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Resumo Antropologia

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Antropologia
Ciência que estuda a natureza humana
A antropologia (do grego ἄνθρωπος, anthropos, "ser humano"; e λόγος, logos, "razão", "pensamento", "discurso", "estudo") é a ciência que tem como objeto o estudo sobre o ser humano e a humanidade de maneira totalizante, ou seja, abrangendo todas as suas dimensões.
A antropologia preocupa-se em detalhar, tanto quanto possível, os seres humanos que as compõem e com elas se relacionam, seja nos seus aspectos físicos, na sua relação com a natureza, seja na sua especificidade cultural. Para o saber antropológico o conceito de cultura abarca diversas dimensões: universo psíquico, os mitos, os costumes e rituais, suas histórias peculiares, a linguagem, valores, crenças, leis, relações de parentesco, política, economia, arte, entre outros tópicos.
Embora o estudo das sociedades humanas remonte à Antiguidade Clássica, a antropologia nasceu, como ciência, efectivamente, da grande revolução cultural iniciada com o iluminismo.
Modalidades que leccionação e avaliação 
A Antropologia tem em seu campo de estudo a observação e compreensão dos seres humanos e sociedades como um todo, porém tomando como um dos seus elementos principais a cultura e a análise e desenvolvimento do conceito de alteridade.
A concepção de cultura entendida pelos antropólogos é bastante ampla e leva em consideração as religiões, os mitos, rituais, hábitos alimentares, de moradia, de convivência, crenças, manifestações folclóricas e relações de parentesco.
Todos esses elementos culturais são aprendidos dentro das sociedades e compartilhados pelos indivíduos que a compõe.
O conceito de cultura entendido pela Antropologia é, portanto, mais amplo do que o entendido pelo senso comum, que tende a considerar cultura como sendo apenas as músicas, museus, peças de teatro, cinema e exposições de arte, ou seja, manifestações culturais compartilhadas por um determinado grupo social, geralmente, a elite da sociedade em que vivem.
A Antropologia procura eliminar esse conceito rígido e que leva em conta apenas as demonstrações culturais de uma parte da sociedade em que estuda, pretendendo assim, reconhecer novos elementos culturais provenientes de outros sectores sociais.
A tentativa dos antropólogos é de quebrar paradigmas, afastar concepções do senso comum e que de alguma forma se mostrem preconceituosas em relação ao outro.
A Antropologia enquanto ciência pode ser dividida em duas grandes áreas ligadas a seus objetos de estudo: Antropologia Física ou Biológica e Antropologia Social ou Cultural.
Antropologia Social
O foco de estudo da Antropologia Social é as análises políticas e culturais que ocorrem com frequência na sociedade objecto de estudo.
A maneira como elementos religiosos, artísticos, costumes, mitos, rituais e a forma como o indivíduo se vê e se entende na sociedade da qual ele faz parte são observados nas pesquisas de Antropologia Social.
O polonês Bronislaw Malinowski é considerado o pai da Antropologia Social por seus escritos sobre sociedades do Pacífico Sul e Melanésia.
Outros antropólogos como Evans Pritchard, Franz Boas e Radcliffe-Brown também se destacam em suas pesquisas de campo e diários de viagens sobre diferentes sociedades.
Antropologia Cultural
A Antropologia Cultural, um dos quatro grandes ramos da Antropologia Geral – ciência que estuda o Homem e a Humanidade de forma integral -, junto à Antropologia Física, a Arqueologia e a Linguística, é o ramo do conhecimento que se dedica a compreender os mecanismos da vida humana em sociedade, no aspecto cultural.
Esta expressão provém dos termos gregos ‘Antropo’ – Homem – e ‘logia’ – estudo. A antropologia é uma ciência de natureza social, portanto ela se processa não apenas no campo teórico, mas principalmente na práxis. Seus estudos enfocam a comunicação humana, sua interação, como o ser se alimenta, compõe seus trajes, atua e responde aos estímulos culturais. Enfim, ela aborda a cosmovisão – a visão completa – de segmentos étnicos.
Esta disciplina se preocupa em apreender as múltiplas visões que a existência humana enseja. Os caminhos que ela busca são complexos, incessantemente enfocando o procedimento do Homem, suas culturas, linguagens, sistemas, os quais poderão ser observados na esfera pragmática.
Um dos pontos principais dos estudos antropológicos culturais é a figuração de um pensamento através das palavras ou das imagens. Desta forma, é central nesta disciplina a concentração da atenção na atuação do símbolo na interação humana. Neste ponto, a Antropologia Cultural converge para as pesquisas linguísticas, especialmente para as teorias de Ferdinand Saussure, no que se refere à língua, e de Charles Sanders Pierce, em relação à imagem. Deste ponto de encontro nascem também a Antropologia Oral e a Antropologia Visual.
Este ramo da Antropologia surge como uma resposta ao antigo dilema que opõe cultura e natureza. Conforme este ponto de vista, o Homem existe em ‘estado natural’, ou seja, ele é natureza genuína. Hoje, porém, os antropólogos, em grande parte, defendem que a cultura é parte essencial da natureza humana. Assim, cada ser detém o potencial de ordenar vivências, convertê-las em códigos de forma simbólica e disseminar os resultados abstratos.
O Homem, desde seus primórdios, vivendo em grupos ou sociedades, cultiva distintas culturas, que diferenciam um segmento do outro. 
A antropologia, ao abordar estas questões, envolve também outras áreas, como as Ciências Sociais, que procuram estudar o ser humano como membro de camadas sociais estruturadas, e as Ciências Humanas, que enfocam o indivíduo integralmente – sua constituição histórica, crenças, hábitos e práticas, filosofia de vida, língua, aspectos da psique, princípios éticos, entre outros pontos.
Esta modalidade antropológica também mergulha na investigação da evolução dos grupos humanos em todo o Planeta. Ela se detém igualmente sobre a compreensão do nascimento das religiões, bem como do mecanismo das formalidades sociais, do progresso das técnicas e até mesmo das interações familiares.
Etnografia
A etnografia (do grego έθνος, ethno - nação, povo e γράφειν, graphein - escrever) é o método utilizado pela antropologia na coleta de dados. Baseia-se no contato inter-subjetivo entre o antropólogo e o seu objeto, seja ele uma aldeia indígena ou qualquer outro grupo social sob o qual o recorte analítico será feito. A base de uma pesquisa etnográfica é o trabalho de campo.
A etnografia tem como objetivo observar e descrever os diversos aspectos sociais da vida do grupo que está sendo estudado. Durante as observações, o pesquisador vive em meio aquela sociedade, observa fatos, fenômenos, acontecimentos, expressões artísticas e culturais.
Com os dados descritivos obtidos durante o estudo de campo, o pesquisador apresenta juntamente com pesquisa bibliográfica, as características socioculturais da sociedade escolhida como objeto.
Ao fazer a coleta etnográfica dos dados o antropólogo pode apenas observar, se comportando então como observador, ou pode também se integrar à sociedade e participar de atividades cotidianas. Neste caso, ele atua como observador participante.
Bronislaw Malinowski, na introdução de seu clássico estudo Os Argonautas do Pacífico Ocidental (publicado em 1922), marcou a história da antropologia moderna ao propor uma nova forma de etnografia, envolvendo detalhada e atenta observação participante, apesar de Malinowski nunca ter utilizado a expressão. Sob sua trilha vieram outras etnografias clássicas, como Naven de Gregory Bateson, Nós, os Tikopia de Raymond Firth. Principalmente a partir da antropologia interpretativa ou pós-moderna, autores como James Clifford, Clifford Geertz e George Marcus, com sua antropologia multi-situada (ou multi-localizada) passaram a discutir o papel político, literário e ideológico da antropologia e de sua escrita, em esforços verdadeiramente metalingüísticos e intertextuais. Exemplos famosos de Etnografias contemporâneas são Xamanismo, Colonialismo e o Homem Selvagem, de Michael Taussig e Os Araweté: Os Deuses Canibais deEduardo Viveiros de Castro.

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