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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Livro Eletrônico
PRESIDENTE: Gabriel Granjeiro
VICE-PRESIDENTE: Rodrigo Teles Calado
COORDENADORA PEDAGÓGICA: Élica Lopes
ASSISTENTES PEDAGÓGICAS: Francineide Fontana, Kamilla Fernandes e Larissa Carvalho
SUPERVISORA DE PRODUÇÃO: Emanuelle Alves Melo
ASSISTENTES DE PRODUÇÃO: Giulia Batelli, Juliane Fenícia de Castro e Thaylinne Gomes Lima
REVISOR: Camilla Machado
DIAGRAMADOR: Antonio Jr
CAPA: Washington Nunes Chaves
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Demais localidades: 0800 607 2500 Seg a sex (exceto feriados) / das 8h às 20h
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TODOS OS DIREITOS RESERVADOS – De acordo com a Lei n. 9.610, de 19.02.1998, nenhuma parte deste livro pode 
ser fotocopiada, gravada, reproduzida ou armazenada em um sistema de recupe ração de informações ou transmitida 
sob qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico ou mecânico sem o prévio consentimento do detentor dos direitos 
autorais e do editor.
© 07/2019
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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Direito Processual do Trabalho
Prof. Gustavo Deitos
Princípios, Fontes, Autonomia, Interpretação, Integração e Eficácia do Direito 
Processual do Trabalho ................................................................................4
1. O que é Direito Processual do Trabalho? .....................................................5
2. Autonomia do Direito Processual do Trabalho ..............................................6
3. Fontes do Direito Processual do Trabalho ....................................................8
3.1. Resumo ............................................................................................12
4. Interpretação .......................................................................................12
4.1. Métodos de Interpretação ...................................................................13
4.2. Efeitos da Interpretação ......................................................................17
4.3. Resumo: Métodos e Efeitos .................................................................18
5. Integração ...........................................................................................19
6. Eficácia ...............................................................................................22
6.1. Eficácia da Lei Processual Trabalhista no Tempo ......................................22
6.2. Eficácia da Lei Processual Trabalhista no Espaço .....................................23
7. Princípios Aplicáveis ao Direito Processual do Trabalho ...............................24
7.1. Princípios Comuns ao Processo Civil e ao Processo do Trabalho .................25
7.2. Princípios Específicos do Processo do Trabalho ........................................30
Exercícios ................................................................................................42
Gabarito ..................................................................................................53
Gabarito Comentado .................................................................................54
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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Direito Processual do Trabalho
Prof. Gustavo Deitos
PRINCÍPIOS, FONTES, AUTONOMIA, INTERPRETAÇÃO, 
INTEGRAÇÃO E EFICÁCIA DO DIREITO PROCESSUAL DO 
TRABALHO
Olá, querido(a) aluno(a). Você, que tem tudo para ser um(a) futuro(a) advoga-
do(a), terá conosco, do Gran Cursos Online, uma série de aulas em PDF destinadas 
a abranger todo o conteúdo de Direito Processual do Trabalho do mais recente edi-
tal do Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Nesta aula, abordaremos outro tópico muito importante: “Princípios, Fontes, 
Autonomia, Interpretação, Integração e Eficácia do Direito Processual do 
Trabalho”. Este tema, por ter uma forte base doutrinária, merece abordagem 
plural, com atenção a dispositivos de lei, diferentes doutrinas e jurisprudências 
pertinentes.
É bem possível que alguns pontos tratados nesta aula não sejam objetos diretos 
de questões de prova. Todavia, o conhecimento desses pontos é fundamental para 
uma compreensão mais consistente do conteúdo técnico, ajudando, inclusive, o 
entendimento da lógica do direito processual do trabalho.
O direito processual do trabalho sofreu profundas modificações no ano de 2017, 
em virtude da entrada em vigor da Lei n. 13.467/2017, popularizada com o 
nome de “Reforma Trabalhista”. Além dessa relevantíssima alteração, você deve le-
var em conta que, no ano de 2016, entrou em vigor o Novo Código de Processo 
Civil, publicado em 2015.
Todas essas alterações colocam em nosso caminho um fato que impacta forte-
mente em seu estudo: não existem, ainda, muitas questões atualmente válidas da 
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Direito Processual do Trabalho
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OAB sobre cada tema do nosso edital. Portanto, para seu exercício com questões, 
procurarei apresentar as questões existentes e, ainda, questões inéditas com o 
perfil da banca FGV, que comportam enunciados de casos concretos e quatro al-
ternativas (A a D). Se houver uma maior escassez de questões sobre o assunto, 
apresentarei questões da banca FGV oriundas de provas diversas da OAB, sempre 
com vistas a prepará-lo(a) para conhecer muito bem a banca.
Mesmo que o formato das questões da FGV para o Exame da OAB adote o es-
tilo de múltipla escolha com quatro alternativas, apresentarei, também, algumas 
questões de certo/errado com a finalidade de atrair seu foco total para a fixação 
de algumas regras específicas, cujo conhecimento ajudará a tornar mais sólida sua 
bagagem para as demais questões.
Juntamente com toda a equipe do Gran Cursos Online, procurarei ajudá-lo(a) ao 
máximo a tornar-se habilitado(a) a exercer a advocacia, cuja carreira é fantástica e 
repleta de desafios entusiasmantes para um comprometido profissional do Direito.
Bons estudos!
Seja imparável!
1. O que é Direito Processual do Trabalho?
A doutrina brasileira de direito processual do trabalho não está nem perto de 
uniformizar um conceito para a disciplina, que a defina da forma mais realista pos-
sível. Essa diferença é devida ao fato de os doutrinadores tratarem de forma distin-
ta, entre si, o objeto do direito processual do trabalho.
Os conceitos podem variar em razão de concepções pessoais, ideológicas ou 
políticas de quem conceitua. Portanto, tratemos para você dois conceitos válidos 
pertinentes a nossa disciplina: um de Carlos Henrique Bezerra Leite e outro de 
Sérgio Pinto Martins.
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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Direito Processual do Trabalho
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Bezerra Leite: ramo da ciência jurídica, constituído por um sistema de valores, 
princípios, regras e instituições próprias, que tem por objetivo promover a concre-
tização dos direitos sociais fundamentais individuais, coletivos e difusos dos tra-
balhadores e a pacificação justa dos conflitos decorrentes direta ou indiretamente 
das relações de emprego e de trabalho, bem como regular o funcionamento e a 
competência dos órgãos que compõem a Justiça do Trabalho.
Perceba que Bezerra Leite vê como objeto do processo do trabalho a proteção a 
direitos sociais fundamentais dos trabalhadores aliada à busca pela justiça social. 
Esse conceito vai muito além do mero instrumentalismo.
Sérgio P. Martins: conjunto de princípios, regras e instituições destinado a re-
gular a atividade dos órgãos jurisdicionais na solução dos dissídios, individuais ou 
coletivos, sobre relação de trabalho.
O conceito de Martins é mais instrumental e formal, sem destaque a finalidades 
constitucionais e/ou sociais dos institutos que compõem o ramo.
2. Autonomia do Direito Processual do Trabalho
É majoritária na doutrina e na jurisprudência a tese de que o direito proces-
sual do trabalho é um ramo autônomo do direito. Não obstante, é importante 
que você conheça as duas principais teorias que dividem a discussão.
TEORIA MONISTA: o Direito Processual no Brasil é um só, visto que os princí-
pios dos diferentes códigos processuais são aplicáveis em igualdade, com pequenas 
alterações. Essa teoria é antiga e encontra-se ultrapassada.
TEORIA DUALISTA: o Direito Processual do Trabalho é autônomo e distinto do 
Direito Processual Civil, porque possui conjuntos normativos e princípios de senti-
dos próprios, distintos dos diferentes direitos processuais existentes.
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Direito Processual do Trabalho
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Atualmente, entende-se que, para ser autônomo, o ramo deve conter legisla-
ções e princípios próprios (teoria dualista). O processo do trabalho possui uma 
legislação codificada e grande, constante, principalmente, na Consolidação das Leis 
do Trabalho (CLT) e em algumas leis esparsas, especialmente a Lei n. 5.584/1970.
Ademais, o processo do trabalho possui vários princípios que lhe são próprios e 
o diferenciam do direito processual civil, que estudaremos em seguida. Alguns prin-
cípios, por sua vez, são também previstos em outros ramos do direito processual, 
mas com significados consideravelmente distintos. 
Desde já, faço destaque aos princípios da proteção, da finalidade social, da bus-
ca da verdade real, da normatização coletiva e da conciliação, enfatizados por Be-
zerra Leite. Alguns destes são, por nome, iguais a princípios de outros ramos, mas 
carregam semântica muito diferente no processo do trabalho, como, por exemplo, 
em relação ao princípio da conciliação.
A autonomia do processo do trabalho no Brasil fica ainda mais evidente em ra-
zão de duas matérias legislativas:
1) o processo do trabalho possui título próprio na CLT e atribuiu ao direito 
processual civil o caráter de subsidiariedade, com aplicação somente em caso de 
lacuna no referido título.
2) o próprio Código de Processo Civil (CPC de 2015) tem artigo específico di-
zendo que suas normas só serão aplicáveis ao processo trabalhista diante da falta 
de norma específica do respectivo ramo (art. 15 do CPC).
Dessa forma, mesmo que existam algumas vozes na doutrina dizendo o contrá-
rio, é amplamente pacificado na jurisprudência que o direito processual do trabalho 
é um ramo do direito totalmente autônomo, distinto do processo civil, por ter con-
juntos normativos e princípios próprios.
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Leve para a prova: o direito processual do trabalho é autônomo, distinto do 
processo civil, por ter normas jurídicas e princípios que lhe são próprios e o 
diferenciam dos demais direitos processuais existentes no Brasil.
3. Fontes do Direito Processual do Trabalho
Se você já estudou direito do trabalho, sabe da clássica divisão entre as fontes 
formais e as fontes materiais. No processo do trabalho, essa divisão é seguida por 
alguns doutrinadores, em especial por Carlos Henrique Bezerra Leite. Outros dou-
trinadores, como Sérgio Pinto Martins e Mauro Schiavi, vão direto às fontes formais 
ao abordar as fontes do processo trabalhista.
Considerando-se válido o âmbito das fontes materiais do processo do traba-
lho, devemos saber que, dentre essas fontes, incluem-se os fatos sociais, políti-
cos, econômicos, culturais, éticos e morais materializados em determina-
do momento da história, que incentivaram o legislador ou o Poder Judiciário a 
criar uma lei/interpretar uma lei em certo sentido.
Exemplo: a Lei n. 13.467/2017 acrescentou ao processo do trabalho a obriga-
toriedade de o empregado arcar com o ônus dos honorários sucumbenciais (art. 
791-A da CLT). A fonte material disso, como afirmado pela equipe de redação da 
Reforma Trabalhista, seria o excesso de ações trabalhistas “aventureiras”, 
nas quais o trabalhador, supostamente, pleitearia direitos mesmo sabendo que não 
os possui.
As fontes formais do processo do trabalho, por sua vez, são todos os conjun-
tos de regras objetivamente compreensíveis pelas pessoas. Podem ser desde 
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a Constituição Federal até costumes locais, pois ambos são objetivamente compre-
ensíveis, sem margens para dúvidas.
Bezerra Leite, indo mais a fundo, criou divisão entre as fontes formais, classifi-
cando-as da seguinte maneira:
Fontes formais diretas:
• Constituição Federal;
• Leis: destacam-se CLT, Lei n. 5.584/1070, CPC, Lei n. 6.830/1980, Lei n. 
7.701/1988, Lei n. 7.347/1985, dentre outras.
• Atos normativos: destacam-se regimentos internos, instruções normativas, 
resoluções, portarias e demais atos administrativos, internos ou externos, de 
força normativa.
• Súmula vinculante do STF: embora seja uma jurisprudência, adquiriu força 
vinculante sobre os órgãos do Poder Judiciário por determinação constitucio-
nal, ultrapassando o caráter de orientação/substrato jurídico.
• Costumes: práticas reiteradas observadas por Varas do Trabalho e demais 
repartições da Justiça do Trabalho, desde que não ilegais.
Fontes formais indiretas:
• Doutrina: capaz de dar base teórica e guiar o aplicador da lei diante de casos 
concretos, quando se busca a melhor maneira de aplicar a fonte formal dire-
ta a casos individuais. Podem enquadrar-se como doutrina os enunciados de 
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• Jurisprudência: súmulas, orientações jurisprudenciais, precedentes, teses 
firmadas em julgamentos de casos repetitivos e em sede de controle de cons-
titucionalidade concentrado (ADI, ADC, ADO, ADPF), as quais carregam força 
orientativa para a aplicação da lei ao caso concreto.
Obs.:� tendo em vista que o CPC dá certo poder de vinculação aos precedentes 
decorrentes de teses firmadas em julgamentos de casos repetitivos e em 
sede de controle de constitucionalidade concentrado (art. 988, III e IV, CPC), 
é discutível o enquadramento delas como fontes formais diretas, mas isso 
ainda não é pacífico a ponto de ser explorado em questão objetiva.
Fontes formais de explicitação: são a analogia, a equidade, o direto compa-
rado, os costumes e os princípios gerais do direito, que estudaremos no título da 
Integração.
É importantíssimo levarmos em conta que o Código de Processo Civil, de acordo 
com o art. 769 da CLT, é fonte subsidiária do processo do trabalho, sendo a ele apli-
cável sempre que não contrariar os princípios e as normas específicas. do direito 
processual trabalhista. Isso você já sabe, certo?
Então, trarei para você uma observação tão importante quanto essa. O art. 15 
do Novo CPC deu ao direito processual civil, expressamente, a possibilidade de 
ser aplicado ao processo do trabalho de forma subsidiária e, também, supletiva 
(suplementar). Portanto, o CPC não será aplicado somente na lacuna da CLT, mas 
também quando as normas da CLT não forem suficientes para tratar os temas da 
melhor maneira.
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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Direito Processual do Trabalho
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O referido artigo diz o seguinte: “Na ausência de normas que regulem processos 
eleitorais, trabalhistas ou administrativos, as disposições deste Código lhes serão 
aplicadas supletiva e subsidiariamente”.
Para que você saiba claramente a diferença entre aplicação subsidiária e aplica-
ção supletiva/suplementar, confira:
APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA: ocorre diante de lacuna em outra lei; só é auto-
rizada quando não contrariar princípios e elementos básicos do ramo que receberá 
a aplicação subsidiária. Exemplo: deferimento da participação de amicus curiae 
(amigo da corte) no processo do trabalho, já que o CPC prevê essa figura e a CLT 
nada fala sobre ela.
APLICAÇÃO SUPLEMENTAR: ocorre mesmo que não exista lacuna em outra 
lei; é autorizada quando não contrariar princípios e elementos básicos do ramo que 
receberá a aplicação suplementar. Exemplo: aplicação das hipóteses previstas no 
CPC para a impugnação ao cumprimento de sentença no caso de oposição de em-
bargos à execução no processo do trabalho, que possui norma própria (art. 884, § 
1°, CLT), que é, no entanto, insuficiente para a observância da legalidade. 
Conclusão: a grande diferença entre a aplicação subsidiária e a aplicação com-
plementar é que a subsidiária ocorre diante de lacuna na lei, e a suplementar 
ocorre mesmo que não exista lacuna, com a finalidade de acrescentar/aumentar a 
normatividade dos institutos jurídicos.
Cuidado: não confunda aplicação suplementar com “complementar”. A 
aplicação complementar pode ser assim considerada tanto em caso de aplicação 
subsidiária como em caso de aplicação suplementar, pois, em ambos os casos, 
está ocorrendo um “complemento” da legislação. Portanto, é errado usar o adjetivo 
“complementar” como sinônimo de “suplementar”, pois isso causaria uma confusão 
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com a aplicação subsidiária, uma vez que a aplicação subsidiária também produz 
um complemento.
3.1. Resumo
Confira, ilustrativamente, o resumo das fontes do processo do trabalho em for-
ma de mapa mental:
4. Interpretação
Interpretar a lei é uma atitude necessária para sua aplicação. Diante de um dis-
positivo normativo (Constituição, lei, ato normativo etc.), é necessário mensurar 
o conteúdo, o sentido e o alcance desse dispositivo. Essa mensuração é o que 
devemos chamar de interpretação.
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4.1. Métodos de Interpretação
A interpretação, para ser concretizada, deve usar determinados métodos de 
interpretação, que podem ser aplicados de maneira isolada ou conjunta. Veja, 
abaixo, a definição de cada método:
MÉTODO GRAMATICAL/LITERAL: descoberta do sentido literal das palavras 
e das frases escritas no dispositivo. O resultado da interpretação (conteúdo, sen-
tido e alcance do dispositivo) será conforme o significado das palavras e das 
construções frasais do dispositivo.
Exemplo: art. 896-A, § 1°, da CLT: 
“§ 1º: São indicadores de transcendência, entre outros:
I – econômica, o elevado valor da causa
II – política, o desrespeito da instância recorrida à jurisprudência sumulada do Tribunal 
Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal;
III – social, a postulação, por reclamante-recorrente, de direito social constitucional-
mente assegurado;
IV – jurídica, a existência de questão nova em torno da interpretação da legislação tra-
balhista.”
Perceba dois pontos principais. Primeiro, cada inciso conceitua, expressamen-
te, o que é cada espécie de transcendência. O sentido que o intérprete deve dar à 
expressão “transcendência econômica”, por exemplo, é “elevado valor da causa”. 
Segundo, o § 1° contém a expressão “entre outros”, que, literalmente, indica ao 
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intérprete que ele poderá considerar outros elementos, mesmo que não escritos 
nos incisos, para verificar a ocorrência de transcendência.
MÉTODO LÓGICO: o resultado da interpretação decorre de raciocínios lógi-
cos, que consistem na análise da compatibilidade entre diferentes dispositivos.
Exemplo: por mais que uma parte tenha o direito de interpor recurso, ela não poderá 
fazê-lo quando, por qualquer comportamento, manifestar inteira concordância 
com a decisão do juiz (pagando a condenação integral imposta pela sentença, 
por exemplo). Portanto,o alcance dado ao direito de interpor recurso limita-se à 
manifestação de inconformismo da parte que recorre.
MÉTODO HISTÓRICO: o resultado da interpretação depende da análise das 
causas que determinaram a criação do dispositivo. É a análise de tudo o que, his-
toricamente, ocorreu para que o dispositivo existisse. Trata-se de considerar quais 
foram as fontes materiais determinantes da criação da norma.
Exemplo: art. 850, parágrafo único, da CLT:
“O Presidente da Junta, após propor a solução do dissídio, tomará os votos dos vogais 
e, havendo divergência entre estes, poderá desempatar ou proferir decisão que melhor 
atenda ao cumprimento da lei e ao justo equilíbrio entre os votos divergentes e ao in-
teresse social.”
O artigo acima fala dos “votos dos vogais”. Antes da Emenda Constitucional n. 
24 de 1999, as Varas do Trabalho (na época, chamadas de Juntas de Conciliação e 
Julgamento) eram compostas por um juiz-presidente e por dois vogais, um repre-
sentante dos empregados e outro dos empregadores. 
Após a referida emenda, as Varas do Trabalho (que assim passaram a ser cha-
madas) passaram a ser compostas, no processo, apenas por um juiz togado. Por-
tanto, tendo em vista as causas históricas que determinaram a existência do 
art. 850, parágrafo único, podemos afirmar que ele foi tacitamente revogado 
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pela Emenda Constitucional n. 24 de 1999, que extinguiu a instituição da Junta, 
composta por um juiz-presidente e por dois vogais.
MÉTODO SISTEMÁTICO: a interpretação da norma deve levar em conta que 
o dispositivo interpretado integra um conjunto normativo muito maior do que ele, 
devendo compatibilizar-se com esse conjunto a fim de que se evitem anti-
nomias que comprometam o Direito.
O método sistemático de interpretação utiliza três critérios, que são:
1) Especialidade. A norma especial prevalece sobre a norma geral. 
Exemplo: a CLT (norma especial do processo do trabalho) tem regra própria 
dispondo que, no procedimento ordinário, o limite máximo de testemunhas é de 
três por parte (art. 821), e no sumaríssimo é de duas por parte (art. 852-H, § 2°). 
Portanto, não é possível utilizarmos a norma geral do processo civil, segundo a qual 
seria possível o arrolamento de até 10 testemunhas por parte, sendo 3 para cada 
fato (art. 357, § 6°).
2) Hierarquia. A norma hierarquicamente superior prevalece sobre a inferior. 
No processo do trabalho, o critério da hierarquia deve ser observado com mais cau-
tela, pois a pirâmide normativa é, em regra, flexível, priorizando-se a norma mais 
favorável ao trabalhado, salvo quando se tratar de norma proibitiva estatal.
Obs.:� norma proibitiva estatal é toda norma que proíbe as partes de fixa-
rem contratualmente alguma coisa. Exemplos clássicos são o prazo 
prescricional para o direito de ação quanto aos créditos trabalhistas (art. 7°, 
XXIX, CF) e as normas de proteção ao trabalho da mulher, como a proibição 
de exigência de exame de gravidez (art. 373-A, IV, CLT).
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Nos casos em que houver norma proibitiva estatal, a observância da hierarquia 
no processo do trabalho será inevitável, como no exemplo abaixo.
Exemplo: o art. 7°, inciso XXIX, da Constituição Federal fixa o prazo prescricional 
de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após 
a extinção do contrato de trabalho. Portanto, sendo esta uma norma proibitiva 
estatal, não pode a lei ordinária fixar prazo prescricional diverso para o direito de 
ação quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho.
3) Cronologia. As normas de igual ou superior espécie que sejam mais re-
centes revogam, tacitamente, no todo ou em parte, as normas anteriores 
que com elas forem incompatíveis (art. 2°, § 1°, Lei de Introdução às Normas 
do Direito Brasileiro).
Exemplo: o art. 15 da Lei n. 5.584/1970 dispõe: 
“Para auxiliar no patrocínio das causas, observados os arts. 50 e 72 da Lei nº 4.215, 
de 27 de abril de 1963, poderão ser designados pelas Diretorias dos Sindicatos Acadê-
micos de Direito, a partir da 4º Série, comprovadamente, matriculados em estabe-
lecimento de ensino oficial ou sob fiscalização do Governo Federal.”
O artigo supracitado foi revogado tacitamente pelas normas que, após, vieram a 
fixar a exigência do Exame da OAB para que a pessoa seja habilitada a patroci-
nar causas como advogado(a), além de ser, necessariamente, bacharel em Direito, 
sem prejuízo dos demais requisitos (inscrição na OAB etc.).
MÉTODO TELEOLÓGICO/SOCIOLÓGICO: o resultado da interpretação de-
pende da observância da finalidade que o legislador visou no momento da 
criação da norma. Num Estado Social, como o Brasil, essa finalidade sempre tem 
algum caráter social, o que torna possível nomear o método teleológico, também, 
como método sociológico.
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Exemplo: confira a redação do art. 852-H, § 1°, aplicável ao procedimento suma-
ríssimo: “Sobre os documentos apresentados por uma das partes manifestar-se-
-á imediatamente a parte contrária, sem interrupção da audiência, salvo absoluta 
impossibilidade, a critério do juiz”. 
No exemplo acima, mesmo que o juiz reconheça a absoluta impossibilidade de 
manifestação completa sobre os documentos em audiência, a parte, se quiser, 
pode se manifestar sobre eles ali mesmo, pois a finalidade do legislador é 
evitar prejuízo à manifestação da parte autora, a qual, se entender que é capaz de 
se manifestar coerentemente mesmo diante de uma reconhecida absoluta impossi-
bilidade, poderá se manifestar. Portanto, a parte autora não deve ser “proibida” de 
se manifestar. Esse são o sentido e o alcance depreendidos da referida norma, por 
meio do método teleológico.
4.2. Efeitos da Interpretação
Os efeitos da interpretação têm direta relação com seus resultados. Os efeitos, 
portanto, podem ser extensivos/ampliativos, restritivos ou estáticos.
EXTENSIVOS/AMPLIATIVOS: o sentido e o alcance da norma é maior do 
que o significado dos termos e das expressões de seu texto.
Exemplo: art. 849 da CLT, que dispõe: “A audiência de julgamento será contí-
nua; mas, se não for possível, por motivo de força maior, concluí-la no mesmo 
dia, o juiz ou presidente marcará a sua continuação para a primeira desimpedi-
da, independentemente de nova notificação.” Se o intérprete (com método lógico 
ou teleológico) entender que motivos de caso fortuito também podem permitir a 
remarcação da audiência, por causarem o mesmo prejuízo às partes, o efeito será 
extensivo/ampliativo.
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RESTRITIVOS: o sentido e o alcance da norma é menor do que o significado 
dos termos e das expressões de seu texto.
Exemplo: art. 884, § 1°, da CLT, que dispõe: “A matéria de defesa será restrita 
às alegações de cumprimento da decisão ou do acordo, quitação ou prescrição da 
divida”. Se o intérprete resolver, com método sistemático, aplicar aos embargos à 
execução as matérias de defesa previstas no CPC para a impugnação ao cumpri-
mento de sentença (art. 525, § 1°), o artigo supracitado terá seu sentido restrin-
gido, pois a expressão “será restrita” não terá mais o poder de impedir a aplicação 
de outras matérias de defesa nos embargos à execução.
ESTÁTICOS: o sentido e o alcance da norma são idênticos aos dos termos e 
expressões constantes da norma.
Exemplo: art. 895, § 2°, da CLT: “Os Tribunais Regionais, divididos em Turmas, 
poderão designar Turma para o julgamento dos recursos ordinários interpostos 
das sentenças prolatadas nas demandas sujeitas ao procedimento sumaríssimo”. O 
sentido e o alcance desse dispositivo não se diferenciam em nada das expressões 
nele contidas, pois o único efeito já é depreensível da literalidade: o TST tem 
a faculdade de designar uma Turma somente para julgar recursos ordinários em 
causas de procedimento sumaríssimo, e ponto final.
4.3. Resumo: Métodos e Efeitos
Para proporcionar uma fixação rápida da estrutura do que estudamos, apresen-
to o seguinte mapa mental:
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5. Integração
A integração consiste na ideia de completar algum instituto jurídico que, para 
funcionar de acordo com o Direito, precisa de um aditivo. 
A necessidade de integração é devida ao fato de o Poder Judiciário ser proibido 
de deixar de julgar uma demanda sob o argumento de que o Direito não tem solu-
ção para a situação (non liquet). É o que diz o art. 140 do CPC: “O juiz não se exime 
de decidir sob a alegação de lacuna ou obscuridade do ordenamento jurídico”.
Às vezes, a solução jurídica de determinado caso não encontra amparo direta-
mente na lei, na Constituição ou em atos normativos. Nesses casos, é necessária a 
integração das fontes do direito.
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As ferramentas de integração das fontes do direito processual do trabalho são 
expressamente previstas no art. 8° da CLT e no art. 4° da Lei de Introdução às 
Normas do Direito Brasileiro, que, respectivamente, dizem:
“As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais 
ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por 
equidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direi-
to do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, 
mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre 
o interesse público.”
“Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costu-
mes e os princípios gerais de direito.”
Apesar de o art. 8° da CLT integrar título de direito material do trabalho (não 
processual), não haveria nenhuma ilegalidade na aplicação dos meios integrativos 
ali previstos ao processo do trabalho, pois a integração sempre surge para dar 
funcionamento ao Direito, e não para prejudicar alguém. Por essa razão, o direito 
comparado, por exemplo, poderia ser utilizado para a integração do processo do 
trabalho mesmo que ele não estivesse previsto no art. 8°.
Portanto, o processo do trabalho pode, diante de lacunas em seus regramentos, 
ser integrado pelos seguintes elementos integrativos:
• analogia
• usos e costumes
• princípios gerais de Direito
• jurisprudência
• equidade
• direito comparado (citação de normas estrangeiras para fundamentar pro-
posta de integração de lacuna, considerando a compatibilidade entre a reali-
dade do estrangeiro e a realidade do caso concreto)
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Afinal de contas, quais são as lacunas que atraem a necessidade de integração? 
Basicamente, a doutrina trabalha com lacunas normativas, lacunas ontológi-
cas e lacunas axiológicas.
LACUNAS NORMATIVAS: não existe norma para o caso concreto. Portanto, o 
aplicador da lei deverá encontrar meio integrativo para sanar a omissão (aplicação 
analógica de norma semelhante, princípios gerais de direito, costumes etc.).
LACUNAS ONTOLÓGICAS: existe uma norma para o caso concreto, mas essa 
norma sofreu um drástico envelhecimento diante do direito moderno, sendo histo-
ricamente incompatível com o caso concreto.
Exemplo: novamente, o art. 884, § 1°, da CLT, que dispõe: “A matéria de defesa 
será restrita às alegações de cumprimento da decisão ou do acordo, quitação ou 
prescrição da divida”. Essa norma é incompatível com o contexto atual de ampla 
defesa, razão pela qual, embora exista essa norma, a Justiça do Trabalho conside-
rará, complementarmente, as matérias de defesa previstas no CPC para a impug-
nação ao cumprimento de sentença (art. 525, § 1°), para que elas possam ser 
invocadas, também, nos embargos à execução (há relação de analogia entre os 
embargos à execução, do processo do trabalho, e a impugnação ao cum-
primento de sentença, do processo civil).
LACUNAS AXIOLÓGICAS: existe uma norma para o caso concreto, mas essa 
norma tornou-se injusta, e sua aplicação ao caso formará situação clara de injus-
tiça.
Exemplo: o art. 769 da CLT, norma especial de processo do trabalho, dá ao proces-
so civil apenas aplicabilidade subsidiária ao nosso ramo. Todavia, é mais justo apli-
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car-se o CPC, também, de forma suplementar/supletiva, como diz o art. 15 do CPC 
(norma geral), porque, se a aplicação do CPC fosse somente subsidiária, muitos 
procedimentos da Justiça do Trabalho seriam morosos e atécnicos.
O que você deve levar para a prova: as ferramentas de integração do processo 
do trabalho (analogia, costumes, princípios gerais, direito comparado, equidade, 
jurisprudência etc.) serão aplicadas para suprir lacuna normativa,ontológica 
ou axiológica existente no conjunto de normas de direito processual do trabalho.
6. Eficácia
A eficácia do direito processual do trabalho pode ser estudada com relação ao 
tempo e com relação ao espaço.
6.1. Eficácia da Lei Processual Trabalhista no Tempo
A CLT, assim como o CPC, adota a teoria do isolamento dos atos proces-
suais. Isso significa que todos os atos no processo do trabalho devem observar a 
legislação em vigor no momento de sua prática.
Indícios de adoção dessa teoria, na própria CLT, estão nos artigos 912 e 915, que 
dizem, respectivamente:
“Os dispositivos de caráter imperativo terão aplicação imediata às relações iniciadas, 
mas não consumadas, antes da vigência desta Consolidação.”
“Não serão prejudicados os recursos interpostos com apoio em dispositivos alterados ou 
cujo prazo para interposição esteja em curso à data da vigência desta Consolidação.”
Com base nisso, o Tribunal Superior do Trabalho, no dever de explicar a eficácia 
temporal da Reforma Trabalhista (Lei n. 13.467/2017), editou a Instrução Norma-
tiva n. 41, que, em seu art. 1°, preceitua:
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“A aplicação das normas processuais previstas na Consolidação das Leis do Trabalho, 
alteradas pela Lei nº 13.467, de 13 de julho de 2017, com eficácia a partir de 11 de 
novembro de 2017, é imediata, sem atingir, no entanto, situações pretéritas iniciadas 
ou consolidadas sob a égide da lei revogada.”
Exemplo prático
O advogado Pedro interpõe recurso de revista antes da entrada em vigor da Refor-
ma Trabalhista, que deu balizas ao critério da transcendência, o qual consiste em 
novo pressuposto de admissibilidade do recurso de revista. Como a interposição 
ocorreu antes da entrada em vigor do requisito, o julgamento do recurso, mesmo 
que ocorra posteriormente à entrada em vigor desse requisito, deverá desconside-
rá-lo e apreciar o recurso levando em conta somente os pressupostos de admissi-
bilidade já existentes ao tempo da interposição.
Se, todavia, Pedro interpusesse o recurso de revista após a entrada em vigor da 
Reforma Trabalhista, o requisito da transcendência deveria ser devidamente preen-
chido, sob pena de inadmissibilidade do recurso.
6.2. Eficácia da Lei Processual Trabalhista no Espaço
A CLT é clara ao determinar que a legislação de processo do trabalho será apli-
cada em todo o território nacional. Essa determinação consta do art. 763, que diz:
“O processo da Justiça do Trabalho, no que concerne aos dissídios individuais e coletivos 
e à aplicação de penalidades, reger-se-á, em todo o território nacional, pelas normas 
estabelecidas neste Título.”
A norma não poderia dispor em sentido contrário, uma vez que a competência 
constitucional para legislar sobre direito processual é privativa da União (art. 22, 
inciso I, Constituição Federal).
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7. Princípios Aplicáveis ao Direito Processual do Traba-
lho
Por ser a matéria mais longa de nossa aula, deixei os princípios para serem tra-
tados por último.
No processo do trabalho, existem princípios que são comuns entre ele e o pro-
cesso civil, e existem princípios peculiares (específicos) do próprio processo do 
trabalho. Estudaremos todos eles, em seguida.
Antes de estudá-los, é necessário compreendermos que os princípios possuem 
três funcionalidades: interpretativa, integrativa e normativa.
Função Interpretativa: o princípio ajuda o operador do Direito a escolher 
a interpretação mais adequada de determinada norma. Por exemplo, quando 
qualquer artigo da CLT com sentido dúbio é interpretado em favor do trabalhador 
reclamante, à luz do princípio da proteção processual (que abordaremos adiante).
Função Integrativa: o princípio pode ser utilizado para suprir lacuna de 
norma da CLT. Anteriormente, estudamos que os princípios gerais de direito são 
uma ferramenta integrativa. Ademais, vimos que no art. 8° há menção acerca de 
se preferirem os princípios relacionados à área trabalhista. Portanto, os princípios 
têm o papel de auxiliar o aplicador da lei a suprir uma lacuna no texto da lei, seja 
a lacuna normativa, ontológica ou axiológica.
Função Normativa: o princípio, em razão de traduzir preceito que deve ser 
observado na seara processual, tem força de norma. Geralmente, o conteúdo 
dos princípios acaba sendo abordado com algum artigo de lei, como, por exemplo, 
o caso do art. 141 do CPC, que diz: “O juiz decidirá o mérito nos limites propostos 
pelas partes, sendo-lhe vedado conhecer de questões não suscitadas a cujo res-
peito a lei exige iniciativa da parte”. Esse artigo cria regra que corresponde a nada 
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mais que os princípios da adstrição ou congruência e da inércia/dispositivo, de que 
também trataremos adiante.
Abordaremos, a seguir, os princípios em espécie. Alerto, contudo, que não se-
rão abordados os princípios constitucionais do direito processual (como 
contraditório, ampla defesa e devido processo legal) em razão de não serem objeto 
de cobrança nas questões de Direito Processual do Trabalho.
7.1. Princípios Comuns ao Processo Civil e ao Processo do 
Trabalho
Citarei os princípios mais repetidos pela doutrina de direito processual do traba-
lho, e mais cobrados em provas.
PRINCÍPIO DISPOSITIVO OU DA DEMANDA/PRINCÍPIO DA INÉRCIA: 
o juiz não pode, de ofício, conhecer de questões não suscitadas pelas partes. São 
estas que levam ao juiz a matéria para ser julgada. O juiz somente poderá se pro-
nunciar de ofício quando a lei permitir, geralmente em casos de matéria de ordem 
pública (como necessidade de intimação do Ministério Público do Trabalho, declara-
ção de impedimento etc.).
Esse princípio tem seu conteúdo fixado no art. art. 141 do CPC, que preceitua: 
“O juiz decidirá o mérito nos limites propostos pelas partes, sendo-lhe vedado co-
nhecer de questões não suscitadas a cujo respeito a lei exige iniciativa da parte”.
PRINCÍPIO INQUISITIVO OU DO IMPULSO OFICIAL: após as partes apre-
sentarem o processo e suas alegações, o juiz deverá, de ofício, dar o impulso ade-
quado ao processo, intimando as partes para apresentarem oportunas manifesta-
ções, designando audiências, determinando diligências imprescindíveis etc. O juiz 
só poderá deixar de impulsionar o processo se a lei, expressamente, exigir 
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o pedido da parte, como no caso da execução trabalhista, que, após a entrada em 
vigor da Reforma Trabalhista, só pode ser promovida por iniciativa da parte (art. 
878 da CLT), salvo se desassistida por advogado (nessa última hipótese, o juiz po-
derá executar a parte contrária de ofício).
Esse princípio encontra expressão no art. 765 da CLT: “Os Juízos e Tribunais do 
Trabalho terão ampla liberdade na direção do processo e velarão pelo andamento 
rápido das causas, podendo determinar qualquer diligência necessária ao esclare-
cimento delas”.
PRINCÍPIO DA INSTRUMENTALIDADE (ou INSTRUMENTALIDADE DAS 
FORMAS): a forma dos atos processuais, caso não seja observada de forma ri-
gorosa, não causará a nulidade do ato se a sua finalidade for atingida. Exemplo 
clássico é o do art. 239, § 1°, do CPC, que diz: “O comparecimento espontâneo do 
réu ou do executado supre a falta ou a nulidade da citação, fluindo a partir desta 
data o prazo para apresentação de contestação ou de embargos à execução”.
Outro exemplo: não há diferença de validade entre a parte ser citada por Cor-
reio ou por oficial de justiça, contanto que a finalidade do ato (dar ciência à parte) 
seja atendida. Só haverá nulidade se o resultado do ato não corresponder à sua 
finalidade, como, por exemplo, no caso de intimação de parte desassistida de advo-
gado mediante Diário Eletrônico, pois é evidente a quase absoluta impossibilidade 
de a parte ter ciência do teor da intimação.
PRINCÍPIO DA IMPUGNAÇÃO ESPECIFICADA: a reclamada deverá se ma-
nifestar, em sua peça de defesa (ou oralmente em audiência), sobre toda a matéria 
que deva arguir em sua defesa, presumindo-se verdadeiro tudo o que não for im-
pugnado.
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Esse princípio encontra expressão no art. 341 do CPC, que também estabelece 
exceções a ele:
“Incumbe também ao réu manifestar-se precisamente sobre as alegações de fato cons-
tantes da petição inicial, presumindo-se verdadeiras as não impugnadas, salvo se:
I – não for admissível, a seu respeito, a confissão;
II – a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considerar da 
substância do ato;
III – estiverem em contradição com a defesa, considerada em seu conjunto.
Parágrafo único. O ônus da impugnação especificada dos fatos não se aplica ao defensor 
público, ao advogado dativo e ao curador especial.
PRINCÍPIO DA EVENTUALIDADE: no momento (evento) previsto em lei, a 
parte deverá alegar toda matéria de defesa de sua pretensão.
Esse princípio encontra expressão no art. 336 do CPC: “Incumbe ao réu alegar, 
na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito 
com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende pro-
duzir”.
PRINCÍPIO DA ECONOMIA PROCESSUAL: sempre que for possível, sem 
prejuízo a alguém, aproveitar um momento processual para resolver diversas ques-
tões de uma só vez, para evitar trabalho excessivo das partes e do juiz, as partes 
e o juiz deverão providenciar para apresentar todas as alegações desejadas (parte) 
e para impor todas as determinações devidas no momento (juiz).
PRINCÍPIO DA IMEDIATIDADE/IMEDIAÇÃO: o juiz da causa deve ter con-
tato pessoal e direto com as partes e com a produção da prova, apreciando-a di-
retamente e, quando possível, acompanhando sua coleta (como no caso da prova 
testemunhal). 
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Exemplo claro desse princípio no processo do trabalho é a inquirição de testemu-
nhas diretamente pelo juiz, segundo o art. 820 da CLT: “As partes e testemunhas 
serão inquiridas pelo juiz ou presidente, podendo ser reinquiridas, por seu inter-
médio, a requerimento dos vogais, das partes, seus representantes ou advogados”.
PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DA DECISÃO DE MÉRITO: a extinção do proces-
so sem resolução do mérito é medida a ser aplicada somente quando for impossível 
a correção de vícios e irregularidades. Dessa forma, sendo o vício sanável e não 
sendo caso de vício urgente, o juiz deverá dar à parte prazo para corrigi-lo, 
exceto se a lei expressamente determinar a extinção imediata do processo sem 
resolução do mérito.
Esse princípio encontra expressão em alguns artigos do CPC, em especial os 
artigos 317 e 488, que, respectivamente, dizem:
“Antes de proferir decisão sem resolução de mérito, o juiz deverá conceder à parte opor-
tunidade para, se possível, corrigir o vício.”
“Desde que possível, o juiz resolverá o mérito sempre que a decisão for favorável à 
parte a quem aproveitaria eventual pronunciamento nos termos do art. 485 [extinção 
sem resolução do mérito].”
PRINCÍPIO DA COOPERAÇÃO/COLABORAÇÃO: as partes, mesmo tendo in-
teresses distintos, devem cooperar entre si em busca de decisão judicial efetiva, 
justa e célere. Portanto, as partes têm, especialmente, os deveres de denunciar 
eventuais irregularidades e vícios processuais e respeitar as faculdades processuais 
da parte contrária.
Esse princípio passou a ter expressão legal a partir da entrada em vigor do Novo 
CPC, especificamente no art. 6°: “Todos os sujeitos do processo devem cooperar 
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entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efeti-
va”.
O princípio que abordaremos abaixo tem detalhes que devo destacar, para evi-
tar equívocos comuns acerca de sua interpretação no processo do trabalho.
PRINCÍPIO DA IDENTIDADE FÍSICA DO JUIZ: consiste na necessidade de 
o julgamento (sentença/acórdão) ser feito pelo mesmo juiz que presidiu as audi-
ências do processo.
No Novo CPC, esse princípio perdeu sua expressão, razão pela qual ficou reco-
nhecida, a princípio, sua extinção. 
No entanto, verifica-se que o princípio da identidade física do juiz tem expressão 
dentro das normas sobre os processos nos tribunais. Veja o que diz o § 3°, inciso 
I, do art. 1.012 do CPC:
“O pedido de concessão de efeito suspensivo nas hipóteses do § 1° poderá ser formula-
do por requerimento dirigido ao:
I – tribunal, no período compreendido entre a interposição da apelação e sua distribui-
ção, ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-la;”
Veja, portanto, que, se a parte postular a concessão de efeito suspensivo ao re-
curso ao interpô-lo à segunda instância, o relator designado para apreciar o pedido 
de efeito suspensivo ficará prevento (isto é, fixado) para julgar o recurso final.
Essa regra nos faz concluir que o princípio da identidade física do juiz per-
manece existindo na segunda instância e, também, nas instâncias superio-
res (TST e STF, no nosso caso), pois existe regra idêntica para o caso de pedido de 
efeito suspensivo a recursos de revista e extraordinários.O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ARMELINO ELEODORO JOSE JUNIOR - 02654117936, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
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Conclusão: o princípio da identidade física do juiz não existe mais em primeiro 
grau (Vara do Trabalho), mas continua existindo no TRT, no TST e no STF. A mesma 
conclusão é afirmada por Carlos Henrique Bezerra Leite e por Sergio Pinto Martins.
É claro que, na doutrina brasileira, você encontrará vários outros princípios, 
com diversos nomes. Entretanto, esses aqui tratados são os mais relevantes em se 
tratando de cobrança em prova, por serem os mais repetidos.
7.2. Princípios Específicos do Processo do Trabalho
Nem todos os princípios a seguir são, nominalmente, exclusivos do processo do 
trabalho. Todavia, podemos dizer que eles são específicos do processo do trabalho 
por carregarem um significado diferente daquele que levam em outros ramos do 
direito processual.
PRINCÍPIO DA ORALIDADE: consiste na valorização do diálogo e do contato 
presencial entre as partes para determinar-se a consequência dos atos processu-
ais, inclusive exigindo-se que alguns atos processuais sejam tecnicamente prati-
cados de forma oral, como as razões finais e a defesa em audiência, por exemplo.
A rigor, o princípio da oralidade existe, também, em outros ramos do direito pro-
cessual, como nos Juizados Especiais. Todavia, no processo do trabalho, a oralidade 
ganha significado especial por ser parte integrante de quase todo o processo, 
inclusive no momento da coleta das provas, que, na Justiça do Trabalho, são 
predominantemente testemunhais, em razão da natureza das relações contratuais 
de emprego.
O princípio da oralidade é muitas vezes mitigado no dia a dia, quando o ma-
gistrado defere o oferecimento de razões finais por escrito, e, principalmente, em 
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razão de ter se tornado costumeira a cisão da audiência trabalhista em três: Audi-
ência Inicial, Audiência de Instrução e Audiência de Julgamento/Encerramento.
PRINCÍPIO DA CONCENTRAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS: pela letra da 
CLT, todos os atos processuais diretamente ligados ao mérito deveriam ser pratica-
dos numa só audiência (audiência una), concentrados nesse momento.
Esse princípio sofreu drástica mitigação em decorrência do costume de fracio-
narem-se as audiências do procedimento ordinário em três. Por outro lado, esse 
princípio permanece bem consistente em processos de procedimento sumaríssimo, 
no qual se costuma seguir a regra da CLT, com única audiência. A expressão desse 
princípio consta, respectivamente, nos artigos 849 (procedimento ordinário) e 852-
C (procedimento sumaríssimo) da CLT:
“A audiência de julgamento será contínua; mas, se não for possível, por motivo de for-
ça maior, concluí-la no mesmo dia, o juiz ou presidente marcará a sua continuação para 
a primeira desimpedida, independentemente de nova notificação.”
“As demandas sujeitas a rito sumaríssimo serão instruídas e julgadas em audiência úni-
ca, sob a direção de juiz presidente ou substituto, que poderá ser convocado para atuar 
simultaneamente com o titular.”
PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO PROCESSUAL: trata-se da versão processual 
do princípio da proteção do direito do trabalho. Consiste na compensação da de-
sigualdade existente na realidade socioeconômica com uma desigualdade jurídica 
em sentido oposto. 
Em outras palavras, esse princípio consiste na destinação, ao trabalhador recla-
mante, de meios processuais que o coloquem em posição de privilégio perante o 
empregador para produzir provas e alegar razões.
Mauro Schiavi nomeia esse princípio como “princípio do protecionismo tem-
perado ao trabalhador”, sustentando que pode, sim, o ônus da prova ser mais 
rigoroso para a empresa em prol do trabalhador, mas todas as faculdades proces-
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suais ao alcance de ambos devem ser igualmente possibilitadas, sem discrimina-
ções indevidas.
Expressão clara desse princípio está no art. 844 da CLT:
“O não comparecimento do reclamante à audiência importa o arquivamento da reclama-
ção, e o não comparecimento do reclamado importa revelia, além de confissão quanto 
à matéria de fato.”
O empregado, na realidade, pode sentir medo de comparecer à audiência em 
razão de coação moral derivada de motivos socioeconômicos (medo de não conse-
guir novos empregos). Portanto, a consequência da ausência do reclamante (arqui-
vamento/extinção sem resolução do mérito) é diferente da ausência do reclamado 
(revelia e confissão).
PRINCÍPIO DA BUSCA DA VERDADE REAL: os juízes do trabalho devem ter 
ampla liberdade na condução do processo, a fim de encontrar a verdadeira versão 
dos fatos narrados pelo reclamante. Para tanto, pode determinar qualquer medida 
que implique deveres às partes, bem como determinar, de ofício, a produção de 
provas. É, em outras palavras, a versão processual do princípio do direito do tra-
balho denominado primazia da realidade.
Uma clara expressão desse princípio está no art. 765 da CLT: 
“Os Juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na direção do processo e vela-
rão pelo andamento rápido das causas, podendo determinar qualquer diligência neces-
sária ao esclarecimento delas.”
PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE: as partes – especialmente a parte re-
clamante – não poderão renunciar a vantagens conferidas pela norma processual. 
Por exemplo, não é possível que as partes convencionem que eventual ausência de 
qualquer delas na audiência de instrução não produzirá confissão. 
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Em outras palavras, as normas processuais trabalhistas são de ordem pú-
blica e não podem ser objeto de negociação das partes, em razão de essas 
normas decorrerem da própria gênese da Justiça do Trabalho: proteção ao traba-
lhador hipossuficiente.
É por essa razão que não se aplica ao processo do trabalho o art. 190 do CPC, 
que trata do “negócio jurídico processual”, no qual as partes convencionam os ônus 
probatórios e demais regras para prática de atos.
PRINCÍPIO DA SIMPLICIDADE: os atos processuais trabalhistas não depen-
dem de forma específica, salvo se a lei expressamente determinar. O que importa, 
no final das contas, é o atingimento da finalidade do ato.
Expressão claríssima desse princípio está no art. 899 da CLT: “Os recursos serão 
interpostos por simples petição e terão efeito meramente devolutivo, salvo asexceções previstas neste Título, permitida a execução provisória até a penhora”. Os 
formalismos exacerbados do processo civil não se impõem no processo do trabalho.
PRINCÍPIO DA CELERIDADE: embora seja reconhecido em todos os ramos 
do direito, inclusive com hierarquia constitucional (art. 5°, inciso LXXVIII, Consti-
tuição Federal), esse princípio carrega significado especial no processo do trabalho, 
porque os juízes podem determinar todas as diligências possíveis e necessárias 
para o andamento rápido das causas.
Expressão evidente desse princípio está, também, no art. 765 da CLT:
“Os Juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na direção do processo e ve-
larão pelo andamento rápido das causas, podendo determinar qualquer diligência 
necessária ao esclarecimento delas.”
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PRINCÍPIO DA CONCILIAÇÃO: no processo do trabalho, o princípio da conci-
liação se manifesta de forma tão intensa que, se for observado sem ênfase, causa 
a nulidade do processo. Vejamos:
As partes podem celebrar acordo a qualquer momento, mesmo que já exista 
sentença (art. 764, § 3°, CLT).
Os juízes do trabalho devem, sempre, conduzir o processo com uma tendência 
conciliatória: se verificar oportunidade de entabular um acordo – havendo indício 
de clima para conciliação –, o juiz deverá articular sua atuação com a finali-
dade de convencer as partes a fazerem acordo justo, sem prosseguimento do 
conflito.
Obs.:� o princípio da conciliação é limitado, como qualquer regra ou princípio, pela 
justiça e pela ética. Portanto, esse princípio não deve ser invocado para legi-
timar acordos forçados, nos quais o juiz faça coações processuais às partes 
para firmarem eventual acordo sugerido, seja adiantando o mérito de sua 
decisão, seja sinalizando futuras perseguições.
Existe a obrigatoriedade legal de o juiz propor determinado critério para con-
ciliação, logo que a audiência for aberta. Ademais, pela letra da lei, o juiz deve 
renovar a tentativa de conciliação após o término da instrução e o oferecimento 
das razões finais pelas partes. Essas determinações estão, respectivamente, nos 
artigos 846, 831 e 850 da CLT:
“Aberta a audiência, o juiz ou presidente proporá a conciliação.”
“A decisão será proferida depois de rejeitada pelas partes a proposta de concilia-
ção.”
“Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em prazo não excedente 
de 10 (dez) minutos para cada uma. Em seguida, o juiz ou presidente renovará a pro-
posta de conciliação, e não se realizando esta, será proferida a decisão.”
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Se não houver proposta de conciliação, o processo será nulo. A jurisprudência 
atual do TST é divergente a respeito do número mínimo de propostas de concilia-
ção que o juiz deve fazer. Pela letra fria da lei, o juiz deve fazer duas propostas, no 
mínimo: uma no início e outra no final da audiência.
Há decisões do TST no sentido de que uma das propostas, seja no início ou no 
final, é suficiente; por outro lado, há decisões condicionando a validade do processo 
ao oferecimento de duas propostas. Para fins de prova, essa questão não pode ser 
abordada em questão objetiva, somente em discursiva.
No mais, é possível verificar a expressão desse princípio no art. 764 da CLT: “Os 
dissídios individuais ou coletivos submetidos à apreciação da Justiça do Trabalho 
serão sempre sujeitos à conciliação”.
PRINCÍPIO DA NORMATIZAÇÃO COLETIVA: a Justiça do Trabalho é o único 
ramo do Poder Judiciário que tem competência para criar normas, no sentido pró-
prio da palavra. A expressão desse princípio está no art. 114, § 2°, da Constituição 
Federal:
“Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado 
às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, po-
dendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais 
de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente.”
Estudaremos no momento oportuno as espécies de dissídio coletivo. No mo-
mento, adianto que o dissídio coletivo de natureza econômica tem a finalidade de 
criar normas, que deverão ser observadas.
A criação dessas normas, pela Justiça do Trabalho, ocorrerá por meio de sen-
tença normativa, que é a decisão judicial proferida em sede de dissídio coletivo.
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PRINCÍPIO DA TRANSCENDÊNCIA/PREJUÍZO: basicamente, as nulidades 
não serão declaradas se não causarem prejuízo a quaisquer das partes. Em termos 
simples, não há nulidade sem prejuízo.
Esse princípio existe em essência, também, no processo civil, mas seu nome 
(transcendência ou prejuízo) é destacado na doutrina de processo do trabalho. A 
sua expressão está no art. 794 da CLT: “Nos processos sujeitos à apreciação da 
Justiça do Trabalho só haverá nulidade quando resultar dos atos inquinados ma-
nifesto prejuízo às partes litigantes”.
PRINCÍPIO DO JUS POSTULANDI: Tanto o reclamante como o reclamado 
podem movimentar suas reclamações sem a assistência de advogado, pessoalmen-
te. O reclamante, especialmente, pode ajuizar sua reclamação pessoalmente. O 
advogado, portanto, é faculdade processual da parte no processo do trabalho.
Isso mesmo: as partes do processo trabalhista não são obrigadas a con-
tratar advogado (existem exceções, que trataremos em seguida). Eviden-
temente, hoje em dia, é muito raro que as partes usem essa faculdade, pois o ad-
vogado é essencial para a garantia de posição competitiva no processo, em razão 
da habilidade técnica que o advogado dispõe ao seu cliente.
A expressão desse princípio, na CLT, está no art. 791:
“Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça 
do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final.”
Em tempos de processo judicial eletrônico (PJe), a reclamação trabalhista do 
trabalhador desassistido de advogado deverá ser intermediada por um servidor da 
Vara do Trabalho, que deverá criar uma peça na qual reduzirá a termo os fatos e os 
pedidos narrados pelo reclamante. Se, todavia, o reclamante levar consigo a recla-
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mação formalmente produzida, caberá ao servidor juntá-la ao processo, se verificar 
que os termos da peça, de fato, correspondem ao interessedo reclamante. 
Em atenção aos princípios da proteção processual e da boa-fé, o servidor deverá 
ter o mínimo de sensibilidade com a situação de hipossuficiência do trabalha-
dor reclamante, a qual não é somente econômica, mas também informacional, 
comunicativa, jurídica e logística. Portanto, o servidor deve depreender qual é, de 
fato, a pretensão que o reclamante pretende suscitar em juízo, convidando-o a es-
clarecer os pontos que não ficaram claros, não se limitando a reproduzir expressões 
que saem da boca do reclamante sem uma mínima análise lógica à vista do caso 
concreto.
O jus postulandi, na Justiça do Trabalho, tem um limite. Esse limite está estam-
pado na Súmula n. 425 do TST:
“O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do 
Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, 
a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal 
Superior do Trabalho.”
Você deve ter visto, acima, que o art. 791 da CLT fala que as partes poderão 
acompanhar suas reclamações “até o final”. Todavia, esse termo não deve ser inter-
pretado literalmente. Considerando a complexidade técnica dos recursos de com-
petência do TST, bem como as peculiaridades jurídicas de ações especialíssimas 
como ação rescisória e mandado de segurança, o TST lançou ao art. 791 interpre-
tação sistemática, com resultado restritivo.
Portanto, as partes do processo trabalhista precisarão, necessariamente, ser 
representadas por advogado nos seguintes casos:
• Recurso de Revista (TST)
• Embargos Infringentes ou Embargos por Divergência (TST)
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• Recurso Ordinário ao TST em processo de competência originária do TRT
• Ação Rescisória (em qualquer tribunal)
• Mandado de Segurança (em qualquer juízo tribunal)
Você deve estar se perguntando: por que o professor não citou a ação cautelar? 
É porque a ação cautelar não mais existe no ordenamento jurídico, em razão de ter 
sido extinta pelo Novo CPC, o qual destinou sua finalidade inteiramente ao instituto 
da tutela provisória. Dessa forma, a Súmula n. 425 merece uma atualização, para 
excluir a ação cautelar do rol.
Existe, ainda, um grande detalhe que merece sua atenção.
O habeas corpus (HC) é um remédio constitucional que, para ser impetrado, inde-
pende de advogado, seja em qual instância for. 
É raro que se impetre um HC na Justiça do Trabalho, mas é possível (art. 114, in-
ciso IV, Constituição Federal). Portanto, se um dia alguém impetrar um HC perante 
o Tribunal Superior do Trabalho, a parte poderá, sim, fazê-lo sem advogado. Tra-
ta-se de uma exceção à regra de que o advogado será sempre indispensável nos 
Tribunais Superiores.
PRINCÍPIO DA IRRECORRIBILIDADE IMEDIATA DAS DECISÕES INTER-
LOCUTÓRIAS: no processo do trabalho, não é cabível interpor recurso contra de-
cisões interlocutórias, ao contrário do processo civil, no qual é cabível, em alguns 
casos, agravo de instrumento. A lógica do agravo de instrumento civilista não se 
aplica ao processo do trabalho.
Esse princípio está insculpido no art. 893, § 1°, da CLT: 
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“Os incidentes do processo são resolvidos pelo próprio Juízo ou Tribunal, admitindo-se 
a apreciação do merecimento das decisões interlocutórias somente em recursos da 
decisão definitiva.”
Somente no recurso interposto contra a decisão final será possível impugnar 
decisões interlocutórias.
Exemplo prático
João, advogado, formula pedido de tutela provisória de urgência na reclamação tra-
balhista. A tutela, contudo, foi denegada pelo juiz. João deverá impugnar a dene-
gação da tutela somente no recurso contra a decisão final (sentença).
Conforme a jurisprudência do TST, a denegação de tutela provisória antes da sen-
tença pode dar ensejo a mandado de segurança, se ficarem comprovados os requi-
sitos especiais desse remédio constitucional. No nosso exemplo, imagine que tais 
requisitos não foram demonstrados.
O TST, no entanto, fixou na Súmula n. 214 exceções à regra de que as deci-
sões interlocutórias sejam irrecorríveis. Veja:
“Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões interlocutórias 
não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão:
a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do 
Tribunal Superior do Trabalho; 
Se a decisão interlocutória do TRT for contrária a súmula ou OJ do TST, caberá 
recurso imediato. O recurso será aquele cabível na hipótese, tendo em vista o re-
gimento interno do tribunal.
b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; 
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Se os regimentos internos dos tribunais previrem recursos dentro do próprio 
tribunal para matérias decididas por decisões interlocutórias, elas serão recorrí-
veis, nos termos do regimento. Na grande maioria dos casos, trata-se de agravo 
interno.
c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para 
Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante 
o disposto no art. 799, § 2º, da CLT.”
Exemplo prático
Moisés ajuizou reclamação trabalhista em Curitiba (PR). A empresa ré, no entanto, 
opôs exceção de incompetência territorial, porque Moisés teria prestado serviços 
em Natal (RN), razão pela qual a reclamação deveria ser remetida a uma das Varas 
do Trabalho de Natal. O juiz acolhe a exceção e remete os autos a uma das Varas 
de Natal.
Nesse caso, a decisão do juiz é interlocutória terminativa do feito na Vara do Traba-
lho de Curitiba, razão pela qual cabe Recurso Ordinário contra essa decisão interlo-
cutória ao TRT da 9ª Região (Paraná).
Exatamente o mesmo raciocínio valeria para o caso de remessa do processo a tri-
bunal distinto que seja de outro ramo do Poder Judiciário (como Tribunal de Justiça 
ou Tribunal Regional Federal).
Essa última hipótese é abordada também em caráter legal, especificamente no 
art. 799, § 2°, da CLT:
Das decisões sobre exceções de suspeição e incompetência,salvo, quanto a estas, 
se terminativas do feito [contra a qual caberá recurso – acréscimo do profes-
sor], não caberá recurso, podendo, no entanto, as partes alegá-las novamente no re-
curso que couber da decisão final.
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