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Thalita Maria C. C. Garonci EXAME FÍSICO DOS MEMBROS INFERIORES Exame do quadril Articulação do quadril • Articulação sinovial, multiaxial, esferoide, forte, estável. Articulação do fêmur que se encaixa no acetábulo. É uma articulação propicia a varias patologias: ortopédicas, musculares e articulares. Inspeção Observar o que pode ter de alterado: desvios posturais; contraturas; tipo de marcha; cicatrizes e hipotrofias. Palpação Face anterior: Espinhas ilíacas antero-superior Tubérculo púbicos Articulação do quadril Sínfise púbica Ligamento inguinal Face posterior: Espinhas ilíacas póstero-superior Tuberosidade isquiática – é importante pois tem aproximação anatômica do nervo ciático, na aderência dos músculos abdutores (ponto médio com trocânter maior). Articulação sacro ilíaca posterior Cristas ilíacas – palpa pra ver se tem algum desarranjo no quadril, aliado a isso observa a contratura e o arranjo muscular. Thalita Maria C. C. Garonci Trocânter maior (tendinites ou bursites) – local que há a inserção do tendão do músculo glúteo médio. É uma região que tem as bursas. Dependendo da história clínica do paciente, com a palpação e algum movimento que vc faz, vc percebe e consegue muitas vezes te ajudar no diagnóstico de bursite trocantérica. Mobilidade articular avalia-se a flexão, extensão, rotação interna, rotação externa, adução e abdução. Rotação leva em consideração o movimento do fêmur no acetábulo. Se for olhar na rotação interna o pé vai para “fora”, mas a cabeça do fêmur está “girando internamente” no acetábulo. Rotação externa: pega o membro e roda ele internamente no sentido do pé medialmente. Rotação interna: faz o contrário. Pega o membro e roda ele externamente no sentido do pé lateral. Primeiro movimento perdido na coxartrose. Paciente que chega com dor na articulação; paciente já de idade, provável acometimento de osteoatrose articular na região do quadril; faz um teste Patrick “alguma coisa” (não entendi o resto) positivo, fala mais a favor ainda de Adução – aproxima a perna da linha média do corpo Abdução – afasta a perna da linha média do corpo Thalita Maria C. C. Garonci osteoartrite. Você vai fazer o movimento e o paciente não consegue, ele tem limitação na rotação interna. Testes de contraturas musculares Teste de Ely: contratura do reto femoral – eleva-se o quadril. Teste de Ober: contratura do trato iliotibial. Indicado pra ver lesão do trato ilitibial, lesão muito comum em pacioentes que correm, pedalam e jogam tênis. Muito comum confundir com uma lesão meninscal. Testes especiais Os testes ortopédicos são fundamentais para auxiliar no diagnóstico. 1. Teste de Thomas Avalia o grau de contratura em flexão do quadril – perda da extensão. Costuma ser o primeiro sinal de derrame na articulação coxofemoral. Quando faz o movimento de flexão do joelho, o joelho contralateral tende a subir devido a contratura, encurtamento dos flexores contralateral. 2. Teste de Patrick – FABERE Pode referir dor em quadril ou em sacroilíacas. F (flexão); AB (abdução); ER (rotação externa). Extremamente comum de positivar nas orteoartoses. Thalita Maria C. C. Garonci 3. Teste de Trendelenburg É a marcha alterada para contrabalancear a queda causada pela insuficiência do glúteo médio. Avalia o glúteo médio – nos mostra a fraqueza dos adutores, que são os glúteos. Permanecer na posição por mais de 30 seg Se o teste der positivo pode indicar: paralisia ou paresia glútea; antálgica; incompetência glútea por coxa vara; luxação congênita do quadril. 4. Teste de Faduri Teste mais sensível para a síndrome do impacto femoroacetabular. Há um impacto no movimento de flexão e extensão. Quando estresso essa articulação parte do colo do fêmur se encosta na região acetabular e isso pode levar há um impacto. Exame dos joelhos O que pode desencadear algum problema no joelho? • Prática esportiva • Atividades diárias • Idade • Excesso de peso • Trauma • Má postura • Fraqueza muscular • Encurtamento muscular Anatomia É uma articulação complexa e altamente passível de lesões. Thalita Maria C. C. Garonci História Clínica Como ocorreu o acidente, ou qual foi o mecanismo de lesão? De que direção veio a forca lesiva? • Força em valgo – lesão L. Colateral Medial, cápsula póstero-medial, meninsco medial e LCA. • Hiperextensao – lesão LCA e lacerações meniscais • Flexão com translação posterior – LCP • Força em Varo – Lesao L. Colateral Lateral. O que o paciente é capaz de fazer funcionalmente? Incapacidade ao correr, mudar de direção, girar, torcer, subir ou descer escadas? O que pode estar comprometido? Instabilidade ou problemas meniscais? Há qualquer estalido ou houve “estalo” quando a lesão ocorreu? O estalo nítido pode indicar uma ruptura do LCA ou fratura osteocondral. A lesão ocorreu durante a aceleração, desaceleração ou quando o paciente estava se movendo a velocidade constante? Aceleração: menisco Desaceleração: ligamentos cruzados Velocidade com mudança de direção: LCA. Certas posições ou atividades tem efeito aumentado ou diminuído sobre a dor? Relacionar com a postura, atividade, hora, a relação com a dor etc O joelho “falseia” (instabilidade no joelho)? Patologia meniscal, subluxacao, osteocondrite sem desvio, síndrome patelofemoral. Ao subir e descer escada: lesão retropatelar. Inspeção Vista anterior, em pé: Identificação de joelho valgo e de joelho varo; Anormalidades patelares, como patela alta, patela baixa e patelas medializadas. Paciente chega com queixa de trauma há uma semana devido um acidente de moto. Você olha e o joelho está extremamente edemaciado com sinais flogisticos. E aí, será que esse paciente pode estar tendo um derrame articular? Pode, pode ter liquido na articulação. Depois o mesmo paciente relata que começou a ter febre, suando a noite. Paciente com febre, trauma há uma semana e esfoliações na pele, evolui com edema articular e sinais sistêmicos. Qual hipótese diagnóstica? Artrite séptica. Testes funcionais sequenciais para o joelho Andar; subir e descer escadas; agachamento; correr na reta para frente; correr na reta para frente e parar sob o comando. Pede o paciente para fazer e observa onde tem limitação, onde que sente dor, qual movimento que faz, se no repouso sente alguma dor. Estabilidade ligamentar Ligamentos cruzados; Ligamentos colaterais
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