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AD1 Projeto Turistico

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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de 
Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de 
Janeiro 
 
 
 
AD1 – Projeto Turístico 
2020 / 1 
Aluna: Fernanda Helena Matr.: 16115100063
 
 
Embratur pede que Funai desista da demarcação de terra 
indígena na Bahia para construção de resort. 
 
 
RESP.: Abordaria o assunto com os alunos em uma roda de conversa 
criando um debate, e começaria falando do grupo português que quer 
instalar empreendimento na área, que fica entre Ilhéus e Una, no Sul da 
Bahia. Onde a Embratur, subordinada ao Ministério do Turismo, enviou 
um ofício à Fundação Nacional do Índio (Funai) manifestando “interesse 
no encerramento” do processo de demarcação de terras do povo 
Tupinambá, no Sul da Bahia. O documento se baseia na “intenção” de um 
grupo de hotéis português de instalar dois resorts na área. 
A terra indígena está delimitada, segundo a Funai, e abrange os municípios 
de Una, Ilhéus e Buerarema. A área ainda precisa passar por três estágios 
dentro do processo administrativo da Funai: a declaração, a homologação e 
a regularização de fato, com registro em cartório. A Embratur é a empresa 
responsável pela política nacional de turismo, como a promoção de 
destinos, serviços e produtos turísticos brasileiros no mercado 
internacional. A Funai é vinculada ao Ministério da Justiça e tem como 
missão “proteger e promover” os direitos dos povos indígenas. 
A empresa portuguesa interessada na área é a Vila Galé que, de acordo com 
o documento da Embratur, pretende instalar “dois empreendimentos 
hoteleiros, do tipo resort, com 1.040 leitos”, empregando 500 pessoas 
diretamente e 1,5 mil indiretamente. O investimento é superior a R$ 200 
milhões. 
O documento da Embratur cita a necessidade de “segurança jurídica” para 
que o investimento seja feito na área. 
No site da empresa Vila Galé, é possível ver o anúncio do projeto, previsto 
para 2021. O empreendimento é chamado de “Vila Galé Costa do Cacau” 
e, de acordo com a descrição, será um “resort all inclusive” incluindo spa, 
quadras poliesportivas, restaurantes e bares. 
Ao analisar o caso, o antropólogo José Augusto Sampaio, o Guga, 
presidente da Associação Nacional Indígena (Anai), que atua no Brasil em 
defesa dos direitos dos povos indígenas, disse que “é preciso entender 
melhor o que a Embratur quis dizer com a manifestação de interesse no 
encerramento da demarcação”. “Ou ela quis que a demarcação seja 
cancelada, o que é totalmente ilegal, sobretudo para a Funai, pois é dever 
dela legislar em favor dos índios, ou sugeriu que o processo de demarcação 
seja finalizado de modo a não interferir nos interesses econômicos do Vila 
Galé. Neste segundo caso, a terra teria de ser demarcada, e o presidente Jair 
Bolsonaro já disse que isso não ocorrerá em seu governo”, 
comentou.Segundo Guga, a parte da praia que o Vila Galé Costa do Cacau 
quer ocupar “é pequena em relação à área indígena, mas é um pequeno que 
vale muito, é o filé mignon do território, com praia limpa e deserta, rio e 
mata virgem”. “De forma alguma, a terra indígena deve sair para dar lugar 
ao hotel, o que tem de ser respeitado é o direito dos índios que estão na 
região e suas habitações tradicionais”, disse.

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