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Tratamento não operatório da cárie

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Bruna Miranda 
Odontologia VII 
1 
 
CARIOLOGIA 30.04 
Tratamento não operatório da 
cárie dentária: escovação 
dentária e flúor 
A formação e a desorganização do biofilme é um 
processo dinâmico. 
O atrito mastigatório é um importante fator para a 
não formação de biofilme na face oclusal dos 
dentes. 
A escovação é a união do efeito mecânico com 
o efeito químico. 
O flúor possui ação tópica. 
Métodos coletivos de uso de flúor: água de 
abastecimento, sal fluoretado e leite. 
Água de abastecimento: 
 Lei de 1974 tornou obrigatório a 
fluoretação da água no Brasil. 
 Teor depende da temperatura local. 
 No Brasil o teor máximo permitido é de 
1,5ppm. 
 Há evidências de que a água de 
abastecimento fluoretada reduz os índices 
de cárie, contudo atualmente seu efeito 
pode não ser tão significativo devido ao 
amplo acesso a outras fontes de flúor. 
Métodos de autoaplicação de flúor: dentifrício 
fluoretado, enxaguatórios e flúor em tabletes ou 
gotas (deixou de ser recomendado devido a 
descoberta da ação tópica). 
Dentifrício fluoretado: 
 Compostos: NaF, MFP (mais comum no 
Brasil) e SnF2. 
 Concentração máxima de 1.500 ppm. 
Para pacientes em tratamento radioterápico é 
indicado o uso de flúor de 5.000 ppm 
Exaguatórios: 
 Concentrações: uso diário (225ppm) e 
semanal (900ppm). 
 Indicação: risco de cárie aumentado. 
 Contraindicação: crianças pequenas 
(risco de ingestão). 
Métodos de aplicação profissional: flúor em gel ou 
mousse. 
 FFA: flúor fosfato acidulado, ph ácido. 
 NaF: fluoreto de sódio, ph neutro 
(pacientes com restaurações). 
Toxicidade do flúor: 
 Ingestão crônica de flúor durante a 
mineralização dos dentes. 
 Período crítico: nascimento aos 8/9 anos 
de idade. 
 Prevalência no Brasil: 16,7%, sendo 15,1% 
de fluorose leve ou muito leve (SB Brasil, 
2010). 
 
CARIOLOGIA 07.05 
AGENTE ANTIMICROBIANO 
Eficácia depende de: 
 Biodisponibilidade (dose adequada e 
duração do efeito). 
 Substantividade (capacidade de se 
manter nas superfícies bucais e continuar 
sendo liberado). 
Mecanismos de ação: 
 Inibição da adesão e colonização 
bacteriana. 
 Inibição de crescimento e do metabolismo 
bacteriano. 
 Rompimento do biofilme. 
 Deslocamento das bactérias. 
 Modificação da bioquímica, da ecologia 
e da virulência do biofilme. 
Veículos para os agentes antimicrobianos orais: 
 Exaguatórios ou sprays. 
 Dentifrícios. 
 Géis. 
 Chicletes ou pastilhas. 
 Produtos/formulações de liberação lenta. 
Agentes específicos de destaque: 
Clorexidina: 
Bruna Miranda 
Odontologia VII 
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 Solução de amplo espectro, eficaz no 
controle do biofilme e da gengivite. 
 Alta substantividade. 
 Dose alta: ação bactericida. 
 Dose baixa: ação bacteriostática. 
 Streptococcus mutans são sensíveis. 
 Indicação não pode ser indiscriminada. 
 Efeitos indesejados: descoloração dos 
dentes, descamação das mucosas, altera 
o paladar. 
Triclosan 
 Amplo espectro. 
 Comum em dentifrícios. 
 Baixa substantividade. 
 Age sobre S. mutans, S. sanguinis e S. 
salivarius. 
 Efeito limitado não justifica seu uso para 
controle de cárie. 
Xilitol 
 Não acidogênico (não reduz o ph do 
biofilme). 
 Efeito combinado com a estimulação 
salivar. 
 Age especialmente sobre o S. mutans. 
 Uso prolongado pode conferir resistência 
do grupo mutans. 
Considerações sobre o uso de antimicrobianos 
para controle de cárie dentária: 
 Baseado na hipótese da placa não 
específica. 
 Risco de efeito indesejado sobre a 
microbiota com seleção de agentes 
patógenos. 
 Risco de surgimento de resistência 
bacteriana. 
 Não devem ser usados como rotina. 
ACONSELHAMENTO DE DIETA 
Estudo de Vipeholm: estudo que relacionou o 
açúcar com a ocorrência de cárie. 
 O paciente deve compreender o papel do 
açúcar no processo carioso. 
 Atenção às recomendações para dieta na 
primeira infância. 
 Recomendação para modificação da 
dieta. 
 Sugestão para uso de substitutos do 
açúcar.

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