoso, conforme listado na tabela abaixo. 
 
TABELA 3 
Classificação do grau de dependência do idoso 
 
 
Tabela 3. Fonte: Produzido pelo autor. 
Pediatria 
Crianças menores de 5 anos: o enfermeiro utilizará a escala de Braden-Q 
para avaliar os fatores de risco para o desenvolvimento de LP e prescrever os 
cuidados conforme os riscos identificados. 
 
Todas as crianças menores de 1 ano e diagnosticadas com 
patologias críticas, serão consideradas em risco para LP e deverão 
seguir os cuidados descritos no protocolo institucional. 
 
 
 
22 
 
 
 
UTI 
Estratégias para mobilização do paciente instável: 
Quanto mais cedo o paciente for mobilizado no leito, menos chance 
apresentará de desenvolver intolerância ao reposicionamento. 
 
Uma mudança inicial dos parâmetros vitais é esperada e não deve 
ser motivo para interromper a mobilização do paciente grave. 
 
1. Realize “mini mudanças” de decúbito; 
2. Alivie o peso do paciente no leito, utilizando coxins à 15°; 
3. Mantenha os calcâneos elevados; 
4. Quando for mobilizar o paciente faça-o LENTAMENTE! Durante mudança 
de roupa de cama, higiene, reposição de coxins e travesseiros, mobilize o 
paciente lentamente; 
5. Reposicione cabeça, braços e pernas a cada hora. 
 
Neonatal 
Quando admitido, todo RN deve ser avaliado pelo enfermeiro, que irá 
identificar os RN’s com potencial para desenvolver lesão de pele, utilizando 
a Escala de Avaliação de Risco de Pele Neonatal (NSRAS – Neonatal Skin Risk 
Assessment Scale). Sendo reavaliado pelo enfermeiro á cada 24horas. 
 
 
23 
NSRAS – Neonatal Skin Risk Assessment Scale 
 
 
Independente da classificação do risco (baixo ou alto risco), diariamente a 
pele do RN tem que ser avaliada pela equipe técnica de enfermagem. Essa 
avaliação irá classificá-la quanto à integridade, ressecamento e trauma, 
utilizando a escala de NSCS (Neonatal Skin Condition Score – escore de 
condição de pele neonatal. 
 
 
24 
NSCS – Neonatal Skin Condition 
 
 
Registro e Notificação 
A avaliação da pele do paciente deve ser registrada no prontuário todas as 
vezes que for realizada. 
As lesões por pressão identificadas deverão ser notificadas no sistema 
informatizado SINAPSE. 
Classificação da Lesão por Pressão1 
Estágio 1: Pele Íntegra com Eritema que não Embranquece 
Pele íntegra com área localizada de eritema que não embranquece e que 
pode parecer diferente em pele de cor escura. Presença de eritema que 
embranquece ou mudanças na sensibilidade, temperatura ou consistência 
(endurecimento) podem preceder as mudanças visuais. Mudanças na cor não 
incluem descoloração púrpura ou castanha; essas podem indicar dano 
tissular profundo. 
 
 
25 
FIGURA 6 
Lesão por pressão estágio 1 
 
 
Estágio 2: Perda da pele em sua espessura parcial com exposição 
da derme 
O leito da ferida é viável, de coloração rosa ou vermelha, úmido e pode se 
apresentar como uma bolha intacta (preenchida com exsudato seroso) ou 
rompida. O tecido adiposo e tecidos profundos não são visíveis. Tecidos de 
granulação, esfacelo e escara não estão presentes. 
 
FIGURA 7 
Lesão por pressão estágio 2 
 
 
 
 
26 
Estágio 3 
Perda da pele em sua espessura total na qual a gordura é visível e, 
frequentemente, tecido de granulação (coloração avermelhada) e epíbole 
(lesão com bordas enroladas) estão presentes. 
• Tecido desvitalizado amarelo ou preto pode estar visível; 
• Podem ocorrer deslocamento ou túneis. 
FIGURA 8 
Lesão por pressão estágio 3 
 
 
Figura 8. Lesão por pressão estágio 3: Perda da pele em sua espessura total. 
Fonte: Adaptado de National Pressure Ulcer Adisory Panel. 2016. 
Estágio 4 
Perda da pele em sua espessura total (epiderme, derme e tecido subcutâneo) 
e perda tissular com exposição ou palpação direta da fáscia, músculo, 
tendão, ligamento, cartilagem ou osso. 
 
 
27 
FIGURA 9 
Lesão por pressão estágio 4 
 
Figura 9. Fonte: Adaptado de Pressure Injury Staging Illustrations. Disponível 
em: http://www.npuap.org/wpcontent/uploads/2012003/Stage-4-April-2016.jpg. Acesso em: 24 jan. 2018. 
• Tecido desvitalizado (amarelo ou preto) pode estar visível; 
• Epíbole (lesão com bordas enroladas), deslocamento e/ou túneis ocorrem 
frequentemente. 
FIGURA 10 
Lesão por pressão estágio 4 
 
 
Figura 10. Fonte: Acervo de imagens do autor. 
Não Classificável 
Perda da pele em sua espessura total e perda tissular na qual a extensão do 
dano não pode ser confirmada porque está encoberta por tecido 
desvitalizado (amarelo ou preto). 
http://www.npuap.org/wpcontent/uploads/2012003/Stage-4-April-2016.jpg
 
 
28 
FIGURA 11 
Lesão por pressão não classificável 
 
Figura 11. Fonte: Adaptado de National Pressure Ulcer Adisory Panel, 2016. 
Quando o tecido desvitalizado é removido se observa uma lesão profunda 
(estágio 3 ou estágio 4). 
 
FIGURA 12 
Lesão por pressão não classificável 
 
 
Figura 12. Fonte: Acervo de imagens do autor. 
Lesão por Pressão Relacionada a Dispositivo Médico 
Essa terminologia descreve a etiologia da lesão. A Lesão por Pressão 
Relacionada a Dispositivo Médico resulta do uso de dispositivos criados e 
aplicados para fins diagnósticos e terapêuticos. A lesão por pressão 
resultante geralmente apresenta padrão ou forma do dispositivo, conforme 
demonstram as imagens a seguir. 
 
 
29 
FIGURA 13 
Lesão por pressão relacionada a dispositivo médico 
 
 
Figura 13. Fonte: Acervo de imagens do autor. 
 
Essa lesão deve ser categorizada usando o sistema de classificação de lesões 
por pressão. 
Dispositivo médico é qualquer instrumento, aparelho, equipamento ou 
material utilizado isoladamente ou combinado, cujo principal efeito 
pretendido no corpo humano não seja alcançado por meios farmacológicos, 
imunológicos ou metabólicos. 
 
Todo o paciente em uso de dispositivo médico tem risco para desenvolver 
LP! 
São exemplos de dispositivos médicos: 
 
Imagem esquemática de dispositivos médicos. 
 
 
30 
Lesão por Pressão em Membranas Mucosas 
A lesão por pressão em membranas mucosas é encontrada quando há 
histórico de uso de dispositivos médicos no local do dano. Em razão da 
anatomia do tecido, essas lesõesnão podem ser categorizadas. 
 
FIGURA 14 
Lesão por pressão em membranas mucosas 
 
 
Figura 14. Fonte: Acervo de imagens do autor. 
Concluindo 
A aplicação da Escala de Braden e a identificação do risco do paciente 
desenvolver LP é fundamental para que medidas preventivas específicas 
sejam implementadas. Sendo assim, a avaliação da pele do paciente em risco 
é obrigatória e exclusiva do enfermeiro. 
Existem cuidados específicos para prevenção de lesão por pressão, 
principalmente para os pacientes que estão em uso de dispositivos médicos. 
Logo, quando identificado qualquer tipo de alteração na pele do paciente, 
registre-o! 
 
 
 
31 
Medidas Preventivas 
As LPs causam danos consideráveis aos pacientes, dificultando o processo 
de recuperação funcional, frequentemente causando dor e levando ao 
desenvolvimento de infecções. Também têm sido associadas a internações 
prolongadas, sepse e mortalidade. Apesar da maioria das LP's serem 
evitáveis, ainda ocorrem óbitos, em decorrência de complicações 
secundárias a tais lesões. 
 
A prevenção de LP em pacientes de risco é obrigatória, e a equipe de 
enfermagem tem papel fundamental nesse processo. 
Vamos conhecer as principais medidas preventivas associadas aos fatores de 
risco para desenvolver LP. 
Medidas Preventivas – Dispositivos Médicos 
• Utilizar cobertura protetora (prescrita pela enfermeira) para prevenir LP 
relacionada ao dispositivo; 
• Trocar as fixações dos dispositivos diariamente ou conforme avaliação do 
enfermeiro. Se a integridade da fixação estiver comprometida, também 
deve ser trocada. 
FIGURA 15 
Troca de fixação do dispositivo 
 
 
Figura 15. Fonte: Acervo de imagens do autor. 
 
 
32 
Todo paciente em uso de dispositivos médicos (gastrostomia, 
traqueostomia, cateter vesical ou venoso, entre outros) é considerado em 
risco para desenvolver LP, e a avaliação e o registro da pele deverá ocorrer 
conforme a classificação do risco: 
 
 
Imagem esquemática da classificação do risco de desenvolvimento de LP associada a dispositivos médicos. 
 
Obrigatório registro em prontuário da avaliação do local do 
dispositivo. 
No momento da avaliação do local do dispositivo, se identificada qualquer 
alteração na pele, deve ser realizado rodízio do local de fixação, 
afrouxamento ou troca da fixação para alívio da pressão local ou troca do 
dispositivo, além do uso de coberturas protetoras. 
 
 
33 
Recomendações para Prevenção de Lesão por Pressão Relacionada a 
Dispositivo Médico 
 
 
Imagem esquemática: Recomendações para Prevenção de Lesão por Pressão Relacionada a Dispositivo Médico. 
Posicionamento do Paciente 
Pacientes com LP em região sacrococcígea ou região isquiática ou glútea 
devem permanecer na poltrona no máximo por 1 hora, e podem sentar 3 
vezes ao dia. 
 
 
 
34 
Em pacientes com risco de desenvolver LP, utilizar a almofada gel sobre o 
assento da poltrona para redistribuir a pressão. 
 
FIGURA 16 
Almofada gel 
 
Figura 16. Fonte: Adaptado de Shopfisio. Disponível 
em: http://d2h1qlcqgaq027.cloudfront.net/Custom/Content/Products/10/61/1061054_almofada-de-gel-quadrada-
1012-40x40x10cm_M1.jpg. 
Acesso em 29 de jun 2017. 
 
Não utilizar esta almofada sobre o colchão. 
 
Medidas Preventivas e Tratamento por Fator de Risco Alterado 
Manejo da Mobilidade, Atividade e Percepção Sensorial Alterada. Para melhor 
compreensão, confira as imagens a seguir. 
http://d2h1qlcqgaq027.cloudfront.net/Custom/Content/Products/10/61/1061054_almofada-de-gel-quadrada-1012-40x40x10cm_M1.jpg
http://d2h1qlcqgaq027.cloudfront.net/Custom/Content/Products/10/61/1061054_almofada-de-gel-quadrada-1012-40x40x10cm_M1.jpg
 
 
35 
FIGURA 17 
Mudança de decúbito 
 
 
FIGURA 18 
Calcâneos livres de pressão 
 
 
Figura 18. Fonte: Acervo de imagens do autor. 
Manejo da Umidade 
Hidratação 
• Limpar a pele com água morna sempre que estiver suja ou sempre que 
necessário; 
• Utilizar hidratantes na pele seca e em áreas ressecadas após banho pelo 
menos uma vez ao dia; 
 
 
36 
• Não massagear as áreas de proeminências ósseas e/ou áreas 
hiperemiadas durante a hidratação da pele. 
Fralda 
• Realizar trocas sempre que houver fezes ou urina, protegendo a pele do 
risco de exposição à umidade excessiva através do uso de produtos de 
barreira (Cavilon Limpador sem Enxágue e Cavilon spray); 
• Para pacientes incontinentes e com risco de desenvolver LP, priorize a 
higiene íntima com Cavilon Limpador sem Enxágue; 
• Aplicar Cavilon spray 1 vez ao dia e a cada troca de fralda quando 
diarreia; 
• No caso de dermatites associadas à incontinência, utilizar Bepantol 
Derma ou Cetrilan. 
Incontinência 
Além da incontinência urinária e fecal a equipe de enfermagem deve ter 
atenção a outras fontes de umidade, como: 
• Extravasamento de drenos sobre a pele; 
• Exsudato de feridas; 
• Suor que são potenciais irritantes para a pele. 
Manejo da Fricção e Cisalhamento 
• Manter a cabeceira a 30 graus; 
• Utilizar coberturas para proteção das proeminências ósseas conforme 
prescrição de enfermagem. Atenção: as coberturas utilizadas para 
prevenção devem ser removidas para avaliação da pele e posteriormente 
recolocadas. 
Confira na figura abaixo a forma correta de posicionamento do paciente para 
evitar a fricção e o cisalhamento. 
 
 
37 
FIGURA 19 
Forma correta de posicionamento do paciente para evitar a fricção e o 
cisalhamento 
 
Figura 19. Fonte: Adaptado de Wessex Health Care [homepage na internet] What is a pressure ulcer? 
Disponível em: http://www.wessexhealthcare.co.uk/pressure-ulcer-prevention-18-w.asp. Acesso em: 17 jul. 2017. 
Seleção do Curativo 
• Selecione um curativo que cubra a área em risco com uma margem de 
sobreposição na pele circundante de pelo menos 2 cm; 
• Considere um curativo de várias camadas. 
Quando usado para proteger a pele sob um dispositivo médico, selecione 
um curativo que: 
• Não interfira com a função do dispositivo; 
• Não aumente a pressão sob o dispositivo; 
• Absorva o excesso de umidade e/ou transfira a umidade para o 
ambiente. 
Manejo da Nutrição 
Notificar todos os pacientes em risco nutricional e de desenvolvimento de 
lesão por pressão para o nutricionista a fim de instituir as medidas 
nutricionais específicas para a prevenção. 
 
http://www.wessexhealthcare.co.uk/pressure-ulcer-prevention-18-w.asp
 
 
38 
Avaliar e comunicar ao profissional responsável sobre a presença de sinais 
clínicos de desnutrição ou que podem predispor a alterações no estado 
nutricional, tais como edema, perda de peso, disfagia, inapetência, 
desidratação, entre outros. Na vigência de baixa aceitação alimentar, discutir 
com a equipe a possibilidade de cateterismo. 
Avaliar junto ao profissional responsável (o nutricionista e/ou equipe 
médica) a necessidade de oferecer suplementos nutricionais, com alto teor 
proteico, além da dieta habitual, a indivíduos em risco nutricional e de lesão 
por pressão. 
Manejo da Dor 
• Monitorar presença de dor em proeminências ósseas; 
• Monitorar a presença de dor nos locais de interface com dispositivos 
médicos; 
• Localizar exatamente onde está a dor. 
Educação do Paciente/Acompanhante 
• Realizar orientações aos pacientes e familiares, utilizando recursos 
visuais que auxiliem na compreensão; 
• Realizar “teach back” para avaliar entendimento sobre LP; 
• Registrar as ações educacionais no prontuário do paciente. 
Diagnóstico Diferencial: Dermatite associada à 
incontinência (DAI) X LP X Lesão por Fricção (Skin Tear) 
Lesão por Fricção 
Trata-se de uma ferida traumática que ocorre principalmente nas 
extremidades dos MMSS e II e acomete principalmente idosos. É resultante 
de fricção ou de uma combinação de fricção e cisalhamento, levando à 
separação da epiderme da derme (ferida de espessura parcial) ou separando 
totalmente a epiderme e a derme das estruturas subjacentes (perda de 
espessura total). 
 
 
39 
FIGURA 20 
Lesão por fricção 
 
 
Figura 20. Fonte: Acervo de imagensdo autor. 
Portanto, a lesão por fricção é: 
• Provocada por trauma mecânico; 
• Rasa e limitada à derme; 
• Localizada em qualquer parte do corpo. 
DAI 
É um tipo de dermatite de contato irritativa, com inflamação da pele que 
ocorre em consequência do contato de urina e/ou fezes com a pele perineal 
ou perigenital. 
Termos utilizados anteriormente: dermatite de fralda, maceração, dermatite 
perineal e lesões por umidade. 
 
 
Imagem esquemática sobre Divisão das lesões de pele associadas à umidade. 
 
 
40 
Sinais Clínicos da DAI 
Maceração 
Lesão decorrente da umidade, tornando a pele esbranquiçada, elevada. 
 
FIGURA 21 
Maceração 
 
 
Figura 21. Fonte: Acervo de imagens do autor. 
Eritema 
Coloração vermelha congestiva da pele decorrente da dilatação dos 
capilares. 
 
FIGURA 22 
Eritema e edema 
 
 
Figura 22. Fonte: Acervo de imagens do autor. 
 
 
41 
Erosão 
Perda superficial da pele que atinge somente a epiderme. 
 
FIGURA 23 
Erosão 
 
Figura 23. Fonte: Acervo de imagens do autor. 
Ulceração 
Perda da epiderme e da derme. 
 
FIGURA 24 
Ulceração 
 
Figura 24. Fonte: Acervo de imagens do autor. 
 
 
 
 
42 
Pápula 
Lesão sólida, circunscrita e elevada, menor que 1 cm. 
 
FIGURA 25 
Pápula 
 
Figura 25. Fonte: Acervo de imagens do autor. 
Pústula 
Elevação superficial da epiderme, de tamanho variável, contendo pus em seu 
interior. 
 
 Sinais como perda de exsudato claro, descamação e infecção 
podem ser encontrados na DAI. 
Diagnóstico Diferencial DAI x LP 
A tabela a seguir apresenta a distinção do diagnóstico diferencial entre a DAI 
e a LP. Confira-a atentamente. 
 
 
43 
TABELA 4 
Diagnóstico diferencial entre a DAI e a LP 
 
 
Tabela 4. Fonte: Adaptado de European Pressure Ulcer Advisory Panel (EPUAP). Pressure ulcer classification: 
differentiation between pressure ulcers and moisture lesions. EPUAP Review 2005;6:35e8. 
A imagem a seguir apresenta a distinção entre a LP estágio 2 e a DAI, 
confira. 
 
FIGURA 26 
Distinção entre lesão por pressão estágio 2 e DAI 
 
 
Fonte: Adaptado de NPUAP, 2011. 
 
 
44 
Tratamento DAI 
Conheça a seguir os tratamentos indicados para a DAI. 
Eritema (DAI Leve) 
• Higiene com água morna; 
• Finalizar com Cavilon limpador sem enxágue; 
• Aplicar Cavilon spray. 
Após as trocas de fralda, aplicar Bepantol Derma ou Cetrilan. 
 
FIGURA 27 
DAI Leve 
 
 
Figura 27. Fonte: Acervo de imagens do autor. 
Brilhante, Úmida, Sangramento, Bolhas (DAI Moderada) 
• Higiene com água morna; 
• Finalizar com Cavilon limpador sem enxágue; 
• Aplicar fina camada de Bepantol; 
• Polvilhar Stomahesive pó; 
• Finalizar com Cavilon spray. 
 
 
45 
FIGURA 28 
DAI Moderada 
 
 
Figura 28. Fonte: Acervo de imagens do autor. 
Exsudação, Erosões, Sangramento, Perda Parcial da Pele (DAI 
Severa) 
• Higiene com água morna; 
• Finalizar com Cavilon Limpador sem Enxágue + Cavilon Spray; 
• Aplicar fina camada de Bepantol; 
• Polvilhar Stomahesive pó; 
• Finalizar com Cavilon spray. 
FIGURA 29 
Hiperemia (DAI Severa) 
 
 
Figura 29. Fonte: Acervo de imagens do autor. 
 
 
 
46 
Dermatite Associada a Lesões Fúngicas: 
• Higiene com água morna; 
• Finalizar com Cavilon™ spray; 
• Aplicar Dermodex® tratamento fina camada, ou Tioconazol pó a 1% + 
Cavilon spray. 
FIGURA 30 
Dermatite associada a lesões fúngicas 
 
 
Figura 30. Fonte: Acervo de imagens do autor. 
Concluindo 
Confira no infográfico a seguir algumas informações importantes tratadas 
nesta seção. 
 
 
47 
 
 
 
 
 
48 
Considerações Finais 
As causas das LP são complexas, sendo a pressão o principal fator para 
desencadeá-la. 
Embora pressão, cisalhamento, atrito e microclima sejam os fatores mais 
importantes no desenvolvimento da LP, uma série de fatores intrínsecos, 
como baixa perfusão, sensibilidade reduzida e nutrição inadequada, podem 
estar associados ao seu desenvolvimento, aumentando a susceptibilidade 
aos efeitos potencialmente prejudiciais aos tecidos submetidos aos fatores 
extrínsecos. 
A prevenção representa o mais eficiente método disponível de atuação para 
minimizar esse problema tão frequente que são as LP e se resume em dois 
passos principais: a identificação do risco dos pacientes (no hospital o 
enfermeiro faz essa avaliação através da escala de Braden) e a 
implementação de estratégias de prevenção para aqueles identificados como 
sendo de risco. 
Nós somos os responsáveis por prevenir a lesão por pressão. 
Diga não às lesões por pressão! 
Referências 
 
1. Nitrini R, Bacheschi, LA. A neurologia que todo médico deve saber. 3. ed. 
São Paulo: Editora Atheneu, 2015. 
2. National Pressure Ulcer Advisory Panel. European pressure ulcer advisory 
panel and pan pacific pressure injury alliance. Prevention and treatment 
of pressure ulcers: clinical practice guideline. Emily Haesler (ed). 
Cambridge Media: Osborne Park, Western Australia, 2014. 
3. International review. Pressure ulcer prevention: pressure, shear, friction 
and microclimate in context. A consensus document. London: Wounds 
International, 2010 [acesso em 29 jun 2017]. Disponível 
em: www.woundsinternational.com 
4. Coleman S, Nixon J, Keen J, et al. A new pressure ulcer conceptual 
framework. J Adv Nurs 2014;70(10): 2222-34. 
5. The Institute for Healthcare Improvement. Getting started kit: prevent 
pressure ulcers. How-to guide. Cambridge: IHI; 2008 [acesso em 29 jun 
2017]. Available at: www.ihi.org. 
http://www.woundsinternational.com/
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49 
6. Consenso NPUAP 2016; L. Edsberg, personal communication. February, 
2010; WOCN, 2010, p. 1 
7. National Pressure Ulcer Advisory Panel. Prevention and Treatment of 
Pressure Ulcers: Quick Reference Guide. 2014.Disponível 
em: https://www.npuap.org/wp-content/uploads/2014/08/Updated-
10-16-14-Quick-Reference-Guide-DIGITAL-NPUAP-EPUAP-PPPIA-
16Oct2014.pdf 
8. European Pressure Ulcer Advisory Panel (EPUAP). Pressure ulcer 
classification: differentiation between pressure ulcers and moisture 
lesions. EPUAP Review 2005;6:35e8. 
9. Domansky RC, Borges EL. Manual de prevenção de lesões de pele: 
recomendações baseadas em evidências. 2. ed. Rio de Janeiro: Rubio. p. 
93-149, 2014. 
10. Associação Brasileira de Estomaterapia. Classificação das lesões por 
pressão - consenso NPUAP 2016 - adaptada culturalmente para o Brasil. 
2016 [acesso em 29 jun. 2017]. Disponível 
em: http://www.sobest.org.br/textod/35 
11. Beeckman D. A decade of research on Incontinence-Associated 
Dermatitis (IAD): Evidence, knowledge gaps and next steps. J Tissue 
Viability.,v. 26, n. 1, p. 47-56, 2017. 
12. Beeckman D. et al. Proceedings of the global IAD expert panel. 
Incontinence associated dermatitis: moving prevention forward. Wounds 
International 2015 [acesso em 29 jun 2017]. Disponível 
em: www.woundsinternational.com 
13. National Pressure Ulcer Advisory Panel. National pressure ulcer 
advisory panel (NPUAP) announces a change in terminology from pressure 
ulcer to pressure injury and updates the stages of pressure injury. 2016. 
[acesso em 29 jun 2017]. Disponível 
em: http://www.npuap.org/national-pressure-ulcer-advisory-panel-
npuap-announces-a-change-in-terminology-from-pressure-ulcer-
topressure-injury-and upda-tes-the-stages-of-pressure-injury/ 
14. Paranhos WY, SANTOS VLCG. Avaliação do risco para úlceras de 
pressão por meio da Escala de Braden, na língua portuguesa. Rev. Escola 
de Enfermagem da USP, Ribeirão Preto, v. 33, p. 191-206, 1999. Número 
especial [acesso em 29 jun 2017]. Disponível em: 
http://www.ee.usp.br/reeusp/upload/pdf/799.pdf. 
15. Irion GL. Feridas: novas abordagens, manejo clínico e atlas em cores. 
2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. p. 3-13, 2012. 
https://www.npuap.org/wp-content/uploads/2014/08/Updated-10-16-14-Quick-Reference-Guide-DIGITAL-NPUAP-EPUAP-PPPIA-16Oct2014.pdf
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https://www.npuap.org/wp-content/uploads/2014/08/Updated-10-16-14-Quick-Reference-Guide-DIGITAL-NPUAP-EPUAP-PPPIA-16Oct2014.pdfhttp://www.sobest.org.br/textod/35
http://www.woundsinternational.com/
http://www.npuap.org/national-pressure-ulcer-advisory-panel-npuap-announces-a-change-in-terminology-from-pressure-ulcer-topressure-injury-and%20upda-tes-the-stages-of-pressure-injury/
http://www.npuap.org/national-pressure-ulcer-advisory-panel-npuap-announces-a-change-in-terminology-from-pressure-ulcer-topressure-injury-and%20upda-tes-the-stages-of-pressure-injury/
http://www.npuap.org/national-pressure-ulcer-advisory-panel-npuap-announces-a-change-in-terminology-from-pressure-ulcer-topressure-injury-and%20upda-tes-the-stages-of-pressure-injury/
 
 
50 
16. Yamada BFA. Pele – o manto protetor: higiene e hidratação. 1. ed. São 
Paulo: Andreoli. p. 47-55, 2015. 
17. Beeckman D, Schoonhoven L, Verhaeghe S, Heyneman A, Defloor T. 
Prevention and treatment of incontinence-associated dermatitis: 
literature review. J Adv Nurs., Belgium, v. 65, n. 6, p. 1141-1154, 2009. 
 
	Índice
	Introdução
	Lesão por Pressão: Definição
	Epidemiologia
	Politicas de Saúde e Normas Brasileiras Relacionadas às Lesões por Pressão
	Lesão por Pressão: Mudança de Nomenclatura
	FIGURA 1
	Lesão por pressão
	FIGURA 2
	Locais de incidência da lesão por pressão
	Fatores Causais da Lesão por Pressão
	Fatores Extrínsecos
	Cisalhamento
	Fricção
	Umidade
	FIGURA 3
	A umidade reduz a tolerância do tecido à pressão
	Concluindo
	Avaliação do Risco para Lesão por Pressão
	Escala de Braden
	TABELA 1
	Escala de Braden
	Escala de Braden-Q
	TABELA 2
	Escala de Braden-Q para avaliação do risco de lesão por pressão em crianças
	Avaliação Global da Pele
	FIGURA 4
	Áreas mais vulneráveis para LP
	FIGURA 5
	Eritema não reacional
	Frequência de Avaliação da Pele
	Cuidados Especiais em Áreas Específicas
	TABELA 3
	Classificação do grau de dependência do idoso
	NSRAS – Neonatal Skin Risk Assessment Scale
	NSCS – Neonatal Skin Condition
	Registro e Notificação
	Classificação da Lesão por Pressão1
	Estágio 1: Pele Íntegra com Eritema que não Embranquece
	FIGURA 6
	Lesão por pressão estágio 1
	Estágio 2: Perda da pele em sua espessura parcial com exposição da derme
	FIGURA 7
	Lesão por pressão estágio 2
	Estágio 3
	FIGURA 8
	Lesão por pressão estágio 3
	Estágio 4
	FIGURA 9
	Lesão por pressão estágio 4
	FIGURA 10
	Lesão por pressão estágio 4
	Não Classificável
	FIGURA 11
	Lesão por pressão não classificável
	FIGURA 12
	Lesão por pressão não classificável
	Lesão por Pressão Relacionada a Dispositivo Médico
	FIGURA 13
	Lesão por pressão relacionada a dispositivo médico
	Lesão por Pressão em Membranas Mucosas
	FIGURA 14
	Lesão por pressão em membranas mucosas
	Concluindo
	Medidas Preventivas
	Medidas Preventivas – Dispositivos Médicos
	FIGURA 15
	Troca de fixação do dispositivo
	Recomendações para Prevenção de Lesão por Pressão Relacionada a Dispositivo Médico
	Posicionamento do Paciente
	FIGURA 16
	Almofada gel
	Medidas Preventivas e Tratamento por Fator de Risco Alterado
	FIGURA 17
	Mudança de decúbito
	FIGURA 18
	Calcâneos livres de pressão
	Manejo da Umidade
	Hidratação
	Fralda
	Incontinência
	Manejo da Fricção e Cisalhamento
	FIGURA 19
	Forma correta de posicionamento do paciente para evitar a fricção e o cisalhamento
	Seleção do Curativo
	Manejo da Nutrição
	Manejo da Dor
	Educação do Paciente/Acompanhante
	Diagnóstico Diferencial: Dermatite associada à incontinência (DAI) X LP X Lesão por Fricção (Skin Tear)
	Lesão por Fricção
	FIGURA 20
	Lesão por fricção
	DAI
	Sinais Clínicos da DAI
	Maceração
	FIGURA 21
	Maceração
	Eritema
	FIGURA 22
	Eritema e edema
	Erosão
	FIGURA 23
	Erosão
	Ulceração
	FIGURA 24
	Ulceração
	Pápula
	FIGURA 25
	Pápula
	Pústula
	Diagnóstico Diferencial DAI x LP
	TABELA 4
	Diagnóstico diferencial entre a DAI e a LP
	FIGURA 26
	Distinção entre lesão por pressão estágio 2 e DAI
	Tratamento DAI
	Eritema (DAI Leve)
	FIGURA 27
	DAI Leve
	Brilhante, Úmida, Sangramento, Bolhas (DAI Moderada)
	FIGURA 28
	DAI Moderada
	Exsudação, Erosões, Sangramento, Perda Parcial da Pele (DAI Severa)
	FIGURA 29
	Hiperemia (DAI Severa)
	Dermatite Associada a Lesões Fúngicas:
	FIGURA 30
	Dermatite associada a lesões fúngicas
	Concluindo
	Considerações Finais
	Referências

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