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Olho vermelho

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INTRODUÇÃO 
OBS: É muito difícil criar resistência em colírios com antibiótico, porque o antibiótico só vai fazer efeito 
enquanto o colírio estiver no olho, depois de algum tempo ele sai devido a lubrificação ocular. Se estiver em 
dúvida se é conjuntivite bacteriana ou viral, pode receitar colírio com antibiótico, pois dificilmente criará 
resistência. 
OBS2: Tomar cuidado com colírios antibióticos associados com corticoide (dexametasona), pois quando 
indicado erroneamente ou precocemente, pode criar um quadro de sinequia de conjuntiva ou 
ceratoconjuntivite. 
OBS3: Orientar o paciente que após o início do tratamento o quadro pode persistir por 3 dias até a melhora. 
Só procurar ajuda novamente se o quadro piorar. 
SÍNDROME DO OLHO VERMELHO 
• Uma das principais causas de procura por atendimento de urgência. 
• Embora na maior parte das vezes as causas relativamente benignas, existem situações graves com 
elevado risco de perda de visão. 
• Importante que o médico generalista reconheça as diferentes condições que acarretam “olho 
vermelho”. 
• O primeiro passo: HISTÓRIA E SINTOMAS. 
• Excluir as situações consideradas de maior risco: 
o Dor ocular; 
▪ Queixa principal em conjuntivite viral: sensação de corpo estranho, “parece que tem 
areia”. Irrita, incomoda o paciente, mas não é considerado dor ocular. Perguntar mais 
sobre essa “dor”. Ex: O senhor acorda de madrugada devido a dor? 
o Diminuição da acuidade visual; 
▪ Diferenciar se a acuidade visual diminui intermitentemente. Ex: Depois que pisca um 
pouco, melhora a visão? Se sim, não é considerado diminuição da acuidade visual, 
pois a secreção lacrimal melhora o quadro (conjuntivite). 
o Trauma, uso de lente de contato; 
▪ Lente de contato é a principal causa de úlcera de córnea. 
o Exposição a substancias químicas (queimadura química); 
o Cirurgia intra-ocular recente; 
o Olho cronicamente vermelho; 
INDICAÇÃO DE ENCAMINHAMENTO IMEDIATO DE OLHO VERMELHO AO OFTALMOLOGISTA 
• Unilateral com náuseas e vômitos; glaucoma agudo. 
• Hipópio (purulência no seguimento anterior, neutrófilos da câmara anterior) ou hifema (sangramento 
na câmara anterior – dentro do globo); 
• História de trauma penetrante; 
o Quando perfura o olho, ele perde a sua pressão, fica com a mesma da atmosfera, se pingar 
algum colírio/lavar, as bactérias presentes na córnea podem entrar e causas uma infecção 
intraocular (endoftalmite). Prognóstico é baixo. 
• Dor ocular severa ou baixa visual; 
• Opacidade corneada que cora com fluoresceína; representa 
ulceração. 
*Prof comenta que pode cobrar em prova as situações de maior risco e quando 
encaminhar para o oftalmologista. 
Dr. Diogo Neves da Rocha 
MANEJO PELO CLÍNICO 
• Hordéolo; 
• Calázio; 
• Blefarite; 
• Hemorragia subconjuntival; 
• Conjuntivites infecciosas e alérgicas; 
• Abrasão corneana*; 
• Corpo estranho*; 
• Uso de lentes de contato*; 
• Olho seco; 
o Os casos com asterisco falar para o paciente que se não melhorar é para procurar um oftalmologista. 
• Infecção dos cílios. 
• Principal causa de olho vermelho no PS. 
• No folículo piloso dos cílios é comum a presença de 
bactérias, principalmente a S. Aureus. Esse grupo de 
bactérias produz uma toxina chama toxina A que causa 
irritação ocular. 
• Pode-se encontrar “caspas”/crostas na base dos cílios. 
• Conduta: limpeza local. Orientar o paciente a lavar com shampoo/sabonete neutro de maneira 
contínua. Pode prescrever colírios lubrificantes, de lagrima artificial se houver irritação. 
• Infecção da glândula da margem palpebral. 
• Também conhecido como tersol ou viúva. 
• Na margem palpebral existe uma glândula chamada Meibomius, responsável 
pela produção do componente oleoso da lágrima. Esse óleo é nutritivo, o que 
pode levar a uma infestação por bactérias causando o quadro. 
• Conduta (livro): compressas mornas por 3 dias. Vai deixar a secreção mais 
fluida que vai ser drenada pelo óstio lacrimal. 
o Conduta feita normalmente: pomada de antibiótico + corticoide (ciprofloxacino + 
dexametasona), 4x/dia por 7-10 dias. Pode drenar o abscesso também, se houver ponto de 
drenagem. 
• Evaporativo x Sjogren (por insuficiência de produção). 
• Com um papel absortivo consegue medir a quantidade (em mm) de lágrima 
que o paciente produz. 
o Menor de 5mm é indicativo de insuficiência de produção. Encaminha 
ao reumatologista. 
• O evaporativo é a maior causa de olho seco (blefarite, irritação devido a 
maquiagem, alergia, uso excessivo de tela em ambiente com ar 
condicionado). 
• A lágrima é produzida em uma quantidade 
adequada, mas a qualidade não é 
insuficiente para lubrificação ocular. A 
córnea do paciente acaba perdendo 
epitélio devido a esta falta de lubrificação. 
Nesses casos consegue ver a falta de 
lubrificação usando corantes. 
• Conduta: colírio lubrificantes ou fármacos específicos para Sjogren. 
• Quadros pouco comuns de olho vermelho, porém quando presentes deve 
investigar doenças reumatológicas. 
• Esclerite: inflamação da esclera. 
• Episclerite: inflamação da episclera. 
• O marcador dessas alterações é a dor. A dor é onde está vermelho e ao toque. 
• O fundo de saco lagrimal (região embaixo do olho, “atras” dos cílios inferiores) 
está branco, sem vermelhidão. Diagnostico diferencial com conjuntivite, que nela, 
o fundo de saco está hiperemiado. 
• Esse é um quadro que vale ser encaminhado ao oftalmologista. 
• Conduta: anti-inflamatório (naproxeno 250mg) 2x/dia por 7 dias. 
 
DIFERENÇAS ENTRE OS QUADROS DE OLHO VERMELHO 
 CONJUNTIVITE 
VIRAL 
CONJUNTIVITE 
BACTERIANA 
ÚLCERA DE 
CÓRNEA 
GLAUCOMA 
AGUDO 
UVEÍTE 
ANTERIOR 
SECREÇÃO Aquoso Purulenta Purulenta Ausente Ausente 
VISÃO Conservada ou 
pouco 
diminuída 
Conservada Diminuída Baixa 
importante da 
visão 
Baixa visual 
moderada 
DOR Secreção de 
corpo estranho 
Secreção de 
corpo estranho 
Moderada Intensa Moderada a 
intensa 
HIPEREMIA Difusa Difusa Pericerática Pericerática Pericerática 
CÓRNEA Normal ou 
infiltrados 
Normal Áreas 
opacificadas 
Turva (edema 
de córnea) 
Transparente 
PUPILA normal Normal Normal Médio-midríase Miose 
• Uveíte é uma inflamação intraocular. Pode ser anterior (quando é na 
frente do cristalino), intermediária (quando ela é imediatamente posterior 
ao cristalino – inflamação do corpo ciliar) ou posterior (retinites, coriotiites, 
corioretinites). Geralmente cursam com olho vermelho, baixa visual 
moderada a importante. 
• Uveíte anterior: olho vermelho, doloroso, com fotofobia. A vermelhidão 
é em volta da córnea (hiperemia pericerático). 
• Pupila todas são normais exceto o glaucoma agudo. A uveíte da miose 
porém é dificil de perceber. 
• Conjuntivite é a inflamação da conjuntiva. Pode ocorrer em qualquer grupo etário e sem predileção 
por sexo. 
• Geralmente o processo quando restrito à conjuntiva, costuma ser auto-limitado e a resolução não 
implica em sequelas. 
• Entretando, em alguns casos de conjuntivite, pode haver comprometimento da córnea com perda 
permanente da visao, como na conjuntivite gonocócica, ou levar a uma morbidade ocular prolongada 
como no caso da ceratoconjuntivite adenoviral e nas ceratoconjuntivites atópicas e primaveril. 
o A conjuntivite gonocócica é a conjuntivite neonatal, criança foi contaminada no canal de parto. 
o Na conjuntivite adenoviral a córnea pode ficar opaca devido a excesso de infiltrados, quando 
o quadro é exuberante (ex: quando indicado colírio com corticóide). 
o Nas conjuntivites atópicas e primaveris, o ato do paciente coçar o olho faz com que ele tenha 
uma úlcera em escudo, que acaba perdendo a transparência corneana. 
 
FUNDO DE SACO LACRIMAL 
PADRÃO PERICERÁTICO 
CLASSIFICAÇÕES 
Quanto ao agente causal: 
• Infecciosa; 
o Bacteriana; 
o Viral. (90% das conjuntivites); 
o Clamidea; 
• Alérgica; 
• Irritativa; 
• Tóxica; 
• Relacionada a alterações palpebrais; 
o Paciente que tem a palpebra mal posicionada pode ficar com a conjuntiva seca devidoa 
irritação pelos cílios. 
• Associada a doenças sistemicas (Sd. de Sjoegren, doença de Graves, Sd. de Reiter, penfigóide, 
psoríase); 
Quanto ao tempo de início dos sintomas: 
• Hiperaguda: menos de 12 horas; 
• Aguda: menos de 3 semanas; 
• Crônica: mais de 3 semanas; 
• Neonatal: do nascimento até 28 dias de vida; 
SINAIS E SINTOMAS 
• Hiperemia conjuntival (olho vermelho); 
• Secreção: aquosa (lacrimejamento), mucóide ou mucopurulenta; 
o Muco: elástico. Quando aperta entre os dedos ele estica igual um elástico. 
o Pus: consistência fluida, amarelada, com cheiro ruim. 
o Secreção aquosa: viral; 
o Secreção mucopurulenta: bacteriana; 
o Secreção mucóide: alérgica; 
• Prurido, ardor; 
• Queimação; 
• Sensação de corpo estranho; 
• Os pacientes com conjuntivite tem mais desconforto e ardor do que 
propriamente dor. A dor não é um sintoma frequente e devemos 
pensar em outras causas de olho vermelho que não a conjuntivite. 
DOR = sinal de alerta. 
• Geralmente não compromete a visão (só compromete a visão se der 
ceratoconjuntivite); 
• Edema de conjuntiva (quemose); 
• Edema palpebral e pseudo-ptose; 
• Outros sinais: linfadenopatia satélite (Sd. oculo-glandular de Parinaud, conjuntivites adenovirais), 
hemorragias; 
CONJUNTIVITES BACTERIANAS 
• As bactérias mais frequentes são: Staphylococcus aureus (em todas as faixas etárias), 
Streptococcus pneumoniae e Haemophilus influenza (mais comuns em crianças); 
• Sinais e sintomas: ardor, hiperemia, secreção muco-purulenta leve a moderada, reação papilar; 
o Quando existe uma resposta inflamatória na conjuntiva, pode ter uma espécie de reação de 
folículos imunes (reação tipo papilar). A reação papilar é tipica das conjuntivites bacterianas 
e alérgicas. 
o A reação papilar é o aparecimento de papilas na conjuntiva. Difícil de diferenciar clinicamente. 
▪ Prof comenta que pode cair na prova. 
o Diferenciar em relação ao tempo de início 
(bacteriana vai ser um quadro mais algudo, de 
alguns dias, alérgica de algumas semanas), ao 
quadro (quadros mais exuberantes, com quemose 
importante sugere infecção bacteriana). 
• Exames laboratoriais não são necessarios de forma 
rotineira; 
• Tratamento: inclui uso de colírio de antibiótico, atualmente 
o grupo mais usado é o das quinolonas (amplo espectro). 
Além das medidas de apoio, como limpeza e compressas frias com solução salina 0,9% (soro 
fisiológico) ou água filtrada ou mineral. Não é recomendado o uso de água boricada (pode ser irritante 
e alergênica); 
CONJUNTIVITES ADENOVIRAIS 
Febre faringo-conjuntival: 
• Adenovírus dos tipos 3, 4 e 7; 
• Caracteriza-se pela presença de faringite e febre. Presença de linfadenopatia pré-auricular é comum 
e é mais frequente em crianças; 
• Criança com dor de garganta, febrícula e aparecimento de conjuntiva. Quadro de infecção de via 
aérea superior. Como a conjuntiva é contínua com o epitélio da VIA, ela vai ser acometida também. 
• No adulto não costuma ter febre, normalmente é só faringite + conjuntivite. 
Ceratoconjuntivite epidêmica: 
• Também é causada por uma variedade de cepas de adenovírus, incluindo os tipos 8 e 19; 
• Causa surtos de conjuntivite; 
Sinais e sintomas: 
• Hiperemia conjuntival, quemose, secreção aquosa 
(lacrimejamento), e é geralmente bilateral; 
• Pode evoluir com comprometimento da córnea: infiltrados 
subepiteliais e, dependendo da intensidade, há redução na 
acuidade visual; 
• A reação conjuntival é folicular, podendo cursar com 
formação de membrana ou pseudomenbrana. Pode haver 
linfadenopatia pré-auricular; 
• Infiltrados corneanos são pontinhos brancos que ficam na 
córnea pós infecção. Não é sinal de infecção ativa, e sim uma 
“sequela” que fica devido a reação imune local. Pode ocorrer 
devido a uma reação exuberante ou após uso de colírio com 
corticóide. 
o Quando faz o uso de colírio com corticóide melhora o 
quadro do paciente porém aumenta o tempo de 
replicação viral. 
Tratamento: 
• Nas infecções por adenovírus não há tratamento específico. 
Estão indicados medidas de apoio (compressas frias) e uso de lubrificantes oculares. 
• Nos casos de formação de membrana e ceratite com comprometimento visual importante, corticóide 
tópico é indicado, porém com muita parcimônia (oftalmologista). 
• As ceratoconjuntivites epidêmicas são altamente transmissíveis, devendo tomar-se todo o cuidado 
para evitar a disseminação; 
• Os pacientes devem ser orientados a respeito das medidas, como lavar as mãos antes e após a 
manipulação dos olhos e separar objetos de uso pessoal; 
 BACTERIANA VIRAL CLAMÍDEA ALÉRGICA 
PRURIDO Mínimo Mínimo a 
moderado 
Mínimo Intenso 
HIPEREMIA Moderada Intensa Moderada Moderada 
SECREÇÃO Mucopurulenta ou 
purulenta 
Aquosa Mucopurulenta Mucóide 
REAÇÃO 
CONJUNTIVAL 
Papilar Folicular Folicular e papilar Papilar 
DOR DE GARGANTA 
E FEBRE 
Ocasional Ocasional Ausente Ausente 
CITOLOGIA Bactérias, PMN Linfócitos, 
efeitos 
citopáticos 
Corpúsculos de 
inclusão 
citoplasmáticos 
Eosinófilos 
• Clamídea: pensa em quadros de conjuntivites crônicas, mais arrastados e que não tem 
características alérgicas. Tratamento: azitromicina 1g + pomada de neomicina 3x/dia por 7 dias. 
Perda do epitélio corneano + infecção/infecção do estroma = úlcera. 
Ùlcera central: 
• Geralmente ela é infecciosa; 
• Agentes mais frequentes: S. aureus, S. 
epidermidis, Streptococcus. pneumoniae, 
Pseudomonas e Moraxela. 
• Tendem a ocorrer após lesão epitelial (trauma 
ou lente de contato) ou em indivíduos com a 
imunidade comprometida (uso de esteróides, 
alcóolotras). 
Úlcera marginal: 
• É mais comum associada à infecção estafilocócica, 
quando pode haver blefaroconjuntivite associada e 
ocorre por reação de hipersensibilidade à toxina 
estafilocócica (cultura negativa). 
• Ela é associada a estafilococos mas não é 
provocada por eles. A hipersensibilidade à toxina A 
produzida pelo estafilococo, ocorre formação de 
imunocomplexos que causa a úlcera. 
*Hemorragia subconjuntival 
• Pode ocorrer por aumento na pressão venosa, como tosse, ou manobra de Valsalva, após um pico 
hipertensivo, após trauma ou, com menos frequência, associado a discrasia sanguínea ou anomalia 
vascular ou mesmo ocorrer de forma espontânea. 
• Ocorre uma ruptura capilar por aumento da pressão venosa. Não é um 
evento isquêmico. 
• Não tem alteração visual. 
• Se tiver 3-4 episódios por ano, convém investigar uma discrasia sanguínea 
ou uma anormalidade vascular orbitária. 
• Tratamento: não é necessário. Pode prescrever colírio lubrificante 4x/dia 
e orientar que o quadro vai demorar 1 semana para desaparescer. 
Crise de glaucoma agudo: 
• Fechamento angular agudo – aumento da pressão intra-ocular, dor intensa, 
hiperemia e embaçamento visual. A visão fica deficitária devido ao 
embaçamento da córnea por causa do aumento da pressão. 
• Geralmente ocorre em olhos hipermetrópicos, com aumento do cristalino 
pelo envelhecimento, desencadeado pela dilatação pupilar no final da tarde. 
• Medicações anticolinérgicas ou simpatomimética pode desencadear a crise 
– antidepressivos, nebulização com broncodilatadores, descongestionantes 
nasais ou tocolíticos. 
• O humor aquoso é produzido atrás da íris, nos processos ciliares do corpo 
ciliar. No glaucoma com o ângulo agudo estreito, o humor tem dificuldade de 
entrar no cristalino e posteriormente drenado. 
• No glaucoma com fechamento angular agudo (imagem C), o humor aquoso 
não consegue ser drenado, causando aumento da pressão intraocular. 
Quadro clínico: 
• Dor intensa, náuseas e vômitos. 
• O olho se der uma “apertada’’ vai estar pétreo, duro. 
• A crise ocorre mais no final do dia/à noite por causa da dilatação pupilar. A dilatação desencadeia o 
fechamento do ângulo. 
• O fechamento da pupila (miose) tira da crise. 
• Diagnóstico diferencial: uveíte e ceratite. 
Tratamento: 
• Urgência! 
• Agentes hiperosmóticos – manitol 20% EV, 1,5-2 g/kg peso(80-100 gotas por minuto) – cuidado 
com IRC e IC. O manitol diminui a produção do humor aquoso, diminuindo a pressão. 
• Inibidor da anidrase carbônica – (diamox) 500 mg VO em ataque e após, 250 mg VO 6/6 horas – 
cuidado com IRC e falciforme. 
• Maleato de timolol a 0,5%, 1 gota de 12/12 horas + tartarato de brimonidina 1 gota de 12/12 horas, 
colírio de corticóide de 2/2 hoas nas primeiras 24 horas e 
pilocarpina 2% 1 gota de 15/15 minutos 3x, após de 1/1 hora nas 
primeiras 6 horas e após 6/6 horas. 
• Comunicar ou encaminhar ao oftalmologista. 
• O oftalmologista vai fazer uma iridotomia (furo na íris) com laser 
para criar um ponto alternativo de drenagem do humor aquoso. 
Tratamento definitivo para não ter crises ou profilático.

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