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Flávia Sanagiotto Ross Desenvolvimento Humano- inicia-se na fecundação: união do gameta masculino (espermatozoide e gameta feminino (ovócito), formando o zigoto. Zigoto= célula totipotente e altamente especializada. Gametogênese processo de formação e desenvolvimento de gametas ou células germinativas (ovócitos e espermatozoides) Meiose • Ocorre apenas nas células germinativas. As células germinativas diploides originam gametas haploides. • 1ª divisão: reducional= separação dos cromossomos homólogos. Cromossomo é reduzido de diploide (2n- 46) para haploide (n-23). • 2ª divisão: equacional= separação das cromátides irmãs. Todas as células são haploides. • Permite a constância do número de cromossomos da espécie e aumenta a variabilidade genética com o crossing over e o rearranjo aleatório. Embriologia Flávia Sanagiotto Ross Espermatogênese • Sequência de eventos em que as espermatogônias são transformadas em espermatozoides maduros. Ocorre nos testículos. • 1 espermatogônia= 4 espermatozoides • inicia-se na puberdade O número de espermatogônias (precursores dos espermatozoides) nos túbulos seminíferos dos testículos começa a aumentar na puberdade (após os 12 anos de idade. diferenciação Ocorre duas divisões meióticas, a primeira divisão é reducional e a segunda equacional. durante a espermiogênese a espermátide arredondada transforma-se em um espermatozóide alongado • condensação do núcleo; formação do acrossoma; perda do citoplasma. Espermatozoide maduro: • móvel; formado por cabeça, colo e cauda • cabeça: maior parte, contém o núcleo, que é coberto pelo acrossoma (organela sacular que contém enzimas que facilitam a penetração na corona radiata e zona pelúcida) • cauda: 3 segmentos (peça intermediaria- mitocôndrias, peça principal, peça terminal). Fornece motilidade. Célula de Sertoli: revestem os túbulos seminíferos e nutrem as células germinativas; regulação da espermatogênese. Células de Leyding: localizadas no tecido do testículo que rodeia os túbulos seminíferos, possuem função de segregar testosterona Transportados do túbulo para o epidídimo, onde são armazenados e ocorre a maturação. Flávia Sanagiotto Ross Ovogênese • sequência de eventos pelos quais as ovogônias são transformadas em ovócitos maduros. Ocorre nos ovários. • Inicia-se antes do nascimento, e é completado depois da puberdade, continuando até a menopausa. Maturação pré-natal Após as duas divisões meióticas, o número diploide (46) é reduzido para o número para o número haploide (23). Forma-se uma grande célula o ovócito maduro e corpos polares, que são pequenas células não funcionais que acabam degenerando. Flávia Sanagiotto Ross Ciclo reprodutivo feminino Da menarca (primeiro ciclo menstrual) em diante, as mulheres têm ciclos reprodutivos mensais, regulados pelo hipotálamo, hipófise e ovários. Esses ciclos preparam o sistema reprodutivo para a gravidez. O hormônio liberador de gonadotropina é sintetizado por células neurossecretoras no hipotálamo. Ele estimula a liberação de dois hormônios (gonadotropinas), que são produzidos pela adeno-hipófise e agem nos ovários. O hormônio foliculoestimulante (FSH) estimula os folículos ovarianos a se desenvolver e a produzir estrogênios. Os níveis de estrogênios atingem o máximo imediatamente antes do pico de o hormônio luteinizante (LH) induzir a ovulação – que normalmente acontece nas 24 horas seguintes ao pico de LH. Se não ocorrer a fertilização, os níveis de estrogênios e progesterona circulando no sangue caem. Essa queda hormonal provoca a regressão do endométrio e o início de uma nova menstruação. O ovócito passa lentamente ao longo da tuba para dentro da cavidade uterina, onde se degenera e é reabsorvido. Fecundação Complexa sequência de eventos moleculares coordenados que começa com o contato entre um espermatozoide e um oócito (capacitação do espermatozóide – todo o percurso anterior, em glicoproteínas, lipídeos, canais de íons na membrana plasmática); termina com a mistura de cromossomos maternos e paternos na metáfase (uma fase da mitose) da primeira divisão mitótica do zigoto (célula totipotente). Espermatozóide deve atravessar a corona radiata (liberar enzimas do acrossomo), zona pelúcida (funciona como uma barreira que impede que mais de um espermatozóide fecunde o ovócito, fazendo uma mudança conformacional na região AZP3 após a entrada do 1º espermatozóide), ao atravessar a membrana ocorre uma sinalização para que ocorra o termino da segunda divisão meiótica, formação dos pronúcleos. Flávia Sanagiotto Ross Fases da fecundação Períodos do desenvolvimento Pré-embrionário (1ª semana -metade inicial da 3ª semana) • Clivagem (repetidas divisões mitóticas do zigoto) = formação dos blastômeros; organização da mórula (12 a 32 blastômeros); migração pela tuba uterina; células copias do genoma. mórula 3 dias após fecundação Mórula p/ blastocisto ocorre no útero após 4 dias • Blastocisto = perda da zona pelúcida (permite ao blastocisto aumentar rapidamente de tamanho); organização do trofoblasto em trofoblasto (camada celular externa delgada que formará a parte embrionária da placenta) e embrioblasto (grupo discreto de blastômeros que é o primórdio do embrião); blastocele cavidade do blastocisto. blastocisto flutuando nas secreções uterinas eclosão saída zona pelúcida Flávia Sanagiotto Ross • Implantação= (7º dia a 2ª semana) interação entre trofoblasto e endométrio (deve ser receptivo, fatores hormonais: estrogênio, progesterona, prolactina. Diferenciação- citrofoblasto (camada interna de células) e sinciciotrofoblasto (camada externa, que consiste em uma massa protoplasmática multinucleada formado por fusão de células). Interação entre trofoblasto e endométrio. Muita interação celular e molecular. Pílula do dia seguinte dificulta a implantação. Inicialmente: adesão fraca mediada por L-Selectina do trofoblasto a polissacarídeos sulfatados do epitélio do endométrio Diferenciação Integrinas do trofoblasto se ligam ao colágeno, fibronectina e laminina do epitélio do endométrio. Ocorre síntese de Heparan Sulfato imediatamente antes da implantação. Organização do citotrofoblasto e sinciciotrofoblasto *Gravidez ectópica= implantação fora do útero Ambiente adequado para a implantação: O endométrio precisa estar altamente vascularizado e rico em glândulas. *Se não houver fertilização= caem os níveis de progesterona, artérias espiraladas se contraem, fluxo sanguíneo é interrompido, isquemia da camada funcional, necrose, diminuição da progesterona- descamação do tecido (fase menstrual) A partir da implantação a placenta começa a ser formada. 2ª semana do desenvolvimento Termino da implantação do blastocisto. À medida que se implanta, o sinciotrofoblasto provoca erosão do endotélio dos sinusóides maternos e das glândulas uterinas fazendo com que suas lacunas se tornem repletas de sangue materno e do conteúdo das glândulas endometriais. Após concepto completamente implantado. Tampão = coagulo fibroso -Córon = mesoderma extraembrionária + trofoblasto -Celoma extraembrionário- cavidade coriônica vesícula umbilical primária vesícula umbilical secundária Disco bidérmico= epiblasto, hipoblasto O sinciciotrofoblasto produz um hormônio glicoproteico, o hCG, que entra na circulação sanguínea materna através de cavidades isoladas (lacunas) no sinciciotrofoblasto, o qual mantém a atividade hormonal do corpo lúteo no ovário, Flávia SanagiottoRoss durante a gestação. O corpo lúteo é uma estrutura glandular endócrina que secreta estrogênio e progesterona para manter a gestação. Uma quantidade suficiente de hCG é produzida pelo sinciciotrofoblasto no final da segunda semana para resultar em um teste de gravidez positivo, mesmo que a mulher não saiba que possa estar grávida. Reação decidual – fornecer ao concepto um sitio imunologicamente privilegiado. Com a implantação do concepto as células do tecido conjuntivo em torno do local da implantação sofrem profunda transformação (aumentam de tamanho e acumulam glicogênio e lipídios); e juntamente com a decidualização, os leucócitos do estroma endometrial secretam interleucina-2 impedindo que o organismo materno identifique o embrião como corpo estranho. • O sinciciotrofoblasto produz hCG- gonadotrofina coriônica humana (detectado no teste de gravidez) • Rasga o vaso formando lacunas que contem sangue • Aumento da cavidade exocelômica • O sinciotrofoblasto provoca erosa do endotélio, e suas lacunas se tornam repletas de sangue materno e do conteúdo das glândulas endometriais dos sinusóides maternos e das glândulas uterinas • Células do epiblasto formam o embrião (ectoderma, mesoderma, endoderma). • Blastocisto= seria um antígeno • Útero combate a resposta imunológica Disco bidérmico= epiblasto: forma assoalho da cavidade amniótica; hipoblasto: forma o teto da cavidade exocelômica. Junto com a membrana exocelômica forma a vesícula primitiva Desenvolvimento do saco coriônico Projeções celulares= formam as vilosidades coriônicas primárias que são o primeiro estágio de desenvolvimento das vilosidades coriônicas da placenta O celoma extraembrionário (espaço temporário para os movimentos do embrião) divide o mesoderma extraembrionário em duas camadas: • O mesoderma somático extraembrionário, que reveste o trofoblasto e cobre o âmnio. • O mesoderma esplâncnico extraembrionário, que envolve a vesícula umbilical. O mesoderma somático extraembrionário e as duas camadas do trofoblasto formam o córion (membrana fetal mais externa), que forma a parede do saco coriônico. O embrião, o saco amniótico e a vesícula umbilical estão suspensos dentro desse saco pelo pedículo de conexão. O celoma extraembrionário é o primórdio da cavidade coriônica. *Cavidade amniótica aparece entre o citotrofoblasto e o embrioblasto Flávia Sanagiotto Ross • O embrioblasto se diferencia em um disco embrionário bilaminar formado pelo epiblasto, voltado para a cavidade amniótica, e pelo hipoblasto, adjacente à cavidade blastocística. • O desenvolvimento da placa pré-cordal, um espessamento localizado no hipoblasto, indica a futura região cranial do embrião e o futuro local da boca; a placa pré-cordal também é um importante organizador da região da cabeça trofoblasto= citotrofoblasto e sinciotrofoblasto amnioblastos teto cavidade amnióticas líquido amniótico 3ª semana do desenvolvimento Surgimento da linha primitiva; desenvolvimento da notocorda; diferenciação das três camadas germinativas; Alantoide como um divertículo. Linha primitiva Primeiro sinal morfológico da gastrulação, forma-se na superfície do epiblasto do disco embrionário bilaminar. No começo da terceira semana, uma faixa linear espessada do epiblasto aparece caudalmente no plano mediano do aspecto dorsal do disco embrionário. A linha primitiva resulta da proliferação e do movimento das células do epiblasto para o plano mediano do disco embrionário. Tão logo a linha primitiva aparece, é possível identificar o eixo craniocaudal, as extremidades cranial e caudal, as superfícies dorsal e ventral do embrião. Conforme a linha primitiva se alonga pela adição de células à sua extremidade caudal, sua extremidade cranial prolifera para formar o nó primitivo. Produz células mesenquimais epiblasto= ectoderma embrionária As células do epiblasto, bem como as do nó primitivo e de outras partes da linha primitiva, deslocam o hipoblasto, formando o endoderma embrionário no teto da vesícula umbilical. As células remanescentes do epiblasto formam o ectoderma embrionário. -Organização das células se dá pela mesoderma intraembrião. • Células Mesenquimais do nó e linha primitiva formam o processo notocordal (nó primitivo/cefalicamente) até placa pré-cordal. Formam-se aberturas no assoalho no canal notocordal, que coalescem, formando a Placa notocordal. Dobra-se Notocorda: • Define eixo primitivo embrião (rigidez) • Sinais necessários desenvolvimento esqueleto axial • Contribui formação discos intervertebrais. • Funciona como um indutor primário do embrião inicial Flávia Sanagiotto Ross -A notocorda se degenera e desaparece quando os corpos vertebrais se formam. Núcleo púlposo persiste Placa neural Formada pela indução da notocorda em desenvolvimento ao ectoderma para se espessar. Alongada de células epiteliais espessas. Inicialmente, a placa neural corresponde em comprimento à notocorda subjacente. Ela surge rostralmente (extremidade da cabeça) ao nó primitivo e dorsalmente (posterior) à notocorda e ao mesoderma adjacente a ela. Conforme a notocorda se alonga, a placa neural se amplia e finalmente se estende cranialmente até a membrana bucofaríngea. Posteriormente, a placa neural se estende além da notocorda. • Aproximadamente no 18° dia, a placa neural se invagina ao longo do seu eixo central para formar o sulco neural mediano longitudinal, com as pregas neurais em ambos os lados. As pregas neurais se tornam particularmente proeminentes na extremidade cranial do embrião e são o primeiro sinal do desenvolvimento do encéfalo. Tubo neural Ao final da terceira semana, as pregas neurais se movem e se fusionam transformado a placa neural em tubo neural, o primórdio das vesículas encefálicas e da medula espinhal. O tubo neural se separa do ectoderma superficial assim que as pregas neurais se fusionam. O neuroectoderma da placa dá origem ao SNC, o encéfalo e a medula espinhal. Flávia Sanagiotto Ross Crista Neural À medida que as pregas neurais se fundem para formar o tubo neural, algumas células neuroectodérmicas situadas ao longo da margem interna de cada prega neural perdem a sua afinidade epitelial e a ligação às células vizinhas. Conforme o tubo neural se separa do ectoderma superficial, as células da crista neural formam uma massa achatada irregular, a crista neural, entre o tubo neural e o ectoderma superficial acima. A crista neural logo se separa em porção direita e esquerda, e estas se deslocam para os aspectos dorsolaterais do tubo neural; nesse local elas dão origem aos gânglios sensoriais dos nervos espinhais e cranianos. Em seguida, as células da crista neural se movem tanto para dentro quanto sobre a superfície dos somitos. Muitas doenças humanas resultam de defeitos na migração e/ou diferenciação das células da crista neural. Somitos Próximo ao final da terceira semana, o mesoderma paraxial se diferencia, se condensa e começa a se dividir em corpos cuboides pareados, os somitos, que se formam em uma sequência craniocaudal. Esses blocos de mesoderma estão localizados em cada lado do tubo neural em desenvolvimento. Cerca de 38 pares de somitos se formam durante o período somítico do desenvolvimento humano (dias 20 a 30). O tamanho e a forma dos somitos são determinados pelas interações celulares. Ao final da quinta semana, 42 a 44 pares de somitos estão presentes. Os somitos formam elevações na superfície do embrião e são um pouco triangulares em secções transversais. Como os somitos são bem proeminentes durante a quarta e a quinta semanas, eles são utilizados como um dos vários critérios para a determinação da idade do embrião. Surgem primeiro na futura região occipital da cabeça do embrião, logo se desenvolvem craniocaudalmente e dão origem à maiorparte do esqueleto axial e à musculatura associada, assim como à derme da pele adjacente. O primeiro par de somitos aparece a uma pequena distância caudal do local em que o placoide ótico se forma. Flávia Sanagiotto Ross Alantoide Pequena evaginação (divertículo) proveniente da parede caudal da vesícula umbilical. • Se estende pelo pedículo do embrião • Origina os vasos do cordão umbilical • Origina o sangue do embrião • Participa do desenvolvimento da bexiga Celoma intraembrionário O primórdio do celoma intraembrionário (cavidade do corpo do embrião) aparece como espaços celômicos isolados no mesoderma intraembrionário lateral e no mesoderma cardiogênico (coração em formação). Esses espaços logo coalescem para formar uma única cavidade em formato de ferradura, o celoma intraembrionário, que divide o mesoderma lateral em duas camadas: uma camada somática ou parietal de mesoderma lateral localizado abaixo do epitélio ectodérmico, que é contínuo com o mesoderma extraembrionário que reveste o âmnio; e uma camada esplâncnica ou visceral de mesoderma lateral localizado adjacente ao endoderma, que é contínuo com o mesoderma extraembrionário que reveste a vesícula umbilical. O mesoderma somático e o ectoderma embrionário acima formam a parede do corpo do embrião ou somatopleura, enquanto o mesoderma esplâncnico e o endoderma embrionário abaixo formam o intestino embrionário ou esplancnopleura. Durante o segundo mês, o celoma intraembrionário se divide em três cavidades corporais: cavidade pericárdica, cavidades pleurais e cavidade peritoneal. Desenvolvimento do sistema cardiovascular No início da terceira semana, a formação dos vasos sanguíneos começa no mesoderma extraembrionário da vesícula umbilical, do pedículo de conexão e do córion. Os vasos sanguíneos embrionários começam a se desenvolver aproximadamente 2 dias depois. A formação inicial do sistema cardiovascular está relacionada com a necessidade crescente por vasos sanguíneos para trazer oxigênio e nutrientes para o embrião a partir da circulação materna através da placenta. Durante a terceira semana, se desenvolve uma circulação uteroplacentária primordial. Flávia Sanagiotto Ross Sinais indutores • Sinal transmitido pelo espaço extracelular – secreção de uma molécula difusível. • Interação direta célula/célula – moléculas de superfície. • Junções tipo fendas – poros protéicos/canais diretos. A competência da célula depende de: • Receptor adequado • Mecanismo de transdução • Fatores de transcrições / ativação gênica. Sinais indutores fornecem instruções - como as células devem comportar-se. Os genes podem ser ativas ou desativados repetidamente ao longo do desenvolvimento Flávia Sanagiotto Ross Placenta Decídua: é o endométrio gravídico. Ela é a camada funcional do endométrio que se separa do restante do útero após o parto (nascimento da criança). As três regiões da decídua são chamadas de acordo com as suas relações com o sítio de implantação: • Decídua basal é a parte da decídua profunda ao concepto (embrião/feto e membranas), que forma a parte materna da placenta. Única que permanece • Decídua capsular é a parte superficial da decídua, que recobre o concepto. • Decídua parietal representa as partes restantes da decídua. Em resposta aos níveis aumentados de progesterona no sangue materno, as células do tecido conjuntivo da decídua aumentam de tamanho para formar as células deciduais de coloração pálida. Essas células aumentam de tamanho devido ao acúmulo de glicogênio e lipídio em seus citoplasmas. As mudanças celulares e vasculares que ocorrem no endométrio assim que o blastocisto se implanta constituem a reação decidual. Muitas células deciduais degeneram próximo ao saco coriônico na região do sinciciotrofoblasto e, junto com o sangue materno e com as s secreções uterinas, proporcionam uma rica fonte de nutrição ao embrião/feto. parte externa Córion Liso Forma um envoltório sobre o feto em desenvolvimento. Avascular e fino, localizado sobre a camada do âmnio. Placenta cresce em tamanho e espessura até o feto ter cerca de 18 semanas Totalmente desenvolvida cobre 15% a 30% da decídua e pesa aproximadamente um sexto do peso do feto. Córion Viloso Região da placenta que fica aderida, onde ocorre a troca sanguínea. Flávia Sanagiotto Ross Partes da Placenta Membrana Transplacentária= transporte dos nutrientes Quando as vilosidades coriônicas invadem a decídua basal, tecido decidual é erodido para aumentar o tamanho do espaço interviloso. Essa erosão produz várias áreas em formato de cunha na decídua, os septos placentários, que se projetam em direção à placa coriônica, a parte da parede coriônica relacionada à placenta. Os septos dividem a parte fetal da placenta em áreas convexas irregulares, ou cotilédones. Cada cotilédone consiste em duas ou mais vilosidades-tronco e várias ramificações das vilosidades Cotilédones= “decídua basal transformada” Flávia Sanagiotto Ross Âmnio e córon liso se fundem formando a membrana amniocoriônica Circulação Placentária As vilosidades coriônicas ramificadas da placenta proporcionam uma grande área de superfície onde materiais podem ser trocados através de uma membrana placentária muito delgada, interposta entre as circulações materna e fetal. É através das ramificações das vilosidades, que se originam das vilosidades-tronco, que ocorre o principal meio de troca de material entre a mãe e o feto. As circulações fetal e materna estão separadas pela membrana placentária, que consiste em tecidos extrafetais. Fetal • Sangue pobremente oxigenado passa através das artérias umbilicais para a placenta • Artérias divididas em várias artérias coriônicas dispostas radialmente no sítio de ligação do cordão umbilical à placenta • Normalmente, não existe mistura do sangue fetal com o materno; contudo, quantidades muito pequenas de sangue fetal podem entrar na circulação materna quando defeitos mínimos se desenvolvem na membrana placentária. O sangue fetal bem oxigenado nos capilares fetais passa para veias de paredes delgadas que seguem as artérias coriônicas ao sítio de ligação do cordão umbilical. Elas convergem aqui para formarem a veia umbilical. Esse grande vaso transporta sangue rico em oxigênio para o feto. Materna • O sangue que entra apresenta uma pressão consideravelmente mais alta que a do espaço interviloso e, consequentemente, o sangue é lançado em direção à placa coriônica, que forma o “teto” do espaço interviloso. Assim que a pressão se dissipa, o sangue flui lentamente pelas ramificações das vilosidades, permitindo uma troca de produtos metabólicos e gasosos com o sangue fetal. O sangue retorna pelas veias endometriais para a circulação fetal. • O bem-estar do embrião/feto depende mais da irrigação adequada das ramificações das vilosidades com sangue materno que de qualquer outro fator. Reduções da circulação Flávia Sanagiotto Ross uteroplacentária resultam em hipóxia fetal e em restrição do crescimento intrauterino (RCIU). Reduções severas da circulação podem resultar em morte. Membrana Placentária Estrutura composta que consiste em tecidos extrafetais que separam o sangue materno do fetal. Até aproximadamente 20 semanas, a membrana placentária consiste em quatro camadas: sinciciotrofoblasto, citotrofoblasto, tecido conjuntivo das vilosidades e endotélio dos capilares fetais. Após a vigésima semana, as trocas celulares ocorrem nas ramificações das vilosidades que formam o citotrofoblasto, que em muitas vilosidades se tornam atenuados. Células citotrofoblásticas finalmente desaparecem ao longo de grandes áreas das vilosidades, deixando somente as de sinciciotrofoblasto. Como resultado, a membrana placentáriaconsiste em três camadas na maioria dos locais. Em algumas áreas, a membrana placentária torna-se marcadamente mais fina e atenuada. Nesses sítios, o sinciciotrofoblasto entra em contato direto com o endotélio dos capilares fetais para formar a membrana placentária vasculosincicial. A membrana placentária atua como uma barreira quando uma molécula é de certo tamanho, configuração e carga. A maioria das drogas e outras substâncias do plasma do sangue materno passa através da membrana placentária e entram no plasma sanguíneo fetal. A superfície livre do sinciciotrofoblasto tem muitas microvilosidades que aumentam a área de superfície para trocas entre as circulações materna e fetal. À medida que a gestação avança, a membrana placentária torna-se progressivamente mais delgada, e o sangue em muitos capilares fetais fica extremamente próximo ao sangue materno no espaço interviloso. Durante o terceiro trimestre, numerosos núcleos no sinciciotrofoblasto se agregam para formarem protrusões multinucleadas, os nós sinciciais. Esses agregados se desprendem regularmente e são transportados do espaço interviloso para a circulação materna. Ao final da gestação, um material fibrinoide eosinofílico reforça as superfícies das vilosidades, o que parece reduzir a transferência placentária. barreira placentária = termo inapropriado para se referir a membrana placentária porque existem somente umas poucas substâncias, endógenas ou exógenas, que são incapazes de passar através da membrana em quantidades detectáveis. Funções da placenta Metabolismo= quebra do glicogênio, de lipídios gerando moléculas de nutrientes Secreção endócrina= sintetiza alguns hormônios Transporte de gases e nutrientes Transferência Placentária O transporte de substâncias, em ambas as direções, entre o sangue fetal e o materno é facilitado pela grande área de superfície da membrana placentária. Quase todos os materiais são transportados através dessa membrana por um dos quatro principais mecanismos de transportes que seguem: difusão simples, difusão facilitada, transporte ativo e pinocitose. • Transporte passivo por difusão simples: geralmente característico de substâncias que se movem de áreas de maior concentração para as de menor concentração até o equilíbrio ser estabelecido. Flávia Sanagiotto Ross • Difusão facilitada: há transporte através de gradientes elétricos. Requer um transportador, mas não energia. Tais sistemas podem envolver moléculas carreadoras que temporariamente se combinam com as substâncias a serem transportadas. • Transporte ativo é a passagem de íons ou moléculas através de uma membrana celular. • A pinocitose é uma forma de endocitose (leva moléculas e outras substâncias para as células) na qual o material que está sendo engolfado é uma pequena quantidade de líquido extracelular. Esse método de transporte está normalmente restrito às grandes moléculas. Algumas proteínas são transferidas muito lentamente através da placenta por pinocitose. Crescimento do útero durante a gravidez Aumenta de tamanho, peso e suas paredes se adelgaçam • No 1º trimestre cavidade pélvica 20ª semanas região do umbigo. • Com 28 a 30ª região epigástrica. • Aumento hipertrofia fibras musculares lisas e formação de novas fibras. Alterações placentárias -problemas no processo de formação Mola hidatiforme: tumor cístico (benigno), constituído por tecido trofoblástico- secreta grande quantidade de gonadotrofina coriônica. Formado a partir de dois pronúcleos paternos. Não é tão frequente. • Pode ser hereditário. • Ocorre a fecundação, mas não forma o embrião • Ao acaso • Ovócito oco – sem material genético da mãe. 46 cromossomos todos vindos do pai, no momento que acontece a implantação só forma trofoblasto, a placenta, e ela é formada de maneira diferente, forma vesículas menores. O processo de ativação de células para formar o embrião é os “XX” Carcinoma: Tumor maligno constituído por tecido trofoblástico. É muito invasivo, mas responde bem à terapia oncológica. Cordão umbilical Adere geralmente próxima ao centro da superfície fetal da placenta e o seu epitélio é contínuo ao âmnio. A adesão do cordão umbilical à placenta superfície fetal, mas ele pode aderir em qualquer ponto. A adesão do cordão às membranas fetais é chamada de inserção vilamentosa do cordão. • Deve ter um comprimento médio • Não pode estar a membrana amniocoriônica, pois é frágil • Cordões longos têm uma tendência ao prolapso e/ou a enrolar-se ao redor do feto • Nó verdadeiro, o embrião morre sem nutrientes e oxigênio; as células entram em lesão irreversível • Cordão muito curtos podem levar à separação prematura da placenta da parede do útero durante o nascimento. Geralmente tem duas artérias e uma grande veia, que são circundadas por tecido conjuntivo mucoso (geleia de Wharton). Devido aos vasos umbilicais serem maiores que o cordão, a torção e a flexão dos vasos são comuns. Na maioria dos casos, os nós se formam durante o trabalho de parto como um resultado da passagem do feto através de um laço no cordão. O entrelaçamento simples do cordão ao redor do feto. Se o entrelaçamento for apertado, a Flávia Sanagiotto Ross circulação sanguínea do tornozelo é então afetada. Em aproximadamente um quinto dos nascimentos, o cordão está frouxamente enrolado ao redor do pescoço, sem risco fetal aumentado. Anexos embrionários Alantoide: aparece aproximadamente no 16° dia como um pequeno divertículo (evaginação) da parede caudal da vesícula umbilical, que se estende para o pedículo de conexão. O alantoide permanece muito pequeno, mas o mesoderma do alantoide se expande para baixo do córion e forma os vasos sanguíneos que servirão à placenta. A porção proximal do divertículo do alantoide original persiste durante a maior parte do desenvolvimento como um cordão, o úraco, que se estende da bexiga até a região umbilical, é representado nos adultos pelo ligamento umbilical mediano. Os vasos sanguíneos do alantoide tornam-se as artérias umbilicais. A porção intraembrionária das veias umbilicais tem uma origem diferente.
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