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1 I. MIGRAÇÕES E XENOFOBIA: MOTIVAÇÃO POLÍTICA E ECONÔMICA O processo migratório e a globalização formaram um elo inseparável desde a última metade do século passado. Os motivos são vários: eficácia dos meios de transporte e comunicação, desenvolvimento do setor turístico, desigualdades socioeconômicas entre os países etc.; porém, houve várias consequências, umas positivas e outras negativas. Nos países mais desenvolvidos, onde há maior contingente de imigrantes, ocorre um sério problema: a xenofobia (termo derivado do grego – xénos: "estrangeiro"; e phóbos: "medo”). As migrações geram vários encontros de povos de diferentes culturas, raças, credos e religiões. No geral, é algo positivo. O Brasil, por exemplo, é um país rico em diversidade cultural e étnica. Entretanto, quando os nativos passam a não aceitar os imigrantes há um grave problema social. A história recente da humanidade nos dá vários exemplos de como a xenofobia é algo grave. No Holocausto, ocorrido durante a Segunda Guerra Mundial, na Alemanha, os nazistas exterminaram aproximadamente 6 milhões de judeus. Isso por que acreditavam que os judeus eram uma raça inferior e manchavam o nome da Alemanha de Hitler, e, logo, deveriam ser exterminados. A xenofobia ocorre frequentemente nos países mais ricos e desenvolvidos, principalmente na Europa. Os nativos acreditam que os imigrantes são responsáveis pelo desemprego, criminalidade e todos os problemas sociais do país. Na Europa, alguns grupos xenófobos são conhecidos entre nós, como os Skinheads, na Inglaterra, e os Neonazistas, na Alemanha. Outros grupos não são tão conhecidos assim, como os Bloc Identitaire (França), CasaPound (Itália) e English Defence League (Reino Unido). A xenofobia pode ocorrer também dentro de um mesmo país, como acontece no Brasil e nos Estados Unidos, por terem dimensões territoriais enormes. Nos Estados Unidos há uma discriminação histórica contra negros, considerados como “lixos” e inferiores aos brancos. O seriado de TV Todo Mundo Odeia o Crhis (originalmente Everybody Hates Chris, do canal de televisão The CW Television Network, dos EUA), transmitido no Brasil pela Rede Record, demonstra de forma cômica e sarcástica como o negro é visto e tratado nos EUA. É um programa humorístico baseado na infância e parte da adolescência do humorista Chris Rock, que vale a pena conferir e entender melhor a problemática. No caso do Brasil, tem-se o exemplo das discriminações sofridas pelos nordestinos no sudeste brasileiro. Geralmente, são atribuídos estereótipos de forma pejorativa, tais como “cabeça chata”, “baianos”, “paraíbas”, entre outros. Essas pessoas preconceituosas são, no mínimo, desinformadas a respeito da constituição do território, da história e da economia brasileira. A xenofobia, portanto, trata-se de um racismo, um preconceito cultural, uma discriminação racial, econômica e social ao estrangeiro. O encontro de diversos povos, religiões, sotaques, classes econômicas e sociais, no geral, é positivo. Contribuem para a riqueza cultural e econômica de uma nação. EXERCÍCIOS Para a resolução de exercícios sobre migrações internacionais, é preciso levar em consideração as causas e impactos dessa prática nas diferentes localidades. 1. “O desenvolvimento e o maior acesso ao transporte intercontinental, somados à facilidade de obtenção de informações sobre outros países por meio dos veículos de comunicação, 2 impulsionaram o movimento de pessoas que buscam melhores condições de vida – nem sempre alcançadas fora do país de origem. Ao contrário do que se verifica com os fluxos econômicos, as fronteiras nacionais são reforçadas por governos de muitos países, principalmente dos desenvolvidos, para a entrada de imigrantes”. JOIA, A. L., GOETTEMS, A A. Geografia: leituras e interação. Vol. 02. 1º ed. São Paulo: Leya, 2013. p.275. Um exemplo mundialmente reconhecido de restrição à entrada de imigrantes conforme mencionado no trecho acima é: (A) a criação da União Europeia com número restrito de países. (B) a construção e ampliação do Muro do México. (C) a intervenção dos Estados Unidos em Cuba. (D) a deportação de estrangeiros irregulares no Brasil. (E) a difusão de políticas públicas xenófobas na Europa 2. “O número de imigrantes que vivem nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) aumentou em um terço na última década, apesar da recente queda dos fluxos migratórios provocada pela crise econômica iniciada em 2008, afirma um relatório publicado pela entidade nesta segunda- feira. Segundo a OCDE, que reúne 34 países, a maioria deles ricos, cerca de 110 milhões de imigrantes viviam nos países-membros da organização em 2009/2010, o equivalente a 9% da população total”. BBC Brasil, 03 dez. 2012. Em busca de melhores condições de vida, muitos imigrantes saem de países pobres em direção aos territórios de economias desenvolvidas. Essa procura intensifica-se porque nos países desenvolvidos: (A) há uma política de controle e recepção dos grupos imigrantes. (B) são registrados baixos índices de xenofobia (aversão a estrangeiros). (C) a burocracia facilita a regularização de imigrantes, mesmo que ilegais. (D) existem políticas de incentivos aos deslocamentos sazonais. (E) há uma elevada necessidade de mão de obra barata e de baixo custo. 3. Um dos principais tipos de migrações internacionais existentes é a chamada “fuga de cérebros”, que consiste: (A) na perda de trabalhadores com baixa qualificação técnica para países estrangeiros, geralmente mais desenvolvidos. (B) na migração sazonal de pesquisadores universitários e estudantes, como em intercâmbios e cursos de capacitação. (C) na adoção de políticas internacionais para facilitar o deslocamento dos profissionais de alta capacidade e boa formação escolar. (D) no deslocamento em massa de profissionais especializados e de grande conhecimento para outros países. (E) no tráfico internacional de órgãos e pessoas, responsável pela morte de muitos imigrantes, geralmente ilegais. 4. (UFG-GO/2010) Um dos principais traços da dinâmica demográfica mundial é a migração internacional, que recria conflitos espaciais de diferentes ordens. Esse tipo de migração é explicado (A) pela incorporação de valores ocidentais no Oriente e de valores orientais no Ocidente, diminuindo as fronteiras simbólicas. (B) pela facilidade do fluxo de trabalhadores condicionados pelos novos meios de comunicação e transportes. (C) pela aprendizagem de idiomas dos países ricos como forma de incorporação às novas demandas da indústria. (D) pelo livre acesso dos indivíduos no interior dos países signatários de acordos de livre comércio e cooperação. (E) pelo aumento global do desemprego, que gera miséria nas nações de baixo índice de desenvolvimento humano. 5. (UCB) No que se refere às migrações brasileiras, julgue os itens a seguir: I. A desconcentração industrial é uma das principais causas da freada na migração interna do Brasil. II. Atualmente o Centro-Oeste é a região brasileira que mais retém migrantes. III. A melhoria dos sistemas de transporte e de comunicação aumentou a concentração industrial nos grandes centros urbanos brasileiros, que continuam atraindo grandes contingentes migratórios. 3 IV. A transumância é o movimento migratório invertido, ou seja, as pessoas abandonam os grandes centros e buscam fixar-se em cidades pequenas ou médias. V. No movimento pendular, uma determinada população deixa o seu domicílio pela manhã para trabalhar em outra cidade ou região e retorna ao término do dia. A Resposta que reúne o julgamento correto é: (A) V-V-F-F-V (B) F-F-F-F-V (C) V-F-V-F-V (D) V-V-V-V-F (E) V-V-F-F-F II. A GLOBALIZAÇÃO E AS DESIGUALDADES ECONÔMICAS Globalização é o processo de aproximação entre as diversas sociedades e nações existentes por todo o mundo, seja no âmbito econômico,social, cultural ou político. Porém, o principal destaque dado pela globalização está na integração de mercado existente entre os países. A globalização não é pura e simplesmente um fenômeno econômico, ela transforma a sociedade ao envolver os indivíduos, a cultura, a política, o Estado, a economia, a tecnologia e os meios de comunicação. A globalização engloba muitas coisas, pode-se falar em Economia, Ciência, Política, Urbanização, entre outras coisas, em termos de Economia, podemos destacar a Internacionalização do Capital, ou mesmo o aumento de fluxos financeiros, de transnacionais, de privatizações, de unificação cultural; em termos de ciência destaca-se principalmente a rápida expansão das ideias e dos conceitos; na política, podemos entender a política como uma posição entre as chamadas democracias capitalistas; no campo da Urbanização, podemos ver a unificação de padrões, shoppings centers, aeroportos, fragmentação do espaço urbano, e em torno de tudo isso está o sistema Econômico que é o responsável pelo modelo de sociedade posto, que assim como “facilita” o acesso a produtos e a culturas mundiais, fragiliza e quebra os pequenos investidores locais e amplia a desigualdade social, ajudando a aumentar a margem da sociedade. As grandes transformações contemporâneas decorrem da globalização como nova configuração assumida pelo capitalismo nas últimas décadas e afetam o Estado, a sociedade civil e as relações entre estes. Afetam, portanto, a estrutura, a organização e a dinâmica das classes sociais, dos indivíduos e dos grupos e, ainda, as bases da produção e a reprodução da vida social, a organização, a divisão social e a técnica do trabalho e, com esta, a produção cientifica e tecnológica, a cultura, as profissões e o perfil do trabalhador (SILVA, ver. 68, pág. 08). Com a globalização, aumentou a exploração, o sentido de desigualdade, de concorrência, impondo mudanças fortes no mercado de trabalho e favorecendo os grandes oligopólios, em detrimento das camadas majoritárias da população. Essas mudanças têm significado o aumento da exploração da força de trabalho e a consequente redução e perda de direitos sociais pelos trabalhadores, ao mesmo tempo que exigem novas capacidades que possibilitem tomadas de decisão em ambientes incertos, complexos e competitivos. Tais exigências impõem ao homem pós-moderno aperfeiçoamento continuo para que possa se inserir e permanecer no processo de trabalho, estabelecendo o conhecimento como valor universal, que deve ser utilizado tanto para concorrer a um posto no mercado de trabalho, quanto em todas as esferas da vida cotidiana (SILVA, ver. 68, pág. 08). É importante analisar a questão do aumento da massa “sobrante” da população que não se articula, que fica a margem de bens e serviços, devido a grande expansão tecnológica, que substitui o homem em seu local de trabalho. A globalização, assim como tem seu lado bom, de facilitar o acesso a informação, 4 a tecnologias, estudos, entre outras coisas, também tem seu lado ruim que aumenta o desnível da questão da igualdade e equidade, que enfraquece as lutas sindicas, individualizando as relações sociais. EXERCÍCIOS A Globalização é o sistema de internacionalização da integração política, econômica, social e cultural mundial. 1. OBSERVE A CHARGE A SEGUIR: Millôr Fernandes. Retirado de: VESENTINI, José William. Geografia: o mundo em transição. São Paulo: Editora Ática, 2012.p.323. A ilustração de Millôr Fernandes é uma crítica à ordem global atual. Além disso, ela faz referência: (A) à visão eurocêntrica das projeções cartográficas (B) à visão conceitual da Globalização realizada no processo de ensino-aprendizagem (C) à forma com que o Planalto Central opera o processo de inserção da Globalização no Brasil (D) à Divisão Internacional do Trabalho, em que os países do Sul subdesenvolvido são dependentes do Norte desenvolvido. (E) à influência da Globalização sobre o processo de transformação da educação brasileira. 2. “A globalização constitui o estágio máximo da internacionalização, a amplificação em sistema- mundo de todos os lugares e de todos os indivíduos, logicamente em graus diferentes”. (Disponível em: Mundo educação/ Globalização) Os “graus diferentes” citados no texto referem-se: (A) às diferenças entre os níveis de ajustamento da política internacional a uma ordem de homogeneização cultural; (B) à resistência dos movimentos antiglobalização frente aos avanços do sistema capitalista em escala mundial. (C) à forma desigual de difusão e alcance do processo de mundialização econômica e política. (D) à impossibilidade da globalização atingir todo o planeta (E) à incerteza de alguns países em adotar a globalização como forma de desenvolvimento. 3. (UNIOESTE) “A globalização é, de certa forma, o ápice do processo de internacionalização do mundo capitalista. [...] No fim do século XX e graças aos avanços da ciência, produziu-se um sistema de técnicas presidido pelas técnicas da informação, que passaram a exercer um papel de elo entre as demais, unindo-as e assegurando ao novo sistema técnico uma presença planetária. Só que a globalização não é apenas a existência desse novo sistema de técnicas. Ela é também o resultado das ações que asseguram a emergência de um mercado dito global, responsável pelo essencial dos processos políticos atualmente eficazes.” SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. Rio de Janeiro: Record, 2000, p. 23-24. Considerando o enunciado anterior, sobre o processo de globalização na sociedade contemporânea, assinale a alternativa correta. (A) A globalização é um processo exclusivamente baseado no desenvolvimento das novas técnicas de informação e sua origem está diretamente relacionada com a difusão e universalização do uso da internet, que se deu a partir do final da década de 1990. (B) Entre as características próprias da globalização temos a alteração profunda na divisão internacional do trabalho, em que a distribuição das funções produtivas tende a se concentrar cada vez mais em poucos países, como é o caso dos Estados Unidos e do Japão. (C) Sobre as ações que asseguram a emergência do mercado global, o autor está se referindo à doutrina econômica neoliberal que, entre outros princípios, defende o fortalecimento do Estado e a intervenção estatal como reguladora direta dos mercados – industrial, comercial e financeiro. (D) Atualmente, as relações econômicas mundiais, compreendendo a dinâmica dos 5 meios de produção, das forças produtivas, da tecnologia, da divisão internacional do trabalho e do mercado mundial, são amplamente influenciadas pelas exigências das empresas, corporações ou conglomerados multinacionais. (E) As estratégias protecionistas tomadas pelos governos em todo o mundo, dificultando a entrada de produtos estrangeiros em seus mercados nacionais, são consideradas como características marcantes do processo de globalização. 4. (IFBA) “Embora tenha suas origens mais imediatas na expansão econômica ocorrida após a segunda guerra e na revolução técnico-cientifica ou informacional, a globalização é a continuidade do longo processo histórico de mundialização capitalista.” (MOREIRA, João Carlos e SENE, Eustáquio de. Geografia para o ensino médio: Geografia Geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, 2002.p. 03) Com relação ao desenvolvimento do capitalismo, sua mundialização e globalização, é possível afirmar que: (A) Os Tigres Asiáticos começaram a se constituir como potências econômicas a partir da aplicação da política de bem-estar social e do taylorismo/fordismo como elementos dinamizadores de suas economias. (B) A constituição do MERCOSUL foi uma resposta político-econômica dos países da América Latina à perspectiva de constituição doNAFTA, uma vez que suas economias apresentam elevado grau de complementaridade e integração entre os setores primário, secundário e terciário. (C) A chamada terceira revolução cientifica e tecnológica vem contribuindo intensamente com a integração entre os mercados, uma vez que possibilita maior grau de flexibilidade aos capitais internacionais, inclusive na perspectiva de substituição do dinheiro de papel pelo dinheiro de plástico e virtual em tempo real. (D) Com a crise da economia americana, o valor das commodities agrícolas tem baixado seguidamente, contribuindo para atenuar a fome no Chifre da África. (E) A crise que assola a economia-mundo tem contribuído para alterar e inverter as relações entre os países na divisão internacional do trabalho, pois até a China passou a ser credora dos EUA. 5. Assinale um dos eventos abaixo enumerados que não possui relação direta com o processo de globalização: (A) A difusão dos comércios localizados em oposição às corporações internacionais. (B) A formação de blocos econômicos regionais. (C) A propagação do inglês como idioma universal. (D) O “encolhimento” do mundo graças à redução das dificuldades de comunicação e transporte entre as diferentes regiões do planeta. (E) A criação de um sistema de integração dos rios mundiais. III. FAKE NEWS Esse é um dos temas mais procurados e de maior importância para a vida das democracias no mundo. Fake News é o termo em inglês que significa “notícias falsas”. Tanto as eleições que ocorreram em 2016 nos Estados Unidos, elegendo Donald Trump, quanto as eleições presidenciais brasileiras, em 2018, tiveram massivo uso de Fake News, muitas vezes criadas pelos próprios candidatos. Independentemente da linha ideológica se identifique, é importantíssimo entender como as Fake News acontecem, e os mecanismos que são utilizados para que elas sejam espalhadas. Por que o Brasil se transformou em terreno fértil para a difusão de notícias falsas durante as eleições? Com notícias falsas presentes nas eleições americanas em 2016 e relatos de que outros pleitos brasileiros já tinham se valido do método em campanhas - antes conhecido apenas como "boatos" -, era de se esperar que o fenômeno também afetaria as eleições 6 de 2018 no Brasil. Mas não da maneira amplificada como ocorreu. O pleito de 2018, vencido por Jair Bolsonaro (PSL), teve uma campanha inundada de desinformação, uma plataforma digital no centro de tudo, o WhatsApp, sob fortes questionamentos, e o principal tribunal que fiscaliza as eleições sendo acusado de não ter dimensionado corretamente o problema. "A gente vai precisar de muita DR (discussão de relação) depois da eleição", diz Francisco Brito Cruz, diretor do InternetLab, centro de pesquisas sobre direito e tecnologia no campo da internet. Para ele, fatores econômicos e políticos no Brasil contribuíram para o fenômeno - e a tecnologia foi apenas o cenário onde isso tudo aconteceu. Outros pesquisadores veem um papel mais importante do WhatsApp na dinâmica observada durante a campanha. Nas palavras do procurador regional eleitoral de São Paulo, Luiz Carlos dos Santos Gonçalves, "cada eleição traz uma surpresa, essa trouxe muitas". "Não é que o sistema de Justiça tenha sido pego de calça curta. Acho que foi, mas não foi sozinho. Todo mundo foi pego de surpresa", afirma, citando o espaço inesperado que as redes ocuparam durante a campanha, na sua opinião. Afinal, o Brasil tinha as condições ideais para a propagação de notícias falsas durante as eleições? E como solucionar esses problemas, pensando no futuro? 3.1 Sociedade, política e acesso à internet Na visão de pesquisadores, a difusão de notícias falsas no Brasil é causada por fatores sociais e políticos, antes que tecnológicos. "No mundo todo, passamos por um processo no qual as instituições que fazem a mediação da relação das pessoas com a busca da verdade, como a ciência e o jornalismo, estão numa crise", observa Cruz, do InternetLab. "As novas tecnologias têm um papel de diversificar as fontes de informação das pessoas, que procuram outros tipos de produtores de informação - não só jornalística." Muitos acabam caindo, diz ele, em fontes de informação que produzem, na realidade, propaganda política - e acreditam nela e propagam o conteúdo por causa de sua posição dentro de uma sociedade extremamente polarizada. Na sua visão, então, a crise das instituições de mediação se soma a uma divisão política muito agravada no Brasil desde 2013, ano das grandes manifestações no país, e em especial em 2014, quando novos atores surgiram: "uma nova safra de militantes de direita, mais massificados e organizados em rede". E os novos atores, com quem a mídia tem dificuldade de competir "porque um veículo de propaganda faz dez manchetes em uma hora" enquanto a imprensa profissional mobiliza mais recursos para produzir reportagens de verdade, produzem só para um lado do espectro político e se projetam. Pablo Ortellado, pesquisador do Monitor do Debate Político no Meio Digital, da USP concorda. Para ele, o problema não é tecnológico e tampouco tem a ver especialmente com a educação. É social e político, ligado diretamente a uma sociedade polarizada como o Brasil está agora. O segundo turno, por exemplo, foi uma "disputa de rejeição". De acordo com pesquisa Datafolha de 25 de outubro, poucos dias antes da votação, 44% dos eleitores disseram que não votariam de jeito algum em Bolsonaro, enquanto 52% rejeitavam o rival Fernando Haddad (PT). Bolsonaro cresceu com o sentimento de antipetismo. "A polarização é uma organização do debate político em dois polos, na qual um considera o outro polo ilegítimo, gerando tomadas de posição automaticamente contrárias ao outro", afirma Ortellado. "Isso torna as pessoas muito apaixonadas, e a capacidade de reflexão crítica cai. É por isso que as pessoas não conseguem reconhecer que estão recebendo notícias falsas." Campanhas e redes só se aproveitam da polarização, diz ele, e a desinformação se propaga independentemente da rede social usada. E há, sabemos, produção profissional de notícias falsas: empresas que vendem perfis falsos - mantidos por pessoas reais - para campanhas, produção de boatos (em 2010, em blogs; atualmente, no Facebook, WhatsApp etc) e páginas profissionais de notícias falsas no Facebook, entre outros. Então, "se existe terreno fértil - e no Brasil a polarização política e ascensão da militância mais conservadora explicam isso - o receptor de notícias falsas está mais propenso a não só recebê-las, como repassá-las", avalia Cruz. 3.2 “Acesso limitado à internet' Yasodora Córdova, pesquisadora da Digital Kennedy School e do First Draft News, de Harvard, elenca outros fatores sociais para a difusão de desinformação no Brasil: a falta de veículos de imprensa locais, a falta de bibliotecas e o acesso limitado à internet no Brasil. 7 Para ela, o combate à proliferação de notícias falsas deve apoiar-se nos pilares da educação, de bibliotecas e de "instituições que se comunicam online com frequência, de modo que pudéssemos confiar nas informações". Ela explica: ministérios, prefeituras, órgãos de governo não têm estrutura para fazer comunicação online e não têm páginas informativas. "Não temos um mínimo de estrutura informacional online", afirma. Além disso, "não temos veículos locais, mas temos uma tradição de fazer fofoca". "A notícia sempre se espalhou no boca a boca. Ambiente perfeito pra migrar para o WhatsApp - que permite até áudio." 3.3 Papel do WhatsApp Com 120 milhões de usuários no país, o WhatsApp virou um importante campo de batalha durante a campanha, embora seu real impacto seja difícil de medir. Por ser uma rede gratuita e oferecida amplamente no Brasil por operadoras que não descontam o uso da internet no WhatsApp do pacote de dados - ou seja, na prática, oferecendoacesso à internet só pela rede - ela adquiriu usos diferentes no país. Não é só apenas um aplicativo de mensagens instantâneas, é também uma espécie de rede social, com pessoas participando de grupos para papear com quem não conhecem, além de se informarem por meio do WhatsApp. Tudo isso em uma rede criptografada - o que significa que o aplicativo não tem acesso ao conteúdo compartilhado entre as pessoas. Segundo o WhatsApp, mais de 90% das mensagens enviadas na plataforma no Brasil são entre duas pessoas, e a maioria dos grupos tem cerca de seis pessoas. Conforme definiu o jornal Washington Post em editorial no dia 25/10, o aplicativo não é só um de mensagens privadas, é, assim como o Facebook, um publicador também e, por isso, deve ter responsabilidades iguais às da rede social. Na visão de Ortellado, o WhatsApp nasceu como ferramenta de comunicação interpessoal, mas aos poucos somou funcionalidades de comunicação de massa, com grupos grandes e transmissão de mensagens e reencaminhamentos. "A comunicação de massa sigilosa é um problema porque é uma comunicação com o público fora da esfera pública. Você não sabe o que está sendo feito, não consegue fazer contraponto e não consegue identificar os autores da comunicação." Para alguns pesquisadores, essas características de comunicação de massa e quase de rede social criaram o ambiente ideal para a proliferação de notícias falsas. Além disso, o fato de que muitas pessoas só têm acesso à internet por ali - sem poder checar outras fontes de informação - também pode contribuir para o fenômeno. E, sendo gigante no Brasil, o WhatsApp acabou servindo não só como meio, mas como catalisador do problema. Antes de a campanha começar, políticos participaram de seus tradicionais encontros para traçar alianças e conseguir mais tempo de TV. O ganhador do pleito, Jair Bolsonaro (PSL), começou com 8 segundos em cada bloco no horário eleitoral da TV, o que levou a análises apontando que ele poderia ter dificuldades no pleito. Mas Bolsonaro terminou o primeiro turno com 46% dos votos. Diferença enorme de Geraldo Alckmin (PSDB), que começou as eleições com quase metade do total de tempo de TV reservado a todos os candidatos e uma votação de 4,76% no primeiro turno. 3.4 O que explica esse fenômeno? Não significa, diz Cruz, da InternetLab, que o WhatsApp tenha substituído sozinho a TV. "A TV deixou de ter um papel preponderante, mas foi substituída por vários coadjuvantes." Para ele, é preciso levar em consideração o "intricado hábito de consumo de informação no Brasil", onde nenhuma rede é unanimidade. Ele observa que os debates de TV e entrevistas no Jornal Nacional, da Globo, por exemplo, tiveram picos enormes de engajamento nas redes sociais e "repercutiram de forma dilatada no tempo porque os vídeos de candidatos foram repercutidos no Facebook, no YouTube e no WhatsApp". De qualquer forma, segundo pesquisa Datafolha, o WhatsApp era a rede mais utilizada pelos eleitores - 65% declararam ter conta. E quase metade diz acreditar nas informações compartilhadas pelo aplicativo. O levantamento foi feito nos dias 24 e 25 de outubro de 2018, com 9.173 entrevistas presenciais em 341 municípios. 3.5 Como a Justiça enfrentou a difusão de notícias falsas? A suposta omissão ou demora do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para lidar com o problema da proliferação de notícias falsas no Brasil foi alvo de críticas durante a campanha, e é o terceiro fator para a composição de um "ambiente fértil" para o fenômeno no Brasil. 8 Embora especialistas sejam categóricos em dizer que a regulação de plataformas e legislação específica sobre notícias falsas possam incorrer em censura, os entrevistados pela BBC News Brasil concordam que os esforços do TSE deixaram a desejar. Para investigar casos específicos, os TREs têm que ser provocados pelos Ministérios Públicos ou partidos políticos. Em 28/10, a ministra Rosa Weber, presidente do TSE, disse que o tribunal saiu como vencedor, e não derrotado, no combate às notícias falsas. No primeiro turno, quando boatos sobre fraudes nas urnas tomaram o pleito, ela havia dito que o TSE ainda estava "entendendo o fenômeno" das notícias falsas, que não seriam "de fácil compreensão, de fácil prevenção". Para combater o problema, o TSE promoveu um seminário internacional sobre o tema, criou acordos com partidos e especialistas em marketing político e criou um conselho consultivo no ano passado para discutir o fenômeno (que se reuniu poucas vezes desde sua criação). Mas não foi o suficiente. No dia do primeiro turno, apenas um TRE, o TRE-MG, conseguiu desmentir uma notícia falsa relacionada a uma urna. E então, só depois do dia do primeiro turno, o TSE chamou reuniões com pesquisadores e fez reuniões e exigências ao WhatsApp. Daqui para frente, na opinião da advogada Gabriela Rollemberg, a Justiça terá que abrir "canal de diálogo mais amplo com WhatsApp para criar algum tipo de ferramenta de controle, mas sem censura". O diálogo e o trabalho em conjunto também deverão ser tocados com agências de checagem de notícias. "Não é um desafio que a Justiça Eleitoral vai resolver sozinha. É um trabalho coletivo e a sociedade civil tem papel importante, com a colaboração não só das empresas de tecnologia, mas também dos estudiosos da matéria e da própria imprensa." A BBC News Brasil pediu uma entrevista com um representante do TSE para falar do tema, mas não obteve resposta. Para Gresta, do TRE-MG, a atuação do tribunal mineiro na resposta imediata à acusação de fraude "é exemplar e devemos nos pautar por isso para enfrentar o problema". "Mas um tribunal não pode se precipitar se não conseguir obter um esclarecimento necessário." De qualquer forma, diz ela, "se a gente não contar com a capacidade crítica das pessoas, vai ser um eterno enxugar gelo". EXERCÍCIOS 1. As fake news nas eleições “O fenômeno não é novo. Muito menos exclusivo do Brasil. Ao contrário. As chamadas fake news, ou notícias falsas, que inundaram as mídias digitais já polarizaram as eleições tanto aqui como nos EUA, onde Donald Trump surfou a onda e saiu vencedor movido a uma bateria de desinformações que favoreceram a sua candidatura. Considerando o fragmento do artigo de Carlos José Marques, avalie estas informações. I. A história da imprensa aponta que jornais sensacionalistas, por vezes, disseminaram notícias falsas ao longo do tempo, como o emblemático caso do bebê-diabo, veiculado pelo jornal Notícias Populares. II. Além do volume de informações, nas redes sociais, os layouts dissimulados contribuem para o rápido compartilhamento de notícias falsas. III. As fake news podem ser pensadas no contexto da pós-verdade, eleita a palavra do ano pelo dicionário Oxford em 2016. IV. As redes sociais têm pouca relevância na circulação das fake news no cenário político, visto que o meio impresso é o principal responsável pela disseminação desse tipo de notícia. Logo, é plenamente CORRETA a sequência apresentada na seguinte alternativa: (A) F V F V. (B) V V V F. (C) F F V V. (D) V V V V. (E) FFFF 2. Fake news é um tema que tem sido cada vez mais debatido, especialmente no mundo do jornalismo. De acordo com o jornal britânico The Telegraph, fake news são notícias falsas que podem existir por cinco motivos: com o intuito de enganar o leitor; como uma tomada acidental de partido que leva a uma mentira; com algum objetivo escondido do público, motivado por interesses; com a propagação acidental de fatos enganosos; ou com a intenção de fazer piada e gerar humor. [...] Fábio Zanini, editor da seção “Poder” da Folha de S.Paulo comenta o porquê das fake news terem ganhado importância nos 9 últimos tempos. “Isso foi exacerbado, na minha avaliação, por dois motivos que, na verdade, caminham juntos: primeiro, as redes sociais, que democratizaram muito a geração deinformação, o que é uma coisa positiva até certo ponto; e o segundo motivo é uma crescente polarização política em todo o mundo”, disse. Com isso, o jornalista expressou sua opinião de que as notícias falsas são mais facilmente espalhadas através do Facebook e Twitter, por exemplo, e de que os interesses motivados por posições políticas podem intensificar a criação de fake news, com o objetivo de divulgar informações incorretas para convencer mais pessoas a adotarem um determinado ponto de vista. [...] Fonte: http://observatoriodaimprensa.com.br/ Acesso 13 de fev 2018 (fragmentado) As chamadas “Fake News” são um fenômeno que vem ganhando cada vez mais espaço. Segundo o texto, essas notícias falsas (A) Ajudam no jornalismo do dia a dia, pois chamam a atenção para as notícias verdadeiras também. (B) são criadas apenas por diversão, sem nenhum intuito, além de fazer rir quem lê as falsas matérias. (C) espalham facilmente notícias não reais, mas não causam impacto direto na vida em sociedade. (D) utilizam da democratização das redes sociais, assim, propagando informações erradas sobre muitos assuntos. (E) servem apenas como manobras políticas, pois a sociedade está muito polarizada atualmente. 3. O hoax, como é chamado qualquer boato ou farsa na internet, pode espalhar vírus entre os seus contatos. Falsos sorteios de celulares ou frases que Clarice Lispector nunca disse são exemplos de hoax. Trata-se de boatos recebidos por e-mail ou compartilhados em redes sociais. Em geral, são mensagens dramáticas ou alarmantes que acompanham imagens chocantes, falam de crianças doentes ou avisam sobre falsos vírus. O objetivo de quem cria esse tipo de mensagem pode ser apenas se divertir com a brincadeira (de mau gosto), prejudicar a imagem de uma empresa ou espalhar uma ideologia política. Se o hoax for do tipo phishing (derivado de fishing, pescaria, em inglês) o problema pode ser mais grave: o usuário que clicar pode ter seus dados pessoais ou bancários roubados por golpistas. Por isso é tão importante ficar atento. VIMERCATE, N. Disponível em: www.techtudo.com.br. Acesso em: 1 maio 2013 (adaptado). Ao discorrer sobre os hoaxes, o texto sugere ao leitor, como estratégia para evitar essa ameaça, (A) recusar convites de jogos e brincadeiras feitos pela internet. (B) analisar a linguagem utilizada nas mensagens recebidas. (C) classificar os contatos presentes em suas redes sociais. (D) utilizar programas que identifiquem falsos vírus. (E) desprezar mensagens que causem comoção. 4. O termo fake news não é um fenômeno novo, mas foi revigorado a partir do (da) (A) aumento do custo na produção e disseminação de conteúdos em mídias digitais. (B) criação de algoritmos que enfraquecem as bolhas de compartilhamento de opiniões iguais nas redes digitais. (C) restrição imposta aos jornalistas como única fonte para divulgação de informações confiáveis. (D) surgimento de agências de checagem baseadas unicamente na análise dos algoritmos. E) explosão da quantidade de informações geradas ou compartilhadas nas redes sociais digitais. 10 IV. VIOLÊNCIA URBANA NO BRASIL: TEMAS E PROBLEMAS TEXTO I A violência urbana é caracterizada pela desobediência à lei, desrespeito aos bens públicos e atentado à vida no âmbito das cidades. Esse tipo de violência resulta de um cenário constituído pela densidade demográfica, desemprego ou oferta de emprego de baixa qualidade, a segregação, ausência de políticas para oferta definitiva de bens e serviços, infraestrutura precária e exclusão socioeconômica. Embora pareça maior nos dias de hoje, a violência urbana não é um fenômeno novo e sempre esteve ligada à oferta insuficiente da garantia de direitos e cumprimento de deveres de maneira igualitária. CAUSAS Há uma confusão ideológica que destaca a pobreza como a causa principal da violência urbana. Se isso fosse correto, os grandes centros do País, como o Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Brasília, teriam índices menores de violência na comparação como os estados mais pobres do Nordeste. Combinados com a infraestrutura deficitária do equipamento público, os elevados índices de violência refletem o descumprimento da garantia de direitos. Outro fato que contribui para os altos índices de violência está na impessoalidade dos moradores da cidade, na comparação com os habitantes das áreas rurais, fazendo com que a violência tenha impactos sobre indivíduos, famílias, comunidades inteiras e a sociedade. VIOLÊNCIA URBANA NO BRASIL No Brasil, as sucessivas crises econômicas, as acentuadas diferenças de classe e a falta de investimento em mobilidade adequada, empregos de qualidade, saúde, educação e previdência estão entre os fatores que resultam nos elevados índices de violência nas cidades. Herdeira de um modelo autoritário e colonialista, a sociedade brasileira assistiu a muitos fracassos governamentais que resultaram na pressão sobre as áreas urbanas. A ausência de políticas habitacionais e econômicas a permitir melhores condições de acesso a bens públicos impulsiona o problema. Após os anos 2000, as instituições que atuam com o acompanhamento da violência urbana observaram o crescimento da delinquência - principalmente com crimes contra o patrimônio - roubos, extorsão mediante sequestro, homicídios dolosos (quando o causador tinha a intenção de matar), tráfico de drogas e aperfeiçoamento do crime organizado. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/violencia-urbana/ Acessado em 21 de Março de 2018 TEXTO II Disponível em: https://sociologialegal.files.wordpress.com/2012/05/82.jpg Acessado em 16 de Março de 2018 TEXTO III ÍNDICES DE VIOLÊNCIA NO BRASIL 11 A violência no Brasil é um fenômeno comportamental de agressividade complexo que envolve as bases históricas do País e que atinge todas as camadas da sociedade. O Brasil ocupa a 10ª posição no ranking dos cem países que mais matam por armas de fogo, conforme dados da OMS (Organização Mundial de Saúde) divulgados em 2014. A posse de armas de fogo é fator determinante para a ocorrência da maior parte da violência registrada no País. De acordo com a OMS, 123 pessoas morrem vítimas de homicídios por armas de fogo todos os dias no Brasil. São cinco mortes por hora e, somente em 2014, foram registradas 44.861 vítimas. Os dados foram divulgados e discutidos no primeiro semestre de 2016 pela FLACSO (Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais), que elabora o estudo denominado Mapa da Violência. O estudo específico sobre as mortes violentas causadas pelo uso de arma de fogo apontou que o Brasil mata 207 vezes mais que Alemanha, Áustria, Dinamarca e Polônia. Para a OMS, o Brasil vive uma epidemia de violência, que tal como um problema de saúde pública, é um obstáculo para o crescimento econômico. A OMS passou a caracterizar esse tipo de violência como uma patologia específica que consta no CID (Código Internacional de Doenças) por conta da quantidade de vítimas. No Mapa da Violência de 2016, a FLACSO apontou que a quantidade de vítimas por arma de fogo cresceu 592,8% entre 1980 e 2014. Em 1980 foram registradas 8.710 mortes e, dessas, 6.104 foram homicídios. As demais foram registradas como suicídios ou acidentes. Já em 2014, houve 967.851 mortes por armas de fogo. Do montante, 830.420 foram homicídios. DADOS SOBRE A VIOLÊNCIA O Mapa da Violência no Brasil divulgado em 2016 aponta que: Alagoas é o estado mais violento, com 56,1 assassinatos por grupo de cem mil habitantes. Fortaleza é a capital mais violenta, registrando 81,5 mortes por grupo de cem mil habitantes. 94,4% das vítimas são do sexo masculino. 51,6% das vítimas têm entre 20 e 29 anos Os negros são a maioria das vítimas. Há 27,4 mortes para cada grupo de cem mil habitantes. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/violencia-no-brasil/Acessado em 21 de Março de 2018. EXERCÍCIOS: REFLEXÃO E TEXTO É inegável que vivemos dias difíceis, a violência em toda sua plenitude tem envolvido grande parte da sociedade mundial. No Brasil, a violência tem feito milhares de vítimas, em alguns casos esse ato é praticado pela própria família, além de inúmeros outros ocorridos nas ruas. Ao observarmos o quadro atual da violência urbana, muitas vezes não nos atentamos para os fatores que conduziram à tal situação, no entanto podemos exemplificar o crescimento urbano desordenado. Em razão do acelerado processo de êxodo rural, as grandes cidades brasileiras absorveram um número de pessoas elevado, que não foi acompanhado pela infraestrutura urbana (emprego, moradia, saúde, educação, qualificação, entre outros); fato que desencadeou uma série de problemas sociais graves. A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija uma CARTA ABERTA, sobre o atual cenário brasileiro com relação à violência urbana, pensando como um cidadão que vê o caos do país. Seu texto é destinado ao poder público federal e deve relatar, sobretudo, sua posição quanto às medidas tomadas para sanar o problema da violência urbana. Ao final, você deverá apresentar uma proposta de intervenção para o problema em questão. Sua redação deve apresentar no mínimo 20 linhas de CORPO DE TEXTO. Dica: Como fazer uma CARTA ABERTA? A Carta aberta é um modelo de carta que tem como principal característica informar, instruir, alertar, protestar, reivindicar ou argumentar sobre determinado assunto. Portanto, devemos estar atentos a seguinte estrutura: 12 TÍTULO: geralmente é acrescentado um título que indica a quem será destinada a carta: comunidade, associação, instituição, organização, entidade, autoridade municipais, estaduais e nacionais etc. INTRODUÇÃO: tal qual um texto dissertativo, ela apresenta introdução, desenvolvimento e conclusão. Na introdução, as principais ideias são abordadas pelos destinatários. DESENVOLVIMENTO: segundo a proposta da carta, nesse momento serão apontados os principais argumentos e pontos de vista referentes ao assunto abordado. CONCLUSÃO: momento de arrematar a ideia e sugerir alguma ação dos interlocutores, ou possível resolução do problema posto em causa. Na conclusão, ocorre o fechamento da ideia e busca de soluções. DESPEDIDA: com despedida cordial e assinatura do(s) remetente(s), a carta aberta é finalizada. 13 NOME:___________________________________________________________________ 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 14 V. O AQUECIMENTO GLOBAL E AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS Nos dias atuais, cada vez mais ouvimos pessoas falando sobre as mudanças climáticas. Não temos mais estações do ano demarcadas pelas suas características, faz frio no verão, calor no inverno, de manhã é frio e à tarde esquenta, ou vice-versa. Fora estes desequilíbrios climáticos há ainda outros eventos naturais que causam consequências drásticas, como furacões, maremotos, terremotos, tsunamis, entre outros, que têm acontecido em locais onde não é de costume haver fenômenos deste tipo. De fato, a Terra está passando por uma enorme variação climática e cada vez mais se torna evidente que estas variações são causadas pelo processo de aumento da temperatura média dos oceanos e do ar próximo à superfície. Este processo é conhecido por Aquecimento Global, que ocorre desde meados do século XIX e continua acontecendo até hoje. Causas e consequências Suas principais causas são as crescentes concentrações de gases do efeito estufa, que acontece em consequência do consumo de combustíveis fósseis como o carvão mineral, petróleo e gás natural, e também dos desmatamentos e queimadas. O Efeito Estufa ocorre com o aumento da concentração de alguns gases na atmosfera, entre eles pode-se destacar o gás carbônico (também chamado dióxido de carbono – CO2), o ozônio (O3), o metano (CH4) e o óxido nitroso (N2O), assim como o vapor d’água. Esses compostos permitem a passagem da luz solar e retêm o calor na atmosfera. Dentre as consequências do aquecimento global é possível incluir a elevação do nível do mar e mudanças nos padrões de precipitação de chuvas, resultando em enchentes e secas. Prevê-se que o aquecimento será mais intenso no Ártico, causando o recuo das geleiras de montanha, do permafrost (solo congelado) e do gelo marinho. Outras consequências prováveis são as alterações na frequência e na intensidade de fenômenos naturais extremos, além da extinção de grande número de espécies e alterações na produção de alimentos. Outra ocorrência global que já acontece e que se prevê continuar no futuro é a acidificação oceânica, que é resultado do aumento da concentração de dióxido de carbono atmosférico. Ao mesmo tempo, as concentrações de oxigênio estão diminuindo nos oceanos o que poderá causar alterações em todos os ecossistemas marítimos, impactando bastante na sociedade humana. Porém todas estas consequências serão diferentes de região para região do nosso planeta. Como combater ou prevenir 15 Em busca de alternativas que minimizem o aquecimento global, em 1997, 162 países assinaram um acordo chamado Protocolo de Kyoto. Neste acordo as nações desenvolvidas comprometem-se a reduzir sua emissão de gases que provocam o efeito de estufa até 2012 em pelo menos 5% em relação aos níveis de 1990. Porém, vários países não fizeram nenhum esforço para que esta meta fosse atingida. Há muitas maneiras de diminuir os efeitos do aquecimento global. Todos podem fazer a sua parte: • Gaste menos energia; • Verifique se seu carro está com o motor regulado, assim ele funcionará com maior eficiência e diminuirá a emissão de gases nocivos; • Caminhe ou ande de bicicleta quando for possível; • Recicle – o lixo que não é reciclado é levado para um aterro e lá gera gases como o metano. Além disso, produtos reciclados necessitam de menos energia para serem produzidos do que produtos novos; • Plante árvores e outras plantas, pois elas consomem o CO2 do ar e liberam oxigênio; • Não queime o lixo – esta prática libera CO2 e hidrocarbonetos para a atmosfera. EXERCÍCIOS Os exercícios sobre Aquecimento Global envolvem a compreensão dos debates referentes às mudanças climáticas do planeta. 1. O aquecimento global já começou? Sim, pois já se observa o aumento de temperatura do planeta. Os anos de 1995 a 2006 ficaram entre os 12 anos mais quentes já registrados desde 1850. No século XXI (2001-2005), a temperatura aumentou em média 0.7ºC em relação a 1850-1899. Este aumento de 0.7 graus centígrados que já ocorreu pode parecer pouco, mas estão sendo observados efeitos importantes causados por ele, tais como derretimento de geleiras, aumento no nível do mar, alterações em alguns ciclos de plantas e animais, entre muitos outros. Não só houve o aumento da temperatura média global do ar, como também dos oceanos – o que tem nos últimos anos contribuído para a elevação do nível do mar. (IPAM, Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia. Disponível em: IPAM.org). Entre os elementos que possivelmente estão relacionados com o aquecimento global, podemos EXCETUAR: (A) Emissão de gases poluentes na atmosfera (B) Efeito Estufa (C) Diminuição das coberturas vegetais (D) Inversão térmica 2. Uma das medidas internacionais de combate ao aquecimento global mais divulgadas pela imprensa em todo o mundo foi oProtocolo de Kyoto, que teve como objetivo principal: (A) Proliferar ações de aumento da vegetação existente no planeta (B) Diminuir as emissões de gases poluentes na atmosfera. (C) Pressionar os países desenvolvidos a contribuir menos com a elevação das temperaturas. (D) Conservar as algas marinhas, responsáveis pela disponibilidade do oxigênio na atmosfera. 3. Ventos alísios frearam aquecimento global, apontam cientistas O forte aumento dos ventos alísios das Américas em direção ao oeste do Pacífico, na região do Equador, fortaleceu o movimento das águas oceânicas, de acordo com pesquisa feita por cientistas australianos. “Se os ventos sopram com vigor particular, a água quente que se acumula começa a convergir para o interior do mar”, explica Matthew England. 16 “De certa maneira, isto contém na superfície do oceano a energia que desprende o gás de efeito estufa e o que provocou o hiato (no processo de aquecimento climático)”, completou. “Esta pausa no aquecimento da temperatura na superfície não significa que o aquecimento global parou”, destacou o cientista. (G1 Natureza, 10/02/2014. Disponível em: G1.globo) Com base nas informações acima apresentadas, podemos concluir que o Aquecimento Global: (A) Está relacionado com o aquecimento atmosférico. (B) Ocorre pela ausência dos ventos alísios. (C) Integra fenômenos atmosféricos e hidrosféricos. (D) Não é causado pelo ser humano, apenas pela natureza. 4. (UNIOESTE – com adaptações) Nos últimos anos, um dos temas ambientais de maior destaque está no debate sobre o aquecimento do planeta Terra e nas mudanças climáticas globais. Analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa INCORRETA. (A) Além dos fatores internos ao planeta, com destaque para as consequências das ações humanas, fatores externos, como as explosões solares, influenciam no aumento da temperatura da Terra. (B) Existem pesquisadores que discordam da teoria de que estamos vivendo uma mudança climática em virtude da ação antrópica, pois consideram que houve outros períodos de aquecimento e de resfriamento do planeta antes da existência do homem e de sua interferência na Terra. (C) Além das florestas, os oceanos são fundamentais na regulação do clima no planeta, pois as plantas aquáticas são responsáveis pela absorção de CO2 da atmosfera. No entanto, a degradação ambiental de origem antrópica nos oceanos vem sendo intensa, reduzindo a vida marinha. (D) Os relatórios do IPCC, composto por um grupo de pesquisadores que vem analisando o impacto das ações antrópicas sobre o clima, constituem-se na principal fonte de informações sobre o aquecimento global. O IPCC trabalha com projeções de cenários futuros e tais projeções vêm sendo consideradas exatas e acertadas por toda a comunidade científica. 5. (PUC-PR) Segundo o cientista da NASA James Hansen, a temperatura da Terra alcançou, nos últimos 30 anos, uma rápida ascensão de cerca de 0,2 graus Celsius, fenômeno este que jamais havia ocorrido dede que acabou a era glacial, há 12 mil anos. Tal aquecimento se explica, conforme o cientista, pelo aumento de emissão de gases estufa. São consequências do fenômeno de aquecimento global: I - Devastação das florestas e savanas. II - Redução do volume das geleiras alpinas e das calotas glaciais. III - Maior possibilidade de formações de tempestades e ciclones, tanto no Atlântico Norte como no Atlântico Sul. IV - Redução da acidez das chuvas. V - Transgressão marinha sobre parte das faixas costeiras. VI - Rebaixamento do nível dos oceanos e consequente expansão das áreas litorâneas. VII - Aumento do risco de degradação dos ecossistemas coralíneos. A resposta que apresenta apenas as consequências do fenômeno é: (A) II, III, V e VII, apenas. (B) I, II, III, IV, VI e VII. (C) I, III, IV, e VI, apenas. (D) II, IV, VI e VII, apenas. (E) II, III e VI, apenas. 17 VI. CONSUMO ENERGÉTICO E PRODUÇÃO DE COMBUSTÍVEIS ALTERNATIVOS. O petróleo deve continuar sendo a maior fonte de energia do planeta durante décadas porque alimenta principalmente os setores de química e transportes, em forte crescimento, e para os quais os substitutos existentes ainda são raros e caros. A demanda de petróleo deve aumentar 37% até 2030, segundo a Agência Internacional de Energia (AIE). Mas, desde os choques do petróleo dos anos 70, a produção de eletricidade e energia industrial desviou-se quase totalmente do petróleo, em detrimento do nuclear, do carvão, do gás natural e das energias renováveis. Portanto, os transportes, a indústria química e, em menor medida, a calefação são os principais responsáveis pelo aumento do consumo de petróleo. "Setores em que a substituição não é fácil", comentou Lawrence Eagles, analista da AIE. Com relação ao aquecedor (calefação), o gás natural é um possível substituto, já o carvão, uma alternativa menos viável. A demanda de gás deve, portanto, aumentar bastante: a AIE prevê um aumento de 2,1% por ano até 2030 contra apenas 1,3% para o petróleo. Mas o gás é mais difícil de transportar e estocar do que o petróleo, e impõe problemas de dependência energética, sobretudo com relação à Rússia, primeiro exportador mundial. No setor dos transportes, o petróleo é amplamente dominante, com uma parte do mercado de 94%, contra 1% para os biocombustíveis, e 5% para a eletricidade e o carvão. Ao mesmo tempo, a busca pelos biocombustíveis está caindo. Produtos à base de beterraba, oleaginosas, cereais ou açúcar, são muito caros e amplamente subvencionados. A eficácia ambiental destes combustíveis alternativos vem sendo cada vez mais contestada porque sua produção consome muita energia. Sem falar da disparada dos preços dos insumos agrícolas e dos alimentos que estas práticas vêm provocando há meses. Outra alternativa: as baterias a combustível, mas elas são também muito caras e demandam uma adaptação radical dos veículos. A longo prazo, o carro elétrico é uma opção, mas precisaria de um forte aumento da produção de eletricidade. "O petróleo não tem um verdadeiro concorrente no âmbito dos transportes, mas isso não quer dizer que não há alternativa: podemos pegar trem, ônibus e qualquer tipo de transporte coletivo. Podemos também viajar menos", comentou Leo Drollas, diretor adjunto do Centro de Estudos de Energia Global (CGES, Centre for Global Energy Studies). Na química, outro setor em forte expansão no mundo, também não existe muitos substitutos a médio prazo, reconheceu Daniel Marini, da União das indústrias químicas. Segundo ele, algumas alternativas (carvão, gás natural, química verde à base de matérias orgânicas) não são ainda bastante econômicas para viabilizar uma verdadeira substituição, mesmo se os países ricos em carbono como a China desenvolverem a carboquímica. No acordo de Grenelle sobre o meio ambiente, as indústrias químicas se comprometem a aumentar seus abastecimentos em matérias renováveis de 7% para 15% nos próximos dez anos: uma meta "ambiciosa demais" na visão de Drollas. 18 Você conhece os combustíveis alternativos? Não apenas por questões ambientais, mas por se tratarem de alternativas economicamente mais interessantes para o futuro do planeta, os veículos estão cada vez mais adaptados às novas fontes de energia. Os chamados combustíveis alternativos são usados na substituição dos combustíveis fósseis (carvão, petróleo propano e gás natural). Eles conseguem reduzir os impactos ambientais causados pelos efeitos das emissões de gases dos veículos convencionais na atmosfera. Conheça os principais combustíveis alternativos disponíveis: O Biodiesel é um combustível obtido a partir de óleos vegetais principalmente de girassol e de colza. É errado afirmar que ele é igual ao óleo vegetal, pois o Biodiesel é formado atravésda retirada da glicerina do óleo vegetal. Atualmente, no Brasil, embora seja difícil de encontrar, há biodiesel sendo vendido nos postos na forma de B2, 2% de biodiesel e 98% de Diesel. Qualquer veículo com motor Diesel pode usar o biodiesel. 19 A eletricidade e sua funcionalidade no motor elétrico foi o responsável por dar movimento aos primeiros automóveis do século XIX e será um dos principais responsáveis pelo deslocamento dos carros no futuro. A eletricidade não vingou no passado por causa das pesadas e pouco duráveis baterias. Hoje, elas são feitas de lithium-ion, carregam depressa, duram mais e não deixam os carros elétricos na mão. Os carros com motores híbridos combinam os combustíveis fósseis com um (ou com mais de um) propulsor elétrico. As duas fontes podem atuar simultaneamente ou a gasolina pode funcionar apenas como gerador de energia para as baterias. O Etanol é um combustível alternativo em grande expansão. Ele é um tipo de álcool feito a partir de plantas, no Brasil é produzido através da cana de açúcar. De acordo com a IEA (Agência Internacional de Energia), o uso do etanol produzido através da cana reduz em média 89% a emissão de gases responsáveis pelo efeito estufa. O Gás Natural é uma mistura de gases como o Metano – CH4 (83 a 99%). Ele é um combustível fóssil, porém é o menos poluente de todos. O gás natural possui vantagens económicas, ambientais, de segurança e de abundância de recursos. O conceito da energia solar para carros já provou que funciona. No ano passado, a Ford desenvolveu painéis solares instalados no teto do veículo, elas acumulam energia suficiente através de um concentrador que alimenta a bateria do veículo. A energia nuclear, se utilizada com segurança, poderá ser um ótimo combustível alternativo. O veículo raramente precisaria ser reabastecido, talvez uma vez a cada três ou cinco anos. Apesar disso, além das questões ambientes, há a preocupação com a segurança, uma vez que a energia nuclear também tem finalidades bélicas. O Hidrogênio é praticamente inesgotável. Ele pode ser usado de duas maneiras: em motores de combustão interna ou convertendo em célula de combustível, funcionando como uma espécie de bateria movida a hidrogênio. Apesar disso, ainda há dificuldades na utilização dos motores a hidrogênio em larga escala. Embora abundante, o hidrogênio é difícil de ser isolado e é um material perigoso de se manusear. Assim como o hidrogênio, o nitrogênio é um elemento quase inesgotável, mas ainda não existem postos de abastecimento suficientes para a popularização desse tipo de veículo. O motor dos carros movidos a nitrogênio é bem semelhante aos de ar comprimido. Nele, o nitrogénio é aquecido, e consequentemente expandido, ao chegar no motor. Além de não poluir, o ar sob pressão tem até o poder de purificar o meio ambiente. Os carros de ar comprimido já existentes não se movem apenas com o ar, eles possuem motores elétricos que comprimem esse ar. Por isso, eles também precisam ser carregados, assim como os veículos elétricos, mas a carga demora um tempo bem mais curto. A energia proveniente do café ficou conhecida no Brasil nos anos 40 durante a Segunda Guerra Mundial, quando houve a falta de gasolina. Conhecida como Gasogênio, o uso dos geradores de gás de síntese gera gases semelhantes ao hidrogênio. Além do café, 20 outros resíduos orgânicos também podem gerar energia capaz de movimentar veículos. Apesar de ainda não serem ainda tão populares e viáveis economicamente, a cada dia os combustíveis alternativos vêm se tornando uma realidade. Novas fontes de energia também estão sendo descobertas pelos cientistas. EXERCÍCIOS Os exercícios sobre fontes de energia abordam todos os elementos e recursos utilizados para propiciar a realização das atividades humanas. 1. Apesar de um relativo declínio nas últimas décadas, esse recurso natural continua sendo a mais importante fonte de energia da atualidade. Trata-se de uma fonte não renovável e que atua na produção de eletricidade, combustíveis e na constituição de matérias-primas para inúmeros produtos, como a borracha sintética e o plástico. A descrição acima refere-se: (A) ao gás natural (B) ao xisto betuminoso (C) à água (D) ao petróleo (E) ao carvão mineral 2. Enumere a segunda coluna a partir da primeira, classificando corretamente as diferentes fontes de energia existentes. Coluna 01 (1) Fontes renováveis (2) Fontes não renováveis _________________________________ Coluna 02 ( ) Energia do Carvão ( ) Energia Eólica ( ) Energia Solar ( ) Energia do Petróleo ( ) Energia Geotérmica ( ) Energia Atômica ( ) Energia das Ondas das Marés Assinale a alternativa com a sequência correta: (A) 2,1,1,2,1,2,1. (B) 1,1,1,2,1,2,1. (C) 1,3,1,2,1,2,1. (D) 1,2,1,2,1,2,1. (E) 1,2,2,2,1,2,1. 3. O Brasil é um dos países que apresentam os maiores potenciais hidrelétricos do mundo, o que justifica, em partes, o fato de esse tipo de energia ser bastante utilizado no país. As usinas hidrelétricas são bastante elogiadas por serem consideradas ambientalmente mais corretas do que outras alternativas de produção de energia, mas vale lembrar que não existem formas 100% limpas de realizar esse processo. Assinale a alternativa que indica, respectivamente, uma vantagem e uma desvantagem das hidroelétricas. (A) não emitem poluentes na atmosfera; porém não são muito eficientes. (B) são ambientalmente corretas; porém interferem diretamente no efeito estufa. (C) a produção pode ser controlada; porém os custos são muito elevados. (D) ocupam pequenas áreas; porém interferem no curso dos rios. (E) a construção é rápida; porém duram pouco tempo. 4. (CESPE/UnB) A produção de combustíveis oriundos da biomassa faz parte das políticas de governo de vários países, entre os quais se inclui o Brasil. A respeito desse tema, julgue (C, para certo ou E, para errado) os itens subsequentes. 1. O aumento da produção de etanol no Brasil tem reduzido a concentração da posse de terras e incentivado a diversificação agrícola. (C) (E) 2. No setor de transportes, o uso de biocombustíveis tem sido considerado uma solução para a redução de gases de efeito estufa, o que atende aos propósitos do Protocolo de Quioto. (C) (E) 3. Atualmente, a agroindústria açucareira, tal como ocorreu no período colonial, fornece matéria-prima energética e promove a interiorização da população brasileira. (C) (E) 21 VII. CONFLITOS GEOPOLÍTICOS ATUAIS A expectativa de um mundo pacífico após o término da Guerra Fria (1947 – 1991) se viu frustrada. As novas complexidades geraram multipolaridades econômicas e novos centros de poder no mundo. Embora ainda ocorram, as guerras interestatais já não são o tipo de confronto armado predominante atualmente no mundo. Por sua vez, proliferaram-se os conflitos internos, como guerras civis violentas de cunho étnico, religioso ou político, bem como atos e atentados de grupos ligados ao terrorismo. Além de não trazer a paz, o final da Guerra Fria também não resultou em desarmamento. Ao contrário, diversos países da antiga órbita soviética passaram a atuar mais intensamente no comércio mundial de armas. Neste quadro, reforçou-se a posição relativa dos Estados Unidos, eventualmente posta em questão pela Rússia — ambos ainda detêm gigantescos arsenais nucleares e convencionais. São também os dois maiores vendedores de armas do planeta. A pesquisa e o desenvolvimento no setor bélico levaram à sofisticação dos armamentos e equipamentos, agora associados aos notáveis progressos da informática e das telecomunicações — colocadas a serviço tanto dos exércitos e dos Estados maiores como de grupos extremistas diversos. Uma Geografia do terror Os atentados e outras ações violentas deorganizações do terror são cada vez mais comuns no mundo atual. Um marco nesse tipo de ação foi o atentado às Torres Gêmeas em Nova York (EUA), em setembro de 2001. Naquela oportunidade, aviões de passageiros foram dominados e lançados contra os prédios. No mesmo dia e no mesmo país, instalações da inteligência militar do Pentágono, em Washington, também foram atacadas. Ambas as ações foram reivindicadas pela Al-Qaeda, organização comandada à época por Osama Bin Laden — um saudita wahabita (seita que pretende purificar o Islã, retornando às raízes da religião). Bin Laden lutou contra a invasão do Afeganistão por tropas soviéticas, lado a lado com soldados locais e dos Estados Unidos. O atentado às Torres Gêmeas deixou um saldo de quase três mil mortos, quase todos civis, e desencadeou uma ofensiva dos Estados Unidos, então governado por George W. Bush, com bombardeios a supostas bases terroristas no Afeganistão e no Iraque. Outro grupo é o Boko Haram, atuante no noroeste da Nigéria, no continente africano. Seu nome significa “a educação não islâmica é pecaminosa” na língua hausa, falada naquela região. Declarando ser um braço da Al-Qaeda na África Ocidental, teve como ação mais notória o sequestro, em 2014, de aproximadamente 200 adolescentes que, segundo o grupo, recebiam educação “ocidental”. Os atentados são constantes em embates e conflitos internos, como os ocorridos no 22 Paquistão e no Iraque, em conflitos no Cáucaso ou no embate histórico entre israelenses e palestinos. Parte desses atentados é resultado da ação de jihadistas (originário da expressão jihad, que significa guerra santa aos inimigos do Islã), que são extremistas islâmicos que atacam alvos diversos tanto em cidades do Ocidente como no Oriente Médio e no subcontinente indiano. Assim como no ataque às Torres Gêmeas em 2001, outras ações de grupos do terror se voltam contra valores e ícones ocidentais, como sedes de jornais, estações de metrô e estabelecimentos comerciais, e até mesmo contra símbolos de civilizações da Antiguidade, como a destruição de estátuas assírias no Iraque promovida por membros do Estado Islâmico (EI), em 2015. Entre as ações de grande violência ou elevado número de mortos e feridos estão as ocorridas em uma estação de trem de Madri (Espanha), em 2004, e os ataques simultâneos a casas de shows, restaurante e estádio de futebol, em Paris, em novembro de 2015. As ações desses grupos têm sido fortemente condenadas por religiosos e lideranças islamitas, que contrapõem à violência dos atentados a mensagem de paz contida nos livros sagrados da religião muçulmana. Portanto, embora muitos queiram disseminar essa imagem, não há relação direta entre islamismo e terrorismo. Um dado importante a considerar é que os grupos do terror possuem estratégias espaciais que tornam mais difícil o combate às suas ações. Em geral, utilizam frações de diversos territórios para treinamentos militares ou para alocar militantes sem vínculos com governos ou lideranças políticas. Valem-se das telecomunicações modernas, típicas da globalização, para recrutar adeptos ou planejar e organizar ações. Desse modo, formam-se grupos pequenos e ágeis, que atuam em redes geográficas — combatidos por forças militares de base territorial. E, não raro, com respostas inócuas. Conflitos no Oriente Médio O Oriente Médio, região da Ásia que envolve a península Arábica, o Golfo Pérsico e territórios da orla do Mediterrâneo e da Ásia Central, é um berço de culturas milenares e das três grandes religiões monoteístas (cristianismo, islamismo e judaísmo). Já foi palco de inúmeras conquistas territoriais e domínio de impérios e califados. As disputas pelas grandes reservas de petróleo e dissenções culturais e religiosas (sobretudo as que opõem xiitas e sunitas) tornam a região uma das mais conturbadas do mundo recente, com diferentes conflitos, atentados, êxodos de refugiados e perdas de vidas humanas. A presença de tropas, bases militares e a ajuda financeira de potências ocidentais e da Rússia reforçam a importância estratégica do Oriente Médio. A Guerra na Síria e o Estado Islâmico O surgimento do grupo Estado Islâmico (EI) está associado tanto às divisões entre xiitas e sunitas como a recentes episódios no mundo árabe-muçulmano. Em 2010, um vendedor de frutas na Tunísia ateou fogo ao próprio corpo para protestar contra extorsão praticada por policiais. Foi o estopim da Primavera Árabe, movimento pautado por intensas manifestações e revoltas populares que sacudiu o norte da África e o Oriente Médio. Os manifestantes provocaram a queda de mandatários na Tunísia, Egito, Líbia e Iêmen. Atingiram também Argélia, Marrocos, Bahrein, Omã e a Síria e, com menor intensidade, também a Jordânia, Arábia Saudita, Irã, Iraque e Kuwait. Na Síria, as revoltas desencadearam uma guerra civil a partir de 2011, opondo insurgentes e o governo de Bashar-Al-Assad. De acordo com a ONU, mais de 400 mil pessoas já foram mortas e outros 4,5 milhões imigraram para países europeus na condição de refugiados. 23 Os primeiros formaram-se de um leque de facções apoiadas pela Arábia Saudita e Ocidente e, numa aliança inusitada, contando com ativistas ligados à Al Qaeda. O regime de Assad teve o apoio da corrente alauíta, de orientação xiita e à qual pertence à família do governante, de minorias cristãs e de países como Rússia, China e Irã (este, de maioria xiita). Divisões religiosas ajudam a explicar o fato de sauditas e governo sírio estarem em lados opostos. A guerra civil síria e as fragilidades do Iraque, abalado por guerras, pela presença estadunidense e atentados e agressões entre sunitas e xiitas formaram o cenário ideal para o surgimento do Estado Islâmico. Composto por sunitas extremistas de várias origens, milícias e ex-combatentes de diferentes nacionalidades, e jovens europeus recém convertidos ao islamismo, o grupo rapidamente conquistou frações dos territórios do Iraque e da Síria. Ocuparam cidades importantes, como Raqa e Palmira (Síria), e Mossul (Iraque). Proclamaram um califado (sucessão, em árabe), regime comandado por um califa, chefe da nação e alçado a sucessor do profeta Maomé. Neste califado moderno do EI, Abu Bakr al-Baghdadi foi nomeado “califa de todos os muçulmanos”. A certa altura, sobretudo em 2014, o EI chegou a incorporar em suas fileiras mais de 20 mil estrangeiros, oriundos de mais de 50 países. Segundo o Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur), dados de 2015 registram que 4 milhões de sírios saíram do país por causa dos conflitos. Parcelas foram para países vizinhos; outros tentaram chegar à Europa, em percursos e travessias muito arriscados. Outros 7,6 milhões de sírios deslocaram-se dentro do país, passando a viver em condições precárias. Retornaremos a esse ponto mais adiante. A partir de 2015, gradativamente o EI passa a perder territórios, em especial no Iraque — que passou a contar com a ajuda de bombardeios aéreos estadunidenses. O mesmo se deu com os avanços das tropas sírias, com apoio russo. Nas fronteiras ao norte, as perdas se deveram a investidas da Turquia, que combinou o combate ao EI com ataques a grupos da minoria curda. Um acordo para o cessar-fogo entre as tropas de Bashar al-Assad e os grupos que a ele se opõem, imposto por EUA e Rússia em setembro de 2016, pode concentrar a partir daí esforços para combater o EI na Síria. O conflito entre Palestinos e Israelenses Para compreender a difícil questão palestina, é necessário relembrar que a região onde atualmente se encontra o Estado de Israel e a nação Palestina, na era cristã, encontrava-se sob domínio dos romanos, que expulsaram o povo judeu que se dispersou por diversos países, principalmente europeus. Após a ocupação romana, essa região, denominada Palestina, foi ocupada por povos de origem árabe, queficaram conhecidos como palestinos. No final do século XIX, começou a se formar o movimento sionista, que tinha como principal objetivo a criação de um Estado judeu. Após o holocausto, quando nazistas exterminaram milhões de judeus, as comunidades judaicas passaram a se organizar na tentativa de criar um Estado em um território que os protegesse. Desta demanda nasceu o Estado judaico de Israel, que seria a colônia britânica no Oriente Médio, chamada de Palestina. Surgiu, então, a Organização das Nações Unidas (ONU) — criada em 1945, após a Segunda Guerra Mundial —, a qual encerrou o mandato britânico na região e propôs, em 1947, um plano de partilha da região em dois Estados: um para o povo judeu e outro para o palestino. Em 14 de maio de 1948, criou-se o Estado de Israel. O plano de partilha não foi aceito pelos países árabes da região, que reagiram imediatamente, provocando o início da primeira das inúmeras guerras que viriam. Era a primeira guerra árabe-israelense ou Guerra da Independência, de 1948 a 1949, que terminou com a vitória das forças israelenses, provocando um grande número de refugiados palestinos que se abrigaram nos países árabes da região, despertando uma unidade em torno desses países contra o Estado de Israel. A partir disso, a região da Palestina passou a ser o palco de sangrentas guerras e inúmeros acordos não cumpridos entre esses povos. A questão palestina é complexa, pois tanto judeus quanto palestinos julgam possuir direitos históricos na região. Os judeus tiveram a concretização do seu Estado. O mesmo não 24 aconteceu com os palestinos, que, desde 1948, lutam pela criação de um Estado nacional. Inúmeros fatores adiam essa conquista, entre eles a dificuldade para definir os limites do território palestino, uma vez que Israel lhes dá a totalidade da Faixa de Gaza, mas não a totalidade da Cisjordânia, onde está o Rio Jordão, principal fonte de água para os israelenses, além da presença de assentamentos de colonos judeus. Outro caso a considerar é o de Jerusalém: na porção oriental habitam os árabes e na ocidental, os judeus. A cidade é considerada sagrada para muçulmanos, cristãos e judeus, daí a dificuldade nas negociações, pois tanto judeus quanto palestinos reivindicam Jerusalém como sua capital. O drama dos Refugiados Dados da ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados registram 12,5 milhões de novos refugiados e deslocados no mundo apenas em 2015. Desse total, 8,6 milhões se deslocavam no próprio país. Ao final de 2017, a estimativa total de vítimas de deslocamento forçado era de 65,6 milhões. Não é difícil imaginar a procedência desses novos contingentes: 54% eram da Síria (4,5 milhões), Afeganistão (2,7 milhões) e Somália (1,1 milhão). Muitos deles procuraram se abrigar em países e outros buscavam destinos que não são difíceis de imaginar: a Europa, sobretudo a Alemanha. Os novos conflitos no mundo e o consequente aumento no número de refugiados têm exigido respostas e decisões rápidas, mas é possível observar resistências variadas, ao lado de xenofobia e intolerâncias diversas — em especial nos países ricos (EUA e parte da Europa Ocidental). De outro lado, países em desenvolvimento são os que mais abrigam refugiados; por essa razão, solicitam apoio financeiro do mundo rico. Entre os que mais abrigaram refugiados no período estão países fronteiriços às zonas de conflito: Turquia (2,5 milhões de pessoas), Paquistão (1,6 milhão), Líbano e Irã (ambos receberam cerca de 1 milhão de pessoas). Houve também cerca de 2 milhões de pedidos de asilo em 2015, em especial a países como Alemanha, Estados Unidos, Suécia e Rússia. Outros conflitos e desafios no mundo atual O final da Guerra Fria, como vimos até aqui, não representou o término de tensões e conflitos políticos, disputas territoriais e confrontos armados. Com efeito, o novo milênio trouxe muitos desafios para a comunidade de nações e para organizações multilaterais, como a ONU. Entre os desafios a enfrentar estão os conflitos, hostilidades ou ações armadas em países da África, como Mali, Somália, Egito, Etiópia, Sudão do Sul e o caso ainda dramático da República Democrática do Congo. (Aprenda mais em: Conflitos na África). Do mesmo modo, resta a questão do reconhecimento de Kosovo como nação soberana, a resolução de conflitos no Cáucaso (guerras civis, separatismos e conflitos étnico- nacionais na Armênia, Azerbaijão, Geórgia e diversas regiões e comunidades autônomas) e ações mais decisivas para o controle do terror no Afeganistão, Paquistão, Iraque e outros pontos do Oriente Médio. Separatismos e questões nacionais ainda precisam ser dirimidas no Quebec (Canadá), Catalunha (Espanha), País Basco (Espanha/França), Escócia (Reino Unido) e a complexa situação do Tibete (ocupado pela China em 1950). Merece atenção especial a situação da Ucrânia, que enfrenta protestos e tentativas de cisão territorial de minorias russas apoiadas pelo governo da Federação Russa. Os circuitos e redes ilegais também demandam ações e políticas decisivas dos Estados nacionais e da comunidade internacional. Situações dramáticas de violência associadas ao tráfico de drogas têm sido registradas no México, Afeganistão, Brasil e EUA. Esta grande potência também enfrenta o desafio de conter a violência social permitida pela posse de armas de fogo, que estão na base de mortes e assassinatos em série em escolas e outros espaços públicos. O comércio ilegal de armas e o tráfico de seres humanos ainda exigem ações mais concatenadas entre países e organizações de cooperação regional. Um caso que chama a atenção é o tráfico de mulheres do Leste europeu para a Europa Ocidental e de países da América Latina também para a Europa Ocidental. 25 EXERCÍCIOS Estes exercícios sobre geopolítica abrangem alguns dos principais temas da atualidade e as questões estratégicas no âmbito do poder mundial. 1. Como o banco dos Brics altera a geopolítica financeira A instituição criada em julho de 2014 pelas nações que integram o grupo de emergentes – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – pretende financiar os primeiros projetos de desenvolvimento sustentável em países pobres já a partir do ano que vem (…) O acordo para a criação do banco de fomento a investimentos públicos entrou em vigor no dia 3 de julho [de 2015]. O banco terá sede em Xangai, na China, e será presidido durante um primeiro mandato de cinco anos pelo indiano K. V. Kamath. O capital inicial é de 50 bilhões de dólares, somado a um fundo de resgate financeiro – Arranjo Contingente de Reservas – no valor de 100 bilhões de dólares. Os líderes dos Brics definem os detalhes do funcionamento da instituição nesta quarta e quinta-feira, durante a cúpula (…). Deutsche Welle, 08 jul. 2015. Acesso em: 14 ago. 2015 (adaptado). A posição dos BRICS na geopolítica atual, mediante a ação acima exposta, reflete uma postura de: (A) concorrência com os principais centros comerciais estrangeiros. (B) desalinhamento com a política dos países desenvolvidos. (C) disputa bélica entre países subdesenvolvidos e desenvolvidos. (D) liderança sobre as economias emergentes e do chamado “segundo mundo”. (E) subalternidade perante os polos dominantes de poder na ordem mundial atual. 2. Observe a charge abaixo e responda ao que se pede. Disponível em: <http://www.duniverso.com.br>. Acesso em: 14 ago. 2015. Considerando os acontecimentos recentes e o cenário geopolítico global da atualidade, a charge faz uma crítica: (A) ao expansionismo norte-americano no Oriente Médio e na Ásia. (B) ao papel dos Estados Unidos no conflito entre judeus e palestinos. (C) ao suposto combate a grupos terroristas que se revele em uma busca por petróleo. (D) à posição da ONU de subserviência e inação perante a guerra civil na Líbia. (E) à atuação
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