Buscar

Ancilostomídeos e Ancilostomose

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 Camila Carneiro Leão Cavalcanti 
ANCYLOSTOMÍDEOS 
São nematelmintos. 
Dentre mais de 100 espécies de Ancylostomidae descritas, apenas três são agentes etiológicos das 
ancilostomoses humanas: A. duodenale, N. americans e A. cerylanicum. 
Ancylostoma duodenalis - Ancilostomose 
Necator americans - Ancilostomose 
Ancylostoma ceylanicum – não é tão comum 
 
Ancylostoma caninun 
Ancylostoma brasiliensis 
 
 
LARVA MIGRANS CUTÂNEA OU BICHO GEOGRÁFICO 
 
É uma infecção causada pelas larvas de parasitas que vivem nos intestinos de cães 
e gatos, como os helmintos Ancylostoma braziliensis ou Ancylostoma caninum. Essas larvas 
usam o homem como hospedeiro de forma acidental. A transmissão acontece quando o indivíduo 
entra em contato com solo contaminado com o parasita. 
 A larva não consegue ultrapassar o subcutâneo do homem. Ela não cresce/se desenvolve! 
Apenas “anda” e libera enzimas no subcutâneo, provocando prurido e reação alérgica por onde 
passa. 
 Só há verme adulto no cão ou no gato. 
• Diagnóstico 
Apenas clínico 
 
• Tratamento 
Tiabendazol tópico (7 – 14 dias) + gelo 
Pode ser associado a medicamentos orais, como mebendazol/albendazol ou ivermectina 
 *O gelo diminui o prurido “inativando” a larva. 
Não conseguem completar o ciclo no homem! A larva fica 
no subcutâneo → Larva migrans 
 
 
2 Camila Carneiro Leão Cavalcanti 
Os parasitas 
Todas as espécies que parasitam os humanos se alimentam de sangue e habitam o 
intestino delgado. 
 
▪ Vermes adultos Necator americanus 
- Macho 
 Menor que a fêmea, mede cerca de 8mm, com cauda de peixe, SEM 
GUBERNÁCULO (flagelo para se fixar na fêmea) 
- Fêmea 
 Maior que o macho, mede cerca de 10mm, com cauda afilada, possui 1 par de 
lâminas cortantes, 1 dente grande e 1 par de dentículos 
 
▪ Vermes adultos Ancylostoma duodenalis 
- Macho 
 Menor que a fêmea, mede cerca de 8mm, com cauda de peixe, COM 
GUBERNÁCULO (flagelo para se fixar na fêmea) 
- Fêmea 
 Menor que o macho, mede cerca de 10mm, com cauda afilada, 2 pares de dentes 
de igual tamanho 
 
▪ Vermes adultos Ancylostoma ceylanicum 
- Macho 
 Menor que a fêmea, mede cerca de 8mm, com cauda de peixe, COM 
GUBERNÁLUCO (flagelo para se fixar na fêmea) 
- Fêmea 
 Maior que o macho, mede cerca de 10mm, com cauda afilada, possui 1 par de 
dente central (menor) e 1 par de dente lateral (maior) 
 
▪ Ovo e larva 
Não apresentam diferenças morfológicas! 
Larva rabditoide – bulbo esofagiano 1/3 depois 
da boca 
Larva filarióide – bulbo esofagiano na metade do 
corpo → FORMA INFECTANTE! 
 
 Apresentam dimorfismo sexual! 
Fêmea – pontiaguda | Macho – cauda de peixe 
 
 
 
 
 
3 Camila Carneiro Leão Cavalcanti 
ANCILOSTOMOSE ou AMARELÃO ou DOENÇA DO JECA TATU 
 
Infecção/doença que pode ser causada pelos agentes etiológicos: Ancylostome duodenale 
 Necator amercianus 
 
Gênero: Ancylostoma → tem dentes na boca; pescoço ventral 
 Necator → lâmina na boca; pescoço dorsal 
 
A ancilostomose é caracterizada pela presença do verme adulto no intestino delgado. 
A infecção pelos ancilostomídeos para o homem só ocorre quando as L3, (larva filarióide ou 
infectante) penetram ativamente, através da pele, conjuntiva e mucosas, ou passivamente, por via 
oral. 
• O ciclo 
Pode ser de dois tipos: Transcutâneo e Oral 
 
Ciclo transcutâneo 
Fezes contaminadas com ovo larvado 
↓ 
Ovo eclode [umidade + temperatura] 
↓ 
Larva rabditoide (a larva evolui de L1 para L2) 
↓ 
Larva filarióide (a larva evolui para L3 – INFECTANTE!) 
↓ 
A larva filarióide penetra ativamente na pele e segue para a circulação sistêmica 
↓ 
Coração 
↓ 
Chega até o pulmão (Ciclo Pulmonar ou Ciclo de Loss) 
↓ 
Nos alvéolos, L3 evolui para L4 em mais ou menos 7 dias 
↓ 
Sobe árvore brônquica - traqueia - laringe - faringe 
↓ 
Cavidade bucal - pode ser deglutida ou expelida! 
Se deglutida vai para o intestino delgado 
↓ 
No intestino delgado, L4 evolui para L5 – verme adulto 
↓ 
Reprodução sexuada 
↓ 
Fêmea libera os ovos que sairão nas fezes 
 
 
 
 
 
4 Camila Carneiro Leão Cavalcanti 
Ciclo cutâneo 
 
Ingestão de L3 
↓ 
No estômago, há destruição da cutícula externa 
↓ 
L3 migra para o intestino e penetra na mucosa intestinal, se transformando em L4 
↓ 
L4 volta para a luz intestinal, se fixam na mucosa e iniciam o repasto sanguíneo 
↓ 
Na luz intestino, L4 se transforma em L5 – verme adulto 
↓ 
Reprodução sexuada 
↓ 
Liberação dos ovos que sairão nas fezes 
 
***Como o ciclo por transmissão oral NÃO passa pelo pulmão, então NÃO apresenta ciclo 
pulmonar e o paciente NÃO pode ter a Síndrome de Löeffler! 
 
O período de pré-patência, isto é, desde o momento da penetração das L3, até a 
eliminação dos ovos dos ancilostomídeos pelas fezes, varia entre 35 e 60 dias para A. duodenale, 
de 42 a 60 dias para N. americanus. 
A lesão dessa verminose depende da carga parasitária que o paciente apresenta. 
Normalmente, 1 larva consome 0,2 ml de sangue por dia. Logo, se uma pessoa, por exemplo, tiver 
uma infestação de 100 larvas, ela perderá 20 ml de sangue por dia → ANEMIA → apatia, pele 
amarelada, cansaço. 
• Manifestações clínicas 
Apatia (↓O2) 
Enfraquecimento muscular (↓proteínas) 
Ascite e edema de membros inferiores (↓proteínas = ↓albumina) 
PICA (↓Fe2+) 
 
• Diagnóstico 
Pesquisa de ovos nas fezes 
 
SÍNDROME DE LÖEFFLER 
[alergia à larva] 
 
A síndrome de Löeffler (Pneumonia Eosinofílica) representa o comprometimento do 
trato respiratório, evidenciado por alterações radiológicas, cuja etiologia está relacionada 
intimamente com as enteroparasitoses, destacando-se a infecção por Ascaris lumbricoides. 
O dano ao tecido pulmonar característico da síndrome está associado a uma resposta 
alérgica mediada por eosinófilos, os quais liberam citocinas, tais como espécies reativas de 
oxigênio (EROs), que lesam o parênquima pulmonar. 
A eosinofilia característica da síndrome é decorrente de um perfil de resposta 
inflamatória modulada por linfócitos T CD4+ diferenciados na forma Th2, a qual medeia 
aumento dos níveis de IgE; produção de IL-13; ativação, diferenciação, sobrevivência e migração 
de mais eosinófilos, através do aumento dos níveis de citocinas específicas (IL-4 e IL-5). 
 
5 Camila Carneiro Leão Cavalcanti 
• Tratamento 
Albendazol 
Mebendazol + reposição de Fe2+ em caso de anemia

Continue navegando

Outros materiais