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TEXTO DISSERTATIVO - ARGUMENTATIVO - MODELO ENEM ORIENTAÇÕES E COMPETÊNCIAS PROFª ANDRÉA ZELAQUETT FORMATO DA PROVA 1. Texto em prosa, do tipo dissertativo-argumentativo (texto opinativo, que se organiza na defesa de um ponto de vista sobre determinado assunto), sobre um tema de ordem social, científica, cultural ou política. 2. Os aspectos a serem avaliados relacionam-se às competências que devem ter sido desenvolvidas durante os anos de escolaridade. 3. Espera-se que o estudante defenda uma tese, uma opinião a respeito do tema proposto, apoiado em argumentos consistentes (concretos), estruturados de forma coerente e coesa, de modo a formar uma unidade textual. 4. O texto deverá ser redigido de acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa. 5. Por fim, o estudante deverá elaborar uma proposta de intervenção social para o problema apresentado na introdução e argumentado no desenvolvimento do texto que respeite os valores culturais, religiosos, sociais e os direitos humanos. ESTRUTURA DO TEXTO TEMA E TESE (na Introdução, em um parágrafo) ARGUMENTOS (no desenvolvimento, em dois ou três parágrafos) PROPOSTA DE INTERVENÇÃO (na conclusão, geralmente em um parágrafo) AS CINCO COMPETÊNCIAS DA PROVA DE REDAÇÃO DO ENEM A nota de redação do ENEM vale até 1000 pontos. O exame avalia cinco competências. Cada uma delas vale no máximo 200 pontos. As notas são dadas de 40 em 40 pontos. O estudante deverá ficar atento e seguir cada uma das competências exigidas ou sua nota poderá sofrer a perda de alguns pontos e até mesmo zerar a nota da prova. O QUE CADA COMPETÊNCIA AVALIA? Competência 1: avalia o domínio da norma-padrão da Língua Portuguesa. Entram aqui tudo o que envolve a parte gramatical e ortográfica: acentuação, pontuação, concordância, regência, crase, conjugação verbal, grafia das palavras, etc. Também perde nota nesta competência quem usar gírias ou expressões coloquiais (orais). Competência 2: avalia a compreensão do tema e a estrutura do texto, se ele está corretamente dividido em introdução, desenvolvimento e conclusão e se não fugiu do tema ou não tangenciou (fugiu parcialmente). Competência 3: avalia a qualidade e a coerência da argumentação. Também é avaliada a capacidade de selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos , opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista. Para respeitar o que é cobrado nesta competência, seu texto precisa estar organizado coerentemente e atender às seguintes exigências: ✓ apresentação clara da tese e seleção dos argumentos que a sustentam; ✓ encadeamento das ideias, de modo que cada parágrafo apresente informações novas, coerentes com o que foi desenvolvido anteriormente, sem repetições de ideias; ✓ harmonia entre as informações do texto e a realidade; ✓ precisão vocabular. ✓ argumentação bem fundamentada, que demonstre conhecimento do tema e que apresente, além de algumas informações da coletânea (sem copiá-las), argumentos concretos de outras fontes, demonstrando autonomia e repertório vasto. Competência 4: avalia a coesão textual, o emprego adequado de conectivos entre as palavras, as frases e os parágrafos. Nela, devem ser considerados os seguintes aspectos: ✓ Encadeamento textual ✓ Estruturação dos parágrafos: um parágrafo é uma unidade textual formada por uma ideia principal à qual se ligam ideias secundárias. No texto dissertativo-argumentativo, os parágrafos podem ser desenvolvidos por comparação, por causa e consequência, por exemplificação, por detalhamento, entre outras possibilidades. Deve haver articulação entre um parágrafo e outro. ✓ Estruturação dos períodos, geralmente compostos, formados por duas ou mais orações. ✓ Referenciação: as referências a pessoas, coisas, lugares e fatos são introduzidas e, depois, retomadas, à medida que o texto progride. Para isso, devem ser usados pronomes, advérbios, artigos, sinônimos, expressões metafóricas, etc. Competência 5: avalia a qualidade da proposta de intervenção para o problema do tema e se ela é viável, ou seja, possível de se colocar em prática. Será avaliada apenas uma proposta de intervenção bem detalhada. Se o estudante apresentar mais de uma proposta, será considerada a mais completa e as outras serão descartadas. Devem ser evitadas propostas vagas e gerais. Elas devem ser mais concretas, específ icas, consistentes com o desenvolvimento das ideias na argumentação. Para ficar bem detalhada, a proposta deve ter respostas para as seguintes questões: ✓ O quê? ✓ Quem? ✓ Como? ✓ Por quê? ✓ Para quê? OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: Textos com af i rmações ou propostas que caracterizam desrespeito aos direitos humanos recebem nota zero na competência 5. Neste caso, já perdem 200 pontos de uma só vez. Para respeitar os direitos humanos, o estudante deve apresentar proposta de intervenção que não rompa com valores como cidadania, l iberdade, solidariedade e diversidade cultural, não pode demonstrar qualquer tipo de preconceito ou discriminação. CASOS DE ANULAÇÃO DO TEXTO (NOTA ZERO) ✓ Apresentar fuga total ao tema. ✓ Não redigir um texto dissertativo- argumentativo. ✓ Escrever menos de 08 linhas. ✓ Copiar integralmente dos textos motivadores. ✓ Escrever palavrões, insul tos ou desenhar na folha da prova. ✓ E s c r e v e r t r e c h o s q u e e s t e j a m desconhecidos do tema, como, por exemplo, hinos de times, receitas de miojo, recados para a banca avaliadora, orações ou trechos religiosos. TEMAS DO ENEM DE 1998 A 2017 1998: VIVer e aprender 1999: Cidadania e participação social 2000: Direitos da criança e do adolescente: como enfrentar esse desafio social? 2001: Desenvolvimento e preservação ambiental: como conciliar os interesses em conflito? 2002: O direito de votar: como fazer dessa conquista um meio para promover as transformações sociais de que o Brasil necessita? 2003: A violência na sociedade brasileira: como mudar as regras desse jogo? 2004: Como garantir a liberdade de informação e evitar abusos nos meios de comunicação? 2005: O trabalho infantil na sociedade brasileira 2006: O poder de transformação da leitura 2007: O desafio de se conviver com as diferenças 2008: Como preservar a floresta amazônica: suspender imediatamente o desmatamento; dar incentivos financeiros a proprietários que deixarem de desmatar ou aumentar a fiscalização e aplicar multas a quem desmatar? 2009: O indivíduo frente à ética nacional 2010: O trabalho na construção da dignidade humana 2011: Viver em rede no século XXI: os limites entre o público e o privado 2012: Movimento imigratório para o Brasil no século XXI 2013: Os efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil 2014: Publicidade infantil em questão no Brasil 2015: A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira. 2016: Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil 2016: Caminhos para combater o preconceito racial no Brasil 2017: Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil REDAÇÃO NOTA 1000 (2017) A formação educacional de surdos representa um desafio para uma sociedade alienada e s e g r e g a c i o n i s t a c o m o a b r a s i l e i r a . O desconhecimento da língua brasileira de sinais - LIBRAS - e a visão inferior que se tem dos surdos podem acabar por excluí-los de processos educacionais e culturais e mantê-los marginalizados em relação ao mundo atual. Portanto, esses desafios devem ser superados de imediato para que uma sociedade integrada seja alcançada. Em primeiro lugar, a pouca abrangência da língua de sinais entre os mais diversos setores da sociedade faz dela um ambiente inóspito para os deficiente auditivos. Pesquisas corroboradas por universidades brasileiras e estrangeiras, como a Unicamp e a Universidade de Harvard, atentam para a importância da linguagem como principal porta para a convivência social, permitindo uma multiplicidade de interações pessoais, como as de educação, cultura, trabalho e lazer. Assim, quandoa sociedade se fecha à comunicação por sinais, justificada pela ignorância, aqueles que dependem dessa linguagem têm dificuldades de obter educação de qualidade e ficam, muitas vezes, à margem das demais interações sociais. Além disso, a maioria das escolas brasileiras não incluem os surdos, assim como os demais portadores de necessidades especiais, em seus programas, estimulando a diferença e o preconceito. Por mais que a legislação brasileira garanta o ensino inclusivo, a maioria das escolas brasileiras não possuem estrutura para atender aos deficientes auditivos, principalmente por conta da falta de profissionais qualificados. A pouca inclusão dos jovens deficientes e não-deficientes valoriza a diferença entre eles, gerando discriminação e uma sociedade dividida. O renomado geógrafo Milton Santos dizia que uma sociedade alienada é aquela que enxerga o que separa, mas não o que une seus membros, algo que se evidencia na exclusão dos surdos em todos os níveis de ensino. Dessarte, visando a uma sociedade mais justa, é mister superar os desafios da educação de deficientes auditivos. Para que o surdo se integre aos diversos meios sociais, como o educacional, o MEC deve fazer uma reforma curricular que contemple o ensino de LIBRAS como obrigatório em todas as escolas, através de consultas populares na internet para determinação da carga horária. Ademais, com o intuito de tornar as escolas inclusivas, o MEC e o Ministério do Trabalho devem prover as escolas de profissionais capacitados, que possam lidar com alunos surdos por meio de programas de capacitação profissional oferecidos pelo SESI e pelo SENAC. Dessa forma, o ensino tornará a sociedade brasileira mais unida.
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