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2020 2 - Bloco 02 - Literatura Contemporânea 1

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Literatura Contemporânea - Unidade Nº 1 - Conceitos Iniciais 
 
 
 
Literatura 
Contemporânea 
 
 
Unidade 1 - Conceitos Iniciais 
 
 
 
 
Leonora Cabral Gerardino 
 
 
Literatura Contemporânea - Unidade Nº 1 - Conceitos Iniciais 
 
Introdução 
 Olá, sejam muito bem-vindos à disciplina “Literatura Contemporânea”. Nesta 
Unidade iremos adentrá-los ao universo da Literatura Pós-Moderna e 
Contemporânea. Como é a literatura até os dias atuais? Faremos uma breve 
comparação com os resquícios da literatura moderna e apresentaremos a 
dramaturgia, como ponto inicial da nossa jornada. 
 Bons Estudos! 
1. Pós-modernismo e contemporaneidade: 
fronteiras e limites: 
Como bem se sabe, o pós-modernismo é um movimento literário posterior ao 
modernismo - como explicita a sua nomenclatura. Para entender melhor essa 
transição, faremos um breve paralelo entre o Modernismo e o Pós-Modernismo: 
 Para relembrarmos o conceito de modernismo, vamos dividi-lo nas três fases 
que o compõe: 
 
1ª Fase: 
Modernismo de 22 
2ª Fase: 
Modernismo de 30 
3ª Fase: 
Modernismo de 45 
Semana da Arte Moderna 
- Marco Inicial do 
Modernismo e 100 anos 
após a Independência do 
Brasil 
Crise Social Fim da 2ª Guerra 
Contra o “status quo” - 
anti - parnasianismo 
Literatura de Caráter 
Social 
Maior Liberdade literária 
Literatura mais 
despojada, com versos 
brancos e livres, mistura 
Denúncia da 
desigualdade Brasileira 
Preocupação com a 
inovação literária, 
sonoridade literária 
Literatura Contemporânea - Unidade Nº 1 - Conceitos Iniciais 
 
de diversos gêneros (Graciliano Ramos) 
 
 A literatura contemporânea (literatura a qual datamos até os dias atuais), 
resgatou algumas características do modernismo, como a inovação literária no 
surgimento das poesias concretistas e marginais. Esses conceitos trouxeram a 
quebra de todos os paradigmas literários, afinal, já não há mais regras, a poesia é 
livre. 
 Essa liberdade artística é tão visível, que podemos percebê-la nas obras de 
autores como: Décio Pignatari, Haroldo de Campos, Augusto de Campos (pioneiros 
no movimento), Paulo Leminski, Ferreira Gullar, entre outros. 
No âmbito sociocultural, destaca-se o grande avanço tecnológico, a expansão 
dos meios de comunicação, o crescimento da indústria cultural, a ascensão da 
capitalista das sociedades (lei do mercado e consumo) e a globalização. 
Vamos explicar um pouco mais como seria esse contexto pós-moderno, da 
seguinte maneira: 
Literatura Contemporânea - Unidade Nº 1 - Conceitos Iniciais 
 
 
Figura 1 - Esquema de entendimento para o Pós-modernismo. Fonte: Elaborado pelo autor. 
 
 
Explicando o esquema anterior, a literatura agora se preocupa mais com a 
mensagem a se passar do que com a estética. 
Opostamente ao modernismo, o pós-modernismo garante uma variedade de 
tendências, sendo aplicadas em diversas áreas de atuação, como nas artes plásticas, 
na literatura, nas artes cênicas, na música, na filosofia e - por que não? - Na 
tecnologia. Como já fora citado, o poema tem caráter palpável e visual, os conteúdos 
são apresentados para uma sociedade fragmentada, de várias identidades. 
 
Comentado [1]: " Você quer ler?" deve acompanhar 
cor e ficar junto a arte. 
Literatura Contemporânea - Unidade Nº 1 - Conceitos Iniciais 
 
Você quer ler? Para entender um pouco mais sobre sociedades fragmentadas e as 
relações descartáveis, recomendo ler o livro Para Entender o Mundo Líquido de 
Zygmunt Bauman 
 
Porém, mesmo com toda essa liberdade expressiva, temos um ponto negativo 
a tratar: a partir dessa liberdade visual e o uso de imagens para atrair o consumo, 
temos a criação de simulacros. 
Muitas vanguardas surgiram na época (lembrando que o pós-modernismo 
trouxe traços do modernismo e também vem se adaptando até os dias atuais). 
O foco desses movimentos é demonstrar, também, como é o ser humano 
moderno, quais suas preocupações, suas ideias e filosofias. Ao falarmos de 
tecnologia, esse ser humano moderno tem variadas fontes de informações. Essa 
imensa abundância de informação leva o indivíduo moderno ao mundo globalizado, 
no qual se torna constante a busca por aquilo que lhe dá prazer, desejos ou 
orientações narcísicas, portanto. 
Sobre os principais movimentos pós-modernistas e contemporâneos, 
podemos destacar: 
- A Poesia Concreta (1956); 
- O Neoconcretismo (1959); 
- A Literatura-praxis (1962); 
- Movimento Poema/Processo (1967); 
- Tropicalismo (1968). 
A seguir, veremos uma área de extrema importância para o âmbito artístico 
pós-moderno, a dramaturgia. 
2. A forma do texto dramático: tradição e inovação. 
 No âmbito da dramaturgia, vale retornar ao passado para poder entender o 
porquê de tanta inovação nas artes dramáticas. A hegemonia da dramaturgia 
brasileira é datada de 1958, com a peça “Eles não Usam Black-tie” de Gianfrancesco 
Guarnieri. 
Literatura Contemporânea - Unidade Nº 1 - Conceitos Iniciais 
 
 
Figura 2 - Encenação da peça “Eles não Usam Black-tie” de Gianfrancesco Guarnieri, no Teatro de 
Arena - Fonte: Arte Ref, 2019. 
 Diante a conflitos políticos, a forte presença da censura, os espetáculos 
utilizavam a metáfora como uma forma de encenação. Foi somente em 1978 - com 
o fim da censura e o fim do Ato Institucional nº 5, de 68 - que temos o marco da 
contemporaneidade dramática, com a peça adaptada da obra de Macunaíma. 
 Já não é mais necessário o uso da metáfora como linguagem dramática, 
portanto, os discursos passam a ser diretos - como iniciou-se em Campeões do 
Mundo de Dias Gomes, em 1979. A partir de então, temos uma nova forma de fazer 
teatro. 
 
2.1. Tendências do teatro contemporâneo 
Após essa hegemonia da década de 50, e a despreocupação com a forma de 
se encenar uma peça, chega o momento da dramaturgia ter autonomia para ser 
criada. O ideal estipulado era fazer um espetáculo que não parecesse encenação. 
 Desde então, foi decretado que o teatro passasse a ser tratado como uma 
arte autônoma, em que o dramaturgo age como o autor do texto e o encenador, o 
autor do espetáculo. Essa filosofia trouxe a criação sui generis, que deu total 
autonomia para que dramaturgos pudessem adaptar obras da melhor maneira, 
transformando-as como obras de própria autoria, mesmo que adaptadas. 
 Essa configuração estética pode ser explicada por Magaldi em Tendências 
contemporâneas do teatro brasileiro: Estudos Avançados: 
Literatura Contemporânea - Unidade Nº 1 - Conceitos Iniciais 
 
Essa criação ora configura-se com maior modéstia, quando o encenador 
preserva o texto integral e apenas troca as vestimentas antigas pelas atuais; 
ora intervém na peça, reduzindo os diálogos ou juntando outras obras do 
autor no mesmo espetáculo; ora adaptando, com ou sem auxílio de outrem, 
literatura de gênero diverso para o palco; ora, enfim, assumindo a inteira 
responsabilidade por texto e espetáculo. Se o encenador não encontra, em 
determinado instante, peça pronta que exprima as preocupações do seu 
universo, é absolutamente legítimo que procure a criação integral. (MAGALDI, 
1996, p.278) 
 O que Magaldi quer dizer é que o dramaturgo é livre em elaborar a sua 
criação, ele pode transformar uma peça teatral com um contexto histórico da década 
de 20, por exemplo, e adaptá-la para o contexto atual. É possível que o dramaturgo 
faça um espetáculo de determinada obra e insira elementos de outras obras, 
transformando outras criações em elementos que estruturarão aquele universo em 
questão. 
Um exemplo bastante interessante a se tratar, são as adaptações para o 
cinema. Quem não conhece a famosa peça de Shakespeare, Romeu e Julieta? No 
Brasil, temos uma adaptação bem divertida da peça, o filme Casamento de Romeu e 
Julieta, com Marco Ricca e Luana Piovani. A desavença, neste caso, é sobre o time de 
futebol de cada um - sendo Julieta palmeirense e Romeu corintiano. 
 
Você quer ver? Assista ao filme Casamento de Romeue Julieta, de Bruno Barreto e 
faça uma reflexão sobre o contexto da peça de Shakespeare. 
 
 Em contrapartida, é importante ressaltar que essa autonomia dramática pode 
gerar diversos furos de roteiro. Portanto, mesmo com sua premissa dada àquela 
geração de artistas, é imprescindível manter a essência da obra, para que a mesma 
faça total sentido para o espetáculo. 
 Dos encenadores-autores que obtiveram êxito pleno na autonomia teatral, 
citaremos José Possi Neto, com a montagem da peça De Braços Abertos, de Maria 
Adelaide Amaral, em 1984. A luz no palco diria a peça para uma atmosfera mágica 
da arte imitando a vida. O espetáculo parecia puramente real. 
Comentado [2]: "Você quer ver ou o Você quer ler?" 
deve acompanhar cor e ficar junto a arte. 
 
Gentileza, seguir padrão. 
 
Obg. 
Literatura Contemporânea - Unidade Nº 1 - Conceitos Iniciais 
 
 Dentre os encenadores da atualidade, destaca-se Antônio Araújo, que 
adaptou a obra O Paraíso Perdido de John Milton, para que essa fosse encenada 
dentro da igreja. Antônio Araújo é um encenador ligado no Teatro da Vertigem, seus 
temas são voltados para a ética. 
Em 1995, Antônio inovou em adaptar o episódio bíblico de O Livro de Jó dentro 
de uma igreja. 
3. O realismo psicológico de Arthur Miller 
 As inovações dramáticas não atingiram somente o Brasil. Essa variedade e 
liberdade em produzir peças memoráveis foi marcada por nomes importantíssimos 
da dramaturgia internacional. Um personagem em destaque é o americano Arthur 
Miller. 
 Miller nasceu em Nova York, em 17 de Outubro de 1915 e faleceu no dia 10 
de Fevereiro de 2005. Dentro da cultura popular, fez-se bastante famoso por conta 
de seu casamento com a consagrada atriz Marilyn Monroe. 
 O nova iorquino teve um papel importante no realismo americano, cujo 
cenário sofre bastante influência da arte russa, sobretudo do escritor Nicolai Gogól. 
Porém foi nos Estados Unidos que o realismo tomou outras proporções e rompeu 
as fronteiras históricas de seu auge (século XIX) e permaneceu influente até hoje. O 
foco do realismo americano é voltado para o condicionamento de imaginários para 
a cultura americana e as condições cotidianas da população. 
 Das obras de Miller, vale destacar: 
● The Crucible - no português: As Bruxas de Salem; 
● Death of a Salesman - no português: A morte de um Caixeiro Viajante. 
 
 A obra “A Morte de um Caixeiro Viajante”, de 1949, ainda dialogue com o 
realismo americano, ao contrário das tendências que apontamos, preocupa-se em 
fazer uma crítica ao famoso “Sonho Americano”, debochando do crescimento 
econômico e a figura do empreendedor. A peça conta a história de Willy Loman, um 
personagem que passa por uma situação crítica de ordem tanto social quanto 
pessoal e que, por fim, recorre ao suicídio. 
Literatura Contemporânea - Unidade Nº 1 - Conceitos Iniciais 
 
 No âmbito social, a conflituosidade decorre do fato de se dedicar mais às 
amizades que as economias, ficando desempregado e tendo que buscar por ajuda 
para conseguir dinheiro. Já na questão pessoal, vê o seu círculo familiar desmoronar 
quando seu filho o flagra com sua amante, em consequência disso, a relação de pai 
e filho fica abalada. 
 Essa crítica social de Miller faz um paralelo entre o conflito psicológico e moral. 
Isso significa que, na verdade, o conflito de Willy era consigo e gerava uma “briga 
interna” entre o que o personagem era de fato e o que ele almejava ser. Por conta 
disso, propõe-se, portanto, a exposição de duas apresentações ao personagem: a 
realidade que Willy vive e a sua imaginação. 
Do ponto de vista econômico, a história do personagem mostra o quanto uma 
sociedade pode ter grande influência na vida de um indivíduo. Por uma escolha 
errada, Willy dispõe erroneamente seus talentos, de maneira incorrespondente aos 
objetivos que coloca a si, ocasionando também numa forma errada de concretizar a 
busca pela felicidade que idealiza. A má escolha deu como destino a morte do 
personagem. 
Miller pode ser comparado com Sófocles, em Édipo Rei: indivíduos, na busca 
de suas identidades, quando recorrem às fontes erradas, acabam por ficarem cegos. 
O que nem sequer acontece a Willy, visto nem ao menos conseguir situar-se quanto 
a sua identidade, descobrindo-se mais profundamente. 
O impacto da crítica de Miller se vale da crítica severa ao capitalismo, que 
prega que a vitória pelo sucesso supre a ideia da morte. Dessa forma, temos aqui 
Willy, um homem comum que foi atraído, de forma errônea, pelo sucesso, que chega 
ao final da vida sem nem ao menos saber quem é. 
 
Você quer ler? Leia a obra de Miller, A Morte do Caixeiro Viajante e faça um paralelo 
entre o capitalismo atual. Até quando o sucesso vale a pena? 
 
Comentado [3]: " Você quer ler?" deve acompanhar 
cor e ficar junto a arte. 
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4. O teatro absurdo de Ionesco: Rinoceronte 
Antes de falarmos sobre a obra de Ionesco, Rinoceronte, vamos traçar o que 
seria o Teatro Absurdo. Essa expressão surgiu com o crítico inglês Martin Esslin, no 
final da década de 50. 
O Teatro Absurdo, por consequência da Segunda Guerra Mundial, apresenta 
a atmosfera da desolação, solidão e extrema conflituosidade do homem moderno 
com seus pares. É totalmente contrária às ideias da dramaturgia realista e tem por 
objetivo destacar uma das tendências teatrais mais importantes da época. Por 
consequência novamente da guerra, o Teatro do Absurdo traz uma referência da 
renúncia às esperanças e a falta de horizonte viável ao bem-estar dos povos. Numa 
combinação a primeira vista improvável, esses atributos são postos em paralelo a 
trabalhos cômicos nestas peças. 
A filosofia do Teatro do Absurdo refere-se à responsabilidade do homem por 
seu destino e a solidão humana. Essa filosofia estabelece um paralelo entre as 
ciências (referente às incertezas do ser humano) e às artes plásticas 
(abstracionismo). 
Dos dramaturgos, destacam-se: 
● Arthur Adamov; 
● Samuel Beckett; 
● Fernando Arrabal; 
● Harold Pinter; 
● Eugène Ionesco. 
 Nesta unidade, iremos destacar o francês Eugène Ionesco, com a sua principal 
obra, Rinoceronte. Ionesco destaca que “renovar a linguagem, é renovar a 
concepção, a visão do mundo”. O que Ionesco quer dizer é que não são somente as 
falas dos personagens que ilustram o Teatro do Absurdo, mas sim as imagens, o 
figurino e, até mesmo o cenário é importante nessa concepção. 
 A obra de Ionesco passa em uma mercearia, contando com as seguintes 
personagens: 
Literatura Contemporânea - Unidade Nº 1 - Conceitos Iniciais 
 
● Uma dupla de amigos; 
● O merceeiro, sua esposa e a garçonete; 
● O Lógico; 
● Várias outras pessoas alheias. 
 Todas as pessoas conversam paralelamente e, em alguns casos, as respostas 
de alguém da primeira dupla coincide com as perguntas de alguma pessoa da 
segunda dupla. Então passa um rinoceronte, gerando um transtorno no local, então 
passa outro animal idêntico. 
 No segundo ato da peça, as pessoas viram rinocerontes por vontade própria, 
exceto um casal que não se deixa levar pelas vontades alheias e permanecem 
humanas. 
 Obviamente a obra usa diversas metáforas para explicar que o contexto, na 
realidade não é absurdo, vamos à análise: 
➔ Personagem Lógico: faz uma referência ao pensamento racional; 
➔ O autor faz uma ironia ao cientificismo, uma vez que Lógico faz alusão à 
silogismos, utilizando Sócrates, como exemplo. De tal forma, compara 
Sócrates a uma galinha, por ambos terem duas pernas. 
➔ Uma senhora passa a ser perseguida por um terceiro rinoceronte, que 
descobre que é o seu marido. 
➔ As pessoas se questionam quanto à procedência dos rinocerontes, se são 
asiáticos ou africanos. 
➔ O fato das pessoas se sentirem atraídas por virarem rinocerontes é um fator 
importante para a obra. 
➔ Por que um rinoceronte? O rinoceronte não tem atributos que remetem às 
característicashumanas, agem de acordo com a sua manada. 
➔ Metáfora: crítica às pessoas que seguem os discursos da maioria e crítica aos 
regimes totalitaristas, principalmente o nazismo. 
➔ Casal que permaneceu humano - alusão a Adão e Eva. 
Literatura Contemporânea - Unidade Nº 1 - Conceitos Iniciais 
 
 
Literatura Contemporânea - Unidade Nº 1 - Conceitos Iniciais 
 
Síntese 
 Nesta Unidade, você pode entender um pouco sobre o conceito de pós-
modernismo e contemporaneidade, comparando elementos do modernismo. 
Conheceu um pouco sobre a dramaturgia contemporânea e se aventurou nos 
conceitos do Realismo Americano e no Teatro do Absurdo. 
 Respectivamente a esses conceitos, conheceu um pouco sobre a obra do “O 
Caixeiro Viajante” de Arthur Miller e a peça “Rinoceronte” de Eugène Ionesco. 
 Nesta unidade tivemos a oportunidade de: 
● Aprofundar sobre os conceitos de modernismo e contemporaneidade; 
● Conhecer sobre o Realismo de Arthur Miller e a dramaturgia norte americana; 
● Descobrir o Teatro Absurdo de Ionesco e fazer uma crítica sobre o contexto 
de sua obra, Rinoceronte, com o Totalitarismo. 
 
Literatura Contemporânea - Unidade Nº 1 - Conceitos Iniciais 
 
Bibliografia 
ADORNO, Theodor W. Notas de Literatura I. São Paulo: Editora 34; Editora Duas 
Cidades, 2003. 
MAGALDI, Sábato. Tendências contemporâneas do teatro brasileiro. Estudos 
Avançados. v. 10, n. 28. São Paulo: Instituto de Estudos Avançados - USP, 1996, 
p.277-289. Disponível em: 
<http://www.revistas.usp.br/eav/article/viewFile/8963/10515/>. Acesso em: 17 out. 
2017. 
ITAU CULTURAL. A Morte do Caixeiro Viajante. Disponível em: 
<http://enciclopedia.itaucultural.org.br/evento395677/a-morte-do-caixeiro-
viajante>. Acesso em: 13 jun. 2019 
ITAU CULTURAL. Teatro do Absurdo. Disponível em: 
http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo13538/teatro-do-absurdo . Acesso em: 
13 jun. 2019 
Referências Imagéticas: 
Figura 2 - Arte Ref. Eles Não Usam Black Tie. Disponível em: 
<https://arteref.com/quiz/eles-nao-usam-black-tie/>. Acesso em: 24 jun. 2019. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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