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SDE3973. PRÁTICA ENSINO ESTAG. SUPERV. EM EDUC. FISICA I - AULA 3 INFANCIA

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Curso: Educação Física- Licenciatura
Curso de Educação Física (Via Corpvs) - FORTALEZA
Prática de Ensino e Estágio Supervisionado em Educação Física I - CEL0174
Mestrado em Educação
ALINE MENEZES DODÓ
OBJETIVO DA AULA
Expor um panorama geral da Educação Física no Ensino Infantil.
O QUE É INFÂNCIA?
Durante a infância, período de desamparo biológico, exigimos pouco das crianças e fazemos tudo que é possível para diminuir a tensão e satisfazer todas as necessidades. Aos poucos, a medida que se desenvolve, a criança adquire mecanismos próprios para lidar com situações cada vez mais complexas.
O QUE É EDUCAÇÃO FÍSICA INFANTIL?
A Educação Infantil é um recurso benéfico, enquanto se propõe a ser um ambiente intermediário entre o lar e a escola, num período de vida em que a personalidade começa a se formar. 
O QUE É EDUCAÇÃO FÍSICA INFANTIL?
A educação INFANTIL, deve vir de encontro às necessidades básicas da criança, partindo daquilo que ela já conhece para chegar a ter aprendizagens subsequentes, evitando-se “pular” etapas, pois a aprendizagem é um processo contínuo e, como tal, tem uma trajetória que pressupõe o domínio de pré-requisitos.
FUNÇÕES E FINALIDADES DA EDUCAÇÃO FÍSICA INFANTIL
Educação Infantil:
Tem por finalidade o desenvolvimento integral da criança em seus aspectos: físicos, psicológicos, cognitivos, sociais e espirituais.
 
CAPACIDADES DESENVOLVIDAS
CAPACIDADES DESENVOLVIDAS
Desenvolvimento de uma imagem positiva de si, atuando de forma cada vez mais independente, com confiança em suas capacidades e percepção de suas limitações
CAPACIDADES DESENVOLVIDAS
Descobrir e conhecer progressivamente seu próprio corpo, suas potencialidades e seus limites, desenvolvendo e valorizando hábitos de cuidado com a própria saúde e bem-estar.
CAPACIDADES DESENVOLVIDAS
Estabelecer vínculos afetivos e de troca com adultos e crianças, fortalecendo sua auto-estima e ampliando gradativamente suas possibilidades de comunicação e interação social.
CAPACIDADES DESENVOLVIDAS
Estabelecer e ampliar cada vez mais as relações sociais, aprendendo aos poucos a articular seus interesses e pontos de vistas com os demais. 
CAPACIDADES DESENVOLVIDAS
 Respeitando a diversidade e desenvolvendo atitudes de ajuda e colaboração.
CAPACIDADES DESENVOLVIDAS
 Observar e explorar o ambiente com atitude de curiosidade, percebendo-se como integrante, dependente e agente transformador .
CAPACIDADES DESENVOLVIDAS
Brincar, 
expressando emoções, sentimentos, 
pensamentos,
desejos e necessidades.
CAPACIDADES DESENVOLVIDAS
Conhecer as manifestações culturais, demonstrando atitudes de respeito, interesse e participação.
MOVIMENTO
A criança sente-se feliz e autoconfiante quando se apropria de todas as possibilidades do seu corpo. Transformar o mundo a sua volta.
A cultura exerce grande influência sobre o desenvolvimento da motricidade infantil, devido a diversificação no manuseio de diversos objetos (corda, estilingue, bolas de gude, pião).
A CULTURA CORPORAL DO MOVIMENTO
O movimento é uma importante dimensão do desenvolvimento da cultura humana;
Expressam sentimentos, emoções e pensamentos;
Significado da palavra Movimento é “Ato ou efeito de mover, deslocar-se.”;
Porém dentro do contexto da cultura corporal do movimento entendemos que o movimento humano não se resume apenas ao simples deslocamento do corpo no espaço.
A CULTURA CORPORAL DO MOVIMENTO
A criança ao brincar, jogar, imitar e criar ritmos e movimentos, também se apropriam do repertório da cultura corporal na qual estão inseridas.
Instituições de Educação Infantil: “ambiente que estimulem”.
O ambiente de ser mais rico e desafiador (do ponto de vista dos movimentos)
Ampliação de conhecimento a cerca de:
Conhecimento de si
Conhecimento do outro
Conhecimento do meio
A CULTURA CORPORAL DO MOVIMENTO
O trabalho com movimento contempla a multiplicidade de funções e manifestações do ato motor, propiciando um amplo desenvolvimento de aspectos específicos da motricidade das crianças, abrangendo uma reflexão acerca das posturas corporais implicadas nas atividades cotidianas, bem como atividades voltadas para a ampliação da cultura corporal de cada criança.
Alguns “Educadores”, visando garantir a ordem e harmonia do ambiente acabam por simplesmente suprimir o movimento, impondo restrições às crianças. (longos momentos de espera - todos em fila ou sentados) 
A CULTURA CORPORAL DO MOVIMENTO
Além do objetivo disciplinar apontado, a contenção dos alunos normalmente também acontece pois associasse a “desconcentração e a atenção das crianças”, como se as manifestações motoras atrapalhassem a aprendizagem.
Os professores esquecem que:
“As crianças se movimentam desde que nascem adquirindo cada vez maior controle sobre seu próprio corpo e se apropriando cada vez mais das possibilidades de interação com o mundo”
CONSEQUÊNCIAS QUANDO A CULTURA COPORAL É IGNORADA
Desenvolvimento de uma atitude passiva nas crianças;
Instalação de um clima de hostilidade, em que a professora tenta, a todo custo, conter e controlar as manifestações motoras infantis;
As crianças perdem completamente o controle sobre o corpo, devido ao cansaço provocado pelo esforço de contenção que lhes é exigido.
Quando o professor permite que a criança se mexa, para despender sua energia física, essa pratica geralmente pode aparentar eficácia, porem limitam as possibilidades de expressão da criança e tolhem suas iniciativas próprias, ao enquadrar gestos e deslocamentos a modelos predeterminados ou a momentos específicos.
SIGNIFICADO DO MOVIMENTO PARA CRIANÇA
Mais do que mexer partes do corpo;
A criança se expressa e se comunica através de gestos e das mímicas faciais e interage utilizando fortemente o apoio do corpo.
O ato motor faz-se presente em suas funções expressiva, instrumental ou de sustentação às posturas e aos gestos.
O QUE DEVO FAZER COMO PROFESSOR?
 É importante que o trabalho incorpore a expressividade e a mobilidade próprias das crianças.
Indisciplina – um grupo disciplinado não é aquele em que todos se mantém quietos e calados, mas sim um grupo em que vários elementos se encontram envolvidos e mobilizados pelas atividades propostas.
Deslocamentos
Conversas Manifestação natural da criança
Brincadeiras
Quando faz recortes e de repente põe-se a brincar com a tesoura, transformando-a num avião.
Gradativamente, o movimento começa a submeter-se ao controle voluntário – pensar antes de agir – e no desenvolvimento crescente de recursos de contenção motora.
O QUE DEVO FAZER COMO PROFESSOR?
A capacidade de atenção ao que ocorre em volta da criança se amplia aos seis anos de idade, este poder de auto-disciplina só pode estabelecer-se graças a maturação dos centros nervosos de inibição e de discriminação, permitindo uma acomodação motora, perceptiva ou mental, consistente, concreta e sólida, uma seleção de gestos úteis e o seu ajustamento à finalidade.
Para criança é mais cansativo ficar parado do que em movimento
SERÁ QUE EXISTE ALGUM ASSUNTO QUE SEJA DESINTERESSANTE PARAS SERES TÃO CURIOSO COMO AS CRIANÇÃS?
Dessa forma......
	caberá na Ed. Infantil, a estruturação de um trabalho com o corpo abrangendo as características anteriormente mencionadas: a vinculação do movimento a intenções, raciocínios e planos de ações elaborados; as atividades com significado, com o concreto, com o real, com o interesse daquele que é o mais importante no processo, o educando.
POSSIBILITAR À CRIANÇA MOVIMENTAR-SE DE FORMA NATURAL RELACIONANDO-SE – CONSIGO MESMA – COM O AMBIENTE.
PARA QUE TRABALHAR?
Controlar gradualmente o próprio movimento;
Apropriar-se progressivamente da imagem global de seu corpo;
Ampliar as possibilidades expressivas do próprio movimento;
PARA QUE TRABALHAR?
Explorar diferentes qualidades e dinâmicas do movimento, como força; velocidade, resistência e flexibilidade, conhecendo gradativamente os limites e as potencialidades do próprio corpo e o dos colegas.
O QUE TRABALHAR?O QUE TRABALHAR?
Esquema corporal
Lateralidade
Tônus da postura
Organização espacial e temporal
Relaxamento
Equilíbrio
Coordenações Globais; Motricidade Ampla, Motricidade Fina
Ritmo
O QUE TRABALHAR?
Esquema corporal – Segundo Le Boulch (1983ª, p.37), é “uma intuição de conjunto ou um conhecimento imediato que temos de nosso corpo em posição estática ou em movimento, na relação das suas diferentes partes entre si e sobretudo nas relações com o espaço e os objetos que nos circundam”. Compreende, neste caso, a imagem e o conceito do corpo e suas partes.
O QUE TRABALHAR?
Tônus da postura – É uma “tensão dos músculos, pela qual as posições relativas das diversas partes do corpo são corretamente mantidas e que se opõe às modificações passivas dessas posições”. ( Rademaker, citado por Coste, 1981, p. 25) É uma atividade, segundo Le Boulch (1982), primitiva e permanente do músculo.
O QUE TRABALHAR?
Coordenações Globais 
Motricidade Ampla – Com base em Costallat (1983), é definida como a colocação em ação simultânea de grupos musculares diferentes, com vistas à execução de movimentos amplos e voluntários mais ou menos complexos, envolvendo principalmente o trabalho de membros inferiores, superiores e do tronco.
Motricidade Fina – É o trabalho de forma ordenada dos pequenos músculos. Englobam principalmente a atividade manual e digital, ocular, labial e lingual.
O QUE TRABALHAR?
Organização espacial e temporal Organização espacial é a capacidade de orientar-se diante de um espaço físico e de perceber a relação de proximidade de coisas entre si. Refere-se às relações de perto, longe, em cima, embaixo, dentro, fora etc. A organização temporal corresponde à capacidade de relacionar ações a uma determinada dimensão de tempo, onde sucessões de acontecimentos e de intervalo de tempo são fundamentais. Tratando do movimento, a Psicomotricidade, no desencadeamento de ações num determinado espaço físico e numa sequência temporal, embora alguns autores as estudem como duas funções isoladas.
O QUE TRABALHAR?
Ritmo – Segundo Meinel e Schabel (1984, p.73), tratando-se de movimento, o ritmo é a “ordenação especifica, característica e temporal de um ato motor”. Complementando, afirmam que esta ordenação temporal refere-se a processos parciais interligados no ato motor. Há uma estreita ligação entre ritmo e organização espacial e temporal.
Equilíbrio – Com base nas definições de Tubino (1979) e Mainel e Schabel (1984), é a capacidade de manter-se sobre uma base reduzida de sustentação do corpo, através de uma combinação adequada de ações musculares e sob influência de forças externas.
O QUE TRABALHAR?
Lateralidade – Baseado em Coste (1981) e Sabóia (comunicação pessoal, 1984), é a capacidade de se vivenciar as noções de direita e esquerda sobre o mundo exterior, independentemente da sua própria situação física. Difere, portanto, do conceito de dominância lateral, que significa o predomínio ocular, auditivo e sensório-motor de um dos membros superiores ou inferiores, que deve ocorrer em todas as pessoas, e é determinada, segundo Fonseca (1983), por uma carga inata e por influências de ordem social.
O QUE TRABALHAR?
Relaxamento – Segundo Tubino (1979), relaxamento é o fenômeno neuromuscular resultante de uma redução de tensão da musculatura esquelética. O estado de relaxamento total envolve todo o corpo e está diretamente vinculado a processos psicológicos, onde o trabalho mental é determinante no alcance da redução da tensão muscular. O relaxamento diferencial responde pela desconcentração de grupos musculares que não são necessários à execução de determinado ato motor especifico. Alguns autores classificam ainda um terceiro tipo de relaxamento, denominado segmentar. Esse designa o relaxamento alcançado em pares do corpo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Assim concluímos que o profissional de Educação Física deve entender o caráter lúdico e expressivo da motricidade, em que os jogos, as brincadeiras, a dança e as práticas esportivas revelam a cultura corporal, poderá ajudar o educador a organizar a sua prática, indo assim ao encontro das necessidades das crianças e refletindo sobre o espaço dada ao movimento em todos os movimentos da rotina diária.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BORGES, Célio José. Educação Física para o Pré-Escola Rio de Janeiro.Sprint, 2002.
MELLO. Alexandre de Morais. Psicomotricidade educação Física Jogos Infantis.São Paulo.ISBRA.1989.

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