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Fitoterapia e sistema urinário

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1 
Curso de Fitoterapia Aplicada 
Capítulo 5. Sistema urinário e Sistema reprodutor masculino 
Índice 
Índice ................................................................................................................ 1	
Introdução......................................................................................................... 1	
Phyllanthus niruri .............................................................................................. 2	
Equisetum hyemale .......................................................................................... 4	
Echinodorus grandiflorus .................................................................................. 6	
Costus spiralis .................................................................................................. 9	
Persea americana .......................................................................................... 11	
Schinus terebinthifolius ................................................................................... 13	
Vaccinium macrocarpon ................................................................................. 15	
Arctostaphylos uva-ursi .................................................................................. 16	
Serenoa repens .............................................................................................. 18	
Tribulus terrestris ............................................................................................ 20	
Referências .................................................................................................... 22	
 
Introdução 
Os fitoterápicos que atuam no sistema urinário, em geral, são originários de 
plantas que vivem em ambientes ricos em água: nas margens dos riachos e 
córregos, ou em regiões alagadas. Possuem grande quantidade de minerais e 
substâncias diuréticas. Algumas dessas plantas possuem compostos que 
solubilizam os cristais que formam os cálculos urinários, podendo também ser 
analgésicas e antissépticas urinárias. 
As plantas com atividade no sistema reprodutor masculino podem apresentar 
duas propriedades antagônicas principais: androgênica e anti-androgênica. 
Muitas das informações contidas neste capítulo são extraídas do Manual 
prático de multiplicação e colheita de plantas medicinais (Pereira et al., 2010) e do 
Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza (Pereira et al., 2014). 
Farmácia da Natureza 
 2 
Phyllanthus niruri 
 
ESPÉCIE: Phyllanthus niruri L. 
SINONÍMIA BOTÂNICA: Diasperus niruri (L.) Kuntze, Niruris annua (L.) Raf, 
Nymphanthus niruri (L.) Lour, Phyllanthus asperulatus Hutch, Phyllanthus filiformis 
Pavon ex Baillon, Phyllanthus lathyroides Kunth, Phyllanthus microphyllus Mart. 
FAMÍLIA: Phyllanthaceae. 
NOMES REGIONAIS: Quebra-pedra. 
HISTÓRICO: 
O nome Phyllanthus significa flor na folha. A planta quebra-pedra tem sido 
usada há mais de mil anos na Índia e em outros lugares do mundo para o tratamento 
da hepatite. 
PARTE UTILIZADA: Planta toda. 
CONSTITUINTES QUÍMICOS: 
Nas sementes: 
• Ácidos graxos: linoleico, linolênico e ricinolênico; 
Nas folhas: 
• Alcaloides: filantinamida, filantina, filantol, norsecurina, 4-metoxi-nor- 
securina, entnorsecurinina, nirurina, flantine e filocrisina; 
• Compostos fenólicos: ácido gálico, (-)-epicatequina, (+)-galocatequina, (-)- 
epigalocatequina, (-)-epicatequina-3-O-galate e (-)-epigalocatequina- 3-O- 
galate; 
• Triterpenos; 
• Lignanas: lintetralina, nirurina, nirurinetina, filnirurina, isolintetralina, 
hipofilantina, kinokinina, nitrantina, nitretalina, filantina, isolariciresinoltri-metil 
éter, nirantina, seco-4-hidroxilintetralina, hidroxinirantina, nirfilina, nirtetralina, 
filtetralina, filtetrina e hidroxilignanos; 
• Flavonoides: astragalina, quercitina, quercitrina, rutina, isoquercitrina, 
kaempferol-4-0-L-ramnosídeo, nirurim, ninurinetim, fisetina-41-0-D- 
glucosídeo, eriodictiol-7-L-ramnosídeo; 
Farmácia da Natureza 
 3 
• Óleos essenciais: limoneno, cineol, cimol e linalol; 
• Esteroides: campesterol, estigmasterol e beta-sitosterol; 
• Outros: triacontanol, triacontanal, filantina, hipofilantina; vitaminas (A, C); 
saponinas, ácidos graxos (ácido ricinoléico, dotriancontanóico, linoléico e 
linolênico), dibenzilbutirolactona, gelato de metila e de etila e polissacarídeos 
(arabinogalactana); 
Nas raízes: 
• Triterpenos, esteroides, gloquidiol e gloquinodol. 
• Obs: A espécie Phyllanthus niruri produz taninos hidrolisáveis (corilagina) e 
outras espécies como P. tenellus e P. amarus apresentam taninos 
condensados. 
TROPISMO: Sistema urinário. 
PRINCIPAIS INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Calculose renal e edemas por 
retenção hídrica. 
AÇÕES TERAPÊUTICAS: 
• Geral: analgésica, antiespasmódica, miorrelaxante, antitérmica, antioxidante, 
antibacteriana, cicatrizante, anti-inflamatória e antiviral. 
• Metabolismo: uricosúrica. 
• Sistema circulatório: hipotensora suave. 
• Sistema digestório: antiviral (hepatite B), hepatoprotetora e antidiarreica. 
• Sistema endócrino: hipoglicemiante suave. 
• Sistema urinário: diurética, litolítica, analgésica e antiespasmódica nos 
casos de cólica renal. 
COMENTÁRIOS: 
Um artigo de revisão mostrou que esta planta interfere em diversos estágios 
da formação de cálculos renais, reduzindo a agregação dos cristais, modificando a 
estrutura e a composição, bem como alterando a interação dos cristais com as 
células tubulares, levando a redução da endocitose. Os benefícios clínicos da planta 
podem estar relacionados ao relaxamento do ureter, o que auxilia a eliminação de 
cálculos ou fragmentos pós-litotripsia, ou ainda a uma redução da excreção de 
promotores da cristalização, como o cálcio. Nenhum evento adverso renal, 
cardiovascular, neurológico ou tóxico foi detectado nos estudos consultados. Os 
autores concluíram que a planta pode ser usada como preventiva da formação de 
cálculos renais (Boim, Heilberg e Schor, 2010). 
Em um estudo clínico, envolvendo 69 pacientes com tendência à formação de 
cálculos renais, comparou o uso de droga vegetal de P. niruri com placebo. O estudo 
mostrou que a planta levou a redução significativa do cálcio urinário em pacientes 
que tinham hipercalciúria (Nishiura et al., 2004). 
Em outro estudo clínico, 150 pacientes com litíase renal (pedras > 25 mm, de 
oxalato de cálcio), que receberam 1 a 3 sessões de litotripsia, receberam um extrato 
comercial de P. niruri (Uriston) por pelo menos 3 meses, ou nenhum tratamento. 
Após 180 dias de seguimento, a proporção de pacientes totalmente livres de 
cálculos era significativamente maior nos pacientes que receberam o extrato de P. 
niruri, especialmente nos casos de cálculos caliciais baixos. Não foram registrados 
efeitos colaterais. Os autores concluíram que a administração do extrato de P. niruri 
levou a maior proporção de pacientes sem cálculos 180 dias após litotripsia (Micali et 
al., 2006). 
MODO DE USAR: 
Farmácia da Natureza 
 4 
• Tintura – Uso oral: 1–3 mL, 3 x/dia (BRASIL, 2018); ou 1–3 gotas/kg/dia, em 
2–3 x/dia (Pereira et al., 2014). 
o Uso pediátrico: 1–3 gotas/kg/dia, em 2–3 x/dia (Pereira et al., 2014). 
• Infusão – Uso oral: 3,0 g em 150 mL, 2–3 x/dia (BRASIL, 2011); ou 0,5 g em 
150 mL, 3–6 x/dia (Pereira et al., 2017). 
o Uso pediátrico: 5 mL/kg/dia, em 2–3 x/dia (Pereira et al., 2017). 
ADVERTÊNCIAS: 
Suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Não é recomendado 
para gestantes e lactantes. Não deve ser associado a vimblastina. 
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: 
Interage positivamente com plantas de forte tropismo renal: cavalinha 
(Equisetum arvensis), chapéu de couro (Echinodorus grandiflorus), cana do brejo 
(Costus spicatus), conta de lágrima (Coix lacryma-jobi), cabelo de milho (Zea may) e 
abacateiro (Persea gratissima). 
EFEITOS COLATERAIS E TOXICIDADE: 
Pode provocar diarreia em doses mais elevadas (efeito purgativo). Em geral 
apresenta baixa toxicidade aguda e crônica em animais. Não usar em doses mais 
elevadas por mais de 3 meses ininterruptos,devendo-se dar um intervalo terapêutico 
de 15 dias após este tempo (as folhas contém doses mínimas de alcaloides 
pirrolizidínicos). 
Equisetum hyemale 
 
ESPÉCIE: Equisetum hyemale L. 
SINONÍMIA BOTÂNICA: Equisetum praealtum Raf, Hippochaete hyemalis (L.) Milde 
ex Bruhin. 
FAMÍLIA: Equisetaceae. 
NOMES REGIONAIS: Cavalinha. 
HISTÓRICO: 
Farmácia da Natureza 
 5 
Originária dos Estados Unidos e Canadá o nome deriva do latim "equi" = 
cavalo e "setum" = cauda. É usada desde a antiguidade como planta medicinal, 
principalmente para hemorragias em geral, e já foi muito utilizada para tratamento de 
fístulas, tuberculose e calculose urinária. Ocorre espontaneamente em áreas 
alagadas de quase todo Brasil. 
Há uma espécie da mesma família, que pode ser usada indistintamente na 
produção do fitoterápico: Equisetum arvense L. 
PARTE UTILIZADA: Partes aéreas (exceto as inflorescências). 
CONSTITUINTES QUÍMICOS: 
• Rica em ácido silícico (10%) – hidrossolúvel; 
• Compostos minerais (2 a 3%): Ca, Mg, Na, Mn, F, S, K, Cl, P e Si; 
• Flavonoides: luteolina, isoquercetina, equisetrina, canferol, galuteolina, 
apigenina, quercetina e campferol; 
• Ácidos graxos: oleico, linoleico, linolênico e esteárico; 
• Alcaloides piridínicos: palustrina, nicotina, palustrinina, metosapiridina; 
• Ácidos orgânicos: gálico, málico e oxálico; 
• Derivados do ácido clorogênico: tartárico e cafeico; 
• Saponinas (2-3%): equisetonina e equisetogenina; 
• Outros: Óleos essenciais, taninos, vitaminas, substâncias amargas, fitosterois 
(beta-sitosterol, campestrol, isofucosterol), dimetilsulfona, tiaminases, 
lignanas e petrosinos (onitina e onitin-9-O-glucosideo). 
TROPISMO: Sistema urinário. 
PRINCIPAIS INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Edemas por retenção de líquidos, 
deficiências de minerais e oligoelementos e enurese noturna (em diluição 
decimal – D5). 
AÇÕES TERAPÊUTICAS: 
• Geral: remineralizante, principalmente em função da presença de silício 
solúvel, hemostática e desintoxicante. 
• Pele e anexos: cicatrizante, anti-acne, antifúngica e venotônica. 
• Sistema circulatório: hipotensora suave, diurética e reguladora do tônus e 
elasticidade dos vasos sanguíneos. 
• Sistema endócrino: hipoglicemiante. 
• Sistema locomotor: remineralizante, analgésica, anti-inflamatória, 
estimulante da osteogênese e da consolidação de fraturas ósseas. 
• Sistema reprodutor: reguladora menstrual. 
• Sistema respiratório: sudorífica. 
• Sistema urinário: diurética (tipo natriurética), melhora o controle da diurese 
na incontinência urinária (enurese), anti-inflamatória da próstata, analgésica e 
antisséptica. 
COMENTÁRIOS: 
A atividade diurética desta planta já foi comprovada em voluntários saudáveis 
(Lemus et al., 1996). 
MODO DE USAR: 
• Tintura (1:4-5) em solução hidroetanólica a 31,5% (p/p) – Uso oral: 0,7 mL, 
3 x/dia (BRASIL, 2018); ou 20 gotas, 3–4 x/dia (BRASIL, 2016). 
• Tintura (1:5) em solução hidroetanólica a 96% (v/v) – Uso oral: 30–40 
gotas, 3–4 x/dia (BRASIL, 2016). 
• Tintura a 10% – Uso oral: 1–3 gotas/kg/dia, em 2–3 x/dia (Pereira et al., 
2014). 
Farmácia da Natureza 
 6 
• Infusão – Uso oral: 2–3 g em 250 mL, 3–4 x/dia (BRASIL, 2016); ou 0,5 g em 
150 mL, 3–6 x/dia (Pereira et al., 2017). 
• Droga vegetal rasurada – Uso oral: 570 mg, 3–4 x/dia (BRASIL, 2016). 
• Extrato seco (4-7:1) com extração aquosa – Uso oral: 370 mg, 3 x/dia 
(BRASIL, 2018); ou 185–370 mg, 3–4 x/dia (BRASIL, 2016). 
• Extrato seco (7,5-10,5:1) com extração hidroetanólica a 70% (v/v) – Uso 
oral: 200–225 mg, 3–4 x/dia (BRASIL, 2016, 2018). 
ADVERTÊNCIAS: 
Suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Não é recomendado 
para gestantes e lactantes. Contraindicado em pessoas em uso de diuréticos e 
antiarrítmicos. 
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: 
Não há dados na literatura. 
EFEITOS COLATERAIS E TOXICIDADE: 
Evitar uso prolongado (mais que 60 dias contínuos), pois pode provocar 
deficiência de tiamina (vitamina B1), por ação da tiaminase. Não se recomenda o 
uso das inflorescências (toxicidade relativa). Quadros de intoxicação podem 
predispor a ocorrência de ataxia, fraqueza muscular, dermatite seborreica, perda de 
peso (pela ação da nicotina), e o uso crônico pode provocar cefaleias, anorexia e 
disfagia. Os primeiros estudos sobre a toxicidade da cavalinha foram realizados em 
animais como cavalo e outras espécies domésticas, observando-se em princípio 
perda de coordenação, ataxia, perda de peso, pulso lento e hipotermia. O FDA, 
considera o uso da planta seguro. 
Echinodorus grandiflorus 
 
ESPÉCIE: Echinodorus grandiflorus (Cham. & Schltdl.) Micheli 
DENOMINAÇÃO ATUAL: Echinodorus ellipticus var. ovatus Micheli 
SINONÍMIA BOTÂNICA: Alisma floribundum Seub, Alisma grandiflorum Cham. & 
Schltdl, Echinodorus argentinensis Rataj, Echinodorus floribundus (Seub.) 
Seub, Echinodorus grandiflorus var. aureus Fassett, Echinodorus longiscapus 
Arechav, Echinodorus muricatus Griseb, Echinodorus sellowianus Buchenau. 
Farmácia da Natureza 
 7 
FAMÍLIA: Alismataceae. 
NOMES REGIONAIS: Chapéu-de-couro. 
HISTÓRICO: 
Planta nativa do Brasil, é muito frequente nas regiões de várzeas, litorâneas, 
no pantanal e em lagos de águas pouco profundas. As folhas maiores, dobradas nas 
pontas lembram um chapéu, daí seu nome chapéu-de-couro. É cultivada como 
ornamental em lagos de parques e jardins. Esta espécie está inscrita em todas as 
edições da Farmacopeia Brasileira. 
PARTE UTILIZADA: Folhas. 
CONSTITUINTES QUÍMICOS: 
• Flavonoides: isoorientina, swertisina e isovotexina; 
• Óleos essenciais e terpenóides: diidroedulano, trans-cariofileno, a-humuleno, 
nerolidol, oxido de cariofileno, bisabolano, driminol e ácido hardwickico; 
• Diterpenos: echinodol, fitol, ácido echinólico; echinofilina A-F, chapecoderina 
A e B, clerodano, cembrano e labdano; 
• Heterosídeos cardiotônicos: echinodorosídeo; 
• Outros: resinas; sais minerais (principalmente iodo, potássio, cálcio, sódio); 
taninos; saponinas; cumarinas; ácidos linoleico, dodecanóico e echinóico; 
derivados clerodânicos, esteroidais e ácidos graxos. 
• A maior produção de flavonoides e arilpropanoides foi verificada quando a 
planta é cultivada sob luz plena no período da primavera. 
TROPISMO: Sistema urinário. 
PRINCIPAIS INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Afecções urinárias e intoxicações em 
geral. 
AÇÕES TERAPÊUTICAS: 
• Geral: desintoxicante, anti-inflamatória, analgésica, tônica, antitérmica e 
antiofídica. 
• Metabolismo: hipouricemiante. 
• Pele e anexos: desintoxicante, anti-inflamatória, cicatrizante, fungicida, 
antisséptica e antialérgica. 
• Sistema cardiocirculatório: hipolipemiante, hipotensora suave e 
cardiotônica (inotrópica positiva). 
• Sistema osteoarticular: hipouricemiante, anti-inflamatória e analgésica. 
• Sistema reprodutor: melhora as ondas de calor da menopausa. 
• Sistema urinário: diurética, antisséptica e analgésica das vias urinárias. 
COMENTÁRIOS: 
A ação anti-hipertensiva do extrato etanólico bruto de E. grandiflorus foi 
investigada em ratos hipertensos. A injeção intraperitoneal ou intravenosa de doses 
crescentes do extrato resultou em redução dose-dependente da pressão arterial 
média (PAM), acompanhadas de redução no débito cardíaco e na resistência 
vascular sistêmica. Os efeitos puderam ser reduzidos pelo bloqueio da síntese de 
óxido nítrico, revelando o provável mecanismo de ação. Além disso, os efeitos 
também foram inibidos pelo antagonismo muscarínico. A administração crônica do 
extrato por via oral mostrou resultados semelhantes às drogas de referência no 
tratamento da hipertensão arterial. Os autores concluem que este extrato pode ser 
usado no tratamento oral crônico da hipertensão arterial (Lessa et al., 2008). 
Os efeitos vasculares do extrato aquoso de E. grandiflorus foram investigados 
em modelo experimental in vitro de aorta e rins de coelhos. A injeção do extrato na 
circulação renal de coelhos, que estava contraída pela norepinefrina, resultou em 
Farmácia da Natureza 
 8 
vasodilatação dose-dependentesignificativa, semelhante à obtida com acetilcolina. 
Os efeitos foram semelhantes em tecido aórtico. O mecanismo provável de ação 
envolve inibição da via NO-GMPc, mas não os receptores muscarínicos. Os autores 
concluíram que o extrato leva a vasodilatação dependente do endotélio (Tibiriçá et 
al., 2007). 
MODO DE USAR: 
• Tintura – Uso oral: 1–2 gotas/kg/dia, em 3 x/dia (Pereira et al., 2014). 
o Uso pediátrico: 1–2 gotas/kg/dia, em 3 x/dia (Pereira et al., 2014). 
• Infusão – Uso oral: 1 g em 150 mL, 3 x/dia (BRASIL, 2011); ou 0,5 g em 150 
mL, 3–6 x/dia (Pereira et al., 2017). 
o Uso pediátrico: 5 mL/kg/dia, em 2–3 x/dia (Pereira et al., 2017). 
ADVERTÊNCIAS: 
Suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Não é recomendado 
para gestantes e lactantes. 
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: 
Não há dados na literatura. Pode potencializar a ação de medicamentos anti-
hipertensivos. 
EFEITOS COLATERAIS E TOXICIDADE: 
Evitar o uso em gestantes e lactantes por falta de estudos que garantam a 
segurança. O extrato de chapéu-de-couro apresenta dependendo da concentração, 
a propriedade angiogênica ou antiangiogênica. Evitar em crianças abaixo de 3 anos 
de idade. O uso prolongado em doses elevadas pode causar aumento da excreção 
de potássio e cálcio. Dosagem elevada também pode provocar diarreia. 
Farmácia da Natureza 
 9 
Costus spiralis 
 
ESPÉCIE: Costus spiralis (Jacq.) Roscoe 
SINONÍMIA BOTÂNICA: Costus spiralis var. hirsutus Petersen, Costus spiralis var. 
jacquinii Griseb, Costus spiralis var. pisonis Griseb, Costus spiralis var. 
roscoei Griseb, Costus spiralis var. spiralis. 
FAMÍLIA: Costaceae. 
NOMES REGIONAIS: Cana do brejo e cana-de-macaco. 
HISTÓRICO: 
Foi uma planta utilizada para extração de fibras na época do Brasil colonial. 
Os rizomas são utilizados na preparação de refrescos, apresentam sabor levemente 
ácido e aroma semelhante ao da violeta (Viola odorata). Tradicionalmente o chá das 
folhas, hastes e rizomas são empregados, por povos que habitam a Floresta 
Amazônica e Mata Atlântica, como depurativo, diurético e para alívio de infecções 
urinárias, incluindo cálculo renal. 
PARTE UTILIZADA: Folhas. 
CONSTITUINTES QUÍMICOS: 
• Inulina; 
• Ácido oxálico; 
• Saponinas: diosgenina, esteroidal (3-beta,22 alfa)-26-(beta-D-
glicopiranosiloxi)-2-methoxifurost-5-en-3-ilO-D-apio-beta-D-furanosil-(1-->2)-
O-[6-deoxi-alfa-L-mannopiranosil-beta-D-Glucopiranosideo (1); (3 beta,22 
alfa)-espirostana-3-il-O-D-apio-ß-D-furanosil-O-[6-deoxi-a-L-mannopiranosil-
(1-4) ß-D glicopiranosideo; flavonol diglicosideo, tamarixe- tina 3-O-
Farmácia da Natureza 
 10 
neohesperidosideo, kaempferideo 3-O-neohesperidosideo e quercetina 3-O-
neohesperidosideo; 
• Outros: mucilagens, pectinas, sitosterol e taninos. 
TROPISMO: Sistema urinário. 
PRINCIPAIS INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Infecções urinárias e retenções 
hídricas. 
AÇÕES TERAPÊUTICAS: 
• Geral: desintoxicante. 
• Pele e anexos: cicatrizante. 
• Sistema cardio-circulatório: anti-hipertensiva. 
• Sistema digestório: antidiarreica. 
• Sistema reprodutor: emenagoga. 
• Sistema respiratório: expectorante. 
• Sistema urinário: diurética, litolítica e antisséptica. 
COMENTÁRIOS: 
A atividade anti-urolitiásica do extrato aquoso de C. spiralis foi testada na 
formação de cálculos de oxalato de cálcio em ratos. O tratamento oral com o extrato 
aquoso reduziu, após 4 semanas, o crescimento dos cálculos, sem prevenir a 
hipertrofia da musculatura vesical. Os resultados confirmaram a atividade anti-
utolitiásica, que parece não ter relação com efeito diurético ou anticolinérgico (Araújo 
Viel et al., 1999). 
MODO DE USAR: 
• Tintura – Uso oral: 1–2 gotas/kg/dia, em 3 x/dia, diluídas em água (Pereira et 
al., 2014). 
ADVERTÊNCIAS: 
Suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Não é recomendado 
para gestantes e lactantes. 
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: 
Não há dados na literatura. 
EFEITOS COLATERAIS E TOXICIDADE: 
Como possui elevado teor de ácido oxálico, deve-se evitar uso prolongado em 
pessoas predispostas à formação de calculose renal por oxalato de cálcio. Evitar o 
uso na gravidez e lactação. Apesar de seu efeito diurético pronunciado no início do 
tratamento, este efeito diminui progressivamente com o tempo de uso, desse modo é 
útil estabelecer intervalos de 7 dias a cada 15 dias de uso para evitar este 
inconveniente. 
Farmácia da Natureza 
 11 
Persea americana 
 
ESPÉCIE: Persea americana Mill. 
SINONÍMIA BOTÂNICA: Laurus persea L., Persea americana var. americana, 
Persea americana var. angustifolia Miranda, Persea americana var. drimyfolia 
(Cham. & Schltdl.) S.F.Blake, Persea americana var. floccosa (Mez) Scora, 
Persea americana var. nubigena (L.O.Williams) L.E.Kopp, Persea drimyfolia 
Cham. & Schltdl, Persea floccosa Mez, Persea gigantea L.O.Williams, Persea 
gratissima C.F.Gaertn, Persea gratissima var. drimyfolia (Cham. & Schltdl.) 
Mez, Persea gratissima var. macrophylla Meisn, Persea gratissima var. 
melanocarpa Phil, Persea gratissima var. oblonga Meisn, Persea gratissima 
var. praecox Nees, Persea gratissima var. vulgaris Meisn, Persea leiogyna 
S.F. Blake, Persea nubigena L.O.Williams, Persea nubigena var. 
guatemalensis L.O.Williams, Persea paucitriplinervia Lundell, Persea 
steyermarkii C.K.Allen. 
FAMÍLIA: Lauraceae. 
NOMES REGIONAIS: Abacateiro. 
HISTÓRICO: 
É nativa da América Central e do México. Além do seu valor nutritivo a Persea 
americana é amplamente utilizada na Medicina Ayurvedica para o tratamento de 
várias doenças, tais como hipertensão, dor de estômago, bronquite, diarreia, e 
diabetes. Pesquisas têm evidenciado que seu extrato aquoso tem atividade 
analgésica e anti-inflamatória comparável ao ácido acetilsalicílico. 
PARTE UTILIZADA: Sementes ou folhas. 
CONSTITUINTES QUÍMICOS: 
• Flavonoides (quercetina) 
• Esterois (sitosterol) 
Farmácia da Natureza 
 12 
• Perseitol (ação diurética) 
• Óleos essenciais 
• Vitaminas e minerais 
• Taninos e mucilagens 
• Ácidos (málico, acético) 
TROPISMO: Sistema imunológico e urinário. 
PRINCIPAIS INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Processos inflamatórios com dor 
(sementes), edemas por retenção de líquidos (folhas). 
AÇÕES TERAPÊUTICAS: 
Folhas: 
• Geral: desintoxicante, antisséptica e diurética. 
• Sistema circulatório: hipotensora suave e vasodilatadora. 
• Sistema endócrino: hipoglicemiante. 
• Sistema urinário: diurética, antisséptica e uricosúrica. 
Sementes: 
• Geral: analgésica, anti-inflamatória e antisséptica. 
• Sistema circulatório: hipolipemiante. 
• Sistema osteoarticular: anti-inflamatória e analgésica. 
COMENTÁRIOS: 
Em um modelo experimental de diabetes mellitus em ratos, o extrato etanólico 
(tintura) das folhas da P. americana foi estudado com relação aos efeitos no 
metabolismo e na função renal. A administração do extrato levou a um efeito 
hipoglicemiante dose-dependente. A administração aguda levou a redução do fluxo 
urinário e da excreção de eletrólitos, enquanto o tratamento mais prolongado 
(subcrônico) levou a redução da creatinina e da ureia plasmáticas (Gondwe et al., 
2008). 
MODO DE USAR: 
• Infusão (folhas) – Uso oral: 0,5 g em 150 mL, 3–6 x/dia (Pereira et al., 2017). 
• Tintura a 10% (folhas) – Uso oral: 1–3 gotas/kg/dia, em 2–3 x/dia (Pereira et 
al., 2014). 
• Creme e pomada (sementes) – Uso externo: aplicar na área afetada, 2–3 
x/dia (Pereira et al., 2014). 
ADVERTÊNCIAS: 
Suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Não é recomendado 
para gestantes e lactantes. 
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: 
Não há dados na literatura. 
EFEITOS COLATERAIS E TOXICIDADE: 
Não há dados na literatura. 
Farmácia da Natureza 
 13 
Schinus terebinthifolius 
 
ESPÉCIE: Schinus terebinthifolius Raddi 
SINONÍMIA BOTÂNICA: Schinus terebinthifolia var. damaziana Beauverd. 
FAMÍLIA: Anacardiaceae. 
NOMES REGIONAIS: Aroeira da praia, aroeira do sertão. 
HISTÓRICO: 
Árvore nativa da América do Sul, é usada em culinária, recebendo na França 
o nome de poivre rose, um tipo de pimenta doce,no Brasil chamada de pimenta 
rosa. Usada em medicina popular no tratamento da artrite, febres, ferimentos e 
reumatismos. Ávila registra os seguinte usos etnofarmacológicos: anti-inflamatória, 
antiespasmódica, tônica, vulnerária, diurética, antileucorreica, emenagoga, 
adstringente, cicatrizante, balsâmica e bactericida. Com a resina azulada da casca 
os jesuítas preparavam o “bálsamo das missões” de uso corrente entre a população 
cabocla. 
PARTE UTILIZADA: Entrecasca. 
CONSTITUINTES QUÍMICOS: 
• Bauerenona 
• α-amyrina 
• α-amyrenona 
• Ácido gálico 
• Agathisflavona 
• Luteolina. 
TROPISMO: Sistema imunológico e urinário. 
PRINCIPAIS INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Processos inflamatórios com dor, 
febre e infecções bacterianas em geral. 
AÇÕES TERAPÊUTICAS: 
Farmácia da Natureza 
 14 
• Geral: anti-inflamatória, cicatrizante, 
• Boca: anti-inflamatória e antisséptica. 
• Pele e Anexos: cicatrizante e anti-inflamatória. 
• Sistema digestório: anti-inflamatória. 
• Sistema respiratório: anti-inflamatória. 
• Sistema urinário: antisséptica. 
COMENTÁRIOS: 
Um extrato para uso vaginal da espécie S. terebinthifolius foi comparado com 
metronidazol para o tratamento da vaginose bacteriana, usado ao deitar-se por 7 
noites, por 277 mulheres com idade entre 18 e 40 anos. A porcentagem de cura total 
foi de 12% nas mulheres tratadas com o extrato, e de 56% nas mulheres tratadas 
com metronidazol. Em conclusão, a porcentagem de cura da vaginose bacteriana 
usando o gel de S. terebinthifolius foi mais baixa do que a do gel de metronidazol, 
sem causar efeitos colaterais graves (Leite et al., 2011). 
Para avaliar a atividade antifúngica da tintura de S. terebinthifolius, 
pesquisadores determinaram a concentração inibitória mínima (MIC) e a 
concentração fungicida mínima (MFC) contra Candida albicans, comparando com 
nistatina. A MIC foi 312,5 µg/mL e a MFC foi de 2500 µg/mL. Além disto, a tintura foi 
capaz de reduzir significativamente o número de unidades formadoras de colônia 
(UFC) do fungo. A planta age possivelmente na parede celular. Os autores 
concluíram que a planta apresentou atividade antifúngica contra C. albicans, 
inibindo, provavelmente, a formação da parede celular fúngica (Alves et al., 2013). 
MODO DE USAR: 
• Decocção – Uso externo: 1 g em 150 mL, fazer banho de assento 3–4 x/dia. 
ADVERTÊNCIAS: 
Suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Não é recomendado 
para gestantes e lactantes. 
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: 
Não há dados na literatura. 
EFEITOS COLATERAIS E TOXICIDADE: 
Não há dados na literatura. 
Farmácia da Natureza 
 15 
Vaccinium macrocarpon 
 
ESPÉCIE: Vaccinium macrocarpon Aiton 
SINONÍMIA BOTÂNICA: Oxycoca macrocarpa (Aiton) Raf., Oxycoccus macrocarpus 
(Aiton) Pers., Oxycoccus palustris var. macrocarpos (Aiton) Pers., Schollera 
macrocarpa (Aiton) Steud., Schollera macrocarpos (Aiton) Britton. 
FAMÍLIA: Ericaceae. 
NOMES REGIONAIS: cranberry ou oxicoco. 
HISTÓRICO: 
Ocorre na América do Norte, onde é muito utilizada para fins alimentares, na 
preparação de sucos, doces, geleias e molhos. São uma importante fonte de 
compostos fitoquímicos, especialmente polifenois, objeto de extensa pesquisa 
médica. 
PARTE UTILIZADA: Frutos. 
CONSTITUINTES QUÍMICOS: 
• Polifenois antioxidantes 
• Flavonoides 
• Proantocianidinas 
• Catequinas 
• Triterpenos 
• Taninos 
TROPISMO: Sistema urinário. 
PRINCIPAIS INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Prevenção e tratamento de infecções 
urinárias bacterianas. 
AÇÕES TERAPÊUTICAS: 
• Geral: anti-inflamatória (flavonoides) e antisséptica. 
• Sistema urinário: antisséptica. 
Farmácia da Natureza 
 16 
COMENTÁRIOS: 
Em uma meta-análise de 10 estudos envolvendo 1494 sujeitos, o risco 
relativo (RR) de adquirir uma infecção urinária foi de 0,62 (IC 95% 0,49–0,80) para 
os que usaram cranberry. Além disto, o medicamento foi mais eficaz em subgrupos 
de pacientes: mulheres com infecções urinárias de repetição, mulheres em geral, 
crianças, pessoas que usaram o suco da cranberry, e pessoas que usaram o 
medicamento mais de duas vezes por dia. Os autores concluíram que produtos 
contendo cranberry estão associados com efeito protetor contra infecção urinária, 
apesar de haver heterogeneidade entre os trabalhos (Wang et al., 2012). 
MODO DE USAR: 
• Suco – Uso oral: 960 mL/dia (Saad et al., 2016). 
• Extrato seco padronizado em 25% de antocianidinas – Uso oral: 50–160 
mg/dia (Saad et al., 2016). 
• Extrato seco do fruto fresco – Uso oral: 400 mg, 2 x/dia (BRASIL, 2018). 
ADVERTÊNCIAS: 
Suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Não é recomendado 
para gestantes e lactantes. 
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: 
Não há dados na literatura. 
EFEITOS COLATERAIS E TOXICIDADE: 
Contraindicada em pacientes com alergia a aspirina, gastrite atrófica, diabetes 
(se for suco adoçado), hipocloridria e urolitíase. Interage com varfarina, 
bloqueadores H2 e inibidores de bomba de próton. 
Arctostaphylos uva-ursi 
 
ESPÉCIE: Arctostaphylos uva-ursi (L.) Spreng. 
Farmácia da Natureza 
 17 
SINONÍMIA BOTÂNICA: Arbutus buxifolia Stokes, Arbutus officinalis Boiss., Arbutus 
procumbens Salisb., Arbutus uva-ursi L., Arctostaphylos adenotricha (Fernald 
& J.F.Macbr.) Á.Löve, D.Löve & B.M.Kapoor, Arctostaphylos angustifolia 
Payot, Arctostaphylos officinalis Wimm. & Grab., Arctostaphylos procumbens 
Patze, E.Mey. & Elkan, Daphnidostaphylis fendleri Klotzsch, 
Daphnidostaphylis fendleriana Klotzsch, Mairrania uva-ursi (L.) Desv., Uva-
ursi buxifolia (Stokes) Gray, Uva-ursi procumbens Moench. 
FAMÍLIA: Ericaceae. 
NOMES REGIONAIS: Uva-de-urso. 
HISTÓRICO: 
Planta originária do círculo polar ártico, em todos os continentes do hemisfério 
norte. Ela é historicamente usada para fins medicinais. A planta contém o glicosídeo 
arbutina, que possui propriedades antimicrobianas e age como um diurético leve. É 
muito usada para sintomas do trato urinário, incluindo cistites e urolitíase. 
PARTE UTILIZADA: Folhas. 
CONSTITUINTES QUÍMICOS: 
• Taninos 
• Glicosídeos 
• Flavonoides 
• Heterosídeos 
• Hidroquinonas 
• Ácido ursólico 
TROPISMO: Sistema urinário. 
PRINCIPAIS INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Prevenção e tratamento de infecções 
urinárias bacterianas. 
AÇÕES TERAPÊUTICAS: 
• Geral: anti-inflamatória e antisséptica. 
• Sistema urinário: antisséptica e diurética leve. 
COMENTÁRIOS: 
Já foi demonstrada a atividade desta planta contra Escherichia coli, Proteus 
mirabilis, Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aureus, e outras 70 bactérias 
do trato urinário. Além disto, há evidências de que o extrato da planta é mais efetivo 
do que a arbutina isolada (Head, 2008). 
A atividade antimicrobiana parece estar relacionada à capacidade desta 
planta de alterar as características da superfície celular bacteriana, reduzindo a 
habilidade da bactéria de aderir ao epitélio do hospedeiro (Türi et al., 1997). 
Apesar de ser extensamente usada no tratamento das infecções urinárias, a 
efetividade nunca foi comprovada em estudos clínicos. Entretanto, um estudo 
confirma a eficácia na prevenção das infecções urinárias. Em um estudo controlado 
randomizado, 57 mulheres com infecção urinária crônica (pelo menos 3 infecções no 
anto anterior) receberam um extrato de uva-ursi com Taraxacum officinale, ou 
placebo, por um mês. Os autores encontraram ume diferença estatisticamente 
significativa na ocorrência de infecções ao final de um ano (Larsson, Jonasson e 
Fianu, 1993). 
A uva-ursi é melhor se usada logo no início dos sintomas ou para profilaxia 
em curto prazo. 
MODO DE USAR: 
• Extrato seco – Uso oral: 400–840 mg de derivados de hidroquinonas 
expressos em arbutina (BRASIL, 2014). 
Farmácia da Natureza 
 18 
• Infusão – Uso oral: 1,5–4,0 g em 150 mL de água, 2–4 x/dia (EMA, 2018). 
• Droga vegetal – Uso oral: 700–1050 mg, 2 x/dia (EMA, 2018). 
• Extrato fluido – Uso oral: 1,5–4,0 mL, 1–3 x/dia (EMA, 2018). 
ADVERTÊNCIAS: 
Suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Não é recomendado 
para gestantes e lactantes.Contraindicada em pessoas com hipersensibilidade aos 
taninos. Usar por no máximo 7 dias. 
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: 
A absorção é prejudicada pelo uso concomitante de alimentos e bebidas 
ácidas. 
EFEITOS COLATERAIS E TOXICIDADE: 
Alguns constituintes como as hidroquinonas são hepatotóxicos, portanto o uso 
prolongado deve ser evitado. 
Serenoa repens 
 
ESPÉCIE: Serenoa repens (Bartram) Small 
SINONÍMIA BOTÂNICA: Brahea serrulata (Michx.) H.Wendl., Chamaerops serrulata 
Michx., Corypha obliqua W.Bartram, Corypha repens W.Bartram, Diglossophyllum 
serrulatum (Michx.) H.Wendl. ex Salomon, Diglossophyllum serrulatum (Michx.) H. 
Wendl. ex Drude, Sabal serrulata (Michx.) Schult.f., Serenoa repens f. glauca 
Moldenke, Serenoa serrulata (Michx.) Hook.f. ex B.D.Jacks., Serenoa serrulata 
(Michx.) G. Nicholson. 
FAMÍLIA: Arecaceae. 
NOMES REGIONAIS: Saw-palmetto. 
HISTÓRICO: 
Nativa da América do Norte. Os extratos deste vegetal são usados pela 
medicina como antiandrógeno e antiedematoso. 
PARTE UTILIZADA: Frutos. 
Farmácia da Natureza 
 19 
CONSTITUINTES QUÍMICOS: 
• Ácidos graxos 
• Carotenos 
• Ácidos orgânicos (cáprico, caprílico, capróico, láurico, palmítico, oleico) 
• Lipase 
• Arabinose, galactose 
• Aaponinas esteroidais, beta-sitosterol, cicloartenol, lupenona, lupeol, 
estigmasterol, taninos. 
TROPISMO: Sistema urinário e reprodutor. 
PRINCIPAIS INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Hiperplasia prostática benigna e 
bexiga irritável. 
AÇÕES TERAPÊUTICAS: 
• Geral: antiandrogênica e diurética. 
• Sistema reprodutor: antiandrogênica. 
• Sistema urinário: diurética. 
COMENTÁRIOS: 
A S. repens pode reduzir os sintomas obstrutivos na hiperplasia benigna da 
próstata, mas não reduz o tamanho da glândula. Em uma meta-análise recente, 
foram avaliados os efeitos da S. repens no tratamento de homens com sintomas 
urinários compatíveis com hiperplasia prostática benigna. A análise envolveu vários 
estudos com um total de 5666 pacientes. Nessa análise, a S. repens não foi superior 
ao placebo na redução dos sintomas. Os autores concluíram que a S. repens, 
mesmo em doses dobradas ou triplicadas, não melhoram os sintomas urinários nem 
as medidas prostáticas de homens com hiperplasia prostática benigna (Tacklind et 
al., 2012). 
MODO DE USAR: 
• Extrato lipidoesterólico padronizado – Uso oral: 320 mg/dia ou 160 mg, 2 
x/dia (BRASIL, 2016). 
• Extrato mole do fruto – Uso oral: 320 mg/dia ou 160 mg, 2 x/dia (BRASIL, 
2018). 
• Droga vegetal – Uso oral: 1–2 g/dia (BRASIL, 2016). 
• Tintura – Uso oral: 10 gotas, 3 x/dia (BRASIL, 2018). 
ADVERTÊNCIAS: 
Suspender o uso se houver alguma reação indesejável. 
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: 
Interage com varfarina, hormônios, drogas adrenérgicas e sais de ferro. 
EFEITOS COLATERAIS E TOXICIDADE: 
Podem ocorrer dores epigástricas, alterações do paladar como gosto amargo, 
diarreia e urticária. Podem ocorrer náuseas se administrado com o estômago vazio. 
Farmácia da Natureza 
 20 
Tribulus terrestris 
 
ESPÉCIE: Tribulus terrestris L. 
SINONÍMIA BOTÂNICA: Tribulus lanuginosus L., Tribulus saharae A. Chev., 
Tribulus terrestris var. sericeus Andersson ex Svenson. 
FAMÍLIA: Zygophyllaceae. 
NOMES REGIONAIS: “Viagra natural”. 
HISTÓRICO: 
Tem origem na Índia. Na Europa, foi utilizada como estimulante sexual — 
para aumentar o impulso e o desempenho — e para tratamento da impotência 
durante vários séculos. É muito usado como tônico e afrodisíaco nas práticas 
ayurvédicas, sendo conhecido por seu nome em sânscrito "gokshura". Acredita-se 
que ele pode contribuir para o vigor físico em geral, bem como o vigor sexual, a 
construção de todos os tecidos, especialmente Shukra dhatu (tecido reprodutivo). 
Também crê-se que possa ser útil ao rim, bexiga, aparelho urinário e doenças 
relacionadas urogenitais, onde funcionaria como diurético. 
Durante a década de 1970 no leste da Europa, sobretudo na Bulgária, foi que 
o uso do Tribulus terrestris no tratamento de infertilidade, impotência ou disfunção 
erétil nos homens e aumento da libido em ambos os sexos passou a se dar. A partir 
de então, a planta passou a ser conhecida mundialmente também por supostamente 
ser uma precursora natural da testosterona, e desta forma, aumentar a força física, a 
disposição, e por extensão, o ganho de massa muscular para os praticantes de 
musculação. Ela incrementaria a produção de testosterona porque elevaria os níveis 
de hormônios sexuais. 
PARTE UTILIZADA: Folhas, frutos e raízes. 
CONSTITUINTES QUÍMICOS: 
• Oligossacarídeos 
• Alcaloides (harman e harmina) 
• Ácidos graxos insaturados 
• Esterois (potodioscina) 
• Flavonoides (tribulosídeo) 
Farmácia da Natureza 
 21 
• Glucosídeos 
• Kaempferol 
• Taninos. 
TROPISMO: Sistema endócrino. 
PRINCIPAIS INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Impotência, esterilidade masculina, e 
infecções urinárias. 
AÇÕES TERAPÊUTICAS: 
• Geral: antioxidante, analgésica, antiespasmódica e anti-inflamatória. 
• Sistema reprodutor: afrodisíaca, relaxamento músculo do corpo cavernoso – 
via do óxido nítrico, estimulante da espermatogênese. 
COMENTÁRIOS: 
Não existe ainda um consenso científico a respeito das propriedades do 
Tribulus terrestris. No Brasil, um dos estudos com a Tribulus terrestris foi realizado 
no início da década de 2000 pelo ginecologista Décio Luiz Alves, do Hospital 
Universitário Clementino Fraga Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. O 
cientista decidiu realizar experimentos com a erva depois de tomar conhecimento 
sobre uma pesquisa realizada na Indonésia, em 1998, com 45 homens - saudáveis e 
diabéticos. O uso do Tribulus levou a uma melhora significativa (de até 65%) no 
desempenho sexual dos participantes. Um estudo de 2005, por outro lado, concluiu 
que T. terrestris não causa incremento na testosterona ou no LH em homens jovens, 
e outro concluiu que um suplemento alimentar comercial contendo androstenediona 
e extratos de ervas, incluindo T. terrestris, não foi eficaz no aumento da testosterona 
androstenediona sozinho. O princípio ativo químico do T. terrestris é a protodioscina 
(PTN), um parente da DHEA. Diversos praticantes de fisiculturismo que utilizam 
esteroides anabolizantes usam T. terrestris como repositor de testosterona numa 
terapia pós-ciclo. Depois de um ciclo completo, eles usam o Tribulus para restaurar 
de forma natural os níveis de testosterona no corpo. Entretanto, em estudos 
científicos recentes o Tribulus se mostrou ineficaz no aumento de testosterona em 
humanos. Também foi ineficaz no aumento de desempenho e massa corporal em 
atletas. Foi descoberto ainda em uma pesquisa de 2008 que nenhum componente 
químico do Tribulus é precursor da testosterona, não aumentando a sua produção. 
Em ratos, o T. terrestris não alterou os níveis de testosterona ou seus 
metabólitos. Não houve evidências de estímulo nos órgãos sensíveis à testoterona 
como próstata, vesícula seminal e vagina em ratos (Martino-Andrade et al., 2010). 
Em um ensaio clínico, a administração de T. terrestris não apresentou efeito 
na composição corporal ou performance em treinos de resistência em homens 
(Antonio et al., 2000). Em atletas, a administração de T. terrestris resultou em 
melhora do treino aeróbico, porém sem alterações em parâmetros hematológicos ou 
da concentração de testosterona (Milasius, Dadeliene e Skernevicius, 2009). Em um 
estudo com jogadores de rúgbi, a administração de T. terrestris não produziu 
maiores ganhos de força ou massa muscular (Rogerson et al., 2007). 
MODO DE USAR: 
• Extrato seco – Uso oral: 1 cápsula contém 240–480 mg, tomar 1 cápsula 1–2 
x/dia, correspondendo a 40–80 mg/dia de isoflavonas (BRASIL, 2016, 2018). 
ADVERTÊNCIAS: 
Suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Não é recomendado 
para gestantes e lactantes. 
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: 
Não há dados na literatura. 
EFEITOS COLATERAIS E TOXICIDADE: 
Farmácia da Natureza 
 22 
Não são conhecidos efeitos adversos significativos da suplementação com T. 
terrestris. Contudo, alguns usuáriosafirmam ter tido indisposições estomacais e 
diarreias, que usualmente podem ser evitadas consumindo os produtos junto com o 
almoço, o jantar, ou outra refeição. 
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