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1 AP materiais dentários

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Materiais dentários 
Propriedades mecânicas 
✓ Tensão: força interna que se opõe à ação da força externa (mastigação, aparelho 
ortodôntico, próteses), atuando sobre milhões de átomos do material. 
• Tensão = força / área, com unidade MN/m² = MPa. 
✓ Tipos de tensões: 
• Tração (quando a tensão tende a alongar/distender o corpo) 
• Compressão (quando a tensão tende a comprimir/encurtar o corpo) 
• Cisalhamento ou torção (quando há o deslizamento de uma parte do corpo sobre outra ou 
até mesmo uma torção no corpo) 
• Toda tensão vai ter uma deformação correspondente. 
• Quase nunca existem tensões isoladas na cavidade oral, sendo então tensões complexas - 
presença de 2 ou mais tipos de tensão. 
✓ Tipos de deformações (D) 
• Elásticas (reversíveis ou transitórias) 
- Removida a força que desenvolveu a deformidade, o corpo recupera as suas dimensões 
originais. Situação desejada. 
• Plásticas (permanentes) 
- Removida a força de deformação, o corpo até tenta recuperar as dimensões originais, mas 
ele não recupera completamente, ficando uma deformação plástica residual. O corpo não 
mais recupera suas dimensões originais. Não é uma situação desejada, a não ser em alguns 
casos, como em ortodontia. 
• D = alteração no comprimento (delta L) / comprimento original (L0) - não tem unidade, pois 
é descrita em termos percentuais. 
✓ Curva de tensão X deformação 
• Tração do fio metálico até a sua fratura, medindo a tensão (eixo das ordenadas) aplicada e 
qual a sua deformação (eixo das abcissas). 
• 
- Limite de elasticidade (LE): tensão até a qual todas as deformações que o material sofre são 
do tipo elásticas (tensão máxima onde termina a parte reta do gráfico) 
- Limite de proporcionalidade (P): tensão até a qual todas as tensões são diretamente 
proporcionais as deformações correspondentes, esse ponto coincide com o limite de 
elasticidade, na interseção de t3 com d3. 
- Módulo de elasticidade (E): é uma constante de proporcionalidade obtida dividindo-se 
qualquer tensão (T) igual ou inferior a LE (ou P) pela deformação (D) correspondente. 
Indicativo da rigidez do material – quanto maior o módulo de elasticidade, mais rígido é o 
material. - quanto mais inclinada para a direita for a curva, menor o módulo de elasticidade. 
- Limite de escoamento: é a primeira tensão que deixa de ser diretamente proporcional à 
deformação correspondente e vai provocar a 1ª deformação plástica. É difícil de mensurar. 
- Limite convencional de escoamento (LCE): é a tensão correspondente a uma deformação 
permanente convencionada (0,1 ou 0,2%). Traçar uma reta paralela à parte reta do gráfico, 
onde tocar na parte curva, é o LCE. 
- Exemplo: esmalte X dentina – quem é capaz de sofrer maior deformação elástica para uma 
dada tensão? Dentina, pois a sua curva está mais para a direita do gráfico, quando 
comparada à curva do esmalte. 
- Esmalte: maior limite de proporcionalidade e maior módulo de elasticidade 
- Dentina: maior resiliência (amortecedor para o esmalte) 
- 
• Flexibilidade: é a capacidade do material de sofrer grande quantidade de deformação 
elástica sob pequenas tensões. 
• Flexibilidade máxima (fmax): é a deformação correspondente ao limite de elasticidade (ou 
de proporcionalidade) - maior deformação elástica que o material pode sofrer. A fmax é uma 
deformação elástica ou plástica? Elástica, pois ainda está na parte reta do gráfico. 
• Módulo de resiliência (MR): é a energia necessária para tensionar uma estrutura desde a 
tensão 0 até o seu limite de proporcionalidade. O módulo de resiliência corresponde à área 
(triângulo - base (fmax) x altura (limite de proporcionalidade) / 2) sob a porção reta do 
gráfico tensão versus deformação. MR = fmax x P / 2. 
• Tenacidade: é a quantidade de energia (ou de trabalho) necessária para tensionar um 
material até a fratura. Sempre maior que a resiliência, pois corresponde à área total do 
gráfico tensão versus deformação. 
• Ductilidade (tração) e maleabilidade (compressão): é a capacidade do material de sofrer 
grande quantidade de deformação permanente sem sofrer fratura (ou antes de se fraturar). 
Ex: ouro, prata, platina, cobre. 
 
• Fragilidade: incapacidade do material de apresentar grande quantidade de deformação 
permanente antes de se fraturar. Fratura-se próximo ao limite de proporcionalidade. 
- Quem é mais frágil: esmalte ou dentina? Esmalte, pois está mais a esquerda do gráfico, se 
fratura próximo ao ponto de proporcionalidade. Dentina é mais resiliente, pois consegue 
absorver melhor a energia de impacto, servindo de coxim amortecedor para p esmalte. 
 
 
 
• Resistência: é a tensão necessária para fraturar o material, ou seja, é a tensão no momento 
da fratura. O material que apresenta baixa resistência é um material ‘’fraco’’, e não ‘’frágil’’. 
• Dureza: mineralogia – dureza é a resistência ao risco. Resistência à penetração. 
- Testes de macro e microdureza (o que interessa para odonto) 
✓ Um material restaurador deve ter: alto limite de elasticidade (capaz de sofrer grandes 
tensões sofrendo deformações elásticas) 
✓ Um material restaurador deve ter: alto módulo de elasticidade (capaz de sofrer grandes 
tensões com pequenas deformações) 
✓ Uma mola ortodôntica deve ter: baixo módulo de elasticidade (sofra grandes deformações 
com pequenas tensões). 
 
✓ 
• A – Limite de elasticidade ou limite de proporcionalidade 
• B – Limite convencional de escoamento 
• C – Flexibilidade máxima 
• D - Resistência a fratura 
• E - Módulo de resiliência 
• F (área total) – Tenacidade 
 
Propriedades físicas, químicas e biológicas 
✓ Restaurações com sucesso em odontologia – importante conhecer as propriedades físicas, 
mecânicas, elétrica, biológicas e químicas dos materiais. 
✓ Estrutura da matéria 
• O comportamento dos materiais está baseado em sua estrutura atômica -> a resistência 
dessas ligações e sua habilidade de se reestabelecerem após o rompimento determinam as 
propriedades físicas de um material. 
• Iônica -> covalente (resinas) -> metálica 
• Ligação iônica - caracterizada pela transferência de elétrons de um elemento (Na) para outro 
(Cl) 
- Forma-se com átomos de diferentes eletronegatividades (um alta e outro baixa) 
- A ligação é forte = 150-370 Kcal/mol 
- A ligação predominante nos materiais cerâmicos é iônica 
- Gesso e cimentos à base de fosfato 
• Ligação covalente – caracterizada pelo compartilhamento de elétrons e orientações muito 
precisas das ligações 
- Forma-se com átomos de alta eletronegatividade 
- A ligação covalente é forte = 125-300 Kcal/mol 
- Esse tipo de ligação é comum em compostos orgânicos, por exemplo em materiais 
poliméricos (resinas compostas ou acrílicas) e diamante. 
• Ligação metálica - caracterizada pelo compartilhamento de elétrons e formação de uma 
nuvem de elétron que se une aos núcleos carregados positivamente em uma grade 
- Elétrons livres dão ao metal sua característica de alta condutividade térmica e elétrica 
- Elétrons absorvem energia luminosa, fazendo que sejam opacos 
- Ligações são responsáveis pelos metais se deformarem plasticamente 
✓ Propriedades físicas 
• Baseadas nas leis da mecânica, acústica, óptica, termodinâmica, eletricidade, magnetismo, 
radiação, na estrutura atômica e em fenômenos nucleares 
• Reologia (estudo das características de deformação e escoamento da matéria, seja ela sólida 
ou líquida) 
- Viscosidade: medida de resistência ao escoamento de materiais não-cristalinos. Água tem 
alta fluidez, óleo tem alta viscosidade. 
- Tixotropismo: alguns fluidos se tornam menos viscosos (mais fluidos) e escoam mais quando 
submetidos a aplicações repetidas de pressão. 
- Elásticos X viscoelásticos: 
→ Elásticos - propriedades mecânicas independem da velocidade com que são tensionados. 
→ Viscoelásticos - propriedades mecânicas dependem da velocidade da carga (maioria dos 
produtos). Possuem características de um sólido elásticoe de um fluido viscoso -> materiais 
de moldagem (pode gerar deformações permanentes no material). Relaxamento das 
tensões (redução das tensões para materiais submetidos a deformações constantes); creep 
ou fluência (pequena deformação por altas tensões relativas durante um longo período, 
profunda no meio e escoa para as laterais, podendo haver fraturas). 
✓ Propriedades térmicas 
• Calor específico - quantidade de calor necessário para aumentar em 1 grau celsius um grama 
de substância. Quem tem maior calor específico é pior condutor de calor. 
• Condutividade térmica (k)- transferência de calor através de um material por meio de 
condução (da temperatura maior para menor - interações das vibrações das grades espaciais 
e pela movimentação de elétrons e suas interações com os átomos). 
- Elevado (k) = condutores 
- Baixo (k) = isolantes, ex: dentina. 
- A condutividade térmica aumenta na seguinte ordem: polímeros < cerâmicas < metais. 
• Difusividade térmica - velocidade pela qual um corpo de temperatura não uniforme atinge 
um estado de equilíbrio térmico. Único que tem alta é o amálgama. 
- Para uma restauração, difusividade deve ser baixa. 
- Em próteses totais, a difusividade deve ser alta, pois os produtos poliméricos têm baixa 
condutividade térmica. 
• CETL - alteração de comprimento por unidade de comprimento de um material (expansão 
ou contração), quando a temperatura é aumentada ou reduzida em 1 grau celsius. Dente 
(11,4), CIV (11,5), amálgama (25) e resina composta (39,4). Não gera grandes problemas 
porque é uma propriedade com um número muito baixo (10 a menos 6). Valores muito 
divergentes do CETL do dente são ruins por gerar tensão na interface, que, com o tempo, 
pode ter pequenas rupturas e gerar cáries secundárias, etc. 
✓ Propriedades químicas/eletroquímicas 
• Baseadas nas formas pelas quais as substâncias interagem, se combinam e se alteram, de 
acordo com seus elétrons das órbitas mais externas. 
• Corrosão - Restaurações/próteses: 
- Metais - liberação de óxidos 
- Resistência à corrosão no ambiente oral -> bom desempenho clínico e durabilidade. 
• Galvanismo (elétrons livres, reações químicas) 
- 2 materiais diferentes (restaurações e garfo, saco de alumínio de chocolate) que entram em 
contato, formam uma corrente elétrica e dão choques no paciente. 
- Choque galvânico - sensação dolorosa causada pela corrente elétrica gerada quando dois 
metais diferentes são postos em contato no ambiente oral. 
- Hoje, são usados materiais de proteção, que são os isolantes elétricos. 
✓ Propriedades ópticas - também é física. Estética, mimetismo das restaurações. Não é usada 
com restauração de amálgama, são características para cerâmicas e resinas compostas 
(restaurações mais estéticas). 
• Cor - é uma característica dinâmica e só existe enquanto há luz e observador 
- Luz é radiação eletromagnética que pode ser detectada pelo olho humano. 
- Dimensões da cor: 
→ Matiz (cor propriamente dita) - nome da cor, mostrado na odonto por letras: 
▫ A – Marrom (80%) 
▫ B – Amarelo + marrom (15%) 
▫ C – Cinza + marrom 
▫ D – Vermelho + marrom (3-5%) - traumas, hemorragias 
→ Croma (saturação) - descreve o grau de saturação da cor (pigmentação). Determinado por 
números: A1 (menor croma), A2, A3, A3,5, A4 (maior croma) 
→ Valor (luminosidade - brilho) - dimensão da cor que nos permite distinguir o mais claro do 
mais escuro. Definido só como baixo, médio ou alto valor. Influenciado pelas camadas das 
restaurações utilizadas. 
• Natureza do objeto 
- Efeitos ópticos: 
→ Translucidez (esmalte) e opacidade (dentina) - é o grau de passagem de luz ou quantidade 
de refração da luz. 
→ Fluorescência (é a capacidade de uma substância de emitir luz quando exposta a radiações 
do tipo ultravioleta (UV), raios catódicos ou raios X – resinas tem que ter essa fluorescência, 
para ficar semelhante aos demais dentes) e opalescência (é a propriedade óptica referente à 
transmissão seletiva de ondas longas e reflexão de ondas curtas por um material 
transparente ou translúcido - característica do esmalte, fundo branco = tons amarelados e 
alaranjados, fundo preto = tons azulado, acinzentado) 
• Seleção de cor 
- Dentes limpos 
- Relativamente úmidos 
- Luz natural 
- Escala de cor, aplicação de resinas ou espectrofotômetro (coloca no dente e ele faz a leitura 
da cor do dente, mais caro) 
✓ Propriedades biológicas 
• Biocompatibilidade - capacidade de um material de desencadear uma resposta biológica 
apropriada em uma dada aplicação no organismo 
- Hospedeiro (alergias) 
- Propriedades dos materiais 
- Contexto de uso 
• Respostas adversas 
- Inflamatórias 
- Alérgicas 
- Tóxicas 
- Mutagênicas 
• Tipos de testes (para analisar possíveis incompatibilidades) 
- In vitro 
- In vivo em animais 
- Teste de uso em animais ou humanos 
Materiais de proteção do complexo dentina-polpa 
• Muitos agentes de cimentação podem ser usados para proteção do complexo dentina-polpa 
• Dentina + polpa (ligadas por canalículos dentinários) = unidade morfofuncional intimamente 
ligadas 
• Dentina - 1ª camada: odontoblástica (produz e secreta matriz de colágeno na dentina, 
deixando a dentina primária mineralizada) -> prolongamento citoplasmático -> canalículos 
dentinários 
✓ Polpa – estrutura pulpar (vasos e nervos) 
✓ Dependendo do tipo de estímulo e da densidade da dentina, a pessoa pode sentir mais ou 
menos incômodo. 
✓ A dentina é produzida e secretada durante toda a vida (enquanto a polpa estiver viável). Os 
túbulos dentinários apresentam-se em uma disposição radial da polpa à junção 
amelodentinária (são próximas no tecido pulpar e se afastam na junção amelodentinária) 
✓ Ao longo da vida, a quantidade de túbulos vai se estreitando. Quanto maior a profundidade 
da dentina, maiores as chances de comprometimento pulpar. 
✓ Fatores que condicionam a indicação do agente protetor do complexo dentina-polpa: 
➢ Condição pulpar (saber o estágio de vitalidade da polpa) 
➢ Profundidade da cavidade 
➢ Idade do paciente (dentina profunda em paciente idoso tem menor volume da câmara 
pulpar do que em jovens) 
➢ Material restaurador (agente protetor deve ser compatível com o material restaurador 
escolhido – pode haver incompatibilidade e, com isso, faz-se o uso de outros materiais) 
➢ A forma de trabalho de uma dentina profunda é diferente de uma dentina superficial. A 
primeira estrutura de proteção do complexo dentinopulpar é a própria dentina (ela mesma 
funciona como agente antitérmico, isolante elétrico e possibilita proteção contra agentes 
agressores) 
• Em cavidades grandes usa-se materiais de proteção dentino pulpar. 
• Requisitos para um material protetor ideal 
• Bactericida e bacteriostático 
• Biocompatibilidade 
• Impermeável às bactérias/citocinas 
• Isolamento térmico, elétrico e químico 
• Resistência à compressão (amálgama) 
• Estabilidade dimensional (não variar muito de volume) 
• Fácil manipulação 
• Bom escoamento (preencher as regiões) 
• Baixa solubilidade aos fluidos orais (para não solubilizar) 
• Compatível com materiais restauradores 
• Melhorar selamento marginal (fazer interface entre dente e restauração, para ficar bem 
adaptada e evitar infiltração) 
• Adesão aos tecidos duros dentais 
• Radiopaco (para não confundir com lesão cariosa) 
➢ Materiais protetores do complexo dentinopulpar (divisão ocorre pela superfície da película 
aplicada na estrutura dentária) 
➢ Agentes de selamento (1-50m) 
➢ Agentes para forramento (0,2-1mm) 
➢ Agentes para base cavitária (>1mm) 
➢ Um mesmo material pode ser de forramento ou base cavitária, a depender da sua 
espessura. 
• Principais materiais protetores do complexo dentina-polpa 
• Vernizes cavitários (selamento) 
• Sistemas adesivos (selamento) 
• Produtos à base de hidróxido de cálcio (forramento) 
• Cimentos (selamento/base cavitária - depende da espessura) 
➢ C. de óxido de zinco e eugenol➢ C. de fosfato de zinco 
➢ C. de policarboxilato de zinco (estão em desuso! Antecessor ao CIV) 
➢ C. de ionômero de vidro 
➢ Os cimentos também são empregados como agentes de confecção de prótese. Faz-se o 
modelo com cimento e sobre ela confecciona-se a prótese. 
• Requisitos de um bom agente de cimentação: 
• Viscosidade (permitir escoamento adequado e produzir mínima espessura de película) 
• Espessura de película 
• Isolamento térmico e elétrico 
• Biocompatibilidade 
✓ Resistência mecânica 
✓ Adesão aos substratos dentais e superfície interna da prótese 
✓ Baixa solubilidade 
✓ Radiopaco 
✓ Cimentos odontológicos: 
• Cimento de hidróxido de cálcio 
• Cimento de óxido de zinco e eugenol (proteção) 
• Cimento de fosfato de zinco 
• Cimento de policarbonato de zinco (desuso/proteção) 
• Cimento de ionômero de vidro 
• Cimento de ionômero de vidro modificado por resina 
• Cimento resinoso (resina fluidificada) 
• Vernizes cavitários (agentes de selamento) 
• Tem que ser líquido para permitir fina espessura de película 
• Composição: 
- Resinas naturais ou sintéticas 
- Solventes orgânicos: álcool, clorofórmio, éter ou acetona (são muito solúveis/evaporam 
rápido; um deles estará presente para solubilizar a resina e promover fina espessura de 
película) 
- Mecanismo de ação: 
- Pegar pincel descartável e mergulhar pequena quantidade na solução e aplicar sobre o 
dente. Para aplicar em toda a superfície são necessárias duas camadas. 
- Para aplicar a 2ª camada, ou troca o microbrush ou pega do pote dopen 
- Duas camadas -> jato de ar -> evaporação do solvente 
- Película de 5-25 micrômetros 
- Função: impermeabilizar túbulos dentinários recém desgastados e isolamento elétrico. 
- Propriedades favoráveis 
- Isolamento elétrico e químico (não é térmico porque é muito fino) 
- Previne escurecimento do dente em restaurações de amálgama 
- Reduz microinfiltração marginal sob restaurações de amálgama (quando perde o verniz, o 
amálgama enferruja) 
- Propriedades desfavoráveis 
- Incompatibilidade biológica (já que é uma resina sintética) 
- Mau isolante térmico 
- Incompatibilidade com resina composta 
- Solúvel em meio bucal 
- Indicação 
- Cavidade rasa para amálgama 
- Cavidade profunda associado a outros materiais (o verniz não é bom isolante térmico) 
- Cimentação de prótese parcial fixa com cimento de fosfato de zinco em dentes vitais (o 
fosfato de zinco é irritante químico, logo, usa-se o verniz, que é bom isolante químico, para 
inibir irritação dos dentes vitais) 
- Exemplos 
- Varnal, copal (cavitário de resina natural), cavitine 
- Não confundir com verniz fluoretado!! (é usado em pacientes com alto risco de cárie) 
 
- Produtos à base de hidróxido de cálcio 
- Diferentes formas comerciais 
- Na forma pura, é chamado de HCPa 
- Propriedades favoráveis 
- Biocompatibilidade 
• Bacteriostático 
• Estimula dentina reparadora (devido ao alto PH – afasta agente agressor do contato com a 
cavidade pulpar) 
• Isolante térmico, elétrico e químico (não tem, geralmente, em grandes espessuras, porque é 
forramento) 
• Indutor de mineralização da dentina (pode vedar embocadura dos túbulos, defendedndo a 
polpa de agentes agressores) 
• Propriedades desfavoráveis 
- Relativa dependência à compressão (alguns produtos de HC podem ter pouca ou muita, 
como cimento em áreas baixas) 
- Solubilidade 
- Cor diferente da cor da dentina 
- Vantagens 
- Não promove reação dolorosa 
- Neutraliza ação do ácido fosfórico 
- Neutraliza PH ácido do fundo das lesões cariosas 
- Forma de apresentação 
- Pó (hidróxidos de cálcio Pa) 
- Solução (aquosa) - água destilada + pó de hidróxido de cálcio, deixa em repouso e o excesso 
de pó decanta, formando um sobrenadante (solução de hidróxido de Ca2+). 10-20g 
Ca(OH)2/200 ml H2O destilada. Propriedades: bacteriostático e hemostático (junta pó + 
sangue); estimula calcificação e mineralização dentinária; limpeza de cavidades (lavagem e 
não proteção). 
- Suspensão (Se agitar o frasco, vai formar partículas dispersas na água destilada) - 
composição: suspensão aquosa e metilcelulose – pouco usada! 
- Pasta (Se descansar, pó vai para o fundo do frasco e forma uma pasta) (muito 
usada/comprada ou confeccionada): composição - Ca(OH)2 p.a em solução aquosa (pouco 
solvente); cloreto de Na e K (conservantes); sulfeto de Ba (radiopacificador). Indicação: 
proteção pulpar direta (aplicado na polpa); pulpotonia (remove polpa coronária e não 
radicular) - a pasta de hidróxido de cálcio é utilizada como curativo de demora em dentes 
jovens, traumatizados ou sem fechamento completo do ápice radicular. Propriedades: PH 
bastante elevado; estimula dentina reparadora; estimula formação de barreira mineralizada; 
bactericida/bacteriostático. 
- Cimento (pega o pó e faz uma reação para endurecer o material - reação de presa – o úncio 
que realiza reação química de amadurecimento - presa): vem disponível normalmente em 2 
bisnagas (pastas) - pasta 1 (base): Ca(OH)2 50%, ZnO2 10%, estereato de Zn (0,5%) 
(acelerador), etil tolueno sulfonamida 39,5%. Pasta 2 (catalisadora): salicito glicolico 40%, 
dióxido de titânio, sulfato de cálcio e tungstato de cálcio (esses dois últimos para o controle 
da viscosidade). Mistura volumes iguais das duas pastas com aplicar de hidróxido de cálcio. 
Marcas (quando vem só uma bisnaga, o material é fotopolimerizado!): dycal e hydroC – 
Ca(OH)2 no catalisador; renew e life – Ca(OH)2 na pasta base; prisma VLC Dycal; ultra-blend; 
renew light; biocal. Propriedades (o cimento em contato com a umidade endurece 
instantaneamente, mas pode ser aplicado diretamente na polpa, mas o material se move 
facil, não indicado): relativa resistência à compressão do amálgama, desde que esteja não 
em grandes áreas e espessuras (só em áreas próximas do tecido pulpar); impermeabilidade a 
ácidos e monômeros dos materiasi restauradores; isolante termoelétrico; estimula dentina 
reacional; estimula formação de barreiras mineralizada ou ponte de dentina ao ser aplizado 
diretamente na polpa. 
- Para resina composta, só pode utilizar um agente adesivo e não selamento! 
- Pode ser: base cavitárias + selamento (ou verniz ou adesivo); selamento + forramento 
• OBS: hidróxido de cálcio (exposições pulpares) - como ele é extremamente alcalino, causa 
necrose por coagulação. Aí a polpa afasta o tecido necrótico, por meio da diferenciação de 
células mesenquimais em odontoblastos like, produz matriz dentinária e mineralizando a 
dentina, separando, assim, o tecido necrótico do tecido pulpar -: necrose superficial da 
polpa; tecido de granulação; novos odontoblastos; ponte dentinária. 
• OBS: MTA – agregado trióxido mineral (também utilizado em exposição pulpar) - 
composição próxima ao cimento da construção civil, porém com grânulos menores. 
• Possui óxidos na composição 
• Muito empregado na endo para tratar perfurações 
• É mais caro! Pouco utilizado em exposições pulpares 
- Propriedades favoráveis: 
- Biocompatibilidade 
- PH bastante elevado 
- Bactericida/bacteriostático 
- Estimula a formação de barreira mineralizada 
- Solubilidade relativamente baixa 
- Propriedades desfavoráveis: 
- Tempo de presa longo (3-4h) 
- Dificuldade de inserção 
- Baixa resistência à compressão incial (possibilidade de manchamento em perfurações 
próximas à coroa) 
 
• Cimento de óxido de zinco e eugenol 
• Agente de proteção dentina-polpa 
• Agente de cimentação de prótese 
• Agente endodôntico 
- Agente de obturação de canais 
- Cimentos cirúrgicos provisórios 
- Formas de apresentação: 
- Pó - óxido de zinco: resina terembetina (diminui friabilidade); acetato de zinco (melhora 
resistência); estereato de zinco (plastificador); polímero de metilmetacrilato (reforça 
resistência mecânica e fórmula melhorada); alumina (Al2O3 - reforço mecânico para 
substância sem eugenol) 
- Líquido: eugenol (óleo do cravo da índia) - irritantequímico pulpar; óleo de oliva 
(pastificador); ácido orto-etoxi-benzoico (EBA) - substitui o eugenol em alguns casos. 
- Reação de presa 
- 2 eugenol + ZnO -H2O-> eugenolato de zinco – na reação de presa do óxido de zinco e 
eugenol, há a formação de uma matriz amorfa de eugenolato de zinco, que se unde às 
partículas que não reagiram ao óxido de zinco; no líquido é que tem o eugenol; nos cimentos 
sem eugenol, usa-se o ácido orto-etoxi-benzoico 
- Classificação do cimento de óxido de zinco e eugenol 
- Tipo 1: cimentação temporária 
- Tipo 2: cimentação permanente 
- Tipo 3: restauração temporária e bases cavitárias 
- Tipo 4: forramento de cavidades 
- Aplicações: 
- Base cavitária 
- Cimentação provisória 
- Cimentação permanente 
- Restaurações provisórias 
- Obturações de canal 
- Material de moldagem 
- Cimento cirúrgico (preferível sem eugenol) 
- Manipulação: 
- Tempo de presa 4-10 min (endurecimento) 
- Relação pó/líquido 
- Resfriamento da placa 
- Incorporação de água (maior reação de presa) 
- Tamanho das partículas 
- Proporcionar pó e líquido na placa de vidro, misturar rápida e completamente 50% do pó 
com o líquido, levar o pó restante em 2 ou 3 acréscimos, espatular vigorosamente por 10-
15s, completando 1min, inserção do cimento e acomodação. 
- Propriedades favoráveis: 
- Ação sdativa e anti-inflamatória ao complexo dentinopulpar 
- Bom isolante térmico e elétrico 
- Bom selamento marginal 
- Bacteriostático 
 
• Cimento de fosfato de zinco 
• Apresentação: 
- Pó - óxido de zinco (90%); óxido de magnésio (1-10%); outros óxidos (bismuto e sílica) 
- Líquido - solução aquosa de ácido fosfórico (45 a 65%); AIPO4 e Zn(PO4)2 (tamponamento) 
- Reação de presa: 
- Fosfato de zinco + óxido de zinco -> reação exotérmica 
- Na presa do cimento de fosfato de zinco, há a formação de uma rede amorfa de fosfato de 
zinco, que circunda as partículas parcialmente dissolvidas do óxido de zinco, sendo esta fase 
amorfa muito porosa. 
- Manipulação: 
- Incorpora-se a quantidade ideal do pó no líquido lentamente numa placa de vidro espessa e 
resfriada (18 a 24 graus), utilizando grande área da placa 
- Tempo de espatulação: 10-90s 
- Consistência de um fio – tempo de presa: 2,5 a 8min 37 graus – o manuseio inadequado 
pode modificar o tempo de presa 
- Fatores de manipulação controlados pelo operador: proporção pó-líquido, velocidade de 
incorporação do pó ao líquido, temperatura da mistura, modo de espatulação, 
contaminação por água ou perda para evaporação. 
- Propriedades favoráveis: 
- Isolamento térmico e elétrico 
- Boa resistência a compressão 
- Resistência: 
- 2/3 da resistência final em 1h 
- 70 (?) de resistência a compressão em 24h 
- Propriedades desfavoráveis: 
- Atividade antibactericida 
- Liberação de calor na reação de presa (pode agredir complexo dentinopulpar) 
- Acidez inicial em torno de PH 2 (neutralidade em 48h) 
- Solubilidade (contato prematuro com H2O) 
- Contração de volume 
- Indicação: 
- Base cavitária 
- Cimentação de peças protéticas 
- Cimentação de bandas ortodônticas 
- Recomendações: 
- Os materiais líquidos devem ser dispensados imediatamente após o uso 
- Frascos devem receber suas tampas imediatamente após o uso 
- Proporcionar adequadamente as partes para melhor resultado 
 
 
Sistemas adesivos 
• Objetivos: 
• Compreender os princípios de adesão; 
• Conhecer a composição e a classificação dos sistemas adesivos (SA); 
• Compreender os mecanismos de adesão dos SA nos diferentes substratos; 
• Compreender os diferentes modos de aplicação dos SA 
• ‘’Era adesiva’’ - Buonocore desenvolveu a técnica do condicionamento ácido (começou no 
esmalte (por muito tempo) e só depois foi pra dentina - não desenvolvida por Buonocore) + 
desenvolvimento dos sistemas adesivos: 
• Preparos cavitários mais conservadores 
• Maior preservação de estrutura dentária sadia 
➢ Melhor vedamento marginal (selamento da restauração, diminuindo o espaço entre 
restauração e dente, evitando a infiltração de bactérias e fluidos orais, que podem gerar 
cárie secundária, dor, manchamento das margens da restauração) 
➢ O preparo cavitário era responsável pela retenção do material restaurador -> o processo de 
adesão é responsável pela retenção (resinas compostas) 
➢ Condicionamento ácido do esmalte – em 1955, Buonocore usou ácido fosfórico a 85%, para 
favorecer a retenção (hoje, ácido fosfórico a uma menor concentração - entre 30 e 50% para 
o esmalte, sendo o mais comum 37%) 
➢ Hoje, faz-se condicionamento ácido total (esmalte e dentina) - ácido fosfórico 30 a 40% 
➢ Tempo de condicionamento do esmalte é maior do que da dentina 
➢ Adesão 
➢ Força que mantém junta duas substâncias ou substratos, com diferentes composições, 
desde que suas moléculas estejam em íntimo contato 
➢ Adesivo (resina fluida) + aderente (dente) 
➢ Importante para evitar a infiltração marginal: passagem de bactérias, fluidos, moléculas ou 
íons na interface dente/restauração, podendo o paciente ter dor, manchas, cáries 
recorrentes e irritação pulpar (uma simples restauração pode se tornar um tratamento de 
canal) 
➢ Requisitos para uma boa adesão: 
• Adesivo: bom molhamento [ângulo de contato (ângulo formado entre a gotinha do adesivo 
e o aderente (dente) na sua interface) pequeno, de 90 graus para baixo, mais próximo de 0 – 
quanto menos impurezas, menor esse ângulo] + aderente (dente): alta energia superficial 
(prejudicada pela smear layer ou qualquer impureza – placa bacteriana, saliva, sangue, óleo 
etc. que reduzem a energia superficial) 
• Condicionamento ácido para o esmalte: limpa a superfície do esmalte -> aumenta a energia 
superficial e aumenta a área superficial (microporos) - saída de substâncias minerais (cálcio, 
fosfatos) - deixando uma boa superfície para adesão 
• Odontologia adesiva 
• Ácido fosfórico > 50% dissolve pouco a apatita (não dá bom perfil de condicionamento) 
• Ácido fosfórico < 30% forma-se fosfato de cálcio diidratado, parcialmente insolúvel na água 
(atrapalha a adesividade, por conta da lavagem) 
• Ácido fosfórico entre 30 e 50% forma-se fosfato monocálcio monoidratato, solúvel na água 
• Ataque ácido: 
• Aspecto do esmalte: opaco-esbranquiçado após lavagem/secagem (perda de substâncias 
minerais – microporos, por onde vão penetrar os sistemas adesivos) 
• Esmalte condicionado: 
• Tags: projeções de adesivo dentro das microporosidades do esmalte – 20 a 50 micrômetros 
- Prismas de esmalte: padrão ‘’buraco de fechadura’’ 
- Tipos de poros: no cerne (centro da cabeça do prisma); na periferia do prisma ou misto 
- Padrão de condicionamento / Padrões de desmineralização: (não tem tipo melhor (1 ou 2), 
o que diferencia é a região de trabalho) 
- Tipo 1: o ácido ataca preferencialmente o núcleo dos prismas do esmalte (dissolução na 
porção central do prisma) 
- Tipo 2: o ácido ataca preferencialmente a periferia dos prismas do esmalte (dissolução na 
periferia do prisma) 
• Tipo 3: é atacado o núcleo e a periferia dos prismas do esmalte. Não proporciona boa 
adesão, acontece quando utiliza-se tempo e/ou concentração do ácido incorreto [dissolução 
mista; esmalte aprismático (estrutura de cristalitos) ruim para a adesividade - solução: 
biselamento, aumentar o tempo de ataque ácido/condicionamento ácido] 
• Adesão ao esmalte: 
• Simples 
• Atraumático 
• Comprovação de eficácia clínica 
• Ácido fosfórico usado por Buonocore: 85% - 1 min 
• Atualmente: 30 a 50% - até 30 seg 
• Composição do esmalte: tecido homogêneo (96% porção inorgânica, 1% porção orgânica e 
3% água); prismático 
• Adesão à dentina: 
• Fusayama – 1979 
➢ Processo mais completo 
➢ Condicionamento ácido total 
➢ Tabu: lesão à polpa/morte pulpar 
➢ Composição da dentina: 70% inorgânica, 20% orgânica e 10% água; estrutura não uniforme, 
umidade dentinária e smear layer dificulta o condicionamento ácido 
➢ Dificuldades de adesão à dentina: 
• Tecidoheterogêneo (não uniforme) 
• Presença de fluidos proteináceos (umidade dentinária) 
• Adesivos da época eram hidrófobos, não ficando unidos à dentina, por ela ter água, 
fracassando as 3 primeiras gerações 
• Lama dentinária (smear layer) - camada de resíduos ou fragmentos deixadas após 
instrumentação cavitária; fluido altamente contaminado, diminui a energia superficial (a 
energia superificial – vontade do dente de reagir – tem que ser maior que a tensão 
superficial – vontade do adesivo de não reagir). Tem que remover a smear layer e a smear 
plug 
• No CIV, remove apenas a smear on (smear layer) com o ácido poliacrílico, enquanto no 
sistema adesivo, remove a smear on e a smear in (smear plug), pois precisa expor fibrilas de 
colágeno, utilizando, assim, o ácido fosfórico. 
• Smear layer – composta por colágeno, hidroxiapatita, saliva, sangue, fluidos gengivais, 
bactérias, nitrogênio, carbono, enxofre 
• Dentina intertubular (entre um tubo e outro) é mais importante do que a peritubular (na 
parede do tubo), pois tem mais fibrilas de colágeno, tendo, assim, maior área de 
superfície; o adesivo não precisa penetrar no tubo. 
• Ataque ácido da dentina: 
• Remove a smear layer (on e in) - ácido fosfórico 
• Desmineraliza a dentina intertubular e peritubular (remove cálcio) 
• Aumenta o diâmetro dos túbulos 
• Expõe as fibrilas de colágeno (desmineralizadas) - mais na dentina intertubular - onde o 
sistema adesivo vai penetrar 
• 15 segundos (tempo menor que do esmalte) 
• > 15 seg: desnatura e enfraquece as fibrilas de colágeno 
• Lavar e secar a dentina sem desidratá-la: spray ar-água; remover excesso de umidade com 
papel absorvente (filtro de café) ou cânula endodôntica. Só depois aplicar primer 
• Dentina desidratada: colapso das fibrilas, o adesivo não vai penetrar por entre as fibrilas, 
pois fica tudo ‘’grudado’’, sem espaço, e diminui a adesão 
• Adesão à dentina: 
• Precisa ser adesivo de natureza hidrófila (por ser úmida) 
• Capaz de penetrar na rede de colágeno 
• Os adesivos são hidrófobos. Solução: colocar o primer (hidrofílico) e depois o adesivo 
(hidrófobo). Sistema adesivo: primer + adesivo (bond) 
• Uso do primer: 
• Monômero com uma porção hidrófila e uma porção hidrófoba 
• Porção hidrófila -> se une (adere) a dentina (mecânica) 
• Porção hidrófoba -> se liga (adere) ao adesivo (química) 
• O que o primer faz? 
• Penetra na rede de colágeno desmineralizada 
• Molha a dentina, preparando-a para receber o adesivo (aspecto brilhante) 
• Liga-se ao adesivo que será aplicado sobre ele (a partir da secagem do primer, que tira água 
junto com os solventes (álcool, cetona), para que haja essa ligação com o adesivo 
hidrófobo). Essa retirada de água não faz as fibrilas entrarem mais em colapso, pois agora 
elas estão envoltas (ptotegidas) pelo primer 
• No fim, polimeria os dois juntos por 20 seg 
• Qual a composição do primer? 
- Monômero resinoso (HEMA, PENTA) + solvente (cetona, etanol, água) 
- Como se aplica o primer? 
- Após o ataque ácido, lava-se e seca-se a dentina, sem desidratá-la 
- Aplica-se o primer na dentina, conforme o fabricante, e seca para a água evaporar 
- No esmalte, só aplica o primer se ele tiver úmido 
- Primer + fibrilas: união mecânica 
- Solvente do primer 
- Leva os monômeros resinosos do primer até a rede de fibrilas desmineralizadas 
- Ao evaporar, leva consigo a água presente na dentina 
- A água e o solvente dificultam a penetração do adesivo (hidrófobo) e sua polimerização 
• Solvente contendo água: aplicação ativa (esfregando bem) - facilita a evaporação da água 
• Solvente à base de etanol e acetona: aplicação passiva – pois são mais voláteis 
• O que acontece quando a dentina está excessivamente úmida? (se não secar depois do 
primer) 
• Diluição do adesivo 
• Impede a polimerização do adesivo 
➢ Separa os componentes hidrofílicos dos hidrofóbicos - formando uma camada híbrida 
instável 
➢ Aplica o primer -> espera 20-30 seg antes de secar (garantir a adesão às fibrilas de 
colágeno) -> seca, para evaporar água -> aplica adesivo (bond) - no esmalte e na dentina - 
e polimeriza -> aplicar resina composta e polimerizar 
➢ Camada híbrida: primer + adesivo + fibrilas de colágeno 
➢ Evolução dos adesivos: gerações 
➢ Classificação: 
• Convencionais – com condicionamento ácido prévio 
• Universais (MDP) - pode ser com ou sem condicionamento ácido prévio 
• Autocondicionantes - sem condicionamento ácido prévio (ácido tá dentro do primer) 
 
 
- Adesivo: obrigatório na dentina e esmalte 
- Primer: só na dentina, mas não tem problema se aplicar no esmalte 
- Autocondicionantes: lâmina dentinária não é removida, é modificada. 1. só funciona na 
dentina e não no esmalte, tem que fazer o condicionamento ácido 
- Condicionamento prévio: remove a smear layer 
- Os SA autocondicionantes de 1 passo (1 frasco) são mais propícios à hidrólise/falha 
➢ Primer + bond em um único frasco (condic. Prévio 2): chamados de adesivos simplificados 
➢ Camada híbrida ou zona híbrida: impregnação de monômeros (primer e adesivo) à dentina 
desmineralizada, formando uma camada ácido-resistente de dentina reforçada por resina (a 
partir da 4ª geração) / monômeros (primer + adesivo) polimerizados dentro da rede de 
colágeno 
➢ A quantidade de dentina intertubular influi no potencial de adesão do substrato 
➢ Em que tipo de cavidades a adesão é mais propícia? Na rasa, pois tem mais dentina 
intertubular, já que os tubos são menores. 
➢ Nanoinfiltração: espaços nanométricos na camada híbrida - vai falhar 
• Se a zona desmineralizada for maior do que a zona infiltrada pelo sistema adesivo -> 
nanoinfiltração -> hidrólise das fibrilas de colágeno (metaloproteinases de matriz (MMP) e 
catepsinas da dentina (que estavam inativas) são ativadas pelo condicionamento ácido - 
enzimas que causam hidrólise das fibrilas de colágeno) -> degradação hidrofílica do adesivo -
> degradação da interface adesiva / restauração falha 
• Estratégias para aumentar a durabilidade da união adesiva: 
• Inibir a ação das MMP: 
• Digluconato de clorexidina (0,12 a 2%) - 60 seg (após condicionamento ácido) 
• Aumentar a resistência das fibrilas à ação das MMP (agentes de ligações cruzadas): 
• Genipin, ácido tânico, glutaraldeído 
• Recentemente surgiram os adesivos universais ou multimodo 
• Para serem considerados universais ou multimodo, os adesivos devem permitir a aplicação 
em diversas técnicas restauradoras, ou seja, devem ampliar o uso dos adesivos atualmente 
disponíveis no mercado 
• Convencional ou autocondicionante 
• Vantagem: união química, além da mecânica, por conta da sua composição 
Manipulação - sistemas adesivos 
1. Remover o excesso de ácido fosfórico na ponta da seringa 
2. Aplicar ácido fosfórico a 37% no esmalte e esperar 15 segundos 
3. Aplicar ácido fosfórico a 37% na dentina e esperar 15 segundos 
4. Lavar para remover o ácido fosfórico por 30 segundos 
5. Remover o excesso de água da dentina com papel absorvente ou microesponjas 
6. Realizar a 1ª aplicação (por agitação) do primer + bond no esmalte e na dentina e aguardar 
20 segundos 
7. Fazer leve jato de ar não tão perto da cavidade 
8. Realizar 2ª aplicação (por agitação) do primer + bond no esmalte e na dentina e aguardar 20 
segundos 
9. Fazer leve jato de ar não tão perto da cavidade 
10. Fotopolimerização 
Manipulação - resina composta 
1. Rosquear o embolo para levar o material até a ponta da resina 
2. Recolher a resina com uma das espátulas e levar a cavidade com outra espátula, aplicando 
inicialmente na parede vestibular 
3. Fotoativação por 20 seg 
4. Recolher de novo o material da embalagem e inserir com outra espátula o segundo 
incremento, agora na parede palatina 
5. Fotoativação pror 20 seg 
6. Novo incremento apoiando no menor número possível de paredes da cavidade 
7. Fotoativação 
8. Aplicar última camada da face oclusal, cuidado coma escultura da restauração (pincéis) 
9. Fotoativação 
Manipulação - selante resinoso 
1. Aplicação do ácido por 30 seg nas fissuras 
2. Lavagem e remoção do ácido com ácido e secar com jato de ar 
3. Aplicar o material restaurador nas fóssulas e fissuras, fechando-as 
4. Fotoativação por 40 seg 
5. Certificar que não agarra a sonda exploradora 
Resinas compostas 
• Material restaurador 
• Função: reestabelecer a função dentária 
• Adequada resistência à abrasão (desgaste dente a dente, alimentação) 
✓ Boa adaptação marginal (sem cárie 2ª etc.) 
✓ Biocompatibilidade 
✓ Cor natural dos dentes 
✓ Meados do século XX (silicatos) -> resina acrílica -> resina epóxica -> bis-GMA + silano + 
carga (1962) - resina tornou-se mais popular há mais ou menos 2 décadas. 
✓ 1956 – Boewn (pai da resina composta) - BIS-GMA: bisfenol A (resina epóxica) + metil 
metacrilato de glicidila (resina acrílica). 
• Só o BIS-GMA não resolvia o problema, então em 1962 Bowen descobriu: BIS-GMA (parte 
orgânica) + silano (união) + carga inorgânica (Quartzo) (resistência) -> resina 
composta/resina de Bowen. 
• Composição: 
• Matriz orgânica - BIS-GMA; porção mais fluida; composta de monômeros (alto peso 
molecular – viscoso; baixo peso molecular – fluido). Quanto menor o peso molecular, maior 
contração de polimerização (não desejado) 
• Carga inorgânica - vidro (material que não reage, não contrai, é adicionado para melhorar as 
propriedades mecânicas); partículas de quartzo 1,0 a 100 micrômetros; sílica coloidal 0,02 a 
0,04 micrômetros; vidros de alumínio-silicato de lítio, bário, estrôncio, zinco ou itérbio (1 a 5 
micrômetros) - melhora as propriedades físicas do material; aumenta a resistência ao 
desgaste, compressão, tração, cisalhamento, módulo de elasticidade; diminui a absorção da 
água; reduz a contração de polimerização; reduz o coeficiente de expansão térmica linear. 
• Agente de união: silano (silanização): melhorar a ligação química entre matriz orgânica e 
carga inorgânica; distribuir as tensões e aumentar as propriedades mecânicas. 
• Outros: agentes iniciadores - químico (antes): peróxido de benzoíla; físico (hoje): 
canforoquinona (mais usada). Agentes ativadores - químico: amina terciária; físico: luz 
visível (468nm) - fotoativação que leva à quebra das ligações e forma novas. Agentes 
inibidores: hidroquinona e BHT. Radiopacificadores: óxido de bário e fluoreto de bário. - 
índice de refração 1,5 (esmalte = 1,62). 
• Classificação: 
• Indicações de emprego: dentes anteriores, posteriores, multiuso. 
• Tamanho médio das partículas 
1. Macropartículas 
- Tradicionais ou convencionais (eram autopolimerizáveis) 
- Quartzo inorgânico ou vidro de estrôncio ou bário 
- Tamanho (grande): 5 a 12 micrômetros (esporadicamente 100 micrômetros) 
- Alta resistência mecânica - podendo ser usadas em dentes posteriores sem problemas. 
- Ex: Concise e Adaptic 
- Desvantagens: dificuldade de polimento, rugosidade superficial, deslocamento das cargas 
(crateras) e suscetibilidade ao manchamento. 
2. Micropartículas 
- Sílica pirogênica ou sílica coloidal (mais fácil de polir e esculpi) 
- Tamanho: 0,02 a 0,04 micrômetros 
- Volume de carga: 50 a 60% 
- Ex: Durafill (Külzer) e Silux Plus (3M/ESPE) 
- Muito utilizada pra dentes anteriores, classe V. 
- Quanto menor a partícula, maior o polimento (com matriz orgânica) 
- Lisura superficial: quanto menor o tamanho das partículas de carga, melhor será a lisura 
superficial. 
- Vantagens: lisura superficial, facilidade de polimento e estética. 
- Desvantagens: grande volume de matriz orgânica - absorve mais pigmento, mais água - 
(manchamento e desgaste) e propriedades físicas e mecânicas. 
3. Híbridas (microhíbridas/nanohíbridas): 
- Mais usadas hoje 
- Mistura de macropartículas + micropartículas (tamanhos e tipos diferentes) 
- Características de ambas as resinas 
- Volume de carga: 75 a 80% (inorgânica) - bom, pode usar pra anteriores e posteriores 
- 10 a 20% - micro (sílica) 
- 50 a 60% - macro (vidros) 
- Quanto maior o volume de carga inorgânica, melhores a propriedades físico-mecânicas das 
resinas 
- Microhíbridas: partículas menores do que as da resina híbrida 
- Nanohíbridas: menores partículas ainda 
4. Nanopartículas 
 Tamanho: 0,1 a 100 nm 
 Possui somente nanopartículas 
 Excelente polimento, lisura superficial, manutenção do brilho, resistência 
 Dentes anteriores e posteriores 
 Ex: Filtek XT (3M/ESPE) 
 Nanotecnologia é mais cara, o que aumenta o custo do material – desvantagem 
 Híbridas, microhíbridas e nanopartículas podem ser utilizadas em classes I (post, oclusal), II 
(post, proximal), III (ant, proximal), IV (ant) e V (ant e post, cervical do dente). 
 Microparticuladas podem ser utilizadas em classe III e IV (camada externa - vestibular) e na 
classe V (por não ser tão rígida, bom para região cervical). 
- Viscosidade: alta (condensáveis) - menos usada (por ser mais difícil para unir, deixando 
espaços entre os dentes), média (usada) e baixa (fluida ou flow) 
- A variedade na consistência (viscosidade) das resinas compostas pode ser determinada pela 
modificação na sua composição. 
- Tipo de ativação: química (autopolimerizável) ou física (hoje) - luz visível (fotopolimerizável) 
- Resinas quimicamente ativadas: forma de apresentação - pasta-pasta; pasta base (iniciador - 
peróxido de benzoíla); pasta catalisadora (ativador – amina terciária - oxida com o tempo, 
formando restaurações mais amareladas); marcas comerciais: Concise e Adaptic. 
Desvantagens: tempo de trabalho, incorporação de ar (bolhas) e alterações cromáticas 
(amina terciária aromática). 
- Resinas fisicamente ativadas: forma de apresentação - pasta única (bisnaga); resinas 
fotopolimerizáveis: sistema por luz U.V. (prejuízos) e sistema por luz visível - predominante, 
hoje; comprimento de onda de 400 a 500 nanômetros (azul), com pico de excitação emt 
orno de 480, pasta: iniciador (canforoquinona – principal iniciador por fotoativação física) 
✓ Reação de polimerização (início (ativação), propagação (BIS GMS vão se unindo), término 
(não tem mais ligação dupla)) 
✓ Resinas ativadas por luz visível - indução: 
✓ Resina ---luz visível 468 nm---> canforoquinona excitada <----> amina alifática + radicais livres 
(quebram as duplas ligações) - união dos BIS GMA, formando polímeros 
✓ Tipos de aparelhos fotoativadores 
1. Luz halógena de quartzo-tungstênio (luz quente, filtro interno p/ sair só luz azul por ser luz 
branca, vivia queimando) 
2. LED (Diodos Emissores de Luz) - predomina hoje, até a 4ª geração (luz fria, já é azul, não 
precisa de filtro) 
3. Arco de plasma (mais caro) 
4. Laser de argônio (mais caro) 
- A polimerização adequada das resinas compostas é fundamental para que se obtenham 
propriedades físicas e mecânicas satisfatórias. 
- Dica: medir a potência do aparelho de fotopolimerização (radiômetro) - mínima: 400 
Mw/cm². Potência pode ser alta ou baixa. Com o tempo, a potência do aparelho vai 
diminuindo 
- Variações na densidade de energia, intensidade da luz, tempo de irradiação e técnica de 
fotoativação podem afetar a polimerização, consequentemente, prejudicando o 
desempenho clínico das restaurações de resinas compostas. 
- Problemas/cuidados: 
- Profundidade de polimerização limitada (2mm) 
- Dificuldade de acesso da luz (proximais) 
- Tempos de exposição variáveis de acordo com a saturação 
- Resistência ao desgaste 
- Contração de polimerização 
- Propriedades: 
- Grau de conversão - GC (quantidade de monômeros que vão se tornar polímeros - ideal que 
fosse 100%, mas não se consegue) 
- GC é a medida da porcentagem de duplas ligações carbônicas que foram convertidas em 
ligações simples para formar uma resina polimérica. 
- Quanto mais o grau de conversão, melhor a resistência mecânica e menor o desgaste 
- É influenciado pela composição da resina, transmissão de luz e concentração de moléculasfotossensíveis. 
- Quanto maior a conversão, maior a contração de polimerização. 
- Contração de polimerização 
- A reação de polimerização é caracterizada pela aproximação das moléculas de monômero e, 
consequentemente, por uma redução no volume do material. 
→ Quanto maior a molécula, menor a contração de polimerização. Precisa-se misturar 
moléculas grandes com pequenas. 
→ A magnitude da contração de polimerização de um polímero depende do PESO MOLECULAR 
e da REATIVIDADE DA MOLÉCULA (capacidade do monômero de estabelecer ligações 
covalentes primárias). 
→ Maior peso molecular -> menor contração de polimerização. Bis-GMA – PM: 512. TEGDMA – 
PM:286 
→ Mais reativo e maior o GC -> maior contração de polimerização. Depende do número de 
ligações insaturadas, da distância entre os grupamentos metacrilatos e da flexibilidade da 
cadeia polimérica. 
→ Consequências/problema: redução do volume do material = tensões na interface adesiva. Se 
o estresse for maior que a resistência de união, há infiltração, manchamento, cárie 
secundária. Se o estresse for menor que a resistência de união, há flexão de cúspides, 
sensibilidade pós-operatória, trincas em esmalte. 
→ Inserção da resina composta: técnica incremental – diminui a quantidade de paredes 
aderidas, para reduzir o problema anterior, por meio da redução do fator C = Nº superfícies 
aderidas/Nº superfícies livres. Fator C (configuração cavitária): se define na relação existente 
entre a forma do preparo cavitário e a capacidade de alívio das tensões provenientes da 
contração de polimerização e que se expressa pela razão entre a superfície aderida pela 
livre. 
→ Fases da reação de polimerização (assim que coloca a luz): de fluido para sólido 
→ Fase pré-gel (consegue se mexer): início da reação - tensões de contração geradas são 
dissipadas pela deformação da resina composta das superfícies livre em direção às aderidas. 
→ Ponto gel: resina não sofre deformação (já tem muitos polímeros), gerando tensões 
internas. 
→ Pós-gel: toda contração gera estresse. 
→ Quanto menor for a fase pré-gel, piores serão os resultados em relação à contração de 
polimerização (alta intensidade de luz aos poucos para aumentar a fase pré-gel e polimerizar 
adequadamente) 
→ Técnicas de polimerização 
→ Uniforme contínuo: rápida reação de polimerização (praticamente sem presença de fase 
pré-gel) -> maior tensão na interface dente/restauração. Solução: afastar o aparelho da 
restauração. 
→ Gradual ou ‘’Soft-Start’’ ou Passos: ex: 20s-250 mW/cm² + 40s-600 mW/cm² -> prolonga a 
fase pré-gel, reduzindo as tensões provenientes da contração de polimerização 
→ Rampa ou gradual exponencial: intensidade aumenta gradativamente -> proporciona uma 
reação de polimerização mais lenta, reduzindo as tensões. 
- Pulso tardio ou interrompido: rápida ativação inicial em baixa intensidade, seguida de um 
intervalo de alguns minutos, seguida por uma segunda ativação com alta intensidade. 
- Desgaste (principais mecanismos: desgaste de dois ou três corpos) 
- Influenciado pela tenacidade, porosidade, estabilidade do agente de união, GC, quantidade 
de carga, tamanho, tipo de partícula de carga. 
- Módulo de elasticidade/resistência flexão (rigidez): genericamente, as propriedades 
mecânicas dependem do percentual de carga da resina composta 
- Mais rígidas: RC micro-híbridas viscosidade média a alta (mais elásticas) 
• Menos rígidas: RC microparticuladas. (menos elásticas) 
• Resistência à compressão (semelhante à do dente) 
• Bulkfill (1 incremento) 
• Em cavidades muito profundas e extensas, o método incremental de inserção das resinas 
compostas exige um maior tempo de trabalho, aumentando o risco de contaminação por 
fluidos bucais e de formação de bolhas de ar entre os incrementos. 
• Maior translucidez (usado somente para dente posterior) - esteticamente não fica tão 
bonita, pode ficar acinzentada. 
• Baixa viscosidade 
• Alta viscosidade 
• Composição base semelhante – matriz orgânica + silano + partículas de carga 
• No lugar de tensionar, ele se quebra e se une ao outro monômero, reduzindo a contração de 
polimerização e podendo ser aplicado em um incremento. 
• Vantagem: redução da contração de polimerização e redução do tempo de trabalho/clínico. 
• Desvantagem: custo elevado e não pode usar em dentes anteriores. 
Flúor e selantes 
• Cárie 
• Doença biofilme açúcar dependente 
• Destruição progressiva da estrutura mineral da superfície do dente 
- Acúmulo de biofilme e exposição frequente ao açúcar 
- Lesão cavitada e mancha branca ativa (opaca) 
- Microbiota: 
- Estreptococos grupo mutans - lesão inicial 
- Lactobacilos - lesão cavitada 
- Actinomices - cárie radicular 
- A produção de ácidos pelas bactérias acidogênicas e acidúricas no biofilme dental é um pré-
requisito essencial para o desenvolvimento das lesões de cárie. 
- Lesões de cárie só ocorrem onde o biofilme se forma e permanece durante longos períodos 
de tempo. 
- Regiões mais acometidas pela cárie: 
- Ao longo da margem gengival 
✓ Na junção cemento-esmalte quando exposta 
✓ Nas superfícies oclusais (cicatrículas e fissuras), com maior risco antes dos dentes entrarem 
em oclusão 
✓ Nas áreas interproximais, abaixo dos pontos ou facetas de contato 
✓ Houve redução do índice de CPOD (dentes cariados, perdidos ou obturados) ao longo dos 
anos 
✓ Flúor - legislação 
• 1974 – Lei federal nº 6.050 tornou obrigatória a adição de fluoretos à água de consumo 
humano. 
• 1975 – A portaria nº 635 estabeleceu os padrões para a operacionalização da medida, 
incluindo os limites recomendados para a concentração do fluoreto em razão da média das 
temperaturas diárias. 
• 1988 – No Brasil, historicamente, considera-se que a partir de 1989 houve exposição 
abrangente da população a dentifrícios fluoretados, uma vez que, a marca comercial 
responsável por 50% das vendas foi fluoretada em setembro de 1988. 
• Cárie - epidemiologia 
• Redução dos índices de cárie no Brasil: 
• Expansão da fluoretação das águas de abastecimento público como estratégia preventiva 
populacional 
• Incorporação de flúor aos dentifrícios disponíveis comercialmente 
• Expansão das estratégias preventivas populacionais, especialmente após a descentralização 
das medidas coletivas em saúde 
• Flúor e selantes (tratamento não invasivo para as lesões cariosas, não impede a cárie, mas 
diminui mais) 
• Controle da doença 
• Prevenção 
• Indicação de uso cada vez maior 
• Cariologia - mudança de conceito 
• Cárie NÃO é uma doença infecciosa e transmissível, e sim faz parte de um conjunto de 
doenças não comunicáveis como o câncer, diabetes e doenças cardiovasculares (OMS, 
2015). Assim, não se transmite por beijo ou colher. Também não é herdada. Pais e mães 
podem transmitir hábitos, costumes e atitudes. 
• Fluoretos não formam dentes mais fortes, e sim atuam no dia-a-dia diminuindo a 
desmineralização e aumentando a remineralização. 
✓ Controle da doença 
✓ Através da desorganização periódica do biofilme (necessário) - escovação 
✓ Restrição da ingestão de açúcar (altamente desejável) 
✓ Uso racional de fluoretos (indispensável) 
✓ Flúor - mecanismo de ação 
• Age na dinâmica do processo de remineralização e desmineralização, diminuindo a 
velocidade de desenvolvimento das lesões de cárie (efeito físico-químico) 
• Reduz a solubilidade do esmalte, pois forma cristais de fluorapatita e hidroxiapatita 
fluoretada 
• PH crítico (cai) para dissolução é 4,5 
• PH < 4,5 -> erosão/perda mineral de cálcio, fosfato e fluoreto 
• Efeito físico-químico 
• Desmineralização dental na ausência de fluoreto -> dissolução de minerais na forma de HA = 
perda mineral máxima 
• Desmineralização dental na presença de fluoreto -> dissolução de minerais na forma de HA - 
precipitação simultânea de minerais contendo fluoreto (FA) = menor perda de mineral 
• Remineralização dental na ausência de fluoreto -> precipitaçãode minerais (HA) pela ação 
da saliva = reversão parcial do mineral perdido 
• Remineralização dental na presença de fluoreto -> precipitação de minerais (HA) pela ação 
da saliva - precipitação de minerais contento fluoretos (FA) = maior reversão do mineral 
perdido 
• Efeito antimicrobiano 
- Estudo laboratorial (constante) – 10 ppm ou valor próximo -> efeito antimicrobiano 
- Cavidade oral -> não constante 
- Meios de uso 
- Coletivo (principalmente a água fluoretada, alimentos cozinhados com essa água, sal 
fluoretado) 
- Individual (dentifrícios - deve conter no mínimo 1000 ppm F na forma solúvel para que 
tenha efeito anticárie máximo, reduzindo a desmineralização e promovendo a 
remineralização, tanto para a dentição decídua como para a permanente - e enxaguatórios 
bucais - bochechos) 
✓ Profissional (os principais veículos de aplicação tópica profissional de fluoreto são o gel, 
espuma e o verniz fluoretado (amarelado, mais utilizado em pacientes com mancha branca 
ativa, aplicado depois da profilaxia), cuja concetração de fluoreto varia de 9000 a 22500 ppm 
F. -> produtos da reação: FA (fluoreto fortemente ligado) e CaF2 (fluoreto fracamente 
ligado). Com relação ao gel fluoretado (acidulado ou neutro), a quantidade de CaF2 é 
aumentada quando o produto tem PH ácido (acidulado). Flúor gel – como utilizar? 
Isolamento relativo, agir por 1 minuto, não ingerir água nem comer por 30 minutos após a 
aplicação. 
✓ Fatores que devem anteceder a aplicação tópica de flúor 
1. Evidenciação de placa 
2. Instrução de higiene oral (na frente do espelho, mostrando o uso correto do fio dental e da 
escova) 
3. Profilaxia com escova de Robson e pasta profilática 
4. Aplicação tópica de flúor 
5. Instrução de uma dieta adequada 
6. Instrução de realizar visitas periódicas ao dentista 
• Flúor - toxicidade 
• Intoxicação aguda – ocorre pela ingestão de uma grande quantidade de F-, de uma só vez, 
podendo causar desde irritação da mucosa gástrica até a morte. Acidentes que podem 
ocorrer, quando uma criança ingere sem querer. 
- Sinais e sintomas: > 3 mg F -> desconforto gástrico, vômito; hipersalivação, náusea, diarreia, 
dor de cabeça, suor frio e convulsões; hipocalcemia/hiper, queda da pressão, depressão 
respiratória, arrtimia, coma e morte. 
- Cuidados: utilizar pequena quantidade do gel; posicionar o paciente em posição vertical; 
utilizar sugador durante o procedimento; pedir para o paciente cuspir por 30s. 
- Intoxicação crônica - efeito sistêmico resultante da ingestão diária de pequenas quantidades 
de F, a partir de diferentes fontes, tendo efeito nos tecidos mineralizados do corpo 
(dente/osso). 
- Fluorose: clinicamente, se caracteriza por uma hipomineralização do esmalte, que pode 
apresentar desde um aumento de opacidades difusas pela coroa dos dentes, até um aspecto 
esbranquiçado e perda da estrutura. Só ocorre quando o dente/esmalte está em formação. 
Normal: ameloblastos (matriz extracelular – 25% proteínas) -> remoção da matriz <1% -> 
mineralização do esmalte (cálcio/fosfato). Excesso de F: ameloblastos (matriz extracelular 
25% proteínas) -> remoção da matriz inibida -> mineralização do esmalte prejudicada. O 
período de risco para o desenvolvimento de fluorose na dentição permanente vai do 
nascimento aos 8 anos de idade. E o risco de desenvolver fluorose nos incisivos centrais 
superiores aumenta se houver exposição a F por mais de dois anos durante os primeiros 4 
anos de vida. 
- Quantidade de flúor: correspondente ao tamanho de um grão de arroz (aprox. 0,1g) para 
crianças de até 4 anos. Quantidade semelhante a um grão pequeno de ervilha (0,25 a 0,3g) 
para crianças com 4 anos ou mais. 
 
• Selantes de fóssulas e fissuras 
• Material dentário preventivo – cimento, material aplicado em uma camada fina para selar 
fóssulas e fissuras ou material restaurador que libera um agente terapêutico como flúor 
e/ou íons mineralizadores para prevenir ou interromper a desmineralização da estrutura 
dentária. 
• Adequação do meio bucal 
• Prevenir lesões de cárie 
- Desde o seu reconhecimento pela ADA em 1976, vem sendo utilizado como método 
preventivo, seguro e eficar 
- Alternativa conservadora ao tratamento restaurador 
- Preservação da estrutura dental + paralização da lesão cariosa (bem aderidos) 
- Mecanismo de ação: barreira física e/ou ação química (fluoretados) nas cicatrículas e 
fissuras 
- Considerar o risco de doença de cada paciente através de uma anamnese criteriosa 
- Anatomia da superfície oclusal: fóssulas, fissuras e cicatrículas 
- A anatomia da superfície oclusal em geral não podem ser adequadamente escovada ou 
protegida pelo uso de flúor e 95% de todas as lesões de cárie ocorrem nesta superfície. 
- Selantes são materiais plásticos resinosos desenvolvidos para se aderir ao esmalte e usados 
desde a década de 70. Deve-se analisar cada caso, para decidir se aplica o resinoso, de CIV, 
etc. 
- Vantagens: 
- A aplicação de selantes é uma medida preventiva conservativa que pode ser realizada sem 
anestesia ou preparo do dente 
- Depois de polimerizado, o selante forma uma barreira entre o dente e o ambiente 
prevenindo a entrada de bactérias na fissura 
- Requisitos: 
- Adesão ao esmalte 
- Aplicação clínica simples 
- Polimerização rápida (mais no resinoso) 
- Não ser prejudicial aos tecidos bucais 
- Solubilidade baixa 
- Baixa viscosidade (favorecer o escoamento) 
- Classificação: (tipo de material) 
- Ionoméricos 
• Resinosos 
• Cor: 
• Translúcidos 
• Pigmentados. Vantagem: melhor controle clínico da sua retenção ao longo do tempo. 
• Presença ou não de CARGA: com carga (opacos/branco) - mais resistente 
- Polimerização: 
- Química 
- Fotoativado 
- Indicação: 
- Para pessoas com moderado ou alto risco de desenvolver cáries 
• Em lesões de cárie incipiente (limitada ao esmalte de fóssulas e fissuras) - elimina o 
suprimento de O2 e matéria orgânica, inibindo a proliferação bacteriana -, xerostômicos e 
com aparelhos ortodônticos 
• Estágio de erupção dentária - 1º e 2º molares, pré-molares recém erupcionados 
• Idade e higiene do paciente 
• Histórico de cárie do indivíduo 
• Hábitos alimentares 
• Cooperação e confiança no retorno do paciente 
• Tipo e morfologia do dente (cicatrículas e fissuras profundas e estreitas) 
• Julgamento clínico de cada paciente 
• Os selantes fazem parte de um procedimento preventivo que deve ser aliado a outros que 
visam o controle da placa bacteriana 
• NÃO indicação: 
• Pacientes com baixo risco de desenvolver cárie 
• Pacientes livres de cárie 
• Superfícies oclusais livres de cárie 
• Cicatrículas e fissuras rasas e bem coalescidas e amplas em pacientes sem sinais de atividade 
de cárie 
• Dentes com cárie proximal evidente clínica ou radiograficamente ou cárie oclusal em 
dentina 
• Pacientes alérgicos a metacrilato no caso de selantes resinosos 
• Eficácia: 
• Obs: o selante, quando aplicado, pode perder-se parcial ou totalmente da superfície oclusal, 
mas permanece presente no interior das microporosidades do esmalte, oferecendo ainda 
proteção contra invasão bacteriana em uma lesão, através das fendas que se formam no 
esmalte condicionado. 
• Autores concluíram que a resina composta fluida e o cimento de ionômero de vidro 
modificado por resina apresentam capacidade de selamento marginal semelhante à do 
selante resino autopolimerizável sem carga. 
• Selante resinoso: 
- Técnica de aplicação mais sensível 
- Maior retenção com o passar dos meses 
- Maior penetração e vedamento marginal 
- Selantes ionoméricos: 
- Técnica de aplicação menos sensível (adesão química) 
- Liberação de flúor 
- Indicação para dentes em erupção e durante a maturação do esmalte 
- Menor penetração e vedamento marginal (apresentou mais falhar e não atingiu a região 
mais profunda) 
- Controle final dos selantes: 
- Controle cuidadoso nos primeiros 6 a 12 meses 
- Pacientesde alto risco – radiografias interproximais a cada 1 a 3 anos 
- Replicação apenas em casos de perda parcial e formação de nichos de retenção de placa 
 
✓ Flúor e selantes são importantes para prevenção de cárie, aliados a uma boa instrução de 
higiene bucal e ao controle de dieta. 
Amálgama 
✓ Amálgama é qualquer mistura que contenha mercúrio. 
✓ Amálgama é um tipo de liga metálica, formada basicamente por prata (40-70%), estanho 
(17-30%) e mercúrio (0-3%), podendo ainda existir zinco (0-2%), cobre (2-40%), índio (0-
10%), paládio (0-7%), etc. 
✓ Características: 
• Material não adesivo (não tem união química, diferentemente do sistema adesivo e da 
resina, adesão puramente mecânica, as paredes circundantes da cavidade que impedem o 
deslocamento da restauração) 
• Baixa resistência à tração (necessita de uma espessura mínima (2mm), para que o material 
não sofra fratura durante a mastigação) 
• Baixa resistência de borda (no ângulo cavo-superficial – margens da cavidade - não pode ter 
ângulos muito agudos, deve ser entre 60-90 graus) 
• Baixa resiliência (não tem capacidade de absorver as tensões da mastigação) 
• Alto módulo de elasticidade (extremamente rígido) 
✓ Falhas e insucessos 
✓ Preparo cavitário incorreto (dentista) – 56% 
✓ Manipulação inadequada (dentista) – 40% 
✓ Outros fatores – 4% 
✓ Composição e função dos constituintes 
- Prata (40-70%) - principal elemento 
- Aumenta a resistência 
- Aumenta a expansão volumétrica 
- Retarda a perda de brilho da superfície 
- Diminui o escoamento (crep - deformação plástica permanente que o material sofre quando 
ele tá submetido a tensões cíclicas (mastigação). Ex: ônibus passando várias vezes no 
asfalto). 
• Estanho (17-30%) - controla a alteração dimensional causada pela prata 
• Reduz expansão (controla a alteração volumétrica, só não pode estar em excesso) (positiva) 
• Aumenta contração (negativo) 
• Reduz resistência e dureza 
• Forma a fase y2 (gama 2): baixa resistência e maior escoamento e corrosão 
• Cobre (2-40%) - substituto da prata 
• Semelhante à prata 
• Mais barato do que a prata 
• Ligas de alto teor de cobre apresentam maior resistência, sofrem menos corrosão ao passar 
do tempo, por inibir a fase gama 2 proporcionada pelo estanho. 
• Zinco (0-2%) 
✓ Desoxidante da liga (redutor) 
✓ Maior plasticidade – mais fácil de ser trabalhada e esculpida pelo dentista 
✓ Expansão tardia 
✓ Tem que ser trabalhado em lugares sem contaminação por umidade, pois sofrem expansão 
volumétrica exacerbada, conhecida como expansão tardia. 
✓ Ligas de amálgama - fabricação 
- A prata + estanho + cobre + zinco são fundidos (de sólido pra líquido) e moldados em um 
lingote 
- O lingote passa por um tratamento térmico homogeneizador (450 graus celsius por 24h) - 
distribuição mais homogênea dos componentes, para depois resfriar. 
- Tipos de partículas: limalha (corte mais irregular) e esferoidais (mais regulares no seu 
tamanho e formato) 
- Partículas tipo limalha: 
- Em temperatura ambiente, ocorre o corte ou usinado do lingote 
- Moinho de bolas – reduz tamanho dos grãos 
- O pó é peneirado por telas - graduação do tamanho dos grãos (seleção do tamanho dos 
grãos). 
- Envelhecimento – tratamento da superfície com ácido, a 100 graus celsius por 1h, para 
liberar tensões, dar maior estabilidade na reatividade e nas propriedades do amálgama. 
- Corte regular – 45 micrômetros 
- Corte fino – 35 micrômetros 
- Corte microfino – 26 micrômetros 
- Partículas tipo esferoidais: 
- Partículas esféricas 
- ‘’Atomização’’ - pulverização do material derretido em atmosfera inerte, em meio gasoso ou 
líquido 
- Partículas de 10 a 37 micrômetros 
• Vantagens: aumenta resistência à compressão e tração; aumenta resistência marginal; 
relação Hg/liga mais baixa (pois partículas mais regulares têm menor área superficial). 
• Ligas de amálgama - Tamanho das partículas 
• Pequenas são mais utilizadas 
• Acabamento mais fácil 
• Superfície mais lisa 
• Endurece mais rápido 
• Maior resistência 
• Melhor adaptação 
• Ligas de amálgama - Classificação quanto a forma 
• Limalha 
• Esferoidal 
• Dispersa (mistura de limalha e esferoidal) 
• Ligas de amálgama - Classificação quanto ao conteúdo de cobre 
• Baixa teor de cobre - <6% 
• Alto teor de cobre - 13-30% 
• Ligas de amálgama - Classificação quanto à presença de zinco 
• Ligas sem zinco - <0,01% 
• Ligas com zinco - >0,01% 
• Reação de cristalização (reação de presa) 
• Baixo teor de cobre 
• Cobre é desprezível, passa despercebido, e o zinco facilita a confecção da liga pelo 
fabricante, já que ele é um elemento redutor, ou aumenta a plasticidade da liga durante a 
confecção da restauração de amálgama, não tendo, também, grande influência sobre a 
reação de cristalização. 
• Ag3Sn (fase gama/liga) + Hg (líquido) -> Ag2Hg3 (fase gama 1) + Sn7Hg (fase gama 2) + 
Ag3Sn (fase gama/liga) (parte que não participa/é consumida da reação). 
• Fase gama 1 (matriz que reúne as partículas originais que não foram consumidas – fase 
gama) mais numerosa, pois Ag e Hg reagem bem. 
• Forma-se espaços vazios (porosidade – ar), que antes era mercúrio. Faz-se a compactação, 
para tornar o material mais coeso. 
• Desvantagem: formação da fase gama 2 (piores propriedades para durabilidade clínica: 
menor resistência, maior creep e maior corrosão). 
• Propriedades mecânicas (resistência, dureza): gama > gama 1 (matriz que reúne as 
partículas) > gama 2 
• Escoamento (creep) - deformação plástica: gama 2 > gama 1 > gama 
• Corrosão: gama 2 > gama 1 > gama 
• Solução: evitar a formação da fase gama 2, para evitar esses efeitos ruins, formando ligas 
com alto teor de cobre. 
• Alto teor de cobre – fase dispersa (limalha e esferoidal) 
• Reação 1: Ag3Sn (limalha) + AgCu (esferoidal - eutético) + Hg -> Ag2Hg3 + Sn7Hg + Ag3Sn 
• Reação 2: (estanho tem mais afinidade com o cobre, do que com o mercúrio) Sn7Hg + AgCu -
> Ag2Hg3 + Cu6Sn5 (fase eta) 
• Fase gama + £eutético + Hg -> gama 1 + eta (‘’n’’) + gama + £eutético (assim, suprime a fase 
gama 2, é consumida, se for trabalhada dentro das quantidades adequadas, pois se for 
usada grande quantidade de mercúrio, forma-se a fase gama2) 
• Também tem as porosidades das partículas 
• Alto teor de cobre - fase única (partículas esféricas contendo prata, cobre e estanho) 
✓ Ag-Sn-Cu esferoidal (Ag3Sn + Cu3Sn) + Hg -> Ag2Hg3 + Cu6Sn5 + Ag-Sn-Cu 
✓ Gama + £ + Hg -> gama 1 + eta + gama + £ 
✓ Ocorre mais rapidamente, pois as partículas são menores e a quantidade mercúrio 
necessária para o molhamento das partículas é menor, levando, assim, menos tempo para 
que ocorra o consumo de mercúrio. 
✓ Propriedades do amálgama 
 
- Alteração dimensional 
- Contração: Hg dissolve Ag - contração inicial 
- Expansão: colisão dos cristais de gama 1 quando há Hg suficiente para formar a matriz 
- Mais prata, maior expansão. Mais estanho, menor expansão, podendo ter até contração. 
Isso deve respeitar os limites estabelecidos pela ADA (0,04 ou 4%). 
- Expansão excessiva - protrusão da restauração (saindo da cavidade) 
- Contração indevida - infiltração marginal (espaço entre dente e material restaurador) 
- Influência do zinco – VANTAGENS: maior plasticidade da liga; função antioxidante durante a 
usinagem; melhor integridade/adaptação/resistência marginal. DESVANTAGEM: defeitos 
associados à expansão tardia, ocasionada pela contaminação por umidade - água, saliva, 
sangue (zinco + água reage e forma óxido de zinco – ZnO – e H2 (gás que quer escapar, 
fazendo a expansão) – o que leva à expansão tardia que ocorre 24 a 48h após a realização da 
restauração). 
- Propriedades mecânicas 
- Resistência à compressão - 80MPa – 1hora 
- Resistência à tração - baixos valores (1/10 da resistência à compressão) - tem que ter uma 
espessura mínima de material restaurador (2mm). Se for menor que esse limite, corre o 
risco de sofrer fraturas no corpo do materialrestaurador. 
• Módulo de elasticidade – 50 a 60GPa (extremamente rígido) 
• Creep (escoamento) - tensões estáticas/dinâmicas -> deformação permanente. Inferior a 
4%. Consequências: maior índice de fratura na margem/borda da restauração. Maior nas 
ligas de baixo teor de cobre (limalha), apesar de ainda atender ao limite de 4%, e menor no 
alto teor de cobre. Zinco diminui o creep, então ligas com zinco têm menor creep e sem 
zinco têm maior creep, independente de elas serem de baixo ou de alto teor de cobre. 
• Alteração dimensional e resistência 
• Fatores relacionados: proporção mercúrio/liga (quanto menor a quantidade de mercúrio, 
menor as alterações dimensionais e maior a resistência); formato e tamanho das partículas 
(partículas menores e esferoidais dão menor alteração dimensional e maior resistência); 
trituração (hoje, não influencia tanto, pois já vem pré-dosada); condensação (compactação 
da massa, reduzindo a concentração do mercúrio/porosidade interna – quanto menos 
mercúrio, melhores as propriedades finais). 
• Propriedades químicas 
• Corrosão: alimentos contendo enxofre; componentes da saliva (água, oxigênio e íons 
cloreto). Produtos da corrosão (óxidos) melhoram o selamento marginal (interface entre 
dente e restauração), através da deposição de produtos da corrosão na interface 
dente/amálgama, mas podem levar também ao escurecimento dental. Corrente galvânica - 
metais dessemelhantes; meio úmido (saliva - eletrólito); par elétrico com diferença de 
potencial. 
• Propriedades térmicas 
• Condutividade/difusividade térmica (bom condutor de calor e elétrico) 
• Coeficiente de expansão térmico linear (3x maior que o da dentina) 
• Propriedades biológicas 
• Toxicidade: MERCÚRIO - intoxicação do paciente: Hg liberado na saliva – 13,5 
microgramas/dia; Hg absorvido no trato gastrointestinal – 10%; baixo nível de Hg no sangue 
e na urina; nível de Hg em peixes – 100 a 200x maior. Ou seja, intoxicação desprezível para 
os pacientes, não tem grande potencial tóxico. Dentista e atendentes têm que ter cuidado 
para não se contaminar com os vapores de mercúrio - nível máximo de exposição 
considerado seguro: 50 microgramas de Hg/m³ de ar – o maior risco para a equipe 
odontológica é a INALAÇÃO dos vapores (volátil à temperatura ambiente). 
• Toxicidade durante o procedimento odontológico: trituração (1-2 microgramas de Hg); 
condensação/escultura (6-8 microgramas de Hg); polimento a seco/sem refrigeração 
adeuqada (44 microgramas de Hg); polimento com refrigeração (2-4 microgramas de Hg); 
remoção de restaurações com sucção (15-20 microgramas de Hg). 
• Recomendações básicas para segurança na manipulação do mercúrio: 
• Evitar a criação de fontes produtoras de vapores de mercúrio; 
• Manter o amalgamador longe de fontes de calor; 
• Manter o ambiente com ventilação apropriada; 
• Evitar o contato com a pele; 
• Usar refrigeração ao remover ou polir restaurações; 
• Armazenar os resíduos em recipientes hermeticamente fechados contendo solução fixadora 
radiográfica (ajuda a fixar prata e mercúrio). 
• O amálgama dental parece não oferecer risco à saúde do paciente, em relação às disfunções 
renais, neurotoxicidade, imunocompetência reduzida ou gravidez. (FDA) - Grávida pode 
receber restauração de amálgama! 
 
✓ Manipulação 
1. Seleção da liga/mercúrio 
2. Proporcionamento (hoje não fazemos, pois já vem as cápsulas - com liga metálica e 
mercúrio - dosadas) A) peso - técnica de Eames: 1/1 - balança de Grandall; cápsulas pré-
dosadas. B) Volumétrico: amalgamadores. 
3. Trituração (propiciar uma amlgamação apropriada entre o Hg e a liga; remover a película de 
óxido que recobre a liga). Tempo de trituração pode variar com velocidade e oscilação do 
amalgamador, liga a ser utilizada e tamanho das porções de amálgama. 
4. Remoção do excesso de mercúrio (trituração manual) 
5. Condensação - compactar a liga na cavidade; eliminar porosidades; assegurar uma 
continuidade da fase de matriz; diminuir o Hg residual. Manual (mais feita hoje, com os 
condensadores de Ward – 1 e 2. Varia com a área da ponta ativa do condensador e com a 
força exercida pelo operador sobre a ponta ativa), mecânica (boa adaptação às paredes 
cavitárias; menor fadiga ao dentista; tipo do dispositivo – impacto ou vibratório) ou 
ultrassom (boa adaptação às paredes cavitárias; menor fadiga; liberação de calor e liberação 
de Hg). 
6. Escultura (reproduzir a anatomia do dente; início da escultura – o amálgama DEVE 
apresentar resistência ao instrumento (de corte) da escultura – grito do amálgama) 
7. Brunimento – melhora a adaptação do amálgama às paredes cavitárias; diminui a infiltração 
marginal; produz uma superfície mais lisa; elimina porosidades. Pré-escultura: remoção do 
Hg residual; adaptação às margens cavitárias; redução de porosidades. Pós-escultura: 
homogeinização da superfície. 
8. Acabamento e polimento – remover riscos, fissuras e irregularidades da superfície; 
minimizar o aparecimento de corrosão; início do polimento somente 24h após a 
condensação. 
 ideal - plástica: textura homogênea, 
aveludada.

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