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1 ➢ CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS 1. QUANTO A CAUSA (Cirúrgicas ou traumáticas, Patológicas, Iatrogênicas) • CIRÚRGICA – INTENCIONAL (Ex: Incisões, excisões) A excisão é um procedimento realizado para remover uma lesão de pele, que pode ser benigna ou maligna. A incisão é geralmente realizada por um médico cirurgião, seu objetivo é permitir o acesso a área a ser operada. • PATOLÓGICAS Ocorrem como consequência de uma patologia (Ex. lesão por pressão, neoplasias, úlceras venosas e arteriais) • FERIDAS IATROGÊNICAS Resultantes de procedimentos ou tratamentos (Radioterapia) 2. QUANTO A EVOLUÇÃO (Aguda ou crônica) • Feridas Agudas Início rápido e cura rápida • Feridas Crônicas Processo de cicatrização não acontece de forma esperada 3. QUANTO A PRESENÇA DE INFECÇÃO (Limpa, Limpa- contaminada, Contaminada, Infectada) • LIMPA Avaliação da lesão, coberturas, técnica de curativo e anotação. 2 São produzidas em ambiente cirúrgico, sob condições assépticas, sem abordagem dos sistemas como o digestório, respiratório e genito-urinário. Ex: Incisão Cirúrgica. • CONTAMINADA São aquelas envolvendo uma área infectada e suja, aquelas devidas a um traumatismo não cirúrgico envolvendo infecção clínica ou perfuração de víscera contém bactérias não virulentas. Todas as lesões acidentais que permanecem abertas por tempo superior hão 6 horas, entre o trauma e atendimento. • INFECTADA Apresentam sinais nítidos de infecção ou com mais de 100.000 colônias por grama de tecido. São lesões potencialmente colonizadas. 4. QUANTO AO COMPROMETIMENTO TECIDUAL (Estágio I, Estágio II, Estágio III, Estágio IV) • CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS CRÔNICAS São feridas que têm um processo de cicatrização complicado por processos infecciosos ou em decorrência de outras doenças existentes. Uma ferida aguda pode se tornar crônica desde que algum mecanismo interfira em seu processo de cicatrização fisiológico. • Lesão por pressão • Úlceras varicosas / Venosas • Pé diabético a) Lesões por pressão Lesões decorrentes de hipóxia celular, levando a necrose tecidual. • Geralmente estão localizadas em áreas de proeminência óssea e ocorrem quando a pressão aplicada à pele, por algum tempo, é maior que a pressão capilar normal. • O tecido muscular, que necessita mais oxigênio e nutrientes que a pele, apresenta piores efeitos da pressão prolongada. • 3 a 14% dos clientes hospitalizados desenvolvem lesões de pele. • Esses FATORES podem ser EXTERNOS e INTERNOS ➢ FATORES EXTERNOS São aqueles que existe o impedimento da circulação sobre a superfície da pele, e que refletem o grau em que a pele é exposta. São eles: PRESSÃO O tecido mole é comprimido em uma saliência óssea e uma superfície dura. Ocorre uma pressão maior que a capilar, causando isquemia. FRICÇÃO Quando duas superfícies são esfregadas uma contra a outra. Ex: Arrastar o cliente, ao invés de levantá-lo. ➢ FATORES INTERNOS Estão relacionados às variáveis do estado físico do cliente, que influenciam tanto na constituição e integridade da pele. • Condições nutricionais; • Nível de Consciência; • Idade Avançada; • Incontinência urinária ou fecal; 3 • Mobilidade reduzida ou ausente; • Peso corporal (Menos tecido adiposo, menor proteção nas proeminências osseas); • Doenças crônicas; • Uso de medicamentos ESTÁGIO I: - Superficial Pele íntegra, eritema que não integra, eritema que não regride após eliminas eliminação da pressão não da pressão com diminui com diminuição da sensibilidade não da sensibilidade na área. Comprometimento tecidual (úlceras de pressão). ESTÁGIO II: Rompe a fibra da pele Perda parcial da pele envolvendo a epiderme, derme ou ambas. A úlcera é superficial e apresenta-se como uma abrasão, uma bolha ou uma cratera rasa. ESTÁGIO III: Pode apresentar necrose Nesse grau já há comprometimento parcial da derme e epiderme. A definição fica assim: “Perda de pele em sua espessura total, na qual a gordura pode ser visível, pode ser encontrado tecido de granulação e a lesão apresenta epíbole (bordas enroladas)”. ➢ MÉTODOS DE CUIDADO ESTÁGIO I e II • Mudança de decúbito regular - hidratação da pele a cada mudança; • Evitar parada de suporte nutricional; • Usar colchão Pneumático; • Uso de AGE sobre a pele; • Uso de hidrocoloide fino ou dispositivos aliviadores de pressão de espuma em regiões de proeminência óssea. Estágio IV: 4 É o estágio mais severo da lesão por pressão. No “grau IV há perda da pele em sua espessura total e perda de tecidos com exposição direta da fáscia, músculo, ossos, tendões, ligamentos ou cartilagens”. ➢ MÉTODOS DE CUIDADO ESTÁGIO III e IV • Mantém orientações de I e II • O curativo irá depender do tipo de tecido afetado e do tipo de secreção. • Utiliza Alginato de Cálcio e carvão ativado. ➢ ESCALA DE AVALIAÇÃO DO RISCO PARA LPP A contagem de pontos baixa, indica uma baixa habilidade funcional, estando o indivíduo em alto risco para desenvolver LPP. • A pontuação pode ir de 7 a 28. • Alto risco <22 • Baixo Risco > 22 ➢ AVALIAÇÃO DA DOR A dor pode surgir ou tornar-se especialmente aguda durante a mudança de curativo e desbridamento. 5 ➢ AVALIANDO A FERIDA • Ser realizada periodicamente, a partir de uma avaliação inicial; • Não restringir apenas a lesão, avaliar o paciente integralmente; • Precisa conter medidas objetivas (condições gerais, exames laboratoriais, doenças associadas); • Diagnóstico adequado do tipo de ferida, suas necessidades e o planejamento de ações; Observar se há acometimento ou invasão de órgãos e sistemas (fístulas); • Definir os produtos necessários/apropriados para a ferida; • Identificar as necessidades educacionais do paciente/cuidador quanto aos cuidados com a ferida após a alta; • Encaminhar o paciente à Psicologia/Serviço Social de maneira apropriada. ➢ REGISTRO DAS CARACTERÍSTICAS • Localização; • Tempo de lesão; • Medida do tamanho (diâmetro, profundidade); • Vitalidade do leito e dos tecidos circunvizinhos; Coloração do leito da ferida; • Sensibilidade cutânea (pacientes diabéticos); • Cobertura em uso. ➢ DIMENSÃO DA FERIDA • Permite documentar com maior fidelidade a evolução do processo cicatricial e adequação do tratamento. • Comprimento; • Largura; • Diâmetro e profundidade da lesão (régua, papel milimetrado e swabestéril). • Mensurações das feridas: Linear (fita métrica ou régua) Tridimensional (fita métrica ou régua + cotonete) ➢ CARACTERÍSTICAS DO TECIDO • NECROSE • ESFACELO / FIBRINA • TECIDO DE GRANULAÇÃO • TECIDO DE EPITELIZAÇÃO Sucesso é o acúmulo de pequenos esforços, repetidos dia e noite. - Robert Collier
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