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Psicologia Médica - Adoecimento e Hospitalização

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Adoecimento e Hospitalização 
Luccas Guerrier – 103 
 
• Adoecimento 
- A doença pode ser entendida como uma ruptura da linha de continuidade da vida, da 
interrupção temporária ou definitiva ,dos sonhos e de alguma previsibilidade que 
guardamos sobre o dia de amanhã. 
- A doença impede o indivíduo de trabalhar, de divertir, tira-o do convívio familiar e 
dos amigos, isola-o. Cada um vive a sua dor; por mais que os outros se esforcem para 
compreende-lo, ninguém sentirá o que ele sente. A experiência de estar doente é 
sentida de uma forma sempre única, pela pessoa. 
Não é só a dor que a doença traz que incomoda, é algo mais subjetivo; é a dor de 
saber-se doente, de perder a condição de sadio. Em muitos casos, a não-elaboração do 
luto pela perda da saúde leva o indivíduo para a cronicidade. 
- Cada um vive a sua dor; a experiência do adoecer é sempre única, vivenciada pelo 
sujeito. 
- Descoberta da doença: momento de crise. 
- Suspensão de uma certa estabilidade na vida do sujeito. 
- A doença transforma o homem de sujeito de intenção em sujeito de atenção. 
Fiz um trato com meu corpo. Nunca fique doente. Quando você quiser morrer eu 
deixo” (Leminski) 
 
• Hospitalização 
- A vivência da perda da condição de sadio, a convivência com a doença e a 
possibilidade da hospitalização comprometem psiquicamente qualquer sujeito, mesmo 
que em maior ou menor intensidade. 
- “Quando fui admitido no hospital, senti que estava perdendo o controle sobre a 
minha vida.” 
- Hospital: geralmente não é visto como um lugar muito hospitaleiro. 
- Isso se dá porque o bem-estar psicológico do paciente ainda é pouco considerado no 
atendimento da saúde moderna. 
- O excesso da valorização dos insumos tecnológicos relacionados aos avanços 
científicos da área biomédica tem contribuído para dessubjetivação das práticas de 
saúde e dos atores envolvidos nesse cenário. 
- Os pacientes, ao entrarem no hospital se sentem absorvidos por aquilo que Goffman 
descreveu como instituição total (que assume o controle de praticamente todos os 
aspectos da vida). 
- Espera-se que os pacientes permaneçam passivos, cooperativos e não se envolvam. 
- Despersonalização 
- Estigma de doente (sinal que a sociedade utiliza para discriminar o indivíduo que 
apresenta determinadas características). 
- Importante ressaltar que todo esse processo de perda pode deixar o paciente muito 
fragilizado. 
- Qualquer pequeno evento estressor que aconteça pode significar um sofrimento 
imenso. 
No caso de pacientes hospitalizados é necessário considerar não só o adoecer mas também a 
internação como um fator que provoca emoções e sentimentos dolorosos (Nigro, 2004). 
 
• Estresse psicológico a que está submetido o paciente 
hospitalizado 
- Ameaça básica a integridade narcísica: 
➢ São atingidas as fantasias onipotentes de imortalidade, de controle sobre o 
próprio destino e de um corpo indestrutível. Fantasias mórbidas podem 
aparecer dando sensação de pânico e impotência. (Botega, 2006) 
- Ansiedade da separação: 
➢ Separação da vida cotidiana, da família, dos objetos pessoais e estilo de vida. 
(Botega, 2006) 
- Medo de estranhos: 
➢ Entregar à vida a pessoas desconhecidas, sem saber de condição técnica e 
humana de cada um deles. (Botega, 2006) 
- Culpa e medo de retaliação: 
➢ Fantasias em relação à doença como um castigo por algum erro ou fracasso (Botega, 
2006) 
 
- Medo da perda de controle: 
➢ Desde o controle do momento vivenciado como também da perda da fala, dos 
movimentos. (Botega, 2006) 
 
- Perda de amor e aprovação: 
➢ Preocupação com as mudanças de papéis, prejudicando a auto-estima devido à 
dependência, aumento de despesas. (Botega, 2006)