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Gabarito das Autoatividades PROJETO DE FÁBRICA E MANUTENÇÃO INDUSTRIAL (ENG 3031 BRU,ENG 1062 MB ENG 12 RS/2011 RS) 2010/1 Módulo VII 3UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES P R O J E T O D E F Á B R I C A E M A N U T E N Ç Ã O I N D U S T R I A L GABARITO DAS AUTOATIVIDADES DE PROJETO DE FÁBRICA E MANUTENÇÃO INDUSTRIAL UNIDADE 1 TÓPICO 1 1 Quais critérios devem ser levados em consideração para a escolha do processo de produção, projeto do produto e planejamento das instalações de uma fábrica? R.: Quanto ao processo de produção, a implantação de uma indústria deve levar em consideração uma metodologia sistemática que abranja todas as etapas, desde o tipo de produto ou serviço a ser produzido/oferecido, passando pela dimensão e localização até a etapa de funcionamento pleno. Depois da determinação do produto a ser fabricado, é necessária a especificação do processo de produção a ser utilizado. Nesta fase é de grande importância o envolvimento do responsável pelo projeto do layout. A metodologia de implantação, em algumas etapas fundamentais para o planejamento das instalações de uma fábrica, considera: • Estudos de viabilidade de implantação, analisando e justificando os aspectos técnicos, econômicos e financeiros do empreendimento. • Os estudos da localização, objetivando a escolha e seleção da área e do terreno onde se implantará a indústria. • A elaboração do projeto construtivo das instalações, considerando as premissas anteriores. • A aquisição / compra dos materiais e equipamentos necessários à execução do projeto. • As obras de construção e instalação dos equipamentos. • Os testes pré-operacionais e a pré-operação da indústria. • As necessidades visando à entrada da indústria em regime normal de operação. São muitos os aspectos que devem ser considerados visando outras decisões: • As necessidades futuras de ampliação, modernização e a manutenção do processo visando a sua operacionalidade. • Em relação à ampliação: levar em conta a possibilidade de decisão sobre novos produtos ou o aumento de volume de produção. • Em relação à modernização: levar em conta a possibilidade de substituição de unidades ou equipamentos na linha de produção, visando ao aumento de 4 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD P R O J E T O D E F Á B R I C A E M A N U T E N Ç Ã O I N D U S T R I A L produção ou mudanças no processo. • Em relação à manutenção, deve-se garantir a manutenabilidade e disponibilidade das instalações e equipamentos do processo produtivo. A resposta pode ter contemplado, ainda, os seguintes tópicos em relação a projeto do produto: • Que a escolha do processo de produção depende de aspectos (fatores) tais como: capacidade do sistema para criar produtos, capacidade de produção, qualidade dos produtos, fatores econômicos e ambientais, questões de segurança e ergonomia. Depois da determinação do produto a ser fabricado, é necessária a especificação do processo de produção a ser utilizado. Nesta fase, é de grande importância o envolvimento do responsável pelo projeto do layout. A escolha do processo de produção a ser utilizado depende de diferentes fatores como a capacidade do sistema para criar produtos, considerando, ainda, a capacidade de produção da instalação e equipamentos, as exigências de qualidade em relação aos produtos, os fatores econômicos que vão influir na decisão sobre características do produto e processos, ambientais e as questões de segurança. 2 A especificação final do processo de produção passa pela criação de alguns documentos, os quais se referem a: Gráficos de Operações de Processo, Roteiros, Planos de Processo, Diagramas de Montagem, Diagramas de Precedência. A que se referem cada um dos documentos? R.: A escolha do processo de produção a ser utilizado depende de diferentes fatores relativos à capacidade do sistema para gerar os produtos planejados, a capacidade de produção das instalações, a qualidade desejada em relação aos produtos, os fatores econômicos e as questões de segurança pessoal, ambiental e patrimonial. Atendendo a especificações em relação a estes aspectos, o planejamento do processo de produção deve gerar os documentos citados. Devem ser considerado os seguintes aspectos na descrição deles: • Gráficos de Operações de Processo: lista de todas as operações, as ferramentas necessárias, os tempos e a ordem pela qual as operações serão realizadas. • Roteiros: com a ordem das operações a serem realizadas; sequência de máquinas ou estações de trabalho a serem utilizadas de forma a se obter uma parte ou a totalidade de um produto. • Planos de Processo: com as informações detalhadas acerca das operações fabris. Além dos gráficos de operações de processo e dos roteiros, contêm o detalhamento dos valores relativos aos parâmetros técnicos das máquinas a serem operadas. • Diagramas de Montagem: descrição da ordem preferencial em que os vários componentes são agrupados de forma a criar o produto final. 5UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES P R O J E T O D E F Á B R I C A E M A N U T E N Ç Ã O I N D U S T R I A L • Diagramas de Precedência: descrição de todas as operações a que é sujeita uma parte de um produto ou os passos de uma operação de montagem e das tarefas que devem ser executadas antes de outras começarem. O grafo resultante pode ser usado para determinar as sequências alternativas das operações fabris. 3 Enumere e descreva os parâmetros usados para a avaliação da qualidade de layouts. R.: Os parâmetros para a avaliação da qualidade de layouts referem-se às métricas qualitativas, métricas quantitativas e métricas de distância: • Métricas Quantitativas: referem-se às medidas de fluxo indicando o grau de interação entre pares de instalações e, como tal, os valores de fluxo entre todos esses pares devem ser consideradas no projeto de layout. São da mesma natureza, a área, a forma e os requisitos de espaço, além da frequência de viagens entre as instalações visando à movimentação de recursos para a realização das operações. Esta movimentação está relacionada à logística interna da fábrica ou entre áreas diferentes da empresa e depende do arranjo organizacional das diferentes facetas da produção (vendas, estoque, expedição, depósitos, entre outros). Ainda se deve considerar na resposta: • O fluxo de materiais e/ou pessoas entre instalações baseadas em informações contidas em diversos documentos, tais como: relações de materiais, roteiros, planos de processo e diagramas de precedência. • A responsabilidade da operação do sistema logístico em definir a estrutura interna na empresa, buscando melhor desempenho do fluxo de bens, serviços, recursos e rapidez no atendimento interno ou externo. • A organização das instalações, respeitando as funções definidas pela empresa como básicas: as funções finanças, manufatura e marketing. O planejamento de layout de instalações industriais deve ser adequado à organização da empresa e deve atender à decisão sobre as funções consideradas básicas e ajudar a minorar os conflitos / problemas em relação à localização dos setores. • As Métricas de distância: Euclidiana, Euclidiana quadrática, Retilínea, Tchebychev, Distância lateral, Adjacência e Caminho mais curto, usadas para o cálculo da distância entre as unidades de produção. • Métricas Qualitativas: Para obter todos os dados qualitativos necessários ao projeto de layout costuma-se utilizar o método Planejamento Sistemático do Layout de Muther (SLP – Systematic Layout Planning), baseado na definição de uma relação de adjacência para cada par de instalações usando seis níveis de valores. Os critérios qualitativos (baseados nas classes de proximidade) e os qualitativos (baseados nos valores do fluxo) são utilizados para a avaliação da qualidade de layouts. 6 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD P R O J E T O D E F Á B R I C A E M A N U T E N Ç Ã O I N D U S T R I AL 4 Descreva os seis níveis de relação de adjacência propostos no método conhecido como Planejamento Sistemático do Layout (SLP – Systematic Layout Planning). R.: A resposta deve ter apontado o seguinte: De acordo com o método SLP, procura-se identificar os níveis de importância segundo uma frequência crescente de A até U. Cada par de instalações é avaliado usando seis níveis de valores, por ordem decrescente de importância: A - absolutamente necessário; E - Especialmente importante; I - Importante; O - Importância Ordinária; U - sem importância; X - Indesejável. Estes níveis de importância podem ser convertidos em valores numéricos de modo a permitir uma medida quantitativa da qualidade do layout. 5 Faça um quadro indicando as limitações de cada método de avaliação, destacando que recursos podem ser usados para compensá-las. R.: Este quadro deve ter sido elaborado pelo(a) acadêmico(a) considerando que tanto os métodos de avaliação baseados em fatores qualitativos como os baseados em fatores quantitativos, possuem as suas limitações. Cada um apresenta uma vantagem e uma limitação que é compensada pelo outro método. Este aspecto deve ser destacado uma vez que as decisões sobre seus resultados devem ser relativizados. Assim, o quadro deve ter abordado: • Que os métodos baseados em fatores qualitativos possuem demasiada subjetividade, baseado em julgamento pessoal e que o layout é obtido pela pré-atribuição de valores numéricos às várias classes de proximidade. • Que os métodos baseados em fatores quantitativos não conseguem tratar de uma forma efetiva restrições que dependem de julgamento e valoração como, por exemplo, as que envolvem questões ambientais ou de segurança. • Que considerando estas limitações foram introduzidos métodos de avaliação de layout multicritério que consideram os fatores qualitativos e quantitativos. Na resposta, devem ter sido feitas considerações sobre: • Para alguns autores o PPLI é um problema de natureza dinâmica. • O projeto não é estático, sofre mudanças e adaptações, respondendo às demandas de cada etapa de um processo ou situação. • O PPLI é uma maneira de formular o problema considerando que o fluxo é função do tempo e depende da programação das operações. • O fluxo de operações é uma função do tempo a ser utilizado em cada etapa ou evento, bem como da sazonalidade da produção. 6 Elabore um Gráfico de Relações, conforme o exemplo da Figura 1, utilizando a relação de adjacência entre supostas 10 instalações de uma empresa (Produção, Diretoria, Recursos Humanos, Logística, Estocagem, Manutenção Compra, Marketing, Financeiro e Vendas) e os seis níveis de valores (A: 7UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES P R O J E T O D E F Á B R I C A E M A N U T E N Ç Ã O I N D U S T R I A L Absolutamente necessário; E: Especialmente importante; I: Importante; O: Importância ordinária; U: Sem importância e X: Indesejável). R.: O gráfico elaborado deve ter a aparência da figura 1 do Caderno de Estudos, embora com valores e situações diferentes. A atribuição de um valor de adjacência para cada par de instalações é realizado construindo um Gráfico de Relações ou Diagrama de Relacionamento em que as letras representem a relação de adjacência de instalações e os algarismos a razão, o motivo da adjacência conforme o quadro em destaque na figura. Em cada caso, é necessário criar uma tabela que descreva o significado dos códigos de justificação utilizados, conforme o exemplo da figura semelhante a um diamante. TÓPICO 2 1 Elabore um quadro apontando os elementos que devem ser considerados no processo do Planejamento e Projeto de Layout de Fábricas e justifique a inclusão de cada um deles. R.: O quadro elaborado sobre o Planejamento e Projeto de Layout de Fábricas deve justificar e considerar os seguintes elementos: • A sequência de operações de um processo de produção considerando a necessidade de organização do equipamento, estoques e facilidades; quais e que quantidade de recursos disponíveis para cada tipo de operação (re- cursos). • O fluxo de materiais e de pessoas (espaços e distâncias para fluxos). • A estocagem de materiais, peças em processamentos e produtos finalizados (armazenamento). • O abastecimento de insumos: energia, água, matéria-prima, entre outros (abastecimento). 8 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD P R O J E T O D E F Á B R I C A E M A N U T E N Ç Ã O I N D U S T R I A L • O espaço necessário (para as diferentes instalações considerando também as administrativas e de apoio como setores de manutenção, transporte, ex- pedição e recepção de matéria-prima entre outros); e • A localização adequada (acesso, movimentação entre fornecedores, con- sumidores e transportadores). 2 Descreva os objetivos técnicos, ambientais, operacionais, humanos e finan- ceiros dos equipamentos fabris relacionando-os aos impactos nas decisões quanto ao Planejamento do Layout das Instalações Físicas. R.: No caso particular das instalações industriais, os problemas são resolvidos com um planejamento que persiga determinados objetivos, como os a seguir indicados. Estes objetivos representam os diferentes aspectos técnicos, ambientais, materiais, operacionais, humanos e financeiros em relação ao uso dos equipamentos fabris e têm impactos sobre as decisões quanto às instalações físicas: 1. Minimizar o custo de manipulação ou manobra de materiais, o tempo e a sua frequência. 2. Minimizar o capital e custo de operação do equipamento e da planta (o termo planta refere-se à parte ou a todo o espaço interior da instalação fabril que normalmente é o interior de um edifício). 3. Minimizar o tempo global de produção. 4. Maximizar o uso de espaço em termos efetivos e econômicos. 5. Facilitar a operação do processo de produção e do fluxo. 6. Proporcionar conforto e segurança aos recursos humanos. 7. Assegurar a flexibilidade do arranjo e operação. 8. Minimizar a variação nos tipos de equipamento de manipulação e manobra de materiais. 9. Facilitar a estrutura organizacional e a gestão da tomada de decisões. 10. Minimizar o risco e o incômodo do público. 11. Assegurar uma construção segura e eficiente. 12. Obedecer a considerações legais, tais como o bem-estar da força laboral, atender a problemas de segurança e do ambiente. 3 Quais são os fatores que devem ser considerados na resolução dos pro- blemas típicos relativos às instalações industriais? R.: Na resolução dos problemas, estes objetivos são considerados em relação a outros dois fatores. São eles: • Adjacência (situação aproximada de um lugar com outro - podem ser aplicados aos objetivos de 1 a 12 na relação apresentada na resposta da questão anterior). • Distância (intervalo que separa dois pontos no espaço - podem ser aplica- dos aos objetivos de 1 a 5 na relação apresentada na resposta da questão anterior). 9UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES P R O J E T O D E F Á B R I C A E M A N U T E N Ç Ã O I N D U S T R I A L 4 Elabora um quadro em que conste a classificação e descrição dos tipos de layout de acordo com as características do processo produtivo a ser realizado. R.: Devem ser considerados os seguintes tipos: Classificados de acordo com o tipo de transformação física que irão execu- tar – como no caso da organização da produção em grupos de atividades (corte, perfuração, estampagem, lixa, fresa, pintura, entre outras), ou serviços (recepção ou estoque de materiais, depósito de bens produzidos, expedição, entre outros). De acordo com o processo produtivo, natureza dos produtos e tipo de ope- rações executadas, as seguintes categorias de layout podem ser identificadas: Conforme fluxo: • De produto estático: o produto é fabricado ou montado num local fixo e os recursos materiais e/ou humanos deslocam-se à volta do produto como na construção de edifícios, aviões ou navios. • Baseado no produto ou na produção: Nesta configuração, é frequente a determinação do melhor conjunto de tarefas ou operaçõesarranjadas segundo uma linha de produção ou montagem que devem ser executadas em cada estação. Neste tipo de layout, a planta é desenhada em torno do produto, de tal forma a facilitar a produção. • De grupo ou celular quando uma família de componentes é fabricada numa pequena célula. Cada célula terá o seu sistema de manejo ou manipulação de materiais, tipicamente um robot ou sistema de transporte. • Baseado no processo agrupa máquinas que executam tarefas ou opera- ções similares em diferentes departamentos e geram um enorme volume de tráfego no transporte de componentes entre departamentos para as várias operações. • Híbrido uma combinação dos anteriormente descritos. Baseados na Funcionalidade • Marketing e Promoção que determinam um arranjo dos corredores e balcões de maneira a melhorar a capacidade da firma para vender os seus produtos. Os vários departamentos são arranjados de forma a promover a visualização de produtos ou induzir o cliente à sua aquisição. • Armazéns que existem porque apenas uma parte dos produtos do inventário da firma está localizada na área reservada às vendas, estando o estoque restante em áreas de armazenamento e, como tal, não estão diretamente disponíveis para a venda imediata. • Segurança que promove o arranjo dos corredores, as caixas para paga- mento, e entradas/saídas de modo a minimizar situações de roubo e evitar acidentes. • Acessibilidade e visibilidade que são funcionalidades a serem levadas em conta no projeto de layouts quando se pretende facilitar o fluxo de clientes através das instalações. Os motivos podem se relacionar com o encoraja- 10 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD P R O J E T O D E F Á B R I C A E M A N U T E N Ç Ã O I N D U S T R I A L mento para a visualização e aquisição de produtos, ou minimização do seu tempo de permanência nas instalações, percepção das filas de espera e/ou possivelmente outras razões. Pode-se, ainda, enumerar outras funcionalidades e/ou pretensões com alguma importância no projeto de layout. Estas são: • Proporcionar privacidade ou garantir confidencialidade. • Considerar questões de segurança. • Maximizar o sentido de oportunidade ou velocidade em chegar ao mercado. • Obter eficiência produtiva ou controle de custos. • Implementar um fluxo de informação eficiente. 5 Que informações são necessárias para o Planejamento e Projeto do Layout de Instalações Industriais e onde são obtidas? R.: A obtenção de informação de uma forma sistemática não só ajuda na realização de um bom projeto de layout, como também contribui com a missão (considera-se Missão de uma organização um desejo qualitativo) e meta (considera-se Meta de uma organização um desejo quantitativo a ser atingido) da organização. A documentação da informação dos produtos e dos processos pode revelar possibilidades de otimização no processo, identificar e evitar desperdícios de materiais e ajudar a criar uma estrutura adequada de contabilidade de custos. Essencialmente, do ponto vista do projeto de layout de instalações indus- triais, é necessário saber o que é que vai ser produzido, como é que vai ser produzido e quando será produzido. • Produto a ser produzido: considerar os tipos de produtos a serem fa- bricados, uma vez que estes vão afetar fortemente a natureza da unidade industrial. A informação dos produtos é obtida nos departamentos de projeto. É também importante compreender como os produtos serão usados pelos clientes para obter uma melhor apreciação dos requisitos de qualidade e especificações operacionais. Para melhor compreender os produtos, é es- sencial ter acesso aos desenhos técnicos, à lista das partes e à relação de materiais. Os desenhos técnicos de todos os componentes, subprodutos e produtos finais permitem a compreensão da complexidade dos produtos e de como os diferentes componentes se juntam para formar o produto final. • A relação de materiais que dá uma categorização hierárquica da lista de partes e indica como estas se combinam no processo de manufatura para formar um produto final. Esta representação hierárquica pode conter outra informação, como, por exemplo, decisões para a fabricação ou compra, que são críticas para o layout da planta fabril. • É necessário também conhecer a quantidade a produzir e quando produzir (metas). Esta estimativa faz parte do seu plano estratégico. • Os planos de expansão da capacidade se as vendas forem superiores às esperadas e um plano de contingência se estas forem inferiores àquelas que 11UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES P R O J E T O D E F Á B R I C A E M A N U T E N Ç Ã O I N D U S T R I A L foram estimadas. Processo de produção O layout das instalações físicas depende dos tipos de processos em manufatura e serviços, dos quais decorre a organização das estações e/ou linhas de equipamentos nos espaços e localização disponíveis. Sobre aspectos operacionais do processo a ser executado: • sequência das operações; • quantidade e características dos recursos (materiais e humanos); • fluxos de materiais e recursos; • necessidades de armazenamento e abastecimento de insumos (energia, água, transporte, matéria-prima); • tarefas a serem realizadas; • estações de movimentação; • transporte entre seções; • estocagem de insumos e materiais em processamento; • além da movimentação entre setores de apoio (funções manutenção, en- genharia) e administrativos (financeiro, projetos, contratos) e de relação com o mercado (marketing, vendas, expedição), condições de manutenabilidade, entre outros. As fontes de informação sobre os processos são as oferecidas pelas especificações finais do processo de produção registrados em documentos, tais como os Gráficos de Operações de Processo, Roteiros, Planos de Processo, Diagramas de Montagem, Diagramas de Precedência, tratados no tópico 01. Para entender as demandas de movimentação, capacidade das opera- ções, fluxos e acessos, é necessário obter uma visão geral do sistema de produção. O planejamento deste sistema está baseado nas funções básicas (produção, marketing e finanças) e nas funções de apoio (engenharia, com- pras / suprimento, manutenção, recursos humanos). A função de planejamento e controle da produção é fonte de toda informação importante para o planeja- mento do layout das instalações fabris que devem atender às necessidades relativas ao acesso, fluxos, capacidade de operação, armazenamento e expedição, basicamente. O planejamento do layout deve respeitar as especificações do projeto de fabricação e sua relação com as decisões a serem tomadas, se a abordagem do processo for a tradicional ou a baseada em JIT (Just in Time), levando em consideração a movimentação e a capacidade do equipamento, o fluxo de recursos, produtos e pessoas, a relação entre os setores, entre outras condições, para que haja sucesso na produção. 6 Comente as mudanças no tratamento das questões relativas ao Planeja- mento do Layout e sua relação com as tendências modernas dos Sistemas Industriais, identificando os desafios, contradições e tendências. R.: Devem ter sido abordadas as questões discutidas neste capítulo relati- 12 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD P R O J E T O D E F Á B R I C A E M A N U T E N Ç Ã O I N D U S T R I A L vamente ao PPLI, considerando os seguintes axiomas: • O projeto de layout é um problema bidimensional, dado que as instalações são posicionadas num plano. • A informação relativa às atividades futuras, que incluem os produtos que vão ser fabricados e os equipamentos a usar, é conhecida no instante em que projeto do layout é realizado. • Os produtos a fabricar e o seu volume mantêm-se razoavelmente constantes. Esta axiomática, que se justifica nos sistemas industriais tradicionais, mostra-se, contudo, cada vez mais difícil de suportar em sistemas industriais modernos ou em layout de escritórios. Nos futuros sistemas industriais, esta suposição também não se verificará e apontam alguns motivos,como por exemplo, máquinas mais leves, preços das áreas disponíveis cada vez mais altos, entre outros. Constata-se também, uma crescente inovação tecnológica e de mudanças nas especificações dos produtos, estas exigidas pelos consumidores. Todos estes fatores contribuem para reduzir o tempo de vida útil de um layout fabril. Considerando este cenário, o tempo de vida útil efetivo de um layout de uma instalação industrial não será superior a um ano. Relativamente ao re-layout, argumenta ainda, que para além do custo associado ao fluxo e manipulação ou manejo de materiais, é necessário considerar um custo adicional que está associado com a mudança das ins- talações da sua posição atual para outro local no novo layout. A investigação e desenvolvimento para o projeto de novos sistemas indus- triais devem apontar no sentido de quebrar o caráter sequencial do projeto de layout e sistemas de manipulação de materiais e o projeto de layout e o projeto de sistemas de produção. A investigação e desenvolvimento que têm sido realizados supõem que o equipamento de manipulação e transporte de materiais já são conhecidos inicialmente, nomeadamente os seus custos associados. Supõe também, que o sistema de produção é imutável, o que, como se constatou, não é verdade nos sistemas industriais modernos. TÓPICO 3 1 Elabore um quadro constando os tipos de contrato de serviços e construção enumerando suas características. R.: Devem ser considerados os seguintes tipos: 1. Contratos por remuneração horária: neste tipo de contrato a contratante (empreendedora) remunera a contratada relativo às horas trabalhadas baseadas em valores pré-estabelecidos. Aplicam-se neste tipo de contrato as consultorias, fiscalizações etc., onde o tempo a ser despendido pode ser combinado com antecedência e controlado. 13UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES P R O J E T O D E F Á B R I C A E M A N U T E N Ç Ã O I N D U S T R I A L 2. Contratos por administração a custos reembolsáveis: a contratante reembolsa a contratada de todos os custos adicionando a estes os custos indiretos e honorários. Os custos adicionais podem corresponder a um valor fixo ou a um percentual dos custos diretos. Este tipo de contrato é usual na elaboração de projetos, em serviços de reparos e na execução de projetos pilotos onde o custo final não é possível ser conhecido com certeza. Durante o desenrolar das obras, é possível se fazer alterações e adendos. 3. Contratos a preço unitário: este modelo se aplica quando é possível se estabelecer com antecedência o valor do empreendimento, tais como: serviços de terraplanagem, sondagens e perfuração de túneis, pintura etc. O valor a ser pago será o valor do preço unitário pelo número de unidades realizadas (ex.: m3 de terra, m2 de pintura, etc.). Também é possível e comum se utilizar de uma tabela de valores unitários com possibilidades de decréscimo de valores à medida do acréscimo do ser serviço a ser realizado. 4. Contratos a preço fixo global: esta modalidade também é conhecida como “empreitada” apresenta vantagens e desvantagens. Possibilita um controle sobre o planejamento e desembolso de pagamentos, pois o pagamento pode estar atrelado ao cumprimento de prazos e vinculado a este por parcelas fixas. Exige que o planejamento envolva ambas as partes na definição dos trabalhos a serem executados e a definição do cronograma de obras e desembolso. Aumento de riscos e responsabilidades para a contratada no que diz respeito ao acerto de um custo mais elevado do que o previsto para a execução da obra. Demanda uma definição completa dos serviços a serem contratados sob o risco de a contratante não poder exigir nada além do que foi contratado, sem que tenha para isto que pagar valores adicionais. Nesta modalidade, recomenda-se, até para que sejam possíveis eventuais complementações e modificações que sejam incluídas no contrato cláusulas que permitam serviços adicionais e estabeleçam a forma de pagamentos suplementares. 5. Contratos tipo “turn-key”: Esta modalidade contratual é também conhecida como “empreitada global”. É um tipo de contratação em que a empreendedora contrata e delega toda a responsabilidade da obra, isto é: a elaboração do projeto, o processo de compras, a construção e montagem das instalações e a pré-operação da indústria. É possível, ainda, que a inclusão do financiamento de toda a obra pela contratada. Nesta situação, tem-se um contrato do tipo “pacote” ou conforme a denominação americana “package deal”. Nos contratos tipo “turn-key”, mesmo sendo da contratada a maior parte da responsabilidade, a contratante não se exime da fiscalização e acompanhamento da obra. Tais participações possibilitam o controle sobre o andamento do empreendimento. 6. Outras formas contratuais: são formas que possibilitam um arranjo entre os contratos a preços fixos e a preço variável. São formas que estabelecem um preço máximo fixo e a preço médio com participação da contratada nos desvios observados do valor estipulado inicialmente. Um tipo de cláusula “prêmio – penalidade” pode ser incluída, onde a contratante se garante de possíveis serviços que comprometam a qualidade da obra por imponderação 14 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD P R O J E T O D E F Á B R I C A E M A N U T E N Ç Ã O I N D U S T R I A L pela contratada de reduzir custos e prazos. 2 Liste os tipos de estruturas existentes e descreva as vantagens e desvantagens de uma em relação à outra, apontando também em quais modalidades de produção seriam viáveis. R.: Tem-se como tipos de estruturas as de: • Concreto: São estruturas que oferecem boa resistência mecânica, inércia e baixo custo de manutenção. Podem ser usadas peças pré-moldadas, as quais permitem montagens rápidas e práticas. Podem também usar a concretagem no local, usando formas de madeira ou metálica. Apresentam como desvantagem, devido ao seu peso, a necessidade de sólidas fundações o que encarece a construção. Não são recomendadas para locais sujeitos a elevadas temperaturas por não apresentarem boa isolação térmica. • Aço: Nestas são utilizados perfis (H, C e I), tubos, vergalhões e chapas. Podem ser de alma cheia ou de peças treliçadas. A estrutura em treliça é mais leve, porém mais difícil de ser fabricada. Oferece a vantagem de facilitar a fixação de tubulações, de calhas para a passagem de cabos elétricos e dos sistemas de transporte. Apresenta como vantagens a leveza, a facilidade e rapidez de montagem e desmontagem, a flexibilidade para futuras expansões e modificações e a possibilidade de ser reaproveitada em outras instalações ou mudanças de local. O acoplamento entre as partes pode ser feito por parafusos, por rebitamento ou soldagens. Quando feito por parafusos torna a desmontagem e aproveitamento mais fácil. A estrutura de aço dispensa o tempo de cura necessário para o concreto. Como desvantagens demonstram baixa resistência ao fogo, ocasionando deformação, exigência de constantes manutenções para prevenção nos ambientes corrosivos e requerem pinturas periódicas, ações que encarecem a sua conservação. • Madeira: As estruturas de madeira apesar de terem sido substituídas pelo aço e concreto e demais tecnologias, na maioria das instalações, possuem características que as fazem superiores às outras modalidades de estrutura. Estruturas de madeira não são corrosivas, não apresentam peso elevado, podendo ser montadas sem a exigência de fundações e, para casos particulares se aplicam muito bem, pois não sofrem a influência de campos magnéticos, sendo desejáveis para alguns laboratórios de pesquisa e ajustes. Também demonstram facilidade de montagem e desmontagem, preços inferiores às demais, flexibilidade para deslocamentos e remanejamentos. Os aspectos de vulnerabilidade das estruturas em madeira são: a umidade, os insetos xilófagos (insetos que roem a madeira) e o fogo. Para se precaver destes inimigos pode-se tratar a madeira previamente com autilização de impermeabilizantes, imunizantes a insetos e retardantes à propagação de fogo. • Alumínio: apresentam inúmeras vantagens em relação às demais. São 15UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES P R O J E T O D E F Á B R I C A E M A N U T E N Ç Ã O I N D U S T R I A L menos corrosivas, mais leves e dispensam pinturas, porém detêm baixa elasticidade, o que as faz pouco maleáveis e resistentes em determinados locais onde a incidência de ventos e tempestades é constante. Sintetizando as vantagens, pode-se montar um quadro similar ao Quadro 5.1, que pode ser encontrado no Caderno de Estudos: 3 Descreva os estilos de cobertura utilizados em estruturas industriais e aponte suas particularidades. R.: Os estilos mais comuns são: • Shed: utilizados quando se necessita de boa iluminação natural e ventilação. Não permitem vãos livres muito grandes. Normalmente não excedem 20 m de vão. São comuns em linhas de montagens modulares e passíveis de constantes rearranjos. Permitem expansividade através da inclusão de novos módulos. • Galpão em uma água ou duas águas: as estruturas tipo galpão em duas águas permitem maiores vãos livres do que a do tipo shed. Formam um ângulo do telhado com o plano horizontal entre 10 e 30 graus. Em contra partida possuem uma baixa iluminação natural e péssima ventilação. Estas deficiências podem ser amenizadas com a inclusão de telhas translúcidas e de respiradouros. • Arco: é o mais indicado para grandes vãos. É especialmente indicado para garagens, depósitos e em locais que requeiram grandes espaços entre pilares. Também possui insuficiência de iluminação natural e ventilação, que também podem ser melhorados como no tipo galpão em duas águas. • Plano: utilizado em ambientes que necessitem total climatização. Apresentam problemas de impermeabilização por decorrência do pouco caimento de sua cobertura. Exigem maiores cuidados de manutenção. 16 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD P R O J E T O D E F Á B R I C A E M A N U T E N Ç Ã O I N D U S T R I A L UNIDADE 2 TÓPICO 1 1 Explique por qual motivo podemos afirmar que a manutenção é uma função empresarial. R.: A competitividade acirrada entre as empresas obriga que os sistemas produtivos sejam extremamente organizados de maneira a se reduzir os custos de produção e consequentemente um aumento de produtividade. Neste contexto, a manutenção entra como atividade meio para garantir a produção evitando as quebras de máquinas e acidentes industriais. 2 Explique por qual motivo a manutenção é definida como a combinação de ações técnicas e administrativas. R.: Para se ter uma boa gestão da manutenção é preciso dispor de bons profissionais capacitados tecnicamente para a execução das intervenções de modo correto (preciso e seguro), porém sem uma gestão administrativa correta mesmo um profissional capacitado terá dificuldades. Por exemplo: é preciso realizar a substituição de um rolamento de um motor. Problemas de ordem técnica o profissional não sabe desmontar corretamente o motor e nem sacar e substituir o rolamento. Problemas administrativos não se tem documentação do motor para saber o tipo de rolamento necessário (só saberá quando o abrir, causando perda de tempo no atendimento); após identificar o rolamento, é realizada uma busca do mesmo no estoque (almoxarifado) que se não tiver organizado dificultará esta tarefa; a compra de sobressalentes de qualidade duvidosa também irá interferir na qualidade da intervenção. 3 Escreva com suas palavras o antigo e o novo paradigma da manutenção. R: Para o antigo paradigma bastava ter um bom “consertador” de máquina quebrada que satisfazia (agir reativamente). O novo paradigma exige que o bom manutentor evite que a máquina quebre para que não paralise o processo produtivo (agir proativamente). 4 Os custos diretos com manutenção são divididos em quais fatores? R.: A composição dos custos diretos de manutenção se dá em três vertentes: pessoal, material e serviços contratados. 17UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES P R O J E T O D E F Á B R I C A E M A N U T E N Ç Ã O I N D U S T R I A L TÓPICO 2 1 Diferencie com exemplos práticos “falha” de “defeito”. R.: A caracterização de uma falha ou defeito depende diretamente da função requerida do equipamento/máquina, Falha É o término da capacidade de um item desempenhar sua função requerida. Defeito É qualquer desvio de uma característica de um item em relação a sua função requerida. Por exemplo: a função requerida para um conjunto motobomba é de bombear água para um reservatório. Quando o motor começa a apresentar elevado ruídos em seus rolamentos dizemos que existe um defeito no conjunto. Se o defeito não for corrigido, ele evoluirá até a quebra do rolamento e a parada do bombeamento de água. Neste momento, acontece a falha do conjunto. 2 Diferencie com exemplos práticos “disponibilidade de confiabilidade”. R.: Confiabilidade É a probabilidade de um item ou máquina de desempenhar sua função requerida durante um determinado período de tempo. Ex.: O compressor de pistão de determinada empresa possui uma confiabilidade de 90% para o próximo mês de trabalho. Disponibilidade Para a manutenção a disponibilidade é encarada como o percentual de tempo em que o equipamento esteve disponível para produção, não necessariamente produzindo. Ex.: uma prensa hidráulica está programada para trabalhar por 100 horas, porém fica uma hora parada para troca de uma mangueira, neste caso a disponibilidade da prensa foi de 99% (isto visto da manutenção). 3 Explique como analisamos a “curva da banheira”. R.: • Região A – conhecida por “Mortalidade Infantil”, região onde ocorrem as falhas iniciais devido à qualidade dos materiais, montagem inadequada. • Região B – conhecida como “vida útil”, nesta região é desenvolvida a melhor confiabilidade que o equipamento pode oferecer de acordo com sua confiabilidade intrínseca. As falhas nesta região são randômicas. • Região C – conhecida como região de envelhecimento, onde as falhas começam a surgir devido às desgaste sofrido durante o tempo. 18 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD P R O J E T O D E F Á B R I C A E M A N U T E N Ç Ã O I N D U S T R I A L 4 Cite e comente cinco fatores que influenciam a manutenabilidade em uma planta industrial. R.: • Falta de treinamento da equipe – o manutentor quando chega até a máquina para sua intervenção não a conhece e perde muito tempo buscando entender seu funcionamento. Em alguns casos o manutentor não sabe nem mesmo como “abrir” a máquina para executar uma intervenção de forma correta e segura. Sem o treinamento adequado também se corre o risco de na desmontagem da máquina danificar alguns componentes ou mesmo montar a peça de forma errada comprometendo sua vida útil. • Falta de documentação da máquina – em muitos casos também, não existem desenhos esquemáticos e nem mesmo os esquemas elétricos atualizados da máquina. Isto também atrasa de maneira significativa a intervenção. Em outros casos ocorre a quebra de um componente (por exemplo, um rolamento) e é preciso desmontar toda a máquina para poder verificar o tipo de rolamento necessário para que possa verificar a existência desta peça no almoxarifado ou mesmo emitir uma ordem de compra. Esta morosidade na ação compromete a produtividade da empresa. • Dificuldade de acesso – uma tampa de painel elétrico que tenha 30 parafusos para abrir, gera uma dificuldade para o manutentor, pois em algumas atividades de inspeção, se gasta mais tempo abrindo e fechando a tampa do que com a atividade principal que seria a inspeção propriamente dita. Outro exemplo são os pontos de lubrificação que em algumas máquinas requer malabarismo do lubrificador para realização de seu trabalho, e em casos extremos alguns pontos deixam de ser lubrificados, causando danos para toda instalação. • Peças de reposição – quando o setor de compra não é assessorado pelo 19UNIASSELVINEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES P R O J E T O D E F Á B R I C A E M A N U T E N Ç Ã O I N D U S T R I A L departamento técnico, o critério de compra será simplesmente pelo menor preço sem preocupação com a qualidade. Nestes casos, vale a velha máxima de que “o barato sai caro”, por exemplo, um rolamento que precisa ser trocado em uma moto-bomba o rolamento de marca conhecida custa R$250,00 e o setor de compras acha um de mesmas medidas que custa R$170,00 e compra o de menor preço achando que assim está ajudando no faturamento da empresa. Porém a vida útil do rolamento de marca reconhecida é de 800 horas já o que foi comprado “mais barato” dura somente 250 horas. Portanto, a economia realmente não houve, isso sem levar em conta outros fatores como o tempo de máquina parada e o custo da mão de obra dispensada a mais. • Falta de ferramentas e instrumentos adequados – quando o manutentor não dispõe das ferramentas adequadas para intervenção, ele começa a improvisar e estes improvisos normalmente acarretam em riscos de acidentes. TÓPICO 3 1 Diferencie com exemplos práticos manutenção corretiva planejada da não planejada. R.: Por exemplo: a função requerida para um conjunto moto-bomba é de bombear água para um reservatório. Quando o motor começa a apresentar elevado ruídos em seus rolamentos dizemos que existe um defeito no conjunto. Neste caso, podemos agendar uma manutenção corretiva planejada agindo proativamente. Se o defeito não for corrigido, ele evoluirá até a quebra do rolamento e a parada do bombeamento de água, neste momento, acontece a falha do conjunto. Neta situação, o que resta é a ação de corretiva não planejada, pois esta falha pode aparecer a qualquer momento. 2 Diferencie com exemplo prático manutenção preventiva de manutenção preditiva. R.: Manutenção preventiva é a intervenção efetuada em intervalos predeterminados, ou de acordo com critérios prescritos, destinada a reduzir a probabilidade de falha ou a degradação do funcionamento de um item. Ex.: fazer a substituição da correia de um compressor a cada 500 horas de trabalho. Manutenção Preditiva é a manutenção que permite garantir uma qualidade de serviço desejada, com base na aplicação sistemáticas de técnicas de análise, utilizando-se de meios de supervisão centralizados ou de amostragem, para reduzir ao mínimo a manutenção preventiva e diminuir a manutenção corretiva. Ex.: inspecionar a correia do compressor para identificar os desgastes e agendar sua substituição quando for necessário. 20 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD P R O J E T O D E F Á B R I C A E M A N U T E N Ç Ã O I N D U S T R I A L 3 Descreva com exemplo prático cada um dos modos de monitoração da manutenção preditiva. R.: • Subjetiva – este tipo de monitoramento se baseia na experiência do profissional e em seus sentidos (tato, audição, visão, paladar e olfato. Como alguns exemplos de defeitos que podemos identificar desta maneira estão: • folgas e trepidações de máquinas; • em um carro o “ronco” do motor; • ruídos em polias, redutores, rolamentos; • mudança de coloração em fluídos. • Objetiva – para este tipo de monitoramento também é necessário a experiência e o treinamento adequado da pessoa que fará as medições, que normalmente será da equipe de manutenção. Para isso serão usados aparelhes que farão as medidas: temperatura, rotação, tensão e corrente elétricas, vibração entre outras grandezas. Como alguns exemplos de instrumentos para este tipo de trabalho estão: • analisadores de óleos; • analisadores de vibração; • analisadores de rolamentos; • medidores de ultra-som; • termovisores (câmeras de infravermelho); • osciloscópios; • analisadores de energia. • Contínua – com o avanço e disseminação de novas tecnologias e diminuição dos custos destes novos sistemas, nas empresas tem havido grandes investimentos nesta categoria. A vantagem destes sistemas é que eles podem monitorar as grandezas 24 horas por dia. Os alarmes são ajustados de acordo com a máquina e podem ser enviados por e-mail, bip ou celular de forma on line, ou seja, “a máquina liga para manutenção avisando que está com alguma anomalia”. Nestes casos, também, os registros são muito confiáveis o que permite estudos mais aprofundados do comportamento da máquina. 4 Explique com um exemplo prático o que vem a ser uma “falha oculta”. R.: As falhas ocultas são falhas que estão presentes no sistema, porém não impedem a produção. O problema surge quando se necessita destes sistemas e os mesmos não conseguem entrar em operação. Ex.: O pneu estepe de um carro que pode estar furado (falha oculta), essa falha não impede o carro de se locomover, o problema surge quando outro pneu furar e não se poder contar com o estepe. 21UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES P R O J E T O D E F Á B R I C A E M A N U T E N Ç Ã O I N D U S T R I A L TÓPICO 4 1 Observe as curvas apresentadas na figura UU, faça uma pesquisa e relacione componente/equipamentos que se comportam com cada modelo apresentado. R.: • A curva A é a clássica curva da banheira, que apresenta um elevado número de falhas no início de operação, sendo seguida por um período em que a taxa de falha é constante. No final da curva, ocorre um aumento novamente na taxa de falha devido à degradação ou desgaste do equipamento. • A curva B não apresenta no início a área de “mortalidade infantil”, tendo um grande período de taxa de falha constante e em seguida uma zona de desgaste ao final da vida útil. É uma característica de equipamentos que estão em contato com produtos e fluídos de processo. • A curva C representa o comportamento de um aumento gradual e lento na probabilidade de falha. Esta é uma característica de equipamentos submetidos à erosão, fadiga e corrosão. • A curva D apresenta uma baixíssima taxa de falha no início de operação subindo, rapidamente para um patamar de taxa constante. Esta é uma característica de instalações complexas como, por exemplo, sistemas hidráulicos e pneumáticos. • A curva E apresenta uma probabilidade de falha constante em todo o período de vida do equipamento. As falhas que podem aparecer são randômicas com a idade. Como exemplos de equipamentos com estas características têm: os elementos rodantes de rolamentos ou os bulbos de lâmpadas incandescentes. • A curva F apresenta a “mortalidade infantil”, ou seja, uma elevada taxa de falha no início de operação que cai para uma taxa constante que se mantém com a idade. Esta é característica de sistemas complexos que estão sujeitos a partidas para uma grande jornada de operação e paradas de manutenção. 22 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD P R O J E T O D E F Á B R I C A E M A N U T E N Ç Ã O I N D U S T R I A L 23UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES P R O J E T O D E F Á B R I C A E M A N U T E N Ç Ã O I N D U S T R I A L UNIDADE 3 TÓPICO 1 1 Escreva, com exemplo prático, três funções de apoio à manutenção. R.: Educação e treinamento a capacitação profissional dos manutentores deve ser contínua, pois, desta maneira, o profissional se sente valorizado (produzindo melhor) e a qualidade de seu serviço aumenta. Por exemplo: ao identificar uma carência técnica na parametrização de inversores de frequência se disponibiliza um treinamento para os profissionais envolvidos nesta atividade. Padronização da manutenção o uso de procedimentos padronizados para as atividades de manutenção tornam o sistema mais seguro, confiável e controlável. Por exemplo: se os procedimentos para a troca de retentores de um sistema hidráulico é padronizado, podemos estimar com maior precisão os materiais e o tempo necessário para realização da atividade. Peças-reservas e almoxarifado o controle das peças de reposição é fundamental para o apoio das atividades de manutenção. Por exemplo: ao identificar um ruído em um rolamento de um motor elétrico durante uma rota de inspeção preditiva é agendada uma manutençãocorretiva planejada, caso o estoque esteja organizado, facilmente serão identificados todos os componentes necessários para a execução do serviço. 2 Explique por qual motivo a estrutura do setor de manutenção não se limita a ações técnicas, mas envolvem também ações administrativas. R.: Para se ter uma boa gestão da manutenção é preciso dispor de bons profissionais capacitados tecnicamente para a execução das intervenções de modo correto (preciso e seguro), porém sem uma gestão administrativa correta mesmo um profissional capacitado terá dificuldades. Por exemplo: é preciso realizar a substituição de um rolamento de um motor. Problemas de ordem técnica o profissional não sabe desmontar corre- tamente o motor e nem sacar e substituir o rolamento. Problemas administrativos não se tem documentação do motor para saber o tipo de rolamento necessário (só saberá quando o abrir, causando perda de tempo no atendimento); após identificar o rolamento é realizado um busca do mesmo no estoque (almoxarifado) que se não tiver organizado, dificultará esta tarefa; a compra de sobressalentes de qualidade duvidosa também irá interferir na qualidade da intervenção. 3 Observe o quadro GG e elabore um plano de ação para resolver um dos 24 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD P R O J E T O D E F Á B R I C A E M A N U T E N Ç Ã O I N D U S T R I A L possíveis problemas apresentados. Usar a estrutura da ferramenta 5W+1H para apresentação deste plano. R.: Plano de ação Setor: estamparia Responsável do plano: Zé Garibaldo Problema analisado: sobressalentes com baixa qualidade What O que Who Quem Where Onde W h e n Quando Why Por que How Como Fazer um cadastramento dos fornecedores de sobressalentes para os equipamentos da área. João Grandão Almoxarifado Almoxarifado Início 10/07 Término 20/07 Para se atualizar as reais necessidades do setor evitando sobressalente de baixa qualidade. E m c o n j u n t o com o líder de manutenção (Guilhermo) observando documentação dos equipamentos. Rever plano de armazenamento de sobressalentes. João Grandão Almoxarifado Almoxarifado Início 10/07 Término 27/07 Alguns sobressalentes estão sofrendo contaminação no almoxarifado. Rever layout do almoxarifado e as formas de armazenamento dos sobressalentes juntamente com o líder de manutenção Guilhermo). 4 Cite duas vantagens e duas desvantagens da estrutura centralizada da manutenção. R.: CENTRALIZADA Vantagens • Fica mais fácil a distribuição das equipes para realização de grandes trabalhos. • Facilita a aquisição de equipamentos caros, pois atenderão todas as plantas. • Possibilita uma grande troca de experiências entre a equipe por ter várias especialidades em um mesmo ambiente. • Facilita também o controle do banco de dados por usar uma única plataforma. 25UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES P R O J E T O D E F Á B R I C A E M A N U T E N Ç Ã O I N D U S T R I A L Desvantagens • O tempo perdido em deslocamento é elevado, e por consequência muitas ve- zes maior que o tempo de atendimento. • Para novos funcionários a ambientação é mais lenta, pois necessitam conhecer bem toda a planta da empresa. • O acompanhamento das equipes acaba sendo prejudicado devido às grandes distâncias. TÓPICO 2 1 Descreva a função dos principais documentos pertinentes ao setor de manutenção. R.: Solicitação de Serviço basicamente é o pedido de serviços para o setor de manutenção efetuado pelos seus “clientes”. Ordem de Serviço Ela basicamente é a autorização dada pelo PCM para execução do trabalho de intervenção da manutenção. Instrução de Trabalho O propósito de uma IT é de orientar de forma metódica e sequencial os serviços programados da manutenção eliminando, desta forma, a possibilidade de que alguma tarefa seja omitida pela equipe durante a intervenção, seja por esquecimento ou desconhecimento. 2 Cite pelo menos cinco informações que precisam compor o cadastro dos equipamentos. R.: • construtivos manuais, desenhos, catálogos e layout de instalação; • de origem fabricante, fornecedor, tipo e modelo; • de compra requisição, orçamentos, custos e datas; • de transporte e armazenamento dimensões, pesos e cuidados especiais; • de operação características de funcionamento, limites operativos; • de manutenção características técnicas, potência, tensão e corrente elétrica, sobressalentes, lubrificantes, limites, folgas e ajustes (a variação destes dados dependerão do tipo de equipamento cadastrado); • garantia requisitos exigidos, data de validade. 3 Quais são os status que a SS pode assumir quando chega ao PCM? R.: • Em detalhamento o PCM ainda esta tratando as informações pertinentes à solicitação realizada, buscando mais informações para o 26 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD P R O J E T O D E F Á B R I C A E M A N U T E N Ç Ã O I N D U S T R I A L detalhamento da OS. • Eliminada o PCM identifica que a solicitação não procede principalmente devida à duplicidade de solicitações ou que ela já está programada para ser realizada. • Aberta o PCM já abriu uma OS para atender à solicitação. • Encerrada a manutenção já atendeu à solicitação. 4 Qual o significado de cada letra da matriz GUT? R.: • Gravidade possível dano ou prejuízo que pode decorrer de uma situação. • Urgência pressão do tempo que existe para resolver uma dada situação. • Tendência padrão ou tendência da evolução da situação. TÓPICO 3 1 Cite e comente 4 requisitos da manutenção ligados à qualidade. R.: Fazer as coisas certas aquilo que realmente precisa ser realizado, por exemplo: de nada adianta fazer manutenção preventiva sem ter bem definidos os parâmetros de medição ou mesmo de ajuste, em vários casos a subjetividade das atividades desenvolvidas tornam-nas sem efeito. Fazer corretamente as coisas já na primeira intervenção executar um bom trabalho, evitando a necessidade de retorno para atender refazer o serviço ou mesmo pequenos ajustes. Interagir com seu cliente esta interação visa entender e explicitar claramente as necessidades do cliente, de forma que as ações possam ser realizadas de forma conjunta. Elaborar uma matriz de habilidades e competência da equipe por meio desta matriz é possível ter claro as necessidades profissionais da equipe de manutenção e por meio dele elaborar um plano de treinamento e avaliação. 2 Qual o significado do Kaizen para a manutenção? Cite um exemplo prático. R.: Kaizen é uma palavra japonesa, onde "Kai” significa Mudar e "Zen" significa Para Melhor. Porém, a tradução que expressa melhor o significado da filosofia é "Melhoria Contínua". O conceito de Kaizen, diz respeito a atitudes de "bom senso" que exigem baixos investimentos. Por exemplo: um determinado redutor foi instalado de maneira que ficou difícil o acesso para sua lubrificação, dentro de um processo de melhoria este ponto de lubrificação mudaria de lugar para facilitar o trabalho do lubrificador. 27UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES P R O J E T O D E F Á B R I C A E M A N U T E N Ç Ã O I N D U S T R I A L 3 Defina qualificação profissional. R.: De acordo com a ABNT, a Qualificação de Pessoal é a comprovação das características e habilidades, segundo procedimentos escritos e com resultados documentados, que permitem a um indivíduo exercer determinadas tarefas. 4 Cite as ocupações certificadas pelo PNQC? R.: Atualmente (2010), o PNQC certifica profissionais nas ocupações de: • Mecânico. • Caldeireiro. • Eletricista. • Caldeireiro Montador. • Instrumentista. • Inspetor de Eletricidade. • Inspetor de Mecânica. • Mecânico Lubrificador. • Inspetor de Instrumentação. • Montador de Andaime. • Instrumentista Reparador (em desenvolvimento). TÓPICO 4 1 Descreva as 6 grandes perdas do processo produtivo. R.: Quebras/falhas interrompem o processo produtivodevido à impossibilidade de operação do equipamento Preparação/regulagem interrompem o processo produtivo para realização de setup e durante este tempo a máquina fica sem produzir. Operação em vazio/micro falhas são paradas rápidas, porém dependendo de sua frequência as perdas são significativas. Perdas para entrar em regime correspondem normalmente ao início e fim de carga em máquinas envolvendo um pouco de operação em vazio. Retrabalhos qualquer atividade de retrabalho precisa ser evitada, pois representa uma produção imperfeita na primeira vez. Defeito de produção representa gasto de energia, matéria prima, Hh (homem hora) e hora de máquina desperdiçados. 2 Cite os oito pilares da MPT. 28 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD P R O J E T O D E F Á B R I C A E M A N U T E N Ç Ã O I N D U S T R I A L 3 Descreva os 4 primeiros passos da Manutenção Autônoma. R.: Passo 1 - Limpeza e Inspeção: Este primeiro passo consiste em fazer uma limpeza inicial do equipamento. Esta deve ser uma limpeza completa do equipamento e suas áreas adjacentes. Nesta etapa, devem ser eliminados os acúmulos de sujeira e resíduos como: limalhas, cavacos, pó e lubrificantes em excesso, principalmente graxas. Passo 2 – Eliminar as fontes de sujeiras e locais de difícil acesso: Neste segundo passo, o objetivo é identificar as causas básicas que geraram as anomalias identificadas no passo anterior, lembrando que a limpeza inicial torna evidentes as anomalias e suas fontes. É bom lembrar também que neste ponto, os locais de difícil acesso devem ser eliminados. Passo 3 – Padrões provisórios de limpeza, inspeção lubrificação: Agora, neste ponto, o equipamento e a área em volta já deve se encontrar limpo e as fontes de sujeira e locais de difícil acesso eliminados. Com esta mudança realizada, partimos para o estabelecimento de padrões, mesmo que provisórios, de limpeza, inspeção e lubrificação. Passo 4 – Inspeção Geral: Para esta etapa são estabelecidos os critérios e parâmetros para a inspeção visual do operador. A participação e capacitação do operador são fundamentais para este trabalho, pois ele é quem identificará as anomalias e 29UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES P R O J E T O D E F Á B R I C A E M A N U T E N Ç Ã O I N D U S T R I A L desvios de funcionamento do equipamento. De forma a facilitar esta inspeção, é adotada a cultura da “Gestão a Vista”, fazendo a identificação por etiquetas coloridas dos pontos de inspeção e as tolerâncias. 4 Por quais motivos a participação da alta administração é fundamental na implantação da MPT? R.: Para se implementar qualquer programa dentro de uma empresa, é preciso do apoio da alta administração. No caso da MPT isto é fundamental, pois para o sucesso do programa todos na empresa precisam ter o mesmo foco e o exemplo deve vir de cima. Este apoio não pode ser apenas figurativo mais sim participativo.
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