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EXAMES COMPLEMENTARES EM ESTOMATOLOGIA SANGUE Tecido conjuntivo liquido Circula ao longo do sistema cardiovascular e transporta substâncias Sangue Arterial: circula pelas artérias (e veia pulmonar) em sentido centrífugo; Rico em oxigênio Sangue Venoso: circula pelas veias (e artéria pulmonar) em sentido centrípeto; Baixo nível de oxigênio Substâncias figuradas (eritrócitos, leucócitos e plaquetas) + Plasma (células e outras substâncias) + Soro (plasma sanguíneo após a retirada dos elementos da coagulação, proteínas, hormônios, elementos figurados ...) HEMATOPOESE Processo formador de células sanguíneas Medula óssea Células Tronco Ocorre principalmente na medula vermelha, encontrada internamente de alguns ossos longos Em crianças, o baço e o fígado também produzem células sanguíneas 2,5 milhões de células sanguíneas vermelhas são produzidas a cada segundo pela medula vermelha Células vermelhas são desativadas e destruídas pelo fígado DEFINIÇÃO DE HEMOGRAMA Hemograma: compreende a contagem global e relativa de eritrócitos (glóbulos vermelhos), leucócitos (glóbulos brancos), dosagem de hemoglobina, determinação do valor globular e contagem especifica dos leucócitos e dos trombócitos Qualidade, quantidade e comparativo Exame barato e rápido, padronizado, completo, abrangente e preciso ELEMENTOS FIGURADOS DO SANGUE Conjunto de células que se encontram na corrente circulatória, ao redor da parte interna do endotélio vascular ou na proximidade deste Leucócitos: 5.000 - 10.000, 3-7 dias Eritrócitos: 5,1 milhões – 5,8 milhões, 120 dias EXAMES COMPLEMENTARES EM ESTOMATOLOGIA Trombócitos (plaquetas): 250.000 – 450.000, 5-9 dias OBS: Os eritrócitos e as plaquetas são células do sangue sem núcleo (acariotas), na sua fase funcional, mas nucleadas durante a sua fase evolutiva não funcional ERITRÓCITOS / HEMÁCIAS Produzidas na medula dos ossos longos 120 dias – vida Transporte de hemoglobina Anucleares Não se duplicam e não possuem motilidade própria Elemento figurado do sangue mais abundante numericamente e de maior longevidade 4.500.000 – 5.000.000 de hemácias em 1 mm3 de sangue para a mulher e 5.000.000 de hemácias em 1 mm3 de sangue para homens Policitemia/poliglobulia(primária/sec undária) : Mais de 7.000.000 hemácias Oligocitemia: Menos de 4.500.000 hemácias (Suspeita de anemia) Tamanho: 7,2 – 7,6 micra Macrocítico: 8 micra Normocítico: 7,2 micra Microcítico: 6,5 micra Anisocitose: conjunto de células de diferentes tamanhos, ocorre quando a medula óssea é obrigada a lançar numerosas hemácias para o sangue periférico, em número maior do que o normal, ou quando a medula está esgotada por uma anemia prolongada. Neste caso, a medula libera hemácias de diferentes formatos Poiquilocitose (pecilocitose): Conjunto de célula de diferentes formas e tamanhos Anisopoiquilocitose: Anisocitose + Poiquilocitose Reticulocitose: eritrócito que ainda não chegou a fase de maturação (nucleado), mas é funcional EXAMES COMPLEMENTARES EM ESTOMATOLOGIA Normal: Microscopicamente possui uma coloração vermelho-pálido tendendo ao amarelo (hemoglobina pigmenta as hemácias) HEMOGLOBINA Cromoproteína constituída por 96% de globulina e 4% de um grupo não proteíco chamado de hemem Liga se ao O2 (inspiração) Liga se ao CO2 (expiração) Corante que dá a cor avermelhada típica das hemácias Anisocromia Hipercrômica, Isocrômica ou Hipocrômica DIFERENTES TIPOS DE HEMÁCIAS Esferócitos: Encontrados na anemia hemolítica Esquizócitos: Anemia do mediterrâneo ou talassemia Codócitos: Patognomônicos de certos tipos de anemia Hemácias crenadas: contornos irregulares, cheios de espículas Hemácia Falciforme: Anemia falciforme HEMATÓCRITO É a porcentagem do volume ocupado só pelas hemácias em 100 mℓ da amostra de sangue. HEMOGRAMA COMPLETO Série vermelha, série branca e valores relacionados a coagulação Hemoglobina – HB, Hematócrito – Ht, e a contagem de eritrócitos são os pontos de partida para a elaboração de um diagnóstico confiável de vários tipos de anemia ERITROGRAMA – série vermelha HEMATÓCRITO VOLUME CORPUSCULAR MÉDIO (VCM) Relação que existe entre o volume globular obtido pelo hematócrito (de EXAMES COMPLEMENTARES EM ESTOMATOLOGIA todas as hemácias juntas) e o número de eritrócitos obtido pela hematimetria (contagem de eritrócitos) Os valores normais oscilam entre 80 e 100 fℓ, sendo a média 86 μ3 Nas anemias macrocíticas, os valores do VCM estão acima de 100 μ3, e nas anemias microcíticas, abaixo de 80 μ3. CONCENTRAÇÃO DE HEMOGLOBINA CORPUSCULAR MÉDIA (CHbCM) Representa a concentração de hemoglobina em cada hemácia Os valores normais vão de 32 a 36 g/dℓ HEMOGLOBINA CORPUSCULAR MÉDIA Relação entre o valor da hemoglobina obtida em gramas por dℓ e a concentração de eritrócitos O resultado vem em picogramas (pg), Os valores vão de 26 a 34 pg Soma da hemoglobina de cada hemácia, quando estas não carregam a mesma quantidade do pigmento Valores abaixo de 26 pg, pode-se diagnosticar anemia Valores acima de 34 pg, pode-se pensar em policitemia ou eritrose. VARIAÇÃO DE DISTRIBUIÇÃO DAS HEMÁCIAS Cálculo da distribuição do diâmetro dos eritrócitos Os valores normais vão de 11,5 a 14,5% LEUCOGRAMA – série branca Neutrófilos, mielócitos, bastonetes, segmentados, eosinófilos, basófilos, linfócitos típicos, linfócitos atípicos e monócitos LEUCÓCITOS Granulócitos e agranulócitos 3 – 12 dias Normal: 4.500 a 11.000 leucócitos por mm3 Acima disso: leucocitose Abaixo disso: Leucopenia EXAMES COMPLEMENTARES EM ESTOMATOLOGIA VALOR ABSOLUTO O número de leucócitos considerados separadamente, por mm3 de sangue periférico Calcula-se por uma simples regra de três Por exemplo, um quadro hematológico com 8.000 leucócitos por mm3 e 60% de neutrófilos terá 60 × 8.000 divididos por 100 = 4.800 neutrófilos por mm3. Isso quer dizer que, se em 100 leucócitos, 60 são neutrófilos, então em 8.000 leucócitos contidos em 1 mm3 de sangue, 4.800 serão neutrófilos Na interpretação de um hemograma, deve-se sempre referir aos dados absolutos e não aos relativos VALOR RELATIVO Percentual dos elementos do sangue: trata-se do valor de cada elemento do sangue em 100 células Ex: 60% de neutrófilos, trata-se de um valor relativo, isto é, em cada 100 células brancas ou leucócitos, 60 serão neutrófilos DESVIO À ESQUERDA (NEUTROFILOS) Indicação de inflamação aguda LINFÓCITOS ATIPÍCOS Não tomam parte no mecanismo de defesa humoral do organismo Linfócitos T supressores Suprimem a resposta dos linfócitos B Leucemias Linfoides – células imaturas uniformes, pequenas, dotadas de um citoplasma escasso com núcleos arredondados NEUTRÓFILOS – Bastonetes e segmentos são granulócitos que se encontram no sangue periférico na porcentagem média de 45,5 a 73,5% (média de 3.200 a 6.000 como valor absoluto) Valores maiores – neutrofilia Valores menores – neutropenia Das células sanguíneas, são as mais ativas e bem dotadas de mobilidade, cuja função principal é a fagocitose EOSINÓFILOS No sangue periférico na contagem de 1 a 4% Por mm3 existem em média 150 a 240 eosinófilos Número maior de eosinófilos – eosinofilia 8-12 dias Desintoxicação BASÓFILOS Acompanha as modificações quantitativas dos eosinófilosEXAMES COMPLEMENTARES EM ESTOMATOLOGIA No sangue periférico, normalmente representa de 0 a 1% e, por mm3, de 40 a 80 células MONÓCITOS 3-10% dos leucócitos Macrófagos Defesa orgânica Aumento no número dessas células no sangue constitui a monocitose Diminuição no número dessas células no sangue constitui a monocitopenia PLAQUETAS A contagem de plaquetas pelo sistema automatizado Coulter é de 140.000 a 350.000/μℓ. Menos de 140.000 configuram plaquetopenia Mais de 350.000 resultam em plaquetose As plaquetas são os menores elementos figurados do sangue e derivam de partículas citoplasmáticas de células grandes (algumas até mesmo gigantes) chamadas megacariócitos funções das plaquetas, entre elas: Adesividade: a plaqueta adere em qualquer superfície rugosa, aglutinabilidade: é a propriedade que elas têm de se aglutinar, propriedade telangiotrópica: é a propriedade que as plaquetas têm de proteger o endotélio dos vasos sanguíneos, retração do coágulo: logo após formado o coágulo sanguíneo, este se retrai e a intensidade da reação, entre outras causas, depende, em grande parte, do número de plaquetas, propriedade hemostática: a plaqueta adere em qualquer lesão do endotélio, em um vaso, formando um trombo branco e contribuindo para a hemostasia. HEMOSTASIA FISIOLÓGICA Ocorre somente nos vasos de pequeno calibre com o sistema plaquetário normal e presença de colágeno em contato com os trombócitos as plaquetas no sangue periférico, junto ao endotélio vascular, precisam entrar em contato com o colágeno (que fica externamente ao redor dos vasos) para que se iniciem a hemostasia fisiológica e a coagulação, por meio da formação do tampão hemostático EXAMES COMPLEMENTARES EM ESTOMATOLOGIA COAGULAÇÃO Hemostasia Fisiológica: fatores extravasculares, fatores intravasculares e fatores vasculares Fatores extravasculares: elasticidade, tônus e consistência dos tecidos Fatores vasculares: Integridade dos tecidos dos vasos, idade do paciente, estado de nutrição, deficiência de fatores (sobretudo plaquetas) Fatores intravasculares: fatores sanguíneos que interferem na coagulação Quando ocorre lesão de capilares, as plaquetas aderem ao endotélio vascular lesionado, formando um tampão que impede a perda de sangue (vasos pequenos – hemostasia fisiológica) A hemostasia dos vasos de calibre médio e dos grandes vasos faz-se somente por qualquer tipo de compressão: seja por compressão digital, seja por garroteamento, por sutura ou outros meios mecânicos similares FATORES DA COAGULAÇÃO Glicoproteínas (exceção: fator III – fosfolipoproteína e fator IV – íon de cálcio) Uma série desses fatores (XIII, XII, XI, X, VII, pré-calicreína e protrombina) são proenzimas que, após proteólise limitada, são transformadas em enzimas ativas. Os fatores de coagulação são os seguintes: Fator I (antes fibrinogênio) Fator II (antes tromboplastina) Fator III (antes tromboplastina do tecido) Fator IV (sempre o íon cálcio) Fator V (fator lábil, pró-acelerina) Fator VI (aceita-se hoje como o mesmo fator V) Fator VII (pró-convertina, fator estável) Fator VIII (globulina anti-hemofílica A) Fator IX (globulina anti-hemofílica B ou fator Christmas) Fator X (fator Stuart-Prower) Fator XI (antecedente da tromboplastina do plasma) Fator XII (fator de Hageman) Fator XIII (fator estabilizador da fibrina). COAGULOGRAMA deve ser solicitado quando se apresenta uma história de coagulopatia evidente, omitida ou mal explicada, ou mesmo como pré- operatório EXAMES COMPLEMENTARES EM ESTOMATOLOGIA Tempo de sangramento (TS), Prova da fragilidade capilar ou prova do laço ou de Rumpel-Leede, Plaquetometria, Retração do coágulo, Tempo de coagulação, Tempo de tromboplastina parcial (TTP), Tempo de protrombina (TP) TEMPO DE SANGRAMENTO Pelo método de Duke: O tempo de sangramento vai até 3 minutos Espaço de tempo que vai desde a punção (picada) de um grupo de capilares até a parada ou estancamento da hemorragia capilar Cessação do sangramento depende da formação do agregado plaquetário O tempo de sangramento se estenderá principalmente nos casos de plaquetopenia, de disfunção plaquetária (plaquetas hipofuncionantes) e na doença de von Willebrand, como resultado de uma proteína plasmática específica Dois métodos para o cálculo do TS: o de Duke e o de Ivy MÉTODO DE DUKE Punciona-se o lóbulo da orelha com uma lanceta de Bensaude ou outro instrumento pontiagudo cortante, sem necessidade de desinfecção prévia, e recolhem-se a cada 30 segundos, com o uso de um papel- filtro, as gotas que vão surgindo, até que a hemorragia acabe Esse pequeno sangramento deve cessar espontaneamente, em geral em 3 minutos. MÉTODO DE IVY Incisão cutânea padronizada de 1 cm de extensão e 1 mm de profundidade ao nível da face anterior do antebraço, aplicando, ao mesmo tempo, da parte superior do braço, uma contrapressão constante de aproximadamente 40 mmHg por meio do manguito de um tensiômetro (garrote). Mais sensível do que o método de Duke O tempo de sangramento normal com esse método deve ser inferior a 8 minutos FATORES QUE INFLUENCIAM NO TEMPO DE SANGRAMENTO Frio Uso de AAS (o tempo de sangramento duplica depois da ingestão de 0,5 g) Não há correlação estreita entre o número de plaquetas e o alargamento do tempo de sangramento EXAMES COMPLEMENTARES EM ESTOMATOLOGIA Vaso anatômico ou funcionalmente anormal PROVA DE FRAGILIDADE CAPILAR – PROVA DO LAÇO/RUMPEL- LEEDE Indica a fragilidade dos vasos Normalmente é negativa Não tem relação com o tempo de sangramento Utiliza-se um esfigmomanômetro de pressão arterial e é necessário insuflá-lo durante 2 a 4 minutos; depois, verifica-se a quantidade de petéquias que eventualmente podem aparecer na parte interna do antebraço do paciente Quando existe plaquetopenia, também pode haver a prova do laço positiva RETRAÇÃO DO COÁGULO Um sangue normal, colocado em um tubo durante 1 hora, a 37°C, fornece 40 a 45% de seu volume total de soro, isto é, 10 mℓ de sangue coagulado fornecem, após 1 hora, a 37°C, 4 a 5 mℓ de soro Esse tempo diminui nas plaquetopenias, nas poliglobulias e hiperfibrinemias e aumenta nas anemias fibrinogenopênicas e trombocitose Número de plaquetas: quanto menor é o número desses elementos, menor é a retração do coágulo Quantidade de trombina: quanto maior é a quantidade desse fator de coagulação, maior é a retração do coágulo Número de eritrócitos: quanto maior é o número desses elementos figurados, menor é a retração do coágulo Quantidade de fibrinogênio: o aumento de fibrinogênio diminui a retração do coágulo TEMPO DE COAGULAÇÃO 4 – 9 minutos Tempo que o sangue leva para coagular quando retirado do leito vascular e colocado em condições padrões TEMPO DE PROTROMBINA Tempo de protombina/ tempo de Quick Mede o tempo de recalcificação do plasma ao nível dos tecidos A protrombina é o fator II da coagulação, vitamina K-dependente, sendo conhecida também como protrombase, serosina, trombinogênio etc. Trata-se, efetivamente, do fator II da coagulação (via comum). Suas etapas compreendem: protrombase → EXAMES COMPLEMENTARES EM ESTOMATOLOGIA germes intestinais → fígado → protrombina. TEMPO DE TROMBOPLASTINA PARCIAL (TTP) Teste que possibilita a triagem dos pacientes que apresentem alterações patológicas ligadas à coagulação extrínseca do sangue Aumentado com o uso de heparina Tempo normal 35 s TEMPODE TROMBOPLASTINA PARCIAL ATIVADO (TTPA) destina-se a calcular a supressão na amostra de sangue pelas suas flutuações por contato da ativação ao máximo do plasma antes de recalcificá-lo. Ativam-se ao máximo os fatores XII e XI pré-incubando o plasma com o ativador durante alguns minutos a 37°C. TEMPO DE PROTROMBINA Detecta o tempo de coagulação mediante a conversão da protrombina em trombina, por ativação do mecanismo intrínseco da coagulação que varia de 11 a 15 segundos, e representa 100% da atividade protrombínica. Serve para ativar os sistemas intrínsecos e comum. Acha-se prolongado nas deficiências dos fatores I, II, VI, VII e X, na terapia anticoagulante e nas doenças hepáticas. DEFICIENCIA DE CÁLCIO Quando a deficiência de cálcio no sangue for grave, torna-se incompatível com a vida e o paciente vai a óbito por tetania; por isso, não se conhece até hoje nenhuma síndrome ou doença hemorrágica provocada pela deficiência abaixo de um nível crítico.
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