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SISTEMA GENITAL FEMININO • Hipófise comanda o funcionamento do ovário e o ovário comanda o funcionamento do útero e vagina • A hipófise produz FSH (estimula o desenvolvimento dos folículos ovarianos e a produção de estrogênio pelas célular foliculares) e LH (“gatilho” para a ovulação e estimula as células foliculares e o corpo lúteo a produzirem progesterona), atuam sobre o ovário, e este responde sintetizando estrogênio e progesterona • Esses hormônios atuam sobre o útero e a vagina ➢ Antes dos 11 anos, o hormônio GNRH (hipotálamo) não está presente, este é responsável pelo estímulo à adenohipófise, por isso, não há liberação de FSH e LH OVÁRIO ➢ Formado por epitélio cúbico simples (epitélio ovariano) e conjuntivo denso, denominado túnica albugínea ➢ Estroma: tecido conjuntivo a redor dos folículos ovarianos • Folículos primordiais passam pelo estágio primário, crescimento e maduro. Esse processo ocorre pelo hormônio FSH • LH forma o corpo lúteo, ficando ativo por um período, após desaparece • Quem mantém o corpo lúteo vivo é o LH+FSH ➢ O folículo primordial é formado por camada de células achatadas chamadas de células foliculares ➢ As células do estroma ovariano vão se desenvolvendo até formar as tecas internas e externas ➢ A zona pelúcida é formada por ácido hialurônico FORMAÇÃO DO CORPO LÚTEO: Células da teca interna: produz estrógeno ➢ Esse desenvolvimento é feito pelo LH ➢ O antro folicular se rompe e joga dentro da tuba uterina o ovócito (zona pelúcida + coroa radiada) ➢ O que sobra no ovário são as células da teca e da granulosa – corpo lúteo (secreta principalmente progesterona, mas também um pouco de estrógeno) ➢ A degeneração do corpo lúteo é impedida pela gonadotrofina coriônica humana (hCG) • A camada granulosa produz progesterona e a camada da teca produz estrógeno Antes da ovulação: estrógeno em alta Depois da ovulação: progesterona em alta TUBA UTERINA Dividida em infundíbulo, ampola, istmo e a parte uterina Carregam os oócitos dos ovários até o local da fecundação na ampola Parede formada por três camadas: 1. Mucosa: epitélio colunar simples e tecido conjuntivo frouxo Nutrição para os primeiros estágios de desenvolvimento (maior quantidade de progesterona) Há células ciliadas que ajudam no transporte do oócito para o útero 2. Muscular: fibras organizadas em forma circular (espiral) -interna; longitudinal – externa 3. Serosa: lâmina visceral do peritônio Quando há maior quantidade de estrogênio, haverá maior quantidade de células ciliadas ÚTERO ▪ O fundo do útero é a parte arredondada do corpo uterino que se encontra acima dos orifícios das tubas uterinas. ▪ Corpo do útero: se estreita do fundo até o istmo (região entre o corpo e o colo do útero) ▪ Canal cervical: apresenta uma abertura constrita, um óstio em cada extremidade – óstio externo se comunica com a vagina ▪ Parede formada por três camadas: 1. ENDOMÉTRIO (MUCOSA): epitélio colunar simples/ tecido conjuntivo frouxo Apresenta variação de acordo com a ação do estrogênio e da progesterona A camada superficial é renovada a cada ciclo menstrual e é chamada de camada funcional Camada basal – reposição Camada funcional – renovação (camada compacta e esponjosa) – formada por tecido conjuntivo denso compactado ao redor do ducto das glândulas uteinas (compacto); composta de tecido conjuntivo edematoso, contendo os corpos tortuosos e dilatados das glândulas uterinas (esponjosa) O estrogênio age no endométrio fazendo-o proliferar com glândulas retas e aspecto mais compacto (fase proliferativa/ estrogênica); já a progesterona age no endométrio tornando-o esponjoso com glândulas tortas e sinuosas (fase progestacional/ secretora); Quando esses dois hormônios deixam de atuar, o endométrio deixa de ser nutrido, sofrendo necrose seguida de hemorragia (fase menstrual) Ciclo endomentrial: fase proliferativa/ folicular/ estrogênica Fase secretória/ luteal/ progestagênica Fase menstrual 2. MIOMÉTRIO (MUSCULAR): 4 camadas não definidas – músculo liso 3. PERIMÉTRIO (serosa ou adventícia) VAGINA • Na vagina é produzido um muco cervical que varia de composição de acordo com o momento do ciclo menstrual por glândulas endocervicais • Quando há baixas concentrações de estrogênio e alta concentração de progesterona, o muco está viscoso e em menor quantidade; com alta concentração de estrogênio, o muco fica aquoso • Essa variação do muco pode facilitar ou dificultar a entrada do espermatozoide até a tuba uterina (quando está viscoso, é a situação mais farovável) OOGÊNESE • Se refere à sequência de eventos pelos quais as oogônias são transformadas em oócitos • Se inicia durante o período fetal, mas não se completa até após a puberdade • Ao nascimento, todos os oócitos primários já completaram a prófase da primeira divisão meiótica • Após a ovulação, o oócito primário completa a primeira divisão meiótica • O primeiro corpo polar se degenera porque a divisão é desigual, deixando para o oócito secundário quase todo o citoplasma da célula • Se o oócito secundário for fecundado, a segunda divisão meiótica se completa, sendo liberado na ovulação, envolto por uma camada de material amorfo chamado de zona pelúcida DESENVOLVIMENTO FOLICULAR Caracterizado por: ➢ Crescimento e diferenciação do oócito primário ➢ Proliferação de células foliculares ➢ Formação da zona pelúcida ➢ Desenvolvimento de uma cápsula de tecido conjuntivo envolvendo o folículo – a teca folicular OVULAÇÃO: As células foliculares se dividem ativamente, produzindo uma camada estratificada ao redor do oócito Espaços repletos de líquido aparecem formando uma cavidade única, o antro, contendo líquido folicular – quando o antro se forma, o folículo ovariano é chamado de folículo secundário O oócito primário é circundado por células foliculares, chamadas de cumulus oophorus que se projetam para o antro aumentado ➢ A ovulação ocorre até 24 horas após um pico de produção de LH que parece ser o resultado de moléculas de sinalização das células granulosas ➢ Esse pico, estimulado pelo alto nível de estrogênio no sangue, causa ruptura do estigma, expelindo o oócito secundário juntamente com o líquido folicular, envolto pela zona pelúcida, uma cobertura acelular de glicoproteínas e uma ou mais camadas de células foliculares, que estão distribuídas radialmente para formar a corona radiada e o cumulus oophorus SISTEMA GENITAL MASCULINO Composto por testículo, ductos genitais, glândulas acessórias e pênis Ductos genitais (extra-testiculares): epidídimo, ducto deferente e uretra Glândulas acessórias: vesícula seminal, próstata e glândula bulbouretral Genitália externa: pênis e escroto Gônada = testículo – produção de espermatozoides e hormônios ➢ Testosterona: participa da espermatogênese, diferenciação sexual durante o desenvolvimento embrionário e fetal e para o controle da secreção de gonadotropinas ➢ Dihidro-testosterona: atua nos músculos, distribuição de pelos, crescimento dos cabelos, etc TESTÍCULOS • Envolto por tecido conjuntivo denso, também chamado de túnica albugínea • Espessada na superfície dorsal dos testículos para formar o mediastino do testículo, do qual partem septos fibrosos • Esses septos dividem o testículo em aproximadamente 250 compartimentos piramidais chamados de lóbulos testiculares • Cada lóbulo é ocupado por um a quatro túbulos seminíferos (envolvidos por tecido conjuntivo frouxo rico em vasos sanguíneos e linfáticos, nervos e células intersticiais – células de Leydig) o Os túbulos seminíferos produzem osespermatozoides o As células intersticiais (células de Leydig) secretam andrógeno testicular • Se desenvolvem em posição retroperitoneal, na parede dorsal da cavidade abdominal • Eles se encontram dentro de uma cavidade quando nascem e após um período, saem, arrastando consigo um folheto de peritônio chamado de túnica vaginal, que consiste numa camada parietal exterior e uma camada visceral interna que recobre a túnica albugínea – a bolsa escrotal tem um papel importante na manutenção dos testículos a uma temperatura abaixo da intra-abdominal TÚBULOS SEMINÍFEROS ▪ Local de produção dos espermatozoides ▪ São túbulos enovelados, em quantidade de 250 a 1000 em cada testículo Produzem secreções que transportam os espermatozoides para o exterior. Também fornecem nutrientes para os espermatozoides ▪ Estão dispostos em alças e suas extremidades se continuam com curtos tubos conhecidos por túbulos retos o Os túbulos retos conectam os túbulos seminíferos à rede testicular (formado por epitélio simples pavimentoso ou cúbico) o 10 a 20 ductos eferentes conectam a rede testicular ao início da porção seguinte do sistema de ductos – o ducto epididimário ou ducto do epidídimo ▪ A parede dos túbulos seminíferos é formada por uma camada de células chamadas de epitélio germinativo ou epitélio seminífero, envolvido por uma lâmina basal e por uma bainha de tecido conjuntivo O tecido conjuntivo é constituído por uma camada de células próximas à lâmina basal denominada de células mioides achatadas e contráteis, que tem características de células musculares lisas o As células de Leydig se situam nesse conjuntivo e ocupam a maior parte do espaço entre os túbulos seminíferos O epitélio seminífero é formado por duas porções distintas de células – as células de Sertoli e as células que constituem a linhagem espermatogênica o As células da linhagem espermatogênica se dispõem em 4 a 8 camadas e sua função é produzir espermatozoides. Se originam do saco vitelino do embrião TRANSPORTE DO ESPERMATOZOIDE • Formado por diversos túbulos seminíferos altamente enrolados que produzem espermatozoides. • Os espermatozoides imaturos passam dos testículos para um único tubo complexamente enrolado, o epidídimo, onde eles estão armazenados • Do epidídimo, os ductos deferentes transportam os espermatozoides para o ducto ejaculatório ESPERMATOGÊNESE É o processo de produção de espermatozoides I. Começa com as espermatogônias, situadas próximo à lâmina basal do epitélio germinativo. Na puberdade, as espermatogônias iniciam um processo contínuo de divisões mitóticas e produzem sucessivas gerações de células, podendo manter-se dessa forma ou diferenciarem-se em espermatogônias do tipo B II. As espermatogônias de tipo B passam por alguns ciclos mitóticos, originando espermatócitos primários III. Os espermatócitos primários são as maiores células da linhagem espermatogênica ✓ Achatados de cromossomos nos seus núcleos ✓ Sua localização é próxima à lâmina basal ✓ Duplicam seu DNA e no final da meiose I dão origem aos espermatócitos secundários IV. Os dois espermatócitos secundários entram na segunda divisão da meiose, originando duas espermátides ESPERMIOGÊNESE É o nome da fase final de produção de espermatozoides V. As espermátides se transformam em espermatozoides. Podem ser distinguidas por ✓ Pequeno tamanho ✓ Núcleos com quantidades crescentes de cromatina condensada e formas variadas, inicialmente redondas e depois alongadas ✓ Posição perto do lúmen dos túbulos seminíferos PROCESSO DA ESPERMIOGÊNESE: ➢ Formação do acrossomo ➢ Condensação e alongamento do núcleo ➢ Desenvolvimento do flagelo ➢ Perda da maior parte do citoplasma A espermiogênese e pode ser dividida em três etapas: do complexo de Golgi, do acrossomo e de maturação ETAPA DO COMPLEXO DE GOLGI: ➢ O citoplasma das espermátides contém um complexo de Golgi bastante desenvolvido. Grânulos proacrossômicos acumulam-se no complexo de Golgi, depois fundem-se para formar um único grânulo acrossômico no interior da vesícula acrossômica. Os centríolos migram para perto da superfície da célula em posição oposta à vesícula acrossômica e iniciam a formação do axonema (conjunto de microtúbulos que formam o eixo central de um flagelo) ETAPA DO ACROSSOMO: ➢ A vesícula e o grânulo acrossômico se estendem sobre a metade anterior do núcleo como um capuz e passam a ser chamados de capuz acrossômico, posteriormente de acrossomo. ➢ O acrossomo contém várias enzimas hidrolíticas, assemelhando-se a um lisossomo. Essas enzimas são capazes de dissociar as células da coroa radiada e digerir a zona pelúcida ➢ Reação acrossômica: processo de fertilização ➢ O flagelo cresce a partir de um dos centríolos ETAPA DE MATURAÇÃO: ➢ Durante essa etapa, o núcleo das espermátides se torna mais alongado e condensado. O núcleo volta-se para a base do túbulo seminífero e o flagelo se projeta em seu lúmen ➢ Uma grande parte do citoplasma das espermátides é desprendida, formando os corpos residuais que são fagocitados pelas células de Sertoli e os espermatozoides são liberados no lúmen do túbulo CÉLULAS DE SERTOLI: • São elementos essenciais para a produção de espermatozoides • Sua superfície basal adere à lâmina basal dos túbulos • Seus núcleos se situam na base dos túbulos seminíferos • As células da linhagem espermatogênica se alojam nos recessos, passando pelo processo de maturação final, formando os espermatozoides • Barreira hematotesticular – junções de oclusão que prendem uma célula à outra • Algumas células atravessam essa barreira e iniciam a espermatogênese • Compartimento adluminal – situado sobre a barreira, local em que alguns espermatócitos e espermátides se encontram Funções: ➢ Suporte ➢ Proteção ➢ Suprimento nutricional dos espermatozoides em desenvolvimento ➢ Fagocitam os corpos residuais deixados pelo citoplasma das espermátides ➢ Secretam nos túbulos seminíferos um fluido que é usado no transporte de espermatozoides. Essa secreção é controlada pelo hormônio FSH e pela testosterona ✓ Hormônio antimulleriano: é uma glicoproteína que age durante o desenvolvimento embrionário para promover a regressão dos ductos de Muller (ductos paramesonéfricos) em fetos do sexo masculino e induzir o desenvolvimento de estruturas derivadas dos ductos de Wolff (ductos mesonéfricos) ✓ Barreira hematotesticular: os capilares sanguíneos dos testículos são do tipo fenestrado e possibilitam a passagem de moléculas grandes, a existência dessa barreira, formada pelas junções de oclusão das células de Sertoli, impede a passagem dessas moléculas. Assim, as células mais avançadas da espermatogênese são protegidas de substâncias do sangue FATORES QUE INFLUENCIAM NA ESPERMATOGENESE 1. HORMÔNIOS: o A espermatogênese depende da ação do FSH e do LH da hipófise sobre as células do testículo o FSH – age nas células de Sertoli, promovendo a síntese e a secreção de proteína ligante de andrógeno-ABP o LH – age nas células intersticiais, estimulando a produção de testosterona o Testosterona se combina com a ABP, estimulando a espermatogênese 2. TEMPERATURA: o A espermatogênese só acontece em temperaturas abaixo de 37ºC o Plexo pampiniforme – envolve as artérias dos testículos e forma um sistema contracorrente de troca de calor para manter a temperatura 35ºC o Outro fator que ajuda na temperatura é a contração dos músculos cremastéricos do cordão espermático, que tracionam os testículos em direção aos canais inguinais 3. OUTROS FATORES: o Desnutrição, alcoolismo, irradiações, sais de cádmio, bussulfano TECIDO INTERSTICIAL • Importante para a nutrição das células dos túbulos seminíferos, transportede hormônios e produção de andrógenos • Durante a puberdade, surgem as células intersticiais do testículo, ou células de Leydig, produtoras de esteroides – produzem testosterona (sintetizada por enzimas encontradas nas mitocôndrias e no REL) • As células de Leydig são estimuladas pelo LH DUCTOS INTRATESTICULARES TÚBULOS RETOS: ➢ Faltam as células da linhagem espermatogênica e há um segmento inicial formado somente por células de Sertoli seguido por um segmento principal revestido por um epitélio de células cuboides apoiados em uma envoltura de tecido conjuntivo denso. Se continuam na rede testicular, situada no mediastino do testículo DUCTOS EFERENTES: ➢ Formados por grupos de células epiteliais cuboides não ciliadas que se alternam com grupos de células cujos cílios batem em direção do epidídimo. As células não ciliadas absorvem fluido secretado pelos túbulos seminíferos. Juntos com as células ciliadas, criam um fluxo que conduz os espermatozoides para o epidídimo DUCTOS GENITAIS EXTRATESTICULARES • Transportam os espermatozoides do testículo para o meato do pênis DUCTO DO EPIDÍDIMO: ➢ Tubo único altamente enrolado. Forma o corpo e a causa do epidídimo ➢ Formado por epitélio colunar pseudoestratificado, células basais redondas e colunares. A superfície das células colunares é formada por estereocílios. Participa da absorção e digestão dos corpos residuais das espermátides. Envolvida por células musculares lisas e por tecido conjuntivo frouxo DUCTO DEFERENTE: ➢ Caracterizado por um lúmen estreito e uma espessa camada de músculo liso ➢ Sua muscosa é coberta por epitélio colunar pseudoestratificado com estereocílios. Rico em fibras elásticas ➢ Participa na ejaculação do sêmen ➢ Antes de entrar na próstata, o ducto deferente se dilata, formando uma região chamada de ampola, na sua porção final desembocam as vesículas seminais CORDÃO ESPERMÁTICO: ➢ Conjunto de estruturas que inclui a artéria testicular, o plexo pampiniforme e nervos GLÂNDULAS ACESSÓRIAS VESÍCULAS SEMINAIS: ➢ Consistem em dois tubos muito tortuosos ➢ Mucosa composta por epitélio cuboide ou pseudoestratificado colunar e são ricas em grânulos de secreção ➢ A lâmina própria é rica em fibras elásticas e é envolvida por uma camada de musculo liso ➢ Produzem uma secreção que contém substâncias importantes para os espermatozoides – fonte energética para a motilidade deles PRÓSTATA: ➢ Conjunto de 30 a 50 glândulas tubuloalveolares ramificadas que envolvem uma porção da uretra – uretra prostática ➢ Zona central: contém 25% do volume de glândula; zona de transição; zona periférica: contém 70% da glândula ➢ As glândulas são formadas por epitélio cuboide alto ou pseudoestratificado colunar ➢ Envolvida por uma cápsula fibroelástica rica em musculo liso ➢ A estrutura e função da próstata são reguladas por testosterona ➢ Concreções prostáticas: formados por glicoproteínas, frequentemente calcificados, sua quantidade aumenta com a idade GLÂNDULAS BULBOURETRAIS OU GLÂNDULAS DE COWPER: ➢ Situam-se na porção membranosa da uretra ➢ São glândulas tubuloalveolares, revestidas por epitélio cubico simples secretor de muco – age como lubrificante PÊNIS • Corpos cavernosos do pênis: localizado dorsalmente o Envolvidos por uma camada de tecido conjuntivo denso – túnica albugínea • Corpo cavernoso da uretra ou corpo esponjoso: envolve a uretra • A maior parte da uretra é revestida por epitélio pseudoestratificado colunar, transformando-se na glande em estratificado pavimentoso • Glândulas de Littré: encontrada ao longo da uretra • Prepúcio: dobra retrátil de pele que contém tecido conjuntivo com músculo liso, contém glândulas sebáceas • A ereção ocorre quando impulsos vasodilatadores do parassimpático causam o relaxamento da musculatura dos vasos penianos e do músculo liso dos corpos cavernosos • A vasodilatação se associa a inibição de impulsos vasoconstritores do simpático, abertura das artérias penianas e dos espaços cavernosos aumenta o fluxo de sangue, produzindo a rigidez do pênis FERTILIZAÇÃO • Um zigoto, formado pela união entre um espermatozoide e um oócito é uma célula totipotente • O local habitual da fecundação é a ampola da tuba uterina ETAPAS DA GESTAÇÃO 1. Fecundação até 8ª semana: embrião – período embrionário (desenvolvimento dos órgãos e sistemas a partir dos folhetos embrionários) 2. 8ª semana até 38ª semana: feto – período fetal TEMPO DE GESTAÇÃO ➢ Fertilização: 266 dias, 38 semanas, 8 ¾ meses, 9 ½ meses lunares ➢ UPMN (data da última menstruação): 280 dias, 40 semanas, 9 ¼ meses, 10 meses lunares ▪ A data do nascimento é calculada como sendo 266 dias após a data estimada fertilização, ou 280 dias após o último período menstrual DIVISÃO DA TUBA UTERINA • Terço proximal: começo da tuba uterina próxima do ovário • Terço medial • Terço distal: local em que o oócito é liberado (ampola) ENCAMINHAMENTO DO ESPERMATOZOIDE • O folículo maduro, por ação do FSH e LH rompe sua parede para liberação do oócito na tuba uterina • A fecundação ocorre na ampola da tuba uterina (terço distal). O espermatozoide caminha pelo útero, atingindo a ampola da tuba uterina. Na cabeça do espermatozoide tem-se o capuz com as enzimas. O oócito é revestido pelas células da coroa radiada e entre essa e a membrana tem- se a zona pelúcida (capa de ácido hialurônico) • Condicionamento ou capacitação do espermatozoide • Fecundação ETAPAS DA FECUNDAÇÃO 1. O espermatozoide passa pelo processo de condicionamento ou capacitação, em que há remoção da cobertura glicoproteica e de proteína seminais da região acrossômica do espermatozoide, para que haja a liberação das enzimas que irão “rasgar” as células do oócito e da zona pelúcida (leva aproximadamente 7 horas). Esse processo ocorre no útero e na tuba uterina 2. Passagem do espermatozoide através da corona radiata do oócito. A dispersão das células foliculares da corona radiata ocorre principalmente em decorrência da ação da enzima hialuronidase, que é liberada a partir do acrossoma do espermatozoide. As enzimas da mucosa da tuba uterina também parecem auxiliar a hialuronidase, além disso, os movimentos da causa do espermatozoide também são importantes durante a penetração da corona radiata 3. Penetração da zona pelúcida – a formação de um caminho através da zona pelúcida é decorrente da ação de enzimas liberadas a partir do acrossoma. A enzima proteolítica acrosina parece causar a lise da zona pelúcida, formando um caminho pro espermatozoide até o oócito 4. Fusão das membranas plasmáticas celulares do oócito e do espermatozoide – o conteúdo dos grânulos corticais é liberado para o espaço perivitelino, levando a mudanças na zona pelúcida. Essa alteração evita que outros espermatozoides entrem. A cabeça e a cauda do espermatozoide entram então no citoplasma do oócito, mas a membrana plasmática e a mitocôndria do espermatozoide ficam para trás 5. Finalização da segunda divisão meiótica do oócito – forma um oócito maduro e um segundo corpo polar, o núcleo do oócito maduro se torna o pronúcleo feminino 6. Formação do pronúcleo masculino – o núcleo do espermatozoide aumenta de tamanho e forma o pronúcleo masculino, a cauda se degenera. Durante esse processo, os pronúcleos feminino e masculino replicam seu DNA 7. Ruptura das membranas pronucleares – ocorrem a condensação dos cromossomos, o rearranjo dos cromossomos para a divisão celular mitótica e a primeira clivagem do zigoto. A combinação de 23 cromossomos em cada pronúcleo resulta em um zigoto com 46 cromossomos RESULTADOS DA FECUNDAÇÃO ✓ Estimula o oócito secundário a completar a segunda divisão meiótica, produzindo o segundo corpo polar ✓ Restaura o número diploide normal de cromossomos (46) no zigoto ✓ É responsávelpela variação da espécie humana por meio da mistura dos cromossomos maternos e paternos ✓ Determina o cromossomo sexual do embrião, um espermatozoide portador do cromossomo sexual X produz um embrião feminino, e um espermatozoide portador do cromossomo sexual Y produz um embrião masculino ✓ Causa a ativação metabólica do oócito, o que inicia a clivagem do zigoto QUANDO NÃO OCORRE A FERTILIZAÇÃO • Ocorre a degradação do corpo lúteo • Queda nos níveis de progesterona e estrógeno • Fase isquêmica endomentrial • Fase menstrual IMPLANTAÇÃO ECTÓPICA • Implantação fora do local correto • Ocorre devido a vários fatores: erros no transporte do zigoto, expulsão do blastocisto da tuba uterina • Baixa produção de hCG • Aborto do embrião • Locais mais frequentes: tuba uterina, abdome, colo do útero e ovário SEGMENTAÇÃO E IMPLANTAÇÃO I. Clivagens na tuba uterina II. Zigoto se transforma em blastômeros, mórula e blastocisto III. Blastômeros de duas células se transforma em 32 células até virar mórula IV. A mórula são milhares de células agrupadas V. Blastocisto: massa celular interna (embrioblasto) – irá originar o embrião e os anexos embrionários; e massa medular externa (trofoblasto) – irá originar o embrioblasto e a placenta o A implantação do blastocisto é responsabilidade das células denominadas de sinciciotrofoblasto VI. O endométrio é uma camada hormônio dependente – estrógeno para crescimento e progesterona para secreção VII. O blastocisto fica aderido ao epitélio endomentrial e a partir daí, surgem células derivadas do trofoblasto – sincício trofoblasto e o citotrofoblasto o Ação invasiva/enzimática: enzimas proteolíticas grudam no endométrio o Essas células do sincício começam a secretar a gonadotrofina coriônica (após uma semana de gestação, mais ou menos) o O sincício dá origem a placenta CÉLULAS ENVOLVIDAS NESSE PERÍODO • Hipoblasto é a camada de células inferior à blastocele secundária em blastômeros do tipo discoblástula secundária. Origina-se a partir dos micrômeros • O epiblasto forma o assoalho da cavidade amniótica e o hipoblasto o teto da cavidade exocelômica. Células do hipoblasto migram para formar a membrana exocelômica que reveste a superfície interna do citotrofoblasto. • O sinciciotrofoblasto é uma grande camada de células embrionárias sinciciais originada dos trofoblastos, que tem como função abrir caminho na parede do endométrio para a implantação do blastocisto durante a segunda semana de gestação. • No trofoblasto, ocorre modificação nas camadas externas e internas (sinciciotrofoblasto e citotrofoblasto respectivamente), o sinciciotrofoblasto secreta enzimas responsáveis por abrir uma extensão nas células do endométrio e nutrir o embrião, já na camada mais interna, o endométrio que nesse tempo cobre o embrião, forma vilosidades do córion que origina a placenta. Outras modificações ocorrem, ao mesmo tempo, como as camadas de células no embrioblasto – o epiblasto, responsável por participar na formação do embrião e do âmnio e o hipoblasto, que tem função na formação do saco vitelínico e da alantoide. • O citotrofoblasto tem grande atividade mitótica, sendo ele o responsável por produzir a parte embrionária da placenta GESTAÇÃO DE GÊMEOS • Monozigóticos: formação de dois embrioblastos a partir de um único zigoto, com dois âmnios • Dizigóticos: formação de dois blastocistos a partir de dois zigotos SEGUNDA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO • A implantação do blastocisto termina na segunda semana de desenvolvimento e ocorre no endométrio, na região superior do colo do útero • Há a formação de um disco embrionário formado por duas camadas celulares: epiblasto e Hipoblasto – origina as camadas germinativas que formam todos os tecidos e órgãos do embrião • Há também a formação da cavidade amniótica, o âmnio, a vesícula umbilical e o saco coriônico • O sinciciotrofoblasto invade o tecido conjuntivo endomentrial que contém glândulas e capilares uterinos. À medida que isso ocorre, o blastocisto lentamente aprofunda-se no endométrio • As células endomentriais sofrem apoptose, facilitando a implantação • As células do tecido conjuntivo ao redor acumulam glicogênio e lipídios. As células deciduais degeneram-se na região de penetração do sinciciotrofoblasto, que engloba estas células, gerando uma rica fonte de nutrição embrionária • O trofoblasto aumenta o contato com o endométrio e continua a se diferenciar em duas camadas: ➢ O citotrofoblasto forma novas células trofoblásticas que migram para a massa crescente de sinciciotrofoblasto, onde se fundem e perdem suas membranas celulares ➢ O sinciciotrofoblasto se expande rapidamente (produz o hormônio hCG, que entra no sangue materno por suas lacunas) o O hCG mantém o desenvolvimento das artérias espiraladas no miométrio e a formação do sinciciotrofoblasto FORMAÇÃO DA CAVIDADE AMNIÓTICA E DO DISCO EMBRIONÁRIO • Formação do disco embrionário, formado por duas camadas: ➢ O epiblasto – camada mais espessa, formada por células cilíndricas altas relacionadas com a cavidade amniótica ➢ O hipoblasto – camada mais delgada, formada por células cúbicas e pequenas adjacentes à cavidade exocelômica. Por volta do 14° dia, o embrião ainda apresenta a forma de um disco bilaminar, e células hipoblásticas (células do hipoblasto) formam uma área espessa circular, denominada placa pré-cordal, que indica o futuro local da boca, a região cranial do embrião. • Formação da cavidade amniótica – aos poucos os amnioblastos se separam do epiblasto, se organizando para formar a membrana do âmnio. O epiblasto forma o assoalho da cavidade e o hipoblasto forma o teto da cavidade exocelômica (envolve a cavidade blastocística e reveste a face interna do citotrofoblasto) • A vesícula umbilical primária é formada através da modificação da membrana e cavidade exocelômicas (rodeia a cavidade blastocística e está em contato com a parte interna do citotrofoblasto). A camada mais externa da vesícula forma o mesoderma extraembrionário (tecido conjuntivo frouxo) • Nessa formação, há o aparecimento de lacunas (cavidades) no sinciciotrofoblasto, que são preenchidas por sangue materno e restos celulares das glândulas uterinas erodidas – líquido chamado de embriotrofo • O início da circulação uteroplacentária se dá pela comunicação dos vasos uterinos erodidos com o líquido da lacuna. O sangue materno leva oxigênio e substancias nutritivas para os tecidos extraembrionários o O sangue oxigenado das artérias espiraladas passa para as lacunas o O sangue pobre em oxigênio é removido das lacunas através das veias endomentriais • No 10º dia o embrião está completamente implantado no endométrio • REAÇÃO DECIDUAL: promove uma área imunologicamente privilegiada para o concepto, diz respeito na transformação das células do tecido conjuntivo endomentrial, que resulta da sinalização de AMPc e progesterona • No 12º dia as lacunas sinciciotrofoblásticas adjacentes se fusionam e formam redes lacunares – primórdios espaços intervilosos da placenta • O mesoderma extraembrionário (circunda o âmnio e o saco vitelínico) cresce e surgem no seu interior espaços celômicos extraembrionários isolados, rapidamente se fusionam e formam uma grande cavidade isolada, o celoma extraembrionário. Essa cavidade envolve o âmnio e a vesícula umbilical DESENVOLVIMENTO DO SACO CORIÔNICO • O final da segunda semana é caracterizado pelo surgimento das vilosidades coriônicas primárias • A proliferação das células citotrofoblásticas produz extensões celulares que crescem no interior do sinciciotrofoblasto, essas projeções formam as vilosidades coriônicas primárias • O celoma divide o mesoderma em duas camadas: ➢ Mesoderma somático extraembrionário, que reveste o trofoblasto e cobre o âmnio ➢ Mesodermaesplâncnico extraembrionário, que envolve a vesícula umbilical • O mesoderma somático e as duas camadas do trofoblasto formam o córion, que forma a parede do saco coriônico • O embrião, o saco amniótico e a vesícula umbilical estão suspensos na cavidade amniótica pelo pedículo de conexão GASTRULAÇÃO • Processo formativo pelo qual as três camadas germinativas que são precursoras de todos os tecidos embrionário, e a orientação axial, são estabelecidas nos embriões • Durante esse período, o disco embrionário bilaminar é convertido em um disco embrionário trilaminar • A gastrulação é o início da morfogênese (desenvolvimento da forma do corpo) • Ocorre na terceira semana de gestação INÍCIO DO PROCESSO • Se inicia com a formação da linha primitiva na superfície do epiblasto do disco embrionário – durante esse período o embrião é denominado de gástrula ORIGEM DOS TECIDOS E ÓRGÃOS ▪ ECTODERMA: dá origem à epiderme, ao sistema nervoso central e periférico, ao olho, à orelha interna e a muitos tecidos conjuntivos da cabeça ▪ ENDODERMA: fonte dos revestimentos epiteliais das vias respiratórias e do trato gastrointestinal, incluindo as glândulas que se abrem no trato gastrointestinal e as células glandulares dos órgãos associados, tais como o fígado e o pâncreas ▪ MESODERMA: dá origem a todos os músculos esqueléticos, às células sanguíneas e ao revestimento dos vasos, a todo músculo liso visceral, a todos os revestimentos serosos de todas as cavidades do corpo, aos ductos e órgãos dos sistemas reprodutivos e secretor e à maior parte do sistema cardiovascular. No tronco, é origem de todos os tecidos conjuntivos, incluindo a cartilagem, os ossos, os tendões, os ligamentos, a derme e o estroma dos órgãos internos LINHA PRIMITIVA • Seu aparecimento é o principal sinal da gastrulação • É formada pela formação de uma faixa linear espessada do epiblasto • Se localiza na região mediana caudal do disco embrionário • Assim que essa linha surge é possível identificar o eixo cefálico-caudal do embrião, as extremidades cefálica e caudal, as superfícies dorsal e ventral e os lados direito e esquerdo • As células da superfície profunda dessa região formam o mesênquima (são células ameboides e ativamente fagocíticas) – forma os tecidos de sustentação do embrião e a maioria dos tecidos conjuntivos do corpo e das glândulas o Parte do mesênquima forma o mesoblasto que forma o mesoderma embrionário ou intra-embrionário • O hipoblasto forma o endoderma embrionário, no teto do saco vitelino • As células que permanecem no epiblasto formam o ectoderma embrionário ou intra- embrionário • As células do epiblasto dão origem a todas as três camadas germinativas do embrião, primórdios de todos os tecidos e órgãos DESTINO DA LINHA PRIMITIVA ▪ A linha primitiva forma ativamente o mesoderma pelo ingresso de células até o início da quarta semana ▪ Com o passar dos dias, a linha diminui e torna-se uma estrutura insignificante na região sacrococcígea do embrião ▪ Normalmente desaparece no fim da quarta semana PROCESSO NOTOCORDAL • Originado de algumas células mesenquimais e que tiveram destinos de células do mesoderma, migram cefalicamente do nó e da fosseta primitivos, formando um cordão celular mediano que é chamado de processo notocordal • Sua luz é chamada de canal notorcordal • Placa pré-cordal: uma pequena área circular de células endodérmicas colunares, onde o ectoderma e o endoderma estão em contato. O mesoderma pré-cordal é essencial para a indução do cérebro anterior e do olho o É o primórdio da membrana bucofaríngea • Algumas células mesenquimais da linha primitiva (que tem destino mesodérmico) migram cefalicamente de cada lado do processo notocordal e em torno da placa pré-cordal. Nesse local se encontram cefalicamente, formando o mesoderma cardiogênico (área cardiogênica), onde o primórdio do coração começa a se desenvolver no fim da terceira semana • A membrana cloacal, caudalmente à linha primitiva, indica o local do futuro ânus. • Na metade da terceira semana, o mesoderma intra-embrionário separa o ectoderma do endoderma em todos os lugares, exceto: o Cefalicamente na membrana bucofaríngea o No plano mediano cefalicamente ao nó primitivo, onde se localiza o processo notocordal o Caudalmente na membrana cloacal A notocorda define o eixo primitivo do embrião, dando-lhe uma certa rigidez, fornece os sinais necessários para o desenvolvimento do esqueleto axial (ossos da cabeça e da coluna vertebral) e do sistema nervoso central, contribui na formação dos discos intervertebrais DESENVOLVIMENTO DA NOTOCORDA ➢ O processo notocordal se alonga pela invaginação de células provenientes da fosseta primitiva ➢ A fosseta primitiva se estende para dentro do processo notocordal, formando o canal notocordal ➢ O processo notocordal é agora um tubo celular que se estende cefalicamente do nó primitivo até a placa pré-cordal ➢ O assoalho do processo notocordal funde-se com o endoderma embrionário subjacente ➢ As camadas fundidas sofrem uma degeneração gradual, resultando na formação de aberturas no assoalho do processo notocordal, permitindo a comunicação do canal notocordal com o saco vitelino ➢ As aberturas confluem rapidamente e o assoalho do canal notocordal desaparece. O remanescente do processo notocordal forma a placa notocordal, achatada e com um sulco ➢ Iniciando pela extremidade cefálica do embrião, as células da notocorda proliferam e a placa notocordal se dobra, formando a notocorda ➢ A parte proximal do canal notocordal persiste, temporariamente, como o canal neuroentérico, que forma uma comunicação transitória entre as cavidades dos sacos amnióticos e vitelino. Normalmente, o canal neuroentérico se oblitera ao fim do desenvolvimento da notocorda ➢ A notocorda separa-se do endoderma do saco vitelino, que novamente se torna uma camada contínua o A notocorda degenera e desaparece quando os corpos vertebrais se formam, mas persiste como o núcleo pulposo de cada disco vertebral o A notocorda em desenvolvimento induz o ectoderma sobrejacente a espessar-se e formar a placa neural (o primórdio do SNC) ALANTOIDE • O alantoide surge por volta do 16º dia como um pequeno divertículo da parede caudal do saco vitelino que se estende para o pedículo do embrião • Nos embriões humanos, o alantoide permanece muito pequeno, mas o mesodermo alantoide se expande abaixo do corion e forma os vasos sanguíneos que servirão á placenta • Os vasos sanguíneos do alantoide tornam-se artérias umbilicais. A parte intra-embrionária das veias umbilicais tem origem diferente NEURULAÇÃO • Processo de formação do tubo neural, termina na quarta semana, quando ocorre o fechamento do neuroporo caudal • Durante esse processo, o embrião é chamado de nêurula PLACA NEURAL E TUBO NEURAL Placa neural: espessamento do ectoderma (células epiteliais) ▪ O ectoderma da placa neural dá origem ao SNC (encéfalo e medula) – chamada de neuroectoderma. Também da origem à retina ▪ Por volta do 18º dia, a placa neural se invagina ao longo do seu eixo central, formando um sulco neural mediano, com pregas neurais em ambos os lados ▪ As pregas neurais tornam-se particularmente proeminentes na extremidade cefálica do embrião e constituem os primeiros sinais do desenvolvimento do encéfalo ▪ No fim da terceira semana as pregas neurais começam a se aproximar e a se fundir, formando o tubo neural (primórdio do SNC) Tubo neural: ▪ As células da crista neural sofrem uma transição de epiteliais para mesenquimais ▪ A neurulação é completada durante a quarta semana ▪ As cristas neurais originam os gânglios sensitivos dos nervos cranianos (sistema nervoso autônomo) e espinhais (gângliosdas raízes dorsais). Os gânglios dos nervos cranianos V, VII, IX e X também derivam parcialmente das células da crista neural. Também formam as bainhas de neurilema dos nervos periféricos e contribuem para a formação de leptomeninges. Também contribuem para a formação de células pigmentares, células da medula da supra-renal (adrenal) e vários componentes musculares e esqueléticos da cabeça DESENVOLVIMENTO DOS SOMITOS • As células derivadas do nó primitivo formam o mesoderma paraxial • Próximo ao fim da terceira semana, o mesoderma paraxial diferencia-se e começa a dividir-se para formar os somitos, que se formam em uma sequência cefalocaudal • Estão localizados em cada lado do tubo neural • São utilizados como critério para determinar a idade do embrião • Eles aparecem primeiro na futura região occipital do embrião, dão origem a maior parte do esqueleto axial e aos músculos associados, assim como à derme da pele adjacente • Somitos cefálicos são os mais velhos e os caudais, mais jovens DESENVOLVIMENTO DO CELOMA INTRA-EMBRIONÁRIO • O primórdio do celoma intra-embrionario surge como espaços celômicos isolados no mesoderma lateral e no mesoderma cardiogênico • O celoma intra-embrionário divide o mesoderma lateral em duas camadas: ▪ Camada parietal ou somática – localizada sob o epitélio ectodérmico e contínua ao mesoderma extra-embrionário, que cobre o âmnio ▪ Camada visceral ou esplâncnica – adjacente ao endoderma e contínua ao mesoderma extra-embrionário que cobre o saco vitelino • Somatopleura (corpo do embrião): formada pelo mesoderma somático e o ectoderma sobrejacente do embrião • Esplancnopleura (intestino do embrião): formado pelo mesoderma esplâncnico e o endoderma subjacente do embrião • O celoma intra-embrionário está dividido em três cavidades corporais: cavidade pericárdica, cavidade pleural e cavidade peritoneal DESENVOLVIMENTO INICIAL DO SISTEMA CARDIOVASCULAR • No inicio da terceira semana, iniciam-se a vasculogênese/angiogênese, que é a formação dos vasos sanguíneos, no mesoderma extra-embrionário do saco vitelino, do pedículo do embrião e do córion. Dois dias mais tardes, há a formação dos vasos do embrião • Vasculogênese é a formação de novos canais vasculares pela reunião de precursores celulares individuais chamados angioblastos o Células mesenquimais (derivados do mesoderma) se diferenciam em precursores de células endoteliais (angioblastos) que se agregam e formam grupos de células angiogênicas (ilhotas sanguíneas), que são associadas ao saco vitelino ou codões endoteliais do embrião o Dentro das ilhotas, fendas intercelulares confluem, formando pequenas cavidades o Os angioblastos se achatam, tornando-se células endoteliais que se dispõem em torno das cavidades e formam o endotélio o Essas cavidades revestidas por endotélio logo se fundem para formar redes de canais endoteliais (vasculogênese) o Vasos avançam para áreas adjacentes por brotamento endotelial e se fundem com outros vasos (angiogênese) • Angiogênese é a formação de novos vasos pela ramificação de vasos preexistentes • As células sanguíneas desenvolvem-se a partir de células endoteliais dos vasos à medida que eles se desenvolvem nas paredes do saco vitelino e do alantoide, no fim da terceira semana. A formação do sangue só começa na quinta semana (hematogênese). As células mesenquimais que circulam nos vasos sanguíneos diferenciam-se nos elementos musculares e conjuntivos dos vasos SISTEMA CARDIOVASCULAR PRIMITIVO ▪ O coração e os grandes vasos formam-se de células mesenquimais da área cardiogênica ▪ Tubos cardíacos endocárdicos – formado por endotélio ▪ É formado a partir da união do coração tubular com os vasos sanguíneos do embrião, do pedículo, do córion e do saco vitelino ▪ O coração começa a bater no 21º ou no 22º dia DESENVOLVIMENTO DAS VILOSIDADES CORIÔNICAS • No início da terceira semana, o mesênquima penetra as vilosidades primárias, formando as vilosidades coriônicas. Nesse estágio as vilosidades cobrem toda a superfície do saco coriônico • Algumas células mesenquimais da vilosidade logo se diferenciam em capilares e células sanguíneas. Quando isso acontece, são chamadas de vilosidades coriônicas terciárias • No fim da terceira semana, o sangue do embrião começa a fluir lentamente através dos capilares das vilosidades coriônicas • Capa citotrofoblástica – formado por células do citotrofoblasto das vilosidades proliferam e se estendem através do sinciciotrofoblasto. Serve para prender o saco coriônico ao endométrio (vilosidades-tronco/de ancoragem). As vilosidades terminais crescem ao lado das vilosidades- tronco. É através dessas vilosidades que há maior troca de material entre o sangue materno e do embrião, são banhadas de sangue materno do espaço interviloso PLACENTA • A placenta se origina do sinciciotrofoblasto • A placenta e as membranas fetais (âmnio, cório, saco vitelino e alantoide) separam o feto do endométrio e lhe garantem proteção, nutrição, respiração, excreção e produção de hormônios • É através da placenta que se dão as trocas de substâncias, como nutrientes e oxigênio • Constituído por: porção fetal originária do saco coriônico e porção materna derivada do endométrio A DECÍDUA • Refere-se ao endométrio gravídico – camada funcional do endométrio que se separa do restante do útero após o parto o Decídua basal: é a parte da decídua abaixo do concepto que forma o componente materno da placenta o Decídua capsular: é a parte superficial da decídua que cobre o concepto o Decídua parietal: toda a parte restante da decídua • Células deciduais: células do estroma dessa região aumentam, formando-as. Crescem com o acúmulo de glicogênio e lipídio no citoplasma • Reações deciduais: mudanças celulares e vasculares que ocorrem no endométrio quando o blastocisto se implanta DESENVOLVIMENTO DA PLACENTA • Ao final da quarta semana, uma rede vascular complexa já se estabeleceu na placenta, facilitando as trocas materno-embrionárias • A placenta continua a crescer de tamanho e espessura até o feto ter cerca de 18 semanas (20 semanas de gestação). Pesa aproximadamente 1/6 do peso fetal o COMPONENTE FETAL: formado pelo córion viloso. Essas vilosidades se projetam para o espaço interviloso que contém sangue materno o COMPONENTE MATERNO: formado pela decídua basal, a parte decídua relacionada com o componente fetal da placenta. No fim do quarto mês, a decídua basal está quase completamente substituída pelo componente fetal da placenta • A parte fetal da placenta prende-se à parte materna pela capa citotrofoblástica (células trofoblásticas) • Septos da placenta: processo que ocorre pela invasão da decídua basal pelas vilosidades coriônicas – dividem a parte fetal da placenta em áreas convexas irregulares denominadas cotilédones • No final do quarto mês a decídua basal está quase totalmente substituída por cotilédones • Decídua capsular: forma uma cápsula sobre a superfície externa do saco, conforme o crescimento do concepto, ela se funde com a decídua parietal. Desaparece na 22 a 24 semana e a decídua parietal se funde com a parte lisa do saco coriônico • Espaço interviloso: origina-se das lacunas que se formam no sinciciotrofoblasto durante a segunda semana de gestação. É um grande espaço contendo sangue materno, vindo da artéria espiralada do endométrio e é drenado pelas veias endomentriais. Esse sangue traz consigo oxigênio e materiais nutritivos • Membrana amniocoriônica: junção do âmnio com o córion liso. É essa membrana que se rompe no trabalho de parto CIRCULAÇÃO PLACENTÁRIA É através das numerosas vilosidades terminais que ocorrem as principais trocas de material entre a mãe e o feto CIRCULAÇÃO PLACENTÁRIA FETAL ▪ O sangue pouco oxigenado deixa o feto e vai para a placenta, passandopelas artérias umbilicais ▪ Os vasos sanguíneos formam um extenso sistema arterio-capilar-venoso dentro das vilosidades coriônicas ▪ Normalmente não há mistura de sangue materno e fetal ▪ O sangue fetal bem oxigenado nos capilares fetais passa para as veias de paredes delgadas, que acompanham as artérias coriônicas até o local da união do cordão umbilical – formam a veia umbilical, transporta sangue rico em oxigênio para o feto CIRCULAÇÃO PLACENTÁRIA MATERNA ▪ O sangue chega ao espaço interviloso (que contém cerca de 150 mL de sangue) pela artéria endomentrial espiralada ▪ O sangue flui em torno das vilosidades terminais, permitindo a troca de produtos metabólicos e gasosos com o sangue fetal ▪ O sangue retorna através das veias endometriais para a circulação materna ▪ Esse sangue é substituído cerca de 3 a 4 vezes por minuto MEMBRANA PLACENTÁRIA • Estrutura composta por tecidos extrafetais, que separam o sangue materno do sangue fetal • 4 semanas: formada por sinciciotrofoblasto, citotrofoblasto, tecido conjuntivo das vilosidades e endotélio dos capilares fetais • Após a 20ª semana: adelgaçamento do citotrofoblasto, essas células acabam desaparecendo, deixando pedaços de sinciciotrofoblasto. A membrana passa a consistir em três camadas celulares • Essa membrana é semipermeável • O sinciciotrofoblasto possui microvilosidades que aumentam a troca entre as circulações materna e fetal • Terceiro trimestre: núcleos do sinciciotrofoblasto se agregam formando protusões chamadas de nós sinciciais FUNÇÕES DA PLACENTA • Destaca-se três funções principais: metabolismo, transporte de gases e nutrientes e secreção endócrina – essenciais para a manutenção da gravidez METABOLISMO ▪ Síntese de glicogênio, colesterol e ácidos graxos, que servem de fonte nutritiva ao embrião TRANSFERÊNCIA PLACENTÁRIA ▪ Transporte de substâncias por quatro mecanismos: difusão simples, facilitada, transporte ativo e pinocitose o Transferência de gases: oxigênio, dióxido de carbono e monócito de carbono são levados por difusão simples o Substâncias nutritivas: a água passa por difusão simples, a glicose por difusão, os aminoácidos são transferidos ativamente, vitaminas hidrossolúveis passam livremente pela membrana o Hormônios: hormônios esteróides não-conjugados passam livremente pela membrana o Anticorpos maternos: gamaglobulinas são transferidas ao feto por transcitose. Anticorpos são transferidos e conferem imunidade ao feto, como difteria, varíola e sarampo o Produtos de excreção: ureia e ácido úrico passam por difusão simples o Drogas e seus metabólitos: a maioria passa por difusão simples o Agentes infecciosos: citomegalovírus, rubéola, varíola, varicela, sarampo e poliomielite podem atravessar a membrana e causar infecção ao feto SÍNTESE E SECREÇÃO ENDÓCRINA DA PLACENTA ▪ A placenta produz: ➢ hCG: começa a ser secretado pelo sinciciotrofoblasto na segunda semana, mantém o corpo lúteo. Sua concentração chega ao máximo na oitava semana, declinando a seguir ➢ Sometomamotrofina coriônica humana ou lactogênio placentário humano ➢ Tireotrofina coriônica humana ➢ Corticotrofina coriônica humana ➢ Progesterona: essencial para a manutenção da gravidez ➢ Estrogênio CORDÃO UMBILICAL • A ligação do cordão umbilical à placenta normalmente fica no centro da superfície fetal desse órgão • Normalmente tem duas artérias e uma veia envolvidas por tecido conjuntivo mucóide (geleia de Wharton) • Liga o feto com a placenta, constituído por âmnio (revestimento), tecido conjuntivo mucoso (geleia de Wharton) Hormônios proteicos Hormônios esteroides MEMBRANAS FETAIS ÂMNIO O âmnio forma o saco amniótico membranoso cheio de fluido que envolve o embrião e o feto LÍQUIDO AMNIÓTICO ▪ Desempenha papel importante no crescimento e desenvolvimento do embrião ▪ A maior parte do fluido provém do fluido tecidual materno e amniótico por difusão através da membrana amniocoriônica a partir da decídua parietal ▪ O líquido é semelhante ao fluido dos tecidos fetais, pois é sua principal via de passagem de água e fluidos para o feto ▪ COMPOSIÇÃO: água (99%), células epiteliais fetais, sais inorgânicos, proteínas, carboidratos, gorduras, enzimas, hormônios, pigmentos, excreções fetais ▪ O líquido também é secretado pelo trato respiratório fetal e vai para a cavidade amniótica ▪ Na 11ª semana o feto libera urina na cavidade amniótica ▪ FUNÇÃO: permite o crescimento simétrico, age como uma barreira contra infecções, permite o desenvolvimento normal do pulmão, protege contra choque mecânico, ajuda no controle da temperatura, permite movimentos fetais, manutenção da homeostasia o Oligoidrâmnio: baixo volume de líquido amniótico o Polidrâmnio (hidrâmnio): aumento do volume de líquido amniótico CIRCULAÇÃO DO LÍQUIDO AMNIÓTICO: o O conteúdo de água do líquido amniótico é trocado a cada 3 horas o Grande quantidade de água passa pela membrana amniocoriônica para o fluido tecidual materno e daí para os capilares uterinos o Também há troca pelo cordão umbilical e no local onde o âmnio adere à placa coriônica na superfície fetal da placenta o É deglutido pelo feto e absorvido pelos tratos respiratório e digestivo o O fluido passa para o sangue fetal, e os produtos de excreção atravessam a membrana placentária e vão para o sangue materno presente no espaço interviloso SACO VITELINO • Pode ser observado no ultrassom no início da quinta semana. Após 10 semanas, como sua regressão • FUNÇÕES: transferência de nutrientes para o embrião (2ª e 3ª semana); vascularização do embrião até a 3ª semana, forma o intestino primitivo do embrião (endoderma – 4ª semana), o epitélio da traqueia, brônquios, pulmões e do trato digestivo (epiblasto – 4ª semana); diferenciação de células germinativas (3ª semana) ALANTOIDE • Aparece na terceira semana gestacional • Se degenera no segundo mês • FUNÇÃO: a formação de sangue fetal acontece na sua parede (3ª a 5ª semana), seus vasos sanguíneos persistem como veia umbilical e artérias umbilicais, formação do úraco (ligamento umbilical mediano), participa da difusão do líquido amniótico GESTAÇÕES MULTIPLAS • Gêmeos dizigóticos/fraternos: se originam de dois zigotos • Gêmeos monozigóticos/idênticos: se originam de um zigoto GÊMEOS DIZIGÓTICOS • Podem ser do mesmo sexo ou de sexos diferentes • Tem sempre dois âmnios e dois córions; mas os córions e as placentas podem estar fundidos GÊMEOS MONOZIGÓTICOS • São obrigatoriamente do mesmo sexo, geneticamente idênticos e muito semelhantes no aspecto físico • Partilham uma placenta comum
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