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Desenvolvimento Embrionário- semanas iniciais e Placenta

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Flávia Sanagiotto Ross 
 
 
 
 
Desenvolvimento Humano- inicia-se na fecundação: união do gameta masculino 
(espermatozoide e gameta feminino (ovócito), formando o zigoto. 
Zigoto= célula totipotente e altamente especializada. 
 
Gametogênese 
 
processo de formação e desenvolvimento de gametas ou células germinativas (ovócitos e espermatozoides)
 
 
 
 
 
Meiose 
• Ocorre apenas nas células germinativas. As células 
germinativas diploides originam gametas 
haploides. 
• 1ª divisão: reducional= separação dos 
cromossomos homólogos. Cromossomo é 
reduzido de diploide (2n- 46) para haploide (n-23). 
• 2ª divisão: equacional= separação das cromátides 
irmãs. Todas as células são haploides. 
• Permite a constância do número de cromossomos 
da espécie e aumenta a variabilidade genética 
com o crossing over e o rearranjo aleatório. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Embriologia 
Flávia Sanagiotto Ross 
 
Espermatogênese 
• Sequência de eventos em que as espermatogônias são transformadas em espermatozoides maduros. Ocorre nos 
testículos. 
• 1 espermatogônia= 4 espermatozoides 
• inicia-se na puberdade 
 
O número de espermatogônias (precursores dos 
espermatozoides) nos túbulos seminíferos dos 
testículos começa a aumentar na puberdade (após os 
12 anos de idade. 
diferenciação 
 
 
Ocorre duas divisões meióticas, a primeira divisão é 
reducional e a segunda equacional. 
 
 
 
durante a espermiogênese a espermátide 
arredondada transforma-se em um espermatozóide 
alongado 
• condensação do núcleo; formação do acrossoma; 
perda do citoplasma. 
 
Espermatozoide maduro: 
• móvel; formado por cabeça, colo e cauda 
• cabeça: maior parte, contém o núcleo, que é 
coberto pelo acrossoma (organela sacular que 
contém enzimas que facilitam a penetração na 
corona radiata e zona pelúcida) 
• cauda: 3 segmentos (peça intermediaria- 
mitocôndrias, peça principal, peça terminal). 
Fornece motilidade. 
 
 
Célula de Sertoli: revestem os túbulos seminíferos e 
nutrem as células germinativas; regulação da 
espermatogênese. 
Células de Leyding: localizadas no tecido do testículo 
que rodeia os túbulos seminíferos, possuem função de 
segregar testosterona 
Transportados do túbulo para o epidídimo, onde são 
armazenados e ocorre a maturação.
Flávia Sanagiotto Ross 
 
Ovogênese 
• sequência de eventos pelos quais as ovogônias são transformadas em ovócitos maduros. Ocorre nos ovários. 
• Inicia-se antes do nascimento, e é completado depois da puberdade, continuando até a menopausa. 
 
Maturação pré-natal
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Após as duas divisões meióticas, o número diploide 
(46) é reduzido para o número para o número haploide 
(23). 
 
Forma-se uma grande célula o ovócito maduro e 
corpos polares, que são pequenas células não 
funcionais que acabam degenerando. 
 
 
Flávia Sanagiotto Ross 
 
 
Ciclo reprodutivo feminino 
Da menarca (primeiro ciclo menstrual) em diante, as mulheres têm ciclos reprodutivos mensais, regulados pelo 
hipotálamo, hipófise e ovários. Esses ciclos preparam o sistema reprodutivo para a gravidez. O hormônio liberador de 
gonadotropina é sintetizado por células neurossecretoras no hipotálamo. Ele estimula a liberação de dois hormônios 
(gonadotropinas), que são produzidos pela adeno-hipófise e agem nos ovários. O hormônio foliculoestimulante (FSH) 
estimula os folículos ovarianos a se desenvolver e a produzir estrogênios. Os níveis de estrogênios atingem o máximo 
imediatamente antes do pico de o hormônio luteinizante (LH) induzir a ovulação – que normalmente acontece nas 24 
horas seguintes ao pico de LH. Se não ocorrer a fertilização, os níveis de estrogênios e progesterona circulando no 
sangue caem. Essa queda hormonal provoca a regressão do endométrio e o início de uma nova menstruação. O ovócito 
passa lentamente ao longo da tuba para dentro da cavidade uterina, onde se degenera e é reabsorvido. 
 
Fecundação 
Complexa sequência de eventos moleculares coordenados que começa com o contato entre um espermatozoide e um 
oócito (capacitação do espermatozóide – todo o percurso anterior, em glicoproteínas, lipídeos, canais de íons na 
membrana plasmática); termina com a mistura de cromossomos maternos e paternos na metáfase (uma fase da 
mitose) da primeira divisão mitótica do zigoto (célula totipotente). 
 
Espermatozóide deve atravessar a corona radiata (liberar enzimas do acrossomo), zona pelúcida (funciona como 
uma barreira que impede que mais de um espermatozóide fecunde o ovócito, fazendo uma mudança 
conformacional na região AZP3 após a entrada do 1º espermatozóide), ao atravessar a membrana ocorre uma 
sinalização para que ocorra o termino da segunda divisão meiótica, formação dos pronúcleos. 
Flávia Sanagiotto Ross 
 
Fases da fecundação 
 
Períodos do desenvolvimento 
 
 
 
 
 
 
Pré-embrionário (1ª semana -metade inicial da 3ª 
semana) 
• Clivagem (repetidas divisões mitóticas do zigoto) = 
formação dos blastômeros; organização da mórula 
(12 a 32 blastômeros); migração pela tuba uterina; 
células copias do genoma. 
 mórula 3 dias após fecundação 
 
Mórula p/ blastocisto ocorre no útero após 4 dias 
• Blastocisto = perda da zona pelúcida (permite ao 
blastocisto aumentar rapidamente de tamanho); 
organização do trofoblasto em trofoblasto 
(camada celular externa delgada que formará a 
parte embrionária da placenta) e embrioblasto 
(grupo discreto de blastômeros que é o primórdio 
do embrião); blastocele cavidade do blastocisto. 
blastocisto flutuando nas secreções uterinas 
eclosão saída zona pelúcida 
Flávia Sanagiotto Ross 
 
• Implantação= (7º dia a 2ª semana) interação entre 
trofoblasto e endométrio (deve ser receptivo, 
fatores hormonais: estrogênio, progesterona, 
prolactina. Diferenciação- citrofoblasto (camada 
interna de células) e sinciciotrofoblasto (camada 
externa, que consiste em uma massa 
protoplasmática multinucleada formado por fusão 
de células). Interação entre trofoblasto e 
endométrio. Muita interação celular e molecular. 
Pílula do dia seguinte dificulta a implantação. 
 
Inicialmente: adesão fraca mediada por L-Selectina 
do trofoblasto a polissacarídeos sulfatados do 
epitélio do endométrio 
 
Diferenciação 
Integrinas do trofoblasto se ligam ao colágeno, 
fibronectina e laminina do epitélio do endométrio. 
Ocorre síntese de Heparan Sulfato imediatamente 
antes da implantação. 
Organização do citotrofoblasto e 
sinciciotrofoblasto 
 
*Gravidez ectópica= implantação fora do útero 
 
Ambiente adequado para a implantação: O 
endométrio precisa estar altamente vascularizado e 
rico em glândulas. 
 
 
 
*Se não houver fertilização= caem os níveis de 
progesterona, artérias espiraladas se contraem, fluxo 
sanguíneo é interrompido, isquemia da camada 
funcional, necrose, diminuição da progesterona-
descamação do tecido (fase menstrual) 
A partir da implantação a placenta começa a ser 
formada. 
 
 
2ª semana do desenvolvimento 
Termino da implantação do blastocisto. À medida que se implanta, o sinciotrofoblasto provoca erosão do endotélio 
dos sinusóides maternos e das glândulas uterinas fazendo com que suas lacunas se tornem 
repletas de sangue materno e do conteúdo das glândulas endometriais. 
Após concepto completamente implantado. Tampão = coagulo fibroso 
 
-Córon = mesoderma extraembrionária + trofoblasto 
-Celoma extraembrionário- cavidade coriônica 
vesícula umbilical primária vesícula umbilical secundária 
Disco bidérmico= epiblasto, hipoblasto 
O sinciciotrofoblasto produz um hormônio glicoproteico, o hCG, que entra na circulação sanguínea materna através 
de cavidades isoladas (lacunas) no sinciciotrofoblasto, o qual mantém a atividade hormonal do corpo lúteo no ovário, 
Flávia SanagiottoRoss 
 
durante a gestação. O corpo lúteo é uma estrutura glandular endócrina que secreta estrogênio e progesterona para 
manter a gestação. Uma quantidade suficiente de hCG é produzida pelo sinciciotrofoblasto no final da segunda semana 
para resultar em um teste de gravidez positivo, mesmo que a mulher não saiba que possa estar grávida. 
Reação decidual – fornecer ao concepto um sitio imunologicamente privilegiado. 
Com a implantação do concepto as células do tecido conjuntivo em torno do local da implantação sofrem profunda 
transformação (aumentam de tamanho e acumulam glicogênio e lipídios); e juntamente com a decidualização, os 
leucócitos do estroma endometrial secretam interleucina-2 impedindo que o organismo materno identifique o 
embrião como corpo estranho. 
 
• O sinciciotrofoblasto produz hCG- gonadotrofina 
coriônica humana (detectado no teste de 
gravidez) 
• Rasga o vaso formando lacunas que contem 
sangue 
• Aumento da cavidade exocelômica 
• O sinciotrofoblasto provoca erosa do endotélio, e 
suas lacunas se tornam repletas de sangue 
materno e do conteúdo das glândulas 
endometriais dos sinusóides maternos e das 
glândulas uterinas 
• Células do epiblasto formam o embrião 
(ectoderma, mesoderma, endoderma). 
• Blastocisto= seria um antígeno 
• Útero combate a resposta imunológica 
 
Disco bidérmico= epiblasto: forma assoalho da 
cavidade amniótica; hipoblasto: forma o teto da 
cavidade exocelômica. Junto com a membrana 
exocelômica forma a vesícula primitiva 
 
Desenvolvimento do saco coriônico 
Projeções celulares= formam as vilosidades coriônicas primárias que são o primeiro estágio de desenvolvimento das 
vilosidades coriônicas da placenta 
O celoma extraembrionário (espaço temporário para os movimentos do embrião) divide o mesoderma 
extraembrionário em duas camadas: 
• O mesoderma somático extraembrionário, que reveste o trofoblasto e cobre o âmnio. 
• O mesoderma esplâncnico extraembrionário, que envolve a vesícula umbilical. 
O mesoderma somático extraembrionário e as duas camadas do trofoblasto formam o córion (membrana fetal mais 
externa), que forma a parede do saco coriônico. O embrião, o saco amniótico e a vesícula umbilical estão suspensos 
dentro desse saco pelo pedículo de conexão. O celoma extraembrionário é o primórdio da cavidade coriônica. 
 
*Cavidade amniótica aparece entre o citotrofoblasto e o embrioblasto 
Flávia Sanagiotto Ross 
 
• O embrioblasto se diferencia em um disco embrionário bilaminar formado pelo epiblasto, voltado para a cavidade 
amniótica, e pelo hipoblasto, adjacente à cavidade blastocística. 
• O desenvolvimento da placa pré-cordal, um espessamento localizado no hipoblasto, indica a futura região cranial do 
embrião e o futuro local da boca; a placa pré-cordal também é um importante organizador da região da cabeça 
trofoblasto= citotrofoblasto e sinciotrofoblasto 
amnioblastos teto cavidade amnióticas líquido amniótico 
 
3ª semana do desenvolvimento 
Surgimento da linha primitiva; desenvolvimento da notocorda; diferenciação das três camadas germinativas; 
Alantoide como um divertículo. 
 
Linha primitiva 
Primeiro sinal morfológico da gastrulação, forma-se na 
superfície do epiblasto do disco embrionário bilaminar. 
No começo da terceira semana, uma faixa linear 
espessada do epiblasto aparece caudalmente no plano 
mediano do aspecto dorsal do disco embrionário. A 
linha primitiva resulta da proliferação e do movimento 
das células do epiblasto para o plano mediano do disco 
embrionário. Tão logo a linha primitiva aparece, é 
possível identificar o eixo craniocaudal, as 
extremidades cranial e caudal, as superfícies dorsal e 
ventral do embrião. Conforme a linha primitiva se 
alonga pela adição de células à sua extremidade 
caudal, sua extremidade cranial prolifera para formar o 
nó primitivo. 
 
Produz células mesenquimais epiblasto= ectoderma embrionária
As células do epiblasto, bem como as do nó primitivo e 
de outras partes da linha primitiva, deslocam o 
hipoblasto, formando o endoderma embrionário no 
teto da vesícula umbilical. As células remanescentes do 
epiblasto formam o ectoderma embrionário. 
-Organização das células se dá pela mesoderma 
intraembrião. 
• Células Mesenquimais do nó e linha primitiva 
formam o processo notocordal (nó 
primitivo/cefalicamente) até placa pré-cordal. 
Formam-se aberturas no assoalho no canal 
notocordal, que coalescem, formando a Placa 
notocordal. 
Dobra-se Notocorda: 
• Define eixo primitivo embrião (rigidez) 
• Sinais necessários desenvolvimento esqueleto 
axial 
• Contribui formação discos intervertebrais. 
• Funciona como um indutor primário do embrião 
inicial 
 
 
Flávia Sanagiotto Ross 
 
 
-A notocorda se degenera e desaparece quando os corpos vertebrais se formam. Núcleo púlposo persiste 
 
Placa neural 
Formada pela indução da notocorda em desenvolvimento ao ectoderma para se espessar. Alongada de células 
epiteliais espessas. Inicialmente, a placa neural corresponde em comprimento à notocorda subjacente. Ela surge 
rostralmente (extremidade da cabeça) ao nó primitivo e dorsalmente (posterior) à notocorda e ao mesoderma 
adjacente a ela. Conforme a notocorda se alonga, a placa neural se amplia e finalmente se estende cranialmente até 
a membrana bucofaríngea. Posteriormente, a placa neural se estende além da notocorda. 
• Aproximadamente no 18° dia, a placa neural se invagina ao longo do seu eixo central para formar o sulco neural 
mediano longitudinal, com as pregas neurais em ambos os lados. As pregas neurais se tornam particularmente 
proeminentes na extremidade cranial do embrião e são o primeiro sinal do desenvolvimento do encéfalo. 
 
Tubo neural 
Ao final da terceira semana, as pregas neurais se movem e se fusionam transformado a placa neural em tubo neural, 
o primórdio das vesículas encefálicas e da medula espinhal. O tubo neural se separa do ectoderma superficial assim 
que as pregas neurais se fusionam. O neuroectoderma da placa dá origem ao SNC, o encéfalo e a medula espinhal. 
 
 
Flávia Sanagiotto Ross 
 
 
Crista Neural 
À medida que as pregas neurais se fundem para formar o tubo neural, algumas células neuroectodérmicas situadas 
ao longo da margem interna de cada prega neural perdem a sua afinidade epitelial e a ligação às células vizinhas. 
Conforme o tubo neural se separa do ectoderma superficial, as células da crista neural formam uma massa achatada 
irregular, a crista neural, entre o tubo neural e o ectoderma superficial acima. A crista neural logo se separa em porção 
direita e esquerda, e estas se deslocam para os aspectos dorsolaterais do tubo neural; nesse local elas dão origem aos 
gânglios sensoriais dos nervos espinhais e cranianos. Em seguida, as células da crista neural se movem tanto para 
dentro quanto sobre a superfície dos somitos. Muitas doenças humanas resultam de defeitos na migração e/ou 
diferenciação das células da crista neural. 
 
Somitos 
Próximo ao final da terceira semana, o mesoderma paraxial se diferencia, se condensa e começa a se dividir em corpos 
cuboides pareados, os somitos, que se formam em uma sequência craniocaudal. Esses blocos de mesoderma estão 
localizados em cada lado do tubo neural em desenvolvimento. Cerca de 38 pares de somitos se formam durante o 
período somítico do desenvolvimento humano (dias 20 a 30). O tamanho e a forma dos somitos são determinados 
pelas interações celulares. Ao final da quinta semana, 42 a 44 pares de somitos estão presentes. Os somitos formam 
elevações na superfície do embrião e são um pouco triangulares em secções transversais. Como os somitos são bem 
proeminentes durante a quarta e a quinta semanas, eles são utilizados como um dos vários critérios para a 
determinação da idade do embrião. Surgem primeiro na futura região occipital da cabeça do embrião, logo se 
desenvolvem craniocaudalmente e dão origem à maiorparte do esqueleto axial e à musculatura associada, assim 
como à derme da pele adjacente. O primeiro par de somitos aparece a uma pequena distância caudal do local em que 
o placoide ótico se forma. 
Flávia Sanagiotto Ross 
 
Alantoide 
Pequena evaginação (divertículo) proveniente da 
parede caudal da vesícula umbilical. 
• Se estende pelo pedículo do embrião 
• Origina os vasos do cordão umbilical 
• Origina o sangue do embrião 
• Participa do desenvolvimento da bexiga 
 
Celoma intraembrionário 
 
 
O primórdio do celoma intraembrionário (cavidade do corpo do embrião) aparece como espaços celômicos isolados 
no mesoderma intraembrionário lateral e no mesoderma cardiogênico (coração em formação). Esses espaços logo 
coalescem para formar uma única cavidade em formato de ferradura, o celoma intraembrionário, que divide o 
mesoderma lateral em duas camadas: uma camada somática ou parietal de mesoderma lateral localizado abaixo do 
epitélio ectodérmico, que é contínuo com o mesoderma extraembrionário que reveste o âmnio; e uma camada 
esplâncnica ou visceral de mesoderma lateral localizado adjacente ao endoderma, que é contínuo com o mesoderma 
extraembrionário que reveste a vesícula umbilical. O mesoderma somático e o ectoderma embrionário acima formam 
a parede do corpo do embrião ou somatopleura, enquanto o mesoderma esplâncnico e o endoderma embrionário 
abaixo formam o intestino embrionário ou esplancnopleura. Durante o segundo mês, o celoma intraembrionário se 
divide em três cavidades corporais: cavidade pericárdica, cavidades pleurais e cavidade peritoneal. 
 
Desenvolvimento do sistema cardiovascular 
No início da terceira semana, a formação dos vasos sanguíneos começa no mesoderma extraembrionário da vesícula 
umbilical, do pedículo de conexão e do córion. Os vasos sanguíneos embrionários começam a se desenvolver 
aproximadamente 2 dias depois. A formação inicial do sistema cardiovascular está relacionada com a necessidade 
crescente por vasos sanguíneos para trazer oxigênio e nutrientes para o embrião a partir da circulação materna através 
da placenta. Durante a terceira semana, se desenvolve uma circulação uteroplacentária primordial. 
Flávia Sanagiotto Ross 
 
 
 
Sinais indutores 
• Sinal transmitido pelo espaço extracelular –
secreção de uma molécula difusível. 
• Interação direta célula/célula – moléculas de 
superfície. 
• Junções tipo fendas – poros protéicos/canais 
diretos. 
 
A competência da célula depende de: 
• Receptor adequado 
• Mecanismo de transdução 
• Fatores de transcrições / ativação gênica. 
 
 Sinais indutores fornecem instruções - como as 
células devem comportar-se. Os genes podem ser 
ativas ou desativados repetidamente ao longo do 
desenvolvimento 
 
 
 
 
 
 
 
Flávia Sanagiotto Ross 
 
Placenta 
Decídua: é o endométrio gravídico. Ela é a camada 
funcional do endométrio que se separa do restante do 
útero após o parto (nascimento da criança). As três 
regiões da decídua são chamadas de acordo com as 
suas relações com o sítio de implantação: 
• Decídua basal é a parte da decídua profunda ao 
concepto (embrião/feto e membranas), que forma 
a parte materna da placenta. Única que permanece 
• Decídua capsular é a parte superficial da decídua, 
que recobre o concepto. 
• Decídua parietal representa as partes restantes da 
decídua. 
 
 
Em resposta aos níveis aumentados de progesterona no sangue materno, as células do tecido conjuntivo da decídua 
aumentam de tamanho para formar as células deciduais de coloração pálida. Essas células aumentam de tamanho 
devido ao acúmulo de glicogênio e lipídio em seus citoplasmas. As mudanças celulares e vasculares que ocorrem no 
endométrio assim que o blastocisto se implanta constituem a reação decidual. Muitas células deciduais degeneram 
próximo ao saco coriônico na região do sinciciotrofoblasto e, junto com o sangue materno e com as s secreções 
uterinas, proporcionam uma rica fonte de nutrição ao embrião/feto. 
parte externa 
Córion Liso 
Forma um envoltório sobre o feto em 
desenvolvimento. Avascular e fino, localizado sobre a 
camada do âmnio. 
 
 
 
 
Placenta cresce em tamanho e espessura até o feto ter 
cerca de 18 semanas 
Totalmente desenvolvida cobre 15% a 30% da decídua 
e pesa aproximadamente um sexto do peso do feto. 
 
 
 
Córion Viloso 
Região da placenta que fica aderida, onde ocorre a 
troca sanguínea. 
 
 
 
 
Flávia Sanagiotto Ross 
 
Partes da Placenta 
 
 Membrana Transplacentária= transporte dos nutrientes 
 
Quando as vilosidades coriônicas invadem a decídua basal, tecido decidual é erodido para aumentar o tamanho do 
espaço interviloso. Essa erosão produz várias áreas em formato de cunha na decídua, os septos placentários, que se 
projetam em direção à placa coriônica, a parte da parede coriônica relacionada à placenta. Os septos dividem a 
parte fetal da placenta em áreas convexas irregulares, ou cotilédones. Cada cotilédone consiste em duas ou mais 
vilosidades-tronco e várias ramificações das vilosidades 
Cotilédones= “decídua basal transformada” 
 
Flávia Sanagiotto Ross 
 
Âmnio e córon liso se fundem formando a membrana amniocoriônica 
Circulação Placentária 
 
 As vilosidades coriônicas ramificadas da placenta proporcionam uma grande área de superfície onde materiais podem 
ser trocados através de uma membrana placentária muito delgada, interposta entre as circulações materna e fetal. É 
através das ramificações das vilosidades, que se originam das vilosidades-tronco, que ocorre o principal meio de troca 
de material entre a mãe e o feto. As circulações fetal e materna estão separadas pela membrana placentária, que 
consiste em tecidos extrafetais. 
Fetal 
• Sangue pobremente oxigenado passa através das 
artérias umbilicais para a placenta 
• Artérias divididas em várias artérias coriônicas 
dispostas radialmente no sítio de ligação do cordão 
umbilical à placenta 
• Normalmente, não existe mistura do sangue fetal 
com o materno; contudo, quantidades muito 
pequenas de sangue fetal podem entrar na 
circulação materna quando defeitos mínimos se 
desenvolvem na membrana placentária. O sangue 
fetal bem oxigenado nos capilares fetais passa para 
veias de paredes delgadas que seguem as artérias 
coriônicas ao sítio de ligação do cordão umbilical. 
Elas convergem aqui para formarem a veia 
umbilical. Esse grande vaso transporta sangue rico 
em oxigênio para o feto. 
 
Materna 
• O sangue que entra apresenta uma pressão 
consideravelmente mais alta que a do espaço 
interviloso e, consequentemente, o sangue é 
lançado em direção à placa coriônica, que forma o 
“teto” do espaço interviloso. Assim que a pressão 
se dissipa, o sangue flui lentamente pelas 
ramificações das vilosidades, permitindo uma 
troca de produtos metabólicos e gasosos com o 
sangue fetal. O sangue retorna pelas veias 
endometriais para a circulação fetal. 
• O bem-estar do embrião/feto depende mais da 
irrigação adequada das ramificações das 
vilosidades com sangue materno que de qualquer 
outro fator. Reduções da circulação 
Flávia Sanagiotto Ross 
 
uteroplacentária resultam em hipóxia fetal e em 
restrição do crescimento intrauterino (RCIU). 
Reduções severas da circulação podem resultar em 
morte. 
Membrana Placentária 
Estrutura composta que consiste em tecidos extrafetais que separam o sangue materno do fetal. Até 
aproximadamente 20 semanas, a membrana placentária consiste em quatro camadas: sinciciotrofoblasto, 
citotrofoblasto, tecido conjuntivo das vilosidades e endotélio dos capilares fetais. Após a vigésima semana, as trocas 
celulares ocorrem nas ramificações das vilosidades que formam o citotrofoblasto, que em muitas vilosidades se 
tornam atenuados. Células citotrofoblásticas finalmente desaparecem ao longo de grandes áreas das vilosidades, 
deixando somente as de sinciciotrofoblasto. Como resultado, a membrana placentáriaconsiste em três camadas na 
maioria dos locais. 
Em algumas áreas, a membrana placentária torna-se marcadamente mais fina e atenuada. Nesses sítios, o 
sinciciotrofoblasto entra em contato direto com o endotélio dos capilares fetais para formar a membrana placentária 
vasculosincicial. A membrana placentária atua como uma barreira quando uma molécula é de certo tamanho, 
configuração e carga. 
A maioria das drogas e outras substâncias do plasma do sangue materno passa através da membrana placentária e 
entram no plasma sanguíneo fetal. A superfície livre do sinciciotrofoblasto tem muitas microvilosidades que 
aumentam a área de superfície para trocas entre as circulações materna e fetal. À medida que a gestação avança, a 
membrana placentária torna-se progressivamente mais delgada, e o sangue em muitos capilares fetais fica 
extremamente próximo ao sangue materno no espaço interviloso. Durante o terceiro trimestre, numerosos núcleos 
no sinciciotrofoblasto se agregam para formarem protrusões multinucleadas, os nós sinciciais. Esses agregados se 
desprendem regularmente e são transportados do espaço interviloso para a circulação materna. Ao final da gestação, 
um material fibrinoide eosinofílico reforça as superfícies das vilosidades, o que parece reduzir a transferência 
placentária. 
barreira placentária = termo inapropriado para se referir a membrana placentária porque existem somente umas 
poucas substâncias, endógenas ou exógenas, que são incapazes de passar através da membrana em quantidades 
detectáveis. 
 
 
Funções da placenta 
Metabolismo= quebra do glicogênio, de lipídios gerando moléculas de nutrientes 
Secreção endócrina= sintetiza alguns hormônios 
Transporte de gases e nutrientes 
 
Transferência Placentária 
O transporte de substâncias, em ambas as direções, entre o sangue fetal e o materno é facilitado pela grande área de 
superfície da membrana placentária. Quase todos os materiais são transportados através dessa membrana por um 
dos quatro principais mecanismos de transportes que seguem: difusão simples, difusão facilitada, transporte ativo e 
pinocitose. 
• Transporte passivo por difusão simples: geralmente característico de substâncias que se movem de áreas de maior 
concentração para as de menor concentração até o equilíbrio ser estabelecido. 
Flávia Sanagiotto Ross 
 
• Difusão facilitada: há transporte através de gradientes elétricos. Requer um transportador, mas não energia. Tais 
sistemas podem envolver moléculas carreadoras que temporariamente se combinam com as substâncias a serem 
transportadas. 
• Transporte ativo é a passagem de íons ou moléculas através de uma membrana celular. 
• A pinocitose é uma forma de endocitose (leva moléculas e outras substâncias para as células) na qual o material 
que está sendo engolfado é uma pequena quantidade de líquido extracelular. Esse método de transporte está 
normalmente restrito às grandes moléculas. Algumas proteínas são transferidas muito lentamente através da 
placenta por pinocitose. 
Crescimento do útero durante a gravidez 
Aumenta de tamanho, peso e suas paredes se adelgaçam 
• No 1º trimestre cavidade pélvica 20ª semanas região do umbigo. 
• Com 28 a 30ª região epigástrica. 
• Aumento hipertrofia fibras musculares lisas e formação de novas fibras. 
 
Alterações placentárias -problemas no processo de formação 
Mola hidatiforme: tumor cístico (benigno), constituído por tecido trofoblástico- secreta grande quantidade de 
gonadotrofina coriônica. Formado a partir de dois pronúcleos paternos. Não é tão frequente. 
• Pode ser hereditário. 
• Ocorre a fecundação, mas não forma o embrião 
• Ao acaso 
• Ovócito oco – sem material genético da mãe. 46 cromossomos todos vindos do pai, no momento que acontece a 
implantação só forma trofoblasto, a placenta, e ela é formada de maneira diferente, forma vesículas menores. O 
processo de ativação de células para formar o embrião é os “XX” 
Carcinoma: Tumor maligno constituído por tecido trofoblástico. É muito invasivo, mas responde bem à terapia 
oncológica. 
 
 
 
Cordão umbilical 
Adere geralmente próxima ao centro da superfície fetal da placenta e o seu epitélio é contínuo ao âmnio. A adesão do 
cordão umbilical à placenta superfície fetal, mas ele pode aderir em qualquer ponto. A adesão do cordão às 
membranas fetais é chamada de inserção vilamentosa do cordão. 
• Deve ter um comprimento médio 
• Não pode estar a membrana amniocoriônica, pois é frágil 
• Cordões longos têm uma tendência ao prolapso e/ou a enrolar-se ao redor do feto 
• Nó verdadeiro, o embrião morre sem nutrientes e oxigênio; as células entram em lesão irreversível 
• Cordão muito curtos podem levar à separação prematura da placenta da parede do útero durante o nascimento. 
Geralmente tem duas artérias e uma grande veia, que são circundadas por tecido conjuntivo mucoso (geleia de 
Wharton). Devido aos vasos umbilicais serem maiores que o cordão, a torção e a flexão dos vasos são comuns. Na 
maioria dos casos, os nós se formam durante o trabalho de parto como um resultado da passagem do feto através de 
um laço no cordão. O entrelaçamento simples do cordão ao redor do feto. Se o entrelaçamento for apertado, a 
Flávia Sanagiotto Ross 
 
circulação sanguínea do tornozelo é então afetada. Em aproximadamente um quinto dos nascimentos, o cordão está 
frouxamente enrolado ao redor do pescoço, sem risco fetal aumentado. 
 
Anexos embrionários 
 
 
Alantoide: aparece aproximadamente no 16° dia como 
um pequeno divertículo (evaginação) da parede caudal 
da vesícula umbilical, que se estende para o pedículo 
de conexão. O alantoide permanece muito pequeno, 
mas o mesoderma do alantoide se expande para baixo 
do córion e forma os vasos sanguíneos que servirão à 
placenta. A porção proximal do divertículo do alantoide 
original persiste durante a maior parte do 
desenvolvimento como um cordão, o úraco, que se 
estende da bexiga até a região umbilical, é 
representado nos adultos pelo ligamento umbilical 
mediano. Os vasos sanguíneos do alantoide tornam-se 
as artérias umbilicais. A porção intraembrionária das 
veias umbilicais tem uma origem diferente.

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