Fatores humanos

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Fatores Humanos
na aviação civil
Conceito
É o conjunto de ciências que estudam todos os elementos que
contribuem com a relação interativa do homem, em um dado
ambiente, com diversos sistemas que o cercam e que são
determinantes na sua dinâmica, eficiência e eficácia.
Campo multidisciplinar que tem como objetivo produzir e juntar
informação sobre as capacidades e limitações humanas e aplicar este
conhecimento em equipamentos, procedimentos, sistemas, etcs, para
o seguro, confortável e efetivo desempenho humano.
É um diagrama prático que utiliza blocos para representar os diferentes
componentes dos Fatores Humanos. O nome deriva das letras iniciais dos
seus componentes, Liveware(elemento humano), Software(
procedimentos, simbologia), Hardware(equipamento) e Environment(
ambiente de trabalho/organizacional). Sua analise busca verificar se
toddas essas interações se encaixam no elemento central, o elemento
humano.
Modelo Shell
Proposto por James Reason,
neste modelo, um acidente é
causado por uma série de
múltiplos fatores contribuintes
que se alinham através de uma
cadeia de eventos. Dentre
esses fatores encontramos
falhas ativas, falhas latentes e
ineficiência de barreiras
defensivas.
Modelo Reason
Falhas ativas são os atos inseguros
de efeito direto na operação.
Normalmente são cometidas por
agentes que atuam diretamente no
sistema, tais como pilotos e
controladores de tráfego. acidente
Falhas latentes são elementos
presentes no sistema que possibilitam
que ocorram erros ou neutralizam a
ação de mecanismos de defesa.
Geralmente são fruto de decisões
tomasas em escalões afastados da
área operacional. Os buracos do queijo
Barreiras são mecanismos de defesa
adaptados aos processos, com finalidade
de evitar erros ou reduzir suas
consequências, caso ocorram. O queijo
Modelo do queijo suiço
Regulamentação internacional de fatores humanos na aviação civil
A regulamentação padroniza as atividades em aviação no mundo
e também atua no que se refere aos Fatores Humanos. É
regulamentado por três documentos fundamentais.
O anexo 6 da Convenção Internacional de Aviação Civil
O manual de instrução sobre Fatores Humanos (DOC 9683) da ICAO
O "Human Factor Guidelines for Air Traffic Management(ATM) Systems" (DOC 9758)
CRM
É a sigla em inglês para Corporate Resource Management, é a aplicação
de conceitos de gerenciamento moderno, em todas as atividades que
interferem no voo, visando o uso eficiente e eficaz de todos os recursos
disponíveis (humanos, equipamentos e informações) que interagem nesta
situação.
Aumentar a segurança do voo através de um melhor gerenciamento
dos fatores humanos.
Tem como publico alvo todos os segmentos do Sistema de Aviação Civil,
tripulantes, pessoal de solo, administração, diretores e etc.
Com o desenvolvimento das pesquisas e o
acúmulo de conhecimento, o treinamento de
CRM foi sendo aprimorado e novos conceitos
foram sendo inseridos.
As diferentes gerações:
Objetivo do CRM
1° Geração- Cockpit
Resource Management-
CRM: Primeiro programa de
treinamento de CRM em
1981. Treinamento focado
nos pilotos
2°Geração: Crew Resource
Management-CRM: Foi percebido
que os comissários de voo
também deveriam receber
treinamento, buscando uma
melhor coordenação entre todos
os tripulantes envolvidos na
operação da aeronave.
4° Geração: Advanced
Qualification Program - AQP:
Programa voluntário que permitia
que as empresas inovassem seus
treinamentos atendendo
especificamente suas vontades.
Empresas foram orientadas a
ministrar curso de CRM e LOFT
para todos os tripulantes.
3°Geração: Corporate
Resource Management- CRM:
Passa a incluir todo o pessoal
envolvido no voo-
despachantes, controladores,
manutenção. Iniciou-se a
prática em mock-ups.
5° Geração- Error Management-
EMCRM: Nessa geração aspectos
incompletos nas outras foram
modificados, e esse conceito foi
desenvolvido utilizando a teoria do
erro humano, que fala que errar é
humano, admitindo que o erro é
inevitável, passamos a procurar uma
forma de administrá-lo e lidar com
ele.
6° Geração: Threat and error
management- TEM: Incluiu ao
EMCRM um estudo sobre Threats
(ameaças) abrangendo a organização
como um todo. Essa geração indica
que o treinamento seja estendido a
todos os funcionários independente
de qual função exerçam 
Fases componentes
Não é possível absorver os conceitos de CRM
rapidamente, então é recomendado que os profissionais
que se qualifiquem em CRM em três fases distintas.
1° Fase: Conscientização: treinamento dos conceitos iniciais
2° Fase: Prática de CRM
3°Fase: Reciclagem em CRM. Deve ocorrer a cada dois anos
O curso de CRM promove a integração
entre pessoas, melhora a comunicação,
facilita o relacionamento interpessoal,
desempenho da equipe em situações
anormais, minimiza situações que
induzem ao erro e tenta evitar acidentes e
incidentes.
A comunicação
A tomada de cisões
A formação e Manutenção de equipes
CRM se baseia em três pilares:
Comunicação
É a transmissão de uma mensagem entre emissor e receptor
de forma interativa e comprometida. Essa transmissão de
forma distante e descomprometida é chamada de
informação
Para que a comunicação tenha sucesso, além das palavras deve-se observar a ênfase,
expressão facial, a inflexão vocal, e gestosque completam seu significado real.
Pode ser verbal (oral ou escrita) ou não verbal(gestos, olhar, postura..)
Briefing é a "técnica centrada na abordagem tanto de
temas operacionais padronizados como interpessoais, no
inicio de cada jornada de trabalho, visando enfatizar
procedimentos, antecipar contingências e estabelecer
comunicações abertas e multilaterais". É uma reunião
breve.
É como o briefing, só que realizada após a jornada. O
objetivo é apreciar méritos e deméritos visando o melhor
desempenho futuro, é uma crítica da missão e
oportunidade de exercitar o feedback.
Na comunicação podemos encontrar o Briefing e o
Debriefing
Feedback é a comunicação com
objetivo de informar uma
pessoa sobre como seu
comportamento está afetando
outras pessoas.
Assertividade
É a habilidade de se expressar e sustentar uma posição que possa vir a ser
conflitante com a posição de outros até que seja convencido pelos fatos e
não pela autoridade ou personalidade de alguém, de que seu
posicionamento está incorreto.
Comportamento assertivo 
É baseado no fato de que todos os indivíduos têm direitos e podem atuar em
nome desses direitos sem violar o direito dos outros
Olhar nos olhos, Postura do corpo, Gestos, Expressão facial, Tom de voz,
Hora e local apropriado
 Resolução de conflitos
Abertura;
Nível de preocupação;
Exposição do problema;
Oferecimento de sugestão;
Busca de concordância (“o que você
acha?”).
Fazer perguntas sobre a tarefa;
Sugerir alternativa;
Expor opinião sobre decisões e
procedimentos;
Não permitir que diferenças de
graduação interfiram na segurança do
voo;
Manter seu ponto de vista até estar
convencido pelos fatos;
Enfrentar ambiguidades e conflitos, pedir
assistência quando sobrecarregado.
O nível de assertividade se adapta à
proximidade do perigo.
 Crítica
 
Em todo voo existirão pontos a serem
melhorados;
A crítica ajuda a melhorar o desempenho;
Todos deverão esperar pela crítica;
Peça pela crítica;
Ao criticar:
 
– Esteja presente (empatia);
– Elogie primeiro;
– Seja específico;
– Ofereça solução.
“Se você está em posição para criticar,
você tem que ter soluções.
Tomada de decisão
É o que o piloto pretende fazer baseado nas mais recentes
informações que têm disponíveis.
O modelo DECIDE
1.Detecte o fato que causou a mudança
2.Estime a necessidade de conter ou reagir a mudança
3.Escolha um resultado desejado para o voo
4. Identifique as ações que poderão controlar a mudança
5. Faça o que deve ser feito
6. Avalie o resultado
O processo de tomada de decisão melhora o gerenciamento do ambiente aeronáutico,
todos os tripulantes devem estar familiarizados e devem empregá-lo adequadamente.
Consciência Situacional
A percepção de todos os elementos importantes no ambiente, a
perfeita compreensão desses elementos e a projeçãodos seus efeitos
num futuro próximo. Saber o que estar acontecendo ao seu redor.
A falta de consciência situacional pode ser a causa de tomadas de
decisão errôneas em consequência da falta de dados relevantes. Essa
consciência do tripulante pode ser afetada por fatores que prejudicam
a atenção, a concentração, coordenação e a habilidade de se
comunicar. Entre esses fatores estão o Estresse e a Fadiga
Estresse
Conjunto de respostas do organismo
frente a qualquer agente que mobiliza
todo o corpo, preparando-o para a luta ou
fadiga. Por si só o estresse não é ruim.
Algum grau é necessário para manter a
motivação, o estado de alerta, além de
evitar a prostração e o tédio.
Fases e sintomas
Fase de alerta: quando o indivíduo entra em contato com o agente estressor e seu
corpo perde o equilíbrio. Mãos e pés frios, boca seca, dor no estomago, sudorese,
tensão e dor muscular.
Fase da resistência: O corpo tenta voltar ao equilíbrio, o organismo pode se
adaptar ao problema ou eliminá-lo. Problemas na memória, mal estar,
formigamento, sensação de desgaste, etc.
Fase de exaustão: É perigosa, pois tem diversos comprometimentos físicos em
forma de doença. Diarreias, Insônia, Tiques nervosos, Problemas dermatológicos,
taquicardia, etc.
Gerenciamento do estresse
Parar, pensar e analisar a situação
antes de chegar a uma conclusão
precipitada. Prevenir a sobrecarga
de estresse, permitir-se um
momento de repouso a cada dia.
Conjunto de manifestações geradas pelo trabalho intenso e
prolongado que se estende acima de um determinado limite. É uma
resposta do corpo a demanda excessiva, pode ser causada por falta
de sono, exercício físico em excesso ou trabalho exagerado. Estresse
e esforço mental podem causar a fadiga mental.
Fadiga causada queda de desempenho e ameaça a segurança do voo. Para acabar
com esse problema sugere-se que sejam observados seus sintomas, evitar realizar
taferas complexas no período de baixo rendimento de seu ciclo circadiano, descansa
e praticar exercícios físicos., ter uma dieta apropriada e descanso adequado
Fadiga