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O PÚBLICO NA SOCIEDADE DE MASSAS 
 
Cândido Teobaldo de Souza Andrade 
 
 
 
 
 
Que é público? A palavra “público” vem sendo empregada para descrever os mais 
variados agrupamentos de pessoas. Um grupo de pessoas assistindo a um espetáculo ou 
a uma palestra poderia ser chamado público, ou seria simplesmente uma platéia ou 
auditório? É correto dizer-se público do futebol, ou público de Chico Buarque de 
Hollanda? É possível confundir-se público com povo ou nação? Massa e público seriam 
considerados sinônimos? Existe opinião pública? É ela um mito ou uma realidade? 
Opinião é resultante do público, da multidão ou da massa? Deve-se dizer sentimento 
coletivo ou opinião pública? Enfim, há uma série imensa de dúvidas e indagações que 
não merecem, até hoje, respostas convincentes. 
Os conceitos de massa, multidão e público variam amplamente. Existem 
tentativas de definição, que procuram identificar esses tipos fundamentais do 
comportamento coletivo. Mas, entre os estudiosos há diferenças sensíveis através de 
abordagens diversas. Além disso, cada um deles coloca o problema de maneira quase 
antagônica, propiciando na linguagem popular o uso indiscriminado desses termos, com 
significações diversificadas e pitorescas. 
Muitas vezes, o homem do povo ao nomear uma dessas formas de 
comportamento coletivo dá a exata conceituação. Assim, por exemplo, quando ele diz: 
“massa corintiana” querendo referir-se à enorme torcida do “Sport Club Corinthians 
Paulista”. Porém, incorrem em erro os locutores esportivos ou os narradores da televisão 
ao empregar a expressão “o público do Estádio do Pacaembu”, quando na verdade se 
trata de multidão convencionalizada, platéia, assistência ou auditório. 
O PÚBLICO 
Afirmam alguns estudiosos de Psicologia Social que até a descoberta da 
imprensa não se podia falar no agrupamento espontâneo que conhecemos, em nossos 
dias, com o nome de público. Na Antiguidade e na Idade Média existiam simplesmente 
multidões que se reuniam em praças, feiras e mercados. Nesse sentido, Arthur Ramos — 
o pioneiro do estudo da Psicologia Social no Brasil — afirmou: “Havia, na antiguidade 
2 
 
clássica, multidões várias, assembléias de cidadãos civis ou militares, o corpo eleitoral 
etc. Também na Idade Média havia feiras, multidões de peregrinos, multidões 
propriamente ditas, mas não públicos. Foi o ‘transporte do pensamento à distância’ 
(Tarde) que veio caracterizar o público” (RAMOS, 1952, p. 196-197). 
Assim, de acordo com Gabriel Tarde, a conceituação de público pressupunha a 
idéia de que ele é uma “multidão dispersa” (TARDE, 1922, p. 7). No entanto, esse 
conceito já foi substituído. Atualmente, os significados de multidão e de público são tão 
diversos, que não se pode nem mesmo falar que o público possa originar-se da multidão. 
A contigüidade espacial ou não também não constitui preocupação, pois os componentes 
do público podem ou não estar reunidos no mesmo local. 
Ressalte-se, desde já, que a tensão emocional em alto grau está presente na 
multidão, o que não acontece com os integrantes do público, que agem mais com base na 
razão. Daí dizer-se que “a multidão é violenta e o público sereno” (GOUVEIA, 1965, p. 
66). 
As atitudes do homem moderno perante a complexidade da vida atual são difíceis 
de ser compreendidas em toda a sua extensão. O indivíduo, algumas vezes, mostra-se 
conscientemente racional em suas atitudes e opiniões; outras, age impulsionado por 
sentimentos. Seu comportamento, via de regra, é produto de fatores racionais e 
emocionais. Infelizmente, a atuação da propaganda tem levado as pessoas a agirem em 
virtude de considerações emotivas, deixando a razão e a reflexão como mero 
“background” de suas ações. 
É inegável que, apesar da acelerada evolução dos meios de comunicação e do 
progresso da educação, as pessoas nem sempre estão bem informadas, pois a amplitude 
dos problemas as impedem de obter informes em número suficiente para que possam 
opinar racionalmente. Ademais, a complexidade das questões levantadas de certa 
maneira afasta o homem comum dos problemas de alta indagação. O que, na realidade, 
existe é a massa, que aceita, por comodismo, os pontos-de-vista dos grupos 
relativamente pequenos, porém, detentores de melhores veículos de comunicação. 
Não é simples, contudo, separar, identificar e conceituar emoção e razão. Elas 
operam simultaneamente, criando atitudes e opiniões mescladas, que quase impedem a 
análise livre do pensamento individual ou coletivo. Mas, isto não quer dizer que não haja 
uma solução. É certo que a gigantesca floresta de nossa sociedade atual, alimentada pela 
seiva dos apelos emocionais, coloca o cidadão do mundo na desesperadora situação do 
homem extraviado na selva. Mas, se ele não perder a cabeça, acabará por encontrar a 
picada que o levará a lugar seguro. E para que isto aconteça, ele está na dependência de 
seu raciocínio e das informações que serão deixadas pelos sinais nas árvores. 
É indispensável criar um número cada vez maior de pessoas capazes de formar 
opinião racionalmente esclarecida em qualquer dos aspectos e posições em que surjam 
controvérsias de interesse geral. Torna-se necessário dar ensejo ao homem comum de 
conhecer os ângulos e os interesses dos problemas postos à prova, num intuito honesto 
3 
 
de se encontrar uma decisão coletiva que assegure, antes de tudo, o bem-estar de todos 
os elementos da comunidade, seja ela local, regional ou mundial. Em outras palavras, é 
preciso que surjam autênticos públicos e reais opiniões públicas. Mas, volta a indagação: 
que é público? Como ele se forma? Quais são suas características? Como se comporta o 
indivíduo no público? 
Pode-se notar que a formação do público depende: 1) da presença de pessoas ou 
grupos organizados de pessoas; 2) com ou sem contigüidade espacial; 3) da existência 
de controvérsia; 4) da abundância de informações; 5) da oportunidade de discussão; 6) do 
predomínio da crítica e da reflexão; 7) da procura de uma atitude comum; 8) de decisão 
ou opinião coletiva. Em resumo, a presença de uma controvérsia, a oportunidade de 
discussão e o aparecimento de uma decisão ou opinião coletiva marcam os principais 
fatores que permitem a formação do agrupamento elementar chamado público. Poder-se-
ia, desde já, adiantar um conceito de público: “São pessoas ou grupos organizados de 
pessoas, sem dependência de contatos físicos, encarando uma controvérsia com idéias 
divididas quanto à solução ou medidas a serem tomadas frente a ela; com oportunidade 
para discuti-la, acompanhando ou participando do debate através dos veículos de 
comunicação ou da interação pessoal” (ANDRADE, 1965, p. 16). 
O público é um agrupamento espontâneo, porque é produto da controvérsia, não 
podendo assim ter a forma ou a estrutura dos grupos sociais organizados. Os integrantes 
do público não têm papel definido a desempenhar e têm pouca consciência de sua 
identidade. Ele é um grupo amorfo, cuja extensão e número variam em função da 
controvérsia. A existência de uma questão controvertida indica a presença de uma 
situação que não pode ser resolvida segundo tradições e normas; mas unicamente por 
meio do debate em busca de uma decisão coletiva resultante da discussão dos 
componentes do público. Não tem o público também divisão de trabalho preestabelecida, 
uma estrutura de posições ou uma chefia reconhecida, como acontece nos grupos sociais 
formais (família, associação, igreja, partido político etc.). 
Outra particularidade dos públicos é o desacordo e a oposição. As relações de 
conflito estão presentes no público, pois seus integrantes agem através, de discussões e 
interpretações. Em conseqüência, os componentes do público estão sempre predispostos 
a intensificar suas habilidades de crítica e reflexão. Note-se que esses debates podem ser 
travados através dos veículos de comunicação em geral (jornal, rádio, livro, 
correspondência, telefone, relatório, visita etc.). 
Não se deve esquecer que a hegemonia da razão sobre a emoção,faz com que o 
individuo no público não perca sua faculdade de crítica e autocontrole e intensifique sua 
habilidade de argumentação e de discussão ante a controvérsia. Dessa maneira, ele age 
racionalmente através de sua opinião, mas disposto a fazer concessões e a compartilhar 
da experiência alheia. 
 
 
4 
 
AÇÃO CONJUGADA 
A preocupação primordial da Sociologia, segundo Donald Pierson, “é explicar 
como se torna possível para os seres humanos agir conjugadamente, isto é, participar do 
comportamento coletivo, compartilhar de uma vida social comum” (PIERSON, 1955, p. 
245). 
A sociedade age conjugadamente seguindo as normas e tradições estabelecidas 
e aceitas; a multidão atua pelo desenvolvimento do “contágio emocional”; a massa age 
pela convergência de seleção de seus integrantes. E o público, como poderá agir 
conjugadamente, se os seus elementos se acham divididos? O público adquire seu tipo 
de unidade, buscando atingir uma atitude comum e conseqüentemente uma decisão 
coletiva, através da discussão das opiniões expostas ao debate público. É essa decisão 
ou opinião coletiva, que permite a ação conjugada do público. 
A fim de propiciar as discussões do público e assim formar, realmente, esse tipo 
de agrupamento elementar, e que irá permitir a ação conjugada, é imprescindível que haja 
o denominado “universo de debates” ou “universo de discurso”. Se os componentes do 
público em formação não possuírem uma linguagem comum, não tiverem habilidade em 
concordar no significado dos termos e conceitos fundamentais e não deixarem de lado 
posições dogmáticas ou fanáticas, então não será possível o debate. Por esse motivo a 
sabedoria popular afirma: “em futebol e religião não é possível discussão”. Não havendo 
“universo de debates” cessa a discussão, pois fatores diversos impedem as 
considerações racionais que poderiam conduzir o debate a bom termo, tais como: a) a 
recusa ou a incompreensão em adotar o ponto-de-vista alheio por parte de alguns 
integrantes do público; b) a linguagem vária; c) a discordância em significados básicos. 
Além disso, quando as emoções começam a predominar, quando as vaidades afloram, 
quando explodem os ressentimentos de toda espécie e, enfim, toda a gama de 
sentimentos, preconceitos e estereótipos domina em toda a linha, o público em formação 
se transforma em multidão ou massa: a opinião pública não se formará e em seu lugar 
surgirão a histeria ou sentimentos coletivos. 
Deve-se lembrar que nem sempre ocorre a formação do público devido à 
preocupação — bastante perigosa — dos grupos de interesse de evitar e destruir a 
comunicação e a discussão entre os membros de uma comunidade ou grupo. O que é a 
greve senão o resultado do bloqueio de comunicação entre os líderes dos empregadores 
e empregados? Outras vezes, ainda que haja aparentemente comunicação, esses 
mesmos líderes encastelados em suas posições dogmáticas, não estabelecem o 
“universo de discurso”, ficando apenas em monólogos estéreis. A verdade é que a 
elevação do pensamento coletivo, mediante apelos dirigidos; à inteligência e à reflexão, é 
tarefa democrática que não pode ser descuidada sob pena de sofrermos uma imprevisível 
“rebelião das massas”. 
Salientamos a importância das palavras de Wrigth Mills: “A idéia da sociedade de 
massas sugere a idéia de uma elite do poder. A idéia de público, em contraste, sugere a 
tradição liberal de uma sociedade sem qualquer elite do poder ou, de qualquer forma, sem 
5 
 
elites móveis de conseqüências soberanas. Pois se um público autêntico é soberano, não 
necessita de senhor; mas as massas, em sua plenitude, são soberanas apenas nalguns 
momentos plebiscitário de adulação d uma elite autoritária. A estrutura política da Estado 
democrático, em sua retórica, tem de afirmar que esse público é a fonte mesma da 
soberania” (MILLS, 1962, p. 382). 
OPINIÃO PÚBLICA 
O conceito de que opinião publica faz supor a discussão racional de controvérsia 
de interesse geral, implicando também a procura do entendimento entre os membros da 
sociedade, parece pacífico em nossos dias. A qualidade da opinião pública depende 
muito da eficácia da discussão pública, pois ela se forma no calor da discussão dos 
membros do público ao debater diferentes e contrários pontos-de-vista acerca de uma 
questão que interesse, de algum modo, à comunidade. Assim, quando algumas opiniões 
contrárias forem impedidas de se apresentar ao público em formação, ou venham a sofrer 
alguma discriminação quanto à possibilidade de serem argüidas, não há eficácia na 
discussão pública. Em outras palavras, do uso honesto e equitativo dos veículos de 
comunicação depende, principalmente, a eficácia da discussão pública. 
É preciso permitir a mais ampla liberdade de discussão. O exercício da livre 
discussão baseia-se na idéia do homem como ser racional e plenamente capaz, por si 
mesmo, de alcançar a. verdade na ordem social. Não se pode olvidar aqui a Declaração 
Universal dos Direitos do Homem, da Organização das Nações Unidas, quando reza: 
“Todos os homens nascem livres e iguais, em dignidade de direitos. São dotados de 
razão e consciência... Todos os seres humanos são capazes de discutir os problemas de 
interesse geral, independentemente de seu ‘status’ ou de seu grau de instrução. Afinal, se 
um semi-analfabeto pode fazer negócios de alta monta, por que não poderá ele opinar 
Sobre questões gerais? Todos não são seres racionais? As controvérsias surgidas e suas 
possíveis soluções não constituem dever de todos os componentes da comunidade onde 
vivem? De certa forma, deve-se anotar, aqui as palavras do famoso jornalista Walter 
Lippmann: ‘Dentro de uma sociedade faz-se necessário a concordância na presunção de 
que todos os membros da comunidade agem de maneira racional. Isto quer dizer que 
todos devem agir de modo a fazer crer num debate sincero e racional e que os torne 
hábeis a reconhecer em comum entendimento, aquilo que é verdade e o que é direito’” 
(ANDRADE, 1966, p. 5). 
Ademais, o conceito de que a opinião pública faz supor a discussão racional de 
controvérsias de interesse geral, implicando também a procura de entendimento comum, 
parece estar, em nossos dias, universalmente aceito. Enquanto Gabriel Tarde não 
chegava a considerar; o debate público como fator de opinião pública, o seu mais. 
destacado seguidor, nos Estados Unidos, o Prof. Edward Alsworth Ross, observava que a 
opinião pública poderia ser considerada como uma “discussão que atrai a atenção geral” 
(ROSS, 1928, p. 346). Vale notar que o introdutor dos estudos de Psicologia Social na 
América do Norte estabelece uma diferença entre opinião pública e opinião 
6 
 
preponderante; esta é a opinião que não admite mais discussões (casamento 
monogâmico no mundo ocidental, por exemplo). Tudo que é passível de controvérsia é 
terreno propício à formação de opinião pública. 
As controvérsias têm assegurado o desenvolvimento e o progresso da 
humanidade. Sem elas, nós estaríamos ainda na Idade da Pedra. O debate sereno é 
objetivo sobre os grandes problemas que interessam a todos os seres humanos constitui 
a mola propulsora que garante o bem-estar geral. Nessa ordem de idéias, assim se 
manifestava entre nós o então general Nelson de Mello: “A existência de controvérsias 
não deve provocar o desestímulo: ao contrário, a ausência delas seria um sinal de 
estagnação. A tradição brasileira leva-nos a um amplo e franco diálogo para a solução de 
nossas dificuldades. Bendito debate que sempre pudermos travar; graças à liberdade 
conquistada em 7.9.1822, que temos mantido e defendido” (BRASIL. Ministério da 
Guerra. Ordem...). 
“Não existe, opinião pública onde não haja um acordo substancial. Mas não existe 
opinião pública onde não haja desacordo. Opinião Pública pressupõe discussão pública”, 
escreveram Robert E. Park e Ernest W. Brugess em Introduction to the Science of 
Sociology (PARK, BURGESS, 1921, p. 832). 
Vivemos uma época, em que o debate deveria ser compreendido e aceito como a 
instrumentaçãolegítima do diálogo. O direito de discordar, de ter idéias próprias e de 
defendê-las, é a razão primeira que deve reger os destinos de qualquer nação. Da mesma 
maneira, em âmbito regional ou local, igualmente a discordância deveria, não só sei 
assegurada plenamente, mas também estimulada, no sentido de proporcionar condições 
para o progresso. 
Como diz Dominique Pire “A paz não é a simples ausência de guerra, o silêncio 
dos canhões, mas a criação de um clima de compreensão e respeito mútuos. O diálogo 
não consiste em expor o meu ponto-de-vista aos que pensam de maneira diversa da 
minha; consiste em pôr provisoriamente entre parêntesis o que eu penso, para tentar 
primeiro compreender o ponto-de-vista dos outros e ver o que há de apreciável nele. A 
paz é a harmonia nas nossas diferenças” (TITULAR DO...). 
O importante é salientar que a controvérsia deve ser apresentada, imparcial e 
claramente, de molde a permitir á sua discussão de maneira mais ampla e racional. Ela 
não deve ser colocada para o debate público já dirigida para um determinado resultado ou 
solução, como se a discussão publica tivesse apenas o mérito de ratificar alguma coisa já 
preestabelecida. 
Deve-se lembrar também que na discussão pública, as opiniões individuais. 
expostas podem ser resultantes, em grande parte, do acatamento que os membros que 
discutem tem pelos orientadores do debate. Os indivíduos, muitas vezes, concordam para 
evitar conflitos de idéias, sentimentos de ansiedade e, principalmente, porque acreditam 
não estar à altura de seus oponentes. Portanto, não se pode dizer que as opiniões sejam 
totalmente racionais e lógicas, pois elas estão muito ligadas aos sentimentos e às 
7 
 
emoções. Todavia, essa espécie de tolerância e mesmo a incapacidade inicial de debater 
os argumentos e contra-argumentos apresentados oferece um lado positivo, pois permite 
o começo de interação social entre os participantes da discussão. 
SUAS CARACTERÍSTICAS 
O público adquire seu tipo especial e peculiar de unidade e encontra a maneira de 
promover a ação conjugada, por meio de uma decisão coletiva ou desenvolvendo uma 
opinião comum. Deste modo, pode-se dizer que a opinião pública pode ser considerada 
um produto coletivo, isto é, uma opinião composta, formada das diversas opiniões 
existentes no público e que se influenciaram e se modificaram mutuamente. A interação 
das várias opiniões expostas e defendidas no debate público promove o aparecimento de 
uma opinião coletiva que, na verdade, é a opinião do público. É preciso não esquecer que 
a discussão é fator inconteste de interação. Ora, se existem diferentes opiniões, ressalta 
logo que uma das características da opinião pública é a de que ela não é uma opinião 
unânime, já que o público é conseqüência da controvérsia e do debate, Também, ela não 
é necessariamente a opinião, da maioria, pois sendo resultado da competição de diversas 
opiniões, pode uma minoria bem organizada exercer, maior influência na formação da 
opinião comum. 
A opinião pública, como um produto composto, pode ser e normalmente o é — 
diferente da opinião de qualquer elemento do público. A opinião pública está em contínuo 
processo de formação. Raramente chega-se a um consenso completo. Em outras 
palavras, a opinião pública aproxima-se de uma síntese, sem jamais alcançá-la 
totalmente. Porém, nem todos os membros do público contribuem igualmente para essa 
síntese, pois a opinião pública é o reflexo do grau, eficiência, organização e verbalização 
dos grupos ou indivíduos que participam do debate. 
Lawrence Lowell, referindo-se às características da opinião pública, assim 
escreveu: “A fim de que a opinião possa ser pública, não é suficiente a maioria e não é 
exigida unanimidade, mas ela precisa ser tal que, embora a minoria dela não participe, 
seus integrantes se sintam obrigados, não pelo medo, mas pela convicção, a aceitá-la; e 
se a democracia é completa, o acatamento da minoria deve ser dado de boa vontade” 
(LOWELL, 1953, p. 15). 
A sociedade humana poderá viver em relativa harmonia se existir entre os seus 
elementos, principalmente entre os antagônicos, as mais amplas comunicações e os 
debates, em busca de opiniões ou discussões Somente sob essas condições é que a 
opinião penderá ser realmente formada, assegurando a paz e o progresso dos povos. 
GRUPOS DE INTERESSE 
Nem todos os componentes do público contribuem para a formação da opinião 
pública, pois não de equitativa capacidade de raciocínio e de exposição e não estão de 
posse de idênticos veículos de comunicação. 
8 
 
Geralmente, o público é constituído de grupos de interesse e de espectadores 
desinteressados e, conseqüentemente, desunidos. Esses espectadores estão na posição 
de árbitro, sem que eles mesmos percebam essa situação especial. Daí o esforço 
daqueles grupos em estabelecer as opiniões das pessoas desinteressadas. E para isso 
os grupos de interesse utilizam-se de todos os recursos. 
Minorias bem organizadas e capacitadas para colocar sua posição perante o 
público em formação (controle dos veículos de comunicação, propaganda, bons 
argumentadores etc.) têm freqüentemente, uma influência muito maior sobre o processo 
de formação da opinião pública do que seria justo esperar. 
A ação dos grupos de interesse, na criação da opinião pública, colocando a 
controvérsia e esforçando-se para conquistar, para seu lado, o apoio e a aliança dos 
grupos ou pessoas desinteressadas, é fator de fundamental importância. Aqueles grupos, 
no seu afã para moldar a opinião dos espectadores, podem provocar, pela propaganda, o 
estabelecimento de atitudes emocionais. A contrapropaganda faz aparecer, novamente, a 
controvérsia e o processo de discussão. Assim, pode-se dizer que a propaganda é 
prejudicial somente quando existe apenas uma. 
A propaganda tem sido considerada suspeita porque na área da discussão 
pública molda opiniões e julgamentos, não se baseando apenas no mérito da 
controvérsia, mas principalmente agindo sobre os sentimentos. O seu objetivo precípuo é 
implantar uma atitude que vem a ser sentida pelas pessoas como natural, correta, 
espontânea e única. Deseja, assim, a propaganda: criar uma convicção e obter ação de 
acordo com essa certeza adquirida. 
O grande perigo no processo de formação da opinião pública reside na influência, 
cada vez mais considerável, que os grupos de interesse vêm exercendo em todo o 
mundo. As informações e as notícias são dispostas habilmente, persuadindo, intimando, 
ou coagindo as pessoas a aceitar pontos-de-vista, interesses egoísticos ou propósitos 
autoritários daqueles grupos, como algo espontâneo e legítimo. 
Sobre a atuação dos grupos de interesse ou de pressão nos Estados Unidos, 
assim se referiu Leda Rodrigues: “A espantosa proliferação dos grupos de pressão nos 
últimos 30 anos correspondeu acentuada mudança em suas táticas. De início, o ‘lobby’ 
(cabala; nos corredores do Congresso), consistia, sobretudo, na influência direta e 
recorria; com freqüência, ao suborno. Depois, grande ênfase passou a ser dada à 
propaganda e à criação de atitudes públicas favoráveis às pretensões de determinados 
grupos. Daí falaram uns dos outros em ‘old lady’ e ‘new lobby’. Segundo conclusão da 
comissão parlamentar encarregada de investigar o ‘lobbying’ em 1950 (nos EUA), os 
grupos de pressão, atualmente, em vez de tentarem influenciar diretamente a feitura das 
leis, procuraram criar uma aparência de apoio público a suas pretensões. Isso é facilitado 
pela prática corrente, até nos melhores jornais, de dar à propaganda inspirada pelos 
grupos econômicos o mesmo tratamento dispensado às notícias” (RODRIGUES, 1961, p. 
88-89). 
9 
 
CONTROLE DA OPINIÃO PÚBLICA 
No século XVIII, o filósofo David Hume, em sua obra, intitulada Ensaio sobre o 
Entendimento Humano, escreveu: “A soberania da opinião publica, longe de ser uma 
aspiração utópica, é o que pesa e pesará sempre em todas as horas nas sociedades 
humanas” (ANDRADE, 1965, p. 21). 
O fenômeno “opinião pública”,de certo modo, dá-se em qualquer sociedade, 
mesmo nas chamadas primitivas. Porém, somente na sociedade moderna é que ele se 
fez consciente para a maioria dos estudiosos. 
Quem manda na humanidade, quem a governa, quem a dirige, depende da 
opinião pública. Aquele que pretende governar com os pretorianos, depende sempre da 
opinião de seus guardas e da opinião que tenham sobre eles os demais, como já advertia 
José Ortega y Gasset. É ainda o famoso filósofo espanhol quem escreveu: “Essa relação 
instável e habitual entre os homens, que se chama mando, não repousa nunca na força. 
O mando é o exercício normal da autoridade, o qual se baseia sempre na opinião pública, 
hoje, como antigamente, entre os ingleses ou entre os botocudos” (ORTEGA y GASSET, 
1956, p. 189). 
Napoleão Bonaparte também reconheceu o valor da opinião pública quando 
disse: “A opinião pública é uma potencia invisível a quem ninguém resiste. Nada é mais 
móvel, mais vago e mais forte e apesar de caprichosa, ela é verdadeira, razoável, muito 
mais do que se pensa” (CÉGOS, 1953, p. 205). 
Não se pode negar que, hoje mais do que ontem, a humanidade tem como seu 
alicerce a opinião pública e exclusivamente sobre essa base o mundo pode sobreviver. 
Até mesmo, os homens de negócios reconhecem essa realidade, como quando o “czar” 
das indústrias cinematográficas norte-americanas, Eric Johnson, declarou: “Mais tarde ou 
mais cedo, os homens de empresa serão julgados pela opinião pública” (PENTEADO, 
1960 ,p. 35). 
Na edição de 4.9.1901 do jornal O Estado de S. Paulo assim escrevia Júlio 
Mesquita: “O grande mal da República, a terrível efeméride, que vai minando e que 
fatalmente a matará, se os que a dirigem não tomarem outro caminho, é o seu divorcio, 
cada vez mais acentuado, disso que se chama opinião pública — uma coisa que, por não 
ter existência material, muita gente supõe que não existe, mas existe e é o único 
elemento da vida de todos os países civilizados”. 
O poder da opinião pública está presente, com toda sua fortaleza e amplitude. Daí 
a preocupação de se aperfeiçoar em formas de controle, visando a conduzir os interesses 
egoísticos, sob a capa de fins sociais e respeito pela opinião do público. 
Quando os meios de comunicação eram rudimentares e de pouco alcance, o 
processo empregado para o controle da opinião pública repousava no método repressivo, 
inibitório, conhecido até nossos dias pelo nome de censura. Hoje, o controle da opinião 
pública é realizado principalmente no meio de um processo criador, estimulante, que se 
denomina propaganda. 
10 
 
Segundo Kimball Young, a censura é “uma forma de controle social que se 
destina a bloquear a manifestação da opinião, crença ou idéia” (YOUNG, 1957, p. 472). 
Em outras palavras, censura é um processo coercitivo que visa a impedir certas 
manifestações de indivíduos ou grupos, sob justificativa do bem comum. Essa coação, 
contudo, não se faz pela força física. 
A censura tem suas origens nos tabus das sociedades primitivas, nas leis 
primárias que se observam nos clãs e sipes (grupos de parentesco) — proibições não 
escritas, obedecidas quase inconscientemente. Os “folk-ways”, “mores” e tradições são 
manifestações de censura impostas pelo passado do grupo. As superstições são também 
meios de censura, de fundo primitivo. 
Em contraste com a propaganda, a censura é essencialmente um processo 
negativo, pois ela limita e inibe a ação. Ela tem sua força, precipuamente, no medo e na 
ameaça. Em certos casos, a censura é claramente afim do preconceito, da discriminação 
e da intolerância. 
Entende-se, hoje, por censura o aparelhamento coercitivo voltado principalmente 
para os veículos de comunicação, no sentido de omitir informações. Sua ação está 
presente nos jornais, revistas, estações de rádio e de televisão, cinema, teatro, livros e 
outras publicações. 
A censura sempre existiu, em todos os povos. Hititas, egípcios, chineses, gregos 
e romanos, tiveram em outras épocas seu processo de censura. Por exemplo, na China 
antiga, à época do imperador Chi-Huang Ti, foram destruídas, por ordem imperial, todas 
as obras de Confúcio. Em Roma, no ano VIII da era cristã, Ovídio foi desterrado por haver 
escrito a Arte de Amar. Contudo, a primeira forma sistemática de censura em todo o 
mundo aparece na publicação do papa Alexandre VI, em 1501, a respeito das 
publicações, sem licença pontifical, a fim de evitar heresias. Daí os “nihil obstat” e 
“imprimatur” das licenças eclesiásticas de nossos dias, inclusive nos livros didáticos. O 
“Index Librorum Prohibitorum”, que indicava os livros julgados perniciosos aos católicos 
romanos, era um dos instrumentos dessa censura eclesiástica. Esse “Index” durou 
séculos, sendo abolido em 1966. 
A palavra “propaganda” foi usada, pela primeira vez, pelo papa Clemente VIII, em 
bula de 1597 (De Propaganda Fide), relativa às missões católicas. Coube ao papa 
Gregório XV organizar a Congregação de Propaganda, em 1622, para preparar os 
sacerdotes empenhados no proselitismo religioso. 
Para Frederick Lumley, o termo propaganda provém do latim “propagare”, cujo 
significado é amarrar vergônteas, brotos ou mudas de plantas, para fins de reprodução e 
daí o gerar, reproduzir e, por extensão, estender-se multiplicar-se. Etimològicamente, 
portanto, propaganda não se refere à geração espontânea, mas, sim, a uma reprodução 
forçada (LUMLEY, 1933, p. 186). 
Desde a Primeira Guerra Mundial e a Revolução Russa, a palavra propaganda 
adquiriu uma conotação negativa que se acentuou ainda mais, com o famoso Ministério 
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da Propaganda da Alemanha nazista. Muitos cientistas sociais estigmatizaram as 
atividades propagandísticas, quando as chamaram de anti-sociais e de responsáveis pela 
escravidão intelectual. 
No III Congresso Internacional de Relações Públicas (1964), o delegado do 
Líbano e presidente da Assembléia Geral da ONU, Charles Habib Malik, assim se 
pronunciou: “Sob a avalancha de palavras escritas e orais, com as quais estamos sempre 
sendo bombardeados, torna-se imperativo, hoje, distinguir a verdade da falsidade, o fato 
da fantasia, a realidade do que é propaganda, o essencial e importante daquilo que é 
acessório e trivial. Graças aos meios instantâneos de comunicação, este problema torna-
se maior pela existência de diversas tendências ideológicas que convergem ao mesmo 
local e ao mesmo tempo. O resultado é que, quando não incorremos em erro, muitas 
vezes chegamos a ficar um tanto confusos” (MALIK, 1965). 
A realidade é que a propaganda, fomentando o aparecimento de massas, em 
lugar de públicos, tem criado opinião pública em forma de mito. Não é preciso que se 
chegue ao que Lumley, na obra citada, afirmou: “A propaganda transformou a sociedade 
em uma vasta casa mal-assombrada”. Contudo, não se pode negar que a maioria dos 
seres humanos vive, atualmente, a época dos “slogans”, das imagens e das informações 
interessadas. Sentimos que estamos sendo levados a fazer coisas que não faríamos se a 
propaganda não existisse. 
Os “slogans”, estereótipos e apelos emocionais, que compõem o determinante 
não-racional, podem, às vezes, provocar o aparecimento de um comportamento do 
público muito semelhante ao de uma multidão ou massa, não obtendo, na realidade a 
opinião pública, mas somente um sentimento coletivo. Não se pode negar que a opinião 
pública se forma através da comunicação e da interação social, o que difere bastante 
desse sentimento coletivo produzido pelas massas, em conseqüência da comunicação 
apenas unilateral. 
“A censura de um lado e a propaganda de outro atingem tais proporções no 
mundo moderno, que se arquiteta uma perfeita mística aduladora dá inteligência”, dizia A. 
Carneiro Leão; ao encarar a sociedade de massas em que vivemos (LEÃO, 1961, p. 166-
167). 
É certo que o poder público e o poder econômico, pelo controle da opinião 
pública, dificultam a formação de autênticos públicos, pois, lançam de maneira hábil 
informações tendenciosas ou meias-verdades, que são aceitas como fidedignas,ou 
omitem informes indispensáveis à compreensão correia dos acontecimentos. Cabe assim 
às Relações Públicas a importante missão de transformar os empregados, a clientela e os 
espectadores das instituições e empresas em genuínos públicos, levantando as 
controvérsias, fornecendo todas as informações e facilitando o debate, à procura de uma 
opinião ou decisão coletivas, visando ao interesse público. 
 
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