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HISTORIA DA ENFERMAGEM NO BRASIL E NO MUNDO Florence Nightingale Tinha como qualidades a inteligência incomum, era firme, determinada e perseverante. Estudou matemática e física. Era poliglota e tinha domínio de inglês, alemão, italiano além do grego e latim. Sua cultura era muito superior à das mulheres de sua época. Em 1849 esteve em Alexandria no Egito, conheceu mais uma vez o trabalho das filhas de caridade de São Vicente de Paulo. Conheceu também o Pastor Theodor Fliedner, nascido em Kaiserwerth, Alemanha. Tinha grande interesse pelo cuidado dos doentes. Fundou então, a escola de Diaconisas de Kaiserswerth. Não satisfeita, conseguiu autorização de seus pais para ir para França, no Hotel- Dieu de Paris completou seus estudos com as Filhas de Caridade, visitou hospitais e conhece a pratica da enfermagem nas comunidades religiosas, para melhor observar este trabalho e absorver conhecimentos, ela se vestia como uma Irmã de Caridade. Retornando para a Inglaterra, foi indicada para ser superintendente de uma instituição de mulheres doentes de alta sociedade e para trabalhar no Hospital King’s College. GUERRA DA CRIMÉIA A guerra aconteceu de 05/10/1853 a 30/03/1856, era uma disputa com pretensões expansionistas da Rússia contra as forças aliada da Franca, Inglaterra e Turquia. Em relação aos cuidados aos feridos a Rússia e França possuíam suas próprias religiosas para cuidares de seus soldados, já a Inglaterra possuía poucos homens, sem preparo para o cuidar. Florence escreve então para o ministro da guerra (Sidney Herbert), que era seu amigo pessoal e oferece seus serviços. A oferta foi prontamente aceita, Florence então recruta 38 mulheres para servir na guerra cuidando dos feridos (religiosas anglicana, leigas e católicas). Elas partem em 21/0/1854, para a base militar Scutari . Florence começou organizando a cozinha e a lavanderia. Ela acreditava que a ciência e a arte de alimentar bem um doente, era fundamental na enfermagem (que deveriam ocupar-se da seleção dos alimentos e do seu preparo-higiene). Em dois meses Florence organizou o Hospital, reduziu a taxa de mortalidade de 40% para 2%, com isso conquistou o carinho e respeito dos soldados, pelas mudanças no atendimento aos feridos e pelos cuidados e conforto que lhes proporcionava. Mas foram suas rondas noturnas que chamaram a atenção, pois eram realizadas com uma pequena lâmpada para iluminar seus caminhos. Meses após sua chegada, resolve ir conhecer o campo de batalha, contraindo o que se supunha ser febre tifoide, o que a deixou muito debilitada. Ao fim da guerra em 1856, as enfermeiras retornam a sua terra natal, e Florence é a última a deixar o local. Acaba retornando da guerra como uma figura popular, um sinônimo de eficiência e heroísmo. Quebrou o preconceito da participação da mulher na guerra, transformou a visão da sociedade em relação a enfermagem e a ocupação da mulher a ser útil. Por sugestão do ministro da guerra é criado o Fundo Nightingale, para o treinamento de enfermeiras e melhorando também o status social da profissão. Através deste fundo foi criado em Londres em 1860 a Escola Nightingale para Enfermeiras, junto ao Hospital de Sant Thomas. Modelo de Nightingale Tinha como filosofia uma disciplina rigorosa e exigência de qualidade moral das candidatas, essa seleção rigorosa só aceitava solteira e maiores de 25 anos, com boas características físicas, morais e intelectuais. Funcionava como regime de internato, tinham os uniformes e um regime disciplinar e treinamento baseados em um “Boletim Moral”, elaborado pela própria Florence para manter o alto padrão moral e técnico das novas enfermeiras. Além desta seleção rigorosa probatório de um mês. Em suas Escolas Florence baseava sua filosofia em 4 ideias chave: 1. O dinheiro público deveria manter o treinamento de enfermeiras; 2. Deveria existir uma estreita associação entre hospitais e escolas de treinamento, sem estas dependerem financeira e administrativamente; 3. O ensino de enfermagem deveria ser feito por enfermeiras profissionais e não por qualquer pessoa não envolvida com a enfermagem 4. Deveria ser oferecida as estudantes durante todo o período de treinamento, residência com ambiente confortável e agradável próximo ao local. Ideal criado por Florence para ser enfermeira ↬ Pontualidade ↬ Discrição ↬ Confiabilidade ↬ Aparência pessoal ↬ Administração da enfermaria e organização ↬ Registros contínuos das atividades ↬ Proibição de namoro. As enfermeiras da Escola preparavam- se: para o serviço hospitalar, visitas domiciliares a doentes pobres e as enfermeiras “”mais qualificadas” eram preparadas para as atividades de supervisão, administração e ensino. 1º Parte Curso Básico – 01 ano de ensino Sentiu-se a necessidade de uma especificidade maior nas aulas, que passaram a ser ministradas por médicos, faziam parte do currículo aulas de: Anatomia, química, abreviações latinas, culinária e enfermagem. 2º Parte: Ministrado por Enfermeiras Ladies Nurses – 02 anos: eram treinadas para o ensino e a supervisão do serviço. Dominavam o saber e o não fazer. Nurses – 03 anos: de origem socioeconômica inferior executavam o trabalho manual. Nasce então a enfermagem moderna, reproduzindo a divisão do trabalho entre as duas categorias: Nurses e Lady Nurses. Com a criação da escola Florence se dedica mais a escrever, participou de um relatório para a Comissão Real que investigava os acontecimentos ocorridos durante a Guerra da Criméia. Preparou um livro intitulado “Notas sobre questões que afetam a saúde, eficiência e administração hospitalar nos Exercito Britânico”. Este livro foi fator determinante para a criação da Escola de Medicina do Exército Inglês. HISTORIA DA ENFERMAGEM NO BRASIL Anna Justina Ferreira Nery (1814-1880) foi a pioneira da enfermagem no Brasil., consagrou-se na história brasileira durante trabalho voluntário em hospitais, na Guerra do Paraguai. Nascida em 13 de dezembro 1814, na Bahia, casou-se aos 23 anos com o Capitão de Fragata da Marinha Isidoro Antônio Néri. Aos 29 anos, ficou viúva e passou a cuidar dos três filhos. 1900 ⇨ O Brasil se inclui entre os países onde o Estado controla a suade pública. 1910 ⇨ Início das atividades da Escola de Parteiras junto a maternidade São Paulo. 1914 ⇨ Inicia-se a Primeira Guerra Mundial. O Brasil não possui pessoal qualificado para enviar junto aos voluntários da Cruz Vermelha Brasileira. 1916 ⇨ A cruz Vermelha Brasileira inicia um curso de “socorristas” para atender as necessidades impostas pela guerra. Os diplomas eram registrados pelo Ministério da Guerra e considerados oficiais. A demanda da formação de profissionais da Escola Profissional de Enfermeiras Alfredo Pinto não era suficiente. DÉCADA DE 20 O intuito na formação destes profissionais era o de atender as necessidades da comunidade, pois os problemas de Saúde Publica no Brasil estavam ganhando volto e colocando em risco a saúde da população Esta é a primeira categoria de pessoal de enfermagem com algum preparo para atuar na aérea da suade publica formada no Brasil. 1923 ⇨ Dia 19/02 inicia-se no RJ o curso da primeira escola de enfermagem no Brasil, sob orientação de enfermeiras norte-americanas, treinadas segundo o modelo nightingale, denominando-se Escola Anna Neri, financiada pela fundação Rockfeller. O curso tinha duração de 28 meses passando logo após a 32 meses. Era exigido a conclusão do curso normal ou equivalente para o ingresso da candidata. As primeiras enfermeiras diplomadas pela Escola Ana Neri possuíam diploma do Curso Normal, eram consideradas de classe superior = trabalho considerado superior. Exerciam basicamente a supervisão e o ensino, NÃO cuidavam dos pacientes. Acreditava-se que a valorização da profissão ocorria a medidaem que elas se separassem dos grupos que exerciam os cuidados diretos ao paciente. Algumas destas alunas receberam bolsa da Fundação Rockfeller para estudarem nos EUA e se prepararem para posições de maior responsabilidade e liderança na profissão. Durante todo este período a enfermagem tua somente na área do ensino e da saúde pública. Nos hospitais, volta ao seu padrão anterior religiosas e voluntarias = pessoal dominante no exercício da pratica da enfermagem. A mulher se tornava mais instruída e sua influência passa dos limites do lar: pouco a pouco ingressavam nas escolas superiores e no serviço público. Isto favoreceu ainda mais a autorização dos pais para que as mulheres frequentassem as Escola de Enfermagem. DÉCADA DE 30 1930 ⇨ Escola Ana Neri é ameaçada de continuar funcionando: obtém apoio dos deputados do Movimento Feminista a época, e é incorporada a Universidade do Brasil, depois Universidade Federam do RJ. 1931 ⇨ Decreto 20109 de 15/06 regulamenta o ensino da enfermagem no Brasil. A escola de Parteiras é chamada de Escola de Obstetrícia e Enfermagem Especializada e em 1944 é transferida para o HC da USP. 1932 ⇨ Decreto 2931 de 11/01 regulamenta a fiscalização o exercício da medicina, da odontologia, da medicina veterinária da profissão de farmacêutico, parteiras e da enfermagem no Brasil, estabelecendo penas para infrações destas profissões. 1939 ⇨ Fundada pelas Franciscanas Missionarias de Maria, a Escola Paulista de Enfermagem (EPQ) – Unifesp Sua principal contribuição para a enfermagem foi a criação dos cursos de pós-graduação em enfermagem. DÉCADA DE 40 Criação do Hospital da Clinicas em SP, com o objetivo de melhorar a qualidade do ensino e da pesquisa, surge um novo campo para a enfermagem. 1942 ⇨ em 31/10 foi fundada a Escola de Enfermagem USP, parte integrante da Universidade de SP. 1949 ⇨ Lei 775, cria oficialmente os cursos de auxiliares de enfermagem e regulamenta as escolas de nível superior já existentes. As instituições hospitalares públicas ou privadas só poderiam contratar para a direção de seus serviços de enfermagem, enfermeiros diplomados. Esta lei determinava como pré-requisito a conclusão do curso colegial e o período de 04 anos para enfermeiro e o curso de 18 meses para auxiliares de enfermagem. DÉCADA DE 50 1950 ⇨ Os profissionais de nível superior passaram a ser absorvidos pelo setor público e o setor privado para reduzir custos, passou a absorver auxiliares e operacionais (atendentes). 1951 ⇨ Ministério da Educação e Ministério da Saúde determinaram que o título de enfermeiro seja apenas dos profissionais diplomados (graduados). A expansão do pessoal de enfermagem continua desordenada, cabendo ao atendente (profissão não regulamentada) a maior parte das tarefas relacionadas diretamente ao doente. Grande proliferação dos cursos para auxiliares. o 1955 ⇨ Lei 2604, definiu as categorias que poderiam exercer a enfermagem no Brasil: Enfermeiros o Obstetriz o Auxiliar de Enfermagem o Parteiras o Enfermeiros Práticos ou Práticos de Enfermagem o Parteiras Práticas. DÉCADA DE 60 1960 ⇨ A profissão do enfermeiro é incluída no Código Nacional de Profissões/Ministério do Trabalho como profissional liberal Através do Decreto 48.202/60 o Presidente da República (JK), instituiu a Semana da Enfermagem.... a ser celebrada anualmente de 12 a 20 de maio, datas estas respectivamente nascimento de Florence e falecimento de Ana Neri. 1962 ⇨ Lei das Diretrizes e Bases é sancionada, passa ser exigido o curso secundário completo aos inscritos nos cursos habilitação em enfermagem. A enfermagem passa a ser curso de nível superior. 1966 ⇨ Regulamentação da profissão do Técnico de Enfermagem como proposta do governo de priorizar o ensino profissionalizante de nível médio. DÉCADA DE 70 A assistência primaria a saúde: surgimento da enfermagem comutaria e do atendente rural (categoria criada emergencialmente para cobertura primaria da saúde em regiões rurais), não houve regulamentação da profissão. São hoje conhecidos como “agentes de saúde”. Criação do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN -1973). Lei 5602 regulou a LDB para o ensino de 1º e 2º graus, oficializa real e efetivamente a integração dos cursos de Técnico e Auxiliar de Enfermagem no sistema educacional do País a nível de 2º grau (profissionalizante). Porém com a crise na saúde houve a necessidade em caráter emergencial de permitir a formação do Auxiliar de Enfermagem em nível de ensino de 1º grau. Esta situação persiste até hoje (mesmo após 20 anos). DÉCADA DE 80 1989 ⇨ Seminário da ABEn discute o currículo mínimo para a formação do enfermeiro, e propões a mudança do nome do curso de enfermagem e obstetrícia para o curso de enfermagem (visto que o currículo visava a formação de enfermeiro e não de enfermeiro obstétrico). A proposta foi prontamente aceita e regulamentada. Contexto Atual da Enfermagem Brasileira e Processo de Trabalho em Enfermagem Prática social Enfermagem é a profissão do cuidado humano, Ações de enfermagem são necessárias durante o processo de viver, adoecer e morrer. Profissão de saúde comprometida com a saúde do ser humana e da coletividade. Como é o processo de trabalho dos profissionais de enfermagem? ↪ Tem como objetivo principal o CUIDADO. ↪ Atua na promoção, prevenção, tratamento e recuperação da saúde. ↪ Muitas vezes lida com o sofrimento e a morte. ↪ Atende o ser humano independente da classe social, ciclo de vida, da gestação a morte. Âmbito Hospitalar Cuidados 24hs ↪ Alimentação e eliminações ↪ Procedimentos invasivos ↪ Administração de medicamentos ↪ Tratamento de feridas ↪ planejamento e organização ↪ Supervisão ↪ Avaliação do cuidado ↪ Consulta de enfermagem ↪ Trabalho em equipe. ↪ Evolução, intercorrências, compartilhamento de informações ↪ Assistência de qualidade Atenção Básica a Saúde ↪ Acompanhamento de famílias de um território. Vinculo ↪ Visitas domiciliares ↪ Grupos de educação em saúde ↪ Procedimentos: Administração de medicamentos, coleta, curativos... ↪ Planejamento e organização ↪ Supervisão ↪ Avaliação do cuidado ↪ Trabalho em equipe ↪ Consulta de enfermagem ↪ Prescrição de medicamentos e solicitações de exames ↪ Acolhimento Constituição da equipe de enfermagem/ quem é considerado a equipe de enfermagem: Segundo a Lei do Exercício Profissional 7.498/86 o enfermeiro, técnico e auxiliar de enfermagem e parteira. O enfermeiro é quem coordena a equipe de enfermagem. Reconhecida pela CNS como uma das 16 profissões de saúde. É a ciência humana como corpo de conhecimento próprio, alicerçada em fundamentos técnicos, científicos, éticos, políticos, legais e humanísticos. Dimensões da pratica do enfermeiro ↪ Assistência/Cuidar ↪ Educação em saúde ↪ Gerenciamento ↪ Pesquisa em serviços de saúde. Força de trabalho na área da Saúde “A enfermagem corresponde a 64,7% da força de trabalho na saúde do Brasil” Segundo o IBGE, a área de saúde no Brasil compõe-se de um contingente de 3,5milhoes de trabalhadores, dos quais cerca de 1,7 milhão de profissionais atuam na enfermagem. Equipe de enfermagem Maior força de trabalho na área da saúde mundial e no Brasil. Está presente em todos os municípios, inserida no SUS e com atuação nos setores públicos, privado, filantrópico e de ensino. É a única profissão que permanece ao lado do paciente nas 24hs de todos os 3625 dias do ano. Qual o valor que a sociedade dá para o seu trabalho? Precarização do trabalho em saúde Privatização da saúde e vínculos precários: ↪ OS’s ↪ Fundações de saúde ↪ EBSERH ↪ Terceirizações Desigualdades entre os trabalhadores da mesma categoria, inseridos na mesma instituição. ↪ Alienação, subordinação e hierarquização ↪ Falta de autonomiae criatividade ↪ Exposição as sobrecargas, geram desgastes. ↪ Elevada rotatividade ↪ Baixos salários. Profissionais da enfermagem no Brasil CATEGORIA Nº Enfermeiros 624.910 Técnicos de Enf 1.476,584 Auxiliares de Enf. 438.886 Obstetrizes 335 TOTAL 2.540,715 Os técnicos e auxiliares de enfermagem somam 77% e enfermeiros 23% no Brasil, sendo 85,1% mulheres e 14,4% homens. Já em SP os enfermeiros somam 23,7% os demais profissionais (técnicos, auxiliares e obstetrizes) somam 76,3%. Falta de força política: ↪ PL2295/2000 – dispõem sobre a jornada de trabalho de 30 horas para os enfermeiros. ↪ PL 2573/2011 – altera a lei nº7.498 de 25 de junho de 1986, fixando o piso salarial do enfermeiro em R$5.450,00, Técnicos R%2.725,00 e Auxiliares R%2.180,00. ↪ PL 2564/2020 – altera a lei nº7.498 para instituir o piso salarial nacional do enfermeiro, técnico, auxiliar e parteira. • Art. 15-A. O piso salarial nacional para enfermeiros será de R$7.315,00 • I- Setenta por cento para o técnico R$5.125,50 • II – Cinquenta por cento para o auxiliar e parteira R$3.657,50 Mercado de Trabalho: Segundo pesquisa do COFEN de 2013 é possível afirmar que 2% dos profissionais da enfermagem se encontram afastados, 1% aposentados, 5% desempregados e 92% estão ativos no mercado de trabalho. Desemprego no Brasil: Segundo pesquisa do COFEN em 2013 mostra que 84,2% estavam ativos trabalhando, quando apenas 10,1% estavam desempregados. Formação Acadêmica dos Enfermeiros no estado de SP: 25% se encontram na rede pública, 68% na rede privada e 7% em outros, segundo COREN em 2017. Realização de pós-graduação dos enfermeiros no estado de SP: 81% possuem pós, 17% não e 2%não responderam a pesquisa. Formação acadêmicas de enfermeiros em SP: segundo pesquisa 25% se formam na rede pública e 68% na rede privada. Cursos de Enfermagem: Mercado de reserva (exército de reserva) – cerca de 47mil novos enfermeiros por ano, isso é 2011. São cerca de 2,2mil cursos registrados no MEC, existem também as problemáticas dos cursos EAD. Formação do Enfermeiro LDB nº9394/96: mudança do modelo biomédico para holístico, humanizado e contextualizado, formando profissionais críticos, criativos e éticos para atuar na pratica profissional. “O trabalho realizado por esse grupo profissional é reconhecido pelo seu significado impacto no resultado assistencial em saúde”. As linhas de atuação que agrupam as especialidades do enfermeiro foram distribuídas em três grandes áreas: ↪ Saúde coletiva: Saúde da Criança e do Adolescente; Saúde do Adulto (homem e mulher); Saúde do Idoso e Urgência e Emergência. ↪ Gestão ↪ Ensino e Pesquisa. Nossa formação consiste em enfermeiros generalistas, humanistas, com consciência crítica e reflexiva, qualificado para as funções assistenciais, administrativas, educativas e investigativas a serem exercidas nos diferentes níveis de atenção a saúde com vistas a promoção, prevenção, proteção e recuperação. Competências e Habilidades Gerais ↪ Atenção à saúde ↪ Tomada de decisão ↪ Comunicação ↪ Liderança ↪ Gestão ↪ Educação permanente O enfermeiro deve possuir também, competências técnico-cientifico, ético- politicas, socioeducativas contextualizadas que permitam: ↪ Atuar profissionalmente compreendendo a natureza humana em suas dimensões, em suas expressões e fases evolutivas. ↪ Incorporar a ciência/arte do cuidar como instrumento de interpretação profissional ↪ Estabelecer novas relações com o contexto social, reconhecendo a estrutura e as formas de organização social e suas transformações e expressões. ↪ Desenvolver formação técnico- cientifica que confira qualidade ao exercício profissional ↪ Compreender a política de saúde no contexto das políticas sociais, reconhecendo os perfis epidemiológicos das populações; A formação do enfermeiro deve atender as necessidades sociais de saúde, com ênfase no SUS e assegurar a integralidade da atenção e a qualidade e humanização do atendimento. Esta formação tem por objetivo dotar o profissional dos conhecimentos, habilidades e atitudes requeridos para a competência em: ↪ Promover estilos de vida saudáveis, conciliando as necessidades tanto dos seus clientes/pacientes quanto as de sua comunidade, atuando como agente de transformação social; ↪ Usar adequadamente novas tecnologias, tanto de informação e comunicação, quanto de ponta para o cuidar de enfermagem; ↪ Atuar nos diferentes cenários da pratica profissional considerando os pressupostos dos modelos clinico e epidemiológico; ↪ Identificar as necessidades individuais e coletivas de saúde da população, seus condicionamentos e determinantes; ↪ Intervir no processo de saúde-doença responsabilizando-se pela qualidade da assistência/cuidado de enfermagem em seus diferentes níveis de atenção a saúde, com ações de promoção, prevenção, proteção e reabilitação a saúde, na perspectiva da integralidade da assistência. ↪ Prestar cuidados de enfermagem compatíveis com as diferentes necessidades apresentadas pelo indivíduo, pela família e pelos diferentes grupos da comunidade; ↪ Compatibilizar as características profissionais dos agentes da equipe de enfermagem ás diferentes demandas dos usuários. ↪ Integrar as ações de enfermagem as ações multiprofissionais; ↪ Gerenciar o processo de trabalho em enfermagem com princípios de ética e de bioética, com resolutividade tanto em nível individual como coletivo em todos os âmbitos de atuação profissional. ↪ Planejar, implementar e participar dos programas de formação e qualificação continua dos trabalhadores de enfermagem e de saúde. ↪ Planejar e implementar programas de educação e promoção a saúde, considerando a especificidade dos diferentes grupos sociais e dos distintos processos de vida, saúde, trabalho e adoecimento; ↪ Desenvolver, participar e aplicar pesquisas e/ou outras formas de produção de conhecimento que objetivem a qualificação da pratica profissional; ↪ Respeitar o código ético, os valores políticos e os atos normativos da profissão; ↪ Interferir na dinâmica de trabalho institucional, reconhecendo-se como agente desse processo; ↪ A utilizar os instrumentos que garantam a qualidade do cuidado de enfermagem e da assistência saúde. ↪ Participar da composição das estruturas consultivas e deliberativas do sistema de saúde; ↪ Reconhecer o papel social do enfermeiro para atuar em atividades de política e planejamento em saúde. “ Essas competências e habilidades são básicas e subsidiarias das ações do enfermeiro nos diferentes âmbitos de atuação, constituindo o núcleo essencial da pratica do enfermeiro, cabendo-lhe a coordenação do processo de cuidar em enfermagem”.
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