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PRÁTICA JURÍDICA IV PEÇA 02 16/08/2021 Heloísa dos Santos sustenta que conviveu com Roberto de Almeida durante 15 (quinze) anos contínuos, no período de março de 2004 até outubro de 2019, e desta união, pública e duradoura, nasceram de 3 (três) filhas em comum: Márcia com 14 anos, Fernanda com 12 anos e Joana com 10 anos; A requerente quando passou a conviver maritalmente com o requerido nem tinha completado 18 anos, tampouco havia concluído o ensino médio. O requerido ao longo da convivência com a requerente nunca permitiu que a mesma pudesse concluir os estudos ou sequer ingressasse no mercado formal de trabalho. Ao longo da convivência construíram um patrimônio considerável, fruto do trabalho e esforço comum, amealhando bens móveis e imóveis. Contudo, o companheiro, ao longo da trajetória de vida comum, vendia os bens e nunca se dignou a partilhar os valores auferidos com a alienação dos bens. No transcorrer da convivência construíram uma casa localizada no endereço Rua das Flores, 51, no município de Araruama, onde inclusive é a atual residência de Heloísa e de suas 3 filhas. O imóvel é uma casa duplex com valor estimado próximo de R$500.000,00. Enquanto isso, o companheiro conseguiu fazer fortuna e hoje é um empresário de muito sucesso, atua no ramo da construção civil. Ele não apenas constrói casas para vender, como também possui 8 imóveis (avaliados em R$ 200.000,00 cada apartamento) próprios que lhe rendem R$ 12.000,00 (doze mil e seiscentos reais) mensais a título de aluguéis, construídos durante a união com Heloísa. Além de construtor, é também pecuarista, estima-se com 40 cabeças de gado, e proprietário de loja de material de construção, cujo nome é DEPÓSITO SÃO FRANCISCO, avaliado em R$ 2.000.000,00, localizado no térreo da casa onde mora, a requerente e suas filhas. Possui um veículo TOYOTA / HILUX CABINE DUPLA avaliado em R$ 150.000,00. Ainda assim, mesmo vivendo nababescamente, tendo um rendimento médio mensal em torno de R$ 65.000,00 (alugueres, rendimentos da loja e das edificações), o requerido fornece uma “ajuda de custo” semanal à requerente no mísero valor de R$ 1.000,00 para prover sua ex-companheira e suas filhas. Heloísa lhe procura como advogado e relata que o convívio familiar se tornou insuportável. Redija a peça atinente ao caso, sabendo-se que não é mais possível a comunhão de vida. A peça deve conter proposta de guarda unilateral, alimentos para ela e as filhas e partilha de bens.
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