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Principais patologias da mama Introdução As mamas, por sua vez, são estruturas complexas e podem sofrer com diversas agressões (internas ou externas), podendo ocasionar alterações benignas ou alterações malignas. Cerca de 50% das mulheres em todo o mundo ao longo da sua vida sofre com alguma patologia mamária benigna. Os sintomas ocorrem predominantemente entre a menarca (puberdade) e a menopausa, com uma média aos 40 anos e uma variação entre 16-67 anos. Entretanto, a mamografia é um método de diagnóstico das mamas que permite a avaliação e detecção dessas alterações, auxiliando no tratamento e promovendo a cura, principalmente em casos de câncer de mama. Veremos as principais alterações que acometem as mamas, avaliadas pelos métodos de diagnóstico mais utilizados como: mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. Nódulo É um crescimento de tecido que se desenvolve internamente na mama. Pode ser descrito como uma massa, um inchaço ou um aumento na espessura mamária. Os nódulos mamários benignos são responsáveis por até 80% das massas palpáveis. Eles são avaliados: Nódulos gordurosos: são dilatações ou saliência contendo gordura em seu interior, são alterações benignas, como por exemplo: hamartoma. Nódulos císticos: são dilatações ou saliência contendo líquido em seu interior, são alterações típicamente benignas, como por exemplo: cistos. Nódulos sólidos: são dilatações ou saliência contendo células em seu interior, são alterações que requerem uma avaliação para serem classificadas, podende ser benignas (fibroadenomas) ou malignas. Os nódulos são avaliados de acordo: Localização; Tamanho; Quantidade; Densidade; Margem. Através dessas características o nódulo será classificado como suspeito ou não. A classificação dos aspectos que o caracterizam são permitidos através de um exame com qualidade, para não gerar "falsos-positivos" ou "falsos-negativos". Assimetria focal Os tecidos fibroglandulares são distribuídos em sua maioria de forma simétrica, e qualquer alteração nesta simetria pode indicar uma lesão oculta no parênquima mamário. As assimetrias focais podem ser identificadas nas duas incidências de rotina da mamografia, quando são comparadas com a mesma região na outra mama. O objetivo é a diferenciação das áreas de sobreposição de estruturas normais com áreas representando lesões parenquimatosas verdadeiras. Após a identificação de uma área assimétrica o médico confirmará o achado através de exames adicionais, principalmente na mamografia. Assimetria focal localizada no quadrante superior-lateral da mama direita (setas) Calcificações As calcificações representam acúmulo de cálcio em áreas da mama podendo ser alterações benignas ou malignas. O aparecimento ocorre devido a atuação dos hormônios ovarianos, responsavéis pela dor e inchaço nas mamas, no período pré-menstrual podendo acumular cálcio, radiograficamente aparecem como ?pedrinhas? isoladas, em geral puntiformes. As calcificações podem ser classificadas em benignas (calcificações grosseiras) ou malignas (microcalcificações). A avaliação é de acordo: Localização; Agrupamento; Quantidade e Morfologia Calcificações benignas: normalmente são bilaterais, simétricas e com distribuição difusa. Calcificação maligna: normalmente são unilaterais, assimétricas e agrupadas. O diagnóstico é feito através da mamografia e quase sempre necessita de incidências adicionais. Ginecomastia É um desenvolvimento glândular masculino de característica benigna. A ginecomastia pode aparecer como um aumento palpável ou visual, causando um desconforto físico e/ou emocional. Essa alteração das mamas masculinas pode ser confundida com outros problemas das mamas, principalmante com o câncer de mama. . A Ginecomastia decorre de um desequilíbrio entre a ação estrogênica e androgênica sobre o tecido mamário masculino. A ocorrência são nos períodos: neonatal, puberdade e senilidade. Graus de desenvolvimento da ginecomastia A ginecomastia pode ser dividida em: Ginecomastia falsa É um desenvolvimento das mamas masculina devido ao acúmulo de tecido adiposo, apresentam-se flácidas e sem nodulações palpáveis. Os exames hormonais e avaliação da função hepática apresentam-se normais. O tratamento é simples, apenas correção estética, pode ser feita através de cirurgia, ou lipoaspiração local. Ginecomastia verdadeira Na maioria dos casos está associada ao desequilíbrio no balanço dos efeitos de dois hormônios - estrogênio e androgênio, sobre a glândula mamária. Ela acontece pela ação do estrógeno sobre a mama masculina, seja conseqüente a um aumento do estrogênio ou a uma diminuição do androgênio Condições associadas ao aparecimento da ginecomastia De acordo com a causa, podemos classifica-lá em: •Fisiológica: neonatal, puberdade e senilidade; •Medicamentosa: antibiótico, quimioterápico e etc; •Endócrina: hipogonadismo, hiperprolactenemia e etc; •Patológica: algumas doenças graves como as neoplasias. Diagnóstico Todo paciente que se apresenta com ginecomastia deve ser submetido a exame físico. E a investigação do histórico clínico, com particular atenção ao uso de: medicamentos, drogas e álcool. Sinais e sintomas das doenças sistêmicas: como hipertiroidismo, Hipogonadismo, insuficiência renal ou hepática, devem ser pesquisados ativamente. Dosagem hormonal Após detalhada história e exame físico, todo paciente deve ser submetido a dosagem de testosterona, estradiol, LH e ß-HCG. Demais testes devem ser requisitados com base na história e no exame físico. Ultrassonografia A ultrassonografia é considerada exame complementar para a avaliação da ginecomastia, sendo utilizada para diferenciação entre lesões sólidas e císticas. Imagem de mamografia bilateral na posição craniocaudal e ultrassonografia masculina com diagnóstico de ginecomastia. Mamografia É o melhor método para avaliação das mamas, permitindo a confirmação de ginecomastia ou carcinoma., após uma avaliação das características da alteração apresentada na imagem. Mamografia bilateral na posição médiolateral oblíqua com diagnóstico de ginecomastia Tratamento A terapêutica nos pacientes com Ginecomastia é dividida: •Etiológico: regressão naturalmente; •Clínico: tratamento atrvés de medicamentos (Andrógenos e Antiestrógenos); •Cirúrgico: procedimento cirurgíco para correção estética das mama (procedimento indicado para casos em que a ginecomastia não responde aos outros tratamento) Indicadores das principais causas de ginecomastia As principais causas da ginecomastia se distribuem: 25% Ginecomastia idiopática; 25% Ginecomastia puberal; 10% a 20% casos relacionados ao uso de drogas; 8% Cirrose, desnutrição e Hipogonadismo primário; 3% Tumores testiculares; 2% Hipogonadismo; 1,5% Hipertiroidismo e 1% insuficiência renal crônica. Câncer de mama O corpo humano contém trilhões de células agrupadas para formar os tecidos como os músculos, ossos e pele. A maioria das células normais crescem, se reproduzem e morrem em resposta aos sinais internos e externos ao corpo. Se esses processos ocorrerem de modo equilibrado e de forma ordenada, o corpo permanece saudável executando suas funções normais. No entanto, uma célula normal pode tornar-se uma célula alterada e isso ocorre quando o material genético é danificado. Material genético é toda a informação contida nos genes, formados pelo ácido desoxirribonucléico (DNA) e localizados no núcleo celular. Os genes são responsáveis pela produção de todas as nossas proteínas, que determinam tudo, isto é, desde a estrutura à função do nosso corpo, bem como o comportamento e aparência normal das células, além de conferir todas as características físicas únicas que formam o conjunto de cada indivíduo. A partir do momento em que uma célula carrega uma lesão em seu material genético (DNA), ela passa a ser uma célula alterada, denominada de célula mutada. Uma vez lesado o DNA, o corpo consegue, quase sempre, promover o reparo desses danos através de eficientes mecanismos que recompõem as atividades celulares. Com o passar dos anos as alteraçõesque não foram reparadas, vão se acumulando e, eventualmente, podem levar à perda de controle dos processos vitais da célula, uma vez que a célula mutada não mais obedece aos sinais internos. Deste modo, a célula mutada passa a agir independentemente em vez de cooperativamente, dividindo-se de modo descontrolado, até formar uma massa celular denominada tumor. Um tumor é denominado benigno quando ele não invade os tecidos vizinhos ou se desloca até outra parte do corpo, através da corrente sangüínea ou linfatica, para outros locais. Esses tumores são quase sempre facilmente removidos cirurgicamente. Ao contrário, o tumor maligno cresce e se divide, invadindo outros locais, é denominado maligno ou canceroso. Essas células tumorais podem se espalhar pelos tecidos sadios do corpo, por um processo conhecido como metástase, invadindo outros órgãos e formando novos tumores. O câncer, portanto, pode ser definido como uma doença degenerativa resultante do acúmulo de lesões no material genético das células, que induz o processo de crescimento, reprodução e dispersão anormal das células (metástase). Categorização do câncer de mama Existem vários tipos diferentes de câncer, muitos deles curáveis se detectados precocemente. Carcinomas: incluem os cânceres que se originam de células que formam a epiderme, tal como o câncer de pele, ou tecidos que revestem os órgãos internos, por exemplo, o carcinoma de pulmão, ou ainda, formam as glândulas, como no caso do câncer de mama. Sarcomas: representam os cânceres que se originam dos tecidos conectivos como os ossos e cartilagens (osteossarcoma ou câncer do osso) ou tecidos musculares (rabdomiossarcoma ou tumor maligno do músculo esquelético). Classificação do câncer de mama O câncer de mama é classificado de acordo com o tipo de tecido no qual ele iniciou e com a extensão de sua disseminação. Abaixo segue a relação dos principais tipos de cânceres de mama. Carcinomas não-Invasivos Esses são responsáveis por grande parte dos cânceres de mama diagnosticados. É um tumor localizado geralmente em estágio inicial que não invadiu e nem se disseminou além do seu ponto de origem, São denominados assim pois respeitam a membrana basal epitelial. Carcinoma ductal in situ (CDIS) Este carcinoma também é conhecido como carcinoma intraductal. É considerado não invasivo ou como câncer de mama pré-invasivo. O carcinoma ductal in situ é considerado um pré-câncer, pois em alguns casos pode se tornar um câncer invasivo. Carcinoma lobular in situ (CLIS) Este tipo de carcinoma aparece crescendo nos lobos das glândulas mamárias, mas não se desenvolvem através da parede dos lobos. Geralmente são detectados por exames histológicos, tendendo a ser multifocal, multicêntrico e bilateral. Carcinomas Invasivos Esses carcinomas ocorrem quando as células epiteliais malignas ultrapassam a membrana basal invadindo o estroma mamário, podem ser localizados (confinados na mama) ou metastáticos (que se disseminam a outras partes do corpo). Carcinoma lobular infiltrante (CLI) O carcinoma lobular invasivo começa nas glândulas produtoras de leite (lobos) e pode se espalhar para outras partes do corpo. Cerca de 10% dos cânceres de mama invasivos correspondem ao carcinoma lobular invasivo. Este tipo pode ser mais difícil de ser detectado na mamografia. A maioria dos pacientes apresentam apenas um adensamento ou um endurecimento local mal definido, às vezes surgindo como um nódulo palpável. Carcinoma ductal infiltrante (CDI) Esse é o tipo mais frequente. O carcinoma ductal invasivo (ou infiltrante) se inicia em um ducto de leite, rompe a parede desse ducto e cresce no tecido adiposo da mama. A partir daí, pode se espalhar (metástase) para outras partes do corpo através do sistema linfático e da circulação sanguínea. Carcinoma Inflamatório A paciente apresenta vermelhidão, inchaço da pele da mama, aumento da temperatura local e frequentemente não apresenta massa ou nódulo palpável. Ele também pode dar uma aparência de casca de laranja à pele. As alterações na pele são causadas pelas células cancerosas que bloqueiam os vasos linfáticos da pele. A mama pode se tornar maior, endurecida e apresentar coceira. Em estágios iniciais, o câncer de mama inflamatório é muitas vezes confundido com mastite (inflamação da mama) e tratado como uma infecção com antibióticos. Fatores de risco O câncer constitui importante causa de mortalidade em todo o mundo, sendo a segunda causa de morte no Brasil, atrás apenas das doenças cardiovasculares. Sabendo da sua alta íncidência, principalmente em mulheres, devemos conhecer os fatores que elevam o risco do câncer de mama. Hereditariedade: são indivíduos genéticamente predispostos a desenvolverem um tipo particular de câncer em algum estágio de suas vidas, independente da ação do ambiente. Esses são chamados de suscetíveis ou predispostos. No entanto, pessoas que herdaram um gene mutado, podem não desenvolver a doença. Existem hoje testes e medidas preventivas eficazes no aconselhamento de pessoas que possuem histórico familiar de câncer. Idade: nas mulheres o fator idade é muito importante, pois, apartir dos 40 anos o organismo feminino se transforma e entra em uma nova fase, podendo sofrer com alterações irreversíveis, como o câncer de mama. Menarca precoce: início precoce do ciclo menstrual, prolongando o tempo de interação hormonal até a menopausa. Menopausa Tardia: finalização do ciclo menstrual e produção de hormônio tadiamente. 1º Gravidez após dos 35 anos: após os 35 anos, além do risco de desenvolvimento fetal, a mulher não teve o desenvolvimento completo da mama, que ocorre após a 1ª amamentação, gerando um risco de desenvolver câncer de mama. Nuliparidade: é a classificação de mulheres que não tiveram filhos, ou por opção ou por problemas de saúde. A nuliparidade impede o desenvolvimento completo da mama, que ocorre após a 1ª amamentação, gerando um risco de desenvolver câncer, principalmente o de mama. Utilização de hormônios (anticoncepcionais ou TRH): a utilização prolongada de hormônios (anticoncepcionais ou terapias de reposição hormonal) aumentam o risco de desenvolvimento do câncer de mama, devido a ação hormonal frequente nas mamas. Alcoolismo e Tabagismo: Indivíduos que bebem e/ou fumam, aumentam em até 60% suas chances de desenvolverem câncer de pulmão, câncer de estômago, câncer de fígado, câncer de laringe e boca, câncer de bexiga ou de próstata e etc. O álcool e as substâncias nocivas do cigarro, além de retirar do corpo nutrientes importantes agridem o organismo causando alterações que na maioria das vezes são irreversíveis. Alimentação: rica em gorduras e frituras e pobre em verduras, frutas e cereais integrais, também predispõem a diversos tipos de cânceres, como os de intestino, mama, fígado, testículos e etc. Carnes de boi e aves engordados com hormônios, peixes, camarão, lula, polvo, lagosta e crustáceos (marisco, ostra, vieira, vongolli, etc.) contaminados com mercúrio, inseticidas e outros detritos químicos domésticos e industriais despejados em rios (que por sua vez levam a poluição para as águas litorâneas), também contribuem de forma importante para o aparecimento do câncer. Sabe-se hoje que cerca de 1% de todos os cânceres são de origem hereditária e 16% são atribuídos a agentes infecciosos. Contudo, existem evidências substanciais de que na origem de 80 a 90% de todos os tipos de cânceres tem o envolvimento dos agentes ambientais representados por compostos químicos oriundos do tabagismo, alcoolismo e infecções parasitárias e, principalmente da dieta alimentar, bem como de agentes físicos representados pela luz ultravioleta ou solar, causa principal do câncer de pele. Sendo assim, as medidas preventivas devem incluir mudanças no estilo de vida. Sinais e sintomas Em muitos casos, os sintomas do câncer só aparecem após a doença ter se instalado. Embora o corpo humano possua mecanismos de defesa naturais, nosso estilo de vida e hábitos nocivos à saúde, podem suplantar a capacidade desses mecanismos de defesa da célula contraa mutação. No entanto, cada um de nós devemos ter em mente de que nunca é tarde para melhorar nossos hábitos de vida. Tal atitude ajudará a reduzir as chances de desenvolvimento do câncer e melhorar sobremaneira, outros aspectos da saúde. Diagnóstico Devem ser realizados periodicamente, para aumentar as chances de diagnóstico precoce (ou seja, de se descobrir uma lesão cancerosa ainda na fase inicial). Os principais exames são: Mamografia; Ultrassonografia; Ressonância Magnética. a) Mamografia; (b) Ultrassonografia da mama; (c) Ressonância magnética da mama - todas as imagens indicando área suspeita na mama. ESTATÍSTICAS DO INCA - O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva O problema do câncer no Brasil ganha relevância pelo perfil epidemiológico que essa doença vem apresentando, e, com isso, o tema tem conquistado espaço nas agendas políticas e técnicas de todas as esferas de governo. O conhecimento sobre a situação dessa doença permite estabelecer prioridades e alocar recursos de forma direcionada para a modificação positiva desse cenário na população brasileira. O INCA destaca-se pelo seu papel estratégico no desenvolvimento de ações nacionais voltadas para a prevenção e o controle do câncer, incluindo, de forma especial, seu compromisso na disseminação de informações que contribuam com o estabelecimento de prioridades para a saúde pública. O INCA ao longo dos últimos 16 anos vem publicando as estatísticas, em cumprimento ao compartilhamento de informações e experiências desenvolvidas de casos novos de câncer, no sentido de prover gestores, serviços de saúde, universidades, centros de pesquisa e sociedades científicas de informações que possam subsidiar o conhecimento sobre a ocorrência da doença na população brasileira. Atualmente, esta publicação é realizada a cada dois anos, sempre com base nas informações geradas pelos Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP). Essas informações são cada vez mais utilizadas em diferentes áreas que vão desde o planejamento das ações para a prevenção e o controle do câncer, até artigos científicos, dissertações e teses relacionadas ao câncer, além de se configurarem em importante instrumento para os meios de comunicação de massa e da imprensa em geral. As estimativas apresentadas são mais uma ferramenta importante para o desenvolvimento do sistema de vigilância de câncer, para o qual o grande desafio é colocar em prática o uso dessas informações e o conhecimento da realidade do país, a fim de que as necessidades da população sejam priorizadas e atendidas pela política pública de saúde, conforme preconizado, pelo Ministério da Saúde, no Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas não Transmissíveis no Brasil, 2011-2022. Assim, nas últimas décadas, o câncer ganhou uma dimensão maior, convertendo-se em um evidente problema de saúde pública mundial. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou que, no ano 2030, podem-se esperar 27 milhões de casos incidentes de câncer, 17 milhões de mortes por câncer e 75 milhões de pessoas vivas, anualmente, com câncer. O maior efeito desse aumento vai incidir em países de baixa e média renda. A inclusão das ações de controle de câncer entre os 16 Objetivos Estratégicos do Ministério da Saúde para o período 2011 – 2015, com destaque para as ações de redução da prevalência do tabagismo e de ampliação de acesso, diagnóstico e tratamento em tempo oportuno dos cânceres de mama e do colo do útero, assim como a publicação da nova Política Nacional de Prevenção e Controle de Câncer na Rede de Atenção às Pessoas com Doenças Crônicas (PNPCC-RAS), por meio da Portaria nº 874, de 16 de maio de 2013, são exemplos destacados dessa premissa. Abaixo estão representando as tabelas com a última estimativa prevista pelo INCA (2014): Localização Primária da Neoplasia Maligna Estimativa dos Casos Novos Homens Mulheres Estados Capitais Estados Capitais Casos Taxa Bruta Casos Taxa Bruta Casos Taxa Bruta Casos Taxa Bruta Próstata 68.800 70,42 17.540 82,93 - - - - Mama Feminina - - - - 57.120 56,09 19.170 80,67 Colo do Útero - - - - 15.5 90 15,33 4.530 19,20 Traqueia, Brônquio e Pulmão 16.400 16,79 4.000 18,93 10.930 10,75 3.080 13,06 Cólon e Reto 15.070 15,44 4.860 22,91 17.530 17,24 5.650 23,82 Estômago 12.870 13,19 2.770 13,07 7.520 7,41 2.010 8, Cavidade Oral 11.280 11,54 2.220 10,40 4.010 3,92 1.050 4,32 Laringe 6.870 7,03 1.460 6,99 770 0,75 370 1,26 Bexiga 6.750 6,89 1.910 8,91 2.190 2,15 730 2,97 Esôfago 8.010 8,18 1.460 6,76 2.770 2,70 540 0,00 Ovário - - - - 5.680 5,58 2.270 9,62 Linfoma de Hodgkin 1.300 1,28 410 5,72 880 0,83 420 8,64 Linfoma não Hodgkin 4.940 5,04 1.490 6,87 4.850 4,77 1.680 7,06 Glândula Tireoide 1.150 1,15 470 1,76 8.050 7,91 2.160 9,08 Sistema Nervoso Central 4.960 5,07 1.240 5,81 4.130 4,05 1.370 5,81 Leucemias 5.050 5,20 1.250 5,78 4.320 4,24 1.250 5,15 Corpo do Útero - - - - 5.900 5,79 2.690 11,24 Pele Melanoma 2.960 3,03 950 4,33 2.930 2,85 1.150 4,57 Outras Localizações 37.520 38,40 9.070 42,86 35.350 34,73 8.590 36,49 Subtotal 203.930 208,77 51.100 241,30 190.520 187,13 58.710 248,46 Pele não Melanoma 98.420 100,75 19.650 92,72 83.710 82,24 22.540 95,26 Todas as Neoplasias 302.350 309,53 70.750 334,08 274.230 269,35 81.250 343,85 * Números arredondados para 10 ou múltiplos de 10 Estimativas para o ano de 2014 das taxas brutas de incidência por 100 mil habitantes e do número de casos novos de câncer, segundo sexo e localização primária* Localização primária casos novos % Localização primária casos novos % Próstata 68.800 22,8% Mama Feminina 57.120 20,8% Traqueia, Brônquio e Pulmão 16.400 5,4% Cólon e Reto 17.530 6,4% Cólon e Reto 15.070 5,0% Colo do Útero 15.590 5,7% Estômago 12.870 4,3% Traqueia, Brônquio e Pulmão 10.930 4,0% Cavidade Oral 11.280 3,7% Glândula Tireoide 8.050 2,9% Esôfago 8.010 2,6% Estômago 7.520 2,7% Laringe 6.870 2,3% Corpo do Útero 5.900 2,2% Bexiga 6.750 2,2% Ovário 5.680 2,1% Leucemias 5.050 1,7% Linfoma não Hodgkin 4.850 1,8% Sistema Nervoso Central 4.960 1,6% Leucemias 4.320 1,6% * Números arredondados para 10 ou múltiplos de 10