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CUIDADOS COM DRENOS E CATETERES PRÁTICAS DE ENFERMAGEM IV Prof. Ms. Marilda Gonçalves de Sousa DRENOS São usados em diversos contextos para possibilitar a saída de líquido de uma cavidade corporal específica. São tubos ou materiais colocados no interior de uma ferida ou cavidade, visando permitir a saída de fluído ou ar. DRENOS OBJETIVOS: Permite a saída de ar e secreções; Evita infecções profundas nas incisões; São introduzidos quando existe ou se espera coleção anormal de secreção. A origem palavra dreno- lingua inglesa- drain – esgoto/ abertura escoamento de agua. DRENOS EFEITO DO ACÚMULO DE LÍQUIDOS NAS CAVIDADES: Meio de cultura, Aumenta a pressão local, interferindo no fluxo, Comprime áreas adjacentes, Causa irritação e necrose tecidual (bile, pus, suco pancreático, urina). DRENOS Escolha: realizada pelo médico Avalia o tipo do líquido a ser drenado, Cavidade a ser inserido o dreno, Tempo de duração do dreno. LOCALIZAÇÃO Regiões vacularizadas Feridas infectadas Regiões com grande dissecção do tecido superficial DRENOS – tipo de material BORRACHA: laminares, tubulares, rígidos POLIETILENO: São rígidos e geralmente apresentam várias fenestrações, permitindo a saída de líquidos por gravitação ou sucção. DRENOS – tipo de material SILICONE: menos rígido do que o polietileno e menos sujeito a contaminação bacteriana do que o látex. DRENOS- CLASSIFICAÇÃO QUANTO À FORMA DE AÇÃO DRENOS – laminar Penrose: Usados para estabelecer uma comunicação entre uma cavidade corporal e a superfície da pele. Pode-se colocar um curativo com gaze ou uma bolsa de ostomia sobre o dreno. DRENOS - SUCÇÃO Um dreno de polietileno, com múltiplas fenestrações , é conectado, em sua extremidade externa, a um reservatório contendo um orifício para saída de ar. Ao se retirar o ar desse reservatório, cria-se o vácuo, fazendo-se a aspiração ativa do conteúdo dentro da ferida, até que a presença do líquido no reservatório iguale as pressões, perdendo-se o vácuo. DRENOS - SUCÇÃO JACKSON- PRATT Devem estar comprimidos corretamente para realizar a sucção. DRENOS- SUCÇÃO PORTOVAC DRENOS- TUBULARES É a forma da maioria dos drenos e cateteres, drenando por gravitação e podendo ser de vários materiais, como polietileno, silicone ou látex Drenagem Torácica São utilizados para retirar coleções líquidas e gasosas que venham a interferir como bom funcionamento dos sistemas envolvidos. Pode estar localizado na cavidade pleural, cavidade pericárdica ou mediastino. DRENOS - drenagem de torácica - melhora da troca gasosa e da respiração. O sistema de drenagem é utilizado para reexpandir o pulmão comprometido e para remover o excesso de ar, líquido e sangue. P https://www.youtube.com/watch?v=RLC6mny PwpI https://www.youtube.com/watch?v=RLC6mnyPwpI Posição dreno x tipo drenagem FIG 14-7 Diagrama de locais para implantação de dreno torácico. A, Desenho anatômico mostrando a colocação do dreno em região superior (para ar) e colocação do dreno em região inferior (para sangue e líquidos). B, Visão da saída dos drenos pela região intercostal. DRENOS – drenagem torácica Indicações: Remoção ar/líquido espaço pleural (pneumotórax, hemotórax, derrame pleural) Pós operatório de cirurgias cardíacas e pulmonares DRENOS – drenagem torácica DRENOS – drenagem torácica SISTEMA DE UM FRASCO SISTEMA DE DOIS FRASCOS DRENOS – drenagem torácica FRASCOS COLETORES COLETOR DE DRENO TORÁCICO PARA SUCÇÃO Dreno mediastínico torácico após cirurgia cardíaca aberta. (Potter) Derrame Pleural PNEUMOTÓRAX HEMOTÓRAX Cuidados de Enfermagem Registrar o tipo de dreno e a localização; Observar a inserção do dreno, aspectos do curativo e presença de secreções; Observar e registrar aspecto e volume da drenagem Observar presença de borbulhamento (possível indicador de fístula bronco-pleural) Cuidados de Enfermagem Controle dos sinais vitais. Manter cabeceira elevada 30 a 40 °. Controlar o débito do dreno torácico conforme protocolo hospitalar; Observar oscilação do selo d’água no tubo de sifonagem; Estimular o paciente à respiração profunda; Observar padrão respiratório, coloração de mucosas e oximetria de pulso CUIDADOS DE ENFERMAGEM Fixar corretamente o dreno no tórax do paciente com fita adesiva (meso);CUIDADO COM A FIXAÇÃO!! Certificar-se que as tampas e os intermediários do dreno estão corretamente ajustados e sem escape de ar; CUIDADOS DE ENFERMAGEM Manter o frasco coletor sempre abaixo do nível do tórax; Orientar o cliente a manter o frasco coletor sempre abaixo do nível do tórax e tomar cuidado para não quebrar, caso isto ocorra, ele deve imediatamente pinçar com os dedos a extensão do dreno e o frasco o que evitará a penetração de ar na cavidade pleural; Cuidados de Enfermagem A coluna deve ser mantida mergulhada em solução estéril contida no frasco coletor (selo d'água); Realizar troca de selo d’água no mínimo a cada 24hs O auxiliar ou técnico de enfermagem deve atentar para o aspecto do líquido drenado quanto a: volume drenado, viscosidade, coloração, aspecto) Qualquer alteração deve ser informado ao enfermeira/médico. https://www.youtube.com/watch?v=yjHm_qUoxG4 https://www.youtube.com/watch?v=yjHm_qUoxG4 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Ordenhar dreno se sinais de obstrução (conforme orientação médica); Não fechar o dreno durante o transporte; PINÇA DE ORDENHA CUIDADOS DE ENFERMAGEM Na retirada do dreno, orientar o paciente para inspirar profundamente e prender respiração (manter apneia). Vedar o orifício com curativo estéril, mantendo fechado conforme protocolo por 48 horas; Avaliar radiografia de tórax após a retirada do dreno Avaliar e medicar quanto a dor CUIDADOS COM CATETERES Profa Ms. Gisele Hirano Profa Ms. Marilda Gonçalves de Sousa CATETER Todo instrumento tubular que possa ser inserido no corpo para drenagem ou introdução de líquido. são tubos de diversos materiais e calibres inseridos no organismo, tendo como função a infusão de líquidos ou a sua retirada. CATETER TIPOS DE ACESSOS VASCULARES C E N T R A L ARTERIAL VENOSO IMPLANTADO SEMI-IMPLANTADO P E R IF É R IC O ARTERIAL VENOSO CATETERES VASCULARES Cateter venoso periférico: Usualmente inserido em veias nos membros superiores; é o dispositivo vascular de curta duração mais utilizado MMII = risco de embolias e tromboflebites. Adultos: Preferencia MMSS Crianças e neonatos: evitar a punção na região cefálica CATETERES VASCULARES ACESSO VENOSO PERIFÉRICO Indicação: • Acesso venoso rápido para infusão de fluídos; • Necessidade de medicação por via endovenosa por < 7dias. Contraindicação: • Quimioterápicos vesicantes; • Solução de nutrição parenteral excedendo 10% dextrose e/ou 5% de proteínas; • Soluções ou medicamentos com pH< 5 ou > 9 /osmolaridade maior que 500 mOsm/l; CATETERES VASCULARES CATETER VENOSO PERIFÉRICO CUIDADOS: • Avaliar presença de sinais flogísticos; • Salinizar o acesso com SF0,9% antes e após administrar medicamentos; • Realizar troca do acesso conforme rotina institucional (72-96hs) • Utilizar técnica asséptica na manipulação dos dispositivos IV Fi x •A estabilização é feita com uma única fita no hub do cateter (“meso”). Não fazer a “borboleta” com a fita ao redor do sítio de inserção. Avaliar diariamente o sítio de inserção do cateter Avaliar diariamente a necessidade de permanência do cateter -Não fixar as conexões em cima do sítio de inserção FIXAÇÃO DO CATETER CATETERES VASCULARES CATETER ARTERIAL: inserção de cateter dentro de uma artéria (radial, braquial, femoral, pediosa) para monitorização contínua da pressão arterial por meio de punção percutânea direta ou por dissecção CATETERES VASCULARES – CATETER DE PRESSÃO ARTERIAL INVASIVATransdutor de pressão invasiva Curva de PAI no monitor CATETERES VASCULARES – CATETER DE PRESSÃO ARTERIAL INVASIVA INDICAÇÕES: Choques, emergências hipertensivas, uso de drogas vasoativas, grandes cirurgias; mensuração acurada e frequente da pressão arterial em pacientes críticos retirada frequente de sangue para exames; análise dos gases sanguíneos arteriais COMPLICAÇÕES: Dor, edema, infecção, isquemia, trombose CATETERES VASCULARES – CATETER DE PRESSÃO ARTERIAL INVASIVA COMPLICAÇÕES – P.A.I. CATETERES VASCULARES – CATETER DE PRESSÃO ARTERIAL INVASIVA CUIDADOS DE ENFERMAGEM: realizar o curativo diariamente e observar a presença de sinais flogísticos; utilizar técnica asséptica para manipulação dos dispositivos; manter a bolsa pressurizada a 300mmHg para manter a permeabilidade do cateter; realizar troca do equipo e transdutor de pressão a cada 72hs; assegurar-se da fixação adequada do cateter; avaliar diariamente a perfusão do membro CATETERES VASCULARES CATETER VENOSO CENTRAL (CVC) Inserido percutaneamente em veias centrais (jugulares internas, femorais ou subclávias); É utilizado principalmente na UTI para infusão de grandes volumes de medicações e algumas em específico, como drogas vasoativas. O uso domiciliar, fora do ambiente hospitalar é pouco comum por apresentar um alto risco de infecção. CATETER VENOSO CENTRAL •Cateteres Venosos Centrais são dispositivos cuja a ponta se localiza numa veia de grosso calibre, posicionado no terço distal da veia cava superior ou inferior; A inserção do cateter pode ser por punção de veia jugular, subclávia, axilar ou femural. •Também podem ser inseridos por punção em uma veia periférica, e instalado um "cateter central de inserção periférica". Escolha do acesso: 1º opção subclávia; 2º opção jugular; 3º opção femoral; Aplicação da Barreira máxima: avental estéril, máscara, óculos, gorro, luva estéril e campo estéril amplo; Preparo da pele: Degermação da pele seguida de antissepsia com clorexidina alcóolica 0,5%. RISCO DE INFECÇÃO REMOVER O SABÃO ANTES DE FAZER A ANTISSEPSIA CATETERES VASCULARES – cateter venoso central CONTRA- INDICAÇÕES: são relativas e dependem da urgência de seu estabelecimento e de haver ou não outras alternativas para acesso venoso; A abordagem da veia subclávia geralmente é evitada em pacientes heparinizados ou coagulopatas, porque o sangramento pode passar despercebido e não é possível tratar com compressão direta CATETERES VASCULARES- CATETER CENTRAL TIPOS DE CATETERES Cateter não tunelizado Nesse grupo de cateteres estão o duplo-lúmen, o cateter venoso central de inserção periférica (PICC) e o Shilley. -indicados em pacientes que apresentam necessidade de acesso vascular por um curto período, aproximadamente 21 a 30 dias, ou em pacientes que necessitam de hemodiálise de urgência, ou que já estão em hemodiálise e tiveram algum problema com o acesso definitivo. - podem durar um período mais de 30 dias, porém não perdem a condição de temporários. CATETERES VASCULARES – cateter venoso central https://www.youtube.com/watch?v=FGhTXCLTP80 CATETERES VASCULARES – cateter venoso central CATETERES VASCULARES – cateter venoso central CUIDADOS DE ENFERMAGEM: Realizar troca de curativo diariamente (se feito com gaze) ou conforme a orientação do fabricante (se filme transparente) Observar presença de sinais flogísticos na inserção do cateter, no mínimo uma vez por dia; Realizar desinfecção das conexões, conectores valvulados e portas de adição de medicamentos com solução antisséptica a base de álcool, com movimentos aplicados de forma a gerar fricção mecânica, de 5 a 15 segundos; Salinizar o cateter antes e após a administração de medicamentos; CUIDADOS COM O CATETER Realizar desinfecção das conexões às manipulações Realizar limpeza e antissepsia na inserção do cateter AVALIAR EXTERIORIZAÇÃO CATETERES VASCULARES – cateter venoso central SINAIS FLOGÍSTICOS CATETERES VASCULARES – cateter venoso central Cateter de artéria pulmonar (Swan- Ganz) É introduzido pela veia subclávia ou jugular interna, atravessa as valvas tricúspide e pulmonar, chegando na artéria pulmonar para monitorar condições hemodinâmicas do paciente, permanecendo em média três dias. CATETERES VASCULARES – cateter venoso central CATETER DE SWAN-GANZ CATETERES VASCULARES – cateter venoso central CATETER DE HEMODIÁLISE - Entre os 91,2% dos pacientes em hemodiálise no Brasil, estima-se que 16,6% utilizam o CVC como via de acesso e, destes, 9,2% são de curta permanência SHILLEY CATETERES VASCULARES – cateter venoso central CATETER DE HEMODIÁLISE O cateter de shilley é inserido diretamente nas veias femoral, subclávia e jugular interna, após assepsia do local, anestesia local, punção e passagem do fio guia. CUIDADOS DE ENFERMAGEM: • realizar troca de curativo e manipulação do cateter com técnica asséptica; • Realizar heparinização do cateter conforme protocolo institucional • Observar presença de sinais flogísticos • Antes de conectar o cateter no sistema de hemodiálise ou caso seja necessário utilizá-lo para administrar medicamentos (emergência), não se esquecer de aspirar a heparina que contém no cateter CATETERES VASCULARES – cateter venoso central Cateter Central de Inserção Periférica (PICC): inserido nas veias cefálica, basílica ou braquial e atinge a veia cava superior; Privativo do enfermeiro (Resolução COFEN 258/2001; atualizado pelo parecer Nº 243/2017) Indicações: necessidade de acesso venoso por tempo prolongado (além de 6 dias), administração de soluções hipertônicas e/ou vesicantes CATETERES VASCULARES – cateter venoso central PICC VANTAGENS: Quando precocemente indicado evita exposição às punções de repetição proporcionando a preservação da rede venosa periférica; Menor risco de infecção; Não exige técnica cirúrgica para implantação; Evita utilização de dissecções venosas; Diminui consideravelmente a exposição aos riscos de infiltrações, extravasamentos, necrose tecidual e flebite química; Longa permanência; Elevada relação custo x benefício CATETERES VASCULARES – cateter venoso central PICC CUIDADOS DE ENFERMAGEM: A equipe deve ser treinada para manipular o cateter; Lavar o cateter sob baixa pressão antes e após a administração de medicamentos com SF0,9% em seringa de 10ml (se PICC 1,9F); Lavagem com pressão positiva (enquanto infundir o último ml de solução, fechar o clamp devagar e simultaneamente, para criar e manter a pressão positiva no interior do cateter Realizar anti-sepsia do hub (torneirinha) com álcool 70% antes da infusão de qualquer solução. Utilizar técnica asséptica para manipular o cateter Realizar troca de curativo conforme rotina institucional CATETERES VASCULARES – cateter venoso central PICC https://www.msdmanuals.com/pt/casa/multimedia/video/cvc-picc_pt CATETERES VASCULARES – cateter venoso central Cateter tunelizado Nesse grupo de cateteres está o permcath, o port-o-cath e o Hickman. Esses cateteres são usados em pacientes que necessitam de um bom acesso vascular, por um período prolongado. Apresentam um cuff no terço médio do cateter, o qual fica no túnel subcutâneo ou são totalmente implantados, o que os protege da infecção. - devem ser implantados em ambiente totalmente estéril, ou seja, no centro cirúrgico, com a ajuda de uma escopia e com o paciente sedado ou com anestesia geral CATETERES VASCULARES – cateter venoso central Port–o –cath: cateter venoso central totalmente implantável, que permite a infusão de quimioterápicos, hemoderivados, nutrição parenteral e coleta de sangue CATETERES VASCULARES – cateter venoso central Cirurgicamente implantado tunelizado abaixo da pele, tem um bolsa subcutânea (“Port”) com membrana auto- selante que pode ser acessada por agulha inserida através da pele. Usualmente é implantado nas veiasjugular ou subclávia e é implantado e retirado via procedimento cirúrgico; CATETERES VASCULARES – cateter venoso central – Port – o- cath CATETERES VASCULARES – cateter venoso central Port-o- cath CATETERES VASCULARES – cateter venoso central Port-o-cath CUIDADOS DE ENFERMAGEM: Realizar curativo após o implante, utilizando técnica asséptica Trocar a agulha de punção semanalmente Realizar troca de circuitos de infusão cada 96hs ou conforme rotina institucional A punção do cateter compete ao ENFERMEIRO; ao técnico compete acompanhar a infusão do medicamento (Parecer Coren-SP 060/2013) CATETERES VASCULARES – cateter venoso central PERMCATH: Cateter de longa permanência implantado em uma veia de grosso calibre central usado em pacientes com insuficiência renal crônica em tratamento dialítico, que não apresentam condições de confecção de FAV, ou então enquanto aguarda a maturação da FAV; CATETERES VASCULARES – cateter venoso central PERMCATH CUIDADOS DE ENFERMAGEM: Realizar troca de curativo com técnica asséptica diariamente; Observar sinais de infecção Heparinizar o cateter conforme rotina institucional PERMCATH Bibliografia sugerida CARPENITO, L.J. Planos de cuidados de enfermagem e documentação: diagnósticos de enfermagem e problemas colaborativos. 4ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. NANDA. Diagnóstico de enfermagem da NANDA: definições e classificação 2018- 2020. Porto Alegre: Artmed, 2019. PERRY, A. G.; POTTER, P. A., ELKIN, M. K. Procedimentos e intervenções de enfermagem. 5.ed, Rio de Janeiro:Elsevier, 2013. SMELTZER, S.C.; BARE, B.G. Brunner & Suddarth: tratado de enfermagem médico- cirúrgica.10ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. TIMBY,B.K.; SMITH,N.E. Enfermagem Médico-Cirúrgica. 8.a ed. São Paulo:Ed. Manole, 2005.
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