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Esôfago de Barrett

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Letícia Freitas 
Esôfago de Barrett 
 
 
- Epitélio colunar metaplásico substitui o epitélio escamoso estratificado que reveste o esôfago distal. 
- Consequência da DRGE crônica. Lesão precursora do Adenocarcinoma de esôfago 
 
 Etiologia 
 
Sexo masculino, brancos, 45-60 anos, FR: obesidade 
Encontrado em 10-15% dos pacientes submetidas a endoscopia digestiva alta, devido a sintomas de refluxo. 
 
 Sintomas 
 
Oriundos da DRGE (pirose, regurgitação..), oligo ou assintomáticos 
 
 Diagnóstico 
 
Difícil -> ausência de queixas específicas 
- Endoscopia: “línguas” de coloração vermelho salmão no terço inferior do órgão 
- Confirmação: biópsia endoscópica de quatro quadrantes a cada 2 cm-> células caliciformes (repletas de 
mucina), melhor identificadas pelo corante alcian blue, que as torna azuis claras 
 
 
 
 
 Tratamento 
 
- Inibidores de bomba de prótons para todos pacientes -> tratamento do refluxo, pois pode levar a 
inflamação crônica do esôfago e predispor ao desenvolvimento do câncer. Inicia 1 cp/dia, e aumenta dose se 
for necessário eliminar sintomas da DRGE ou curar esofagite de refluxo 
 
- Quimioprevenção: Anti-inflamatórios não esteroides -> diminuem risco de carcinoma esofágico, porém tem 
potencial de efeitos adversos e risco absoluto de câncer 
 
- Terapia intervencionista: se houver displasia na biópsia 
 
Condutas 
1 – Sem displasia: acompanhamento com endoscopia (3 a 5 anos) 
2 – Indefinido para displasia: Otimizar terapia anti-refluxo, repetir endoscopia após 2 meses de tratamento 
2 – Displasia de baixo grau: acompanhamento com endoscopia (6 a 12 meses, terapia endoscópica 
ESÔFAGO DE BARRET 
 
Letícia Freitas 
3 – Displasia de alto grau (CA in situ?): Terapia endoscópica ou esofagectomia 
4 – Carcinoma in situ: esofagectomia 
 
Terapia endoscópica: ressecção da mucosa (na presença de nódulos ou irregularidades superficiais), ablação 
com ondas de radiofrequência (eliminar o restante do epitélio metaplásico) 
 
* Esofagectomia: remove toda a neoplasia epitelial e linfonodos regionais, tem maiores taxas de mortalidade 
e morbidade a longo prazo. 
*Bisfofonados orais: possível aumento do risco de câncer de esôfago, contraindicado em portadores de 
Esôfago de Barrett. 
 
Obs. Mesmo com maior risco de adenocarcinoma, esse risco não é suficientemente grande para indicar a 
abordagem intenvencionista em todos os casos! 90% dos pacientes não evoluirão com câncer (idosos, e 
tempo de instalação do AC ser relativamente longo) -> avaliar risco benefício! 
 
ESÔFAGO DE BARRET 
 
- Tipo escamoso (negros) 
- Predomina no sexo masculino, a partir dos 40 anos 
Carcinoma de células escamosas 
 
 Tipos histológicos 
 
1) Carcinoma Escamoso (epidermoide) +comum 
Derivado do epitélio estratificado não queratinizado (mucosa normal do esôfago) 
 
2) Adenocarcinoma 
Derivado do epitélio de Barrett – metaplasia intestinal que complica alguns pacientes com DRGE erosiva. 
Localizado no terço distal do esôfago 
 
 Fatores de risco 
 
CA escamoso 
Etilismo e tabagismo 
Bebidas muito quentes 
Fatores dietéticos – alimentos ricos em nitratos e nitrosaminas, deficiência de selênio, zinco, vitaminas 
Doenças esofágicas – Acalásia, Síndrome de Plummer-Vinson, Estenose cáustica 
Genética – Tilose palmar e plantar 
Outros – bulimia, infecções fúngicas crônicas, HPV, exposição a radição.. 
 
Adenocarcinoma 
Epitélio de Barrett secundário a forma erosiva da esofagite de refluxo 
Tabagismo e Obesidade 
Bisfosfonados orais 
 
 Manifestações clínicas 
 
Disfagia, que inicia para sólidos e evolui para líquidos 
Perda ponderal 
Podem ser inespecíficos, como dor retroesternal mal definida ou queixas de indigestão 
CÂNCER DE ESÔFAGO 
 
Letícia Freitas 
Lesões mais avançadas: halitose, tosse após ingestão de líquidos 
 
 Diagnóstico 
 
Esofagografia baritada + Endoscopia digestiva alta com biópsia 
 
Melhor exame para diagnóstico: Endoscopia 
Melhor exame para estadiamento: US endoscópica (mostra qual camada está sendo acometida) 
 
 Estadiamento TNM - Avalia prognóstico 
 
 Tratamento 
 
- Paliativo 
 
T4B (invasão de estruturas vitais) e N1 (metástase a distância) 
-Dilatadores esofágicos ou stents (permite reconstituição do trânsito alimentar por um período curto), 
radioterapia (alivia disfagia), terapia fotodinâmica 
 
 
- Curativo 
Indicação de cirurgia em qualquer outro tumor 
Técnica esofagectomia subtotal

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