Radiobiologia e Radioproteção

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Bruna Miranda 
Odontologia VII 
1 
 
RADIOLOGIA AULA 2 
Radiobiologia 
Radiobiologia: estudo dos efeitos da radiação 
ionizante nos seres vivos. 
 Átomo neutro: íon positivo. 
 Mensuração da radiação. 
 Fontes de exposição à radiação. 
 Classificação dos efeitos biológicos. 
 Mecanismos dos danos. 
 Efeitos da radiação. 
FONTES: 
 Natural: radiação cósmica, solar, 
elementos radioativos do solo e da 
água. 
 Artificial: aparelhos de raio-x, de 
radioterapia, rádio, TV, celulares e 
acidentes nucleares. 
EFEITOS: 
DETERMINÍSTICOS (CAUSA E EFEITO): 
 Certamente aparecerão, limiar de 
dose baixo. 
 Causam infertilidade, queda de 
cabelo, alterações acelulares, entre 
outros. 
 Na cavidade oral: mucosite, 
xerostomia e candidíase. 
 Osteoradionecrose: danos 
permanentes aos osteócitos e sistema 
microvascular, alteração em tecido 
medular e grau de mineralização. 
 Cárie de radiação. 
ESTOCÁSTICOS: 
 Podem ou não aparecer, não há limiar de 
dose e depende da sensibilidade do 
paciente. 
 Acontece a nível celular. 
 Quanto menor a dose, menor a 
probabilidade de danos celulares. 
 A gravidade NÃO está relacionada com a 
quantidade de dose. 
 Possíveis efeitos: radiodermite. 
 Probabilidade de indução de câncer; 
órgãos críticos: 
 Trato digestório. 
 Pulmões. 
 Medula óssea. 
 Tireóide. 
 Mamas. 
Somáticos: afetam apenas o indivíduo, podem 
ocorrer em curto ou longo prazo. 
Genéticos: podem afetar os descendentes, 
ocorrem a longo prazo, atuam no DNA celular, o 
tipo de lesão depende do estágio do ciclo celular 
no momento da irradiação. 
EFEITO TERATOGÊNICO: 
Efeitos produzidos no feto ou embrião pela 
exposição à radiação durante a gravidez. 
Organogênese (2 a 9 semanas): altamente 
sensível. 
 Anormalidades congênitas. 
 Morte fetal. 
EFEITOS DA RADIAÇÃO – FATORES 
REGULADORES: 
1. Dose: maior a dose, maior o efeito. 
2. Ritmo de aplicação: aguda – curto 
período; crônica – longo período. 
3. Tamanho da área irradiada: maior a área, 
maior o dano e surgimento dos efeitos. 
4. Tipo de radiação: quanto mais ionizante 
mais nociva é a radiação. 
5. Idade: indivíduos jovens menos resistentes 
e mais radiossensíveis. 
6. Tipo de órgão, tecido ou célula. 
Indução de câncer: não existe limiar, mas 
estatisticamente os raios-x aumentam a 
probabilidade. 
DETERMINÍSTICOS: quanto maior a dose, 
maior a gravidade; efeito somático. 
ESTOCÁSTICOS: quanto maior a dose, 
maior a probabilidade; efeito somático 
ou genético. 
Bruna Miranda 
Odontologia VII 
2 
 
Radioproteção 
A: as 
L: low 
A: as normas da radiologia 
R: reasonably 
A: achievable 
Princípio de ALARA: produção de imagens úteis ao 
diagnóstico, complementação do exame clínico, 
auxílio no plano de tratamento. 
Portaria 453: 
 Justificativa para expor o paciente 
(justificação da prática e das exposições 
médicas individuais). 
 Otimização da proteção radiológica. 
 Limitação de doses individuais. 
 Prevenção de acidentes. 
Medidas de proteção: 
 Paciente: solicitação das radiografias, 
equipamento, receptores de imagem, 
posicionadores e boa técnica, avental e 
protetor de tireóide, processamento, 
esclarecimento do paciente. 
 Profissional: posicionar-se em 80º e 135º. 
 Ambiente: direção do feixe de radiação, 
divisórias de ambiente pumblíferos, alvará 
da vigilância sanitária, laudo radiométrico, 
calibração periódica do aparelho. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS: 
 Controle de qualidade. 
 Educação continuada. 
 ALARA. 
 Toda dose é capaz de provocar algum 
efeito.