Buscar

SiNDROMEDOOLHOVERMELHO-200629-141456-1593728240

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 35 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 35 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 35 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

SÍNDROME DO OLHO VERMELHO
SUMÁRIO
1. Introdução ..................................................................... 3
2. Etiologias ...................................................................... 5
3. Sinais de Urgência .................................................32
Referências Bibliograficas .........................................34
3SÍNDROME DO OLHO VERMELHO
1. INTRODUÇÃO
Olho vermelho é uma queixa comum 
na prática ambulatorial. Uma peque-
na porcentagem de pacientes com 
olhos vermelhos precisa de enca-
minhamento e tratamento oftalmo-
lógicos urgentes, embora a grande 
maioria possa ser tratada pelo clíni-
co geral. Existem poucos dados epi-
demiológicos sobre o olho vermelho, 
mas a conjuntivite (alérgica ou vi-
ral) é provavelmente a causa mais 
comum de olho vermelho na comu-
nidade, mas também podem ocorrer 
várias condições mais graves.
A história do paciente, a medida 
da acuidade visual e os achados no 
exame com lanterna elétrica são ca-
racterísticas importantes na determi-
nação da causa e do manejo do olho 
vermelho. A história e o exame ocular 
fornecem orientações na decisão so-
bre encaminhar o paciente para ava-
liação oftalmológica. Certas carac-
terísticas históricas ou queixas que 
apresentam sinalizam a necessidade 
de exame clínico e possivelmente en-
caminhamento do paciente. 
As seguintes perguntas devem ser 
feitas na anamnese de todos os 
pacientes com síndrome do olho 
vermelho:
• A visão foi afetada? - Você ainda 
consegue ler impressões comuns 
com o olho afetado? Consideran-
do que pacientes com deficiência 
visual requerem um exame clínico 
mais detalhado e podem, depen-
dendo dos achados, exigir enca-
minhamento oftalmológico.
• Existe sensação de corpo estra-
nho? Parece que há algo em seu 
olho, interferindo em sua capaci-
dade de mantê-lo aberto? Uma 
sensação de corpo estranho é o 
principal sintoma de um processo 
ativo da córnea. Evidência na sen-
sação de corpo estranho, a incapa-
cidade de abrir espontaneamente 
o olho ou mantê-lo aberto, sugere 
envolvimento corneano. Com ex-
ceção de uma apresentação inicial 
de lesão da córnea ou corpo estra-
nho, esses pacientes são indicados 
para encaminhamento de emer-
gência ao oftalmologista. Contu-
do, muitos pacientes relatam uma 
“sensação de arranhão”, “ardor” ou 
uma sensação “areia nos olhos” e 
são diagnosticados com alergia, 
conjuntivite viral ou olhos secos. 
Essas são sensações subjetivas 
de corpo estranho e não sugerem 
necessariamente um problema da 
córnea que exija encaminhamento.
• Existe fotofobia? Há sensibilida-
de a luz? A presença de fotofobia 
sugere a necessidade de um exa-
me físico. Pacientes com processo 
corneano ativo apresentam sinais 
objetivos de fotofobia e sinais ob-
jetivos de sensação de corpo es-
tranho. Eles podem se apresentar 
usando um chapéu e/ou óculos de 
4SÍNDROME DO OLHO VERMELHO
sol, cobrindo o olho afetado com a 
mão para bloquear a luz ou man-
tendo a cabeça baixa e afastada 
das luminárias ou janelas. Pacien-
tes com irite apresentam sinais 
objetivos de fotofobia, mas ne-
nhuma sensação objetiva de corpo 
estranho.
• Houve trauma?
• Você usa lentes de contato? Um 
histórico de desgaste das lentes 
de contato no local da alta e olhos 
vermelhos deve aumentar a sus-
peita de ceratite.
• Existe outra secreção além das 
lágrimas que continua ao lon-
go do dia? - As crostas da ma-
nhã seguidas de uma secreção 
aquosa pelo restante do dia são 
características de muitos proces-
sos autolimitados, como alergia, 
conjuntivite viral, conjuntivite alér-
gica e olhos secos. Os pacientes 
geralmente interpretam as crostas 
matinais como “pus”. A conjunti-
vite bacteriana e a ceratite bacte-
riana causam secreção opaca que 
persiste ao longo do dia e requer 
terapia específica. A conjuntivite 
bacteriana, que normalmente não 
está associada a uma redução da 
acuidade visual, sensação de cor-
po estranho ou fotofobia, pode ser 
tratada pelo clínico geral. A cerati-
te bacteriana, por outro lado, que 
pode ou não afetar a visão, mas 
geralmente causa sensação ob-
jetiva de corpo estranho e fotofo-
bia, requer encaminhamento de 
emergência.
• Como está o paciente na avalia-
ção geral? A observação geral do 
paciente pode fornecer orientações 
sobre a probabilidade de o proble-
ma ser benigno e tratável inicial-
mente pelo clínico ou se é neces-
sário encaminhamento. Pessoas 
com conjuntivite viral ou alérgica 
podem apresentar sinais ou quei-
xar-se de rinorreia, linfadenopatia 
ou outros sintomas do trato respi-
ratório superior. Em comparação, o 
paciente que sofre de ceratite in-
fecciosa, irite ou glaucoma de ân-
gulo fechado provavelmente apre-
senta sinais objetivos indicando a 
natureza mais séria do problema. 
Todas essas entidades anteriores 
requerem consulta oftalmológica.
5SÍNDROME DO OLHO VERMELHO
2. ETIOLOGIAS 
As etiologias da síndrome do olho 
vermelho podem ser diversas, a se-
guir listamos as mais relevantes:
Olho Seco
É uma doença multifatorial da lágrima 
e da superfície ocular que resulta em 
sintomas de desconforto, distúrbios 
visuais e instabilidade do filme lacri-
mal com potencial lesão da superfície 
ocular. O quadro é acompanhado por 
aumento de osmolaridade do filme 
lacrimal e inflamação da superfície 
ocular.
A síndrome do olho seco pode ser 
classificada segundo sua etiologia 
em: evaporativa e por deficiência 
aquosa. A primeira divide-se em in-
trínseca (subdividida em: deficiência 
da glândula de Meibomius, distúrbios 
da abertura palpebral, redução da 
frequência dos piscamentos, e, se-
cundariamente, uso de drogas) e ex-
trínseca (subdividida em: deficiência 
de vitamina A decorrente de preser-
vativos dos colírios, uso de lentes de 
contato e doença da superfície ocu-
lar, por exemplo, alergia). Já o olho 
seco por deficiência aquosa é sub-
dividido em olho seco associado à 
PACIENTE 
COM OLHO(S) 
VERMELHO(S)
Apresenta vermelhidão em 
ambos os olhos ou apenas um?
Existe sensação de corpo estranho? 
Há dificuldade em manter o olho aberto?
Houve trauma?
Existe fotofobia?
A visão foi afetada?
Existe secreção?
Usa lentes de contato?
Como o paciente está em geral?
FLUXOGRAMA: PERGUNTAS NA AVALIAÇÃO INICIAL DE UM PACIENTE COM SÍNDROME DO OLHO VERMELHO
6SÍNDROME DO OLHO VERMELHO
síndrome de Sjögren (primário ou 
secundário) e olho seco sem síndro-
me de Sjögren (deficiência lacrimal, 
obstrução do ducto da glândula la-
crimal, bloqueio reflexo e drogas de 
ação sistêmica). 
Ao exame ocular, nota-se redução do 
menisco do filme lacrimal, presença 
de debris no filme lacrimal pré-cor-
neano, hiperemia conjuntival inter-
mitente e ceratopatia ponteada. Em 
alguns casos pode haver evolução 
para ceratite filamentar. Blefarite é 
um achado associado frequente. A 
propedêutica subsidiária inclui teste 
de rosa bengala, análise do tempo de 
rompimento do filme lacrimal (BUT – 
break-up time) e teste de Schirmer. O 
tratamento baseia-se na utilização de 
lágrimas artificiais. Casos mais gra-
ves podem necessitar de oclusão do 
ponto lacrimal e tarsorrafia.
CONCEITO! Tarsorrafia é um procedi-
mento cirúrgico que consiste na fusão 
da pálpebra superior com a inferior. Tra-
ta-se de uma técnica simples que pode 
ser realizada isoladamente ou associa-
da a outras cirurgias oculoplásticas para 
tratamento de uma série de doenças, 
como lagoftalmo, paralisia facial, ectró-
pio, entrópio, proptose, doença tireoidia-
na entre outras.
7SÍNDROME DO OLHO VERMELHO
Pterígio
É um crescimento fibrovascular 
subepitelial em formato triangular 
que avança sobre a córnea. Tem 
como fator causal principal a exposi-
ção solar crônica (irradiação UV). O 
pterígio muitas vezes está associado 
a quadro de irritação crônica, a distri-
buição irregular do filme lacrimal na 
superfície corneana e a quadro inter-
mitente de inflamação e de hiperemia. 
O uso de lágrimas artificiais e, em 
alguns casos, esteroides fracos, por 
curto tempo podem interromper esse 
ETIOLOGIA 
DA SÍNDROME 
DO OLHO 
SECO
IntrínsecaExtrínseca Associado à síndrome de Sjögren
Sem síndrome 
de Sjögren
Evaporativa Deficiência aquosa
Deficiência da 
glândula de 
Meibomius
Distúrbios da 
abertura palpebral
Redução da 
frequência dos 
piscamentos
Uso de drogas
Deficiência de 
vitamina A
Uso de lentes 
de contato
Doença da superfície 
ocular (ex: alergia)
Primário
Secundário
Deficiência lacrimal
Obstrução do ducto 
da glândula lacrimal
Bloqueio reflexo
Drogas de 
ação sistêmica
FLUXOGRAMA: ETIOLOGIA DA SÍNDROME DO OLHO SECO
8SÍNDROME DO OLHO VERMELHO
crescimento. Conforme avança so-
bre a córnea, o pterígio pode induzir 
astigmatismo e, nos casos em que o 
eixo visual é comprometido, ou quan-
do se deseja corrigir a parte estética, 
a abordagem cirúrgica é indicada.
SAIBA MAIS!
O termo pterígio vem do grego e significa “pequena asa”
Figura 1. Pterígio. Fonte: https://bit.ly/2UIcLT3
Blefarite
É a inflamação da margem palpe-
bral de origem infecciosa ou não. 
Seu quadro clínico inclui hiperemia 
da margem palpebral e conjuntival, 
crostas na base dos cílios, prurido, 
sensação de corpo estranho, lacrime-
jamento, filme lacrimal de aspecto es-
pumoso, fotofobia leve, ardência, nor-
malmente bilateral.
A blefarite crônica é uma afecção pal-
pebral que pode cursar com altera-
ções corneanas e conjuntivais devido 
à íntima relação da pálpebra com a 
superfície ocular. A blefarite pode ser 
de vários tipos: blefarite estafilocóci-
ca, seborreica e mista, seborreia mei-
bomiana e meibomite. 
A blefarite estafilocócica tem sua 
etiologia na infecção estafilocócica na 
qual os produtos tóxicos são irritantes 
e levam a quadro caracterizado pela 
hiperemia e por telangiectasias da 
margem palpebral anterior. É comum 
a formação de concreções em torno 
da base dos cílios conhecidos por 
“colaretes”. Pode haver cicatrização 
com hipertrofia da margem palpebral 
9SÍNDROME DO OLHO VERMELHO
e perda dos cílios (madarose), além 
de triquíase e poliose. 
A blefarite seborreica caracteriza-
-se por hiperemia e oleosidade da 
margem palpebral junto aos cílios, 
formando crostas moles. O Coryne-
bacterium acnes contribui na etio-
logia dessa afecção ao degradar 
quantidades excessivas de lipídeos 
neutros em ácidos graxos irritantes. 
Há correlação dessa afecção ocular 
com quadro de dermatite seborréica, 
que pode acometer áreas extraocu-
lares como couro cabeludo e região 
retroauricular, por exemplo. O trata-
mento envolve a higiene palpebral 
com uso de xampu neutro ou infantil 
diluído, por longo período, adequan-
do-se a frequência de acordo com a 
intensidade dos sintomas. Podem ser 
associados antibioticoterapia tópica 
na margem palpebral, nos casos de 
foliculite aguda, e lágrimas artificiais, 
nos casos em que há instabilidade do 
filme lacrimal. 
A seborreia meibomiana é a afec-
ção palpebral em que há secreção 
excessiva pelas glândulas de Mei-
bomius. Pode ser visualizada nos ós-
tios das glândulas de Meibomius a 
formação de gotículas de óleo. Geral-
mente está associado ao quadro um 
filme lacrimal de aspecto espumoso.
Meibomite é a afecção palpebral 
em que há obstrução dos orifícios 
das glândulas de Meibomius. Carac-
teriza-se pela hiperemia da margem 
palpebral, a qual apresenta inflama-
ção difusa adjacente às glândulas 
meibomianas.
Figura 2. Blefarite. Fonte: www.bestpractice.bmj.com
10SÍNDROME DO OLHO VERMELHO
Esclerite
É a inflamação da esclera poten-
cialmente grave que leva a dor in-
tensa ocular, edema, fotofobia e uma 
esclera de cor vermelho-escura ou 
purpúrea. Pode ser anterior ou poste-
rior ao equador do bulbo ocular, ne-
crotizante ou não. É bem menos fre-
quente que a episclerite e acomete 
mais o sexo feminino e idades mais 
avançadas. Aproximadamente 50% 
dos casos de esclerite anterior estão 
associados com doenças sistêmicas 
autoimunes ou reumatológicas. Já a 
esclerite posterior normalmente não 
apresenta associações com outras 
patologias. 
O tratamento consiste em instila-
ção de colírios anti-inflamatórios 
não esteroidais ou esteroidais e, 
em casos severos, corticoterapia 
sistêmica.
FLUXOGRAMA: ILUSTRAÇÃO DE DIFERENTES PATOLOGIAS DOS CÍLIOS
Triquíase
Desvio posterior dos 
cílios em relação ao local 
normal de origem
Blefarite
Entrópio Ectrópio
Inflamação da 
borda da pálpebra
Rotação interna 
da borda da pálpebra
Rotação externa 
da borda da pálpebra
11SÍNDROME DO OLHO VERMELHO
Episclerite
É a forma mais comum de inflamação 
escleral. Comumente apresenta-se 
como uma inflamação circunscrita, 
geralmente segmentar e nodular 
da episclera, podendo ser unilateral 
ou bilateral. As veias episclerais tor-
nam-se dilatadas, com disposição 
radial, associada à hiperemia conjun-
tival nesse setor. A etiologia frequen-
temente não pode ser identificada e, 
em alguns raros casos, pode-se rela-
cioná-la a doenças sistêmicas (artrite 
reumatoide, polimiosite, dermatomio-
site, sífilis, por exemplo). 
Durante a investigação, pode ser 
instilada uma gota de colírio de fe-
nilefrina a 10% com o intuito de 
se obter vasoconstrição dos vasos 
conjuntivais. No caso da episclerite, 
os vasos conjuntivais se tornam cons-
tritos e os episclerais não, diferencian-
do de uma conjuntivite. A episclerite 
geralmente se resolve espontanea-
mente em 1 a 2 semanas, ainda que 
a forma nodular persista por período 
maior. No caso de sintomas mais ex-
pressivos, o uso de anti-inflamatórios 
tópicos não esteroidais ou esteroidais 
leves pode ser considerado.
Figura 3. Esclerite. Fonte: www.bestpractice.bmj.com
12SÍNDROME DO OLHO VERMELHO
Ceratites superficiais
É a inflamação da córnea com alte-
rações que podem ser consequentes 
de diversas patologias como síndro-
me o olho seco, trauma, toxicidade, 
drogas de uso tópico, queimaduras 
ou infecciosas. 
A história clássica de ceratite infec-
ciosa é de um paciente com história 
de trauma ocular, uso de lentes de 
contato ou corticoide tópico que evo-
lui com dor, lacrimejamento, fotofo-
bia, redução visual, edema palpebral 
e hiperemia conjuntival. O exame 
oftalmológico diagnostica lesões de 
córnea que podem chegar a perfu-
rações e endoftalmia bacteriana. O 
tratamento inicial consiste no uso de 
antibióticos tópicos.
SE LIGA! Todos os pacientes com ce-
ratite infecciosa suspeita ou confirmada, 
independentemente da gravidade, de-
vem ser encaminhados à oftalmologia 
com urgência.
Dentre as etiologias das ceratites in-
fecciosas, estão:
Ceratites Bacterianas 
A ceratite bacteriana constitui causa 
importante de déficit visual, asso-
ciando-se frequentemente a situ-
ações em que ocorrem alterações 
nos mecanismos de defesa corneal. 
Diagnóstico e tratamento imedia-
tos podem limitar a perda de teci-
do, minimizar a cicatrização e redu-
zir a necessidade de cirurgia futura. 
Figura 3. Episclerite. Fonte: www.bestpractice.bmj.com
13SÍNDROME DO OLHO VERMELHO
Neisseria gonorrhoeae e Haemo-
philus influenzae são as duas bac-
térias capazes de invadir o epitélio 
corneano intacto. As demais bacté-
rias somente são capazes de produzir 
ceratite após o comprometimento da 
integridade epitelial. Pseudomonas 
sp., Staphylococcus sp. e Strepto-
coccus pneumoniae são os agentes 
etiológicos mais frequentes. Em ce-
ratite bacteriana associada a mau 
uso de lentes de contato, a Pseu-
domonas aeroginosa é o agente 
causador mais comumente isolado. 
Figura 4. Ceratite bacteriana. Fonte: Trobe JD. The Physician’s Guide to Eye Care, 
 American Academy of Ophthalmology 1993.
No quadro clínico inicial, tipicamente 
há história de traumatismo ocular, 
de doença corneal pré-existente, 
de uso de lentes de contato ou de 
corticosteroide tópico. Sinais e sin-
tomas incluem dor, lacrimejamento, 
fotofobia, diminuição de visão, ede-
ma palpebral, secreção purulenta e 
hiperemia conjuntival. Os sintomas 
podem ser mascarados ou retarda-
dos em usuários de lentes de conta-
to. Ao exame oftalmológico, os sinais 
são injeção conjuntival e perilímbica, 
defeito epitelial associado a infiltra-
do ao redor da margem e na base da 
desepitelizaçãocorneal, aumento do 
infiltrado associado a edema estromal 
corneal, uveíte anterior estéril com hi-
pópio. A progressiva ulceração pode 
causar perfuração corneal e endof-
talmite bacteriana. 
Antes de se iniciar o tratamento, 
é imprescindível coleta de mate-
rial para citologia e cultura. O trata-
mento consiste basicamente em 
14SÍNDROME DO OLHO VERMELHO
utilização de antibioticoterapia tó-
pica efetiva contra um amplo es-
pectro de bactérias Gram-positivas 
e Gram-negativas. 
Em úlceras corneanas de menor 
gravidade (periféricas, superficiais 
e menores que 3 mm), é instituída 
monoterapia com fluorquinolonas 
tópica de 1 em 1 hora (ciprofloxacina 
0,3%, ofloxacina 0,3%, monofloxaci-
na 0,5% ou gatifloxacina 0,3%). Para 
úlceras graves, o tratamento consiste 
em utilização de dois antibióticos for-
tificados tópicos para a cobertura de 
patógenos Gram-positivos e Gram-
-negativos, de 1 em 1 hora (cefazoli-
na fortificada 5% e gentamicina forti-
ficada 2%). Uso de antibioticoterapia 
sistêmica com uso de fluorquinolonas 
estão indicados em casos com ris-
co ou comprometimento escleral ou 
intraocular. A terapêutica inicial só 
deve ser modificada na existência de 
resistência demonstrada em cultura 
do organismo ao esquema terapêu-
tico. Durante o tratamento, é impor-
tante não confundir dificuldade de 
reepitelização corneal por toxicidade 
medicamentosa com persistência da 
infecção. 
Ceratites Fúngicas
As ceratites fúngicas são raras, po-
rém podem evoluir com efeitos de-
vastadores. Podem ser causadas por 
uma grande variedade de agentes. 
Os patógenos mais comuns são 
fungos filamentosos, Aspergillus 
spp. e Fusarium spp., e Candida albi-
cans. A ceratite causada por fungos 
filamentosos é mais prevalente em 
áreas de agricultura e é tipicamente 
precedida por trauma ocular envol-
vendo matéria orgânica como madei-
ra e plantas. A ceratite por Candida 
ocorre tipicamente em associação a 
doenças corneanas pré-existentes ou 
em pacientes com comprometimento 
imunológico. A incidência de ceratite 
fúngica e o tipo de agente etiológico 
mais frequente variam conforme a re-
gião geográfica devido a diferentes 
condições de temperatura e umidade. 
Há associação entre a ceratite fún-
gica por Fusarium sp. e o uso inade-
quado de lentes de contato. 
Os sintomas mais comuns das cera-
tites fúngicas são sensação de cor-
po estranho, fotofobia, diminuição de 
acuidade visual e secreção. Ao exame 
oftalmológico, há diversos achados 
inespecíficos como hiperemia con-
juntival, defeitos epiteliais, reação de 
câmara anterior e edema corneal. Os 
achados específicos de infecção fún-
gica são infiltrados estromais com 
bordas mal definidas e margens 
hifadas, bordas elevadas, lesões 
satélites digitiformes, infiltrados 
imunes em anel, placa endotelial 
subjacente à úlcera e pigmentação 
acastanhada ou acinzentada. 
15SÍNDROME DO OLHO VERMELHO
Antes de se iniciar a terapêutica, deve 
ser realizado raspado corneal, para 
reduzir a quantidade de fungos e au-
mentar a penetração dos agentes an-
tifúngicos, além do envio de amostra 
a laboratório para pesquisa e cultura 
de fungos. 
O tratamento é realizado através de 
antifúngicos tópicos em geral por tem-
po prolongado. Em fungos filamento-
sos, a terapia inicial é com natamicina 
a 5% tópica de 1 em 1 hora, podendo 
ser associados cetoconazol sistêmico 
400-800 mg/dia ou miconazol sub-
conjuntival 5-10 mg/ dia. Em fungos 
leveduriformes, a terapia inicial é com 
anfotericina B tópica a 0,15% de 1 
em 1 hora, podendo ser associados 
cetoconazol 400-800 mg/dia, fluco-
nazol 200mg/dia sistêmico ou mico-
nazol subconjuntival 5-10 mg/dia. 
Em casos de progressão da doença 
apesar da terapia clínica, devem ser 
indicadas a ceratoplastia penetran-
te ou recobrimento conjuntival. 
Ceratites Virais 
As ceratites virais representam um 
grupo de doenças causadas na sua 
grande maioria por vírus do grupo 
herpes. Dentre os vírus desse grupo, 
a doença ocular é geralmente causa-
da pelo herpes simples (VHS) e pelo 
herpes varicela-zoster (HVZ). 
A infecção ocular primária pelo 
VHS geralmente acomete crianças 
e pode estar associada a sintomas 
de virose sistêmica. Há o apareci-
mento de vesículas ao redor do olho 
com cicatrização em até duas sema-
nas. Quando ocorre acometimento 
Figura 5. Ceratite fúngica com lesões de satélite e hipópio (camadas de glóbulos brancos na câmara anterior). F 
onte: 2020 UpToDate, Inc.
16SÍNDROME DO OLHO VERMELHO
ocular na infecção primária (relativa-
mente incomum), a infecção mani-
festa-se como conjuntivite folicular 
aguda unilateral associada a linfade-
nopatia pré-auricular. A ceratite her-
pética pelo VHS pode manifestar-se 
como ceratite epitelial, ceratite es-
tromal necrotisante e endotelite 
disciforme. A ceratite epitelial pelo 
VHS pode ocorrer em qualquer faixa 
etária.
A apresentação inclui desconforto 
ocular leve, lacrimejamento e turva-
ção visual. Ao exame oftalmológico, 
manifesta-se por ceratite ponteada 
com posterior evolução para úlce-
ra dendrítica, com diminuição de 
sensibilidade corneana. As úlceras 
dendríticas coram-se com aplicação 
tópica de fluoresceína e rosa bengala. 
A ceratite estromal necrotisan-
te é uma entidade rara, porém de 
alta morbidade. Apresenta-se como 
uma intensa e progressiva redução 
de acuidade visual associada a dor e 
desconforto. Ao exame, há presença 
de infiltrado inflamatório esbranqui-
çado, edema, uveíte anterior com pre-
cipitados ceráticos sob a área de in-
filtração estromal ativa, com presença 
ou não de neovasos. Pode evoluir 
com leucoma cicatricial vasculariza-
do, ceratopatia lipídica ou perfuração 
corneal. 
A endotelite herpética discifor-
me apresenta-se com turvação vi-
sual gradual indolor, que pode estar 
associada a halos e glare ao redor de 
pontos luminosos. Ao exame, a região 
central corneal é acometida por ede-
ma epitelial, espessamento estromal, 
precipitados ceráticos (secundários a 
uveíte anterior associada), dobras da 
membrana de Descemet e redução 
de sensibilidade corneal. 
O tratamento inclui uso de agentes 
antivirais, com preferência pelo uso 
do aciclovir. Nos casos de infecção 
ocular primária, aplicação de aciclo-
vir pomada a 3% sobre as lesões da 
pele (cinco vezes/dia por 2 a 3 sema-
nas). No tratamento da ceratite deve 
ser ministrada pomada de aciclovir 
a 3% em fórnice conjuntival inferior 
(cinco vezes/dia por 2 a 3 semanas). 
Na presença de irite, acrescentar o 
uso de cicloplégicos e, em casos gra-
ves e disseminados, considerar uso 
de terapia antiviral sistêmica (aciclo-
vir via oral 200 a 400 mg 5 vezes/dia 
durante 2 semanas). As ceratites es-
tromais, as vasculites, a endotelite e a 
ceratouveíte devem ser tratadas com 
associação de corticosteróide tópico. 
O uso de corticosteroide está con-
traindicado em casos com presença 
de ulceração corneal. 
O herpes zoster pode acometer o 
ramo oftálmico do nervo trigêmeo 
em até 15% dos casos. Essa condi-
ção recebe o nome de “herpes zos-
ter oftálmico”, independentemente 
da presença ou não do envolvimento 
ocular. É importante notar se há en-
volvimento pela doença do nervo 
17SÍNDROME DO OLHO VERMELHO
nasal externo (sinal de Hutchinson), 
que inerva a asa do nariz, pois nes-
ses casos há maior chance de ocorrer 
complicações oculares pela doença. 
A doença ocular mais comum é a 
ceratite, dividida em epitelial agu-
da, numular e disciforme, no entan-
to, pode haver casos de conjuntivite, 
episclerite, esclerite, uveíte anterior, 
além de complicações neurológi-
cas com sintomas oculares, como 
neurite óptica e paralisia de nervos 
cranianos (principalmente terceiro par 
– oculomotor). 
O tratamento da doença ocular faz 
parte do tratamento da doença sistê-
mica (aciclovir via oral 800 mg 5 ve-
zes/dia por 7 dias) associado ao uso 
de lubrificante tópico. O tratamento 
tópico com aciclovir pomada a 3% (5 
vezes/dia por 2 semanas) é contro-
verso e deve ser reservado em casos 
de maior gravidade.
Figura 6. Ceratite estéril não-ulcerativa. Fonte: https://bit.ly/3hj9mnkUveíte
É a inflamação do trato uveal cuja 
principal classificação baseia-se em 
sua localização anatômica: uveíte 
anterior (envolvendo íris e/ou corpo 
ciliar), intermediária (pars plana e 
extrema periferia da retina), posterior 
(atrás da borda posterior da base ví-
trea) e panuveíte (comprometimento 
de todo o trato uveal). A uveíte tam-
bém é classificada de acordo com 
a fase de estabelecimento e com o 
tempo de evolução em aguda ou 
crônica. Ainda com base nas carac-
terísticas fisiopatológicas, a uveíte 
pode ser dividida em granulomatosa 
e não-granulomatosa. 
CONCEITO! A úvea, também denomi-
nada “trato uveal”, é constituída pelo 
conjunto da íris, membrana coroide e 
pelos processos ciliares.
18SÍNDROME DO OLHO VERMELHO
Os sintomas clássicos da uveíte são 
fotofobia, dor ocular, hiperemia peri-
cerática, redução da acuidade visual 
e lacrimejamento. Convém lembrar 
que casos crônicos frequentemente 
se apresentam com ausência de hi-
peremia e mínimos sintomas, mesmo 
na presença de inflamação ativa. O 
tratamento da uveíte envolve uso de 
esteroides tópicos ou sistêmicos, 
de acordo com a severidade do qua-
dro. Além disso, é imprescindível a 
realização de investigação sistêmi-
ca para a definição etiológica.
Figura 7. Relação anatômica das uveítes. Fonte: Netter interativo. Atlas De Anatomia Humana. 
Autor: Netter, Frank H. | Marca: Gen Guanabara Koogan.
Uveíte intermediáriaUveíte anterior
Uveíte posterior
19SÍNDROME DO OLHO VERMELHO
Glaucoma agudo primário (GAP)
É uma das principais emergências 
oftalmológicas. Do ponto de vista 
epidemiológico, essa doença é co-
mum na raça amarela, menos fre-
quente na população caucasiana e 
na negra. A prevalência do GAP é 
nitidamente maior nas mulheres 
(70%), com idade em torno de 65 
anos, portadoras de hipermetropia. 
De modo geral, os olhos acometidos 
possuem diâmetro ântero-posterior 
reduzido, a câmara anterior é menor 
e mais rasa que a população nor-
mal e o cristalino tem diâmetro axial 
aumentado. Essas características 
anatômicas fazem com que o ângu-
lo da câmara anterior seja estreito, 
propiciando o seu fechamento com 
consequente aumento da pressão 
intra-ocular (PIO). 
Em relação à fisiopatogenia, obser-
va-se uma dificuldade da passagem 
do humor aquoso da câmara poste-
rior para a câmara anterior devido ao 
maior contato da face posterior da íris 
com a face anterior do cristalino. Esse 
evento é denominado “bloqueio pu-
pilar” e ocorre durante uma eventual 
semimidríase pupilar. Essa dificul-
dade de trânsito do aquoso faz com 
que ele se acumule na câmara pos-
terior, aumentando a pressão nes-
se local e empurrando a periferia da 
íris para frente, fechando o seio ca-
merular ou o ângulo da câmara an-
terior. O fechamento angular impede 
a drenagem do aquoso acarretando 
súbito aumento da PIO. A pressão 
Figura 8. Uveíte anterior. Fonte: Trobe JD. The Physician’s Guide to Eye Care, American 
Academy of Ophthalmology 1993.
20SÍNDROME DO OLHO VERMELHO
que, por exemplo, situa-se em torno 
de 15 mmHg, sobe, em questão de 
minutos, para 60 mmHg. Isso acar-
reta uma súbita isquemia do globo 
ocular e consequente quadro clínico 
associado. 
Na grande maioria dos casos, a cri-
se aguda é unilateral, e clinicamen-
te o paciente apresenta dor intensa 
no globo ocular, a qual pode irradiar 
para a cabeça e/ou para a hemiface 
acometida, e pode ser acompanhada 
de náuseas e vômitos. O olho acome-
tido fica vermelho, de intensidade 
variável, acompanhado de lacrime-
jamento, fotofobia, diminuição da 
acuidade visual e visualização de 
halos coloridos ao redor das lâm-
padas. O exame ocular mostra que 
a PIO está bastante elevada. A pres-
são bidigital, realizada com os dois 
dedos indicadores através das pál-
pebras superiores com olhar direcio-
nado para baixo, mostra nítida assi-
metria de tensão entre o olho normal 
e o olho com GAP. O exame realizado 
com lanterna apropriada ou o exame 
externo assinalam ausência de secre-
ção mucopurulenta na presença de 
congestão acentuada dos vasos con-
juntivais e episclerais. 
A córnea está edemaciada, perden-
do, portanto, seu brilho e transpa-
rência, e a pupila está em semimi-
dríase fixa. É importante acentuar 
que o exame com lanterna deve ser 
realizado comparando-se o olho aco-
metido com o olho normal, e isso 
evidenciará as diferenças dos acha-
dos entre um e outro olho. A crise de 
glaucoma agudo é uma das mais im-
portantes urgências em oftalmologia, 
e o tratamento deve ser instituído o 
mais rapidamente possível. A inten-
sa isquemia produzida pela elevação 
aguda da PIO exige medidas de ur-
gência as quais devem ser instituídas 
pelo médico especialista. Assim sen-
do, o encaminhamento para o of-
talmologista deve ser imediato. 
Inúmeras são as drogas de uso tópico 
e sistêmico que são utilizadas no tra-
tamento da crise aguda, entretanto, 
elas não devem ser ministradas pelo 
médico generalista. Uma exceção é a 
acetazolamida, que é um inibidor da 
anidrase carbônica, comercializada 
com o nome de “Diamox”. A posolo-
gia é de 1 comprimido de 250 mg, via 
oral, de 6 em 6 horas. O uso dessa 
medicação fica prejudicado no caso 
da presença de vômitos, e a mesma 
deve ser utilizada com muito cuidado 
em portadores de gastrite e de calcu-
lose renal. Enquanto aguardam aten-
dimento especializado, os pacientes 
devem permanecer em decúbito ho-
rizontal dorsal, em quarto escuro. 
Vários são os diagnósticos diferen-
ciais do glaucoma agudo primário. 
Entre eles, podemos incluir os glau-
comas agudos secundários, a uveíte 
hipertensiva, os glaucomas neovas-
culares e os glaucomas facogênicos. 
Todos podem ser perfeitamente con-
fundidos com a crise de glaucoma 
21SÍNDROME DO OLHO VERMELHO
agudo primário, e o diagnóstico dife-
rencial somente será feito pelo médico 
especialista. As ceratites ou cerato-
conjuntivites também estão associa-
das ao olho vermelho dolorido, porém, 
podem ocorrer em qualquer idade ou 
sexo, têm um curso insidioso associa-
do à presença de secreção e de dor, 
com sensação de corpo estranho.
Figura 9. Glaucoma agudo primário. Fonte: Trobe JD, Hackel RE. Field Guide to the Eyes. 
Lippincott Williams & Wilkins, Philadelphia 2002.
Conjuntivites
Conjuntivite é a inflamação da con-
juntiva, podendo ocorrer em qual-
quer grupo etário, sem predileção por 
sexo. Pode ser classificada de várias 
formas, por exemplo: 
1. Considerando-se o tempo de início 
dos sintomas: 
• Hiperaguda: menos de 12 horas 
• Aguda: menos de 3 semanas 
• Crônica: mais de 3 semanas 
• Neonatal: do nascimento até 28 
dias de vida 
2. Considerando-se o agente causal: 
• Infecciosa 
◊ Bacteriana 
◊ Viral 
◊ Clamídea 
• Alérgica 
22SÍNDROME DO OLHO VERMELHO
• Irritativa 
• Relacionada a alterações palpe-
brais (floppy eyelid, lagoftalmo) 
• Associada a doenças sistêmicas 
(síndrome de Sjögren, doença de 
Graves, Síndrome de Reiter, penfi-
góide, psoríase) 
3. Considerando-se o tipo de respos-
ta conjuntival: 
• Papilar 
• Folicular 
• Membranosa 
• Cicatricial 
• Granulomatosa 
• Flictenular 
4. Considerando-se a lateralidade: 
• Unilateral 
• Bilateral 
23SÍNDROME DO OLHO VERMELHO
CLASSIFICAÇÕES DAS CONJUNTIVITES
Hiperaguda Infecciosa Alérgica Irritativa
Relacionada 
a alterações 
palpebrais
Associada 
a doenças 
sistêmicas
Papilar Unilateral
Agente causalTempo de início dos sintomas
Aguda
Crônica
Neonatal
Bacteriana
Viral
Clamídea
Tipo de resposta 
conjuntival Lateralidade
Folicular
Membranosa
Cicatricial
Granulomatosa
Flictenular
Bilateral
MAPA MENTAL: DIFERENTES CLASSIFICAÇÕES DAS CONJUTIVITES]
24SÍNDROME DO OLHO VERMELHO
Geralmente, o processo, quando res-
trito à conjuntiva, costuma ser auto-
limitado, e a resolução não implica 
em sequelas. Entretanto, em alguns 
casos de conjuntivite, pode haver 
comprometimento da córnea com 
perda permanente da visão, como 
na conjuntivite gonocócica, ou pode 
levar a uma morbidade ocular prolon-
gada, como nos casos de ceratocon-
juntivite adenoviral e nas ceratocon-
juntivitesatópica e primaveril. 
Os principais sinais e sintomas são 
secreção, podendo ser aquosa (lacri-
mejamento), mucóide, mucopurulen-
ta ou purulenta; prurido; queimação; 
sensação de corpo estranho; hipe-
remia conjuntival; edema da conjun-
tiva (quemose); edema palpebral e 
pseudoptose. Outros sinais incluem 
linfadenopatia satélite (Síndrome 
oculoglandular de Parinaud, con-
juntivites adenovirais), hemorragias 
conjuntivais. 
Os pacientes com conjuntivite têm 
mais desconforto e ardor do que 
propriamente dor. A dor não é um 
sintoma frequente. Além disso, de-
vemos pensar em outras causas de 
olho vermelho que não a conjuntivite. 
A anamnese do paciente com con-
juntivite inclui: 
• 1. Tempo de início dos sinais e 
sintomas 
• 2. Presença de manifestações 
sistêmicas
◊ a. Infecção de vias aéreas 
superiores; 
◊ b. Alergia; 
◊ c. Uretrite;
◊ d. Artrite (a associação de 
conjuntivite, uretrite e artrite 
sugere o diagnóstico de Sín-
drome de Reiter); 
◊ e. Doenças reumatológicas, 
Síndrome de Sjögren, doenças 
dermatológicas
• 3. Uso de lente de contato 
• 4. Uso de medicação tópica ocu-
lar (colírios e pomadas) 
E ao exame oftalmológico, é impor-
tante verificar: 
• 1. Tipo de secreção 
• 2. Tipo de reação conjuntival 
• 3. Pálpebras, margens palpe-
brais e cílios:
◊ a. Presença de vesículas; 
◊ b. Blefarite, canaliculite; 
◊ c. Dermatite seborreica;
◊ d. Dermatite atópica 
• 4. Padrão da hiperemia: na con-
juntivite, a hiperemia é difusa ou, 
às vezes, mais intensa nos fundos 
25SÍNDROME DO OLHO VERMELHO
de saco e tarso. Quando o padrão 
for injeção ciliar, ou seja, conges-
tão dos vasos na região do limbo, 
é necessário afastar outras cau-
sas de olho vermelho, como uveí-
te, glaucoma agudo, fístula caróti-
do-cavernosa, e que normalmente 
são unilaterais.
• 5. Envolvimento da córnea: 
◊ a. Ceratite superficial (ceratite 
ponteada); 
◊ b. Infiltrados subepiteliais ou 
estromais;
◊ c. Úlcera dendrítica; 
◊ d. Ceratite flictenular.
A investigação laboratorial não é 
necessária na maioria das vezes, 
exceto se o processo é crônico ou 
recidivante, ou se é fulminante. A 
pesquisa laboratorial inclui: 
1. Exame citológico: Possibilita a 
identificação de tipos de células in-
flamatórias envolvidas (neutrófilos, 
linfócitos, eosinófilos) e de certas al-
terações celulares (células multinu-
cleadas). Colorações específicas au-
xiliam o diagnóstico, essas são GRAM 
(classifica as bactérias), Giemsa (útil 
na suspeita de conjuntivite por clamí-
dea) e imunofluorescência (identifica 
clamídea e vírus) 
2. Culturas: 
◊ a. Meios de ágar sangue ou 
chocolate: meios enriquecidos 
que favorecem o crescimento 
de bactérias;
◊ b. Neisseria: meio de Thayer 
Martin;
◊ c. Vírus: pouco disponível 
26SÍNDROME DO OLHO VERMELHO
INVESTIGAÇÃO DAS CONJUNTIVES
Tempo de início dos 
sinais e sintomas 
 Presença de 
manifestações 
sistêmicas
Uso de lente 
de contato 
Uso de medicação 
tópica ocular 
IVAS Alergia Uretrite Artrite
ANAMNESE
Síndrome de Reiter
Tipo de secreção Tipo de reação conjuntival 
Envolvimento 
da córnea Padrão da hiperemia
Condição e alterações 
em pálpebras, margens 
palpebrais e cílios
INVESTIGAÇÃO 
LABORATORIAL
EXAME 
OFTALMOLÓGICO 
Ceratite superficial 
(ceratite ponteada)
Infiltrados subepiteliais 
ou estromais
Úlcera dendrítica
Ceratite flictenular
Difusa
Intensa em área 
específica
Presença de vesículas
Blefarite, canaliculite
Dermatite seborreica
Dermatite atópica
Se processo 
crônico, recidivante 
ou fulminante
Exame citológico
Culturas
MAPA MENTAL: INVESTIGAÇÃO DAS CONJUNTIVITES
27SÍNDROME DO OLHO VERMELHO
Conjuntivite aguda
Viral
Dentre as conjuntivites agudas, as 
mais frequentes são as de etio-
logia viral, sobretudo as causadas 
pelos adenovírus, em seguida, com 
frequência bastante menor, vêm as 
conjuntivites alérgicas agudas e as 
bacterianas. 
A febre faringo-conjuntival é cau-
sada por adenovírus dos tipos 3, 4 e 
7, e caracteriza-se pela presença de 
faringite e de febre. Presença de linfa-
denopatia pré-auricular é comum, e é 
mais frequente em crianças. Na con-
juntiva, a reação é do tipo folicular. 
A ceratoconjuntivite epidêmica 
também é causada por uma varieda-
de de cepas de adenovírus, incluindo 
os tipos 8 e 19, inicialmente há hi-
peremia conjuntival, quemose, lacri-
mejamento, e é geralmente bilateral. 
Pode evoluir com comprometimento 
da córnea a partir de uma semana, o 
qual é representado por infiltrados su-
bepitelias. Os pacientes acometidos 
dessa patologia queixam-se de foto-
fobia, e, dependendo da intensidade 
dos infiltrados, há redução na acuida-
de visual. A reação conjuntival é foli-
cular, podendo cursar com formação 
de membrana ou de pseudomembra-
na. Pode haver linfadenopatia pré-
-auricular. Nas crianças, além do qua-
dro ocular, pode haver febre e dor de 
garganta. 
Nas infecções por adenovírus não 
há tratamento específico. Estão in-
dicadas medidas de apoio e uso de 
lubrificantes oculares. Nos casos de 
formação de membrana e de ceratite 
com comprometimento visual impor-
tante, corticoide tópico é indicado, 
porém com muita parcimônia. 
SE LIGA! As conjuntivites adenovirais, 
sobretudo a ceratoconjuntivite epidêmi-
ca, são altamente transmissíveis, deven-
do tomar-se todo o cuidado para evitar a 
disseminação. Os pacientes devem ser 
orientados a respeito das medidas pre-
ventivas de disseminação, como lavar as 
mãos antes e após a manipulação dos 
olhos e separar objetos de uso pessoal.
28SÍNDROME DO OLHO VERMELHO
A conjuntivite pelo herpes simples é 
a forma mais rara de conjuntivite viral, 
acompanha a infecção primária pelo 
herpes simples. Ao exame, podemos 
encontrar vesículas herpéticas na 
pálpebra e nas margens, edema pal-
pebral e eventualmente, ceratite com 
formação de dendritos. Linfadenopa-
tia pré-auricular dolorosa está quase 
sempre presente. O tratamento inclui 
o uso de medicação antiviral tópica 
(pomada de Aciclovir). O uso de corti-
coide é contraindicado.
Bacterianas
As bactérias mais frequentes são 
Staphylococcus aureus (em todas as 
faixas etárias), Streptococcus pneu-
moniae e Hemophilus influenza (mais 
comuns em crianças). Os sinais e sin-
tomas são ardor, hiperemia, secreção 
mucopurulenta leve a moderada, rea-
ção papilar. Exames laboratoriais não 
são necessários de forma rotineira e 
o tratamento inclui uso de colírio de 
antibiótico (atualmente o grupo mais 
usado é o das quinolonas, de amplo 
espectro), além das medidas de apoio, 
como limpeza e compressas frias com 
solução salina 0,9% (soro fisiológico) 
ou com água filtrada ou mineral. Não 
é recomendado o uso de água bori-
cada (pode ser irritante e alergênica). 
Figura 10. Conjuntivite adenoviral. Fonte: https://telessaude.hc.ufmg.br/]
29SÍNDROME DO OLHO VERMELHO
Conjuntivite hiperaguda
É uma conjuntivite de evolução rá-
pida e, geralmente, muito agressi-
va, podendo, se não tratada a tem-
po, levar à destruição da córnea. 
O principal agente desse grupo é a 
Neisseria, tanto a gonorrheae como 
a meningitidis podem causar conjun-
tivite, mas a gonocócica costuma ser 
mais grave. A conjuntivite gonocóci-
ca caracteriza-se pela presença de 
secreção purulenta abundante e exi-
ge tratamento imediato. É recomen-
dável a obtenção de material para 
exame laboratorial. 
O não tratamento pode permitir a rá-
pida evolução para perfuração corne-
ana ou invasão da corrente sanguínea 
pelos vasos da conjuntiva (conjunti-
vite por N. meningitidis pode evoluir 
com meningite). O tratamento é sis-
têmico com Ceftriaxone 1g IM, dose 
única, ou cefotaxime 1g EV, a cada 8 
horas. Além disso, indicam-se as me-
didas locais, como remoção periódica 
da secreção conjuntival com solução 
salina 0,9%. 
Conjuntivite neonatal
As conjuntivites neonatais estão as-
sociadas à infecção ocular do recém-
-nascido quando de sua passagem 
pelo canal vaginal contaminado no 
momento de parto. 
Historicamente, a conjuntivite por 
Neisseria gonorrheae foi uma im-
portante causa de cegueira. É uma 
conjuntivite hiperagudaque se de-
senvolve 2 a 4 dias após o nascimen-
to. O uso da solução de nitrato de pra-
ta 1% (manobra de Credé) diminuiu 
a ocorrência da infecção, mas não a 
erradicou. A infecção ocasiona ede-
ma palpebral intenso, secreção pu-
rulenta, ulceração, podendo ocorrer 
perfuração corneana. Diagnóstico clí-
nico e laboratorial (diplococo Gintra-
celular). O tratamento visa a preve-
nir as lesões oculares e sistêmicas 
Figura 11. Conjuntivite bacteriana. Fonte: https://bit.ly/2YwVMnR
30SÍNDROME DO OLHO VERMELHO
(artrite, pneumonia, meningite e 
sepse). Requer tratamento sistêmico 
com ceftriaxone 125 mg IM, em dose 
única, ou cefotaxime 25 mg/kg EV ou 
IM, a cada 8 ou 12 horas/7 dias. 
Outras conjuntivites bacterianas
Incluem infecções por Strepto pneu-
moniae, Staphylo aureus, Haemo-
philus, E. coli, Pseudomonas (pre-
maturos). Tratamento com antibiótico 
tópico. Se houver suspeita de compli-
cação como celulite orbitária, o trata-
mento deve ser por via endovenosa. 
Conjuntivite química
Devida à instilação do colírio de ni-
trato de prata, ocorre em geral ao 
nascimento ou 3 dias após. A secre-
ção é discreta, aquosa, autolimitada. 
Em alguns serviços, o uso de colírio 
de eritromicina 1% ou de tetraciclina 
1% é usado como alternativa na pro-
filaxia para a conjuntivite gonocócica 
e diminui a chance de conjuntivite 
química.
Conjuntivite por Chlamydea
Conjuntivite mucopurulenta, mo-
derada a grave, que ocorre de 5 a 
10 dias após o nascimento. Se não 
tratada pode resultar em pannus e 
em formação de cicatriz corneana. 
Pode haver quadro sistêmico com 
pneumonia, otite média, traqueíte, 
nasofaringite. 
Diagnóstico é clínico e laboratorial 
(presença de inclusões basofílicas 
intracitoplasmáticas à coloração por 
Giemsa, ou identificados por imuno-
fluorescência). Tratamento é tópico 
com pomada de eritromicina ou tetra-
ciclina 4x ao dia, por 10 dias, e tra-
tamento sistêmico deve ser feito nos 
pais e na criança. Suspensão de eri-
tromicina 50mg/kg/dia, dividida em 4 
doses por 14 dias. 
31SÍNDROME DO OLHO VERMELHO
ACHADOS CLÍNI-
COS E CITOLOGIA
BACTERIANA VIRAL CLAMÍDEA ALERGIA
PRURIDO mínimo mínimo a moderado mínimo intenso
HIPEREMIA moderada intensa moderada moderada
SECREÇÃO
mucopurulenta ou 
purulenta 
aquosa mucopurulenta
mucoide ou 
mucopurulenta
REAÇÃO 
CONJUNTIVAL
papilar folicular folicular e papilar papilar
DOR DE GARGAN-
TA E FEBRE
ocasional ocasional ausente ausente
CITOLOGIA bactérias PMN
linfócitos, efeitos 
citopáticos
corpúsculos de inclu-
são citoplasmáticos
eosinófilos
Tabela 1. Achados clínicos e citologia das conjuntivites]
HEMOR-
RAGIA 
SUBCON-
JUNTIVAL
CONJUNTI-
VITE AGU-
DA VIRAL
CONJUNTI-
VITE AGU-
DA BACTE-
RIANA
ÚLCERA DE 
CÓRNEA
GLAUCOMA 
AGUDO 
PRIMÁRIO
UVEÍTE 
ANTERIOR 
AGUDA
EPISCLE-
RITE 
ESCLERITE
Secreção Ausente Hialina Purulenta
Aquosa ou 
purulenta
Ausente Ausente Ausente Ausente
Visão Conservada
Conser-
vada ou 
levemente 
diminuída
Conser-
vada ou 
levemente 
diminuída
Diminuída
Baixa im-
portante 
de acuida-
de visual
Baixa 
visual 
moderada
Conservada Conservada
Dor Ausente
Sensação 
de corpo 
estranho
Sensação 
de corpo 
estranho
Moderada Intensa
Moderada 
a severa
Moderada
Moderada 
a severa
Hiperemia
Setorial, 
vermelho-
-vivo
Difusa Difusa
Pericerá-
tica
Pericerá-
tica
Pericerá-
tica
Localizada Localizada
Córnea Normal
Normal ou 
infiltrados
Normal ou 
infiltrados
Áreas 
opacifica-
das
Turva 
(edema de 
córnea)
Transpa-
rente
Normal Normal
Pupila Normal Normal Normal Normal
Médio-mi-
dríase
Miose Normal Normal
Reflexo 
foto-motor
Normal Normal Normal Normal Ausente
Normal ou 
diminuída 
Normal Normal
Tabela 2. Diagnóstico diferencial das causas mais comuns de olho vermelho]
32SÍNDROME DO OLHO VERMELHO
3. SINAIS DE URGÊNCIA 
A seguir são listados 10 sinais de 
alerta na síndrome do olho verme-
lho a serem obrigatoriamente pesqui-
sados à primeira avaliação do pacien-
te. Esses são sinais de urgência, pois 
na maioria dos casos representam 
doenças que levam a complicações 
severas e, assim, devem ser excluídas 
no primeiro momento da consulta.
• Dor ocular severa
• Perda visual súbita
• Exposição química: necessidade 
de lavagem abundante com soro 
fisiológico, preferencialmente, ou 
água antes do encaminhamento 
ao oftalmologista.
• Trauma ocular: urgência oftalmo-
lógica com necessidade de atendi-
mento rápido.
• Presença de corpo estranho
• Anormalidades corneanas
• Anormalidades da pupila
• Cirurgia recente
• Olho cronicamente vermelho
Pacientes no período pós-operatório 
recente merecem maior atenção para 
que um processo inflamatório normal 
dessa fase seja diferenciado de uma 
endoftalmite, infecção intra-ocular 
com elevada taxa de evolução para 
perda de visão. Quanto ao olho ver-
melho crônico, a avaliação oftalmo-
lógica especializada é essencial para 
identificação e tratamento da patolo-
gia ocular de base.
33SÍNDROME DO OLHO VERMELHO
SINAIS DE 
URGENCIA
Olho seco
SÍNDROME DO OLHO VERMELHO
Pterígio Blefarite Esclerite Episclerite Ceratites superficiais Uveíte
Glaucoma 
agudo 
primário
Conjuntivites
Dor ocular 
severa
ETIOLOGIAS 
Infecciosa
Alérgica
Irritativa
Relacionada 
a alterações 
palpebrais
Associada 
a doenças 
sistêmicas
Ceratites 
infecciosas
Ceratite 
bacteriana
Ceratite 
fúngica
Ceratite viral
Perda visual 
súbita
Exposição 
química
Trauma ocular
Presença de 
corpo estranho
Anormalidades 
corneanas
Anormalidades 
da pupila
Cirurgia 
recente
Olho 
cronicamente 
vermelho
A síndrome do olho vermelho trata-se de um conjunto de 
doenças que podem se manifestar pela hiperemia do olho
MAPA MENTAL: RESUMO
34SÍNDROME DO OLHO VERMELHO
REFERÊNCIAS 
BIBLIOGRAFICAS
BMJ - Olho vermelho. Disponível em: https://bestpractice.bmj.com/topics/pt-br/496/aetiology
ALVES RM. Nakashima Y. Tanaka T. Clínica Oftalmológica. Hospital Clínicas - FMUSP. 2013.
BOWLING B. Kanski’s Clinical Ophthalmology: A Sistematic Approach. Editora Elsevier. 8a 
edição. 2016.
DS, Jacobs. Overview of the red eye. UptoDate, 2020. 
35SÍNDROME DO OLHO VERMELHO

Continue navegando