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º Farmacologia → A Hipertensão Arterial Sistêmica (H.A.S) é atualmente vista não somente como alteração dos níveis pressóricos, mas como uma doença caracterizada pela condição sistêmica que envolve a presença de alterações estruturais das artérias e do miocárdio, associadas a disfunção endotelial. Essas condições estão frequentemente relacionadas com os distúrbios metabólicos ligados à obesidade, à diabete e as dislipidemias. É UMA DOENÇA DE ADAPTAÇÃO QUE SE CARACTERIZA POR ELEVAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL E MÁ PERFUSÃO TECIDUAL. CONDIÇÃO CLÍNICA MULTIFATORIAL CARACTERIZADA POR NÍVEIS ELEVADOS E SUSTENTADOS DA PRESSÃO ARTERIAL. Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é definida como pressão arterial sistólica maior ou igual a 140 mm Hg e uma pressão arterial diastólica maior ou igual a 90 mm Hg. O valor mais alto de sistólica ou diastólica estabelece o estágio do quadro hipertensivo. Quando as pressões sistólica e diastólica situam-se em categorias diferentes, a maior deve ser utilizada para classificação do estágio. → A pressão arterial (P.A) é regulada dentro de uma faixa estreita para promover perfusão adequada aos tecidos sem causar lesões ao sistema vascular (endotélio). É diretamente proporcional ao débito cardíaco (DC) e a resistência vascular periférica (RVP), os quais são controlados por dois mecanismos: 1. barorreceptores/quimioreceptores e 2. sistema renina-angiotensina-aldosterona. Mecanismo de controle da PA: se aumenta débito cardíaco, aumenta PA. Exercício físico, noradrenalina, serotonina e a dopamina aumentam o débito cardíaco. Se eu aumento a resistência periférica, aumenta a PA. Obesidade, sedentarismo e ingestão de sal aumentam essa resistência. O DC e a resistência periférica são controlados pelos mecanismos de barorreceptores/quimiorreceptores e sistema renina-angiotensina-aldosterona. →Diminuição da pressão arterial 1. Resposta mediada pelo Sistema Nervoso Simpático A diminuição da PA aumenta a atividade simpática aumenta a ativação de adrenorreceptores-B¹ no coração e nos músculos lisos, que acaba aumentando o débito cardíaco, o retorno venoso e a resistência periférica, que aumenta a PA. Além de aumentar a ativação dos adrenorreceptores-B¹ nos rins, que º estimula a Renina, aumentando a Angiotensina 2 e a Resistência Periférica, subindo a PA. 2. Resposta mediada pelo sistema renina- angiotensina-aldosterona (RNA) A diminuição da PA diminui o fluxo sanguíneo renal, que consequentemente diminui a velocidade da filtração glomerular e aumenta a quantidade de RNA, que acaba aumentando esse volume sanguíneo e como consequência, o débito cardíaco, que vai subindo a PA. → α-1 -Vasoconstrição -Aumento da resistência periférica -Aumento da PA -Midríase -Maior fechamento do esfíncter externo da bexiga α-2 -Inibição da liberação da norepinefrina -Inibição da liberação da acetilcolina -Inibição da liberação da insulina β-1 -Taquicardia -Aumento da lipólise -Aumento da contratilidade do miocárdio -Aumento da liberação da renina β-2 -Vasodilatação -Broncodilatação -Aumento da glicogenólise hepática e muscular -Aumento da liberação de glucagônio -Leve redução da resistência periférica -Relaxamento da musculatura uterina → Os medicamentosos anti-hipertensivos devem promover a redução dos níveis pressóricos e também dos eventos cardiovasculares fatais e não-fatais. O medicamento anti-hipertensivo deve: • Ser eficaz por via oral; • Ser bem tolerado; • Permitir a administração em menor número possível de tomadas diárias; • Iniciar com as menores doses efetivas preconizadas para cada situação clínica, podendo ser aumentadas gradativamente. • O paciente deve ser instruído sobre a doença hipertensiva, particularizando a necessidade do tratamento prolongado, a possibilidade de efeitos adversos dos medicamentos utilizados, a planificação e os objetivos terapêuticos. Os anti-hipertensivos são classificados em: • Diuréticos; • Inibidores adrenérgicos; • Vasodilatadores diretos; • Inibidores da enzima conversora da angiotensina (ECA); • Bloqueadores dos canais de cálcio; • Antagonistas do receptor AT1 da angiotensina II → 1. Agonistas alfa-2 de ação central: São fármacos estimula os receptores alfa-2 adrenérgicos no SNC, inibindo a liberação de noradrenalina nas terminações nervosas simpáticas (retroalimentação negativa), reduzindo a atividade simpática, diminuição do tônus vasomotor e da freqüência cardíaca. Vantagem: não reduz o fluxo sanguíneo renal, útil em pacientes com Insuficência Renal. Desvantagem: sonolência, sedação, boca seca, fadiga, hipotensão postural e impotência. Fármacos: Clonidina (Atensina®) , Metildopa (Aldomet®) 2. Bloqueadores alfa-1: O bloqueio de receptores alfa-1 adrenérgicos inibe a vasoconstrição induzida por catecolaminas, podendo ocorrer vasodilatação arteriolar e venosa, com queda da pressão arterial devida à diminuição da resistência periférica. º Desvantagem: retenção de sal e água, hipotensão postural. Fármacos: Prazosina (Minipress®) , Doxazosina (Carduran®) 3. Bloqueadores beta adrenérgicos: Não-seletivo: Propranolol (Inderal®). Além do efeito anti-hipertensivo, pode desencadear broncoconstrição em asmáticos porque bloqueia também os receptores beta-2 responsáveis pelo relaxamento da árvore respiratória. Beta-1 seletivo: Atenolol (Ablok®). Os bloqueadores seletivos à β1 são mais seguros a pacientes com asma ou bronquite, pois não inibem os receptores β2, responsáveis pela broncodilatação. Outros fármacos: Metoprolol (Lopressor®), Bisoprolol (Concor®), Nebivolol (Nebilet®) e Esmolol (Brevibloc®). Verapamil (Dilacoron®) = bloqueador dos canais de cálcio e antiarritmico. O tratamento concomitante com verapamil e betabloqueadores, pode resultar em efeitos aditivos negativos sobre a frequência cardíaca, condução atrioventricular e/ou contratilidade cardíaca. Entretanto há relatos de bradicardia excessiva!!! VERAPAMIL + ATENOLOL= CONTRA-INDICAÇÃO!!!!!!!!!
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