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Resumo de Práticas Veterinárias II Princípios do Suporte Básico à Vida Urgência: ocorrência imprevista de agravo à saúde com ou sem risco potencial à vida, cujo portador necessita de assistência médica imediata. Emergência: constatação médica de condições de agravo à saúde que implique em risco iminente de morte ou sofrimento intenso, exigindo tratamento médico imediato. Equipe Ideal 1. Líder (Dita manobras, cuida do tempo e da efetividade) 2. Ventilação e controle da respiração 3. Compressões torácicas externas (massagem cardíaca) 4. Fármacos 5. Assegura a monitoração, carrega o desfibrilador e material gasto Não havendo 5 pessoas, o ideal é que se priorize, respectivamente, as compressões externas, intubação/ventilação, acesso venoso e fármacos. Observações Deve-se ter uma ideia de qual é a doença primária que causou a emergência. Anamnese objetiva Exame físico rápido e dirigido Tratar primeiro o que vai matar o paciente Anamnese C ena Como, onde, quando, com quem? A lergia O paciente é alérgico a algum fármaco? P assado/prenhez Há histórico de doenças, cirurgias ou internamentos prévios? Há possibilidade de gestação? U ltima refeição O que e quando o animal se alimentou pela última vez? M edicação em uso Há algum fármaco em uso que possa interagir com a medicação a ser utilizada? Categoria do doente Classe Sinais Atendimento I Inconsciente Apnéia Ausência de pulso Hipotermia ou Midríase Ausência de choque pré-cordial IMEDIATO Máximo 1 minuto Tratar como PCR II Respira ou ventila mal Possível estabilidade cardiovascular Possibilidade de obstrução de via aérea Dispnéia Máximo 10 minutos III Respira bem, comprometimento hemodinâmico Possível choque mecânico ou oculto Lesões aparentes Até 60 minutos IV Aparentemente estável (vômito, diarréia, anorexia) Até 24 -72 horas Abordagem de Urgência Primária (ABC) A: Examine as vias aéreas, aspire e libere, examine com laringoscópio. B: Cheque a SpO2 e a Capnografia, garanta a boa respiração e a ventilação. C: Controle as hemorragias, garanta um acesso vascular, verifique se há choque oculto ou mecânico, prepare a reposição volêmica. D: Cheque o estado de consciência do animal, classifique e reavalie em curtos intervalos. *Não se aplica a animais sem os sinais vitais. Somente a hemorragia arterial e a fibrilação ventricular são mais importantes que o estabelecimento da patência de vias aéreas, mas, nesses casos, a morte sobrevém com rapidez, não proporcionando (na maioria das vezes) tempo hábil para o atendimento. Se não conseguir o acesso venoso via cateterização (cefálica, safena, jugular ou femoral), fazer a dissecação da veia para facilitar o acesso. Se o animal estiver consciente, ele define como prefere ser contido, e se apresentar déficit de consciência, a posição-padrão de abordagem é o decúbito lateral direito (a não ser que haja uma lesão torácica grave). Após a estabilização inicial deve-se realizar um exame clínico mais completo, procurando alterações que possam comprometer a estabilização inicial. Observação: Via Aérea - Fornecer oxigênio por tubo (consciente – apenas segurar o tubo com saída de oxigênio próximo as narinas do animal), máscara de oxigênio, colar elisabetano, entubação endotraqueal ou nasal (sonda), câmara bárica ou incubadora e, como última opção, a traqueostomia (invasiva, porém extremamente efetiva). Abordagem Secundária Realizar sempre em seguida ao ABC e estabilização do paciente A: Ar (cheque novamente e constantemente as vias aéreas). B: Boa respiração (garanta a oxigenação e a ventilação sempre). O: Oxigenação (confira a relação saturação/FiO2). R: Retroperitônio (sempre suspeite de hemorragias, use o FAST em todo trauma). D: Desidratação e Dor (avaliar a reposição volêmica e manter analgesia). A: Abdome (ausculte, palpe, percuta). G: Gânglios e Glicemia (avalie os linfonodos e cheque o nível glicêmico). E: Encéfalo (exame neurológico completo, manter a pontuação da escala de coma adaptada de Glasgow sempre entre >17). M: Membros (painel radiológico completo, exame ortopédico). Alerta para correção imediata Parâmetros Cães e gatos FC Cães: < 60 bpm ou > 150 bpm ou arritmias Gatos: < 140 bpm ou > 180 bpm ou arritmias FR > 30 ou < 15 mpm PAS < 90 mmHg ou > 150 mmHg PAD < 40 mmHg ou > 100 mmHg PAM < 60 mmHg ou > 120 mmHg SpO2 < 92% ou padrão respiratório irregular TR < 37,5°C ou > 39,6° com ∆T > 6°C Mucosa / TPC Pálida e > 2 segundos Pulso / TEJ Fraco e > 2 segundos Legenda: PAS: Pressão arterial na sístole PAD: Pressão arterial na diástole PAM: Pressão arterial média SpO2: Oximetria de pulso – saturação de oxigênio capilar periférico, uma estimativa da quantidade de oxigênio no sangue. TR: Temperatura retal TEJ: Tempo de ejeção O que é uma parada cardiorrespiratória? Interrupção súbita da atividade mecânica ventricular, útil e suficiente e da respiração. A parada respiratória antecede a cardíaca (hipóxia ou acidoses). A proteção das vias aéreas e o suporte ventilatório são as melhores providencias para se prevenir uma PCR A queda da pressão é o sinal mais comum imediatamente antes da parada A perda da consciência se dará em 10 segundos A dilatação pupilar ocorrerá em 30-45 segundos A perda do pulso (hipovolemia) e da auscultação (hipotensão grave) deve ser tratada como uma PCR real PARADA RESPIRATÓRIA Cianose de mucosa Alteração do padrão respiratório Baixos valores de oximetria Altas pressões de co2 expirado Acidose respiratória PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA – Como reconhecer? Nenhum grau de Consciência Ausência de Pulso Apnéia Ausência de Batimentos cardíacos TPC prolongado Coloração de mucosas Esfíncteres relaxados Quando? O que? Assistolia Adrenalina Bradicardia Atropina Arritmia Lidocaína Edema pulmonar Furosemida Convulsão Diazepam Edema de glote Prometazina/hidrocortisona Protocolo de Reanimação Via Aérea Intubação Traqueostomia Cricotireoideostomia Ventilação Assistida Troca gasosa Circulação Acesso venoso Massagem cardíaca Externa (até 20 kg) Interna (> 30 kg)
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