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2020 2 - Bloco 02 - Literatura Contemporânea 2

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Literatura Contemporânea - Unidade Nº 2 - Do Teatro à Prosa 
 
 
 
 
Literatura 
Contemporânea 
 
 
Unidade Nº2 - Do Teatro à Prosa 
 
 
 
 
Leonora Cabral Gerardino 
 
 
 
 
Introdução 
 Olá, seja bem-vindo a mais uma unidade! Você já se perguntou sobre a 
capacidade de persuasão que a dramaturgia pode ter na nossa sociedade? Quando 
você assiste aquele filme ou aquela peça que tanto gosta, qual o impacto que ela causa 
Literatura Contemporânea - Unidade Nº 2 - Do Teatro à Prosa 
 
em sua vida? Qual a reflexão a ser feita sobre o contexto e a nossa sociedade? Você 
sabia, também, que a poesia não é só um conjunto de formas líricas e que você pode, 
sim, interagir com ela? 
 Nesta unidade, veremos um pouco da dramaturgia marginal e o quanto ela está 
associada ao nosso contexto. Além disso, irá conhecer um pouco da poesia concretista 
e suas peculiaridades. 
Bons Estudos! 
1. O Teatro Marginal de Plínio Marcos 
Na unidade anterior, você estudou sobre a influência da dramaturgia no 
contexto pós-moderno e aprendeu sobre as dificuldades e atribuições que esta 
linguagem textual teve durante a época da censura, dentre vários nomes da 
dramaturgia, não podemos esquecer de citar Plínio Marcos (1935 - 1999). 
 
Figura 1 - Plínio Marcos - Fonte: Homoliteratus 
O santista Plínio Marcos foi caracterizado por sua dramaturgia marginal, 
escrevendo várias peças de teatro durante o regime militar, começou com o 
envolvimento no teatro em 1958 sob a influência da escritora e jornalista Pagu. Sua 
primeira peça teatral foi Barrela, cujo enredo baseia-se numa história real e é 
centralizada numa cela de prisão em que houve o estupro de um jovem. 
Plínio atuou na televisão por muito tempo, mas em 1970 voltou a investir no 
teatro, produzindo peças que ele mesmo promovia, inclusive vendendo os ingressos 
nas portas dos teatros. Durante a década de 1980 - devido à censura - passou a 
escrever para diversos jornais e revistas do Brasil. Após o fim da censura, voltou a 
escrever suas peças de teatro para o público infantil e adulto. 
Literatura Contemporânea - Unidade Nº 2 - Do Teatro à Prosa 
 
Suas peças tinham linguagem crua e sempre voltavam para o foco da 
marginalidade, dos trabalhos mais famosos, vale destacar: 
- Barrela (1959) - cujo foco é voltado ao estupro de um jovem na cela de 
prisão; 
- Dois Perdidos Numa Noite Suja (1966) - que faz uma metáfora entre os 
mecanismos de poder das classes sociais brasileiras; 
- Navalha na Carne (1968) - no começo, essa peça foi proibida pela 
censura. Relata a história de três personagens que representam as 
minorias, são eles: a prostituta Neusa Sueli, o gigolô Vado e o 
homossexual Veludo. 
 
Você quer ver? Assista ao especial feito pelo programa Metrópolis, da TV Cultura 
“Metrópolis: 80 Anos de Plínio Marcos”. Neste especial, você saberá um pouco mais 
sobre a trajetória de Plínio Marcos, além de depoimentos de outros artistas sobre o 
dramaturgo. Assista aqui. 
 
A dramaturgia marginal de Plínio foi consagrada por muitos críticos das artes e 
bastante difundida até os tempos atuais. O maior destaque de suas obras é, com 
certeza, a Navalha na Carne, tanto pela sua reflexão sobre as minorias quanto pela 
forte crítica ao governo. No mesmo âmbito, temos o escritor francês Jean-Paul Sartre, 
com o existencialismo. Vamos observar e comparar os dois movimentos e fazer um 
paralelo entre eles. 
1.1. Navalha na Carne e o existencialismo de Jean-Paul 
Sartre em “Entre Quatro Paredes” - (Huis Clos). 
Para começar, vamos entender quem era Jean-Paul Sartre. Sartre era um 
escritor, filósofo e crítico francês, nascido em Paris em 21 de junho de 1905 e falecido 
na data de 15 de abril de 1980, na mesma cidade. Foi um escritor de destaque no 
movimento do existencialismo francês, acreditava que os intelectuais deveriam 
desempenhar um papel bastante ativo na sociedade. Além disso, foi militante e um 
grande apoiador das causas políticas de esquerda. 
https://youtu.be/bb7i9CywXVw
Literatura Contemporânea - Unidade Nº 2 - Do Teatro à Prosa 
 
A respeito do existencialismo, Sartre acreditava que no caso humano, a 
existência precede a essência, ou seja, o homem deve primeiro existir, para só depois 
se definir como sujeito. 
Para falar sobre esse paralelo do existencialismo de Sartre e a dramaturgia 
marginal de Plínio Marcos, vamos analisar suas obras mais famosas: ”Entre Quatro 
Paredes” e ”Navalha na Carne, respectivamente". 
Faremos uma breve panorâmica sobre Entre Quatro Paredes, de Sartre: 
● Temos 3 personagens principais (Garcin, Inês e Estelle), além do Criado, 
que não assume um papel tão característico do qual deveríamos nos 
aprofundar; 
● O cenário passa em um quarto de hotel, que na verdade poderia 
representar o purgatório, uma vez que os personagens estão mortos; 
● Cada personagem faz uma reflexão de si, baseando-se nas fraquezas do 
outro. Cada um ajuda ao outro, de certa forma, a lidar com o peso que 
fora deixado na vida de cada um; 
● Todos os personagens foram responsáveis por atrocidades e fizeram 
outras pessoas sofrerem; 
● As definições de sujeito (importantes no existencialismo) de cada 
personagem referem-se a características de membros com valores que 
não são aceitos na sociedade. 
Agora, faremos uma breve panorâmica de Navalha na Carne, de Plínio Marcos: 
● O cenário é composto por três personagens, são eles: Vado, Neusa Sueli 
e Veludo; 
● Também é passado em quarto de hotel - que apresenta caraterísticas 
humildes, com poucos móveis e aparência deplorável; 
● O linguajar é bastante chulo, com diversos termos de baixo calão e 
linguagem obscena dos personagens; 
● A violência e a rotina dos personagens referem-se muito a categorias de 
minorias da população (prostitutas, drogados, homossexuais…). 
Literatura Contemporânea - Unidade Nº 2 - Do Teatro à Prosa 
 
 Sabendo dessas informações, vamos comparar o cenário e os personagens de 
cada uma das peças: 
Navalha na Cara Entre Quatro Paredes 
Personagens com características das 
minorias e marginais: 
 
-Vado: um cafetão extremamente 
machista, que agride mulheres e 
homossexuais, acomodado e cafajeste. 
 
-Neusa Sueli: prostituta, não assume a 
sua verdadeira idade, submissa ao 
companheiro Vado, aceita os desaforos 
para não perder o seu companheiro. 
 
-Veludo: o representante das minorias, 
homossexual, usuário de drogas. Roubou 
o dinheiro de Vado para fazer programa 
com um rapaz. 
Personagens com características que 
contradizem aos valores aceitos pela 
sociedade: 
 
-Garcin: morreu fuzilado, atuou como 
jornalista, fora mulherengo e cafajeste 
enquanto vivo. Além de trair a esposa, 
abusava dela, fazendo com que ela 
aceitasse a traição dele. 
 
-Inês: a representante das minorias, 
lésbica, atraiu a mulher de seu primo, que 
acabou morto por um bonde. Morreu 
quando sua amada Florence ligou um 
gás e as sufocou. 
-Estelle: jovem mulher que, em vida, 
possuía um romance extraconjugal com 
um rapaz pobre, que resultou em uma 
filha. Como não queria ser mãe, foi à 
Suíça e lá matou sua filha. Por 
consequência disso, o pai da criança se 
matou. Estelle morreu de pneumonia. 
O cenário da peça é um quarto de hotel 
bastante humilde, onde há apenas uma 
cama, um criado mudo, um espelho e um 
armário. O bordel fica localizado numa 
área suburbana. 
A peça se passa em um “quarto de hotel”, 
que na verdade é o purgatório. No 
quarto não há nada mais do que dois 
sofás (um verde e um bordeaux) e um 
bronze de Barbedienne. 
Literatura Contemporânea - Unidade Nº 2 - Do Teatro à Prosa 
 
Todos os personagens tentam “lutar” 
entre si em busca de um poder. No caso, 
o foco das cenas era o dinheiro de Vado 
e o baseado de maconha. 
Os personagens também tentam “lutar” 
para se proteger das críticas daqueles 
que ficaram em vida. 
Aqui o espelho tem papel fundamental 
para mostrar como são as personagens, 
no caso de NeusaSueli, quando Vado 
aponta os defeitos dela quanto à sua 
idade. 
 
“(Vado pega o espelho e faz Neusa Sueli 
olhar-se nele.) 
 
VADO - Vê, puta, quanta ruga!” 
(MARCOS, p.166) 
Aqui não há um espelho físico e sim os 
olhos das pessoas. Os olhos de outrem 
caracterizavam o que eles viam da 
pessoa. 
 
“E – (Abre os olhos). Sinto uma coisa 
esquisita. (Ri e se apalpa). Com a sra. não 
é assim também? Quando não me vejo, 
por mais que me apalpe, fico na dúvida se 
existo mesmo de verdade.” (Sartre, 2017, 
p. 10) 
 
 Ao que se conclui, ambas as obras relatam as diferenças sociais e as dificuldades 
de seus personagens. Cada um representa o que é fora dos valores do cidadão. Em 
Sartre, foram atribuídos atributos que fizeram os personagens refletirem no que são, 
refletirem também quanto aos erros e o quanto esses erros afetaram as pessoas 
próximas. Há uma crítica forte quanto aos caprichos dos personagens. 
 Os personagens de Plínio já são mais desbocados e não se reprimem quanto 
ao linguajar. Temos aí uma visão crítica desse tipo de sociedade, há uma alusão de 
que o ambiente num bordel é como uma várzea. 
 Conclui-se, portanto, que tanto em Sartre, quanto em Plínio Marcos, os 
personagens são mal vistos pela sociedade, sofrem preconceito e são considerados 
elementos ruins para a população. 
2. Teatro e cinema: intersecções. 
O cinema vem crescendo e aprimorando cada vez mais as produções da 
dramaturgia. Essas adaptações vêm desde as peças Shakespearianas, como as 
adaptações de Romeu e Julieta, Ottelo, Macbeth e outras obras. 
Literatura Contemporânea - Unidade Nº 2 - Do Teatro à Prosa 
 
No cenário nacional, podemos apresentar vários nomes, como: 
● Dias Gomes, com “O Pagador de Promessas” - Adaptado no cinema por 
Anselmo Duarte; 
● Ariano Suassuna, com “O Auto da Compadecida” - Adaptado no cinema 
por Guel Arraes; 
● Nelson Rodrigues, com “A Falecida” - Adaptado no cinema por Leon 
Hirszman; 
● Plínio Marcos, com “Navalha na Carne” - Adaptado no cinema por Neville 
D’Almeida; 
● Gianfrancesco Guarnieri, com “Eles não Usam Black-tie” - Adaptado no 
cinema por Leon Hirszman. 
Além desses nomes, temos muitos outros para destacar, mas nesta unidade, 
daremos um destaque maior para Dias Gomes, com a sua peça “O Pagador de 
Promessas”. 
Antes de saber sobre a sua obra, quem foi Dias Gomes? 
Alfredo de Freitas Dias Gomes nasceu em Salvador, na data de 19 de Outubro 
de 1922. Foi dramaturgo, romancista, autor de novelas e membro da Academia 
Brasileira de Letras. Foi casado com a escritora Janete Clair. 
Dias Gomes escreveu obras importantíssimas para a dramaturgia brasileira, 
além de “O Pagador de Promessas”, destacam-se: 
➔ A Comédia dos Moralistas (sua primeira peça); 
➔ Zeca Diabo; 
➔ Dr. Ninguém; 
➔ O Berço do Herói (adaptado como Roque Santeiro, na televisão). 
 Faleceu em um acidente automobilístico em 1992, na cidade de São Paulo. 
 
Literatura Contemporânea - Unidade Nº 2 - Do Teatro à Prosa 
 
 
Figura 2 - Dias Gomes - Fonte: Memória Globo 
2.1. O Pagador de Promessas, de Dias Gomes. 
 A obra de Dias Gomes, o Pagador de Promessas, teve uma forte influência no 
cenário cinematográfico brasileiro. Essa influência foi tão forte que consagrou o filme 
como vencedor do Festival de Cannes, em 1962. 
 A obra conta a história de Zé do Burro, um matuto do interior da Bahia. Por 
conta da sua humildade e ignorância, o personagem fez uma promessa para salvar a 
vida do seu burro Nicolau. 
 O Pagador de Promessas se passa na Bahia, na Igreja de Santa Bárbara. Zé do 
Burro tem este nome devido à paixão que tem pelo seu burro Nicolau, que ficou 
doente. Então, Zé do Burro resolve frequentar um terreiro de candomblé e fazer uma 
promessa à Santa Bárbara (ou Iansã), dividindo-a em duas partes, são elas: 
➔ Primeira Parte: dar à igreja uma grande cruz; 
➔ Segunda Parte: dividir suas terras com seus companheiros. 
 Zé do Burro sequer esperou seu animal se recuperar e já foi dividindo suas 
terras. Quanto à primeira promessa, numa madrugada, véspera da festa de Santa 
Bárbara, foi acompanhado de sua esposa Rosinha, levar a cruz para a igreja. 
 Ao chegar nas escadarias da igreja, encontraram com Bonitão, um cafetão 
muito bem aparentado, que, ao ver Rosinha esgotada, resolve levá-la para um hotel - 
ao que fica subentendido que ela cometeria adultério. 
Literatura Contemporânea - Unidade Nº 2 - Do Teatro à Prosa 
 
 Quando a igreja se abre, Zé do Burro é impossibilitado de entrar com a cruz, 
então junta-se uma multidão que fica dividida entre a compaixão e a repulsa pelo ato 
de Zé do Burro. 
 Ao descobrir que a promessa foi feita em um terreiro de candomblé e para um 
burro, Zé do Burro foi acusado de diversas formas, por mexer com feitiçaria, ter pacto 
com o demônio, ser macumbeiro, entre outras blasfêmias. 
 A história termina com o assassinato de Zé do Burro e os fiéis conseguindo 
adentrar à igreja com a sua cruz - exceto Rosinha. Diante de tal conquista, foi 
confirmado o pagamento da promessa. 
 O Pagador de Promessas nos faz refletir acerca de diversos temas que são 
pertinentes nos dias de hoje, sendo eles: 
● Sincretismo Religioso: Dias Gomes mistura a doutrina afrodescendente com a 
doutrina cristã; 
● Sensacionalismo da Imprensa: quando o repórter da trama vende a falsa notícia 
sobre Zé do Burro; 
● Falta de comunicação de Zé do Burro: por ser ignorante, não tem um discurso 
muito bom para se comunicar; 
● Intolerância Religiosa: aqui vemos a religião como opressora e intransigente, 
quando o fiel torna-se cego e não se permite aceitar crenças alheias. 
 
Literatura Contemporânea - Unidade Nº 2 - Do Teatro à Prosa 
 
 
Figura 3 - Pôster do Filme “O Pagador de Promessas” - Dirigido por Anselmo Duarte 
Fonte: Adoro Cinema. 
 
Aproveite essas informações e assista ao filme “O Pagador de Promessas”, dirigido por 
Anselmo Duarte. Faça uma reflexão crítica sobre os conteúdos que apresentamos. O 
filme está disponível no Youtube para acesso gratuito. Bom filme! 
 
A seguir, faremos uma análise dos principais personagens para uma melhor 
compreensão dos aspectos sociais da obra: 
Zé do Burro Representa a classe humilde do interior, 
do homem chucro que não teve estudos, 
o ignorante. 
Nicolau Na obra, o burro Nicolau representa uma 
forma de adoração, também, pode-se 
representar o amor. 
Rosinha Representa a mulher submissa, que deve 
sempre acompanhar seu companheiro e 
que foi levada na lábia (no caso, pelo 
Bonitão). 
Bonitão O malandro e manipulador, que 
conseguiu atrair a mulher de Zé do Burro 
(na obra fica subentendido que o mesmo 
manteve relações com Rosinha). 
Padre Olavo Representa a opressão religiosa. 
 
Literatura Contemporânea - Unidade Nº 2 - Do Teatro à Prosa 
 
 O núcleo de O Pagador de Promessas retrata o Brasil da religião como hipocrisia, 
onde a diversidade religiosa deveria unir as pessoas e não separá-las. O Brasil, como 
um país com intensa diversidade religiosa (com as religiões de matriz africana, a 
religião proveniente dos indígenas e o cristianismo) que possui valores e crenças 
diferentes, traz uma grande separação de povos. Contudo, o protagonista não 
consegue discernir essa separação política da igreja, focando unicamente na sua fé. 
 Apesar de a obra se passar na década de 1960, repercute em comportamentos 
nos dias atuais, visto que ainda há essa intolerância religiosa. Vemos o desrespeito 
principalmente contra as religiões de matriz africana, sobretudo quando são 
noticiados casos de vandalismo a imagens do candomblé e aos terreiros. 
 Por fim, o que faz a obra ser tão impactante é saber que toda essa ideologia e 
intransigência ainda persiste, o que significa que as pessoas ainda estão longe de se 
unirem e respeitarem as crenças alheias. 
3. Evolução da forma poética na contemporaneidade 
A era contemporânea, como já citada antes, se opõe às épocas literárias 
anteriores. No gênero poético,temos uma revolução na maneira de fazer poesia. Aqui, 
dividimos em duas categorias a saber: 
● Poesia Concretista: 
 Originária da década de 1950, a poesia concretista foi inaugurada com o 
surgimento da Revista Noigrandes (1952), na Exposição Nacional de Arte Concreta, no 
MASP, em São Paulo. 
 
Literatura Contemporânea - Unidade Nº 2 - Do Teatro à Prosa 
 
Figura 4 - Capa da Revista Noigrandes - Fonte: Expurgação 
Veja o vídeo NOIGRANDES, narrado por Augusto de Campos. Assista aqui. 
 
O foco da poesia concretista visava quebrar todos os paradigmas da época. 
Contudo, foi criado o termo VerbiVocoVisual - Significado, Som e Imagem. A poesia já 
não tinha caráter lírico, tampouco admitia forma, ela tinha mais apelo visual, era 
considerada uma poesia palpável. 
 Dos grandes nomes da poesia concretista, podemos destacar: Décio Pignatari, 
Haroldo de Campos e Augusto de Campos. 
● Poesia Marginal: 
 A principal característica da poesia marginal é a sua autonomia, ou seja, seu 
caráter independente. Os autores costumavam produzir suas obras a partir de 
mimeógrafos e xérox e, por fim, eles mesmos saiam para vender suas poesias. 
 Tal como a poesia concretista, a poesia marginal não tinha regras, sendo 
considerada como poesia livre. Outra característica da poesia concretista é o foco na 
poesia urbana, com referências ao cotidiano de grandes cidades como São Paulo, Rio 
de Janeiro e Curitiba. 
 Na poesia marginal, destacam-se os autores: Chakal, Cacazo e Paulo Leminski. 
Não discuto 
não discuto 
com o destino 
o que pintar 
eu assino 
 
PAULO LEMINSKI 
Comentado [1]: Não há link 
Comentado [2R1]: Para nós está aparecendo. Tente 
dar um clique duplo em cima do "aqui". Vai abrir uma 
janela no próprio docs com o link. 
https://www.youtube.com/watch?time_continue=22&v=9W786KyKrAs
Literatura Contemporânea - Unidade Nº 2 - Do Teatro à Prosa 
 
 O Haikai é uma forma curta de poesia. O termo veio do Japão e conta com 
frases curtas (geralmente três ou quatro linhas). Essa forma é muito utilizada pelo 
escritor Paulo Leminski. 
 A seguir, veremos alguns exemplos de poesias concretas e poesias marginais, 
faremos uma comparação entre essas poesias de caráter visual, com as poesias 
tradicionais, oriundas de outras épocas literárias. 
3.1. A poesia de se ler e a poesia de se ver 
 Como já citado, tanto a poesia concreta quanto a poesia marginal têm como 
objetivo chocar e transformar a poesia em algo palpável. Poetas como Augusto de 
Campos, Paulo Leminski, Haroldo de Campos e outros, usavam esses artifícios para 
causar impacto aos leitores. 
 Décio, Haroldo e Augusto, antes de iniciarem o que chamamos hoje de 
concretismo, pertenciam ao Clube de Poesia, que contava com poetas da Geração de 
45. Por não concordarem com o conservadorismo do clube, Décio, Haroldo e Augusto 
inauguraram o movimento concretista. 
 As formas peculiares do movimento trazem a mensagem por meio da forma - 
não a forma lírica, mas sim visual. A seguir, destacamos alguns exemplos de poesia 
concretista. 
➔ Décio Pignatari: 
 
Figura 5 - Décio Pignatari - Fonte: Ateliê 
Literatura Contemporânea - Unidade Nº 2 - Do Teatro à Prosa 
 
 
Figura 6 - Poema “Beba Coca Cola” de Décio Pignatari - Fonte: Blog do IMS 
Repare que neste poema, Décio fez uma referência - de modo irônico - ao 
capitalismo americano e à vida moderna. Temos as referências do “caco”, sobre o vidro 
da garrafa, o termo “babe”, que pode significar tanto o ato de babar, quanto 
superestimar algo (babar por algo) e, por fim o termo “cloaca”, referindo-se ao órgão 
do frango, como uma referência a tudo o que é sujo e podre. 
➔ Haroldo de Campos: 
 
Figura 7 - Haroldo de Campos - Fonte: Veja SP 
 
Literatura Contemporânea - Unidade Nº 2 - Do Teatro à Prosa 
 
 
Figura 8 - Nasce Morre - Haroldo de Campos - Fonte: Expurgação 
 Já no poema acima, nota-se que Haroldo de Campos tomou muito cuidado 
com a estética visual do poema - para não confundir com a estética lírica, que era 
contrária ao construtivismo. Começa o poema com a sílaba “se” e finaliza com a mesma 
sílaba. Enquanto o meio do poema, temos a sílaba “re”. Essa alusão refere-se a tudo 
que tem o prefixo “re” como algo que tem um novo começo. 
➔ Augusto de Campos: 
 
Figura 9 - Augusto de Campos - Fonte: O Globo 
Literatura Contemporânea - Unidade Nº 2 - Do Teatro à Prosa 
 
 
Figura 10 - Augusto de Campos - Lixo Luxo - Fonte: Nossa Brasilidade 
 No poema “Lixo Luxo” de Augusto de Campos, nota-se a referência do luxo 
como banalidade, referindo que ter uma vida de status ou viver de maneira fútil não 
leva a lugar algum, ou seja, não traz o principal, que é um desenvolvimento pessoal. 
Por fim, o excesso dessa banalidade não faz nada mais do que transformar aquilo em 
lixo, em algo descartável, sem importância. 
➔ Paulo Leminski: 
 
Figura 11 - Paulo Leminski - Fonte: Brasil de Fato 
Leia a seguir uma criação artística do poeta (MOVIMENTO, 2019): 
INCENSO FOSSE MÚSICA 
isso de querer 
ser exatamente aquilo 
que a gente é 
ainda vai 
nos levar além 
Literatura Contemporânea - Unidade Nº 2 - Do Teatro à Prosa 
 
 Essa é uma das poesias mais famosas de Leminski. Incenso Fosse Música tem, 
como já citado antes, a estética da poesia curta japonesa, o Haiku - no português 
haikai ou haicai. Esta poesia foi publicada em seu livro Distraídos Venceremos. A 
mensagem passada pelo poema é que devemos sempre ser quem realmente somos, 
sem medo e sem pudor. Se houver essa sinceridade interior, seremos devidamente 
recompensados. Ou seja, em poucas palavras, Leminski atrai o leitor para que ele faça 
uma autorreflexão e, melhor que muito livro de autoajuda, uma grande exploração 
pelo autoconhecimento. 
Além dos nomes já citados, tivemos também Ferreira Gullar dentro deste 
movimento, com a sua obra mais famosa “Poema Sujo”. Porém, Ferreira Gullar se 
distanciou do movimento concretista e deu início ao movimento do neoconcretismo, 
que se opunha às ideias da poesia concreta. Veja um trecho de “Poema Sujo”, 
pertencente ao livro de mesmo nome, escrito entre maio e outubro de 1975, durante 
o período de exílio do poeta na Argentina : 
Poema sujo 
turvo turvo 
a turva 
mão do sopro 
contra o muro 
escuro 
menos menos 
 
menos que escuro 
menos que mole e duro 
menos que fosso e muro: menos que furo 
escuro 
mais que escuro: 
claro 
Literatura Contemporânea - Unidade Nº 2 - Do Teatro à Prosa 
 
como água? como pluma? 
claro mais que claro claro: coisa alguma 
e tudo 
(ou quase) 
um bicho que o universo fabrica 
e vem sonhando desde as entranhas 
azul 
era o gato 
azul 
era o galo 
azul 
o cavalo 
azul 
teu cu 
tua gengiva igual a tua bocetinha 
que parecia sorrir entre as folhas de 
banana entre os cheiros de flor 
e bosta de porco aberta como 
uma boca do corpo 
(não como a tua boca de palavras) como uma 
entrada para 
eu não sabia tu 
não sabias 
fazer girar a vida 
Literatura Contemporânea - Unidade Nº 2 - Do Teatro à Prosa 
 
com seu montão de estrelas e oceano 
entrando-nos em ti 
 
bela bela 
mais que bela 
mas como era o nome dela? 
Não era Helena nem Vera 
nem Nara nem Gabriela 
nem Tereza nem Maria 
Seu nome seu nome era… 
Perdeu-se na carne fria 
perdeu na confusão de tanta noite e tanto dia 
perdeu-se na profusão das coisas acontecidas 
constelações de alfabeto 
noites escritas a giz 
pastilhas de aniversário 
 domingos de futebol 
enterros corsos comícios 
roleta bilhar baralho 
mudou de cara e cabelos mudou de olhos e risos mudou de casa 
e de tempo: mas está comigo está 
perdido comigo 
teu nome 
em alguma gaveta 
Literatura Contemporânea - Unidade Nº 2 - Do Teatro à Prosa 
 
[...] 
 Ainda, dos poetas do concretismo da atualidade, vale destacar Arnaldo 
Antunes, com seu livro Psia. Veja como o livro foi apresentado: 
Psia é feminino 
 de psiu; 
que serve para chamar a atenção 
 de alguém,ou para pedir 
silêncio. 
 Eu berro as palavras 
no microfone 
 da mesma maneira com que 
 as desenho, com cuidado, 
na página. 
 Para transformá-las em coisas, 
em vez de substituírem 
 as coisas, 
Calos na língua; de calar. 
 Alguma coisa entre a piscina e a pia. 
 Um hiato a menos. 
Arnaldo Antunes, 1986 
A inovação poética do concretismo não trouxe apenas a inovação em se fazer 
poesia, e sim uma diversidade sinestésica em se compreender a arte. Contudo, a 
poesia tem uma gama bem ampla de estilos. 
Continuando com o assunto da poesia, veremos a seguir um estilo diferente do 
gênero, denominado de “poema em prosa” ou “prosa poética”. 
Literatura Contemporânea - Unidade Nº 2 - Do Teatro à Prosa 
 
3.2. Poema em prosa e prosa poética 
 Temos na poesia a possibilidade de mantê-la em versos ou em prosa. Uma vez 
que a poesia assume a forma de prosa, é denominada como “prosa poética”. Esse 
gênero assume as seguintes características: 
➔ Conteúdo Lírico ou Emotivo; 
➔ Recreação Lírica da Realidade; 
➔ Utilização artística do Poético; 
➔ Linguagem Conotativa. 
(Fonte: Recanto das Letras) 
Em função dessa última característica, atribuímos à prosa poética a capacidade 
de sonorizar a poesia. Essa sonoridade traz ao leitor a possibilidade de interagir com 
a poesia. 
Visto que nas poesias do concretismo e na poesia marginal, o uso da imagem 
como atração à poesia, na prosa poética prevalece a sinestesia como foco artístico, 
dessa vez com o som das palavras. 
 
Quer saber um pouco mais sobre o conceito de prosa poética, na contemporaneidade, 
não deixe de ler o livro “Tu não te Moves de Ti” de Hilda Hilst. 
 
4. Tendências na produção poética na contemporaneidade 
A poesia nunca será abandonada e tão pouco esquecida entre os escritores. 
Como vimos, nos moldes atuais, assumiu um caráter totalmente diferente do 
convencional: adotou formatos inovadores e interativos. 
Foucault diz que: 
Traremos, ainda, resumidamente, para o debate, algumas ressalvas e propostas para o 
procedimento do leitor e do crítico, sempre visando o mais amplo acolhimento da 
poesia contemporânea, no esforço de compreender a linguagem poética no espaço- 
Literatura Contemporânea - Unidade Nº 2 - Do Teatro à Prosa 
 
tempo presente, no entre lugar do pensamento que aloja, nem sempre de maneira 
harmoniosa, as formas de expressão contemporâneas em sua relação com as palavras 
e as coisas (FOUCAULT, 1981). 
 Isso significa que a sociedade atual está cada vez mais distante da poesia como 
um todo, isso tudo devido ao grande avanço tecnológico. Somos capazes de ler 
qualquer obra de qualquer lugar do mundo e em qualquer dispositivo. Não só como 
leitores, somos também autores - pois é muito natural termos um blog e postarmos 
as nossas histórias (sejam elas reais ou não). De qualquer forma, hoje tudo é muito 
fácil e vago. Os conteúdos que escrevemos muitas vezes são triviais. Gostamos de criar 
um imaginário e nos colocamos como personagem principal desse conto de fadas. 
 A poesia é mais crítica quanto a essa elaboração, já não temos tempo para se 
importar com a arte, com as emoções, com a beleza da poesia. Dessa forma, não há 
como guardar um tempo para analisar os conceitos atuais e aplicá-los em poesia. 
 Dessa forma, é necessário que a poesia esteja presente, de fato, no contexto 
atual. É necessário que ela seja lembrada e analisada por escritores contemporâneos. 
Síntese 
Nesta unidade, você aprendeu sobre o conceito da dramaturgia marginal de Plínio 
Marcos e pôde fazer uma síntese sobre a sua peça “Navalha na Carne” e a peça “Entre 
Quatro Paredes” de Jean Paul Sarte. Conheceu também as características das poesias 
concretistas e marginais e seus principais escritores. Aprendeu que a poesia não é 
assim denominada apenas quando composta por palavras, mas que podemos 
denominar como poesia as imagens e os sons, desde que estes nos transmitam as 
mensagens. 
Descobriu que a dramaturgia de Dias Gomes em “O Pagador de Promessas” foi 
consagrada e adaptada para o cinema, na direção de Anselmo Duarte, e recebeu 
prêmios importantíssimos, como no Festival de Cannes, em 1962. E que este 
reconhecimento veio também da forma e do impacto que a peça trouxe ao espetáculo. 
Nesta Unidade, aprendemos que: 
● Plínio Marcos teve uma forte influência na poesia marginal e suas obras 
foram cruciais para uma reflexão social, até os dias atuais; 
● Sartre, com o seu existencialismo, também atribuiu uma forte crítica à 
sociedade francesa, trazendo em seus personagens uma reflexão forte 
sobre ética; 
Literatura Contemporânea - Unidade Nº 2 - Do Teatro à Prosa 
 
● O construtivismo e a poesia marginal apresentam maneiras inovadoras 
de criar poesia com imagens e estruturas. 
 
Literatura Contemporânea - Unidade Nº 2 - Do Teatro à Prosa 
 
Bibliografia 
ADORNO, Theodor W. Notas de Literatura I. São Paulo: Editora 34; Editora Duas 
Cidades, 2003. Disponível em: 
<https://books.google.com.br/books/about/Notas_de_literatura_I.html?id=TOgg7ZX
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20.06.2019. 
MARQUES, Davina. Entre literatura, cinema e filosofia: Miguilim nas telas. Tese de 
doutorado. Faculdade de Filosofia, Letras e 
Ciências Humanas. Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa, 2013. 
Disponível em: 
<http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8156/tde-22042013-093606/pt-
br.php>. Acesso em: 20.06.2019. 
RIBAS, Maria Cristina Cardoso. Poesia no século XXI: modos de ser, modos de ver. 
Contexto. Universidade Federal do Espírito 
Santo, 2013/1, p. 39-74. Disponível em: 
<http://periodicos.ufes.br/contexto/article/view/8244>. Acesso em: 21.06.2019. 
MEMÓRIAS DA DITADURA. Plínio Marcos. Disponível em: 
<http://memoriasdaditadura.org.br/personalidades/plinio-marcos/>. Acesso em: 
19.06.2019. 
SARTRE, Jean Paul. Entre Quatro Paredes. Disponível em: 
<http://www.netmundi.org/home/wp-content/uploads/2017/07/Entre-Quatro-
Paredes.pdf>. Acesso em: 19.06.2019. 
MARCOS, Plínio. Navalha na carne. Disponível em: 
<http://joinville.ifsc.edu.br/~luciana.cesconetto/Textos%20teatrais/Plínio%20Marcos/
PLÍNIO%20MARCOS%20-%20Navalha%20na%20carne.pdf>. Acesso em: 19.06.2019. 
MOVIMENTO REVISTA. Incenso Fosse Música, Leminski. 7 junho de 2019. Disponível 
em: <https://movimentorevista.com.br/2019/06/incenso-fosse-musica/>. Acesso em: 
03 jul. 2019. 
Referências imagéticas: 
Literatura Contemporânea - Unidade Nº 2 - Do Teatro à Prosa 
 
Figura 1 - Homo literatus. Plínio Marcos, o poeta do submundo ou caviar na 
marmita. Disponível em: <https://homoliteratus.com/plinio-marcos-o-poeta-
submundo-ou-caviar-na-marmita/> Acesso em: 19 jun. 2019. 
Figura 2 - Memória Globo. Dias Gomes. Disponível em: 
<http://memoriaglobo.globo.com/perfis/talentos/dias-gomes.htm>. Acesso em: 03 
jul. 2019. 
Figura 3 - ADORO CINEMA. O Pagador de Promessas. Disponível em: 
<http://www.adorocinema.com/filmes/filme-
3759/fotos/detalhe/?cmediafile=19906076>. Acesso em: 03 jul. 2019. 
Figura 4 - EXPURGAÇÃO. Concretismo: Noigrandes. Disponível em: 
<http://expurgacao.art.br/concretismo-noigandres/#prettyPhoto/0/>. Acesso em: 03 
jul. 2019. 
Figura 5 - ATELIÊ. Especial Décio Pignatari. Disponível em: 
<https://www.atelie.com.br/livro/especial-decio-pignatari/>. Acesso em: 03 jul. 2019. 
Figura 6 - BLOG DO IMS. Pignatari: Temperamental e múltiplo, por André Dick. 
Disponível em: <https://blogdoims.com.br/pignatari-temperamental-e-multiplo-por-
andre-dick/>. Acesso em: 03 jul. 2019. 
Figura 7 - VEJA SP. 10 - 100 H. Disponível em: <https://vejasp.abril.com.br/atracao/10-
100-h/>. Acesso em: 03 jul. 2019. 
Figura 8 - EXPURGAÇÃO. Estrutura do poema visual concreto. Disponível em: 
<http://expurgacao.art.br/estrutura-do-poema-visual-concreto/>. Acesso em: 03 jul. 
2019. 
Figura 9 - O GLOBO. Aos 84 anos, Augusto de Campos lança livro inédito e fala 
sobre trajetória da poesia concreta. Disponívelem: 
<https://oglobo.globo.com/cultura/livros/aos-84-anos-augusto-de-campos-lanca-
livro-inedito-fala-sobre-trajetoria-da-poesia-concreta-16807757>. Acesso em: 03 jul. 
2019. 
Figura 10 - NOSSA BRASILIDADE. Augusto de Campos: Luxo. Disponível em: 
<https://nossabrasilidade.com.br/augusto-de-campos-luxo/>. Acesso em: 03 jul. 
2019. 
Literatura Contemporânea - Unidade Nº 2 - Do Teatro à Prosa 
 
Figura 11 - BRASIL DE FATO. Feliz Aniversário Paulo Leminsk. Disponível em: 
<https://www.brasildefato.com.br/2017/08/24/feliz-aniversario-a-paulo-leminski/>. 
Acesso em: 03 jul. 2019.

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